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CONHECIMENTO
NO CONTEXTO AFRO-BRASILEIRO
REITOR
Silvio Luiz Oliveira Soglia
VICE-REITOR
Georgina Gonçalves
SUPERINTENDENTE
Sérgio Augusto Soares Mattos
CONSELHO EDITORIAL
Alexandre Américo Almassy Júnior
Celso Luiz Borges de Oliveira
Geovana da Paz Monteiro
Jeane Saskya Campos Tavares
Léa Araujo de Carvalho
Nadja Vladi
Sérgio Augusto Soares Mattos (presidente)
Silvana Lúcia da Silva Lima
Wilson Rogério Penteado Júnior
SUPLENTES
Carlos Alfredo Lopes de Carvalho
Robério Marcelo Ribeiro
Rosineide Pereira Mubarack Garcia
EDITORA FILIADA À
Ana Rita Santiago
Juvenal Conceição de Carvalho
Ronaldo Crispim Sena Barros
Rosangela Souza da Silva
(Organizadores)
DESCOLONIZAÇÃO DO
CONHECIMENTO
NO CONTEXTO AFRO-BRASILEIRO
(2ª edição)
P. 318
ISBN 978-85-5971-077-9
1. Descolonialidade 2. Anticolonialidade 3. Africanidade
4.Afro-brasilidade I. Carvalho, Juvenal Conceição de II.
Barros, Ronaldo Crispim Sena III. Silva, Rosangela Souza da.
CDD 342.81085
Ficha Catolográfica elaborada por: Ivete Castro CRB / 1073
Prefácio
Kabengele Munanga............................................................9
Apresentação
Ana Rita Santiago e Rosangela Souza da Silva......................15
Autores........................................................................... 311
Prefácio
Kabengele Munanga1
Referências
Foto: ASCOM/UFRB.
Foto: ASCOM/UFRB.
Fonte: ASCOM/UFRB.
Foto: ASCOM/UFRB.
Fonte: ASCOM/UFRB.
Fonte: ASCOM/UFRB.
Fonte: ASCOM/UFRB.
Referências
1-São alguns exemplos: Said (1999), Foucault (1992; 2002), Gramsci (2006);
Bobbio (1997), bell hooks (1995), Cornel West (1999), Hall (2006), González
(1982), Glissant (2005), Sarlo (2000), Novaes (2006), Margato e Gomes (2004).
Descolonização do conhecimento no contexto afro-brasileiro 53
Referências
Referências
Ângela Figueiredo
Referências
4-Não é nossa intenção, por ora, polemizar a respeito desse termo e de outros
similares, para este texto, iremos nos valer da seguinte definição: “[...] as ações
afirmativas são definidas como medidas redistributivas que visam a alocar
bens para grupos específicos, isto é, discriminados e vitimados pela exclusão
socioeconômica e/ou cultural passada ou presente” (FERES JR. E ZONINSEIN,
apud DAFLON et. al., 2011, p.04).
Descolonização do conhecimento no contexto afro-brasileiro 105
5-Usaremos esse termo apenas para fazer referência aos estudantes que
entraram na Universidade pelo sistema de políticas afirmativas da UFRB, sabemos
do debate em torno desse termo e de similares, os quais, em si, já podem
rotular negativamente os estudantes. Por sinal, agradecemos aqui a observação
feita pelo Prof. Mário Resende (da UFS, feita no VI Fórum 20 de Novembro na
UFRB, 2012). Todavia, em nenhum momento este deverá ser compreendido
como algo pejorativo, mas apenas para facilitar a apresentação dos dados. A
UFRB, nesse período, reservava 45% das vagas para estudantes cotistas, que
são oriundos majoritariamente do ensino médio público. Usa-se, dessa forma,
o critério social e racial para entrada. Destas vagas reservadas, 2% são apenas
para índios e dos 43% restantes, 85% são para estudantes de ensino público
que se declararam negros ou pardos, conforme resolução do Consuni/UFRB n.º
005/2009. Atualmente, em 2014, a UFRB adotou 50% das vagas reservadas para
estudantes oriundos da Escola Pública, conforme Lei 12.711/2012, destes, cerca
de 76,67% serão negros, sendo que 25% dos 50% são oriundos também de baixa
renda, conforme distribuição racial da população do Estado da Bahia e terá um
percentual de indígenas desse 50% reservado (UFRB, 2012).
