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1.INTRODUÇÃO
Dentro dos seus limites técnicos e econômicos de aplicabilidade, AUTOMAÇÃO é um potente instrumento
necessário à realização sistemática e competente de todas as aplicações concretas, que possam constituir
um passo efetivo adiante do potencial da ação humana e na diminuição de sua fadiga em todos os níveis
operativos.
AUTOMATISMO meios, instrumentos, máquinas, processos de trabalho, ferramentas, etc. graças aos quais
a ação humana é reduzida em um determinado processo.
Em outras palavras, assim como m automatismo é um simples sitema destinado a produzir¸ a igual esforço
físico ou mental, um maior volume de trabalho, a automação é a associação organizada dos automatismos,
para executar os objetivos do processo humano.
Com relação as funções que desenvolvem, os automatismos podem ser classificados como de POTÊNCIA ou
de GUIA, segundo se destinem a propiciar atividade física ou mental, respectivamente. Na realidade um
processo de automação completo compreende as duas classes de automatismos.
O grau de automação não está exatamente representado pela avaliação relativa da proporção de trabalho
humano que o sistema é suscetível de eliminar mas, e principalmente, pela complexidade absoluta, das
funções que o automatismo considerado assume. Ou seja, é muito mais fácil automatizar totalmente uma
operação relativamente simples do que automatizar um pequeno percentual de um processo complexo,
em função de suas repercussões humanas, de economia e viabilidade.
2 SISTEMAS AUTOMÁTICOS
Um sistema destinado a regular a temperatura de um forno é diferente daquele destinado a promover uma
seqüencia de eventos em sucessão, tal como numa linha de produção de alimentos em conservas.
O primeiro sistema opera continuamente com os requerimentos de entrada e é do tipo de malha fechada,
para o qual os sinais são geralmente de natureza analógica.
Por outro lado, o segundo sistema, executa um já determinado conjunto de eventos os quais começam um
com o término dos anteriores. Neste caso os sinais são geralmente do tipo lógico e tal sistema pode ser
considerado do tipo malha aberta, caso seja concluído estágio final o qual permite a repetição do ciclo.
O segundo sistema pertence a classe conhecida como dos SISTEMAS AUTOMÁTICOS que deve ser
distinguida daquela dos SISTEMAS CONTROLADOS.
Os SISTEMAS AUTOMÁTICOS incorporam operações tais como contagem, adição e verificação de existência
ou não de um evento. Todas essas e outras operações são desempenhadas usando-se sinais e
componentes lógicos.
O próximo capitulo é destinado a promover o background necessário à manipulação e uso dos sinais lógicos
e sistemas de números usualmente encontrados em sistemas automáticos.
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3.ALGEBRA DE BOOLE – Conceitos básicos de lógica
3.1 A Álgebra
A linguagem natural caracteriza-se pela comunicação por meio de sentenças (contexto), ao invés de
meras palavras como unidades com significado próprio. Isto, em um estágio avançado, permite um
entendimento satisfatório sem a necessidade de maiores explicações. Por outro lado o uso de tais
informações (vagas e ambíguas) é totalmente inadequado para transmitir, precisamente, idéias e
instruções para uma máquina.
A máquina é um ouvinte totalmente desprovido de imaginação, que não pode conjecturar e nem seguir
regras que não aquelas precisamente estabelecidas, além de não permitir suposições. Assim, todas as
operações devem ser programadas com base em instruções detalhadas e precisamente definidas.
Para comunicar condições e relações de uma forma simples e que seja de entendimento universal¸ faz-
se necessário uma linguagem exata, a lógica simbólica satisfaz este requerimento, tanto analítica como
construtivamente e é denominada Álgebra Booleana.
Esta linguagem possui uma estruturação tão poderosa que permite deduções e procedimentos de
reação, sendo idealmente adequada para o projeto lógico de sistemas.
A Álgebra Booleana lida com variáveis que assumem apenas dois valores, apresentando portanto, uma
conotação binária. Esta característica envolve um sistema único de símbolos e um conjunto de regras
preciso e independente governando a manipulação dos mesmos.
Os símbolos da Álgebra Booleana são as letras que representam as variáveis e os sinais que representam
as operações. As, acima mencionadas, definem os postulados que possuem propriedades axiomáticas
de coerência, consistência, contributividade e independência.
Considere a declaração: “A luz está acesa”. Esta declaração pode ser falsa ou verdadeira, sendo possível
representá-la por uma variável X, de tal modo que:
X = 1 se a declaração é verdadeira
se X = 0 se a declaração é falsa.
Não existe significado numérico para o 1 ou para o 0, e sim a representação lógica do estado da variável
X.
A declaração prévia implica em que, se X é verdadeiro então “negação de” X é falsa. A “negação de” é
representada por X´ (X – linha) e é referida também como COMPLEMENTO de X.
A variável X é conhecida como uma variável lógica desde que ela só pode assumir um dos dois estados
nomeados: verdadeiro ou falso, 1 ou 0, alta ou baixa, ligada ou desligada, etc.
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3.3 Diagrama de Venn
É conveniente pensar em uma variável lógica como representante de um conjunto. Por exemplo, seja A
o conjunto constituído de todos os dispositivos que apresentam apenas dois estados de atuação.
O conjunto A é representado, segundo Venn, por meio de um circulo dentro de um retângulo, como
mostra a figura 3.3 (a). O retângulo define o UNIVERSO que cerca a área e estabelece seus limites. Pode-
se dizer que é verdadeiro dentro do circulo e falso fora dele.
Considere agora um outro conjunto B, constituído por todos os componentes hidráullicos. Como estes
podem realizar tanto funções digitais (binárias) como analógicas, alguns componentes de A também
pertencem ao conjunto B. B é então representado por um círculo no UNIVERSO, havendo portanto uma
interseção com o circulo de A, como mostra a figura 3.3 (b).
C
A B A
A` B A
Por outro lado, dois conjuntos pode não ter nenhum elemento em comum, por exemplo o conjunto de
dispositivos eu executam funções binárias eletronicamente e o conjunto de dispositivos hidráulicos que
executam funções analógicas. Neste caso diz-se que os dois conjuntos são MUTUAMENTE EXCLUSIVOS e
que A.B = 0, onde 0 (zero) representa o conjunto vazio
A figura 3.3 (c) mostra três conjuntos, os já definidos A e B e, o C que constitui-se de todos os
dispositivos posicionadores. Tais dispositivos podem executar funções binárias como também analógicas
além de poderem ser hidráulicos, pneumáticos, elétricos e de tecnologia mista. As ocorrências
simultâneas de A, B e C encontram-se na área escura e são representas por A.B.C, i.e., A E B E C.
A representação de conjuntos como mostrado na figura 3.3 é conhecida como DIAGRAMA DE VENN.
Estes diagramas podem ser usados para demonstras outra importante relação entre conjuntos. Por
exemplo a área coberta pelos conjuntos A e B, juntos, como mostrado na figura 3.4, representa a classe
de dispositivos que executam funções binárias ou de dispositivos hidráulicos.
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A B
Figura 3.4
O termo OU é representado pelo sinal ( + ) e o conjunto combinado é denominado por A+B, i.e., A OU B,
que define uma soma lógica.
Os termos “E”, “OU” e “NEGAÇÃO DE” são conhecidos como sinais conectivos, desde que eles não
implicam em multiplicação ou adição no sentido aritmético.
