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CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELÉCTRICA

3o ANO 5 o SEMESTRE 3o GRUPO

PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA II

CENTRAIS TERMOELÉCTRICAS A VAPOR

Autores: Docente:

IBRAIMO, Amurildine Abubakar Engo. Maxcêncio A. S. Tamele

NHABOMBE, Máquio Rafael

SIGAUQUE, Samuel Miqueas

PAIVA, Saide Antonio

Songo, Maio de 2018


CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELÉCTRICA

3o ANO 5 o SEMESTRE 3o GRUPO

PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉCTRICA II

CENTRAIS TERMOELÉCTRICAS A VAPOR

Autores: Docente:

IBRAIMO, Amurildine Abubakar Engo. Maxcêncio A. S. Tamele

Chicamanco, Armando José

NHABOMBE, Máquio Rafael

SIGAUQUE, Samuel Miqueas Trabalho elaborado pelos estudantes do 3o

PAIVA, Saide Antonio grupo, da turma de Produção de Energia


Eléctrica II do curso de Engenharia
Eléctrica, do Instituto Superior Politécnico
de Songo para fins de avaliação.

Songo, Maio de 2018


Índice
Lista de Símbolos e Abreviaturas .......................................................... Erro! Marcador não definido.

1. Introdução ....................................................................................................................................... 6

2. Objectivos ....................................................................................................................................... 7

2.1. Objectivo Geral ....................................................................................................................... 7

2.2. Objectivos Específicos ............................................................................................................ 7

3. Metodologia de Investigação .......................................................................................................... 7

4. Centrais de Termoeléctricas a Vapor .............................................................................................. 8

4.1. Conceitos gerais ...................................................................................................................... 8

4.1.1. Combustão externa.......................................................................................................... 8

4.1.2. Combustão interna .......................................................................................................... 8

4.1.3. Combustíveis................................................................................................................... 9

5. Constituição das centrais Termoeléctricas a Vapor ....................... Erro! Marcador não definido.

5.1. Caldeira ................................................................................................................................. 11

5.2. Turbina .................................................................................................................................. 11

5.3. Condensador ......................................................................................................................... 11

5.4. Bomba ................................................................................................................................... 12

5.5. Alternador ............................................................................................................................. 12

6. Rendimento da central termeléctrica e do grupo turbogerador ..................................................... 12

6.1. Balanço Total de Energia ...................................................................................................... 13

6.2. Rendimento da caldeira......................................................................................................... 15

6.3. Rendimento do transporte de calor ....................................................................................... 15

6.4. Rendimento do grupo turbogerador ...................................................................................... 15

6.5. Rendimento Global da central termeléctrica ......................................................................... 15

7. Influência dos parâmetros do vapor sobre o desempenho da central termeléctrica ...................... 16

8. Ciclo a Vapor com Aquecimento Regenerativo............................................................................ 18

9. Central termoeléctrica de cogeração com ciclo de vapor.............................................................. 24

10. Balanço de vapor e água na central termeléctrica ..................................................................... 26

10.1. Calculo da energia útil ...................................................................................................... 28

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11. Esquema térmico principal e completo das centrais termeléctricas .......................................... 29

12. Impacto ambiental das centrais termoeléctricas a vapor ........................................................... 30

Índice de ilustrações

Figure 1. – Central Termoeléctrica com combustão externa (a vapor) ................................................... 8


