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Sebenta de Cirúrgia
Introdução à Cirurgia Operatória
Francisco Maligno
01-04-2012
“Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma
humana, seja apenas outra alma humana”
Carl Jung
Esta Sebenta foi feita a partir das aulas teóricas, teórico-práticas de cirúrgia, apontamentos da aula e livros de apoio
RESUMO DE CIRURGIA ORAL
FRANCISCO MALIGNO
_______________________________________________________________________________________________
CAVIDADE ORAL:
Vestíbulo
Cavidade oral propriamente dita
Lábios e Bochechas
Palato
Língua
Dentes
Vestíbulo
Maxilar
TP:
Osso fixo
Osso par
Unidos pela sutura palatina mediana
Espinha nasal anterior e posterior
Fossa canina
Lâmina cribiforme
Eminências alveolares
Apófises pterigóides
Tuberosidade maxilar
1
Buraco infra-orbitário
Eminência canina
Buraco infra-orbitário:
o 1 cm abaixo do bordo infra-orbitário
o Nervo infraorbitário
o Artéria infraorbitária
2
Palato ósseo
TP:
A fossa incisiva ou buraco incisivo: é uma depressão atrás dos dentes incisivos, através da qual:
o Nervos nasopalatinos saem do nariz pelo canal incisivo.
Na linha média, o bordo posterior apresenta a espinha nasal posterior, e o bordo anterior, a espinha nasal
anterior.
3
Mandíbula
TP:
Osso móvel
Osso mais denso que a maxila
Buraco mandibular – na face interna do ramo da mandíbula
Língula (Espinha de Spix) – importante na técnica de anestesia
Tuberosidade pterigóide
Apófise coronóide
Apófise condilar
Sulco e linha milohióidea
Incisura mandibular
Fossa pterigóide
Linha oblíqua
Buraco mentoneano – entre o 1º e 2º pré-molares
Apófises genianas
Fossa sublinguais
Fossas submandibulares
Fossa digástrica
1 corpo
o tem a forma de U, e cada metade tem superfície interna, externa, bordo superior (parte alveolar), e
bordo inferior (osso basal).
2 ramos
2 ângulos – (valor médio de 125º)
A sínfise do mento marca a linha de fusão das duas metades da mandíbula. Expande-se inferiormente, numa
elevação triangular, a protuberância mentoneana, limitada na base pelo tubérculo mentoneano, de cada
lado.
Buraco mentoneano:
o Localizado abaixo do 2º prémolar, de cada lado
o De onde emergem vasos e nervos mentoneanos.
4
5
As fossas submandibular e sublingual alojam as glândulas salivares respectivas.
Músculos da mastigação
6
Inervação
Principais divisões:
o Nervo zigomático (nervo zigomático frontal e nervo zigomático facial)
o Ramos para o gânglio pterigopalatino (nervo palatino maior e nervo palatino menor)
o Nervo alveolar superior posterior
o Nervo alveolar superior médio
o Nervo infraorbitário (Nervo alveolar superior anterior)
Principais divisões:
o Nervo lingual (Nervo sublingual)
o Nervo alveolar inferior (Nervo mentoneano e nervo milohióideu)
o Nervo bucal
7
Pele do mento
Parte temporal do couro cabeludo
o Motora: inervação
músculos da mastigação
músculo tensor do palato
o Proprioceptiva: inervação dos músculos da mastigação
Origina-se no gânglio trigémeo, passa através do buraco redondo, e penetra na fossa pterigopalatina.
Origina vários ramos, entre os quais:
o Ramos alveolares superiores posteriores - através da fissura pterigopalatina.
Dão origem ao plexo dentário superior.
Os ramos alveolares superiores médio e anterior originam-se do nervo infra-orbitário.
Nervo infra-orbitário:
o Continuação do nervo maxilar ao penetrar na fissura infra-orbitária.
Origina-se no gânglio trigémeo, passa através do buraco oval para a fossa infratemporal, e divide-se em dois
grupos:
o Grupo anterior
o Grupo posterior
Origina vários ramos entre os quais, o nervo lingual e o nervo alveolar inferior.
O nervo lingual está à frente do nervo alveolar inferior, e passa entre o pterigoideu medial e o ramo da
mandíbula.
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O nervo alveolar inferior, junto com a artéria alveolar inferior, desce profundamente em relação ao
pterigóideu lateral, e passa entre o ligamento esfenomandibular e o ramo da mandíbula, e entra no buraco
mandibular. Origina vários ramos: milohóideu, dentários inferiores, gengivais, mentoneano e incisivo.
Cavidade oral
Lábios
TP:
Sulco nasolabial
Sulco labiomarginal
Sulco mentolabial
Rima , comissura labial
Tubérculo labial
Philtrum
Base anterior do septo do nariz
Inervação:
o Sensitiva: V3 (nervo mentoneano e nervo bucal)
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o Motora: VII
Freio labial superior: a 1 cm acima da papila interincisiva – tecido fibroso espesso
Duas pregas músculo-membranosas, compressíveis e moles que limitam a abertura da boca, e encontram-se
lateralmente ao ângulo da boca (comissura labial)
O lábio superior é mais pequeno e menos móvel que o inferior.
Prognatismo – protrusão do lábio
Desdentados – anterior inversão do lábio.
Plano muscular
o Músculo orbicular da boca (elipse que circunscreve a abertura da boca com uma parte marginal e
uma parte labial)
o Fascículos musculares
Elevador da asa do nariz e lábio superior
Zigomático maior e zigomático menor
Elevador e depressor do ângulo da boca
Depressor do lábio inferior
Platisma
Plano cutâneo
o Espesso
o Com glândulas sebáceas, sudoríparas e folículos pilosos
o Tecido conjuntivo só lateral
o Adere firmemente aos músculos adjacentes
o Face anterior:
Pele que envolve o músculo orbicular da boca
Vasos e nervos labiais
Tecido fibroadiposo
Glândulas minor
Lábio superior
Filtro-triangular (philtrum): com vértice abaixo do septo nasal e base na margem
livre do lábio – tubérculo labial (acima do V labial).
Sulco naso-labial: desde a asa do nariz, ao ângulo da boca.
Lábio inferior:
Sulco mento-labial (separa lábio e mento).
Acima apresenta uma fossa mediana
o Face posterior
Rosada
Voltada para as arcadas dentárias
o Artérias
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Artéria labial superior e inferior – ramo da artéria facial
Passam entre os planos glandular e muscular, paralela à margem livre (7-8mm)
Palpa-se o pulso destas artérias, segurando o lábio com os 2 primeiros dedos.
Anastomosam-se na linha média.
o Veias
Subcutâneas
Drenam para a veia facial e submentoniana
o Vasos linfáticos
Lábio superior: gânglios submandibulares e parotídeos inferiores
Lábio inferior: gânglios submentonianos e submandibulares dos 2 lados
o Nervos:
Motor: VII par craneano
Sensitivo: V par craniano (ramos infra-orbital, mentoneano e bucal)
Freios labiais
Anomalias:
Diastemas
Alterações fonéticas
Alterações estéticas (lábio evertido)
Interferência nas reabilitações protéticas ou ortodônticas.
Bochechas
TP:
Região quadrilátera
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De estrutura semelhante, contém o músculo bucinador e as glândulas
O corpo adiposo da bochecha recobre os músculos masséter e bucinador
O sulco nasolabial marca externamente a união entre os lábios e as bochechas
o Artérias
Ramos da artéria transversal facial (Aa. Temporal superficial)
Ramos da artéria alveolar (Aa. Maxilar – parte mandibular e pterigopalatina)
Artéria bucal (Aa. Maxilar: parte pterigopalatina)
o Veias
Terminam nas veias temporal superficial, facial e plexo pterigóideu
o Linfáticos
Gânglios linfáticos submandibulares, submentonianos e parotídeos inferior
o Nervos
Motores: V par craniano
Sensitivos V par (ramos bucal e infra-orbital)
Palato
A papila incisiva (tubérculo palatino) é uma elevação da mucosa que recobre o buraco incisivo, lateralmente
a esta podem observar-se aberturas punctiformes (resquícios do canal nasopalatino de Stensen).
