Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO.................................................................................................... 1
1.1 . LEGISLAÇÃO APLICÁVEL..................................................................................... 1
1.2. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO........................................................... 2
1.3. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR.............................................................. 4
a. ATIVIDADE PREVISTA........................................................................................... 4
B. . DIMENSÕES DO EMPREENDIMENTO.............................................................. 5
C. . IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELO ESTUDO.... 5
2. CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO....................................................... 9
2.1. DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA........................................................... 9
2.2. CARACTERIZAÇÃO E DIMENSÕES DO EMPREENDIMENTO......................... 13
2.2.1. Caracterização....................................................................................................... 13
2.2.3. Atividades a serem desenvolvidas pela unidade SEST/SENAT ......................... 14
2.2.3.1. SEST – Serviço Social do Transporte................................................................ 14
2.2.3.2. SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte............................ 16
2.2.2.3. Palestras de Educação Profissional................................................................... 17
2.3 LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO DO TERRENO...................................... 21
2.4 LEVANTAMENTO FLORESTAL DO TERRENO ................................................... 21
2.4.1. Caracterização Regional....................................................................................... 21
2.4.2. Caracterização da Vegetação do Imóvel............................................................... 23
2.5. PROJETO DE TERRAPLANAGEM........................................................................ 28
2.6 ESTIMATIVAS DE PRODUÇÃO DE FATORES IMPACTANTES......................... 33
2.6.1 Fase de Implantação.............................................................................................. 33
2.6.1.1. Produção de Nível de Ruído, Calor e Vibração.................................................. 33
2.6.1.2. Produção de Radiação....................................................................................... 34
2.6.1.3. Produção de Resíduos Sólidos.......................................................................... 34
2.6.1.4. Efluentes Líquidos do Canteiro de Obras........................................................... 37
2.6.1.5. Emissões Atmosféricas....................................................................................... 39
2.6.2.6. Insolação e Sombreamento................................................................................ 42
2.6.2.7.Ventilação............................................................................................................ 50
2.6.2 Fase de Operação.................................................................................................. 55
2.6.2.1. Produção de Nível de Ruído, Calor e Vibração.................................................. 55
2.6.2.2. Produção de Radiação....................................................................................... 56
2.6.2.3. Produção de Resíduos Sólidos........................................................................... 56
2.6.2.4. Produção de Efluentes Líquidos......................................................................... 57
1
2.6.2.5. Emissões Atmosféricas....................................................................................... 59
2.6.2.6. Efluentes de Drenagem de Águas Pluviais Geradas..................................... 59
2.7. INTERVENÇÕES VIÁRIAS ............................................................................... 62
2.7.1. Características de Localização e Acesso ............................................................. 62
2.8. GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA.................................................................... 67
2.9. INFRAESTRUTURA RACIONAL............................................................................. 69
3. CARACTERÍSTICAS DA VIZINHANÇA..................................................................... 72
3.1. CARACTERÍSTICAS DO ESPAÇO URBANO....................................................... 72
3.1.1. Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo................................................................. 73
3.1.1.1 Legislação Urbanística Municipal........................................................................ 73
3.1.2. Zoneamento e Uso e Ocupação do Solo............................................................... 74
3.1.1.3 Ocupação do Solo no Entorno do Empreendimento........................................... 77
3.1.2. Aspectos Históricos............................................................................................... 83
3.1.2.1. Aspectos Históricos da Vizinhança Imediata...................................................... 85
3.1.3. Caracterização da Vizinhança Imediata................................................................ 88
3.2. EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE INFRAESTRUTURA URBANA...................... 92
3.2.1. Rede de Água........................................................................................................ 92
3.2.2. Rede de Esgoto..................................................................................................... 95
3.2.3. Rede de Energia Elétrica....................................................................................... 95
3.2.4. Rede de Gás.......................................................................................................... 98
3.2.5. Coleta de Resíduos e sua Destinação................................................................... 100
3.2.6.1 Coleta Seletiva..................................................................................................... 101
3.3 EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE USO COMUNITÁRIO...................................... 102
3.3.1 Educação................................................................................................................ 102
3.3.2. Cultura................................................................................................................... 107
3.3.3. Saúde..................................................................................................................... 108
3.3.3.1. Unidades e Profissionais de Saúde.................................................................... 109
3.3.4. Esporte e Lazer – Praças, Parques e Áreas Verdes............................................. 111
3.3.5. Habitação............................................................................................................... 114
3.4 PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ÁREAS DE RELEVÂNCIA AMBIENTAL............... 115
3.4.1. Indicação dos bens tombados ou cadastrados do patrimônio histórico............... 115
3.4.2. Áreas de Relevância Ambiental............................................................................. 120
3.5 SISTEMA VIÁRIO E DE TRANSPORTES NA ÁREA DE INFLUÊNCIA ............... 121
3.5.1. Sistema Viário ....................................................................................................... 121
3.5.2. Transporte Coletivo................................................................................................ 122
3.6. BACIA HIDROGRÁFICA E DRENAGEM PLUVIAL....................................... ......... 126
2
3.7. INTERPRETAÇÃO DA PAISAGEM .............................................................. ........ 137
3.8. ANÁLISE DOS NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA (RUÍDOS)................................ 155
3.9. MELHORAMENTOS PÚBLICOS............................................................................ 164
3.9. CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS................................................................ 166
3.9.1 Contagem e Crescimento Populacional.................................................................. 166
3.9.2 Densidade Demográfica......................................................................................... 168
3.10. ASPECTOS ECONÔMICOS................................................................................. 169
3.11.1. Produto Interno Bruto (PIB) e Valor Adicionado Fiscal – VAF............................ 169
3.11.2. Empresas, Empregos e Renda............................................................................ 171
4. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DO EMPREENDIMENTO....................................... 175
4.1. Metodologia de Avaliação dos impactos do empreendimento................................. 175
4.2. Avaliação dos Impactos do Empreendimento na Vizinhança na
Fase de Operação........................................................................................................... 176
4.2.1. Impactos Urbanísticos Positivos e Negativos........................................................ 176
4.2.1.1. Adensamento Populacional................................................................................ 179
4.2.1.2. Insolação e Sombreamento e Ventilação........................................................... 181
4.2.1.3. Compatibilidade do Empreendimento com a Paisagem Imediata..................... 182
4.2.1.4. Interferência na paisagem pela Supressão de Vegetação................................ 183
4.2.1.5. Interferência no patrimônio histórico................................................................... 183
4.2.1.6. Diminuição da permeabilidade do solo............................................................... 184
4.2.2. Compatibilidade do Empreendimento com os
Equipamentos Urbanos e Comunitários.......................................................................... 185
4.2.2.1. Abastecimento de Água...................................................................................... 185
4.2.2.2. Fornecimento de Energia Elétrica....................................................................... 185
4.2.2.3. Coleta e disposição final de resíduos sólidos..................................................... 185
4.2.2.4. Pressão sobre o sistema Público de Saúde e Educação.................................. 186
4.2.3. Alterações econômicas e sociais .......................................................................... 187
4.2.3.1. Dinamização da oferta de emprego e aumento das
atividades econômicas.................................................................................................... 187
4.2.3.2. Aumento na arrecadação de impostos.............................................................. 188
4.2.3.2. Valorização imobiliária, alteração de costumes e estratificação social............. 188
4.2.3.3. Segurança.......................................................................................................... 189
4.2.4. Avaliação da Compatibilidade do Sistema Viário e de Transporte ..................... 189
4.2.4.1. Contagens de Tráfego........................................................................................ 189
4.2. Simulação de Capacidade de Cruzamentos............................................................ 193
4.2.1 PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS NO SISTEMA
3
VIÁRIO E TRANSPORTES............................................................................................. 196
4.2.1.1. Transporte Coletivo............................................................................................ 196
4.2.1.2 Sistema Viário..................................................................................................... 196
4.3 Avaliação dos Impactos na Fase de Implantação do Empreendimento................... 199
4.3.1.. Compactação do Solo.......................................................................................... 200
4.3.2. Alteração no padrão de escoamento de água na superfície do solo.................... 200
4.3.3. Perda do solo por processos erosivos.................................................................. 201
4.3.4. Alteração da qualidade do solo e de águas subterrâneas..................................... 202
4.3.5. Dispersão de material particulado em suspensão................................................. 202
4.3.6. Aumento na emissão de gases poluentes por veículos........................................ 203
4.3.7. Poluição Sonora..................................................................................................... 203
4.3.8. Perda de recursos vegetais................................................................................... 206
4.3.9. Distúrbios à fauna terrestre.................................................................................... 206
4.3.10. Aumento do tráfego de veículos pesados............................................................ 207
4.3.11. Destino final dos resíduos da construção civil..................................................... 208
4.4 Matriz de Avaliação de Impactos............................................................................... 210
5. BIBLIOGRAFIA............................................................................................................ 212
4
5
1. APRESENTAÇÃO
1
1.3 . IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
2
3
1
1.4 . IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
4
I- Assistência médica e odontológica;
II- Segurança no trabalho;
III- Esporte, lazer, recreação e cultura;
IV- Ações voltadas à preservação do meio ambiente.
Empresa Consultora
5
Ficha Técnica da Equipe
Direção Geral
Nome: Luiz Henrique Gevaerd
Endereço: Rua 1500 – 435 – Centro - Balneário Camboriú - SC
E-mail: ike@biosphera.eng.br
Telefone: (47) 3361 7184 / (47) 9983-9596
Coordenação Técnica
Nome: Maria Heloísa Beatriz Cardozo Furtado Lenzi
Formação: Bióloga
Endereço: Rua José Venâncio dos Santos, n0 60 - Pioneiros,
Balneário Camboriú - SC CEP: 88331-115
E-mail: heloisa@biosphera.eng.br
Telefone: (47) 3361.7184
RG: 3057351 / CPF: 939.540.269-53 / CRBio: 25518-03
Cadastro IBAMA: 470399
6
Nome: Bruna Siemsen
Formação: Arquiteta e Urbanista
Endereço: Rua Waldir Walendovisky, no. 157 – Jardim Maluche- Brusque - SC
E-mail: bruna@biosphera.eng.br
Telefone: (47) 3361-7184
CREA: 105661-9
Estudo Socioeconômico
Nome: Valter Cardoso
Formação: Geógrafo
E-mail: valtergeografia@univali.br
Telefones: (47) 9133 8296
CREA: 065380-7
7
Nome: José Germano Schaefer Filho
Formação: Engenheiro Químico
Endereço: Rua Felipe Schmidt, 188 – Brusque - SC
E-mail: germano@biosphera.eng.br
Telefone: (47) 3361-7184
CREA: PR – 4578/D
___________________________________
Coordenador de Projetos
Biosphera Empreendimentos Ambientais
8
2. CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDIMENTO
9
Figura 03 – Vista ponto na frente do terreno para Rua Ricardo Georg.
10
9
10
11
2.2. CARACTERIZAÇÃO E DIMENSÕES DO EMPREENDIMENTO
2.2.1. Caracterização
13
Figura 06 – Fachada da Unidade SEST/SENAT Florianópolis.
Atendimento Médico
14
Os atendimentos que necessitam de uma investigação mais apurada
sobre diagnósticos patológicos são encaminhados às clínicas e laboratórios
conveniados. O SEST/SENAT também realiza convênios com farmácias,
garantindo condições aos pacientes de prosseguir os tratamentos indicados por
seus profissionais de saúde.
Atendimento Odontológico
15
Transito, Dia Mundial da Saúde e o Transporte e Cidadania, promovendo assim
o acesso à cultura para todos os públicos com estes eventos e outros
realizados de forma local como peças teatrais e celebrações municipais.
Outra ação voltada para a cultura são as Oficinas SEST/SENAT – Arte,
Qualificação e Renda. As oficinas têm como objetivo apresentar técnicas de
diversas atividades artísticas para que trabalhadores em transportes, seus
familiares e a comunidade tenham uma nova prática de lazer, na forma de uma
atividade lúdica, ou mesmo uma nova fonte alternativa de renda.
Pelo incentivo que dá ao desenvolvimento artístico em todos os
sentidos, o programa espera oferecer oportunidades para que expressões
artísticas sejam reveladas e aprimoradas gerando, além da capacitação
técnica, uma possível complementação da renda familiar.
O programa contempla mais de 100 modalidades de oficinas, dentre
elas: música, jardinagem, teatro, danças, confeitaria, pintura, culinária,
artesanato, cabeleireiro, embalagens, biscuit, paisagem, serigrafia etc.
Ensino Presencial
16
O compromisso com a construção da cidadania requer uma prática
educacional voltada à compreensão da realidade social e dos direitos e
responsabilidades em relação à vida. Com esta preocupação, o SEST/SENAT
incorporou em suas ações de educação temas transversais que permeiam com
naturalidade as matérias trabalhadas durante os cursos: princípios éticos,
defesa da cidadania, defesa do meio ambiente, incentivo ao voluntariado,
respeito às minorias, entre outras.
Ensino a Distância
17
indivíduo a consciência crítica e participativa necessária para a melhoria de sua
qualidade de vida.
Os temas são escolhidos considerando a relevância e atualidade no
processo de desenvolvimento social e educativo e refletem o interesse do
público do setor de transporte e da comunidade em geral.
As palestras são desenvolvidas presencialmente fornecendo aos
participantes uma cartilha sobre o tema. Para complementar a ação é exibido
um vídeo com depoimentos de especialistas no assunto.
O Ciclo de Palestras é realizado em todas as Unidades do
SEST/SENAT ou em outras instalações, tais como sindicatos e empresas, a
partir de solicitação às Unidades.
A unidade funcionara de segunda a domingo conforme a seguir:
Dimensões do Empreendimento
18
Quadro 01 – Quadro de áreas do SEST/SENAT Blumenau.
Serviços Área (m²)
2 Quadras Futebol Socity 1.440,00
Quadra Coberta 1.807,82
Parque Infantil 99,52
Social
Guarita 50,47
TOTAL 1.078,77
Área Total Construída 5.802,47
Área Total Urbanizada 9.083,39
Área Verde 28.585,24
19
Descrição das Obras
20
Cronograma de Implantação
21
Uruguai (Floresta Estacional Decidual), além da Vegetação Litorânea (KLEIN,
1978). A Floresta Tropical Atlântica situa-se na Vertente do Atlântico, onde se
formam 12 (doze) bacias hidrográficas e onde dois terços da população
catarinense residem.
A cobertura vegetal que originalmente cobria parte do município de
Blumenau está inserida na área fitogeográfica de ocorrência de Domínio da
Floresta Atlântica, conhecida popularmente como “Mata Atlântica”, que devido
às intensas atividades antrópicas foram sendo substituídas por atividades
agrícolas e pastoris.
A Floresta Atlântica está presente tanto na região litorânea como nos
planaltos e serras do interior, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul.
Em toda sua extensão, a Mata Atlântica apresenta uma variedade de
formações que engloba um diversificado conjunto de ecossistemas florestais
com estruturas e composições florísticas bastante diferenciadas,
acompanhando as características climáticas da vasta região onde ocorre, tendo
como elemento comum a exposição aos ventos úmidos que sopram do oceano.
É importante considerar que os aspectos fitossociológicos da Floresta
Ombrófila Densa podem variar de acordo com a distribuição geográfica de suas
comunidades na região de ocorrência natural, e que estão associados aos
fatores edáfico-climáticos e à proximidade de outras formações vegetais. Além
disso, a composição florística é determinada pelos diferentes estágios de
sucessão em que se encontra atualmente a vegetação nos domínios desta
formação (KLEIN e HATSCHBACH, 1962; LEITE, 1994).