Figure 2. – Central Termoeléctrica com combustão interna (ciclo aberto). ............................................ 9
Figure 3 Rendimento global de ciclo à vapor. ...................................................................................... 12
Figure 4 Esquema de quantidades de calor envolvidas numa central termelétrica. .............................. 14
Figure 5 Variação da eficiência com os parâmetros do vapor na entrada da turbina. ........................... 17
Figure 6. Fundamentação termodinâmica do aumento da eficiência em ciclos a vapor com
aquecimento regenerativo (Fonte: Stuchi,2015). .................................................................................. 19
Figure 7 Dependência entre a eficiência do grupo turbogerador, a entalpia da água de alimentação e o
número de extracções para o aquecimento regenerativo (Fonte: Stuchi,2015)..................................... 20
Figure 8 Esquema térmico de uma central termeléctrica com aquecimento regenerativo e derivação de
drenagem por bombas (Fonte: Stuchi,2015). ........................................................................................ 21
Figure 9 Esquema térmico de uma central termeléctrica com aquecimento regenerativo e derivação
em cascata de drenagem (Fonte: Stuchi, 2015)..................................................................................... 22
Figure 10. Esquema térmico de uma central termeléctrica com aquecimento regenerativo e derivação
combinada da drenagem (Fonte: Stuchi, 2015)..................................................................................... 23
figure 11 Esquema de aquecimento regenerativo com desaeredor (Fonte: Stuchi, 2015). ................... 24
Figure 12 . Esquema típico de uma central termeléctrica de cogeração (Fonte: Stuchi, 2015). .......... 25
Figure 13 identificam de fluxo de massa , normalmente considerados na balanco energético de
caldeiras (Bazzo, 1995) ......................................................................................................................... 28
Figure 14 Esquema térmico de uma instalação de turbinas com a utilização dos escapes de vapor
através dos selos terminais da turbina e dos selos das válvulas (STUCHI, 2015) ................................ 30

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Resumo

As Centrais Termoeléctricas têm como a finalidade produzir a energia eléctrica a partir do


poder calorífico contido nos combustíveis (H) que podem ser sólidos no caso de (carvão
mineral, bagaço de cana de açúcar, uranio, plutónio, etc.), líquidos no caso de (gasóleo,
gasolina, óleo, etc.) e gasosos no caso de gás natural.

As Centrais Termoeléctricas podem ser classificadas consoante a sua maneira de


aproveitamento da quantidade de calor contida num combustível, assim sendo algumas de
combustão interna, combustão externa e no caso especial das centrais Nucleares usam a
ficção ou sisão Nuclear, e assim cria-se calor suficiente para gerar vapor que por sua vez é
usado para mover as turbinas de forma a gerar energia eléctrica.

Centrais termoeléctricas a vapor ISPS 2019 5


1. Introdução
A demanda cada vez mais crescente por energia eléctrica dado os elevados níveis de consumo
de energia que se registam dia após dia tem levado a área de engenharia de produção de
energia ao extremo na busca por novos meios de produção da energia eléctrica. Em meio a
essa busca, a ocorrência das fontes primárias de energia minerais, a ocorrência de fenómenos
naturais (como chuvas, sol, vento, etc.) e a preservação da mãe natureza são alguns
condicionantes a serem levados em conta. Uma das saídas de grande aplicação na actualidade
para a produção de energia que mostra fazer face a esses condicionantes com certo êxito é a
produção de energia com base em centrais termoeléctricas a Vapor.

O presente trabalho intitulado Centrais Termoeléctricas a Vapor, foi elaborado no âmbito da


cadeira de Produção de Energia Eléctrica II e o mesmo tem em vista fazer uma abordagem de
aspectos concernentes ao tema proposto apresentando a sua constituição, princípio e
parâmetros de funcionamento, seu impacto ambiental, suas vantagens e desvantagens e por
fim apresentar o esquema térmico e principal das centrais termoeléctricas a Vapor.

Centrais termoeléctricas a vapor ISPS 2019 6


2. Objectivos

2.1.Objectivo Geral
Debruçar em torno do tema: centrais Termoeléctricas a vapor.

2.2.Objectivos Específicos
 Apresentar os conceitos básicos sobre as centrais Termoeléctricas a Vapor;
 Falar da constituição e do princípio de funcionamento;
 Apresentar os ciclos termodinâmicos;
 Falar do balanco de vapor e agua na central termoeléctrica;
 Apresentar o esquema térmico principal e completo das centrais termoeléctricas.

3. Metodologia de Investigação
A elaboração do presente trabalho foi baseada em pesquisas científico-didácticas, notas de
aulas, manuais e artigos electrónicos acerca do tema em abordagem.

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4. Centrais de Termoeléctricas a Vapor

4.1.Conceitos gerais
O processo fundamental de funcionamento das centrais termoeléctricas está baseado na
conversão de energia térmica em energia mecânica e desta em energia eléctrica.