Os 2/3 anteriores do palato são lisos, mas apresentam papilas, onde se abrem orifícios glandulares
minúsculos.
A mucosa do palato duro é vermelho-esbranquiçado com matriz cinzento azulado e contrasta com a mucosa
do véu palatino (palato mole) que é vermelho mais intenso com matriz amarelado, conferido pela
transparência glandular.
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Palato mole
TP:
1/3 posterior
Anteriormente: palato duro
Posteriormente: Faringe
Lateralmente Apófises pterigóides
Istmo das fauces
Istmo naso faríngeo
Fossa tonsilar
Forma quadrilátera
o Margem anterior: funde-se à margem posterior do palato duro
o Margens laterais: unidas à parte inferior das apófises pterigóides e às paredes laterais da faringe
o Margem inferior: medialmente apresenta a úvula, de cuja base saem 4 pregas curvilíneas – Pilares
das Fauces:
Pilar anterior ou palatoglosso (músculo palatoglosso)
Pilar posterior ou palatofaríngeo (músculo palatofaríngeo)
Istmo nasofaríngeo
o Pilares posteriores
Fossa tonsilar
o Escavação de forma triangular entre os pilares anteriores e posteriores à esquerda e direita
o O ápice inclui a fossa supra tonsilar
o Aloja as amígdalas palatinas
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Artéria principal (de cada lado): artéria palatina maior, ramo da palatina descendente da maxilar
Buraco palatino maior:
o Artéria palatina maior
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o Nervo palatino maior
Pavimento da boca
TP:
Região glosso-supra-hióidea
o Plano superficial
Pele, tecido celular subcutâneo, platisma, fáscia cervical
Ramos da artéria submentoniana e ramos da veia jugular anterior
Inervação motora: VII par craniano;
Inervação sensitiva: plexo cervical superficial
o Plano muscular
Músculo digástrico
Músculo milohióideu
Músculo estilohióideu
Músculo Hioglosso
Região sublingual
o Acima: mucosa oral, onde é elevada e forma as carúnculas sublinguais
o Abaixo: músculo milohióideu
o Lateralmente: fossa mandibular
o Medialmente: músculo hioglosso, músculo genioglosso e músculo genihióideu
Língua
TP:
Parte livre:
Dorso
Margens
Ápice
Parte anterior da parte inferior
Osso hióide
Mandíbula
Palato
Apófise estilóide
Dorso da língua:
Sulco terminal: em forma de V, de abertura anterior, cujo vértice apresenta o buraco cego
o Parte anterior: 2/3 anteriores – parte oral
o Parte posterior: 1/3 posterior – parte faríngea
Sulco mediano da língua desde o ápice até ao buraco cego
Superfície rugosa pela presença de papilas linguais
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Papilas linguais
Filiformes
Fungiformes
Valadas
Foliadas
Simples (semelhantes às da derme
Papilas filiformes
Cónicas
Esbranquiçadas
Muito numerosas, nos 2/3 anteriores da mucosa lingual
Dá um aspecto piloso à língua
Não têm receptores gustativos (únicas)
Têm receptores térmicos, tácteis e de pressão
Aumentam a fricção do alimento e facilitam os movimentos linguais
As papilas coniformes, são uma forma especial das filiformes
Papilas fungiformes
Papilas circunvaladas
Papilas foliadas
Semelhantes a folhas
Vermelhas
Nas faces laterais da língua, próximas ao sulco terminal
Têm sensibilidade gustativa
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Língua – raíz da língua
Lateralmente relaciona-se com as amígdalas palatinas com mucosa esbranquiçada, rica em glândulas
Outras comunicações:
Do ramo lingual do nervo facial (gosto) e do ramo laríngeo interno do nervo vago (sensibilidade geral e
gosto).
Músculos intrínsecos
o Longitudinais superior e inferior
o Transversos
o Verticais
o Bilaterais
Músculos extrínsecos:
o Genioglosso
o Palatoglosso
o Hioglosso
o Condroglosso
Osso hióide
Membrana hioglossa
Septo
18
Fáscia lingual
Artéria lingual
o Artéria Sublingual
19
o Artéra lingual profunda
o Artérias Dorsais da língua
o Tronco linguo-facial
Veias
o Veias linguais profundas e sublinguais
o Veia lingual
o Tronco tireolinguofacial – veia jugular interna
Glândulas Salivares
Glândulas Parótidas
Localização:
o Região retromolar
o Acima chega até à ATM
o Abaixo contacta um septo fibroso que a separa da Glândula submandibular
o Em profundidade estende-se à faringe
Glândulas submandibulares
Localização:
o Trígono submandibular
o Aloja-se na fossa submandibular
o Acima: face medial do corpo da mandíbula
o Abaixo: tendão intermédio do músculo digástrico e músculo estilohióideu
o Lateralmente: pele, músculo platisma e fáscia cervical
o Medialmente: músculo milohióideu
o Frente: ventre anterior do múscuolo digástrico
o Atrás: ligamento estilomandibular (que a separa da parótida)
Glândulas sublinguais
22
Palavras chave no final da aula TP
23
Inervação da mandíbula
24
Inervação da maxila
25
26
Estudo da boca
27
28
ANESTESIA LOCAL – Conceitos Básicos
Conhecimento anatómico
Habilidade técnica
Conhecimento do ser humano como um “todo”
Dor
Neurogénica
DOR Psíquica
Superficial
Somática
Profunda
Dor Bucodentária
Pode ser o sintoma principal de muitas patologias que afetam dentes e estruturas orais
Pode não estar intimamente relacionada com a importância da patologia
Tratamento da dor é paliativo e não curativo
Importância do diagnóstico diferencial
Conceitos Importantes
Sedação – depressão das funções do SNC – diminuição do nível de consciência, mantendo ou não os reflexos
protetores, a percepção da dor e a capacidade de manter a permeabilidade das vias aéreas e a ventilação
espontânea.
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Implicam uma perda total da consciência
Neurónio
30
Fibras nervosas
Gânglio de Gasser
Núcleo caudal da protuberância
Tálamo
Fibras A delta
31
Fibras C
Em repouso:
Com um estímulo:
Repolarização:
32
Anatomia Relacionada com Anestesia Locorregional
Divisão maxilar
33
Ramos nasais – Nervo nasopalatino
o Alcança o pavimento do nariz e entra no canal incisivo
o Entra na cavidade oral através do buraco incisivo (nervos
nasopalatinos direito e esquerdo emergem juntos através
deste buraco)
o Responsável pela sensibilidade da mucosa palatina na
região da pré-maxila.
Ramos Palatinos
o Nervo palatino anterior (maior):
Emerge no palato duro através do buraco
palatino posterior;
Inervação sensitiva dos tecidos moles
palatinos e do osso posterior ao 1º PM, e
parte do palato mole.
34
Divisão mandibular
Divisão Anterior
o Inervação motora dos músculos da mastigação
o Inervação sensitiva da mucosa da bochecha e mucosa
vestibular dos molares inferiores
Divisão Posterior
o Inervação basicamente sensitiva
o Desce inferomedialmente até ao músculo pterigoideu lateral.
o Neste ponto ramifica-se originando o nervo aurículo temporal,
lingual e alveolar inferior.
