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VICARIATO SUBURBANO

ANTEPROJETO – ESCOLA DE ASSESSORES:

1) Justificativa:

Uma pequena equipe de assessores e agentes da Pastoral da Juventude

em nosso vicariato vem se encontrando nas últimas semanas para repensar a

organização da PJ no vicariato, diante das necessidades dos jovens dessa área da nossa

arquidiocese. Percebemos, contudo, que apesar dos nossos esforços e da nossa boa

vontade, tínhamos algumas limitações metodológicas e estruturais na nossa prática

pastoral, algumas comuns a todas as comunidades envolvidas nesse processo. Dessa

percepção e autocrítica das nossas realidades nasceu uma necessidade de promover

uma formação sólida dentro da proposta da Pastoral da Juventude do Brasil.

Primeiramente, ao olharmos para a realidade dos nossos grupos,

percebemos que a forma como eles se organizam não costuma ser eficiente, do ponto de

vista da ação eclesial, apesar das raras experiências bem sucedidas na última década.

Entretanto, as limitações impostas pelo nosso contexto pastoral impediu a multiplicação

dessas práticas.

Alguns grupos não fazem um processo de amadurecimento da fé porque

possuem muitos integrantes e acabam não promovendo a personalização dos seus

integrantes, criando um grande abismo entre as lideranças dos grupos e demais

membros. Os mesmos vão incorporando novos membros indefinidamente,

potencializando essa distância entre coordenação e base, tornando-se heterogêneos e

limitando o crescimento pessoal dos mais novos. Assim, eles acabam abarcando diversas

faixas etárias, com realidades pessoais muito diferentes. No grupo, a reflexão privilegia

uma ou outra fase da adolescência/juventude, não contemplando todos os participantes,

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gerando alta rotatividade e impedindo que se construa uma identidade própria comum a

todos os participantes.

Em outras realidades, os grupos possuem muito tempo de existência, com

coordenações que já não estão mais em idade para participar da PJ, o que impede a

renovação na comunidade e o surgimento de novas lideranças jovens. Também ocorre

que eles não admitem sequer a possibilidade de existência de outros grupos juvenis,

argumentando que essa prática divide os jovens. Em alguns casos, esse argumento não é

apenas discurso de quem desconhece a proposta da PJ, mas estratégia de manutenção

do poder sobre a juventude, bem como reflete um medo de amadurecer e assumir outras

atividades pastorais. Tal fenômeno ocorre, na maior parte das vezes vezes, pela

incapacidade de adaptação dessas coordenações defasadas às novas realidades e/ou

por falta de formação teológico-pastoral, algo muito comum nas nossas comunidades.

Também verificamos que existem lugares onde não há uma identidade nítida

de Pastoral da Juventude na ação eclesial. Os grupos existentes são, na verdade,

adaptações para jovens de movimentos existentes 1, bandas musicais, ou apenas

encontros sociais dos jovens da comunidade, com algum canto, uma encenação ou um

louvor. Isso demonstra o desconhecimento da proposta da PJB, refletindo-se na falta de

uma metodologia mais adequada.

Observamos que existe, em algumas comunidades, um profundo

desconhecimento por parte daqueles que se propõem a assessorar os jovens, bem como

do clero. Isso é preocupante porque acabam, mesmo com toda a boa vontade que

possuem, prejudicando a autonomia dos jovens. Adultos acabam coordenando grupos e

tutelando a juventude, que não participas das decisões que a comunidade toma, ficando

relegada à mera execução de tarefas paroquianas, como tomar conta de barracas nas

quermesses, carregar andor em dia de procissão da padroeira, etc., o que dificulta

1
Renovação Carismática, Encontro (Aliança) de Casais com Cristo e similares. Não existe nada contra esses
movimentos possuírem suas seções para jovens. Todavia essas seções efetivamente não são a Pastoral da Juventude.
Deve existir um diálogo, a partir de identidades que estejam bem definidas.