A conversão da energia térmica em energia mecânica se dá através do uso de um fluido que


produzirá trabalho em seu processo de expansão, em turbinas térmicas. A conversão da
energia mecânica em eléctrica se dá através do accionamento mecânico de um gerador
eléctrico acoplado ao eixo da turbina. A produção da energia térmica pode se dar pela
transformação da energia química dos combustíveis, através do processo da combustão, ou da
energia nuclear dos combustíveis radioactivos, através da fissão nuclear.

As centrais termoeléctricas, podem ser classificadas de acordo com o método de combustão


utilizado que são nomeadamente externa e interna.

4.1.1. Combustão externa

A combustão externa acontece quando o combustível não entra em contacto com o fluido de
trabalho. É um processo usado principalmente nas centrais termoeléctricas a vapor, onde o
combustível aquece o fluido de trabalho (em geral água) em uma caldeira até gerar o vapor
que, ao se expandir em uma turbina, produzirá trabalho mecânico.

Figure 1. – Central Termoeléctrica com combustão externa (a vapor)

4.1.2. Combustão interna

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Esta combustão se efectua sobre uma mistura de ar e combustível. Dessa maneira, o fluido de
trabalho será o conjunto de produtos da combustão que é a mistura do combustível e o fluido
de trabalho. A combustão interna é o processo usado principalmente nas turbinas a gás e nas
máquinas térmicas a pistão (motores Diesel, por exemplo).

Figure 2. – Central Termoeléctrica com combustão interna (ciclo aberto).

4.1.3. Combustíveis

Os principais combustíveis usualmente aplicados nas centrais a vapor são o óleo, o carvão, a
biomassa (madeira, bagaço de cana, lixo, e.tc.) e derivados pesados de petróleo. Os principais
combustíveis usados nas máquinas térmicas a gás são o gás natural e o óleo Diesel.

Os combustíveis usados em centrais termoeléctricas são: derivados do petróleo; carvão


mineral; gás natural; nucleares e biomassa. A grande maioria destes combustíveis, os
denominados combustíveis fósseis (derivados do petróleo, carvão mineral, gás natural), assim
como os nucleares (elementos radioactivos: urânio, tório, plutónio, etc.) são classificados
como fonte primária não renovável, devido ao enorme tempo necessário para sua reposição
pela natureza. Outros podem ser utilizados como fontes renováveis, como a biomassa advinda
de plantações manejadas (florestas energéticas e o bagaço de cana de açúcar, por exemplo).

Centrais termoeléctricas a vapor ISPS 2019 9


5. Elementos Principais de uma central termeléctrica com ciclo a vapor

Por intermédio da Figura 11.7 do livro “Geração Termeléctrica: Planejamento, Projecto e


Operação” de LORA, E. E. S. & NASCIMENTO, M. A. R. localizada no Capítulo 11 (Fonte:
Dvoinishnikov et al,1988), é possível visualizar os principais elementos de uma central
termeléctrica convencional com ciclo a vapor, operando com combustível sólido, sendo estes:
(STUCHI 2015).

1)Gerador elétrico; 2) Turbina a vapor; 3) Sala de controle; 4) Desaerador; 5) e 6) Silos de


Carvão; 7) Classificador/separador de carvão pulverizado; 8)Ciclone; 9) Caldeira; 10)
Superfícies de aquecimento; 11) Chaminé; 12) Equipamento para trituração preliminar do
combustível; 13) Armazém de combustível; 14) Vagão de transporte de combustível; 15)
Instalação de descarga; 16) Transportador; 17) Exaustor; 18) Canal; 19) Separador de cinzas;
20) Soprador; 21) Fornalha; 22) Moinho; 23) Estação de bombeamento; 24) Reservatório de
água; 25) Bomba de circulação; 26) Aquecedor regenerativo de alta pressão; 27) Bomba de
alimentação; 28) Condensador; 29) Instalação para o tratamento químico da água; 30)
Transformador; 31) Aquecedores regenerativos de baixa pressão; 32) Bomba de condensado.