Os sinais conectivos ( . ) e ( + ) podem ser tratados como operações algébricas enquanto os conjuntos
são considerados como variáveis lógicas. Isto caracteriza a Álgebra de Boole. Por exemplo os conjuntos
A e A` contém todos os membros do Universo, logo tem-se que:
A+A` = 1
onde o Universo é considerado como 1. Por outro lado os conjuntos A e A` não têm nada em comum
(mutuamente exclusivos) o que pode seer representado algebricamente por:
A.A`= Ø
Outra maneira conveniente de observar os sinais conectivos ( . ) e ( + ) é por meio das ligações em
circuitos, mostradas na figura 3.5. Cada uma das variáveis lógicas e x e y controla o estado da respectiva
ligação. Por exemplo, se x = 1 então a ligação associada é acionada. Se x = 0, o circuito é aberto naquela
ligação. A ligação associada co y comporta-se de maneira similar.
x
1 x y f 1 f
y
(a) f = x . y (b) f = x +y
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A figura 3.4 (a) mostra que o sinal conectivo E, traduz uma operação de ligações em série a qual, simula
a função lógica f = x.y. A função f será verdadeira, i.e., igual a 1, se os sinais x e y estiverem presentes
simultaneamente. A ausência de x ou de y ou de ambos implica em f = 0.
Similarmente, o sinal conectivo OU, traduz uma operação de ligações em paralelo, que simula a função
lógica f = x+y. Neste caso f será igual a zero apenas quando ambos os sinais x e y não estiverem
presentes, e será igual a 1 quando um deles estiver presente.
X = 1 se x ≠ 0 x = 0 se x ≠ 1
1.1 = (1 E 1) = 1 0+0 = (Ø OU Ø) = 0
1.0 = (1 E 0) = 0 0 +1 = (Ø OU Ø) = 1
0.0 = (0 E 0) = 0 1+1 = (1 OU 1) = 1
1` = (negação de) = 0 0` = (negação de = 1
Basicamente, os postulados definem, muito sucintamente, a influência das três operações básicas de E,
OU e negação de, sobre o valor das variáveis. Existe uma simetria com relação aos postulados chamada
DUALIDADE, que significa que para toda a proposição a cerca da soma existe uma proposição análoga
para o produto e vice-versa.Em outras palavras qualquer lei da álgrbra, válida para a adição, também é
valida para a multiplicação.
Assim, se o produto é associativo, também a soma o é, e se a soma é comutativa, também o é o
produto, e assim por diante.
Como resultado desta dualidade os postulados acimaforam apresentados nas suas formas duais.
Ao contrário dos postulados, os teoremas booleanos não contêm nada que não possa ser provado e
nem outras suposições, se não aquelas referentes aos próprios postulados.
Assim, os teoremas são deduzidos inteiramente dos postulados e mostram as relações entre os
conceitos implicados.
Os teoremas booleanos são proposições poderosas e extremamente úteis no estabelecimento da
identidade das equações booleanas. Eles permitem simplificar expressões lógicas, transformando-as em
expressões equivalentes de mais simples utilização.
A implementação de um conjunto de equações booleanas, em termos de hardware lógico, é,
freqüentemente, um exercício de manipulação e transformação dos termos dos teoremas booleanos.
Segue a lista dos mais significativos teoremas, que são apresentados em suas expressões duais, por
exemplo, teoremas 9 e 10.
A forma dual de uma expressão booleana é obtida pela troca de todas as conexões E´s por OU´s,
trocando todos os 0´s por 1´s e vice-versa.
Outra forma de uma expressão booleana é a chamada expressão complementar. O complemento de
uma expressão booleana é obtido da mesma maneira que a sua dual, com a diferença de que cada
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literal (variável) é complementado. Por exemplo, o complemento da expressão x.y`+ x.y.z` é (x`+
y).(x`+y`+z).
Foi definido que a negação de uma variável lógica x implicava em seu complemento x` . Se for
estabelecido o estado de x (verdadeiro, alto, ligado ou 1) então x` teria o estado complementar (falso,
baixo, desligado ou 0) e vice-versa.
É possível generalizar o conceito de complementação para tratar funções de mais de uma variável
lógica, tais como f = x + y . z.
Se a expressão do lado direito do sinal da igualdade (L.D.I.) é logicamente correta, então f = 1, de outra
forma 0. É logicamente correto, neste caso, dizer que f` = (x + y . z)`, onde o termo (L.D.I.) é denominado
complemento de f ou complemento de x + y . z.
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Na manipulação de funções, tais como a acima referida, com o propósito de simplificá-las,
freqüentemente envolve-se o Teorema de Morgan, que é dado por:
(a.b.c.d....)` = a`+b`+c`+d`+...
a+b+c+d+... = a`.b`.c`.d`...
Examinando o (L.D.I.) das duas relações, observa-se que o (L.E.I.) pode ser obtido por:
O teorema de Morgan não é usado somente para a manipulação e simplificação de funções, de forma
aplicada, , é usado, também, na a construção de circuitos lógicos de uma maneira geral.
Apesar dos teoremas booleanos poderem ser provados pelo uso de outros teoremas, a maneira
fundamental de se mostrar a evidência irrefutável da validade de um teorema é por meio da aplicação
do conceito da Tabela Verdade e dos postulados da Álgebra Booleana.
A prova da Tabela Verdade consiste em listar todas as combinações dos valores, os quais as variáveis de
uma equivalência pode possuir, e fazer substituições destes valores em ambos os lados da relação. Se o
valor de ambos os lados da relação é o mesmo, após cada substituição, então a equivalência é
estabelecida.
O uso do método da Tabela Verdade para a prova de teoremas é demonstrado com o teorema 23, da
relação 3.7, como a seguir.
Existem duas variáveis envolvidas no teorema e cada uma delas pode possuir apenas dois valores
explícitos: 0 e 1. Por outro lado existem quatro combinações de valores para o termo x, y. Substituindo
os valores das variáveis para os lados esquerdo e direito da igualdade do teorema e aplicando as
proposições expressas para os postulados, os valores das combinações de cada lado podem ser
determinados.
O teorema é válido se o valor do lado esquerdo correspondente àquele do lado direito para cada
combinação de valores das variáveis.
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Pode-se verificar também, com este exemlo que o número de combinações possíveis entre as variáveis,
que corresponde ao número de linhas da tabela é igual a 2n , onde n é igual ao número de variáveis
envolvidas (da função).
Um outro exemplo simples, permite verificar uma aplicação do teorema de Morgan com verificação por
meio da Tabela Verdade. Ou seja, considere a função dada por:
x y z y.z f f` x` y` z` y`+z` f`
0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1
0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1
0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 1
0 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0
1 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0
1 0 1 0 1 0 0 1 0 1 0
1 1 0 0 1 0 0 0 1 1 0
1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0
A função transmissão T, assume o valor lógico 1 se obtida uma saída de um dispositivo devido ao
aparecimento de 1`s em algumas de suas entradas. Por exemplo, considere o circuito da figura 3.4, e sua
tabela verdade associada.
y x y z T EQUIVALÊNCIA
1 x T 0 0 0 0
0 0 1 0
z 0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 0
Figura 3.4 Transmissão 1 0 1 1 x . y`. z
1 1 0 1 x . y . z`
1 1 1 1 x.y.z
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O aparecimento de 1 em uma ligação provoca a condução naquele contato particular. Então, o que se
pode verificar da tabela verdade, é que existe saída para as combinações de x . y`. z ou x . y . z` ou x . y .