2
bastante o diálogo da PJ com a comunidade e inviabiliza sua inserção na Pastoral de

Conjunto. Mesmo entre o clero, falta uma certa clareza sobre a proposta da PJB.

Diante dessas constatações, consideramos necessário que se invista na

formação de um novo ministério, o dos assessores de grupos de iniciantes. Para que

possamos abrir cada vez mais espaços à juventude, devemos investir maciçamente na

formação de novos grupos. É inconcebível, numa paróquia ou comunidade de tamanho

médio, a existência de apenas um grupo! Temos potencial e estrutura para agregar um

número cada vez maior de jovens na ação da Igreja. Não estamos querendo arrebanhar

adolescentes em “encontrões” baseados apenas na “emoção do momento” e sem

nenhuma proposta concreta de formação, mas acreditamos ser possível ter pessoas

conscientes de si mesmo e de seu papel na Igreja e na sociedade.

Dessa forma, uma Escola de Assessores poderia ser um espaço de

formação para quem, conhecendo profundamente o Processo de Educação na Fé, possa

acompanhar os novos grupos que se formam, até que eles consigam autonomia 2 para

caminharem sozinhos. O assessor deverá, por sua vez, estar em permanente contato

com outros assessores de grupo para partilhar as experiências vividas e continuar o seu

processo de formação.

Esses jovens assessores precisarão experimentar e amadurecer dentro de

si uma espiritualidade focada no Reino de Deus, cuja raiz é a vida do Cristo e o seu

projeto libertador. Tal processo somente ocorre cultivando-se uma mística baseada no

amor fraterno, no serviço aos irmãos, na partilha e co-responsabilidade pela defesa

intransigente da vida em todas as suas dimensões. Queremos aprofundar juntos com os

futuros assessores a vivência da espiritualidade cristã, que coloca um pé em Deus e o

outro na vida, de intensa “Ora-Ação” e de um radical seguimento de Jesus de Nazaré.

Acreditamos, portanto, que somente desencadeando um novo processo de

Pastoral da Juventude em nossas realidades locais, poderemos articular nossas moças e


2
Nas experiências bem sucedidas, esse processo de acompanhamento pode durar um até um ano.

3
rapazes para uma ação pastoral concreta, capaz de formar lideranças que sejam abertas

ao diálogo, dotadas de senso crítico e perspicazes para trabalhar na comunidade de fé.

2) Objetivos Gerais

Diante da análise da nossa realidade, percebemos que uma iniciativa como

a Escola de Assessores deveria ser ousada, capaz de motivar uma profunda

transformação no processo de constituição dos grupos de jovens que estão nas

comunidades. Para tanto, queremos atingir os seguintes objetivos gerais, abaixo

relacionados:

 Contribuir para a construção da Civilização do Amor 3, a “Terra sem Males”, nesta

Igreja local do Rio de Janeiro, alimentando a mística do Reino de Deus nas nossas

lideranças juvenis, baseando-se numa espiritualidade juvenil, de caráter trinitário, tendo

como modelo de vida a pessoa de Jesus Cristo;

 Contribuir para que os(as) jovens participantes das nossas comunidades assumam

o seu protagonismo enquanto leigos cristãos comprometidos com o Reino de Deus e

com a Igreja, estando a serviço de toda a juventude;

2) Objetivos Específicos

 Ser um espaço de formação de lideranças afetivamente maduras e sintonizadas

com as suas opções, abertas ao diálogo e para a vivência de uma espiritualidade e

mística profundas, sintonizadas com o Projeto de Jesus;

 Formar lideranças capazes de buscar sua própria formação e de serem

multiplicadores da mesma, imbuídos de senso crítico, com sensibilidade em relação à

realidade que os rodeiam;