O IBGE (1992) classifica a Floresta Ombrófila Densa conforme as
variações das características ambientais de seus locais de ocorrência em cinco
sub-formações sendo: Aluvial, das Terras Baixas, Submontana, Montana e
Altomontana. Para o município de Blumenau, a vegetação é classificada como
Floresta Ombrófila Densa Submontana, ou seja: situada nas encostas dos
planaltos e/ou serras, em altitudes que variam de 30 a 400m. Em função da
variabilidade das condições ambientais, sua composição apresenta-se bastante
heterogênea. É a formação que apresenta a maior riqueza de espécies (KLEIN,
1980);
22
As diferenças entre as formações em uma tipologia vegetacional são
devidas a fatores físicos, como diferentes feições geológicas, pedológicas e
relevo (altitude), que interagem e resultam em variações na estrutura das
comunidades (IBGE, 1992).
Floresta Ombrófila Densa Submontana
As Florestas Ombrófila Densas Submontana ocorrem nas encostas das
serras entre as altitudes de 30 a 400 metros, podendo ocorrer em vales e
grotões protegidos nas cotas superiores. Trata-se da formação florestal
característica das representações da Mata Atlântica. Seu clímax é composto
por árvores de alturas aproximadamente uniformes, raramente ultrapassando
30 metros. Nos vales menos declivosos, onde existe um espesso manto de
detritos vegetais, no entanto, as maiores árvores podem atingir mais de 40
metros de altura.
Devido à declividade do terreno no qual se desenvolve, essa floresta
apresenta estratificação vertical pouco aparente. Ainda devido à declividade e
instabilidade das encostas, que produzem deslizamentos constantes, mostra-
se como um mosaico de diferentes estágios sucessionais, com grande número
de clareiras em regeneração.
O dossel é mais diverso que aquele da formação, composto por
espécies variadas, em sua maioria seletiva higrófilas. Entre as mais comuns
cita-se o pau-sangue (Pterocarpus violaceus), figueiras (Ficus sp.), tapiá-guaçu
(Alchornea triplinervia), canelas (Ocotea spp, Nectandra spp), araribá
(Centrolobium robustum), cedros (Cedrella spp), canjerana (Cabralea
canjerana) e maçaranduba (Manilkara subericea). Nos trechos sucessionais
são comuns as embaúbas (Cecropia spp), guapuruvu (Schyzollobium
parahyba), manacá-da-serra (Tibouchina mutabilis) e pau-de-tucano (Vochysia
tucanorum).
23
Florestal Fabrício Wilbert (CREA-SC: 059336-7) da empresa PRONUS
Consultoria e Assessoria em Engenharia, para subsidiar o pedido de supressão
e por meio das visitas em campo, foi possível constatar que o imóvel do
SEST/SENAT possui vegetação nos estágios inicial e médio de regeneração,
com presença de maciços florestais isolados ou árvores isoladas, resultado da
ocupação pretérita do imóvel para prática da pecuária (Figura 07).
Metodologia do Inventário
24
que servirá para o cálculo e avaliação dos parâmetros a serem considerados na classificação
dos estágios sucessionais.
Resultados do Inventário
25
A partir da ficha de campo e da relação das espécies arbustivas e arbóreas
encontradas no levantamento, as espécies são apresentadas no Quadro 02.
26
594 Pau-de-junta Coccoloba cordata Polygonaceae
603 Pau-mandioca Didymopanax morototonii Araliaceae
606 Pau-sabão Quillaja brasiliensis Rosaceae
625 Pimenteira Coussarea contracta Rubiaceae
669 Pixiricão Miconia cabucu Melastomataceae
713 Tajuva Chlorophora tinctoria Moraceae
717 Tanheiro-gay Alchornea glandulosa Euphorbiaceae
720 Tanheiro Alchornea triplinervea Euphorbiaceae
734 Tucaneira Cytharexylum myriathum Verbenaceae
738 Uva-do-mato Solanum lacerdae Solanaceae
778 N.I. 1 N.I. 1 N.I. 1
780 Goiabeira Psidium guajava Myrtaceae
782 N.I. 2 N.I. 2 N.I. 2
783 N.I. 3 N.I. 3 N.I. 3
794 Magnoliaceae - Magnoliaceae
795 Rubiaceae - Rubiaceae
796 Macuqueiro Bathysa meridionalis Rubiaceae
797 Leguminosae - Leguminosae
27
2.5. PROJETO DE TERRAPLANAGEM
28
compactador, 01 caminhão plataforma, 01 caminhão basculante e 01carreta
prancha.
A área a receber terraplanagem compreende uma extensão de
22.419,20 m². O volume de corte será de 43.806,30 m³ e de aterro 80.472,65
m³, logo, não se constata geração de bota-fora, e sim a demanda de 36.666,35
m³ de terra. As Figuras 10 a 17 demonstram a área antes e após as
intervenção na vegetação e terraplanagem.
29
vegetação e terraplanagem.
30
vegetação e terraplanagem.
31
vegetação e terraplanagem.
32
vegetação e terraplanagem.
2.6 ESTIMATIVAS DE PRODUÇÃO DE FATORES IMPACTANTES
33
em decorrência de qualquer atividade industrial, comercial, social ou recreativa,
inclusive as de propaganda política, no interesse da saúde e do sossego
público. Esta resolução do CONAMA estabelece que as medições dos níveis
de ruído que deverão ser efetuadas de acordo com a NBR 10151:2000 da
ABNT - Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas visando o conforto da
comunidade, enquanto que a norma ABNT NBR 10152:1987 fixa níveis de
ruído compatíveis com o conforto acústico em ambientes diversos.
De acordo com relatórios de nível de pressão sonora já realizados
durante a construção de empreendimentos de grande porte, é comum chegar-
se ao LAeq de 65 dB (A) durante esta etapa da fase de implantação.
A norma técnica NBR 10151:2000 estabelece o nível de critério de
avaliação (NCA) de 70 dB diurnos para Áreas Predominantemente Industriais,
logo, a construção do empreendimento como única fonte emissora de ruídos se
enquadra na norma, não sendo considerada prejudicial para a vizinhança.
Para cálculo do nível total de ruído a ser evidenciado no entorno do
empreendimento durante a fase de obras foram realizadas medições de nível
de pressão sonora no local com a ausência das obras para, posteriormente,
serem somadas ao nível de 65 dB (A) adotado para a fase de obras. Os níveis
de ruído provenientes do entorno encontram-se no item 3 – Características da
Vizinhança e o cálculo do nível total no item 4 – Avaliação dos Impactos.
34
A Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002, estabelece as
diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão de resíduos da construção
civil. Esta Resolução tem como principais aspectos: a) a definição do que são
resíduos da construção civil; b) os princípios priorizando a não geração e a
proibição da disposição em locais indevidos; c) a classificação quanto ao tipo
de resíduo e seu grau de periculosidade indicando o destino correto; e d) as
responsabilidades quanto a gestão dos resíduos desde de sua geração até sua
destinação final.
Os resíduos que deverão ser gerados nas obras de construção do
SEST/SENAT podem ser classificados segundo a Resolução CONAMA 307/2002
e a ABNT NBR 10.004/2004 em dois grupos: Resíduos oriundos das atividades
construtivas; e Resíduos não oriundos das atividades construtivas.
As Tabelas 02 e 03 apresentam uma estimativa da ocorrência de
resíduos de construção civil, apresentando os mais volumosos, segundo a
Resolução CONAMA e aqueles não oriundos da construção civil, conforme a
norma da ABNT.
35
instrumentos de aplicação como broxas, pincéis, trinchas e
outros,
materiais auxiliares como panos, trapos, estopas etc.
Tabela 03 - Resíduos não oriundos das atividades construtivas,
segundo ABNT NBR 10.004:2004.
Classificação
Bateria veicular
5. Perigosos Classe I Lâmpadas fluorescentes
Resíduo da saúde
EPI's
Medicamentos
Restos de comida, verduras, ossos,
etc.
Marmitas descartáveis
Latas de bebidas
36
Bota fora entulhos (47) 3334-0467 Coleta de entulhos
Meka (47) 3327-2344 Coleta de entulhos
Ludo tira entulhos (47) 3322-9728 Coleta de entulhos
Tanque Séptico
37
tanque, passando a constituir uma camada de lodo;
• Os óleos, graxas e outros materiais mais leves presentes no esgoto
afluente flutuam até a superfície do tanque, vindo a formar uma camada de
escuma;
• O esgoto, livre dos materiais sedimentáveis e flutuantes, flui entre as
camadas de lodo e de escuma, deixando o tanque séptico em sua
extremidade oposta, de onde é encaminhado à uma unidade de pós-
tratamento ou de disposição final;
• O material orgânico retido no fundo do tanque sofre uma decomposição
facultativa e anaeróbia, sendo convertido em compostos mais estáveis
como CO2, CH4 e H2S. Embora o H2S seja produzido nos tanques sépticos,
problemas de odor não são usualmente observados, uma vez que este
combina com metais acumulados no lodo, vindo a formar sulfetos metálicos
insolúveis;
• A decomposição anaeróbia proporciona uma redução contínua do volume
de lodo depositado no fundo do tanque, mas há sempre uma acumulação
ao longo dos meses de operação do tanque séptico. Como conseqüência,
a acumulação de lodo e de escuma leva a uma redução do volume útil do
tanque, demandando a remoção periódica desses materiais.
38
Figura 18 – Funcionamento geral de um tanque séptico. Fonte: Chernicharo, 1997.
39
gás) possuem uma maior fração de partículas finas. As partículas causam
ainda danos à estrutura e à fachada de edifícios, à vegetação e são também
responsáveis pela redução da visibilidade.
40
exposição contínua, até mesmo em baixas concentrações, está relacionada às
causas de infecções de caráter crônico, além de ser particularmente nociva
para pessoas anêmicas e com deficiências respiratórias ou circulatórias, pois
produz efeitos nocivos no sistema nervoso central, cardiovascular, pulmonar e
outros.
41
de poluentes secundários. Ainda que sejam produtos de reações químicas de
substâncias emitidas em centros urbanos, também se formam longe desses
centros, ou seja, nas periferias das cidades e locais onde, em geral, estão
localizados os centros de produção agrícola. Provocam danos na estrutura
pulmonar e diminuem a resistência às infecções respiratórias e causam o
agravamento destas doenças, aumentando a incidência de tosse, asma,
irritações no trato respiratório superior e nos olhos.
O aumento no volume de veículos movidos a óleo diesel na região será
desencadeado pela obra do SEST/SENAT e pode então ser considerado a
principal fonte de emissões atmosféricas. No entanto, tanto a terra
movimentada pela terraplanagem quanto à poeira que pode ser originada
durante a construção, constituem-se de partículas grosseiras, que as tornam
relativamente pesadas e com alcance limitado, tendendo a cair nas
proximidades da gleba reduzindo consideravelmente o incomodo aos vizinhos.
42
celeste, tendo seu potencial de iluminar naturalmente a edificação e esta fração
varia significativamente a latitude.
A insolação média anual de Blumenau situa-se na faixa de 1.675 horas de
insolação com maior incidência nos meses de dezembro, janeiro e março
(Figuras 19 e 20 e Tabela 05).
43
08:00 19° -54°
10:00 20° -32°
14:00 20° +32°
16:00 19° +54°
18:00 0° +90°
44
Figura 21 - Condição esquemática da carta de iluminação com movimento
aparente do Sol no hemisfério sul. Fonte: Labcon, UFSC
45
É possível observar a incidência de sombra na manhã, mesmo com um
ângulo agudo, decorrente ao solstício de inverno, a sombra não invade
construções vizinhas, apenas uma pequena porção em uma área verde (Figura
23).
46
por um breve período de tempo, já que bem próximo deste horário a sombra
passa a ser decorrente da topografia local (Figura 24).
47
Figura 25 - Projeção da sombra no entorno do empreendimento – data 21/09 ás 09:00hs.
48
Correspondendo ao solstício de verão, a sombra no horário da manhã
afeta apenas o próprio terreno (Figura 27) e no final da tarde, apesar da sombra
nesta época ser agradável e desejada, ela também incide apenas dentro dele
mesmo (Figura 28).
49
Figura 28 - Projeção da sombra no entorno do empreendimento – data 21/12 ás 17:00hs.
2.6.2.7.Ventilação
No que se refere à direção dos ventos observa-se, na cidade de
Blumenau, um predomínio de ventos nordeste durante o verão, início de outono
e final da primavera, predominância de ventos de sudoeste no outono e inverno,
e vento leste na primavera e verão. A velocidade média dos ventos situa-se
entre 1 e 2 m/s, de acordo com a escala de Beaufort corresponde a uma
velocidade fraca (Figuras 29 a 32).
Para a relação clima/conforto, de maneira geral, pode-se identificar o
vento nordeste como aproveitável para ventilação, mesmo nas médias baixas de
velocidade encontradas. (Figura 29).
A velocidade dos ventos é medida em estações meteorológicas com um
anemômetro, e sua ocorrência pode ser estudada com um diagrama chamado
Rosa dos Ventos (Figura 30).
A edificação pode ser considerada bem ventilada já que não existem
edifícios altos na vizinhança. Além disso, ela irá utilizar os ventos predominantes
para ventilação natural entre uma construção e outra e nas aberturas internas.
50
Figura 29 - Diagrama de Temperatura.
51
Figura 31- Ventos predominantes aplicados no projeto.
Escala de Velocidade
Fenômenos Comumente Observados
Beaufort Vento (m/s)
1 0,3 – 1,5 O vento faz à fumaça se inclinar, mas ainda não consegue girar um catavento.
6 10,8 – 13,8 Os fios elétricos começam a se mexer e fica difícil usar guarda-chuvas.
As árvores ficam completamente agitadas e fica muito difícil andar de frente para
7 13,9 – 17,1
o vento.
Os pequenos ramos se quebram e não se pode andar normalmente, sem
8 17,2 – 20,7
esforço, de frente para o vento.
52
a casa.
53
Nas faces onde se insere o sinal (+) é onde a fachada tem pressão
positiva, onde o vento bate diretamente na construção e obstruindo a passagem
natural do mesmo. O projeto foi pensado para não haver o fechamento de todas
as faces da quadra, impedindo a ventilação do interior e das outras quadras
vizinhas, trabalhando com maiores dimensões de afastamentos perimetrais e
nas ruas internas. Esse impacto é minimizado devido os espaçamentos entre as
edificações que servem de canal onde o vento consegue permear com uma
ventilação cruzada e ainda, o seu baixo gabarito forma uma barreira ainda
menor, obtendo um impacto negativo quase insignificante (Figura 34).
Blumenau tem um clima úmido, em casos como este a vegetação dos
canais não deve impedir a passagem dos ventos, onde dará limitações quanto à
altura das copas, de modo a produzirem sombra, mas não servir como barreiras
à circulação do ar.
A implantação está disposta de modo que possibilita a ventilação cruzada
no seu interior. Isto significa que o partido arquitetônico deve prever construções
alongadas no sentido perpendicular ou diagonal ao vento dominante. No caso do
SEST/SENAT o projeto está numa posição estratégica contribuindo a melhor
ventilação quando colapsada com os ventos (Figura 34).
54
Figura 34 - Vento sudoeste e sua ação aplicada no projeto
55
2.6.2.2. Produção de Radiação
Não foi constatada produção de radiação significativa para a fase de
operação do SEST/SENAT.
56
2.6.2.4. Produção de Efluentes Líquidos
Sistema de Tratamento de Esgoto Sanitário
O tratamento dos efluentes do SEST/SENAT poderá ser realizado
através de um sistema Fossa/Filtro. No entanto, o empreendedor apresenta
como alternativa a ser definida posteriormente, a implantação de um Sistema
Modular de Tratamento de Esgoto Doméstico, modelo MIZUMO BUSINESS
(MB), de origem tecnológica japonesa (Figura 35).