z. Todas as demais combinações de x, y e z falham para produzir uma saída no circuito. Logo a função
transmissão pode ser escrita como:
A função bloqueio B, representa o desaparecimento do sinal de saída. Esta assume o vlor lógico , se a
saída é 0 (não existe). Da primeira linha da tabela verdade da figura pode-se escrever:
B = x.y.z
Com o entendimento de que cada um dos x e y e z têm de se anular para que B seja 1. Para obter a
expressão completa para B, constrói-se a tabela verdade mostrada na figura 3.5, e a expressão completa
para é dada por:
X` Y` `z B EQUIVALÊNCIA
0 0 0 1 x.y.z
0 0 1 1 x.y.z`
0 1 0 1 x.y`.z
0 1 1 10 x.y`.z`
1 0 0 1 x`.y.z
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 0
Usando a lei da Reflexão, dada pelo Teorema 23 (seção 3.7) tem-se que:
T = x.(z+y)
= x+x`.(y.z),
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Usando mais uma vez a Lei da Reflexão, tem-se que:
B = x+(y.z)
Em sua forma mais simples, as funções de transmissão e bloqueio são dadas por:
T = x.(z+y)
3.9.3
B = x+(y.z)
A figura 3.6 mostra a tabela verdade para T, B, T`e B`, com base nas relações (3.9.3), e também as
funções Transmissão, Bloqueio e Dual.
x y z y.z Y+z T B T` B`
0 0 0 0 0 0 0 1 1
0 0 1 0 1 0 0 1 1
0 1 0 0 1 0 0 1 1
0 1 1 1 1 0 0 1 0
1 0 0 0 0 0 1 1 0
1 0 1 0 1 1 1 0 0
1 1 0 0 1 1 1 0 0
1 1 1 1 1 1 1 0 0
y
1 x T
z
x`
1 T
y` z`
1 T
y z
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Com base na discussão prévia comclui-se que: ˝Se uma função booleana é verdadeira, não somente seu
complemento é verdadeiro, mas também sua dual˝. Na simplificação de funções de ligação, esta
propriedade da função dual pode ser usada de acordo com os seguintes passos:
Exemplo 3.9.1.
D = (x+w).(x+y)+(w+y).x+(w+z).(x+y)
Usando a Lei da Distributividade, dada pelo Teorema 7 (seção 3.7), de forma inversa e sobre o 1º termo,
tem-se que:
D = x+y.(w+z)
T = x.(y+w.z)
Um dos mais poderosos métodos sistemáticos para a simplificação de funções complexas, o método
Quine McCluskey, requer a expansão da função original na sua forma canônica.
Uma função booleana pode ser expandida em uma das duas seguintes formas canônicas:
Cada termo, em ambas as formas, deve conter todas as variáveis. Cada variável ou seu complemento só
deve aparecer uma vez em cada termo.
Exemplo 3.10.1
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A função F possui três variáveis x,y e z. O LDI da função contém dois termos x e y.z, nenhum desses
termos preenche os requisitos da forma canônica, desde que no 1º não aparece y e nem z, ou seus
complementos, e no 2º o x ou seu complemento. É possível modificar-se F para a forma desejada por
meio do uso adequado da Lei da Complementação¸ (Teorema 15), dado por:
Escreve-se então,
F = x+y.z
= x.(y+y`).(z+z`) + (x+x`).y.z
= x.(y.z+y.z` + y`.z + y`.z`) + x.y.z + x`.y.z
= x.y.z +x.y.z`+ x.y`z + x.y`z` + x.y.z + x`.y.z
Que é a FND requerida. Cada termo no LDI é chamado de MINITERMO e é denominado por mi . Esta
forma é também conhecida como Forma Canônica do Minitermo.
Observar que para uma função de três variáveis, existem oito possíveis minitermos, como mostra a
tabela seguinte.
Com se pode verificar, nesta tabela, as combinações de sinais seguem a sistemática de formação dos
números binários.
Como era de se esperar, para uma função de n variáveis, existem 2n possíveis minitermos. Neste
exemplo a expressão para F contém somente 5 (cinco) dos possíveis 8 (oito) minitermos. Pode-se
escrever então,
F = m3 + m4 + m5 + m 6 + m7 3.10.1
Exemplo 3.10.2
Juntamente com repetidas aplicações da Lei da Distributividade (7º Teorema), dado por:
X + y.z = (x + y).(x + z)
Logo,
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F = x+y.z = (x+y).(x+z), complementando os termos,
F = (x+y+z.z´).(x+y.y`+z), aplicando mais uma vez a Lei da Distributividade, em cada termo, considerando
que (x+y) é uma variável no 1º e (x+z), outra variável no 2º, obtem-se que:
F = (x+y+z).(x+y+z`).(x+y+z). (x+y`+z)
F = (x+y+z).(x+y+z`).(x+y`+z)
Que é a FNC requerida. Cada termo do LDI é chamado de MAXITERMO e é denominado Mi . Esta forma é
também conhecida como Forma Canônica do Maxitermo.
Para uma função de três variáveis, tem-se oito possíveis maxitermos, como mostra a tabela sseguinte.
Os sinais que representam os complementos são colocados da mesma maneira quando da indexação
dos m´s. Neste exemplo, a expressão para F contem somente 3 (três) dos possíveis 8 (oito) maxitermos,
logo,
F = M7 . M6 . M5 3.10.2
De modo geral, uma função F ode ser expressa, em termos de seus minitermos, por:
i = 2n-1
F= Ʃ a .mi i
i=0
Onde (Ʃ) é o somatório referente ao sinal conectivo OU entre os termos e o (.) é o sinal conectivo E
entre os fatores ai e mi. Os ai´s são 1´s ou 0´s. Notar que os minitermos são mutuamente exclusivos. Para
um conjunto de condições das variáveis, se mk = 1, então o resto dos minitermos é 0´s.
De modo similar, pode-se estabelecer que a mesma função pode ser expressa em termo de seus
maxitermos por:
i = 2n-1
F= ∏ b .M i i
i=0
A figura 3.7 mostra a listagem dos mini e maxi termos para 2 e 3 e variáveis.
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y z m M
0 0 m0 M0
0 1 m1 M1
1 0 m2 M2 As tabelas são montadas, cuidadosamente, com base na
1 1 m3 M3 associação com os números binários , tanto para os mini
como para os maxi termos. Estes números são encontrados
(a) 2 variáveis substituindo-se cada variável por 1 e seu complemento por 0.
Assim é que o termo x.y.z` é associado com (110) e x`+y`+z,
por sua vez, é associado co (001), etc.
x y z m M O subscrito que identifica o minitermo ou o maxitermo é o
0 0 0 m0 M0 número decimal equivalente deste número binário. Assim
0 0 1 m1 M1 (x.y`.z`) = (100) = m4 e (x`+y`+z) = (001) = M1...etc.
0 1 0 m2 M2
0 1 1 m3 M3 Pode-se também escrever m6 = (110) = (x.y.z`); M3 = (011) =
1 0 0 m4 M4 (x`+y+z), sem referir-se as tabelas prévias.
1 0 1 m5 M5
1 1 0 m6 M6
1 1 1 m7 M7
(b) 3 variáveis
Com este ordenamento, por meio dos subscritos para mi e Mi , pode-se conseguir, de modo simples, a
mudança, de uma forma para outra, sem passar pelos passos intermediários. O exemplo seguintes
esclarece tal procedimento.