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Nervo Lingual (Figura 194 Sobotta)
o Trajecto antero inferio medial
o Situa-se antero e medialmente ao nervo alveolar
inferior
o Chega à base lateral da língua ligeiramente abaixo e
atrás do 3ºM inferior; a partir deste local segue trajeto
anterior através dos músculos da língua curvando-se
para baixo e medial ao ducto submandibular até à
superfície profunda da glândula sublingual onde emite
os seus ramos terminais.
o Inervação sensitiva dos:
2/3 anteriores da língua;
Mucosa do pavimento da boca e
Gengiva da face lingual da mandíbula
Inervação
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Considerações farmacológicas sobre os anestésicos locais
Anestésicos locais são substâncias que bloqueiam a condução nervosa de forma reversível.
Mecanismo de Ação
Atuam em receptores específicos no interior dos canais de sódio, bloqueando-os. Impedem a despolarização
neuronal e a alteração do potencial de membrana, mantendo a célula em estado de repouso.
Administração
Indução
o Difusão (migração influenciada pelo gradiente de concentração)
o Penetração
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Propriedades ideais dos anestésicos locais
Ação reversível
Selectividade para fibras nervosas sensitivas
Não irritante para os tecidos
Potência e segurança
Efeitos secundários mínimos
Baixa toxicidade
Não provocar reacções de hipersensibilidade
Início de acção rápido e duração suficiente
Estável em soluções
Económico
Anestésico
Cloreto de sódio – isotonicidade da solução
Água destilada – volume
Sulfitos – conservante e antioxidante
Vasoconstritor
*Parabenos – conservante e bacteriostático
Vasoconstritor
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Receptores α excitação; vasoconstrição
Receptores β1 estimulação do miocárdio
Receptores β2 vasodilatação dos músculos esqueléticos, broncodilatação
Duração da anestesia
Lidocaína
Mepivacaína
39
Articaína
Doses máximas
40
Avaliação Pré-anestésica do Paciente
Avaliação Clínica
41
Nos dias de hoje ainda existem algumas questões socialmente pouco aceites, e que exigem confiança e
sinceridade na relação médico-paciente:
SIDA
Alcoolismo
Consumo de drogas
Tuberculose
Doença psiquiátrica
Hepatite
Doenças sexuais
Exame Físico
Inspeção visual
Postura, movimentos corporais, fala, pele, olhos, pescoço, mãos
Sinais vitais
Pressão arterial
Frequência e ritmo cardíaco
Frequência respiratória
Temperatura
Altura
Peso
Dentes
Boca
Maxilares
Tecidos anexos
Seringa
Anestubo
Agulha
Agulha
Aço inoxidável
Pré-esterilizada
Descartável
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Partes da agulha:
Agulha – Comprimento
Extracurta – 8-15 mm
Curta – 16-30 mm (média 20mm)
Longa – 31-40 mm (média 32 mm)
43
Na protecção de plástico que reveste as agulhas podemos observar um rótulo com o seguinte formato:
aG b x c
a – número do calibre
b – medida do calibre em mm
c – comprimento em mm
Agulha – Deflexão
Deflexão – é a consequência das forças resultantes que atuam sobre o bisel da agulha durante a penetração nos
tecidos. “Quanto maior o ângulo do bisel, mais facilmente será a inserção nos tecidos.”
Anestubo
Partes do anestubo:
Cilindro de vidro
Embolo
Tampa de alumínio
Diafragma
44
Anestubo – Rótulo de Mylar
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Ferrugem –
Extravazamento durante injecção – “a agulha tem de entrar exactamente no centro do diafragma”
Anestubo partido
Material adicional
Seringa Carpule
Não descartáveis
Metálica, tipo anestubo, com aspiração
Plástica, tipo anestubo, com aspiração
Metálica, tipo anestubo, com auto-aspiração
Seringa de pressão para injecção no ligamento periodontal
Injector a jato
Descartáveis
Seringas de segurança
Sistema de injecção computorizada
Critérios da ADA
Duráveis e esterilizáveis – se for descartável, deve ser acondicionada num invólucro estéril
Aceitar anestubos e agulhas de vários fabricantes
Baratas, leves, uso simples com uma só mão
Proporcionar aspiração eficaz e permitir observar no anestubo se o sangue eventualmente foi
aspirado
o + utilizada
o A agulha é acoplada ao adaptador de agulha na seringa, penetra no cilindro de
vidro e perfura o diafragma de borracha do anestubo
o Adaptador de agulha removível
o Bronze cromado ou aço inoxidável
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Sistema de preensão
o Perfura a rolha de borracha do anestubo
o Devido a pressão negativa que o administrador exerce com o polegar faz com que se a agulha estiver
no vaso o sangue entre no anestubo
o Usam a elasticidade do diafragma de borracha do anestubo para obter a pressão negativa necessária
para a aspiração
o O diafragma repousa sobre uma projecção metálica dentro da seringa, que direcciona a agulha para o
interior do anestubo. A pressão exercida directamente sobre o anestubo faz com que a projecção
metálica comprima o diafragma do anestubo, produzindo pressão positiva dentro do anestubo. Quando
aliviada gera pressão negativa suficiente para permitir a aspiração.
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Carpule - injector a jacto
Apontamento: Não utilizado para anestesia pulpar. Utilizado
o Sem agulha
topicamente.
Carpule descartável
o De plástico
o Possui uma capa protectora que “trava” sobre a agulha quando esta é removida dos tecidos
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Após retirar a agulha da boca do paciente, a agulha deve ser imediatamente reencapada.
Técnicas:
o Deslizar a agulha para dentro da capa protectora localizada sobre a bandeja de instrumentos
o Porta protectores de agulhas
Eliminação da agulha
49
Powerpoint da Professora Sara Durão
o Infiltração local
o Bloqueio de campo (infiltrativa local)
o Bloqueio de nervo
Antes de anestesiarmos o paciente temos de verificar se temos tudo o que precisamos ao nosso alcance,
certificando que o protocolo é cumprido. Como tal, devemos verificar:
50
Técnicas anestésicas
o Anestesia papilar
o Anestesia submucosa superficial
o Anestesia supra-perióssea para-apical
o Anestesia sub-perióssea
o Anestesia intra-septal
o Anestesia intra-ligamentar
1. Supra-perióssea
2. Bloqueio do nervo alveolar superior posterior
3. Bloqueio do nervo alveolar superior médio
4. Bloqueio do nervo alveolar superior anteriores
5. Anestesia no palato
6. Bloqueio no nervo palatino maior
7. Bloqueio no nervo nasopalatino
8. Bloqueio no nervo maxilar
Anestesia Supra-perióssea
Indicações:
Anestesia pulpar de dentes superiores (1 ou 2).
Anestesia dos tecidos moles (área circunscrita).
Contra-indicações:
Infecção ou inflamação aguda no local.
Osso muito denso.
Incisivo maxilar
51
Incisivo lateral maxilar
A quantidade de solução anestésica oscila entre 0.1 cc e 0.2 cc nos incisivos.
Canino maxilar
A mucosa vestibular neste local é delgada com uma submucosa
praticamente inexistente. Basicamente são os músculos incisivos
superiores os que temos de atravessar (causa lógica da dor). Por
palatino, podemos fazer as mesmas considerações que para os
incisivos com agravamento que devido a longitude radicular o ápice
tende a ficar numa posição mais alta e por vezes para distal. O ângulo
da agulha em relação ao plano oclusal continua a 90º. A quantidade
de solução anestésica oscila entre o 1 e 1,5 cc.
Aos indivíduos que têm uma apófise coronóide bem desenvolvida pedimos
para fechar a bocaja que a estrutura impede passar a agulha. 1 a 1.6 cc.
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Bloqueio do nervo alveolar superior posterior
Indicações:
Tratamento envolvendo 2 ou mais molares superiores
Quando a anestesia supra-perióssea está contra-indicada
(infecção ou inflamação).
Quando a anestesia supaperióssea for ineficaz.
Contra-indicações:
Risco de hemorragia (hemofílico).