57
• Meio Suporte do tipo anel PALL em polietileno;
• Difusores tipo tubular de membrana de bolha fina com sistema triplo anti
entupimento (Black flow);
• Tubos e conexões em PVC;
• Tampas dos bocais de inspeção em fibra de vidro.
Reator Aeróbio
• Tempo de detenção hidráulica 7,36 horas.
• Compartimento aeróbio 4,60 m³
Decantador Secundário
Volume 2,5 m³
58
2.6.2.5. Emissões Atmosféricas
Durante a operação do SEST/SENAT as emissões atmosféricas
consideráveis serão provenientes apenas dos automóveis, conforme exposto
anteriormente, no entanto haverá uma redução considerável do volume de
veículos movidos a óleo diesel, se comparados a fase de obras.
Caracterização do Terreno
59
13
Em 30 anos, porém, desde a coleta de dados da EPAGRI (1981), pode-
se observar os resultados das atividades hidrológicas na área na formação de
dois pequenos corpos d’água afluentes do curso d’água que corta o terreno,
conforme apresenta o Levantamento Planialtimétrico (ANEXO D).
O aspecto do terreno do SEST/SENAT norteia seu projeto de drenagem
à atividade natural da área, ou seja, à destinação das águas pluviais geradas
ao corpo d’água que atravessa o terreno.
A seguir os cálculos que deram origem ao projeto de drenagem
elaborado pela empresa Azimute Engenharia LTDA e apresentado no ANEXO F.
Cálculos
Para conhecimento da vazão de pico, ocasionada pela
impermeabilização de grande parte do imóvel, foi utilizado o método racional. O
método racional é um método hidrológico relativamente simples, pois considera
que a intensidade da chuva é constante em toda a área adotada, considera
também que o coeficiente de escoamento se mantém constante e por estes
motivos se adapta com sucesso nos estudos de pequenas áreas urbanas.
O cálculo da vazão pelo método racional é efetuado pela seguinte
fórmula:
Q = C x i x A / 3,6
Onde:
Q = Vazão, em m3/s;
C = Coeficiente de escoamento superficial (adimensional);
i = Intensidade pluviométrica, em mm/hora;
A = Área da bacia, em Km²;
e 3,6 é o fator de conversão para que os cálculos resultem em m³/s.
A intensidade de chuva a ser considerada será de 80 mm/hora, para
uma chuva de 60 minutos e um período de retorno de 50 anos. O coeficiente
de escoamento varia de acordo com o revestimento da superfície. Para
pavimentação de concreto ou asfalto, a ser adotada nestes cálculos, o
coeficiente é 0,95.
61
Considerando que a área a ser impermeabilizada pelo projeto será de
14.269,54 m² (0,014 km²), a vazão de pico calculada é de 0,29 m³/s (290 L/s),
ou seja, em uma hora, o volume de água produzido pela chuva será de 1.044
m³/s.
Conclusão
A implantação do SEST/SENAT está acima do que determina a
legislação de Blumenau quanto à área permeável, 66,7%, assim não será
necessária construção de caixas de retenção já que existe área suficiente para
absorver o excedente hídrico gerado.
62
Automóveis
Pode-se prever que o tráfego gerado de automóveis não se dará
necessariamente nos horários de pico, considerando as características dos
serviços oferecidos pelo SEST/SENAT. Entretanto, como o carregamento do
Sistema Viário na área de vizinhança é mais solicitado no horário de pico, se
avaliará o impacto do empreendimento neste horário, pois fora dele os
impactos serão bem reduzidos.
O número de vagas de estacionamento disponibilizado pelo
SEST/SENAT será de 75 vagas para visitantes, 2 para portadores de
necessidades especiais e 4 para educadores, totalizando 81 vagas.
Para se avaliar o impacto do fluxo gerado na área residencial, considera-
se que o número de viagens atraídas por hora-pico possa atingir no futuro 80 %
da oferta total de vagas de estacionamento, portanto:
V= 81 * 80%
V = 65 veículos / hora - pico
No entorno do SEST/SENAT, encontra-se em desenvolvimento um EIT
para um empreendimento denominado Condomínio Industrial Hannover, sob
responsabilidade da Pronus Engenharia e Consultoria, empreendimento este
que também terá seu acesso pela rua Ricardo Georg.
A pedido da SEPLAN/CPAEIV foi nos solicitado no parecer Nº 282/2010
que se levasse em conta o estudo supracitado para ser agregado ao presente
EIV. Todavia, não foi possível acatar esta sugestão, haja vista que o Estudo de
Impacto de Tráfego do Condomínio Industrial Hannover não foi disponibilizado
a tempo até o fechamento deste estudo.
Com relação à Indústria e Comércio de Fios Huvispan, os veículos
atraídos já estão inclusos nas contagens de tráfego, visto que o
empreendimento já se encontra em funcionamento.
Assim, a previsão global de fluxo atraído ao empreendimento
SEST/SENAT no horário de pico é de 65 automóveis, números estes que serão
levados em consideração para avaliação da capacidade dos cruzamentos onde
foram realizadas as contagens.
63
De acordo com o Manual do Curso de Polos Geradores de Trânsito -
Departamento Nacional de Trânsito / Ministério das Cidades de 2006, para um
empreendimento com 81 vagas de estacionamento, a previsão é de haver
somente 2 automóveis na acumulação, ou seja, 10,00 metros de faixa de
estocagem.
O empreendimento prevê entrada e saída de veículos (autos, motos e
bicicletas) independentes, com uma faixa para entrada e uma para saída, pela
rua Ricardo Georg, contendo uma faixa de acumulação de 11,80 metros antes
da cancela / guarita para acumulação de 2 veículos, vide Mapa 05 – Acesso ao
Empreendimento. Diante disto, pode-se concluir que o sistema de acessos
atende o Manual do Curso de Pólos Geradores de Trânsito do Denatran quanto
à necessidade de faixa de acumulação.
Porém, visando garantir segurança e prevenir conflitos, será
apresentado como medida mitigadora um sistema central de conversão para o
fluxo que vier a partir da rua Dr. Pedro Zimmermann. Adicionalmente, para os
pedestres, uma ilha de segurança será proposta.
64
65
61
Ônibus e Táxis
As viagens geradas pelo SEST/SENAT por ônibus poderão ser bem
atendidas, uma vez que a Rua Ricardo Georg dispõe de 3 linhas
atravessando-a, apesar de existir apenas 1 ponto com abrigo a
aproximadamente 700 mts do empreendimento, a montante da rua Ricardo
Georg com a Dr. Pedro Zimmermann. Na rua Dr. Pedro Zimmermann, principal
corredor da Região das Itoupavas, o ponto dista 800 metros do
empreendimento, oferecendo várias linhas e itinerários.
Quanto aos Taxis, existem diversos pela rua Dr. Pedro Zimmermann,
atendendo perfeitamente todos que necessitarem deste transporte.
Veículos de Carga
O projeto prevê o acesso de cargas (veículos pesados), em uma faixa de
entrada separada dos o acesso dos veículos leves para minimizar conflitos.
Entretanto, o volume de veículos de carga será bem pequeno, restringindo-se a
entrega de conveniências e materiais aos ambulatórios de serviços.
Internamente, foram destinados locais específicas para carga e descarga.
Motocicletas e Bicicletas
No que se refere às motocicletas e bicicletas, o acesso repete a rota dos
demais veículos, não havendo problemas de compatibilidade. Os ciclistas
serão beneficiados com ciclovia existente na Rua Ricardo Georg.
Pedestres
Os passeios da Rua Ricardo Georg praticamente não existem. Apesar
de ter gabarito previsto de 2,50 metros, em toda a extensão da Rua Ricardo
Georg, estes estão inacessíveis em virtude dos capins que lá estão sem
qualquer pavimentação adequada. Desta maneira, os pedestres transeuntes da
Rua Ricardo Georg são levados a dividir o espaço com os ciclistas na
ciclofaixa. Diante desta constatação in-loco, os passeios da Rua Ricardo
Georg, devem ser melhorados.
66
2.8 . GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA
• 01 engenheiro;
• 01 encarregado geral;
• 01 administrativo;
• 02 técnicos de segurança;
• 03 encarregados de frete;
• 02 auxiliares administrativos;
• 01 técnico de qualidade;
• 01 almoxarife;
• 35 serventes;
• 15 pedreiros;
• 05 pintores;
• 10 carpinteiros;
• 08 armadores;
• 04 eletricistas;
• 05 bombeiros e
• 04 vigias.
67
Quanto à fase de operação, a equipe de funcionários do SEST/SENAT
será formada por:
• 01 Diretor;
• 02 Coordenadores;
• 02 Fisioterapeutas;
• 1 Psicólogo;
• 12 Odontólogos;
• 01 Promotor de Esportes
• 01 Agente Multiplicador
• 12 Instrutores de Ensino
• 02 Seguranças
• 01 Manutenção Geral
68
2.9. INFRAESTRUTURA RACIONAL
69
Tabela 07 - Comparação de consumo de água entre o equipamento
convencional e o equipamento economizador.
Consumo do Consumo do
Equipamento
Equipamento equipamento equipamento Economia
Economizador
convencional economizador
Bacia com caixa
Bacia VDR 12,00 l / descarga 6,00 l/descarga 50%
aclopada
Bacia com caixa
Bacia VDR 10,00 l / descarga 6,00 l/descarga 40%
aclopada
Ducha (água fria / quente) – até 6m Restritor de
0,19 l/s 0,13 l/s 32%
H2O vazão 8 l/mim
Restritor de
0,13 l/s 62%
Ducha (água fria / quente) – 15 a vazão 8 l/mim
0,34 l/s
20m H2O Restritor de
0,20 l/s 41%
vazão 12 l/mim
Arejador vazão
Torneira de Pia – até 6m H2O 0,23 l/s 0,10 l/s 57%
de 6 l/mim
Arejador vazão
Torneira de Pia – 15 a 20m H2O 0,42 l/s 0,10 l/s 76%
de 6 l/mim
Torneira uso geral/ tanque – até 6m Regulador de
0,26 l/s 0,13 l/s 50%
H2O vazão
Torneira uso geral/ tanque – 15 a Regulador de
0,42 l/s 0,21 l/s 50%
20m H2O vazão
Torneira uso geral/ tanque – até 6m Restritor de
0,26 l/s 0,10 l/s 62%
H2O vazão
Torneira uso geral/ tanque – 15 a Restritor de
0,42 l/s 0,10 l/s 76%
20m H2O vazão
Regulador de
Torneira Jardim – 40 a 50m H2O 0,66 l/s 0,33 l/s 50%
vazão
Válvula
Mictório 2,00 l/s 1,00 l/s 50%
automática
70
Tabela 08 - Especificação técnica de equipamentos economizadores de água
em função dos pontos de uso / consumo.
PONTO DE
EQUIPAMENTO
USO
Arejador vazão constante (6l/min).
Arejadores AP/BP.
Chuveirinho dispersante AP/BP.
Pia de Cozinha
Válvula de acionamento com pé AP/BP.
Torneira com sensor de presença - torneira de fechamento automático
(ciclo de 6 segundos).
Torneira de fechamento automático com registro integrado e ciclo de 6 segundos
AP/BP.
Torneira de fechamento automático com registro integrado e ciclo de 6 segundos
Lavatório
AP/BP antivandalismo.
Torneira eletrônica de banca com sensor a pilha ou elétrica 110/220 V, AP/BP
Registro regulador de vazão.
Mictório com sensor a pilha ou elétrico 110/220 V.
Válvula temporizada - válvula de mictório de fechamento automático e registro
integrado com ciclo de 6 segundos.
Mictório Válvula temporizada - válvula de mictório de fechamento automático e registro
integrado com ciclo de 6 segundos AP/BP antivandalismo.
Divisória hidráulica para mictório de acionamento com o pé segundo (Ciclo 6
segundos).
Válvula de fechamento automático para chuveiro elétrico ou sistemas com
misturador.
Chuveiro Válvula de fechamento automático para chuveiro elétrico ou aquecedores de
acumulação antivandalismo.
Regulador de vazão para duchas e chuveiros.
Válvula de descarga com ciclo fixo e registro integrado (deve ser acoplada a uma
bacia VDR), com volume de descarga de 6 litros por acionamento.
Válvula de descarga com registro integrado e sensor de presença, com volume
Bacia Sanitária de descarga de 6 litros por acionamento.
Bacia VDR com caixa acoplada com dois botões para volumes seletivos de
descarga (consumo 3 / 6 litros /acionamento).
Bacia VDR com caixa acoplada de 6 litros por descarga.
Área Externa Torneiras com acionamento restrito.
e de Serviços Torneira com regulador de fluxo e vazão constante de 6 litros por minuto,
71
instalada internamente na rosca de entrada da torneira com a tubulação.
72
3. CARACTERÍSTICAS DA VIZINHANÇA
72
Este bairro localizado na parte Norte do Município, possui vales mais
amplos e, portanto, declividades menos acentuadas. No caso, no fundo de vale
se localiza as imediações do empreendimento. Nesta área observa-se o uso
residencial predominante no interior dos bairros e os demais usos aparecem ao
longo dos corredores principais (vias arteriais e/ou coletoras).
O traçado urbano está organizado com tipologia não uniforme, limitado
principalmente por condicionantes naturais da região, tendo assim uma malha
viária irregular e com inclinações variadas. A localização do imóvel está em
meio de algumas ocupações à natureza. Há uma estreita relação das indústrias
com os assentamentos humanos e os grandes vazios urbanos ainda no local.
O entorno imediato é caracterizado por possuir grandes vazios urbanos com
intervenções antrópicas (Figura 36).
SEST/SENAT
73
• Lei Complementar n º 748, de 23 de março de 2010 – CÓDIGO DO
SISTEMA DE CIRCULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE BLUMENAU.
• Lei Complementar nº 750, de 23 de março de 2010 – CÓDIGO DE
EDIFICAÇÕES
• Lei Complementar nº 749, de 23 de março de 2010 – CÓDIGO DE
PARCELAMENTO DO SOLO PARA FINS URBANOS NO MUNICÍPIO DE
BLUMENAU
• Lei Complementar nº 751, de 23 de março de 2010 – CÓDIGO DE
ZONEAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO MUNICÍPIO DE
BLUMENAU.
• Lei Complementar nº 747, de 23 de março de 2010 – CÓDIGO DO MEIO
AMBIENTE DO MUNICÍPIO DE BLUMENAU.
• Lei Complementar nº142, de 04 de março de 1997 – CÓDIGO DE
DIRETRIZES URBANÍSTICAS NO MUNICÍPIO DE BLUMENAU.
74
M Área construída acima de 150 m² até 1.500 m²
75
Índices Construtivos
Zoneamento Coeficiente de
Altura máxima Aproveitamento Taxa de Ocupação
Permitido livre 2,4 (102.851,47 m²) 60%
ZI
Projeto 7,4 5.802,47 m² 13,53%
76
inclinação do espaço, menor densidade e taxa de ocupação. Na área norte a
topografia é menos acidentada em relação ao resto da cidade e,
consequentemente, os vales contêm menos declividade, tornando-se
excelentes para áreas residenciais e melhor ainda para áreas industriais.
Através da percepção da topografia de Blumenau, percebe-se
claramente a pequena quantidade de áreas planas ou com pequena inclinação.
O entorno imediato está circundado no círculo vermelho onde notasse
que a topografia é menos íngreme em relação ao resto da cidade (Figura 37).