Exemplo 3.10.3
Nota-se que os índices i e j de mi` = Mj sempre somam-se para 7, logo pode-se definir que:
Exemplo 3.10.4
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Nota-se que os indices i e j de Mi` = mj sempre somamse para 15, então,
Exemplo 3.10.5
1º obtem-se F = F`= m0 + m1 + m2
3.11.1 Introdução
Como já dito nos itens anteriores, a simplificação de funções de Boole possível apenas com o uso
adequado dos postulados, operadores e teoremas booleanos.
Neste item são apresentados métodos de características práticas parq uso direto junto a circuitos
lógicos.
Este método é também conhecido como método da tabulação e sua explicação se torna mais
interessante por meio de um exemplo, como a seguir.
Exemplo 3.11.1
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F = w`.x.y`+ w`.x.z + w.x`.y` + w.x`z + w`.x.y
Constrói-se uma tabela com os minitermos formadores da função, figura 3.8, onde são mostrados
seu correspondente binário e decimal. Cada linha representa um minitermo particular da função.
termo w x y z decimal
1 w`.x.y`.z 0 1 0 1 5 √
2 w`.x.y`.z` 0 1 0 0 4 √
3 w`.x.y.z 1 1 1 1 7 √
4 w.x`.y`.z 1 0 0 1 9 √
5 w.x`.y`.z` 1 0 0 0 8 √
6 w.x`.y.z 1 0 1 1 11 √
7 w`.x.y.z` 0 1 1 0 6 √
termo w x y z decimal
1 w`.x.y` 0 1 0 - 4,5 √
2 w`.x.z 0 1 - 1 5,7 √
3 w`.x.z` 0 1 - 0 4,6 √
4 w`.x.y 0 1 1 - 6,7 √
5 w.x`.z 1 0 - 1 9,11 *
6 w.x`.y` 1 0 0 0 8,9 *
termo w x y z decimal
1 w`.x 0 1 - - 4,5,6,7 *
(*)O último termo de produto que não contém nenhum par de variáveis
complementares.
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Neste passo encontra-se qual produto de 4 – variáveis que combinado com outro, resulta em um
produto de apenas 3 – variáveis. O procedimento passa pela investigação sistemática da tabela (a),
em busca de pares de produtos que possuam RELAÇÃO DE ADJACÊNCIA, ou seja, diferem apenas um
bit (uma variável), considerando uma variável com relação ao seu complemento, de modo a formar
pares de variáveis complementares. Se um par é encontrado, um sinal (√) é colocado para cada um
deles e o termo combinado é colocado em outra tabela (b), com a variável particular substituída por
uma barra ( - ).
Por exemplo as linhas (1) e (2) na tabela (a) diferem apenas de uma variável. Então elas são
assinaladas e a primeira linha em (b) é completada como se mostra. A última coluna, em cada tabela,
fornece o correspondente decimal e suas combinações, que resultam da criação das linhas
associadas. Por exemplo, pode-se dizer que a linha (4) na tabela (b) é formada pela combinação das
possibilidades dos decimais (6) e (7), que corresponde à fusão das linhas (7) e (3) da tabela (a).Uma
linha assinalada (√) pode ser usada tantas vezes quanto se faz necessário à formação de novos pares.
Os termos que não podem formar pares recebem um asterisco (*) e são colocados no fim da tabela.
Eles são referidos como TERMOS PRIMITIVOS IRREDUTÍVEIS DO PRODUTO (T.P.I.P). Neste exemplo
não existem T.P.I.P na tabela (a), i.e., todos os minitermos podem formar pares.
Um exame da tabela (b) permite verificar as possibilidades de fusão dos produtos de 3 – variáveis ,
em ordem para se obter produtos s de 2 – variáveis, as quais, são introduzidas na tabela (c). Quando
se compara duas linhas para formar o par, as barras devem estar na mesma coluna. Notar que é
possível combinar a linha (1) e (4) na tabela (b) para formar (01--). De modo similar é possível
combinar as linhas (3) e (2), na mesma tabela, para formar (01--) também. Assim as primeiras 4
linhas da tabela (b) levam somente à uma única linha possível na tabela (c). As linhas (5) e (6) não
podem ser emparelhadas com nenhuma outra na tabela (b), elas recebem asteriscos. A única linha
na tabela (c) é também sinalizada.
A tabela dos T.P.I.P´s é constituída como mostra a figura 3.9. As colunas representam os minitermos
contidos na função original (3.11.2.1) e as linhas representam os termos primitivos encontrados
préviamente (3.11.2.2). Um (X) é colocado na tabela para todo o minitermo que contém um termo
primitivo, por exemplo, um (X) é introduzido do lado do T.P.I.P w.x`.z sob o minitermo w.x`.y`.z,
desde que o contém.
Cada coluna da tabela é examinada para uma múltipla ocorrência de X´s. Se somente um X é
encontrado, numa dada coluna, ele é então circunscrito X e o T.P.I.P associado é chamado de
T.P.I.P ESSENCIAL. Isto significa que ele tem que aparecer na forma final da função simplificada, para
considerar a presença desse minitermo particular.
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Neste exemplo todos os termos primitivos são essenciais, têm que aparecer na forma final da função.
A soma de todos os T.P.I.P´s, junto .................com qualquer outro termo primitivo que pode estar à
esquerda na tabela (para conter todos os minitermos) é a solução final.
Exemplo 3.11.2
Num problema de simplificação a tabela de T.P.I.P´s oi encontrada ,como mostra a figura 3.10. As entradas
na 1ª coluna (A a G) representam os T.P.I.P´s que foram encontrados. As entradas da 1ª linha representam
os minitermos contidos na função original f. Os X´s tem seu significado usual. Encontrar a forma ideal para f
em termos de T.P.I.P´s.
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9
A X X X
B X X X
C X
D X
E
F X X X X X
G X X
A tabela mostra que só existem dois T.P.I.P´s ESSENCIAIS: A e F, o 1º contém C6, C7 e C8 e o 2º C1, C4, C5, C7 e
C9. A expressão para f deve conter estes dois termos mais os outros T.P.I.P´s considerados pela presença
dos minitermos C2 e C3, remanescentes. Pode-se escolher então, mais de uma maneira de representação
para f.
f = (A+F)+B+C ; f = (A+F)+E+C
f = (A+F)+B+G ; f = (A+F)+E+G
A vantagem e força do método está no fato de que ele pode ser computadorizado, visando ao manuseio de
circuitos complexos de qualquer tamanho.
Quando o número d variáveis envolvidas numa expressão é pequeno (preferencialmente seis ou menos)
uma das mais poderosas técnicas de simplificação é o chamado Método de do Mapa de Karnaugh. Esta
técnica simples e rápida possibilita uma forma única de obtenção da mínima soma ou produto lógico, tanto
na forma disjuntiva quanto na forma conjuntiva, em termos do número de variáveis e/ou operações
lógicas.
19
O Mapa de Karnaugh caracteriza uma forma de se representar graficamente uma equação Booleana,
permitindo um procedimento de inspeção visual no processo de simplificação.
O Mapa de Karnaugh deve conter um número suficiente de linhas e colunas para prover apropriadamente
os pontos de locação ou células, para cada uma das 2n possíveis combinações de valores das n variáveis. O
mapa usa o Código de Gray, ou código binário refletido, para a classificação das linhas e colunas, desde
que, neste sistema binário de numeração, somente um bit muda a cada vez. O Código de Gray é
apresentado no apêndice A.