Complicações: ferir artéria maxilar ou plexo venoso pterigoideu
A diferença entre a técnica supraperióssea parapical do terceiro molar e um bloqueio alveolar superior posterior
reside no ponto de pára a agulha. Na técnica infiltrativa, a agulha fica mesmo por cima dos ápices do terceiro molar.
No bloqueio, a agulha chega até mesmo à frente da fossa pterigomaxilar, em plena tuberosidade, concretamente
onde se encontram os orifícios de entrada dos condutos dentários superoposteriores. No bloqueio os efeitos são
mais possíveis que com a infiltração, já que o primeiro caso não precisa da difusão óssea da solução anestésica. A
técnica é relativamente simples.
Ponto de injecção: são os foramens dentários posterior superiores que estão localizados na tuberosidade maxilar. O
paciente deverá ter a boca quase fechada para evitar a interferência com a apófise coronóide mandibular.
Ponto de punção: situa-se no fundo do vestíbulo, mesmo por debaixo da tuberosidade. Deveremos deslocar a
agulha para cima e para trás e aprofundar aproximadamente 2 cm (16 em média).
Estruturas anestesiadas:
3 molares superiores (excepção da raíz mesial do primeiro molar); Na prática por vezes esta raiz também é
anestesiada, devido à ausência do nervo alveolar superior médio.
Parte mucosa lateroposterior do seio maxilar
Polpa
Periodonto
Mucosa
Periósteo Vestibular
Cortical externa
Não logra anestesia das partes moles
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Bloqueio do nervo alveolar superior médio
Indicações
Procedimentos que envolvem apenas os PM Superiores
Quando o bloqueio do nervo infra-orbitário não produz
anestesia pulpar distal ao canino superior
Contra-indicações:
Infecção ou inflamação na zona de introdução da agulha
Ponto de injecção: entre o meio dos ápices dos pré-molares, uns 5 mm acima.
Ponto de punção: efectua-se ao nível do fundo do vestíbulo. A agulha penetrará os tecidos a uma profundidade de
aproximadamente 5 ou 10 mm até chegar ao ponto desejado. A quantidade de anestésico a injectar é de 1 a 1.5 cc.
Estruturas anestesiadas: Pré-molares, Raíz mesiovestibular do primeiro molar, polpa, periodonto, mucosa, periósteo
e cortical externa, parcialmente a mucosa do seio maxilar.
Complicações: Sem complicações, pois não há nenhuma estrutura anatómica importante para lesar. Os vasos faciais
apresentam-se mais externamente.
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Bloqueio Infraorbitário – Do nervo alveolar superior anterior
Nervos anestesiados:
Indicações:
Procedimento em mais de 2 dentes superiores e tecidos vestibulares sobrejacentes
Inflamação ou infecção
Quando as injecções supra-periósseas foram ineficazes devido ao osso cortical denso.
Contra-indicações:
Área de tratamento discreta
Hemostase de áreas localizadas
Existe uma confusão em torno das anestesias dos nervos infra-orbitários e alveolar superior anterior. Do ponto de
vista prático, e tendo em conta que se deve efectuar um tratamento dentário, tem que se entender a anestesia do
nervo infra-orbitário como o bloqueio efectuado mesmo quando o nervo sai pelo buraco infra-orbitário. Se a agulha
penetrar uns 7 a 10 mm dentro do interior do conduto é preferível falar de anestesia do nervo alveolar superior.
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Anestesia do Palato – Técnica infiltrativa
Indicações:
Hemostase
Controlo da dor palatogengival (aplicar grampo, fio de
retracção, cirurgia 1-2 dentes)
Contra-indicações:
Inflamação ou infecção no local
Controlo da dor em mais que dois dentes
Indicações:
Anestesia dos tecidos moles palatinos para mais de 2 dentes
(para restaurações subgengivais ou colocação de matriz
subgengival)
Controlo da dor em tratamentos periodontais ou cirurgia
oral que envolva os tecidos palatinos moles e duros.
Contra-indicações:
Inflamação ou infecção no local de injecção
Pequenas áreas de tratamento
Lado direito: 7h ou 8h
Lado esquerdo: 11h
O paciente deverá abrir a boca ao máximo (com a cabeça em hiperextensão). Devemos entrar com a seringa desde a
comissura labial oposta. O corpo da seringa fica apoiado sobre os pré-molares inferiores contra-laterais. A agulha a
utilizar deverá ser curta, já que a espessura a atravessar deverá ser de apenas 2 mm. É preferível actuar em dois
tempos. Primeiro devemos anestesiar a mucosa, esperar que fique branca, aguardar 5 segundos, e depois
aprofundar até ter contacto com o osso. (0.5 cc é a dose máxima).
Estruturas anestesiadas:
o Gengiva do lado palatino que vai desde o 1ºPM até ao 3ºM e além da fibromucosa
o Periósteo
o Palato duro (excepto a zona da pré-maxila) que está enervada pelo nervo nasoapalatino
Uma punção demasiado posterior irá proporcionar a anestesia dos nervos palatinos médio e posterior, que
inervam a úvula e o palato mole.
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Bloqueio do Nervo nasopalatino
Indicações:
Tratamento restaurador de 2 ou mais dentes
(restaurações subgengivais)
Tratamentos periodontais ou cirúrgicos que envolvam os
tecidos palatinos
Contra-indicações:
Inflamação ou infecção no local
Pequenas áreas de tratamento
Precauções:
o Não introduzir a agulha directamente na papila incisiva
o Não injectar muito depressa
o Não injectar muito anestésico
o Não introduzir mais de 5 mm a agulha
Há duas formas de realizar a punção: uma directamente sobre a papila retroincisal (que é realmente dolorosa), e
uma indirecta (visto que em primeiro lugar requer a anestesia do parte vestibular da papila interincisal.)
1. Deve-se entrar frontalmente desde o vestíbulo e injectar só 0,1 a 0,2 cc de solução anestésica
2. Retirar a agulha e aguardar 2 minutos até se formar uma zona isquémica por palatino (na papila retroincisal)
3. Realizar a técnica directa
a. Com o paciente com a cabeça hiperextendida, deverá abrir ao máximo a boca
b. Aprofunda-se a agulha em sentido paralelo ao eixo longitudinal dos incisivos (não ultrapassar os 5
mm) porque o buraco incisivo está entre 2 a 4 mm por baixo da mucosa.
O que pretende a técnica indirecta é graças à anestesia da papilar interincisiva, evitar a dor que supõe a
anestesia directa da papila retroincisal.
57
Bloqueio do nervo maxilar
Indicações:
Contra-indicações:
Profissional inexperiente
Crianças
Paciente não cooperante
Inflamação ou infecção no local de inserção da agulha
Pacientes com risco de hemorragia (hemofílico)
Volumes de anestésico
Técnicas
58
Anestesia da Arcada inferior
Por vestibular:
o Por via vestibular é mais complicada devido à crista oblíqua externa e aos
ápices estarem recobertos por maior densidade óssea.
Por lingual:
Nervos anestesiados:
o Alveolar inferior
o Incisivo
o Mentoniano
o Lingual (comum)
Indicações:
o Tratamento de múltiplos dentes inferiores de um Quadrante
o Tecidos moles anteriores ao 1º Molar
o Tecidos moles linguais
59
Contra-indicações:
o Infecção ou inflamação no local da injecção
o Pacientes que poderiam lesionar o lábio ou língua (crianças, incapacidade física ou mental)
Vantagens:
o Grande área de anestesia
Desvantagens:
o Grande área de anestesia, por vezes desnecessária
o Anestesia inadqueada (15-20%).
o Pontos de referência não são confiáveis
o Aspiração positiva (10-15%)
o Anestesia lingual e lábio inferior
o Alveolar bífido e canais bífidos
Introduzir: 20-25 mm (tocar no osso e recuar 1 mm – alveolar inferior), retirar metade (lingual)
Quantidade de anestésico:
60
Complicações:
o Hematoma (raro)
o Trismo (espasmo dos músculos envolvidos na mastigação)
o Parestesia transitória
Para a realização da técnica 123 (indirecta) é importante termos em conta alguns pontos anatómicos de
referência, nomeadamente o trígono retro molar, a linha oblíqua externa e interna e a espinha de Spix.