De acordo com Dvoinishnikov,1988, uma sucinta e objetiva explicação do funcionamento da


central apresentada na Figura 39, mencionando as principais etapas e equipamentos
empregados, é a seguinte: “O combustível sólido (carvão) é levado para as usinas em vagões
ferroviários (14) e acumulado em pilhas num armazém a céu aberto (13). Por meio de esteiras
transportadoras (16), ele é levado ao setor de preparação do combustível, o que inclui uma
trituração preliminar (12) e uma etapa de pulverização nos moinhos (22). O carvão
pulverizado é classificado atendendo à sua granulometria em (7) e (8), sendo que as frações
mais grossas retornam aos moinhos. O carvão, com a granulometria requerida, é armazenado
nos silos (5) e (6), de onde é enviado para sua queima na fornalha (21) da caldeira (9), sendo
injetado na mesma por meio de queimadores. Nas superfícies de aquecimento (10), gera-se o
vapor superaquecido que é fornecido à turbina (2). O vapor condensa nas superfícies dos
tubos do condensador (28), sendo que o calor latente removido utilizando água de
resfriamento de uma fonte fria (24) que é levada ao condensador pelas bombas de circulação
(25). O condensado, logo após as bombas de condensado (32), passa pelo aquecedor de baixa
pressão (31), desaereador (4), a bomba de alimentação (27) e os aquecedores de alta pressão,
retornando novamente para a caldeira, a fim de fechar o ciclo. A eletricidade produzida no
gerador (1) é convertida para a tensão requerida fornecida aos consumidores através das

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linhas de transmissão. Na sala de controle (3), os funcionários de operação controlam os
parâmetros requeridos e comandam as intervenções operativas. ”

As centrais Termoeléctricas a Vapor são em grande parte constituídas pelos seguintes


elementos:

5.1.Caldeira

Caldeira é um recipiente cuja função é, entre muitas, a produção de vapor através do


aquecimento da água. As caldeiras produzem vapor para alimentar máquinas térmicas,
autoclaves para esterilização de materiais diversos, cozimento de alimentos e de outros
produtos orgânicos, calefacção ambiental e outras aplicações do calor utilizando-se o vapor.

5.2.Turbina

Turbina é instruída para captar e converter energia mecânica e térmica contida em um fluido
em trabalho de eixo. A forma construtiva básica é a mesma para todos os tipos: um rotor
dotado de um certo número de pás ou palhetas ligadas a um eixo que gira sobre um conjunto
de mancais de deslizamento ou mancais de pastilha.

As turbinas podem ser usadas para movimentar um outro equipamento mecânico rotativo,
como uma bomba, compressor ou ventilador, ou podem ser usadas para a geração de
electricidade, e nesse caso são ligadas a um gerador. Também têm aplicação na propulsão
naval e aeronáutica.

5.3.Condensador

Um condensador tem como finalidade condensar vapores gerados pelo aquecimento de


líquidos em processos de destilação simples.

Ele é dividido em duas partes: uma onde passa o vapor que se tem interesse em condensar e
outra onde passa um líquido (normalmente água) resfriado para baixar a temperatura interna
do condensador.

Um vapor aquecido entra no condensador e encontra uma superfície com uma temperatura
inferior ao seu ponto de ebulição, e então condensa (ou liquefaz).

Centrais termoeléctricas a vapor ISPS 2019 11


5.4.Bomba

Uma bomba hidráulica é um dispositivo que adiciona energia aos líquidos, tomando energia
mecânica de um eixo, de uma haste ou de um outro fluido: ar comprimido e vapor são os
mais usuais. As formas de transmissão de energia podem ser: aumento de pressão, aumento
de velocidade ou aumento de elevação, ou qualquer combinação destas formas de energia.
Como consequência, facilita-se o movimento do líquido.

5.5.Alternador

Alternador e o elemento responsável para a conversão da energia mecânica contida ta na


turbina para energia eléctrica.

5.6.Condutas

Condutas (Tubos) são conjuntas de tubos por onde podemos transportar um fluido com água,
gás, etc.

6. Rendimento da central termeléctrica e do grupo turbogerador

O rendimento de uma central termeléctrica é calculado conforme mostra a Figura 3,


considerando os rendimentos de cada processo. Normalmente, este rendimento varia na faixa
35,8 % ≤ 𝜂𝐶𝑇𝐸 ≤ 42,32 %, de acordo com Lora e Nascimento (2004).

Figure 3 Rendimento global de ciclo à vapor.