A composição de blocos do mapa, criada pela interseção de linhas e colunas são chamadas de células, nas
quais cada minitermo ou maxitermo, de uma equação canônica, disjuntiva ou conjuntiva pode ser
identificado. Então, o Mapa de Karnaugh é uma representação gráfica de uma equação totalmente
expandida na sua forma disjuntiva ou conjuntiva, como se verifica na Tabela verdade. Entretanto, o mapa,
em contraste com a Tabela Verdade, exibe os conjuntos básicos de sinais que permitem que a expressão
mais simples seja lida diretamente.
Os conjuntos básicos exibidos pelas células, contendo entradas, são chamados SUBCUBOS. Mais
especificamente, um subcubo é um conjunto de células representando toda ou uma parte dos minitermos
ou maxitermos de uma equação booleana, que possui relações adjacentes. Cada relação ocorre quando
uma ou mais das variáveis, definidas nas células do subcubo, têm valores constantes.O tamanho do Mapa
de Karnaugh dobra para cada variável adicionada.
No caso de 2 variáveis (a), a e b e seus complementos são exibidos em torno de uma tabela que tem 4
células, cada célula representa um minitermo. A célula (1) por exemplo, representa a`. b` e a (2) representa
a.b`, etc.
O caso de 3 variáveis (b), é obtido dobrando-se as colunas de (a). A tabela (b) possui 8 células que
representam 8 possíveis minitermos, deste caso. A célula (3) representa a`. b . c`, e a célula (4), a . b . c`,
etc.
A tabela (c), para o caso de 4 variáveis, é obtida dobrando-se as linhas de (b). As células (5) e (6)
representam os minitermos a`. b`. c . d e a . b`.c .d, respectivamente.
a` a
b` (1) (2)
(a)2 variáveis
a
(3) (4)
(b)3 variáveis
20
a
d
(5) (6)
c
(c)4 varáveis
As extensões das referidas tabelas para o caso de (5) e (6) variáveis, devem ser desenvolvidas pelo leitor.
O Mapa de Karnaugh também pode ser expresso com um esquema particular de nomeação das células, no
entorno da tabela. As variáveis são trocadas por 1´s e 0´s para indicar sua presença ou ausência
respectivamente. A figura 3.10 mostra os mapas modificados referentes à tabela anterior.
No caso de 4 variáveis, a coluna classificada por 01, indica o domínio de a`.b, e a linha classificada por 10,
refere-se ao domínio de c.d`.
O minitermo (a.b.c`.d`.e), para o caso de 5 variáveis, é lido como (11001) e é localizado pela coluna (110) e
alinha (01).
Nota-se que quaisquer duas classificações consecutivas para linhas ou colunas difere apenas de um bit,
caracterizando uma relação adjacente e permitindo portanto, a simplificação da função.
a
b 0 1
0
a,b
c 00 01 11 10
0
21
a,b
c,d 00 01 11 10
00
01
11
10
a,b,c
00
01
11
10
5 variáveis
Uma função de ligação pode ser representada neste mapa. Considere por exemplo a função 3.11.2.1,
Um 1 é introduzido no Mapa de Karnaugh, como mostra a figura 3.11, par cada termo da função. O mapa
completo fornece a representação completa da função.
w,x
y,z 00 01 11 10
00 1 1
01 1 1
11 1 1
10 1
22
O processo de simplificação se baseia na formação dos SUBCUBOS que aparecem no mapa quando da
representação de uma função. Tais SUBCUBOS são considerados como grupos de 2n células com relações
adjacentes para as n variáveis.
Duas células possuem uma relação de adjacência se o minitermo ou maxitermo, que representam, diferem
apenas de uma variável com respeito ao deu complemento.
Esta expressão é uma relação de duas variáveis e ambos os termos já estãona formade minitermos. O mapa
deverá conter 2 entradas e 22 = 4 células, ou seja:
b 0 1
0
1 1 1
Note-se que o 1 foi introduzido nas células que descrevem cada minitermo da equação, para qual se deseja
Z = 1.
As duas células que contem 1´s representam termos que possuem relação adjacente, desde que, sómente
o valor de a muda de uma célula para outra. Por essa razão estas duas células constituem um subcubo, o
qual pode ser representado por apenas uma única variável. Então a expressão mais simples para Z seria Z =
b. O que pode ser verificado, desde que Z = a.b + a`.b = b.(a+a`) = b.
y,z
x 00 01 11 10
0 1 1
1 1 1
Note-se que existem três possíveis subcubos refletidos pelo mapa x`.z , y.z e x.z. Desde que uma dada célula
necessita ser coberta, apenas uma vez, por um subcubo, a expressão mais simples para representar a
função é F = x.y + x`.z.
O subcubo redundante y.z, é utilizado quando da necessidade de uma simplificação que justifique a
formação de uma cadeia de subcubos.
23
É obvio que as expressões mais simples são obtidas dos maiores subcubos, desde que, um subcubo de 2
células elimina 1 variável, de 4 células elimina 2 variáveis, de 8 células elimina 3 variáveis e assim por
diante.
Os termos representados por esses subcubos são T.P.I.P´s para a expressão disjuntiva e os T.P.I.S´s quando
o Mapa de Karnaugh é construído para a expressão conjuntiva.
Apesar do Mapa de Karnaugh descrever completamente uma equação booleana, em todas as suas formas,
uma razoável dose de prática é requerida para se determinar os subcubos, ótimos, que levarão as relações
mínimas. As características de adjacência das células periféricas são particularmente difíceis de reconhecer
em modelos de subcubos.
Tem sido mencionado que o importante na leitura do Mapa de Karnaugh, é reconhecer os subcubos ótimos
que permitem escrever as equações mínimas. Em muitos casos existem várias combinaçõs possíveis para
formação dos subcubos, que podem levar à equações com o mesmo número de literais (variáveis ou seus
complementos) e sinais conectivos. Se não vide o próximo exemplo.
c,d
a,b 00 01 11 10
00 1 1
01 1 1 1 1
11 1 1 1
10 1 1 1
A partir do mapa que descreve completamente a equação, duas expressões mínimas (8 literais) podem ser
escritas:
Na prática, ambas as soluções devem ser investigadas, para determinar-se a melhor, em termos de
implementação do hardware.
Até o momento as regras para se entrar no mapa têm considerado entradas soluções, ou entradas de 1´s.
As demais entradas, no mapa, são de dois tipos: entradas complementares ou “sem interesse”.
As entradas complementares são aquelas com 0´s, que são combinações de sinais que não levama
ocorrência de operações ou soluções para a função. As entradas “sem interesse”, são aquelas que não
definem uma ocorrência (combinação), ou, se isso acontecer, o resultado não influi na lógica do sistema.
A entrada opcional (-), pode ser utilizada na simplificação de equações por meio da complementação dos
subcubos ótimos. Para exemplificar o uso de entradas “sem interesse”, considere a expressão:
24
Z = a`.b`.d`+ b`.c`.d` + a`.b.c`.d + a.b.c.d
Monta-se o Mapa de Karnaugh, para a equação, incluindo as entradas complementares e “sem interesse”,
Usa-se as “sem interesse”, como desejado, para completar o subcubo ótimo, que leva a solução
simplificada para Z.
c,d
a,b 00 01 11 10
00 1 0 0 1
01 0 1 - 0
11 0 - 1 0
10 1 0 0 -
Os mapas de síntese, para circuitos lógicos, geralmente contém muitas entradas solução 1´s ou muitas
entradas complementares 0´s. Quando o mapa exibe somente poucas entradas 0´s, ele pode fornecer a
solução complementar. Esta solução considera todos os 0´s em vez dos 1´s. A solução não complementar é
obtida por meio da complementação do grupo de expressões relativas à 0.
c,d
a,b 00 01 11 10
00 0 0 0 -
01 0 1 1 0
11 1 -1 1 1
10 1 - 1 1
Construindo-se o Mapa de Karnaugh para a função, a solução complementar obtida é dada por:
Z` = a`.b` + a`.c
25
Z = (a+b).(a+d`) = a+b.d
Os Mapas de Karnaugh podem também ser utilizados para a manipulação de expressões booleanas
conjuntivas. Por exemplo, vamos considerar a seguinte equação na FNC.