3
Papa Paulo VI

4
 Capacitar, dentre os jovens das comunidades, assessores de grupo, capazes de

acompanhar, de maneira qualificada, os jovens em processo de nucleação, tendo uma

intervenção multiplicadora nos seus locais de atuação;

 Desenvolver com os(as) futuros(as) assessores(as) de grupo, um

acompanhamento das suas atividades, partilhando experiências, e trabalhando a sua

pessoa em todas as dimensões;

 Criar a necessidade, nas PJ’s locais, de promover um contínuo processo de

nucleação de novos grupos de jovens, a partir da criação e formação de assessores(as)

de grupo, e da articulação dos serviços pastorais comunitários que trabalham com

adolescentes e grupos juvenis;

 Colaborar para que cada jovem envolvido nesse processo possa construir o seu

próprio projeto pessoal de vida, espelhando-se vida de Jesus, a partir dos valores

humanos e cristãos;

 Promover a autonomia da juventude, na construção de uma ação pastoral que seja

coordenada e implementada pelos próprios jovens, dentro das suas respectivas

realidades, respeitando sua liberdade, em profundo diálogo com a comunidade e

inseridos de forma plena na pastoral paroquial, assumindo primeiramente a vontade de

prestar um serviço a todos os jovens, colaborando também para a sua participação na

sociedade;

 Esclarecer às comunidades eclesiais acerca dos ministérios e das diferentes

funções que envolvem o serviço à juventude na Igreja, para que a metodologia da

Pastoral da Juventude seja melhor conhecida.

5) Conteúdos;

5
Os conteúdos que se pretendem trabalhar nessa formação são aqueles

necessários a dar uma formação integral aos jovens, conforme o Processo de Educação

na Fé.

Propõe-se a realizar três escolas simultâneas no Vicariato Suburbano,

agrupando duas regiões forâneas por escola, tendo em vista a necessidade dessa ação

pastoral ser local, capaz de ir ao encontro do jovem aonde ele está 4, capaz de promover a

PJ na sua base, ou seja, nas comunidades:

Em cada escola, realizarão 4 etapas, conforme o cronograma a seguir:

 Primeira Etapa – Dias 20 e 21 de Agosto: A Pessoa do Educador/Assessor e a

Pessoa do jovem;

 Segunda Etapa – Dias 16, 17 e 18 de Setembro: O Processo de formação na PJ e

o Acompanhamento dos grupos de base;

 Terceira Etapa – Dias 07, 08 e 09 de Setembro: A Mística da Pastoral da

Juventude;

 Quarta Etapa – Dias 22 e 23 de Outubro: Planejamento da ação pastoral.

6) Destinatários da Ação:

Queremos formar jovens assessores para os grupos com o seguinte perfil:

 Jovens possuidores de alguma experiência pastoral com jovens;

 Que tenha recebido os sacramentos de iniciação cristã;

 Que represente os jovens de sua paróquia/comunidade;

 Capacidade de trabalhar em equipe;

 Que tenha entre 18 e 25 anos.

7) Fontes de Renda:

 Contribuição das Paróquias;

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Nesse sentido, cremos que a escola de assessores adquire um caráter missionário.

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 Contribuições da Juventude (taxas de inscrição, promoções da equipe vicarial, etc.)

 Colaboração do fundo pastoral do Vicariato Suburbano.

8) Recursos Diversos:

 Caderno de Cantos;

 Equipe de animação;

 Material de Papelaria;

 Ficha de Inscrição;

 Xérox (toner e papel).

9) Aonde Queremos Chegar?

Com a iniciativa da escola de assessores, queremos alcançar as seguintes

metas, consideradas indispensáveis para que nossos objetivos sejam plenamente

cumpridos:

 Nucleação de novos grupos de jovens;

 Ter assessores de grupos capacitados para acompanhar a juventude;

 Promover o acompanhamento desses assessores de grupo;

 Criar uma rede de assessores de Pastoral da Juventude;

 Articular a PJ no Vicariato Suburbano

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