77
3.1.1.3 Ocupação do Solo no Entorno do Empreendimento
Quanto ao Macrozoneamento, a gleba em estudo situa-se em
Macrozona de Expansão, definida pelo Código de Zoneamento (Lei
Complementar nº751/2010) como ”área urbanizada ou não, onde deverá ser
estimulado o crescimento da cidade com a implantação e/ou qualificação da
rede de serviços, infraestrutura e equipamentos”. Nesta classificação
enquadra-se toda a sua vizinhança imediata e área de influência (Mapa 06).
78
72
Quanto a subdivisão do Macrozoneamento, o empreendimento encontra-
se em Zona Industrial e Corredor de Serviço 3, como abordado anteriormente.
No seu entorno esta classificação se estende a zona residencial 1, 3 e 4; Zona
de Localização Especial 2; Zona Comercial 2, Zona de Proteção Ambiental;
Zona Agrícola e Zona Rural de Desenvolvimento (Mapa 07).
Os índices construtivos destes zoneamentos podem ser observados na
Tabela 11.
80
80
As novas configurações da ocupação do espaço na área de influencia do
empreendimento começam a estabelecer padrões de verticalização. Assim, a
ocupação e desenvolvimento da região, na direção proposta pelo zoneamento,
ainda que de forma tímida, vem paulatinamente se estabelecendo no local. Isto
ocorre especialmente próximo aos corredores de serviço, aonde o comércio
vem se reestruturando e substituindo as construções de uso residencial. Ainda
próximos aos corredores, empreendimentos imobiliários com apartamentos
residenciais, substituem antigas residências unifamiliares; agindo dessa forma
na direção da concretização do zoneamento proposto pelo planejamento
urbano da cidade, conforme mostram as figuras que seguem (Figuras 38 e 39).
81
Figura 39 – Rua Pérola do Vale. Novas edificações residenciais e comerciais ganham
cada vez mais espaço nos Corredores de Serviço. FONTE: Acervo Biosphera.
82
3.1.2. Aspectos Históricos
Antes da chegada dos alemães, Blumenau era habitada por índios
Kaigangs, Xoklengs e Botocudos. Em 1850, o filósofo alemão Dr. Hermann
Bruno Otto Blumenau obteve do Governo Provincial uma área de terras de
duas léguas para estabelecer uma colônia agrícola com imigrantes europeus.
Dr. Hermann chegou acompanhado de 17 colonos, antecedendo a chegada de
mais imigrantes alemães que foram se estabelecendo próximos ao Rio Itajaí
Açu e seu afluente Ribeirão da Velha, dando início à formação da região
central da cidade.
Localizada no verde vale do Itajaí, em uma região de relevo
montanhoso, cortada pelo Rio Itajaí, com clima temperado e úmido e
temperatura média de 21 °C, Blumenau, em poucas déc adas, passou de
produtora agrícola para uma economia diversificada, com forte participação do
setor têxtil e vestuário.
Atualmente, Blumenau é conhecida em todo o Brasil como uma das
cidades com maior influência germânica em sua cultura e história. Localizada
estrategicamente próxima as importantes cidades do MERCOSUL e da
estrutura portuária do Estado, é referência na educação, infraestrutura e mão
de obra qualificada e pela economia pujante.
Ao longo da sua história, desde os tempos de colônia, Blumenau
enfrentou várias enchentes. A maior das que se tem registro data de 1880,
quando o nível do rio Itajaí Açu atingiu a marca de 17,10 metros acima de seu
nível normal. Contudo, as enchentes de 1983 e 1984, quando o nível do rio
atingiu 15,34 e 15,46 metros respectivamente, foram as que mais trouxeram
prejuízos econômicos e sociais para o município (Figura 40).
83
Figura 40 – Fotos da Avenida Beira Rio e Rua XV de Novembro nas cheias de 83 e 84.
Fonte Arquivo Histórico.
84
Figura 41 – Deslizamentos de terra em vários pontos da cidade. Fonte Acervo Biosphera.
85
Em 1864, ao longo do ribeirão Itoupava havia poucos lotes demarcados
no mapa da Colônia Blumenau, sendo a maioria deles demarcados após esta
data. Neste mapa, constava ainda o nome do ribeirão Itoupavazinha, e a
estrada que partia do bairro Itoupava Norte e fazia a ligação com o bairro Testo
do Salto, passando pela Itoupavazinha. Essa estrada ficou conhecida por
“Snapztrass,” palavra alemã que significa “estrada da cachaça,” por existir
vários alambiques na região. Essa rua é atualmente conhecida como Rua
Frederico Jensen, sendo que no ano de 1995 foram iniciadas as obras de
asfaltamento dessa via.
A região da Itoupava Central destacava-se pela produção agrícola e
pecuária, sendo grande produtora de leite e suínos que eram beneficiados pela
Companhia Jensen. Esta empresa surgiu em 1899 e encerrou suas atividades
no ano de 1984.
Nos finais de semana, como era de costume no local, as pessoas
reuniam-se em clubes, sendo essa a forma mais intensa de atividade cultural
na época. Assim, no dia 1° de julho de 1877 foi cri ado o Schetzwerein Itoupava,
que se localizava defronte o aeroporto Quero-Quero. Atualmente o clube é
chamado de Clube de Caça e Tiro Ribeirão Itoupava. Assim como este, vários
outros clubes surgiram na região nos anos subseqüentes, dentre os quais
podemos destacar: Sociedade Esportiva e Recreativa Itoupava Alto (1894),
Clube de Caça e Tiro Concórdia (1899) e o Clube de Caça e Tiro Itoupavazinha
(1907).
Em 1903 a Comunidade Escolar Tatutiba funda a Escola Particular
Alemã, que a partir de 1938 passou a se chamar Escola Isolada Municipal
Visconde de Taunay. A Escola Municipal Anita Garibaldi foi fundada em 7 de
janeiro de 1934.
No ano de 1.939 foi erguida a Igreja na Itoupava Central, igreja esta
dedicada a São Miguel Arcanjo.
O Aeroporto Quero-Quero teve lançada a sua pedra fundamental em
sete de setembro de 1.947. Com uma pista de 1100 metros de comprimento
por 100 metros de largura, o aeroporto tem capacidade de receber aeronaves
86
de médio porte. Atualmente o aeroporto se encontra desativado, e além de
aviões, abriga ainda uma escola de aprendizes de aviação.
O bairro Itoupava Central é cortado pela rodovia SC-474, asfaltada entre
os anos de 1977 e 1978. Para o Estado, essa via é conhecida como Rodovia
Guilherme Jensen. Para o município ela se chamava de BL-1, ou estrada das
Itoupavas. Porém, com a lei 2121 de 1.975, a Rua passa a se chamar Doutor
Pedro Zimermann. Tanto Guilherme Jensen quanto Pedro Zimermann, foram
diretores da Companhia Jensen. Este último que era natural de Gaspar, além
de industrial, ocupou ainda os cargos de Vereador, deputado Estadual e
Federal, professor de direito na FURB e advogado.
Outra via igualmente importante da Itoupava Central, é a Rua Gustavo
Zimermann que tem seu traçado paralelo a Rua Pedro Zimermann. A Rua
Gustavo Zimermann foi parcialmente asfaltada em 1.991. Contudo, a obra só
foi concluída, mais de uma década depois, sendo que para isso, muitas
manifestações e protesto de moradores da região tiveram que acontecer, como
o ocorrido em 08/05/2.003, conforme mostra a imagem a Figura 42.
87
Com o reordenamento dos bairros formulado em novembro de 2.004
(Lei Complementar 489/04), a Itoupava Central passou a ser o bairro mais
populoso da cidade (Tabela 12).
*O bairro Velha Central não existia em 2.000. FONTE: Secretaria de Planejamento Urbano e IBGE.
88
oeste e ligando a cidade ao planalto catarinense, ao litoral do Estado e,
consequentemente, aos portos de Itajaí e Navegantes.
O Itoupava Central é um bairro de uso residencial unifamiliar, com áreas
industriais e agrícolas. Livre de cheias, importante característica para o
desenvolvimento do bairro, cortado pela Rodovia Estadual SC-474 (Rua Dr.
Pedro Zimmermann), localizada na margem direita do Ribeirão Itoupava, que
faz a ligação entre vários municípios. Por tratar-se de uma rodovia,
concentram-se ao longo de toda a sua extensão, além do uso residencial com
diferentes características arquitetônicas, o uso industrial (de pequeno, médio e
grande porte), uso comercial e de serviços. Além disso, aparecem também
esporádicas edificações com usos institucionais. Característica semelhante
apresenta também a Rua Gustavo Zimmermann, outra via estruturadora do
bairro, localizada na margem esquerda do Ribeirão Itoupava, que corta o bairro
longitudinalmente, assim como a SC-474.
Apesar de um crescimento contínuo de registro de lotes do bairro desde
a década de 70, verifica-se ainda uma expressiva quantidade de lotes
disponíveis para ocupação, principalmente ao norte do bairro. Um dos
principais atrativos, é que o bairro contém cotas de nível mais altas, oferecendo
uma segurança contra as enchentes na cidade, porém, na sua grande maioria,
esta população é de poder aquisitivo menor e habita em edificações que não
são construídas de forma apropriada para a declividade do bairro (Figuras 43 e
44).
89
Figura 43 - Terrenos vazios possibilitam a expansão da região mesmo nas áreas
próximas dos corredores de serviços. FONTE: Acervo Biosphera.
90
causado pelo estreito escoamento, devido à saturação pelas poucas vias de
ligação.
Na área, nota-se a bela natureza que circunda os assentamentos
humanos do bairro devido o seu traçado, lembrando um quadro no fundo a
cadeia de morros (Figura 45).
91
Ao longo desta via encontram-se muitos terrenos desocupados,
refletindo nos vazios urbanos supracitados. A distribuição desses lotes pode
ser observada no ANEXO H, que apresenta o mapa com o cadastro de lotes da
circunvizinhança do empreendimento.
As demais ruas estão caracterizadas apenas como ruas locais em zonas
residenciais. Ao longo das destas vias, o uso predominante é o residencial,
com muitos vazios urbanos e pequenos comércios vicinais. Resultante da
abertura de diversos loteamentos implantados sobre a estrutura fundiária
colonial, muitas dessas, com testada pequena e grande profundidade. Essa
estrutura, além de dificultar a ocupação acaba gerando um traçado urbano com
ruas “sem saída” com dificuldade de deslocamento. Nestas ruas pôde-se
observar a predominância de casas de madeira e alvenaria sendo na maioria
de um e um ou dois pavimentos, respectivamente. As vias secundárias partem
no sentido perpendicular dos Corredores de Serviço apresentados acima e
percorrem até áreas com maiores declividades.
Dentre as atividades industriais, destacam-se aquelas ligadas ao setor
de transporte e logística, mostrando ser um equipamento importante e
pertinente na implantação do SEST/SENAT nesta região.
92
Tabela 13 - Proporção de moradores por tipo de abastecimento de água - 1991 e 2000
Ano
Abastecimento Água
1991 2000
93
O bairro do empreendimento, Itoupava Central, é abastecido pela ETA II
e pela ETA IV. A ETA II, localizada no Bairro Salto, é a que atende maior
número de bairros: Água Verde, Badenfurt, Boa Vista, Escola Agrícola, Fidélis,
Fortaleza, Fortaleza Alta, Itoupava Central, Itoupava Norte, Itoupava Seca,
Itoupavazinha, Nova Esperança, Passo Manso, Ponta Aguda, Salto, Salto
Norte, Salto Weissbach, Testo Salto, Tribess, Velha, Velha Central, Velha
Grande, Victor Konder, Vila Nova, Vorstadt, e possui a capacidade de produção
de 840 litros por segundo. Já a ETA IV, localizada na Vila Itoupava, atende
apenas o Bairro Vila Itoupava, além do Itoupava Central, com a capacidade de
produção de 20 litros por segundo.
A capacidade de armazenamento de água do SAMAE é de 23 milhões e
206 mil litros, além dos projetos de reservatórios futuros. Atualmente a
empresa conta com grandes reservatórios, distribuídos conforme Tabela 15.
94
3.2.2. Rede de Esgoto
Blumenau, como a maioria das cidades de Santa Catarina, não
contempla o tratamento integral de seu esgoto. Apenas 5 % dos efluentes
gerados são tratados atualmente pela ETE instalada no Bairro Garcia,
atendendo uma região com 15 mil habitantes e aproximadamente 1.200
ligações.
De acordo com o censo do IBGE (2000), 76,1% dos domicílios da cidade
utilizam a fossa séptica, 13,4 % a rede geral de esgoto ou a rede pluvial, 3,7%
fossas rudimentares e 3,2% despejam os dejetos nos cursos d’água.
Desde o início de 2010 a empresa Foz do Brasil, obteve a concessão do
sistema de esgoto de Blumenau por 35 anos. Assim, nos primeiros 5 anos de
concessão serão investidos R$ 182 milhões para que o tratamento de esgotos
de Blumenau chegue aos 70%, alcançando a universalidade em 9 anos, com
um gasto total de R$ 303 milhões.
A primeira região a receber as novas redes coletoras é o Bairro Vordtadt,
localizado no acesso leste da cidade, onde serão construídos 19 km de rede e
três sistemas elevatórios. As obras neste bairro serão realizadas em três fases,
com previsão de seis meses de duração.
Após o Bairro Vorstadt, é previsto o início das obras nos Bairros Vila
Nova, Escola Agrícola e Fortaleza. Na região do empreendimento, segundo
declaração da Foz do Brasil, a rede de coleta e tratamento só estará
implantada em 2018 (ANEXO J).
95
Para atender a região existem três usinas hidrelétricas: a Usina Salto,
em Blumenau, com capacidade instalada de 6.300 kWh e as Usinas de
Palmeiras e Cedro, em Rio dos Cedros, com capacidade instalada de 24.400 e
8.400 kWh, respectivamente.
O consumo anual de energia elétrica na região de Blumenau em 2001
era de 1.426.344.588 kWh, com 166.074 consumidores sendo que o município
de Blumenau consumiu 853.433.476 kWh. Deste total, 417.423.119 kWh
referiam-se a consumo industrial, 218.668.177kWh ao residencial e
165.587.797 kWh ao comercial.
Segundo a CELESC, 99% da população do Município de Blumenau é
atendida pelo fornecimento de energia elétrica. Em 2008, o município possuía
115.832 ligações, distribuídas nas diversas classes de consumo. Assim em
Blumenau 3.087.708 kWh são destinados a classe Rural, 12.212.118 kWh aos
Poderes Públicos, 21.506.619 kWh a Iluminação Pública, 14.333.005 kWh ao
Serviço Público e 614.933 kWh destinados ao Consumo Próprio. A Tabela 16
traz a distribuição dos consumidores de energia elétrica em Blumenau em
diferentes anos e a Tabela 17 o consumo de energia elétrica (kWh) em
Blumenau por classe de consumidores. Na Figura 46, está ilustrada a evolução
do consumo de energia elétrica em Blumenau entre os anos de 2000 e 2007. A
classe que mais consumiu energia elétrica entre estes anos em Blumenau foi a
industrial, apesar de os maiores números de consumidores estarem presentes
nas classes residencial e comercial. Este alto consumo se deve ao perfil
industrial do setor secundário, onde se tem todo o processo de transformação
da matéria-prima. Este processo produtivo utiliza máquinas de elevadas
potências, que demandam energia da mesma proporção para seu
funcionamento.
96
Tabela 16 - Consumidores de energia elétrica em Blumenau por classe de consumidores.