Z = (a`+b`+c`+d`).(a`+c`+d).(b+c+d).(a+c+d).(a`+b`+d) (a)
Neste caso, o termo da soma (a`+b`+c`+d`) entra no mapa numa célula onde os valores das variáveis a,b,c e
d são todas zero. Por outro lado, o termo (a`+c`+d), entra nas duas células apropriadas, satisfazendo os
valores de a = c = 0 e d = 1. Se os termos remanescentes entram da mesma maneira, o Mapa de Karnaugh
toma a forma mostrada abaixo.
c,d
a,b 00 01 11 10
00 1 1 1
01 1 1
11 1
10 1
Pela seleção dos três subcubos pode-se chegar a expressão mais simples na FNC, que é lida diretamente do
mapa.
Z = (a`+b`+c`).(a´+d).(c+d) (b)
Nota-se que, os termos lidos no mapa, são lidos na forma conjuntiva, exceto que o “universo” é zero, fator
chave na aplicação desta técnica.
A validade desta aproximação conjuntiva pode ser demonstrada, simplesmente, pelo uso do princípio da
dualidade, mostrando que as formas acima são equivalentes.
O Mapa de Karnaugh para esta equação será idêntico ao mapa anterior, para a equação conjuntiva. Então
pode-se ler diretamente do mapa que:
26
Desde que estas equações são duais das equações (a) e (b), por inspeção, estas equações são equivalentes
e, para cada equação conjuntiva, a relação dual disjuntiva pode ser construída. Isto prova a validade da
aproximação.
4.1 Introdução
Um sistema fluídico consiste, basicamente, dos geradores dos sinais de entrada (sensores), das unidades
de saída de sinal (atuadores) e de um centro de tomada de decisões ou processador.
O processador realiza a síntese das informações fornecidas pelos sensores, de acordo com as leis pré-
estabelecidas, ou seja, conforme as equações (na sua forma booleana) que regem o funcionamento do
sistema.
Estas equações devem ser satisfeitas pelo uso de elementos lógicos,formando circuitos específicos. Para
implementar as tais equações, por meio de um hardware específico é requerido o conhecimento de sua
adequação e de sua função lógica inerente.
Um fato a ser frisado é que, na implementação das equações booleanas, usualmente, uma expressão
pode ser satisfeita por várias diferentes configurações de elementos e combinações de circuitos.
Um elemento lógico é definido como um dispositivo capaz de fornecer uma saída 1 ou 0, com base nas
condições de sua entrada. Elementos lógicos têm sido concebidos, fabricados e comercializadospara
satisfazer:
a. Elemento “E”
É um elemento que produz uma saída de estado 1, apenas se todas as entradas possuem estado 1.
Segue a tabela verdade, símbolos e equação booleana correspondentes.
27
a b y
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1
Y = a.b
Simbologia lógica
y
a
y
b a
Tecnologia Pneumática
a b
Tecnologia Elétrica
28
b. Elemento “OU”
É um elemento que produz uma saída de estado 1, caso alguma das entradas possuir o estado 1.
Segue a tabela verdade, símbolos e equação booleana correspondentes.
a b y
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1
Y = a+b
Simbologia lógica
y
a
y
b a
Tecnologia Pneumática
a b
Tecnologia Elétrica
a b
29
A bobina do relé é energizada somente quando os contatos a ou b, ou ambos, estiverem fechados,
ou seja, y = 1 para a = 1 ou b= 1.
É um elemento que produz uma saída de estado 1, somente quando sua entrada possuir o estado 0.
Trata-se de um elemento unitário, ou seja, de uma única entrada. È também chamado de INVERSOR
Segue a tabela verdade, símbolos e equação booleana correspondentes.
a y
0 1
1 0
Y = a`
Simbologia lógica
a y a y
Tecnologia Pneumática
y
Tecnologia Elétrica
30
A bobina do relé y é desenergizada quando o contato a for acionado.
d. Elemento INIBIDOR
a b y
0 0 0
0 1 1
1 0 0
1 1 0
Y = a`.b
O elemento inibidor difere do elemento “negação de” devido possuir uma segunda entrada B em vez
de uma alimentação. Este fato o caracteriza como um ELEMENTO PASSIVO, que são aqueles que não
possuem alimentação própria e, em cujas entradas podem receber sinais de outros elementos,
podendo executar combinação de sinais mais complexas.
Simbologia lógica
a y
I
b
Tecnologia Pneumática
y
e. Elemento MEMÓRIA
Existem várias maneiras de se obter memorização de sinais por meio de dispositivos lógicos, a mais
comum é, sem dúvida, a utilização de um elemento bi-estável, o qual caracteriza um dispositivo de
memória tipo Flip – Flop.
31
Tal elemento possui duas entradas liga (S) e desliga (R) e duas saídas. Se o pórtico de alimentação é
conectado à um sinal constante, ele é chamado um elemento ativo, e sua saída é transmitida pela
energia da alimentação. Se o pórtico de alimentação é ligado à uma fonte de sinal lógico, ele é
chamado de elemento passivo, e sua saída não é apenas função da memória do Flip – Flop, mas
também do sinal lógico.
Segue a tabela verdade, equação booleana e simbologia para um elemento de memória (S-R) e (J-K).
(S-R) (J-K)
S R Qn-1 Qn Qn
1 0 0 1 1
0 0 1 1 1
0 1 1 0 0
0 0 0 0 0
1 1 0 ? 1
Trem de pulsos
Símbolos lógicos
Q = R`(S+S`.Q)
5.1 Introdução
Um projeto é um processo de seleção e conexão de elementos para formar um sistema. Para um
sistema lógico , ele é o processo de encontrar a rede que satisfaça o conjunto de requerimentos
prescritos. Desde que a Álgebra de Boole, serve como base para o projeto lógico, sistemas aplicados são
limitados àqueles que se caracterizam por operações que podem ser descritas por termos binários.
O projeto de um sistema lógico deve começar com a seleção e/ou identificação das entradas e com a
descrição completa dos requerimentos de saída. Uma vez que as entradas e saídas são definidas, o
problema pode ser formalmente estabelecido. Com base no conhecimento das entradas e saídas e nas
condições sob as quais as saídas devem reagir com as várias entradas, a especificação lógica pode ser
formulada.
32
1. Representação dos requerimentos do sistema, por meio da construção da tabela verdade descritiva
dos estados à serem estabelecidos;
2. Obtenção das equações das saídas que são refletidas pela tabela verdade mínima;
3. Simplificação das equações das saídas, assumindo que, aquelas combinações de sinais não
especificadas na tabela verdade mínima são consideradas “zeros”;
4. Implementação das equações normais pelo uso dos elementos que realizam as funções lógicas
correspondentes.
Existem varias técnicas para projetos de circuitos lógicos seqüenciais, uma delas será vista a seguir.