Realizar uma translacção da seringa para o lado contra-lateral (com o dedo empurra-se a agula para medial)
Realizar uma rotação colocando a seringa nos dentes ipsilaterais para ultrapassar a barreira (que neste caso
é a linha oblíqua interna).
Depois inclinamos a seringa para o lado contra-lateral, ao nível dos pré-molares e introduzimos cuidadosamente até
20 mm aproximadamente. O ponto 3 fica determinado. Aspirar e anestesiar.
Lado direito: 8h
61
Bloqueio do nervo mandibular
Nervos anestesiados:
o Alveolar inferior
o Mentoniano
o Incisivo
o Lingual
o Milo-hióideu
o Auriculotemporal
o Bucal (75%)
Indicações:
o Múltiplos procedimentos nos dentes inferiores
o Anestesia dos tecidos moles vestibulares do 3º Molar até à linha média
o Anestesia dos tecidos moles linguais
o Quando o bloqueio do nervo alveolar inferior for mal sucedida
Contra-indicações:
o Infecção ou inflamação
o Crianças pequenas ou pacientes com incapacidade física e mental
o Pacientes incapazes de abrir bem a boca
Vantagens:
o Requer apenas uma injecção
o Alta taxa de sucesso: 95%
o Taxa de aspiração mínima
o Poucas complicações
o Anestesia com mais sucesso no caso de NAI Bífida
Desvantagem
o Anestesia lingual e labial desconfortável
o Tempo de início da anestesia + de 5 minutos
o Curva de aprendizagem
Área de introdução:
o Mucosa na face mesial do ramo mandibular
o Abaixo da cúspide mesiopalatina do 2ºM superior
Profundidade: 25 mm
62
Bloqueio do Nervo Mandibular : Vazirani-Akinosi
Bloqueio do V3
Alivio do trismo
Técnica de boca fechada
Nervos anestesiados:
o Alveolar inferior
o Incisivo
o Lingual
o Mentoniano
o Milohioideu
Efectua-se com a boca fechada e no relaxamento máximo. A agulha penetra o mais paralelo possível à
gengiva dos molarres superiores, passando entre a tuberosidade do maxilar superior e o ramo ascendente da
mandíbula para ficar situada 0,5 cm acima do buraco mandibular.
Esta técnica permite efectuar a anestesia em doente com anquilose da ATM e trismo.
Indicação:
o Biópsia de tecidos moles
o Sutura de tecidos moles
Contra-indicação:
o Infecção ou inflamação
Devemos localizar o buraco mentoniano na zona mucovestibular entre os Pré-molares inferiores. Devemos
recorrer à radiografia como técnica auxiliar de diagnóstico.
63
Bloqueio do nervo incisivo
Nervos anestesiados:
o Mentoniano e Incisivo
Indicações:
o Anestesia pulpar dos
dentes inferiores
anteriores ao
mentoniano
o Quando não tiver indicado o Bloqueio do Nervo alveolar inferior
Quantidade de anestésico
64
Técnicas de injecção suplementares
Técnica Intraligamentar
Indicações:
o Anestesia pulpar de 1 ou 2 dentes
o Tratamento de dentes isolados nos 2º Quadrantes mandibulares
o Anestesia dos tecidos moles indesejada
o Situações em que o Bloqueio do nervo alveolar inferior está contra-indicado
o Diagnóstico de dor pulpar
o Técnica auxiliar após anestesia por bloqueio
Contra-indicações
o Infecção ou inflamação no local
o Dentes decíduos
o Paciente que necessita de sensação de dormência
Apontamentos:
45ª
0,2 mm
Agulha +-12 mm
A agulha deverá ser introduzida paralela à face mesial do dente, encostada ao mesmo, com o bisel voltado para o
osso, e introduzi-la entre o osso e o dente. Depois, repetir o procedimento em distal.
Vantagens:
65
Desvantagens:
Sistema STA
Sensores dinâmicos de pressão permitem ao médico dentista saber quando está perante o local correcto
para a administração do anestésico. Grande volume de anestésico sobre pouca pressão (40 minutos).
Apontamentos:
Vantagens
o Ergonomia
o Leve
o Elevada sensibilidade
o Taxa de libertação e velocidade de anestésico local programada
o Aspiração automática
Desvantagens:
o Custo
o Requer armamentário adicional
Complicações
o Dor
Introdução da agulha
Injecção da anestesia
Pós-injecção
Precauções
o Manter a agulha contra o dente M ou D
o Não injectar rapidamente
o Não injectar anestésico em excesso
66
Técnica Intra-Septal
Indicações
o Controlo da dor e hemóstase dos tecidos moles e periodontais ósseos
Contra-indicações
o Inflamação local ou infecção local
Devemos injectar anestésico enquanto a agulha entra nos tecidos. Introduzir a agulha até tocar no osso, e pressionar
até introduzir mais 1-2 mm e injectar 0,2-0,4 ml.
Vantagens
o Ausência de anestesia nos lábios e língua
o Volume mínimo de anestésico
o Hemorragia mínima
o Atraumática
o Início imediato
o Dentes com bolsas periodontais
Desvantagens
o Pode necessitar de múltiplas perfurações
o Sabor do anestésico
o Curta anestesia pulpar
o Necessária experiência clínica
Introduzida no início do século passado (década de 1930), esta técnica inicialmente era destinada para os casos em
que havia dificuldade de anestesia e consistia na realização de um retalho de gengiva e periósteo, expondo o osso
alveolar. Com uma broca esférica a cortical óssea era aberta, conseguindo-se assim acesso ao osso medular, onde
era introduzido o anestésico local.
67
Objectivo:
o Anestesia da maxila ou da mandíbula, por meio de depósito do agente anestésico no osso medular
(esponjoso) entre as corticais ósseas.
Local de perfuração/injecção: entre as raízes de dois dentes (para evitar a perfuração das raízes), 2 mm a
partir da papila interdental.
Material utilizado:
o Quicksleeper
Agulha 30G com 16 mm
o Sistema Stabident
Em dentes posteriores deve usar-se agulhas de 9 mm de comprimento a 45 graus.
Em distal do dente que se pretende anestesiar
o Sistema X-TIP
Agulha 27G e de 0,4 mm de diâmetro
O local de injecção pode também ser descrito ao longo de uma linha que divide ao meio a
papila interdentária, coronal à junção mucogengival, a distal do dente a ser anestesiado.
o IntraFlow
Complicações
o Palpitação (administrar sem vasoconstritor)
o Formação de fístula no local de perfuração
o Separação do perfurador da cânula
o Perfuração da cortical lingual
Vantagens
o Ausência de anestesia do lábio e língua
o Atraumática
o Início imediato
o Poucas complicações pós operatórias
Desvantagens:
o Seringa especial
o Sabor do anestésico
o Dificuldade em posicionar a agulha no orifício
68
Técnica – Injecção intra-pulpar
Indicações
o Anestesia da polpa para TER
Vantagens
o Ausência de anestesia dos lábios e língua
o Volume mínimo de anestésico (0,2-0,3 ml)
o Início imediato
Desvantagens
o Traumática
o Sabor desagradável
o Difícil penetrar nos canais
o Necessária uma abertura na câmara pulpar
Não houve significância estatística entre a eficácia da articaina 4% com adrenalina 1/100000 e lidocaína 2% com
1:80000 de adrenalina para anestesiar dentes maxilares com pulpites irreversíveis após infiltração bucal.
Sedação Consciente
O diazepam, lorazepam, alprazolam, midazolam e triazolam são os fármacos mais empregados na sedação de
pacientes odontológicos. O lorazepam é mais indicado para idosos, pela menor incidência de efeitos paradoxais.