6-Na maioria das tabelas que serão apresentadas no texto ocorrerá redução do
total de respondentes (que foi de 1548 estudantes em geral) em relação ao total de
estudantes pesquisados que responderam a determinada questão. Isso ocorreu,
pois alguns estudantes não responderam uma das duas questões apresentadas
em determinada tabela. Dessa maneira, o total fica automaticamente reduzido,
incluindo apenas o estudante que respondeu as duas questões ao mesmo tempo.
Essa alteração será informada em cada caso em particular, na própria tabela.
106 Descolonização do conhecimento no contexto afro-brasileiro
Cor/etnia
A m a re l a Branca Indí- Parda Preta
(Asiática) gena
Total
Cotas 6 28 9 348 326 717
Sim % de cotistas
0,8% 3,9% 1,3% 48,5% 45,5% 100,0%
% em relação
20,0% 12,5% 81,8% 46,6% 66,8% 47,8%
à cor
Não 24 196 2 399 162 783
% de cotistas 3,1% 25,0% 0,3% 51,0% 20,7% 100,0%
% em relação
80,0% 87,5% 18,2% 53,4% 33,2% 52,2%
à cor
Total 30 224 11 747 488 1500
% de cotistas
2,0% 14,9% 0,7% 49,8% 32,5% 100,0%
% em relação
100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
à cor
Fonte: NEPAAE/CPA/PROPAE/UFRB, 2012.
* O total reduziu para 1500, pois 48 estudantes não responderam, ao menos, uma
das duas questões.
Renda Familiar
Referências
Referências
Ensino Superior
Relações Etnicorraciais
Ações Afirmativas
Resultados
Tabela 9: Identidade
Porcentagem
Identidade Valor absoluto
(%)
Branco (a) 13 52
Negro (a) 0 0
Pardo (a) 11 44
Amarelo (a) 1 4
Indígena 0 0
Fonte: Os autores (2014).
Sim 17 68
Não 6 24
Não tenho opinião formada 2 8
Fonte: Os autores (2014).
144 Descolonização do conhecimento no contexto afro-brasileiro
Referências
BASTIDE, R.; FERNANDES, F. O Negro no Mundo dos Brancos.
São Paulo: Anhembi, 1971.
3ª Seção
Com a condenação dos Supplicantes a pena de gales
perpetua desappareceo a condição de escravo,
segundo o disposto no Archivo do Ministério da
Justiça de 30 de Outubro de 1872, e assim parece-me
que podem elles por si dirigirem a presente petição
de graça.
18 de Dezembro 73.
Referências
Fontes
O Aprender Fazendo
A Interdisciplinaridade
Referências
Referências
http://www.ecodebate.com.br/2009/12/14/a-era-dos-movimen-
tos-sociais-acabou/ Acesso em: 05 de junho de 2013.
Dois Mundos Diferentes
Dois Modos de Olhar
4-Ibidem.
198 Descolonização do conhecimento no contexto afro-brasileiro
Mãe Aninha
Mãe Senhora1
Depoimento de Mãe Stella21.
Mãe Senhora
Religião é Cultura.
A Religião estática perecerá. Daí a necessida-
de de palestras, viagens, debates e outros
movimentos que sacudam o povo de Can-
domblé [...] Não podemos ficar confinados
no axé.(A Tradição Somente Oral é Difícil nos
Tempos Contemporâneos; (p. 22)
O respeito à natureza
Mãe Stella segue a linha do Ilê Axé Opô Afonjá com Mãe
Aninha, a fundadora, Mãe Senhora; Mãe Stella.
Um Depoimento:
4-Maria do Rosário Carvalho Santos. O caminho das Matriarcas Jeje – Nagô. Uma
contribuição à história da religião-afro no Maranhão. Prêmio Antonio Lopes 1ª
lugar – pesquisa FUNC São Luís – Maranhão, 2001.
Descolonização do conhecimento no contexto afro-brasileiro 215
Mãe Dudu
São Luís abriga um complexo de casas de culto ou
terreiros, inseridos na história das etnias africanas,
com suas mesclas com práticas indígenas, [...] o que
permitiu à religião africana resistir por mais de quatro
séculos a todas as formas de opressão e repressão
policial.
[...] Cada Terreiro é um universo o que faz parte da
dinâmica do processo cultural.
Florentina Souza
Retomando a produção literária de mulheres negras
brasileiras encontramos na produção literária da Professora
Conceição Evaristo
Referências
BERNARDO, Teresinha. Negras Mulheres e Mães: Lembranças
de Olga de Alaketu. Rio de Janeiro: Pallas, 2003.