Poder
Ano Residencial Industrial Comercial Rural Outros TOTAL
Público
2000 78.717 3.309 8.690 583 402 89 91.790
2001 80.207 3.468 8.824 588 423 83 93.593
2002 82.892 3.640 8.994 621 447 88 96.682
2003 85.197 3.450 9.319 688 471 85 99.210
2004 88.215 3.256 9.478 739 477 85 12.250
2005 91.232 3.357 9.729 769 472 83 105.642
2006 94.148 3.471 9.987 793 553 84 108.984
2007 97.137 4.652 10.182 813 637 134 114.598
2008 100.037 3.670 10.613 830 593 89 115.832
Cres
23,4% 40,6% 17,2% 39,5% 58,5% 50,6% 24,8%
%00/07
* Iluminação pública, empresas de serviços públicos e consumo próprio.
Fonte: CELESC
97
Fonte: Celesc
98
Tabela 18 - Atendimento de Gás Natural 2007
2005 2007
Município Postos Postos
Industrias ( nº) GNV (nº) Indústrias (nº) GNV (nº)
Blumenau 13 3 18 9
Gaspar 1 0 1 2
Indaial 1 1 4 2
Pomerode 0 0 0 0
Timbó 3 0 4 1
Fonte: SCGÁS, 2007
99
Figura 47 – Rede de tubulação de gás natural canalizado na região do empreendimento -
SCGÁS – Companhia de Gás de Santa Catarina. Fonte: SCGÁS, 2007.
100
Tabela 19 – Perfil dos resíduos gerados em Blumenau
Composição do Lixo
Domiciliar %
Matéria Orgânica 52,0
Papel 15,9
Plásticos 10,5
Metais 7,5
Vidros 6,2
Rejeitos 4,4
Têxteis 1,7
Madeira 1,4
Borracha 0,4
Fonte: SAMAE, 2006
101
alternativa de levar o material até o galpão de triagem, localizado no Bairro Salto do
Norte, na Rua Eng. Udo Deeke.
Em sua declaração (ANEXO L), o SAMAE também confirma sua
capacidade de atendimento a coleta dos resíduos recicláveis e informa que a
mesma é realizada todas as quintas feiras na Rua Ricardo Georg.
3.3.1 Educação
A Tabela 20 a seguir retrata os números de matrículas efetuadas em todos os
níveis de educação na Cidade de Blumenau, desde a pré-escola até o ensino superior
segundo os dados do INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira entre os anos de 1999 e 2008.
102
ensino regular na cidade de Blumenau. Destes, 14.055 compõem a educação
infantil, 40.648 o ensino fundamental e 11.446 alunos o ensino médio. A rede
conta com um total de 200 unidades escolares, sendo 50 escolas privadas, 32
estaduais e 118 municipais.
Nos bairros definidos como área de influência do empreendimento -
Fidélis, Vila Itoupava, Itoupava Central e Itoupavazinha, estudam
aproximadamente 10.678 crianças e adolescentes, distribuídos por 43
unidades, sendo 3 da rede estadual, 33 da rede municipal de ensino e 1 da
rede privada.
As Tabelas 21, 22, 23 e 24 apresentam os números de matrículas e as
etapas de ensino oferecidas por cada escola dos bairros supracitados em
2009.
103
EM Frederico Sievert R Viena, 2290 – Vila Itoupava 5 20 0 25
R Dr. Pedro Zimmermann, 12406 -
EBM Duque De Caxias Itoupava Central 0 372 0 372
R Dr. Pedro Zimmermann, 5900 -
EBM Anita Garibaldi Itoupava Central 73 1.114 0 1.187
R Franz Volles, 1930 - Itoupava
EBM Visconde De Taunay Central 50 838 0 888
R Walter Knaesel, s/n° - Itoupava
EBM Lore Sita Bollmann Central 27 314 0 341
EBM Wilhelm Theodor R Perola Do Vale, 377 - Itoupava
Schurmann Central 44 475 0 519
EBM Prof Rodolfo
Hollenweger R Hermann Lange, 2230 - Fidelis 21 243 0 264
EBM Prof João Joaquim
Fronza R Phillipp Bauer, 1391 - Itoupavazinha 0 548 0 548
EBM Prof Friedrich Karl R Ricardo Georg, 1897 - Itoupava
Kemmelmeier Central 0 307 0 307
EIM Prof Ella Schwanke R Dr Pedro Zimmermann, 23623 - Vila
Eichstadt Itoupava 17 22 0 39
R Frederico Jensen, 3139 –
EBM Felipe Schmidt Itoupavazinha 0 850 0 850
EM Erich Klabunde R Braço do Sul, 2838 - Vila Itoupava 26 44 0 70
EM Carlos Manske R Artur Hertel, 4203 – Vila Itoupava 10 13 0 23
R Augusto Bauer, 1294 – Vila
EIM Willy Muller Itoupava 14 30 0 44
R Wilhelm Knaesel Senior, 3000 -
EIM DR Blumenau Itoupava Central 13 31 0 44
R Erich Meyer, 4599 - Itoupava
EIM Alves Ramos Central 31 32 0 63
R Frederico Jensen, 1039 –
EBM Olga Rutzen Itoupavazinha 0 290 0 290
CEI Leonardo Laurindo R Frederico Jensen, 2507 –
Terres Itoupavazinha 52 0 0 52
CEI Walter Rosemann R Prof Hermann Lange, 2268 - Fidelis 61 0 0 61
R Acácio Bernardes, 74 - Itoupava
CEI Profª Lenyr Peiter Starke Central 73 0 0 73
104
R Godo Deeke, 160 – Itoupava
CEI Alwin Knaesel Central 82 0 0 82
CEI Profª Erna Anna Trapp R Erwin Manske, 5517 – Vila Itoupava 70 0 0 70
R Ernst Kaestner, 223 - Itoupava
CEI Profº Paulo Freire Central 127 0 0 127
CEI Johanna Conrad R Wolfgang Blank, 12 – Vila Itoupava 121 0 0 121
R Armin Pagel, 158 – Itoupava
CEI Prof Andrea Da Silva Central 100 0 0 100
R Leôncio João Deschamps, 163 -
CEI Franz Volles Itoupava Central 126 0 0 126
CEI Wilhelm Theodor R Perola Do Vale, 377 - Itoupava
Schurmann Central 170 0 0 170
CEI Frei Silvério Weber R Anhembi, 33 – Itoupavazinha 147 0 0 147
R Andre Davi Mees Simão, 240 –
CEI Paulo Zimmermann Fidelis 162 0 0 162
R Dr Pedro Zimmermann, 10139 -
CEI Nazaré Itoupava Central 105 0 0 105
CEI Robert Rudolph Barth R Carlos Duwe, 294 - Itoupavazinha 204 0 0 204
R Dr Pedro Zimmermann, 9186 -
CEI Cilly Jensen Itoupava Central 312 0 0 312
TOTAL 2.292 6.156 0 8.448
Fonte: Secretaria de Estado da Educação, 2010.
105
Tabela 24 – Total de Matrículas nas unidades escolares da área de influência do empreendimento no
ano de 2009.
TOTAL MATRÍCULA
Infantil Fundamental Médio Total
2312 7478 888 10678
Fonte: Secretaria de Estado da Educação, 2010.
Número de Docentes
106
distribuídos entre ensino médio e fundamental; já as municipais, somente com
o ensino fundamental, apresentam um quadro de 402 profissionais
capacitados.
Ensino superior
Não há instituições de ensino superior na Área de Influência do
empreendimento.
3.3.2. Cultura
A cultura da Cidade de Blumenau é conhecida nacionalmente por seu
perfil germânico, oriundo de toda a influência herdada de seus colonizadores
europeus. Construções no estilo enxaimel e restaurantes oferecendo comidas
típicas, comprovam a arquitetura e gastronomia alemãs que, junto às festas e
clubes de caça e tiro, transmitem a cultura germânica predominante na cidade.
A Oktoberfest é considerada a maior festa alemã que acontece fora da
Alemanha e a maior festa alemã do Brasil. Foi criada em Blumenau em 1984 e,
desde então, atrai pessoas de todo o país que buscam desfrutar suas
peculiaridades.
No Centro da Cidade pode-se observar desde a abundância das
construções no estilo enxaimel, lojas de suvenirs e restaurantes típicos, até
equipamentos culturais como o Teatro Carlos Gomes e museus, como o
Mausoléu Dr. Blumenau, o Museu da Cerveja e o Museu da Família Colonial.
O Teatro Carlos Gomes é o maior equipamento de cultura da cidade.
Inaugurado em 1939, é até hoje palco dos maiores espetáculos apresentados
na cidade. No teatro também funciona a sede da Sociedade Dramático Musical
Carlos Gomes, que mantém a Escola de Música e sua Orquestra Prelúdio, a
Escola de Ballet Pró-Dança, a Carona Escola de Teatro e a Orquestra de
Câmara de Blumenau.
A Fundação Cultural de Blumenau coordena através de suas unidades
diversos programas de fomento à cultura, preservação da memória e das artes.
Em 2006, criou o Roteiro Cultural, por onde, gratuitamente, os organizadores
107
divulgam os eventos culturais do mês, através de um folder digital que é
encaminhado para endereços eletrônicos cadastrados.
No Bairro Itoupava Central, mais precisamente na via do
empreendimento (Rua Dr Pedro Zimmermann), funcionam duas unidades do
Patrimônio Histórico e Museológico de Blumenau: A Casa da Memória da
Escola Nº1 e o Centro Cultural da Vila Itoupava.
Segundo a Diretoria de Patrimônio Histórico e Museológico de
Blumenau, a Casa da Memória da Escola Nº1 tem a finalidade de manter e
realizar atividades de extensão sócio-culturais e atender aos anseios da
comunidade da Itoupava Central. Já o Centro Cultural objetiva estudar e
incentivar a proteção do meio ambiente paisagístico, arquitetônico, histórico e
cultural da região.
3.3.3. Saúde
O bem-estar e qualidade de vida da população, assim como os
investimentos públicos nesta área, podem ser demonstrados com clareza por
indicadores da área da saúde.
Os índices de mortalidade infantil de Blumenau cresceram e
decresceram ao longo dos anos (Tabela 26), estando na média de 12,27 óbitos
a cada 1000 nascimentos vivos do ano de 1998 a 2008, aproximando-se da
taxa de países com os melhores índices de desenvolvimento humano.
108
2004 10,6 5,27
2005 5,9 5,14
2006 7,9 5,07
2007 12,0 5,07
2008 13,4 5,11
Fonte: Ministério da Saúde- SIH/SUS, SAI/SUS e Fundo Nacional de
Saúde
109
Saúde (UAS), e 39 equipes do Programa de Saúde da Família (PSF), onde já
foram cadastrados mais de 38 mil famílias e cerca de 137 mil pessoas.
Disponibiliza também centros de referências como a Policlínica, o Centro de
Atenção Psicossocial (Caps), o Centro de Referência em Saúde do
Trabalhador (Cerest), o Núcleo Integrado de Atendimento ao Fissurado (Niaf),
além de outros serviços; como o Centro de Testagem e Aconselhamento
(CTA), Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica, Central de Ambulância, Banco
de Leite e Laboratório Municipal.
Blumenau também possui uma policlínica, instalada na Rua 2 de
Setembro, no Bairro Itoupava Norte, que é uma unidade de referência e
especialidades, e atende à cidade e outros municípios do Vale do Itajaí.
Oferece para a população médicos especialistas, exames e medicamentos de
alto custo, pequenas cirurgias e consultas. São 27 consultórios e 163
profissionais para atender cerca de 12 mil usuários do SUS por mês, em 25
especialidades médicas. Na policlinica está instalado o Núcleo Integrado de
Atendimento ao Fissurado, um serviço que presta atendimento especializado
aos portadores de lesões lábio-palatais, oportunizando o tratamento terapêutico
adequado às suas necessidades. Atende mais de 280 pacientes de Blumenau
e diversas cidade do Vale do Itajaí.
De acordo com o Diagnóstico Técnico do Município – Revisão do Plano
Diretor 2005/2006, dentro da área de influência do empreendimento encontra-
se um Ambulatório Geral dos 8 existentes no município, o Ambulatório Itoupava
Central, localizado na Rua Dr. Pedro Zimmermann. Em um Ambulatório Geral
encontram-se serviços de clínica geral, pediatria, ginecologia, odontologia,
fonoaudiologia, psicologia, serviço social, enfermagem, grupos terapêuticos e
de educação em saúde, imunização, distribuição de medicamentos, pequenas
cirurgias e exames preventivos.
No município existem também as Unidades Avançadas de Saúde. Estas
unidades são de atendimento básico de menor grau de complexidade e
oferecem clínica geral, pediatria, procedimentos de enfermagem e distribuição
de medicamentos. Em Blumenau encontram-se 7 destas, das quais uma é de
110
interesse do presente estudo: a Unidade Martin Volles, localizada no bairro do
empreendimento, na Rua Franz Volles.
O Diagnóstico Técnico ainda apresenta 29 Unidades de Saúde Bucal em
Blumenau, das quais 7 estão localizadas na área de influência do
SEST/SENAT. Três no Bairro Itoupavazinha: Unidade Felipe Schmidt, Rua
Frederico Jensen; Unidade Pedro I, Rua Dr Pedro Zimmermann e Unidade
Doutor Armando Odebrecht, Rua Professor Jacob Ineichen; uma no Bairro Vila
Itoupava: Unidade Vila Itoupava, Rua Henrique Conrad e outras 3 no bairro do
empreendimento, Itoupava Central: Unidade CAIC na rua Pérola do Vale e as
Unidades Anita Garibaldi e Ambulatório Geral Itoupava Central na Rua Dr.
Pedro Zimmermann.
Outro equipamento de saúde que merece atenção neste estudo é o
Hospital Misericórdia, localizado no Bairro Vila Itoupava, área de influência do
empreendimento. Conveniado ao Sistema Único de Saúde, este hospital é um
dos quatro existentes em Blumenau e é responsável por tratamentos
complexos como internações e cirurgias, além de atendimento a urgências e
emergências.
111
Tabela 27 - Equipamentos de Lazer (Largos e Praças) no bairro do empreendimento e sua área de
influência
Bairro Praça - Largo - Passeio Endereço
Vila Itoupava Largo da Intendência R. Henrique Conrad
Vila Itoupava Praça Claus Feldmann R. Henrique Conrad
Vila Itoupava Praça Dr. Alfredo Hoes R. Henrique Conrad
Vila Itoupava Praça Johanna Konrad R. Henrique Conrad
Vila Itoupava Praça Klaus Feldmann R. Henrique Conrad
Fonte: Diagnóstico Técnico do Município – Revisão do Plano
Diretor 2005/2006
Itoupava Central Sociedade Esportiva Recreativa Nova Aurora Rua Guilherme Scharf
Rua Dr Pedro
Itoupava Central Sociedade Recreativa Esportiva Alvorada Zimmermann
Sociedade Recreativa Esportiva Cultural Rua Dr Pedro
Itoupava Central Concórdia Zimmermann
Itoupava Central Sociedade Recreativa Esportiva Liberdade Rua Rio Bonito, 900
Associação de Moradores Loteamento Pôr do
Itoupava Central Sol Rua Alex Borchardt
112
Itoupava Central Associação de Moradores Rua Carlos Roesel Rua Carlos Roesel
Itoupava Central Associação de Moradores Rua Erich Belz Rua Erich Belz
Itoupava Central Associação de Moradores Rua Franz Volles Rua Franz Volles
Rua Frederico Jensen,
Itoupavazinha Clube de Caça e Tiro Itoupavazinha 2350
Associação de Moradores Rua Oscar
Itoupavazinha Dieckmann e Adjacentes Rua Oscar Dieckmann
Fidélis Associação de Moradores Vila Jonas Neves Rua Godofredo Rangel
Fidélis Sociedade recreativa Esportiva 1 de Janeiro Rua 1 de Janeiro
Rua Guilherme Scharf,
Fidélis Associação Atlética Cultural ALTONA 210
Vila Itoupava Clube de Caça e Tiro Itoupava Rega Rua Erwin Manske
Sociedade Recreativa Esportiva Treze de
Vila Itoupava Maio Rua 13 de Maio
Rua Henrique Conrad,
Vila Itoupava Sociedade Esportiva Recreativa Primavera 1260
Vila Itoupava Sociedade Recreativa Desportiva Serrinha Rua dos Atiradores, 37
Associação Recr. Desp. Cultural Empregados
Vila Itoupava Haco Rua Saxônia
Vila Itoupava Clube de Caça e Tiro XV de Novembro Rua Sarmento
Vila Itoupava Clube de Caça e Tiro Balão Tiroles Rua Erwin Manske
Vila Itoupava Clube de Caça e Tiro Braço do Sul Rua Braço do Sul
Fonte: Diagnóstico Técnico do Município – Revisão do Plano
Diretor 2005/2006
113
trekking, ciclismo, canyoning e rapel, que podem ser praticados no Rio Itajaí-
Açú e no Parque Ecológico Spitzkopf.