Quando se deseja uma sedação mais prolongada, o diazepam é a droga de escolha. Ao contrário, pro apresentar
início de acção mais rápido e duração mais curta, além de induzir amnésia anterógrada, o midazolam é a droga mais
indicada nas urgências odontológicas e na sedação consciente de pacientes pediátricos.
Sedação consciente
N2O é um gás inodoro que apresenta baixa potência, devendo ser combinado com outros agentes para reduzir a
dor, sendo de rápida indução e recuperação apresentando boa acção analgésica.
Sedação consciente: estado de depressãoda consciência no qual é capaz de manter pleno funcionamento das vias
aéreas independentemente e de responder a estímulos físicos e verbais.
69
Aulas Teórico Práticas – Parte da Anestesia
1ª Aula
Objectivos:
Identificar carpules
Tipos de anestésicos
Agulhas
Protocolo de montagem
Utiliza-se na técnica intraligamentar porque o anestubo é sujeito a pressões elevadíssimas. Deste modo, o
metal protege o anestubo de quebrar.
Rótulo de Mylan
Agulhas
Adaptador da agulha
Bisel
Haste
Calota – parte branca
Comprimento desde a calota ao bisel
o Extra curtas:8-15 mm (na clínica 12 mm)
o Curtas: 16-30 mm
o Longas: 31-40 mm
Na teoria o bisel deverá estar sempre voltado para o osso, porém na prática isso não é vantajoso porque a
anestesia tem de difundir.
70
Seringas de plástico
Nas crianças:
Calibre Diâmetro e G
Vantagem das cores dos anestubos: elas estão padronizadas para os identificarmos facilmente
Teoricamente:
Quando injecto dentro dos tecidos moles imaginamos o volume de um cubo de 1,2 cm x 1,2 cm x 1,2 cm.
O objectivo nunca é acertar no buraco mentoneano, mas sim num cubo naquela região
71
A anestesia, devido aos vasoconstritores, pode levar a isquemia, o que por sua vez conduz a úlceras na mucosa.
72
73
Complicaçoes locais da anestesia local
1. Fractura da agulha
2. Anestesia persistente ou parestesia
3. Paralisia do nervo facial
4. Trismo
5. Lesões dos tecidos moles
6. Hematoma
7. Dor À injecção
8. Infecção
9. Edema
10. Necrose dos tecidos
11. Lesões intra-orais pós-anestésicas
1. Fractura da agulha
Causas:
agulhas finas
agulhas dobradas Ocorre com maior frequência na anestesia por
bloqueio
defeitos de fabrico
movimento inesperado
Prevenção:
Tratamento:
manter a calma
aconselhar o paciente a não se movimentar
remover o fragmento se estiver visível
se não está visível não realizar incisões
Causas
Traumatismo do nervo
Solução contaminada (vai haver uma irritação e o edema consequente vai pressionar o nervo)
Hemorragia
74
Nota: a articaína juntamente com a prilocaína são os anestésicos que mais casos de parestesias mandibulares
apresentam
4. Trismo
O trismo ocorre também quando a solução anestésica é injectada no interior da um músculo, anestesiando as fibras
motoras (α e γ).
75
5. Lesões dos tecidos moles
6. Hematoma
Ocorre devido a uma perfuração arterial ou venosa – Comum no bloqueio do nervo alveolar superior
posterior e inferior
76
7. Dor à injecção
77
Os anestésicos tipo amida (lidocaína e bupivacaína) são conhecidos pela sua propensão a causar desconforto quando
são infiltrados
8. Infecção
Muito raro
Injecção de anestésico sob pressão num local com infecção
Pode causar trismo
9. Edema
A administração de um anestésico local raramente produzirá problemas significativos com a obstrução das vias
aéreas.
78
10. Necrose dos tecidos
Ocorre sobretudo no palato: como é uma área pouco vascularizada e muitas vezes utiliza-se vasoconstritor em maior
quantidade. É o único local da boca onde ocorre este fenómeno
79
Em grávidas
1. Sobredosagem
Sinais e sintomas clínicos que resultam de um nível sanguíneo excessivamente alto do anestético em vários
órgãos e tecidos.
80
a. Factores predisponentes
i. Factores do Paciente
81
•Extremos etários
Idade •Absorção, metabolismo e excreção diminuídas ou imperfeitas
•Aumento da semi-vida
82
b. Causas
i. Biotransformação e eliminação
83
iii. Absorção rápida para a circulação
c. Prevenção
d. Manifestações Clínicas
84
e. Tratamento
2. Alergias
85
Tipo Éster: Muito mais frequente
a. Sinais e sintomas
86
INSTRUMENTOS EM CIRURGIA ORAL
1. Radiografia
2. Anestesia
3. Instrumentos adequados
4. Iluminação
5. Assistentes competentes
6. Aspiração
1. Do paciente
2. Dos meios físicos (instrumental e material cirúrgico)
3. De todo o espaço envolvente
Definições:
Instrumental: Conjunto de utensílios manuais desenhados para efectuar diferentes manobras ou gestos
cirúrgicos.
87
Segundo Escoda, 1999:
88
I . Instrumentos para manter os campos cirúrgicos
As pinças de campo são principalmente usadas para fixar os tecidos esterilizados na cabeça e no peito do paciente.
Fixa também o tubo de aspiração e o de conexão da peça de mão ao tecido que recobre o peito do paciente.
Seringa Carpule
Anestubo
Agulha
Afastadores
o De tecidos moles
o Da língua
Espelhos
Abre-bocas
Aspiradores
Afastadores
Os afastadores são usados para retrair a mucosa e o mucoperiósseo dos retalhos durante o procedimento
cirúrgico.
Antes do retalho ser criado apoia-se na mucosa.
Após a reflexão do retalho apoia-se no osso, de modo a afastar o retalho.
Seldin: uma das extremidades do periostótomo de Seldin é usada para afastar pequenos retalhos.
Afastadores rectos
maleaveis
Indicações:
90
Espelhos
Plástico / borracha
Metálicos
91
Aspiradores
Um cabo
Uma lâmina descartável
Cabo de bisturi: Existem diferentes cabos, sendo que o número mais usado em cirurgia oral é o nº 3
(Bard-Parker)
92
Lâminas de bisturi: existem diferentes lâminas, sendo que as mais usadas em cirurgia oral são as nº:
11
12
15
93
Montagem do bisturi:
Tesouras
Indicações:
As tesouras rectas são mais usadas quando se pretende um corte recto, quer nas suturas,
quer nos nervos, quer nos vasos.
As tesouras são ainda usadas, para além de cortar para sondar, sendo que as mais estreitas
são usadas à superfície e as mais largas dentro das cavidades.
Usar tesouras de fina dissecação, em suturas, por exemplo, pode afectar a aresta de corte e
esta ficar danificada.
Para manter as tesouras no pico do corte, estas devem ser afiadas regularmente.
94
Periostótomos: são usados para:
Woodson: usado para descolar a gengiva em torno do dente antes da extracção, uma vez que é de
fácil manuseamento e de terminação fina.
Seldin: é o periostótomo mais usado como afastador do retalho, facilitando as manipulações durante
o procedimento cirúrgico.
95
V. Instrumentos para preensão e fixação dos tecidos
São usados para fixar e estabilizar os retalhos. Muitas vezes para ajudar a passar o fio de sutura.
Pinças de dissecção: existem pinças de dissecção de diferentes tamanhos, com pontas mais ou menos finas, com ou
sem dentes.
Indicação: estabilizar retalhos, especialmente ao suturar, ajudando numa boa proximidade dos bordos,
acelerando o procedimento da sutura, traumatizando pouco o tecido.
