Direito das Obrigações ▶ Sem culpa do devedor:

sofrerá o credor a perda, e a

obrigação se resolverá,
ressalvados os seus direitos
I – Modalidades das Obrigações até o dia da perda;
▶ Por culpa do devedor:
 Obrigações de Dar
responderá este pelo
 Dar Coisa Certa: vai além de
equivalente, mais perdas e
gênero e quantidade, pois há também
danos;
a qualidade (ex: dar um carro)
 Se a coisa restituível se deteriora?
 Abrange os acessórios mesmo
▶ Sem culpa do devedor:
que não mencionados, salvo se o
recebê-la-á o credor, tal qual
contrário resultar do título ou das
se ache, sem direito a
circunstâncias do caso;
indenização;
 Se a coisa se perder antes da
▶ Por culpa do devedor:
tradição (=troca) ou pendente a
responderá este pelo
condição suspensiva?
equivalente, mais perdas e
▶ Sem culpa do devedor: fica
danos.
resolvida a obrigação;
 Se a obrigação for de restituir
▶ Por culpa do devedor:
coisa certa, e esta, sobrevier
responderá este pelo
melhoramento ou acréscimo à
equivalente e mais perdas e
coisa?
danos
▶ Sem despesa ou trabalho do
 Se a coisa se deteriorar?
devedor, lucrará o credor,
▶ Sem culpa do devedor:
desobrigado de indenização;
poderá o credor resolver a
▶ Se o devedor empregou
obrigação, ou aceitar a coisa,
trabalho ou dispêndio, vai
abatido de seu o preço o valor
depende do que o CC diz
que perdeu.
sobre a situação. O mesmo se
▶ Por culpa do devedor:
aplica quanto aos frutos.
poderá o credor exigir o
 Dar Coisa Incerta: é indicada, ao
equivalente, ou aceitar a coisa
menos, pelo gênero e pela
no estado em que acha, com
quantidade.
direito a reclamar, em um
 A quem pertence a escolha nas
outro caso, indenização das
coisas incertas?
perdas e danos.
▶ Ao devedor, se o contrário
 A quem pertence a com coisa com
não resultar do título da
os seu melhoramentos e
obrigação; mas não poderá
acrescidos?
dar a coisa pior nem será
▶ Até a tradição pertence ao
obrigado a prestar a melhor;
devedor, pelos quais poderá
 O devedor pode alegar, antes da
exigir aumento no preço, se o
escolha, perda ou deterioração da
credor não unir, poderá o
coisa?
devedor resolver a obrigação.
▶ Não, ainda que por força
 A quem pertence os frutos?
maior ou caso fortuito.
▶ Frutos percebidos
 Cientificado da escolha o credor,
(colhidos): são do devedor;
vigorará as regras para coisa
▶ Frutos pendentes (não
certa.
colhidos): são do credor.
 Obrigações de Fazer e de Não Fazer
 Se a obrigação for de restituir, e
 Fazer
esta, se perder antes da
 Quem incorre na obrigação de
obrigação?
indenizar perdas e danos?
 ▶ O devedor que recursar a
prestação a ele só imposta, ou
só por ele exequível
 Se a prestação do fato se tornar
impossível?
▶ Sem culpa do devedor:
resolver-se-á a obrigação;
▶ Por culpa do devedor:
responderá por perdas e
danos
 Se o fato puder ser executado por
terceiro?
▶ Será livre ao credor manda-lo
executar à custa do devedor,
havendo recusa ou mora
deste, sem prejuízo da
indenização cabível.
 Em caso de urgência, pode o
credor executar ou mandar
executar o fato, sendo depois
ressarcido?
▶ Pode, independentemente de
autorização judicial, sendo
depois ressarcido.
 Não fazer
 Ex: em um certo condomínio,
ninguém pode quebrar o vidro da
janela.
 Quando se extingue a obrigação
de não fazer?
▶ Sem culpa do devedor: se
lhe torne impossível abster-
se do ato, que se obrigou a
não praticar (em situação de
incêndio quebram os vidros
para salvar alguém)
▶ Por culpa do devedor: o
credor pode exigir dele o que
o desfaça, sob pena de se
desfazer à sua custa,
ressarcindo o culpado perdas
e danos.
 Em caso de urgência, poderá o
credor desfazer ou mandar
desfazer o ato praticado pelo
devedor?
▶ Pode, independentemente de
autorização judicial, sem
prejuízo do ressarcimento
devido.
 Obrigações Alternativas
 A quem cabe a escolha nessa
obrigação
 Cabe ao devedor, se outra coisa
não se estipulou.
 Pode o devedor obrigar o credor a
receber parte em uma prestação e
parte em outra?
 Não.
 O que ocorre quando a obrigação for
periódica?
 A faculdade de opção poderá ser
exercida em cada período.
 Se houve pluralidade de optantes, não
havendo acordo unânime entre eles, o
que ocorrerá?
 Decidirá o juiz, findo o prazo por
este assinado para a deliberação.
 Se o título deferir a opção a terceiro, e
este não quiser, ou não puder exercê-
la?
 Caberá ao juiz a escolha se não
houve acordo entre as partes.
 Se uma das duas prestações não
puder ser objeto de obrigação ou se
tornada inexequível?
 Subsistirá o débito quanto à
outra.
 Se, por culpa do devedor, não se
puder cumprir nenhuma das
prestações, não competindo ao credor
a escolha?
 Ficará aquele obrigado a pagar o
valor da que por último se
impossibilitou, mais as perdas e
danos que o caso determinar.
 Quando a escolha couber ao credor e
uma das prestações torna-se
impossível por culpa do devedor?
 O credor terá o direito de exigir a
prestação subsistente ou valor da
outra, com perdas e danos.
 Quando a escolha couber ao credor,
se, por culpado do devedor, ambas as
prestações se tornarem inexequível?
 Poderá o credor reclamar o valor
de qualquer das duas, além da
indenização por perdas e danos.
 Se todas as prestações se tornarem
impossíveis sem culpa do devedor?
 Extinguir-se-á a obrigação
 Obrigações Divisíveis e
Indivisíveis
 Havendo mais de um devedor ou
mais de um credor em obrigações
divisível, esta presume-se dividida
em tantas obrigações, iguais e
distintas, quantos os credores ou
devedores;
 Quando uma obrigação é indivisível?
 Quando a prestação tem por
objeto uma coisa ou um fato não
suscetível de divisão, por:
▶ Sua natureza;
▶ Motivo de ordem econômica;
▶ Dada a razão determinante
do negócio jurídico
 Se, havendo dois ou mais devedores,
a prestação não for divisível?
 Cada um será obrigado pela
dívida toda.
 O devedor, que paga a dívida,
sub-roga-se no direito do credo
em relação aos outros
coobrigados.
 Se houve pluralidade de credores e a
prestação não for divisível?
 Poderá cada um destes exigir a
divida inteira.
 Como os devedores se
desobrigarão? Pagando:
▶ A todos conjuntamente;
▶ A um, dando este caução de
ratificação dos outros
credores.
 Se a prestação não for divisível e um
dos credores receber a prestação por
inteiro, como fica a situação dos
outros credores?
 Cada um dos outros assistirá o
direito de exigir dele em dinheiro
a parte que lhe caiba no total