Este é um método desenvolvido pela Maxman Power Ltda e é aplicado para sistemas regularmente
ativados ou quando a seqüência de operação é determinística por natureza. As restrições seguintes
devem ser consideradas para a operação destes sistemas.
b. As entradas devem servir como realimentação para indicar se uma operação foi
completada, ou seja, o início de cada ação depende da realização da ação previa.
Partida
Tempo (passos)
Atuadores 1 2 3 4 5 6 Partida A+
C+
1
A A-
0
B+
1
B C-
0
1 B-
C 0
Para resolver este tipo de problema, com base nos conhecimentos discutidos nos capítulos
anteriores, será necessário obter as equações para cada uma das ações requeridas. Para tanto,
constrói-se uma extensão do Mapa de Karnaugh e, a partir dela, extraem-se as expressões referidas.
33
Para fazer corresponder a representação das variáveis no Mapa de Karnaugh, deve-se considerar que
um atuador pode ter seus estados estabelecidos de acordo com suas condições de atuação, ou seja,
recuado ou estendido. E, se ele possui dois estados, pode ser considerado como uma variável lógica.
A representação dos estados possíveis para dois cilindros A e B é mostrada na figura seguinte, onde
os sensores a0 e a1 indicam os estados de recuado e avançado, respectivamente, para o atuador A e
os sensores b0 e b1 para o atuador B. As quatro células constantes do mapa representam todas as
possíveis estados para os atuadores A e .
a0 a1
b0
2 atuadores
Cada atuador adicional, por corresponder à uma variável adicional no mapa original, requer que a
rede seja dobrada e os sensores duplicados segundo uma imagem de espelho
c0 c1
a0 a1 a1 a0
b0
3 atuadores
a0 a1 a11
1 a10
0
b0
d0
b1
b1
d1 b0
4 atuadores
34
e0 e1
c0 c1 c1 c0
a0 a1 a1 a0 a0 a1 a1 a0
b0
d0
b1
b1
d1 b0
5 atuadores
Estes mapas são usados para representar uma seqüência de eventos previamente definida. Como
exemplo podemos considerara seqüência (A+,B+,A-,B-), a qual, inicia com os estados (A- e B-), tendo-
se, portanto, as seguintes condições necessárias.
SENSORES
CONDIÇÃO
ATIVADOS
Em repouso a0 , b0
A+ a1 , b0
B+ a1 , b1
A- a0 , b1
B- a0 , b0
Nota-se que os estados dos atuadores são representados por meio de letras maiúsculas indexadas
pelos sinais representativos do avanço (+) ou recuo (-), e os sensores por letras minúsculas
correspondentes, indexadas pelos dígitos 0 e 1 para o recuo e avanço, respectivamente.
Para representar a seqüência prévia, a rede de células é preparada com os sensores inicialmente
acionados (no estado de repouso da máquina) representados na 1ª célula (superior esquerda) por
convenção. Caso o atuador esteja avançado no início do ciclo, o sensor correspondente deve ser
representado na 1ª célula.
S
a0 a1 a0 a1 a0 a1 a0 a1
b0 . b0 B+ B+
A+ A+ b0 A+ b0b0A+
b1 b1 b1 b1b B-
A-
A primeira ação é A+, a qual é
35
condicionada na “célula de repouso”. Quando o atuador A avança ele libera a0 e, quando totalmente
avançado, ele aciona a1, enquanto o atuador B permanece recuado (b0 acionado).
Um vetor é traçado com o sentido da seta indicando a ação de A+ (avanço de A), passando da
atuação de a0 e b0 para a atuação de a1 e b0. A próxima ação é B+. Neste momento o sensor b0 é
liberado e o sensor b1 vem a ser acionado. Neste meio tempo o atuador A permanece acionando a1.
Um vetor representativo da ação B+ é então traçado, verticalmente, terminando em a1 e b1 e assim
sucessivamente para os demais passos da seqüência (ações dos atuadores), o que pode ser verificado
nas figuras acima.
Após o último passo (B-), as condições para o início de um novo ciclo são novamente atingidas, ou
seja, a0 e b0 e, portanto, A+ poderia ocorrer. Para prevenir o circuito fechado, uma “condição inicial”
é acrescida ao 1º passo (A+), ou seja, quanado o atuador B re-aciona b0, produzindo a0 e b0, o ciclo é
inibido até que um sinal de partida esteja presente.
A+ = c0
A+ = c0.S
B+ =a1
B+ =a1.c0
C+ = b1
C+ = b1
B- = c1
B- = c1
A- = b0
A- = b0.c1
C- = a0
C- = a0
(a) (b)
36
Os passos são relacionados de acordo com sua ocorrência dentro da seqüência. Cada estado (passo)
é relacionado com o sinal que justifica sua ocorrência, por exemplo, para B+, o sinal do lado direito
da igualdade (L.D.I) é o a1, desde que representa a condição necessária para o avanço de B, ou seja,
B+ só deve ocorrer quando A tiver terminado seu avanço.
Do mesmo modo, continua-se entrando com as vaiáveis (sinais) no L.D.I, até ser atingido o último
passo. Finalmente considera-se o último estado como condição necessária para o primeiro passo, já
que a seqüência é cíclica. O sinal S é a variável diferenciadora para um novo ciclo, desde que, apenas
a variável básica (c0) seria condição para um novo A+.
As expressões booleanas finais (quadro (b)), são obtidas das expressões incompletas (quadro (a))
pela qualificação de cada passo quando necessário.
Cada relação é examinada por meio da inspeção do mapa. Devem ser observados os estados
incompatíveis para o mesmo atuador. Por exemplo, o 1º passo A+ = c1.S não requer nenhuma
qualificação, desde que, o atuador A aparece somente uma vez no domínio de c0, como pode ser
verificado no mapa. O 2º passo B+ = a1, por sua vez, necessita de qualificação, uma vez que é possível
localizar os dois estados do atuador B (B+ e B-) sob o domínio de a1. A qualificação é feita pelo
acréscimo de uma ou mais variáveis diferenciadoras, no caso c0 ou b0. A escolha entre elas depende
do que esta acontecendo nesta fase particular. Desde que o atuador B está avançado, nesta fase,
então não se pode ter certeza dos estados de b0 e b1 por enquanto, logo o c0 é a variável (sinal)
escolhida.
Devem ser verificadas as possibilidades de ocorrência de passos indevidos com relação à seqüência
original, ou seja, ações dos atuadores fora da seqüência desejada, devido a pouca qualificação de
tais passos. Neste caso embora, inicialmente, a qualificação seja suficiente, deve-se verificar se ela
pode ser atingida, em situação anterior da seqüência, pela mudança de estado dos sinais
(variáveis) envolvidos. Caso isso ocorra, deve-se reforçar a qualificação por meio de mais uma
variável diferenciadora voltada para a definição da manutenção da cronologia da seqüência em
questão.
A implementação do circuito, à partir das expressões encontradas é feita de maneira usual, com
simbologia lógica, sendo, posteriormente convertido para a tecnologia desejada.
A+,B+,B-,A-
37
x` x
S a0 a1 a0 a1 a1 a0
S
b0 A+ B+ A- X-
A+ B+ b0 B+
A+
b1 B- b1 B-
X+
(a) (b)
Para diferenciar as ações antes e depois de B+ deve-se intercalar um cilindro hipotético X, o qual
pode assumir dois estados X+ e X-, que são associados com duas variáveis x`e x respectivamente.