Normalmente usam-se pinças com 15 cm, pontas rombas e com pequenos dentes que não
traumatizem excessivamente os tecidos
Pinças de Adson
Pinças de Stillies
96
VI. Instrumentos usados para controlar a hemorragia
Pinças Mosquito
Recta ou curva
As suas pontas terminam de forma romba com ou sem dentes.
É uma pinça de pressão contínua e com cerra tipo “zip”.
A pinça sem dentes de 12,5 cm de longitude é a mais usada, para manter, capturar ou manejar os tecidos
fundamentalmente para apertar os vasos que sangram no campo operatório, com o objectivo de promover
a sua hemostasia.
97
VII. Instrumentos para remoção de tecidos moles de defeitos ósseos
Curetas Periapicais
o Volkmann
o Lucas / Hemingway
98
VIII. Instrumentos para remoção óssea
Pinças Goiva
Martelo e cinzel
Limas de osso
Brocas de osso
Pinças Goiva
Permite que o operador faça cortes repetidos, sem ter nunca que a abrir manualmente.
São instrumentos delicados daí que não se deva remover grandes parte de osso, mas sim em pequenas
quantidades repetidas vezes.
Instrumentos caros daí que exijam manutenção e cuidados adequados.
Não devem ser usadas para extrair raízes e dentes, uma vez que o contacto com a estrutura dentária
deforma a aresta de corte e pode dobrar a pinça.
Martelo
99
Cinzel
Têm diferentes tamanhos e formas. A sua aresta cortante é côncava e pode ser com monobísel ou com
duplo bísel.
O martelo e cinzel:
o São usados para cortar osso, eliminar fragmentos de osso, realizar odontossecções ou luxar o dente.
O osso é normalmente removido com o cinzel de monobisel, e os dentes são normalmente
seccionados com um cinzel de duplo bisel. O sucesso do uso do bisel depende da aresta de corte.
Limas de osso
100
Brocas de osso
Peças de mão de alta velocidade com brocas de carboneto removem osso eficazmente.
As brocas mais usadas são as esféricas e as fissuradas.
Quando queremos remover grandes quantidades de osso, ou regularizar o osso, usamos brocas similares às
que usamos no acrílico.
Porta agulhas
Tesouras
Agulhas
Porta agulhas
Usados para suturar a ferida. A parte activa tem estrias e alguns modelos apresentam uma escavação
elipsoidal para encaixar a agulha. Na parte passiva, o porta agulhas fecha através do sistema de “zip”,
permitindo manter o porta-agulhas fechado ou aberto. Deve ter entre 15 a 20 cm de longitude.
101
A agulha monta-se perpendicularmente ao eixo do porta-agulhas, segurando a agulha no seu ponto médio. A
maneira correcta para segurar o porta-agulhas é colocar o polegar num dos anéis, e o anelar no outro. Os outros
dedos devem ser curvados à volta dos anéis, enquanto o indicador é colocado na zona da junta, para um melhor
controlo do instrumento.
Tesouras
Têm pequenas arestas de corte, uma vez que o seu objectivo é cortar o fio de sutura
A mais comum é a de Dean, com a parte passiva levemente angulada, e com lâminas serradas, que tornam o
corte do fio mais fácil.
Agulhas
102
Fios de sutura
Resistência à tracção
Fácil manipulação
Flexível
Pequeno calibre e diâmetro uniforme
Fácil esterilização
Comportamento previsível
Mínima aderência bacteriana e tecidular
Propriedades mantidas com o tempo
103
Sindesmótomos
São usados para separar o tecido mole, neste caso o ligamento periodontal que liga o dente ao osso,
antes de se realizar a luxação.
Podem ser rectos ou curvos
o Rectos são mais usados para dentes anteriores maxilares
o Curvos para os restantes dentes
Técnica:
Alavancas
Cabo:
É normalmente de tamanho generoso para que possa ser segurada confortavelmente, e
assim se conseguir aplicar força substancial, mas controlada.
104
Haste
É de tamanho suficiente para conseguir transmitir a força do cabo à lâmina.
Lâmina
É a parte activa das alavancas e é utilizada para transmitir força ao dente, ao osso, ou a
ambos.
Rectas
Forma de T
Forma de S
Alavancas Rectas
Mais usadas na luxação, tanto no maxilar como na mandíbula.
O cabo é em forma de “pêra”, para assim transmitir conforto ao cirurgião quando aplicar força ao
realizar a luxação.
A haste é fina e longa.
A lâmina desta alavanca tem uma superfície côncava numa das faces para assim ser usada como
“calçadeiras” (colocada em vestibular em contacto com o dente.
A alavanca segura-se na mão dominante, com o dedo indicador colocado ao longo da haste.
105
Técnica:
Alavanca em forma de T
Existem aos pares: direita e esquerda
São usadas na mandíbula quando a outra raíz já foi luxada com a alavanca recta
A haste começa na parte média do cabo e forma um ângulo com a parte activa, que tem a forma de
triângulo
106
Técnica:
Alavancas em forma de S:
Usadas para remover raízes, tanto do maxilar como na mandíbula.
São também úteis na extracção de terceiros molares no maxilar.
O cabo é semelhante à alavanca recta.
A haste tem um ângulo duplo para facilitar a entrada no alvéolo
A parte activa é pontiaguda, tendo uma superfície convexa e outra concava.
Técnica:
107
Boticões
Cabo
Zona intermédia
Parte activa
O boticão segura-se no cabo, a qual é provida de uma superfície serrada para evitar que o instrumento escorregue.
Normalmente é recto, mas pode ser curvo.
A zona intermédia articula a haste à parte activa, permitindo transmitir a força aplicada na haste à parte activa. A
zona intermédia varia na angulação da parte activa com a parte passiva.
A parte activa é a que mais varia adaptando-se à anatomia dos dentes a extrair. Está desenhada para se adaptar à
raiz do dente na transição coroa-raíz. A parte activa varia na forma da ponta activa.
As pontas activas podem ser: romba, pontiaguda (ou bicórnia quando para duas raízes) e …
108
Boticão maxilar vs Boticão mandibular
Angulações de <45º entre a parte activa e passiva Angulações de 45-90º entre a parte activa e passiva
Manusear os boticões
109
Boticões Maxilares
Técnica:
110
Boticão Maxilar Universal (nº 150)
Técnica:
111
Boticão maxilar para 1º e 2º Molar
112
Técnica:
São os boticões mais longos e levemente curvadas (são os com > angulação dos sup) , tal como os anteriores.
Como os terceiros molares variam na forma e no tamanho, as garras dos boticões são concavas e rombas,
para que possam ser utilizados tanto no 1º como no 2º quadrante.
113
Técnica:
- pontas pontiagudas
- é colocado interproximal
- raramente proximal
O cabo deste tipo de boticões é recto, enquanto as garras são estreitas e anguladas.
A terminação das garras é côncava e romba. Há contacto das pontas activas.
114
Boticão Maxilar para Dentes Decíduos (nº 150S)
São mais pequenos que o típico universal, por isso sendo mais funcionais para todos os dentes decíduos.
Boticões Mandibulares
115
Técnica:
A parte activa forma um ângulo obtuso com a parte passiva de 110 graus.
As suas garras são amplas, sólidas e côncavas.
Técnica:
116
Boticão Mandibular para 1º e 2º Molar (“Bico de Papagaio”)
Técnica:
117
Técnica:
Técnica:
118
Boticão Mandibular para Raízes
O cabo é recto
A ponta activa é angulada (90º)
Pontas unem e são rombas
As garras são finas e juntam-se quando o boticão é fechado
O cabo é recto
A ponta activa é ligeiramente angulada
119
Boticão para sizos mandibulares
120
ESTERILIZAÇÃO
Infecção
Paralelamente a registos dentários deve ser feito um historial clínico preciso e detalhado. Devemos encarar os
todos os pacientes como indivíduos potencialmente contaminados.