Nilo Rosa
Capitalismo excludente
Sem Confiança
Sem Capital
Referências
Foto - ASCOM/UFRB.
Foto - ASCOM/UFRB.
Foto - ASCOM/UFRB
Quilombo Educacionais
Revisitando o 13 de maio
Referências
5-A partir Esenhauer (2006), Hernadez (2007, p.29) afirma: “Fala-se, utilizando
uma metáfora bélica, que vivemos em um mundo onde as imagens nos
bombardeiam”.
6-Texto disponível em: < www..pragmatismopolitico.com.br>, sob título Faustão,
o “cabelo de vassoura de bruxa” de Arielle e o silencio da mídia. Acesso em 24
de abril de 2014.
7-Considerada uma nova popstar brasileira, seu vídeo Show das Poderosas foi
visto por mais de 80 milhões de brasileiros no YouTube.Também foi eleita pela
APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) como a revelação do ano da
música em 2013. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anitta. Acesso em
07 de maio de 2014.
Descolonização do conhecimento no contexto afro-brasileiro 265
cantora. Então Faustão diz: “olha o que essa pentelha falou aqui8”,
remetendo-se à dançarina. Essa, ao ser interpelada, revela que a
cantora “obrigava as dançarinas a sentirem o seu pum” quando
estavam juntas em viagem. Tal revelação provocou muitas palmas
e risos na plateia, e o apresentador comenta, “oh lá, a mulher do
cabelo vassoura de bruxa, oh lá...”.
Posteriormente, identifiquei nos sites de notícias da
internet, que o comentário descabido, irresponsável e pernicioso
do apresentador, desencadeou várias manifestações pelas redes
sociais, dos grupos do movimento negro, das mulheres negras e
de pessoas comprometidas com a luta antirracista.
No entanto, tal discussão não pode ser entendida fora da
abordagem sobre estigma, apresentada por Goffman (2008, p.
12). Para ele,
Referências
GOMES, Nilma Lino. Sem perder a raiz: corpo e cabelo como sím-
bolos da identidade negra. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
Zelinda Barros
Referências
SITES:
CEDERJ – www.cederj.edu.br
UNIREDE – www.aunirede.org.br
HOMENAGENS A
PERSONALIDADES
NEGRAS1
Paulo Gabriel, Profª. Ana Célia da Silva, Prof. Valdélio dos Santos
Silva, Srº Antonio Pompêo, Srª. Beatriz Moreira Costa - Mãe Beata
de Iemanjá, Srº. Carlos Bispo dos Santos – “Paião Sambador”, Sr..
Luis Melodia, Profª. Aline França, Srª. Georgina Maynart....), de
matrizes ideológicas e formações diferenciadas, redesenha o seu
papel enquanto espaço de formação, apresentando perspectivas
de uma instituição de nível superior que vai onde o “povo está”.
Assim, a grandeza daquele memorável momento, bem
como de todas as atividades do Fórum, sintetizam a missão da
UFRB - Excelência Acadêmica e Compromisso Social -, á medida
que apresenta ao mundo outras comunalidades intelectuais, que
podem e devem ser referenciadas nos espaços chamados de
universidade.
Axé a tod@s que participaram do nosso grandioso Fórum.
Descolonização do conhecimento no contexto afro-brasileiro 297
Florentina Souza
8-O projeto contempla a escola Mãe Hilda, escola de educação formal. Respeita-
se o currículo formal, mas temos também o currículo paralelo, baseado no dia-
a-dia, no sistema carnavalesco, utilizando os cadernos de educação e o material
produzido por educadores do bloco.
308 Descolonização do conhecimento no contexto afro-brasileiro
Marco Aurélio Luz - Elebogi n’ Ilê Axipá, Oju Oba n’ Ilê Axé
Opô Afonjá; Filósofo; Doutor em Comunicação; Pós-Doutorado
em Ciências Sociais Paris V-Sorbonne-CEAQ-Centre D’Etudes
sur L’actuel et le Quotidien; membro da comunidade Ilê Asipá.
Autor de diversos artigos e livros em destaque: Agadá:dinâmica
da civilização africano-brasileira; Do tronco ao Opa Exin: memória
da tradição afro-brasileira; Cultura negra em tempos pós-modernos
. Escultor de imagens da temática arte sacra afro-brasileira.
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