Para os turistas, Blumenau oferece diversas opções de lazer. Um
exemplo é a Oktoberfest, considerada a segunda maior festa da cerveja e do
chopp do mundo, realizada na vila Germânica; este evento surgiu no ano de
1984 e até hoje torna Blumenau o principal destino turístico de Santa Catarina
no mês de outubro. A Oktoberfest oferece gastronomia, cultura alemã, danças
e músicas folclóricas trazidas pelos colonizadores provenientes da Alemanha.
O Município de Blumenau possui atrações como o comércio em geral
(malhas, cristais, artigos de cama, mesa, banho, e artigos de informática), e o
Shopping Neumarkt. Outros pontos turísticos são a ponte metálica, a sede da
Prefeitura Municipal e o Teatro Carlos Gomes. Dentre os atrativos culturais
para moradores e turistas cita-se: o Mausoléu Dr. Blumenau, onde estão os
restos mortais do fundador da cidade, o Museu da Água, o Museu da Cerveja,
o Museu da Família Colonial, o Museu de Ecologia Fritz Müller e o Museu do
Cristal.
3.3.5. Habitação
De acordo com o último censo do IBGE (2010) Blumenau possui um
total de 110.252 domicílios sendo 110.095 domicílios particulares e 157
domicílios coletivos.
Quanto aos dados sobre os domicílios nos bairros, estes provêm do
Censo de 2000 e informavam a presença de 3.544 domicílios no bairro do
empreendimento, ficando atrás somente do Bairro Itoupavazinha (Tabela 29).
Tabela 29 - População e domicílios por bairros - Blumenau 2000
2000 Pessoas por
Bairros Domicílios População domicílio
Itoupava Central 3.544 12.470 3,5
Itoupavazinha 4.353 15.755 3,6
Fidélis 2.448 8.894 3,6
Vila Itoupava 406 1.366 3,4
Fonte: IBGE, 2000
114
Quanto aos tipos de domicílios localizados na área de interesse do
estudo, a maioria dos imóveis eram casa, representando 98 % dos domicílios
no Bairro Itoupava Central (Tabela 30).
115
Arquitetônico, Paisagístico e Cultural do Município e 01 edificação Tombada
pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. A seguir nas figuras 48
a 53, as edificações com maior proximidade ao empreendimento.
116
Figura 50 – Edificação cadastrada no Patrimônio Histórico.
Rua Pedro Zimmermann, 8.450.
117
Figura 52 – Edificação cadastrada no Patrimônio Histórico.
Rua Ricardo Georg, 1.818.
118
81
3.4.2. Áreas de Relevância Ambiental
Em Blumenau estão localizadas 2 Reservas Particulares do Patrimônio
Natural (RPPN), a RPPN Bugerkopf e a RPPN do Parque Ecológico Artex.
Ambas foram criadas em 1992 e preservam juntas 5.378,23 ha de Mata
Atlântica, sendo que a Bugerkopf preserva 82,07ha e a Artex 5,29 ha.
Outra área de preservação ambiental a nível federal que engloba o
município de Blumenau é o Parque Nacional da Serra do Itajaí (PNSI), criado
em 04 de junho de 2004 está situado inteiramente no Vale do Itajaí abrangendo
uma área de 57,37 ha de Mata Atlântica (3ª maior reserva de mata atlântica do
país), distribuídos em nove municípios: Blumenau, Indaial, Apiúna, Ascurra,
Presidente Nereu, Vidal Ramos, Botuverá, Guabiruba e Gaspar. O PNSI
Encontra-se inserido na bacia hidrográfica do rio Itajaí, localizada na porção
nordeste do estado de Santa Catarina. A reserva abrange importante área da
Bacia, já que esta abriga as nascentes dos principais ribeirões que cortam e
abastecem os nove municípios nos quais ele está inserido. O PNSI representa
0,05 % da área total original do bioma Mata Atlântica no Brasil e 0,55 % da
área remanescente de Mata Atlântica. É um dos três grandes fragmentos
florestais ainda existentes em Santa Catarina, se situando geograficamente
entre o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro ao sul e a região de São Bento
do Sul – Serra da Dona Francisca ao norte. A área do PNSI representa 2,5 %
dos remanescentes de Floresta Atlântica de Santa Catarina, além de se tratar
da segunda maior Unidade de Conservação de Proteção Integral Federal do
bioma no sul do Brasil.
Mesmo não compondo nenhuma unidade de conservação, os morros
que circundam a área de influencia do empreendimento possuem o mesmo
grau de relevância já que abrigam importantes remanescentes florestais da
Mata Atlântica, assim como exemplares da fauna regional. Por isso grande
parte das destas áreas são consideradas pelo Zoneamento Urbano, como
Zona de Proteção Ambiental (Declividade superior a 30% e inferior a 100% e
ou que suas características geológicas, geomorfológicas e ecológicas,
120
determinem sua proteção) e Área de Preservação Permanente/ Topo de morro
(Área com restrição de ocupação definida pelo órgão ambiental competente).
Também a bacia hidrográfica ribeirão Itoupava, segunda maior de
Blumenau onde o empreendimento está inserido, possui enorme relevância
ambiental para o município. A descrição desta bacia será abordado no 3.6.
Bacia Hídrográfica e Drenagem Pluvial.
121
Dentre as vias projetadas da região que permitirão desafogo de tráfego,
principalmente de automóveis e caminhões que farão o trajeto de Blumenau
sentido Massaranduba e vice-versa, está a Via Projetada Nº 22
(Prolongamento da Rua Arno Delling até a Paulo Ziegel Filho). Esta via
também cortará a Rua Ricardo Georg, favorecendo grandemente os usuários
do SEST/SENAT, os quais não mais dependerão da rua Dr. Pedro
Zimmermann.
Outra via projetada importante para o empreendimento é a via projetada
Nº 100 (Ligação da Via Projetada Nº 22 até a Rua Dr. Pedro Zimmermann).
A Prefeitura Municipal de Blumenau também projeta a implantação de
Sistemas de Retorno ao longo da Rua Dr. Pedro Zimmermann para garantir a
segurança dos motoristas nas conversões e conseqüentemente diminuir o risco
de acidentes, aumentando a fluidez do trânsito. Está previsto a implantação de
um sistema de retorno nas proximidades do SEST/SENAT, Retorno número 05,
localizado no KM 59 + 450 metros, entre as ruas Carlos Zwelow e Ricardo
Georg.
122
Quanto à localização dos pontos de ônibus, o empreendimento dista
aproximadamente 700 metros do ponto de parada, o qual já é dotado de
abrigo. Assim, devem ser previstos pontos de paradas com abrigos mais
próximos do empreendimento, favorecendo os usuários do SEST/SENAT.
123
120
121
122
123
3.6. BACIA HIDROGRÁFICA E DRENAGEM PLUVIAL
126
126
O empreendimento encontra-se na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-Açu,
inserido em uma de suas sub-bacias, a Bacia do Ribeirão Itoupava Norte, que
estrutura-se sentido norte-sul (Figura 54).
128
Figura 55 – Bacia do Ribeirão Itoupava do Norte Fonte: Prefeitura Municipal de
Blumenau.
129
Figura 56 – Corpos d’água na vizinhança imediata do empreendimento.
130
128
Declividade das vertentes
Coeficiente de Compacidade
Índice de Circularidade
132
Onde: IC é o coeficiente de circularidade, A a área da bacia e P o perímetro.
Fator de Forma
Densidade de Drenagem
Resultados
Os resultados dos índices morfométricos obtidos estão apresentados na
(Tabela 32).
133
Tabela 32 - Características Morfométricas da Microbacia Córrego Jensen
Características
Resultados
Morfométricas
Área de Drenagem 6,5 Km²
Perímetro 11,4 km
Coeficiente de Compacidade 1,25
Índica de Circularidade 0,62
Fator de Forma 0,36
Altitude Mínima 40 m
Altitude Máxima 460 m
Comprimento do Rio Principal 4,53 km
Comprimento total dos Rios 9,17 km
Densidade de Drenagem 1,41
134
132
A Tabela 33 apresenta as faixas de declividade da EMBRAPA e as áreas
relativas a cada intervalo na Microbacia Córrego Jensen.
136
cota da Rua Ricardo Georg não se encontra dentre aquelas suscetíveis às
cheias por este rio.
Porém, a ausência de limpezas periódicas na Microbacia Córrego
Jensen compromete seu sistema de drenagem, podendo suscetibilizá-lo a
alagamentos em períodos de chuvas torrenciais.
Paisagem urbana
137
Na paisagem estudada vista por observadores; existem três principais
elementos dentro do meio natural:
1- Edificação: considerada como espaço construído;
2- Espaço público: espaços abertos destinados às atividades de lazer e
contemplação;
3- Rua: canais para movimento de pedestre e veículos.
Destes elementos, a edificação é a legibilidade mais clara na vizinhança
imediata, verificando-se assim, que esta utilização é maior do que os demais
elementos analisados. Isto se deve ao fato da existência de pontos referenciais
e a diversidade da paisagem do bairro que contribuem para a identidade desse
espaço urbano.
Como segundo elemento mais lembrado tem-se o espaço público, por
conta das poucas unidades observadas na área. Já o elemento de menor
visibilidade é a rua, causa das poucas ruas dotadas de infra-estrutura da área,
exceto as duas principais vias, a Rua Dr. Pedro Zimermann e a Rua Gustavo
Zimmermann.
O desempenho do espaço aponta que, para uma melhor compreensão,
os elementos mais significativos e a formação da imagem do bairro podem
servir de referência para intervenções ou propostas que visam à melhoria da
qualidade de vida, como o centro social e de aprendizagem do transporte, que
é considerado elemento importante para o desenvolvimento da cidade.
A transformação da paisagem prevista para a área sugere alteração
positiva na qualidade visual do bairro e, consequentemente, na qualidade de
vida da sua comunidade. A legibilidade do bairro refletirá na qualidade da
paisagem futuramente vivenciada pelos usuários deste espaço.
138
diversos ramos de atividades de sua população. O bairro sempre teve um
constante crescimento, por isso, contem diversos tipos de edificações.
Na leitura urbana da paisagem no entorno imediato do empreendimento
é possível constatar os grandes vazios urbanos com edificações de tipologia
diversa. Desde antigas casas de madeira e casas de alvenaria com estilo
enxaimel e típicas do estilo europeu; edificações não tão novas e novos
edifícios mistos ou de comércio e serviços em estilo contemporâneo e
modernista, com gabarito de no máximo quatro pavimentos, ou seja, uma
densidade ocupada horizontalmente.
O verde das montanhas nas cotas mais elevadas nos quarteirões
imediatos ao terreno domina ainda a vista que se tem ao longo das vias
principais, sendo que as indústrias são marcos visuais construídos que compõe
as vias.
Os ribeirões da vizinhança imediata estruturam o tecido urbano que lhes
é próximo, tornando-se eixos de desenvolvimento do desenho dos bairros. Eles
delimitam a configuração urbana, formando eixos visuais.
Nesta área ao lado da gleba do terreno, pequenos ribeirões cortam vias
locais e até mesmo dentro do próprio imóvel, onde um pequeno cinturão verde
é mantido nas margens dos mesmos, aumentando a qualidade de vida das
pessoas no local (Figura 57 e 58)
139
Figura 58 – Vista de um pequeno ribeirão às margens da via local
Rua Prof.Jacob Inechen
140
Figura 59 – Rua Pedro Zimmermann
141
A via onde se encontra o imóvel se liga por esta via arterial conectora de
pólos geradores de tráfego e centralidades. Contendo iluminação de um lado,
pavimentação asfáltica e as primeiras comunicações visuais. Percebendo o
grande potencial desta via que intersecciona a área edificável com a área
natural onde ficam as margens do ribeirão (Figura 62).
142
Figura 64 – Rua Prof. Jacob Inechen.
143
Figura 65 – Grandes áreas remanescentes na Rua Erich Meyer.
Figura 66 – Novas construções de galpões industriais na via local Rua Erich Meyer.
144
Figura 67 – Ponto de observação na via local, observando a Rua Pedro Zimmermann.
145
Figura 69 – Rua Ricardo Georg,via local.
146
infra-estrutura da via ao lado, a Rua Pedro Zimmermann, com pavimentação
asfáltica e iluminação na via de um lado. Por outro lado, observa-se a presença
de residências antigas de alvenaria com arquitetura característica dos anos 50
muito bem preservadas (Figuras 71 e 72).
147
Figura 74 – Rua Gustavo Zimmermann.
148
A prefeitura tenta acompanhar o crescimento do bairro, observando que
ele não está sem ganhar recursos públicos, investimentos como tubulações de
esgoto começam a ser vistos ao longo das vias. Os novos centros comerciais
se instalam em ruas locais, mas a infra-estrutura urbana não chegou totalmente
nesta área, faltando pavimentação na rua, criação de calçadas e tubulação de
esgoto (Figuras 76 a 78).
.
149
Figura 78 – Rua Ricardo Georg.
150
Figura 79 – Rua Erick Belz.
151
Figura 81 – Rua Pedro Zimmermann com Rua Ricardo Georg.
152
A via onde se localiza o imóvel está sendo caracterizada por possuir
recentes intervenções antrópicas, como movimentação de terra e supressão de
vegetação em escala considerável. Existe cobertura florestal em uma porção
do imóvel (Figura 84 a 86).
153
Figura 86 - Rua Ricardo Georg.
154
Vista da paisagem que apropria a mata densa remanescente em
segundo plano, e dispersas casas de madeira com ruas locais sem
pavimentação. Mas há trechos ao longo da rua arterial que comportam também
pequenas chácaras e muitas áreas verdes (Figura 88).
Metodologia
155
Para esta avaliação, o equipamento estava com a opção de leitura entre
30 e 130 dB, na escala de compensação A – dB[A] – e, no tipo de leitura “fast”;
programado para registro de leituras com intervalo de 5 (cinco) segundos;
posicionado a uma altura de 1,30 metros e afastado mais do que dois (02)
metros de qualquer superfície refletora, conforme o estabelecido pela NBR
10151:2000.
O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis) conceitua poluição sonora como sendo o conjunto de todos os
ruídos provenientes de uma ou mais fontes sonoras, manifestadas ao mesmo
tempo num ambiente qualquer.
A Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA Nº
001/1990 estabelece que as medições dos níveis de ruído devem ser
efetuadas de acordo com a NBR 10151:2000 da ABNT - Avaliação do Ruído
em Áreas Habitadas visando o conforto da comunidade. A NBR 10152:1987 da
ABNT fixa níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em ambientes
diversos.