Este cilindro imaginário não é materializado na implementação final do circuito. Este papel é,
adequadamente, desempenhado por um dispositivo de memória, um flip-flop tipo S-R
Com a introdução deste cilindro imaginário tem-se caracterizado uma nova variável para o circuito e
o mapa toma a forma mostrada na figura (b) acima. A seqüência é então modificada para A+,B+,X+,B-
,A-,X-, com o ponto de partida A-,B-,X-. São então obtida as expressões booleanas.
A+ = x` A+ = x`S
B+ =a1 B+ =a1.x`
X+ = b1 X+ = b1
B- = x B- = x
A- = b0 A- = b0.x
X- = a0 X- = a0
A implementação do circuito lógico e do circuito com tecnologia pneumática e elétrica e CLP, fica a
cargo do leitor.
Em certas seqüências, dois ou mais atuadores são requeridos para operar a partir de um mesmo
conjunto de sinais. O exemplo a seguir ilustra o projeto de tais circuitos.
Seqüência (A+,B+),A-,B-
S
a0 a1 S a0 a1
b0 B+ A+ b0 A+
B+
b b
(a) (b)
38
O mapa (a) mostra a rede para os movimentos individuais dos atuadores e o (b) os de ambos, sendo
introduzidos pontos nas células correspondentes, para indicar o movimento de cada um, assumindo
que o outro não mudou seu estado.
As células pontuadas devem aparecer vazias, mas, se existir uma grande diferença com relação ao
tamanho dos atuadores, o de menor tamanho pode completar seu avanço antes do de maior
tamanho ter se movido. Uma condição similar pode ocorrer caso um dos atuadores apresente falha
na sua operação, imediatamente, portanto, é assumido que a rede pode não entrar naquelas células
pontuadas.
Continuando o mapa.
x` x
S a0 a1 a1 a0
X-
b(A+,B+)
0
b
B-
X+ A-
A memória é introduzida para assegurar que o passo A- não ocorra antes de (A+,B+) ter sido
completado.
A+,B+ = x`.S
Como a primeira variável considerada para a expressão é a prova da ocorrência da ação prévia,
então, neste caso A+ e B+ devem ser provados para que se tenha X+
X+ = a1.b1
A- = x
B- = a0.x
X- = b0
Desde que as células pontuadas devem ser estados impossíveis, considerando as condições normais
da seqüência, o problema pode ser ignorado tornando-se:
Continuando o mapa.
S
a0 a1 A+B+ = S.b1
b0 (A+,B+) A- = a1.b1
b1 B- = a0.b1
B- A-
39
Resumindo, quando ocorre um movimento múltiplo, a finalização de cada passo individual deve ser
provada para o próximo passo.
A implementação do circuito lógico e do circuito com tecnologia pneumática, elétrica e CLP, fica a
cargo do leitor.
São às vezes necessárias para ações que ocorrem durante o avanço de um dado atuador. Em alguns
casos as paradas de um atuador não estão definidas apenas para as posições extremas do seu curso.
Para se obter a parada de um atuador em posições intermediárias de seu avanço, uma válvula de 3
posições, centrada por mola, deve ser usada pois, neste caso, quando da ausência de sinais de
acionamento, a válvula deve bloquear o atuador.
S
a0.a1` a0`.a1` a0`.a1
b0 A+
B+
c0
b1 C+
b1
A+ B-
c1 b0
C-
A-
A+(i) = c0.a0 S
B+ = a0`.a1`
C+ = b1
A+(f) = c1
B- = a0`.a1
A- = b0.c1
C- = a0. a1`
40
A implementação do circuito lógico e do circuito com tecnologia pneumática, elétrica e CLP, fica a
cargo do leitor.
b0 b1 b2 b10
3
a0 A+ B-
c0 B+(3)
a1 C+
A-
B+(1)
a1 C-
B+(2)
c1 a0
A ativação dos sensores referentes às células marcadas por um ponto negro, quando do retorno do
cilindro B, deve ser verificada, desde que, pode implicar na mudança de estado de algum atuador,
cuja atuação esteja vinculada àquelas variáveis.
A+ = b0.S
B+(1) = a1.c0.b1`
C+ = b1.a1
B+(2) = c1.b2`
C- = b2
B+(3) = c0.b2.a1
A-= b3
B- = a0
A implementação do circuito lógico e do circuito com tecnologia pneumática, elétrica e CLP, fica a
cargo do leitor.
41
Circuitos ramificados
Certas seqüência incluem ciclos internos, condicionados, de modo similar ao estabelecimento de IF´s
em programação digital. Uma pequena seção da seqüência é repetida até que certas condições
sejam satisfeitas. Então, e somente então, o “loop” é quebrado e o sistema segue o restante da
seqüência principal.
Estas seqüência produzem uma rede com ciclos internos e com uma raiz comum. Esta é a única
exceção para a regra de se usar uma célula somente uma vez durante uma dada seqüência.
A+
B+
e` C+
D+
e e` Ciclo interno definido por um sensor e
C-
D-
e
A-
B-
c0 c1
a0 a1 a11
1 a10
0
b0 A+
B+
d0
e C+
b1 B-
A- D+
e`
b1 D-
d1 C-
b0
A+ = b0.S
B+ = a1
C+ = b1.d0.e`
D+ = c1.
42
C- = d1
D- = c0
A-= d0.b1.e
B- = a0
A implementação do circuito lógico e do circuito com tecnologia pneumática, elétrica e CLP, fica a
cargo do leitor.
43
Apêndice A
Sistema Binário
Os números podem ser representados de várias maneiras, por exemplo, o número 5.213 no sistema
decimal é escrito da seguinte forma:
Tal sistema é dito basear-se em um fator de multiplicação ou radical de 10. Sendo o mais utilizado, o
sistema decimal faz uso de dez dígitos, nomeadamente, 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9.
Considerando r = 2, os dígitos usados são 0 e 1. O sistema de números neste caso é conhecido como
BINÁRIO. Um número tal como (1011001)2 é escrito como:
24 23 22 21 20 Binário Decimal
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 1 1
0 0 0 1 0 2
0 0 0 1 1 3
0 0 1 0 0 4
0 0 1 0 1 5
0 0 1 1 0 6
0 0 1 1 1 7
0 1 0 0 0 8
0 1 0 0 1 9
0 1 0 1 0 10
0 1 0 1 1 11
0 1 1 0 0 12
Tabela A.1
Nota-se que o último bit na tabela alterna seu valor toda vez que se desce na tabela. O segundo último bit,
repete-se duas vezes para cada alternância. O terceiro repete-se quatro vezes e assim por diante,
correspondendo a 2n vezes Esta propriedade não somente permite a construção de tabelas, de modo mais
fácil e rápido, como também é utilizada na construção de contadores binários.
44
O ponto (.) é usado em um sistema de números de qualquer radical, para distinguir a parte fracionária do
número, por exemplo, (.688), é escrito como:
(a) (89)10
(a) O número é sucessivamente dividido por 2 e o resto é introduzido numa linha abaixo, como mostra a
tabela A.2.
1 0 1 1 0 0 1 resto
Tabela A.2
(b) O número é sucessivamente multiplicado por 2 e o que ultrapassa é introduzido numa linha abaixo,
como mostra a tabela A.3.
Tem que ser
zero
(11/16)10 3/8 3/4 1/2 0
ultrapassa .1 0 1 1
Quase zero
(.688)10 .376 .752 .504 .008
.1 0 1 1
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