Definições:
Esterilização
121
Protecção Individual
Lavagem Higiénica:
Indicação:
o Antes de inicial o trabalho
o Antes e após a execução de cuidados ao doente
o Antes e após o manuseamento de material ou fármacos
o Aplicar quantidade suficiente de sabão para cobrir com espuma toda a superfície das mãos
122
Lavagem Asséptica:
Indicação:
o Antes da execução de actos invasicos ou técnica asséptica
o Durante surtos multi-resistentes
Aplicas quantidade suficiente de antisséptico para cobrir com espuma toda a superfície das
mãos.
Duração: 30 – 60 segundos
Lavagem Cirúrgica
Indicação:
o antes da intervenção cirúrgica
o inclui punhos e antebraços
Aplicar quantidade suficiente de antisséptico para cobrir com espuma toda a superfície das
mãos, punhos e antebraços, friccionando para uma melhor eficácia
Escovar as unhas
123
Mãos - Luvas
Descartáveis
Esterilizadas e não esterilizadas
Tamanho adequado
Qualidade
Luvas esterilizáveis:
Todas as superfícies:
124
Deve ser feito um arejamento frequente
Aspirar e lavar com detergente os filtros de ar condicionado mensalmente
Lavas os filtros dos equipamentos dentários diariamente com detergentes de glutaraldeído
A qualidade do ar
A existência de pressão positiva no seu interior, que impede a entrada de ar do exterior
O uso de roupar esterilizadas; máscaras, toucas e luvas esterilizados e de utilização única
A cuidadosa desinfecção de todas as estruturas físicas
A cuidadosa lavagem das mãos e antebraços com sabões anti-sépticos
125
Classificação do material quanto ao risco
Resíduos Hospitalares
Grupo I: resíduos equiparados a urbanos não apresentam exigências especiais no seu tratamento
126
Grupo II: resíduos hospitalares não perigosos não estão sujeitos a tratamentos específicos
Material ortopédico
Fraldas e resguardos descartáveis
Material de protecção individual (dos serviços gerais)
Embalagens vazias de medicamentos e frascos de soro
Cada unidade de prestação de cuidados de saúde deve possuir um local de armazenagem específico para os
resíduos
Resíduos dos grupos I e II: contentores adaptados ao sistema de recolha local dos resíduos sólidos urbanos
Resíduos dos grupos III e IV: contentores facilmente manuseáveis, resistentes, estanques, e caso sejam de
uso múltiplo, laváveis e desinfectáveis.
127
Resíduos hospitalares – Transporte
Central de Esterilização
Higiene Pessoal
Central de Esterilização
1. Descontaminação
Esta área deve ficar fisicamente separada de todas as outras áreas de trabalho.
Todos os dispositivos médicos reutilizáveis devem ser rigorosamente limpos antes da desinfecção ou esterilização.
Limpeza maual
Limpeza mecânica
o Máquina de lavagem-desinfecção (enxaguamento, lavagem potente, desinfecção térmica e
secagem)
Pode-se usar na limpeza mecânica a limpeza por ultrassons – remove resíduos, não elimina
microorganismos; após limpeza ultrassónica os materiais devem ser enxaguados.
3. Esterilização
Esta área deve ficar fisicamente separada de todas as outras áreas de trabalho
Espaço com ventilação mecânica para garantir temperatura adequada
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Métodos de desinfecção
Desinfectante: substância química para aplicar em equipamentos e superfícies (meios inertes) capaz de
eliminar por acção directa os microorganismos indesejáveis, ou de inactivar vírus ou reduzi-los para um
nível não prejudicial.
Desinfectantes e antissépticos
Concentração
Espetro de acção
Tempo
Temperatura
pH
Tensão superficial
Humidade
Matérias orgânica
Não ser inactivo por células humanas ou actividades enzimáticas dos exsudados patológicos
Se eficaz contra os microorganismos a uma concentração que não irrite os tecidos e não interfira com a
cicatrização
Não induzir hipersensibilidade para aplicações repetidas
Ter propriedades antimicrobianas a baixa concentração
Ter acção bactericida rápida e persistente
Não permitir o desenvolvimento de mutante ou plasmídeos bacterianos, responsáveis por resistências
transferíveis
Ser estável
Compostos de cloro
Iodo e derivados
Álcoois
Fenóis
Amónio quaternário com e sem álcoois
Agentes oxidantes
Soluções enzimáticas
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Métodos de Esterilização
É um método físico
É o método mais utilizado
Maior segurança
Observa-se uma acção conjugada da temperatura e humidade
O vapor em contacto com uma superfície mais fria, humedece, liberta calor, penetra nos materiais porosos
e possibilita a coagulação das proteínas dos microorganismos.
CICLOS
Antes da esterilização:
Higienizar o material
Acondicionar o material em embalagens adequadas
Colocar o material mais pesado sob o mais leve
Evitar encostar o material à parede das câmaras, deixando espaço entre eles para facilitar a drenagem do ar
e penetração do vapor
Não sobrecarregar o autoclave
Recipientes com concavidade devem ser colocados com a abertura para baixo
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Descrição do ciclo:
1. Fase de Pré-Vácuo
a. Duração: 5 minutos
b. Extracção do ar
2. Fase de esterilização
a. Esterilização propriamente dita
b. Os materiais são expostos durante determinado tempo à temperatura do regime escolhido
3. Fase de secagem
a. Através de uma fase de vácuo pós-esterilização
4. Fase de arrefecimento
a. O ar introduzido no interior do autoclave por intermédio de um filtro bacteriológico
b. Equilíbrio da pressão atmosférica com a pressão da câmara
Depois da esterilização:
Autoclave
Indicadores químicos
o Fitas de papel impregnadas com tinta termocrómica
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o Teste de Bowei-Dick
Deve ser realizado todos os dias, antes da primeira carga ser processada
Este teste comprova a eficácia da hermeticidade das protas do autoclave, a temperatura, e a
pressão do vapor de água responsável pela esterilização bem como a capacidade de
penetração deste vapor.
Indicadores Mecânicos
o Controlo e registo de parâmetros críticos
Indicadores Biológicos
o Comprovam eficiência da esterilização
o A sobrevivência dos microorganismos é verificada após terminado o ciclo de esterilização, através
de uma incubadora
CALOR SECO
É um método físico
Temperaturas elevadas
Tempo de exposição prolongado
Difícil manter material esterilizado
Processo de oxidação – desidratação progressiva do núcleo das células
RADIAÇÃO IONIZANTE
É um método físico
Baixas temperaturas
Fontes de raios beta e gama
Alteração da composição molecular das células, modificando o DNA.
Células sofremperda ou adição de cargas eléctricas
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FORMALDEÍDO
É um método químico
Gás incolor, odor irritante, cáustico para a pele
Acção lenta
Bactericida – 6-12h (5%)
Esporocida – 18 h (8%)
Cuidados:
GLUTARALDEÍDO
É um método químico
Gás incolor, odor irritante
Tempo de esterilização: 8-10 h
Cuidados:
ÓXIDO DE ETILENO
É um método químico
Gás incolor, não corrosivo, altamente inflamável à temperatura ambiente
Custo
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Toxicidade
Efeito carcinogénio, mutagénico e teratogénico
Tempo longo de arejamento
Reage com parte sulfídrica da proteína do sítio activo do núcleo do microorganismo impedindo a sua reprodução.
Tempo de esterilização: 4 h
PERÓXIDO DE HIDROGÉNIO
É um método químico
Desinfectante: em superfícies planas e sólidas
Esterilizante: matérias termo-sensíveis
Corrosivo
Proteger a solução da luz
ÁCIDO PERACÉTICO
Atóxico
Processo de esterilização rápido
Esterilização a baixa temperatura (<45 ºC) e em ambiente seco
Ciclo curto – 75 min
Não necessita de período de arejamento
Apresenta um custo elevado
Grande volume
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Com a adoção das medidas de assepsia e antissepsia evita-se:
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