Atendendo ao disposto no item 5.1, da NBR 10151:2000, não se realizou
coleta em período caracterizado por interferências audíveis advindas de
fenômenos naturais, tais como chuvas fortes, ventos fortes, trovões e/ou
demais interferências. Os dados de níveis de pressão sonora foram obtidos nos
dias 26 de outubro de 2010 e 10 de novembro de 2010.
Os níveis de pressão sonora equivalentes foram obtidos através do
emprego da função descrita no Anexo A da NBR 10151:2000, que é
apresentada a seguir:
Onde:
Li = nível de pressão sonora, em dB [A], lido em resposta rápida (fast) a
cada 5 segundos, durante o tempo de medição do ruído.
N = número total de leituras
156
Pontos Amostrais
157
Tabela 34 – Caracterização dos pontos amostrais
Coordenadas Geográficas
Pontos
Logradouro/Referências
Amostrais Latitude Longitude
Período Diurno
As medições diurnas sucederam no dia 26 de outubro de 2010 das
12h03min às 12h26min.
158
As medições dos ruídos presentes no Ponto #01 apresentaram picos
que ultrapassam 60 dB (A), chegando ao máximo de 77,3 dB (A) e mínimo de
39,20 dB (A) (Figura90).
159
Figura 91 – Gráfico dos níveis de pressão sonora constatados no ponto #2,
período diurno.
160
Figura 92 – Gráfico dos níveis de pressão sonora constatados no ponto #3,
período diurno.
Período Noturno
As medições noturnas sucederam no dia 10 de novembro de 2010 das
22h01min às 22h25min.
161
Figura 93 – Gráfico dos níveis de pressão sonora constatados no ponto #1,
período noturno.
162
Figura 94 – Gráfico dos níveis de pressão sonora constatados no ponto #2,
período noturno.
163
período noturno.
Este fato é também justificado pela ausência de passagem de veículos
na Rua Ricardo Georg no momento da medição.
Conclusão
164
3.9. MELHORAMENTOS PÚBLICOS
165
concessão do sistema de tratamento de esgoto, esta meta poderá ser
alcançada em 9 anos. Até a data prevista o município estará, portanto,
passando por obras de saneamento que poderão interditar ruas e calçadas.
Para a área do Condomínio Industrial a rede de tratamento de esgoto deverá
estar instalada em 2018 podendo atender as empresas que vierem a se
instalar, já que o cronograma de implantação prevê obras durante 10 anos e a
Área Industrial Tipo 1 será a primeira a finalizar-se após o 7º. ano de obra.
O Projeto também pretende fomentar o desenvolvimento na região norte
do município com criação de parques, distritos industriais e um centro cívico,
para onde será transferida a prefeitura (Figura 97).
166
2000. Segundo o último censo, existem aproximadamente 309.214 residentes
na cidade no ano de 2010 (Tabela 36).
Tabela 36 - População residente por situação do domicílio (urbana e rural) e sexo - 1970 a
2010
Fonte: IBGE
167
Tabela 37 - População nos anos 2000, 2005 e 2010 na área de influência
do empreendimento.
Anos
Bairros
2000 2005 2010
168
Tabela 38 - Número de habitantes e densidade demográfica (Hab/Km²) nos
anos 2005 e 2010 em Blumenau.
Área 2005 2010
Bairros
(Km²) Habitantes Densidade Habitantes Densidade (Hab/Km²)
Itoupava Central 44,67 22.123 495 23.597 528
Itoupavazinha 11,71 14.481 1.237 15.446 1.319
Fidélis 8,76 4.886 558 5.211 595
Vila Itoupava 10,98 1.694 154 1.807 165
Fonte: IBGE/ Estimativa SIGAD
169
a) Fabricação de outros artefatos têxteis, incluindo tecelagem;
b) Confecção de peças de vestuário - exceto roupas íntimas, blusas,
camisas e semelhantes e as confeccionadas sob medida;
c) Fabricação de outros artigos do vestuário produzidos em malharias
(tricotagens).
170
3.11.2. Empresas, Empregos e Renda
No perfil econômico da região, se destacam os setores secundário e
terciário da economia, ou seja, a indústria de transformação e o comércio e
prestação de serviços. A produção industrial é altamente especializada no setor
têxtil e de confecções, mas também é expressiva no setor metal-mecânico.
Em 2010, a economia de Blumenau atingiu o segundo melhor primeiro semestre dos
últimos seis anos. Nos últimos 12 meses, 1.160 novos empreendimentos foram
instalados na cidade, com a geração de mais de 1,5 mil novas vagas de empregos diretos
e indiretos em diversos setores.
Dados da Prefeitura Municipal de Blumenau mostram que durante o primeiro semestre
do corrente ano, a Praça do Cidadão registrou diversos novos empreendimentos na
cidade. A Tabela 40 mostra os setores de crescimento, de acordo com a emissão de
alvarás até o mês de maio deste ano, e faz uma comparação entre o período de janeiro
de 2005 e abril de 2010.
171
O levantamento divulgado pelo Sistema Nacional de Emprego (SINE)
indica que de cada 100 moradores da microrregião de Blumenau, 36 estão
empregados com carteira assinada. O índice de emprego formal da cidade está
20 pontos percentuais à frente da média nacional (16,6% da população) e
também é superior aos 26% registrados em Santa Catarina, estado com o
melhor resultado no Brasil. A pesquisa considera a população total residente,
independente da faixa etária, e dados do fim de 2009. Segundo a Associação
das Micro e Pequenas Empresas de Blumenau (AMPE) e o SINE local, a
diversidade de vagas criadas nos últimos anos por comércio, indústrias e
serviços de Blumenau e cidades próximas foram os fatores contribuintes para
as contratações.
Em 10 anos, a população de SC aumentou 20%, média de 1,8% ao ano,
enquanto o contingente de emprego com carteira assinada cresceu 85,%,
média de 6,4% por ano.
A Tabela 41 mostra detalhadamente as principais atividades econômicas
da cidade e o avanço na contratação formal, apontando a variação entre o
período de 2004 a 2010.
Indústria de
36.380 40.935 43.588 47.220 48.361 48.417 51.889 41,05% 42,63%
Transformação
Serv. Ind. Util.
915 1.195 773 1.112 1.155 1.135 1.129 0,89% 23,39%
Pública
Construção Civil 2.199 2.539 3.321 4.109 4.515 4.420 5.002 3,96% 127,47%
Comércio 17.067 18.729 19.710 21.079 22.373 23.235 23.702 18,75% 38,88%
172
Serviços 27.796 28.773 30.920 31.881 33.530 35.959 37.115 29,36% 33,53%
Administração
6.024 5.957 5.979 6.385 5.980 6.030 7.345 5,81% 21,93%
Pública
Agro. Extrativa
128 140 188 224 179 176 176 0,14% 37,50%
Vegetal
Total 90.553 98.315 104.507 112.054 116.135 119.409 126.407 100% 39,59%
Crescimento 8,57% 6,30% 7,22% 3,64% 2,82% 5,86%
Fonte: CAGED. Elaboração: SEDEC
Segundo dados do Ministério do Trabalho relacionados ao primeiro trimestre de 2009,
o município conquistou a primeira posição no Estado na geração de empregos, com 2.611
novos postos de trabalho. Os setores que mais cresceram foram a indústria de transformação
com 568 novos empregos, o setor de serviços gerando 527 novos postos de trabalho e o
comércio com 162 novas vagas.
A Tabela 42 mostra os números divulgados pelo Ministério do Trabalho e
Emprego, referenciando a média salarial segundo o grau de instrução, entre
2000 e 2007. Os resultados apontam a existência de evidências favoráveis ao
papel das conexões de mercado no crescimento do emprego.
Tabela 42 - Salários médios por grau de instrução e variações nominal e
real - 2000 a 2007
Variação
Ano - Salários Médios
Grau de instrução nominal %
2000 2005 2006 2007 00/07
Analfabeto 496,79 595,69 640,00 684,94 37,9%
Fund. 1ª a 5ª incompleta 505,53 651,03 701,00 706,63 39,8%
Fund. 1ª a 5ª completa 494,41 659,63 710,00 755,60 52,8%
Fund. 6ª a 9ª incompleta 459,77 689,00 743,00 788,59 71,5%
Fund. 6ª a 9ª completa 462,67 700,81 766,00 818,13 76,8%
Médio incompleto 485,45 687,70 742,00 795,53 63,9%
Médio completo 690,76 854,15 920,00 960,18 39,0%
Superior incompleto 1.046,72 1.209,74 1.268,00 1.305,02 24,7%
Superior completo 1.696,22 2.164,57 2.308,00 2.359,51 39,1%
TOTAL 638,25 920,76 1.001,00 1.061,27 66,3%
Fonte dos dados brutos: Ministério do Trabalho e Emprego - RAIS
Dados do SIGAD apresentam o crescimento do número de empregos
173
ultrapassando o número da população de Blumenau ao longo dos últimos anos.
Pode-se observar que a massa salarial e o salário tiveram uma pequena queda
no início da década e, após se estabilizarem, a massa salarial apresentou
apenas crescimento, enquanto que o salário seguiu instável (Figura 98).
174
4. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DO EMPREENDIMENTO
175
população do entorno imediato; e muito altos quanto o impacto transgride os
limites do empreendimento, ocasionando perturbações a população do da área
de vizinhança.
176
O perfil do empreendimento será visto de grande valor para toda a região
do Vale, por ser um empreendimento social, educacional e de lazer na cidade e
se caracteriza por ser um atrativo tanto para novos residentes como para a
implantação de novos investimentos de estrutura física e outros equipamentos
urbanos na região. Este fato resulta na geração de emprego e renda,
arrecadação de tributos, estímulo à economia local, valorização imobiliária,
aumento da segurança pública, complementação e renovação da paisagem
urbana, criando um ciclo de progresso econômico, com uma transformação
positiva.
A gleba está numa localidade estratégica, pois a área de influência
contém o maior índice de desenvolvimento humano nas últimas décadas e o
maior potencial de expansão em todo o município, além de estar em uma rua
que se liga a um dos principais acessos viários da cidade (Rua Pedro
Zimmernan). A região é também provida de um sistema de transportes com
integração regional e um traçado que não cruza com o centro urbano, e ainda
conta com uma infra-estrutura para o escoamento das cargas pesadas, e em seu
entorno imediato com vazios urbanos e equipamentos comunitários para suprir a
possível implantação de assentamos humanos.
Sendo assim, o empreendimento, projetado de acordo com as diretrizes
do Plano Diretor e demais legislações, atenderá as condicionantes do Estatuto
da Cidade, cumprindo assim a função social da propriedade urbana:
Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às
exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor,
assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade
de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas,
respeitadas as diretrizes previstas no art. 2º desta Lei (Lei no 10.257/01- Estatuto
das Cidades).
O responsável pelo adensamento populacional de uma região é, em geral,
o conjunto das opções serviços, lazer, compras, equipamentos comunitários e
sociais, infraestrutura e acesso. As atividades de serviços e aprendizagem do
empreendimento agem como facilitadores, seja no caminho ou vizinho aos
177
residentes, encurtando distancias ou reduzindo o tempo das atividades rotineiras
para o trabalhador e estudante.
A via do empreendimento se caracteriza como uma via coletora que
conecta duas vias arteriais que atravessam todo o bairro e conectam as
regiões norte e sul da cidade. Esta via coletora atualmente possui intervenções
antrópicas como movimentação de terra e supressão de vegetação, pelo
motivo das futuras implantações de grandes equipamentos na sua margem.
O presente empreendimento em conjunto com vários outros que vem se
instalando na região irá contribuirá para o adensamento complementando a
atratividade para a ocupação do solo nesta região. Sob uma analise de seu
entorno, verifica-se que as condições e parâmetros de uso e ocupação do solo
provocaram acréscimo direto na densidade populacional, pois seu entorno
contem os equipamentos necessários para a comunidade crescer. Assim esta
nova massa edificada ficará incorporada por diversos morros com sua massa
verde e densa ainda predominante.
O empreendimento é, ainda, uma questão central para o cumprimento da
função social da propriedade urbana, que tanto se refere à subutilização de
imóveis como a sua utilização excessiva, contribuindo para o extermínio de
vazios urbanos e a periferização da ocupação urbana em situação de
precariedade e desarticulação.
Enfim este conjunto de resultados converge em um ciclo de progresso
econômico, que resulta em um impacto positivo para os aspectos urbanísticos e
a qualidade de vida das pessoas.
A paisagem é a percepção das formas e do significado de um objeto ou
vários. Em relação aos impactos da paisagem natural, haverá uma supressão de
vegetação no local, mas no contexto não haverá uma descaracterização do seu
entorno, pois ali ainda se encontra uma massa muito grande de área verde que
emoldura todo o local, e ainda no próprio local haverá uma grande área de
vegetação a ser preservada. O empreendimento é de baixo gabarito, mantendo
assim todo o enquadramento das cadeias de montanhas vistas no final da
paisagem.
178
Atualmente, a falta de iluminação e de segurança pública, torna o lugar
inseguro. Neste aspecto o impacto é positivo, já que a ocupação irá oferecer
mais movimentação de pessoas, dando a sensação de tranqüilidade aos que
passarem naquele local.
O SEST/SENAT é um projeto pioneiro da educação na área do transporte
em Blumenau e na região do Alto Vale. Neste sentido o impacto positivo dar-se
também pelo referencial simbólico de importância para a coletividade e
educação, no incentivo ao adensamento dentro de uma área de expansão com
potencial onde existem vazios urbanos com boa infra-estrutura existente e pela
possibilidade de revitalização, reurbanização e possibilidade de novos usos para
a localidade. E finalmente incentivando a expansão habitacional e a
descentralização com novas atividades econômicas, dos equipamentos de
saúde, lazer, cultura e esporte, aproveitando ao máximo a estrutura urbana
existente.
179
enchentes, sendo foco para um desenvolvimento imediato. A densidade dos
bairros de Blumenau, se comparado com as áreas centrais é ainda,
considerada baixa, causando prejuízos para a economia urbana com um
aumento considerável de gastos com infra-estrutura e serviços públicos
municipais.
O presente projeto, poderá se comportar de maneira peculiar, sendo um
pólo de atração para ocupação do solo, já que sob a análise de seu entorno,
verifica-se que as condições e parâmetros de uso e ocupação do solo
provocaram acréscimo direto no incremento populacional, pois já contém os
equipamentos necessários para a comunidade crescer e ainda com o projeto
de desenvolvimento planejado do bairro.
O crescimento demográfico da região, que vem se concretizando no
local desde o inicio dos anos 2000, com o surgimento de inúmeros loteamentos
residenciais tendendo a se intensificar ainda mais, já que a área é livre de
enchentes e os loteamentos podem se instalar em áreas relativamente planas.
Contudo, esse adensamento populacional, seja ele motivado pela característica
geográfica local ou pela implantação do empreendimento, não deve acarretar
na queda da qualidade dos serviços públicos básicos, uma vez que a área de
influência do empreendimento é bem servida de estabelecimentos de ensino e
de instituições de saúde, além de ser a área mais propícia a expandir-se no
município.
O empreendimento é, ainda, uma questão central para o cumprimento
da função social da propriedade urbana, que tanto se refere à subutilização de
imóveis como a sua utilização excessiva, contribuindo para o extermínio de
vazios urbanos e a periferização da ocupação urbana em situação de
precariedade e desarticulação.
Como conseqüência desse adensamento urbano, haverá um
crescimento horizontal nos espaços vazios que circundam o empreendimento.
Já nas margens das Ruas Pedro Zimermann e Gustavo Zimermann, esse
crescimento tende paulatinamente e se verticalizar, fato esse que já vem sendo
observado na região.
180
E finalmente, a conseqüência de um adensamento populacional
organizado é de extrema importância e positiva para que haja melhoria das
condições de acesso aos serviços básicos públicos para os residentes. Onde
sob análise de outros exemplos, a demanda populacional está vinculada à
qualidade dos serviços disponibilizados.
181
Impacto: Alteração no padrão de ventilação do entorno
Classificação: Impacto Negativo, Muito baixo e Permanente
Medidas Mitigadoras: Já incorporadas no projeto arquitetônico
182
4.2.1.4. Interferência na paisagem pela Supressão de Vegetação
Tendo em vista a necessidade de supressão da vegetação existente no
imóvel para dar lugar a edificação, tem-se aí uma importante interferência na
paisagem existente. A substituição de vegetação por edificações causa um
desconforto ambiental e visual. Este é um impacto não mitigável, porém a
legislação ambiental vigente já define as medidas compensatórias cabíveis.
A presente situação da gleba já é de alteração da paisagem pela retirada
da vegetação, portanto não serão indicadas medidas mitigadoras nesta etapa
do estudo, somente as compatibilizadoras e compensatórias.
183
Impacto: Interferência no patrimônio histórico
Classificação: Impacto Negativo, Muito baixo e Permanente
Medidas Mitigadoras: Os veículos de grande porte e carga pesada que
vierem da direção sul-norte na Rua Dr. Pedro Zimmermann deverão evitar a
manobra em frente à entrada da Rua Mário Giese reduzindo a velocidade.
Deve-se também implantar placas de sinalização no local.
184
4.2.2. Compatibilidade do Empreendimento com os Equipamentos
Urbanos e Comunitários
185
mas nega a completa capacidade de coleta dos demais resíduos, sugerindo ao
empreendedor a contratação de uma empresa terceirizada para prestação
desses serviços (ANEXO K). Para tanto, o empreendedor apresenta a
BLUMETERRA COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA (ANEXO K), empresa que
fará a coleta e destinação dos resíduos do SEST/SENAT.
186
4.2.3. Alterações econômicas e sociais
187
construção ou produtos diversos, é recomendável que, naquilo que for
possível, seja dada prioridade aos fornecedores da região.
188
4.2.3.3. Segurança
O entorno do empreendimento caracteriza-se como uma área propícia à
expansão e, por isso, apresenta um baixo adensamento. A gleba também se
localiza próxima a uma vasta zona de proteção ambiental. Estes vazios
urbanos contribuem com o receio de moradores e futuros moradores no que se
refere à segurança pública.
A instalação de novos empreendimentos que atraem estudantes e
famílias, como é o perfil do SEST/SENAT, trazem maior movimentação ao seu
entorno e conseqüente aumento de sua segurança.
189
As motocicletas, bicicletas e pedestres não foram incluídas nas
contagens, pois o volume destes veículos gerado pelo empreendimento será
plenamente atendido no sistema viário da área de vizinhança.
No Mapa 15 – Volumes de Tráfego no Horário de Pico são
apresentados os resultados das contagens para os movimentos de cada
cruzamento avaliado no horário de pico.
Dos sete (7) pontos de contagens, o Ponto 01, cruzamento das ruas Dr.
Pedro Zimmermann x Rudolfo Walter x Rudiberto Krueger, é o que apresenta
maior volume no pico, com 2.303 veículos-padrão. Este cruzamento, como toda
a extensão da rua Dr. Pedro Zimmermann, apresenta congestionamento em
função dos altos volumes e por ser permitido todos os movimentos de
conversão.
O Ponto 03, ponto mais próximo do empreendimento, cruzamento das
ruas Dr. Pedro Zimmermann x Ricardo Georg x Mário Wiese, é o segundo em
volume, com um total de 1.783 veículos-padrão. Este ponto apresenta conflitos
no horário de pico em virtude dos movimentos de conversões das ruas acima
citadas, onde não há ainda um sistema de acesso adequado.
Os demais pontos avaliados não apresentam congestionamentos, mas
sim conflitos em função dos cruzamentos permitirem todos os movimentos e
não terem sinalização e geometria adequada. Com a implantação do Sistema
de Retornos projetado pela Prefeitura, estes problemas devem ser eliminados.
190
175
176
4.2. Simulação de Capacidade de Cruzamentos
Esta simulação visa estimar os volumes e as capacidades de tráfego nos
cruzamentos onde as contagens foram efetuadas, projetando-se cenários com
e sem o SEST/SENAT. Foram considerados seis cenários ao longo do período
de análise, considerando crescimento anual nos volumes de 3,0 %:
a) Cenário atual, sem implantação do SEST/SENAT;
b) Cenário no Ano 1 com a implantação do empreendimento;
c) Cenário no Ano 1 sem a implantação do empreendimento;
d) Cenário no Ano 5 com a implantação do empreendimento;
e) Cenário no Ano 10 com a implantação do empreendimento;
f) Cenário no Ano 10 sem a implantação do empreendimento.
Para o Ano 1, Ano 5 e Ano 10, com a implantação do empreendimento,
foram acrescentados volumes nos pontos de contagem, a partir da
consideração de que 80 % da oferta total de vagas de estacionamento, 65
veículos – padrão, sejam gerados no horário de pico pelo SEST/SENAT.
Nesta simulação, considerou-se que dos 65 veículos atraídos ao
empreendimento no horário de pico, 80% (52 veículos) cheguem pela rua
Ricardo Georg, a partir da rua Dr. Pedro Zimmermann, e os demais 20 % (13
veículos) cheguem pela rua Ricardo Georg, a partir das ruas Carlos Krueger e
Jacob Ineichen.
A capacidade de cada cruzamento, mantida fixa durante o período
horizonte de análise, foi baseada no Highway Capacity Manual, Special Report
209/1985, considerando-se o tipo das interseções, o número de faixas dos
movimentos conflitantes.
Conforme o Quadro 01 – Avaliação de Capacidades há que registrar que
o cruzamento das ruas Dr. Pedro Zimmermann x Rudolfo Walter x Rudiberto
Krieger (PC1) é o que apresenta pior relação, indicando que o volume de
tráfego já atingiu sua capacidade independentemente da implantação do
SEST/SENAT.
193
O cruzamento da rua Dr. Pedro Zimermann x Ricardo Georg x Mário
Giese (PC3), atingirá sua capacidade em aproximadamente 4 (quatro) anos
sem o SEST/SENAT e 3 (três) anos com a implantação do SET/SENAT.
Nos demais cruzamentos, com e sem o SEST/SENAT, o volume de
tráfego não atingirá a capacidade. Pode-se observar também no Quadro 04,
que os cruzamentos terão vida útil longa, estando com sua capacidade muito
acima da demanda. Porém, isto não quer dizer que o sistema viário não
necessite de melhorias de sinalização e geometria adequada. Mas de maneira
geral, a implantação do SEST/SENAT não chega a causar qualquer impacto
significativo na capacidade dos cruzamentos da área de influência.
194
195
5. PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS NO SISTEMA VIÁRIO E
TRANSPORTES
196
3,00 metros adentrando o imóvel do empreendimento, recuando-se também a
guarita.
Medida Mitigadora 2 – Ilha de Segurança e Faixa de Travessia
A Medida Mitigadora 2 prevê a implantação de uma ilha de segurança e
faixa de pedestres para travessia da Rua Ricardo Georg, garantindo a
segurança dos pedestres, (Mapa 16 - Medida Mitigadora 1, 2 e 3).
Medida Mitigadora 3 – Implantação de Passeio
A Medida Mitigadora 3 propõe a implantação de passeio em toda a
testada do empreendimento, para garantir segurança e melhorar a
caminhabilidade de pedestres.
Esta medida propõe também a implantação do passeio no ponto de
parada de ônibus sugerido no lado ímpar, vide Mapa 16 - Medida Mitigadora 1,
2 e 3 até o empreendimento.
Medida Mitigadora 4 - Reformulação Interseção das ruas Ricardo Georg x
Dr. Pedro Zimmermann x Mario Giese
A Medida Mitigadora 4 prevê a reformulação do cruzamento das ruas
Ricardo Georg x Dr. Pedro Zimmermann x Mário Giese no futuro. Com esta
medida, deve-se eliminar de vez os problemas de movimentos conflitantes
existente neste cruzamento, haja vista que atualmente o cruzamento em
questão é extremamente perigoso.
A Prefeitura Municipal de Blumenau pode estudar o deslocamento do
projeto do sistema de retorno para este cruzamento.
Medida Mitigadora 5 - Vias Projetadas
A Medida Mitigadora 5 prevê que, com a implantação das vias
projetadas Nº 22 ( Prolongamento da rua Arno Delling até a Paulo Ziegel Filho)
e da via projetada Nº 100 (Ligação da Via Projetada Nº 22 até a rua Dr. Pedro
Zimmermann), o fluxo atual da rua Dr. Pedro Zimmermann seja
descongestionado e o empreendimento tenha mais uma opção de acesso.
197
198
Conclusão quanto ao Sistema Viário
199
4.3.1.. Compactação do Solo
O tráfego intenso de máquinas, equipamentos e veículos causam
compactação do solo, que é aceita nas áreas destinadas às vias internas do
SEST/SENAT. Como conseqüência tem-se a alteração na hidrodinâmica e
aeração do solo, fatores estes que inferem diretamente sobre sua
biodiversidade (biologia do solo) infiltração (escorrimento superficial). O
selamento superficial, responsável pela erosão entre-sulcos, é ocasionado pelo
impacto da gota da chuva sobre o solo descoberto, e é nesta pequena camada
compactada que os processos erosivos têm início.
200
das águas em superfície e inundação. Outras causas devem-se a
impermeabilidade do solo em áreas extensas, revolvimento do solo superficial,
retirada de grande área de cobertura vegetal e acúmulo de grande quantidade
de água em superfície, com reflexos no comportamento do lençol freático.
Vazamentos nos condutos da água e esgoto podem incrementar localmente e
infiltração e o escoamento subterrâneo.
201
Impacto: Perda do solo por processos erosivos
Classificação: Impacto Negativo, Moderado e Temporário.
Medidas Mitigadoras/ Compatibilizadoras: Obras de terraplanagem devem
ser feitas de forma setorizada, tendo inicio nas cotas mais elevadas em direção
as mais baixas. Evitar a exposição do solo sem a devida cobertura. Revegetar
as áreas expostas, preferencialmente com gramíneas o mais rápido possível.
Implantar sistemas de contenção de sedimentos com dissipadores de energia.
202
Impacto: Dispersão de material particulado em suspensão
Classificação: Impacto Negativo, Muito baixo e Temporário.
Medidas Mitigadoras: Umedecimento do solo exposto nos períodos de
ausência de precipitação, com águas pluviais anteriormente armazendas.
Revegetação das áreas suprimidas (preferencialmente com gramíneas)
deixando o solo protegido. Cobrir os caminhões envolvidos no transporte de
terra. Rrevestimento das vias internas do canteiro com brita e/ou instalação de
um sistema para lavação de rodas no portão de acesso dos caminhões.
203
Para identificação dos níveis totais de ruídos a serem emitidos durante a
fase de implantação do empreendimento, primeiramente foi realizada a
identificação dos níveis de ruídos emitidos no entorno da gleba em sua atual
situação, ou seja, com ausência das obras, para posteriormente somar estes
valores ao nível gerado durante a fase de construção.
No item 3 - Características da Vizinhança, foram definidos 3 pontos
amostrais no perímetro da gleba e identificados os níveis de pressão sonora
equivalentes (Tabela 43).
204
Tabela 44 – Resultados das somas dos níveis de
pressão sonora nos pontos amostrais.
Pontos LAeq (dB (A))
Amostrais Diurno total
#01 68,3
#02 65,0
#03 67,2
205
4.3.8. Perda de recursos vegetais
A supressão de vegetação para implantação do empreendimento pode
resultar na fragmentação de alguns remanescentes florestais interferindo nas
espécies animais.
No caso do SEST/SENAT esses serviços encontram-se concluídos.
Portanto, são sugeridas apenas as medidas compensatórias e
compatibilizadoras.
206
4.3.10. Aumento do tráfego de veículos pesados
As maiores interferências relativas ao trânsito de veículos pesados são
inerentes a vias que não foram projetadas para essa finalidade. Podem ocorrer
danificações na pavimentação e, em casos raros, rompimento de cabos de
energia elétrica.
As vias que circunvizinham o empreendimento têm capacidade de
receber fluxo de caminhões sem que ocorram estas danificações. Inclusive,
atualmente seu entorno passa por uma fase de intenso desenvolvimento, com
a implantação de diversos novos empreendimentos e consequente fluxo
intenso de veículos de carga pesada.
Durante o período de obras do SEST/SENAT o trecho da Rua Ricardo
Georg que vai da Rua Pedro Zimmermann à gleba do empreendimento terá o
fluxo de veículos de carga pesada intensificado, podendo causar perturbações
inerentes a manobras e interrupções em frente ao acesso do canteiro de obras,
que estará localizado na Rua Ricardo Georg.
Durante a fase de terraplanagem estão sendo utilizados caminhões
basculantes com capacidade de 12 m³ para o montante de 36.666,35 m³ de
terra.
No caso de acidentes causados pela construtora, a mesma tomará as
medidas necessárias para que a vizinhança não sofra perturbações.
Os impactos do aumento do tráfego de veículos pesados também
recebem atenção no item x – Poluição Sonora.
207
preferencialmente no período matutino entre 8:00 e 11:00 horas. Solicitação de
apoio junto ao SETERB para ordenação do trânsito sempre que houver
necessidade de manobras que possam impedir o fluxo normal das vias
inseridas no percurso dos caminhões.
208
Tabela 45 - Identificação de algumas soluções para
destinação dos resíduos das obras.
TIPOS DE RESÍDUO CUIDADOS REQUERIDOS DESTINAÇÃO
209
Possível reaproveitamento para a confecção
Telas de fachada e de
Não há de bags e sacos ou até mesmo por
proteção
recicladores de plásticos
Possível destinação para empresas,
EPS (poliestireno
Confinar, evitando cooperativas ou associações de coleta
expandido - exemplo:
dispersão seletiva que comercializam, reciclam ou
isopor)
aproveitam para enchimentos
Materiais, instrumentos e
embalagens
contaminados por Maximizar a utilização dos
Encaminhar para aterros licenciados para
resíduos perigosos materiais para a redução
recepção de resíduos perigosos
(embalagens, broxas, dos resíduos a descartar
pincéis, trinchas, panos,
estopas, etc.)
210
Embora descritos anteriormente, para melhor visualização e análise, os
impactos e as medidas de correção propostas também são apresentados em
forma de matriz.
211
212
213
5. BIBLIOGRAFIA
212
BRASÍLIA. Governo do Distrito Federal. Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos
Hídricos do Distrito Federal - IBRAM. Poluentes Atmosféricos. Brasília, 2010.
213
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES. ISA-07:
Instrução de Serviço Ambiental.
214
FURB - Fundação Universidade Regional de Blumenau – Sistema de Informações
Gerenciais de Apoio à Decisão (SIGAD), 2009.
GOMES, Edvania. Paisagem, Imaginário e Espaço. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2001.
215
PFAFSTETTER, Otto. Chuvas intensas no Brasil. Rio de Janeiro: DNOS, 1982.
216
edição. 243 p.
217
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10152, 1987.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12808, 1993.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13853, 1997.
Sites Consultados:
218
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Disponível em: www.ibge.gov.br.
219