Fonte: LORA e NASCIMENTO (2004).

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Lora e Nascimento (2004) mostram o equacionamento a ser feito para encontrar o rendimento
de uma usina termeléctrica a vapor.

6.1. Balanço Total de Energia


Com o auxílio da Figura 2 e considerando os fluxos de energia que entram e saem do volume
de controle de uma central termeléctrica, tem-se:

𝑸𝑪𝑻𝑬 = 𝑊𝐸𝑙𝑒𝑐𝑡𝑟 + ∆𝑄𝑇𝑢𝑟𝑏 + ∆𝑄𝐺 + ∆𝑄𝑇𝑢𝑏 + ∆𝑄𝐶𝑎𝑙𝑑 + ∆𝑄𝐶𝑜𝑛𝑑

Em que:

∆𝑸𝑻𝒖𝒓𝒃 = ∆𝑄𝐼𝑛𝑡 + ∆𝑄𝑀𝑒𝑐

Onde:

𝑸𝑪𝑻𝑬 → Consumo total de calor na central termelétrica, que corresponde à energia liberada
durante a queima de combustível na fornalha da caldeira;

𝑾𝑬𝒍𝒆𝒄𝒕𝒓 → Potência eléctrica produzida pelo gerador eléctrico;

∆𝑸𝑮 → Perdas de potência no gerador eléctrico;

∆𝑸𝑻𝒖𝒓𝒃 → Perdas de potência na turbina;

∆𝑸𝑴𝒆𝒄𝒂𝒏𝒊𝒄𝒂𝒔 → Perdas internas na Turbina;

∆𝑸𝑴𝒆𝒄𝒂𝒏𝒊𝒄𝒂𝒔 → Perdas mecânicas na turbina;

∆𝑸𝑪𝒂𝒍𝒅 → Perdas de calor na caldeira;

∆𝑸𝑪𝒐𝒏𝒅 → Perdas de calor com a água de refrigeração no condensador da turbina (perdas na


fonte fria);

∆𝑸𝑻𝒖𝒃 → Perdas de calor no meio ambiente através das tubulações, entre o gerador e a
turbina.

Ou então:

𝑸𝑪𝑻𝑬 = 𝑊𝐸𝑙𝑒𝑐𝑡𝑟 + ∆𝑄𝐺.𝑇𝑢𝑟𝑏. + ∆𝑄𝑇𝑢𝑏 + ∆𝑄𝐶𝑎𝑙𝑑

Em que:

∆𝑸𝑮.𝑻𝒖𝒓𝒃. = ∆𝑄𝑇𝑢𝑟𝑏 + ∆𝑄𝐺 + ∆𝑄𝐶𝑜𝑛𝑑

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Onde:

∆𝑸𝑮.𝑻𝒖𝒓𝒃. → Representa as perdas no grupo Turbogerador.

Considerando que a potência interna da turbina (em kW) é calculada por:

𝑾𝑰𝒏𝒕 = 𝑊𝐸𝑙𝑒𝑐𝑡𝑟. + ∆𝑄𝐺 + ∆𝑄𝑀𝑒𝑐

Tem-se que 𝑸𝑪𝑻𝑬 pode ser escrito como:

𝑸𝑪𝑻𝑬 = 𝑊𝐼𝑛𝑡 + ∆𝑄𝐼𝑛𝑡 + ∆𝑄𝑇𝑢𝑏 + ∆𝑄𝐶𝑎𝑙𝑑 + ∆𝑄𝐶𝑜𝑛𝑑

A Figura 4 mostra as quantidades de calor envolvidas numa termeléctrica a vapor.

Figure 4 Esquema de quantidades de calor envolvidas numa central termelétrica.

Fonte: LORA e NASCIMENTO (2004).

O rendimento bruto pode então ser calculado como:

𝐸𝑎
𝜼𝑪𝑻𝑬 =
𝑄𝑎𝐶𝑇𝐸

Ou então por:

𝑊𝐸𝑙𝑒𝑐𝑡
𝜼𝑪𝑻𝑬 =
𝑄𝐶𝑇𝐸

Centrais termoeléctricas a vapor ISPS 2019 14


A seguir, serão apresentadas as expressões para o cálculo do rendimento dos diferentes
componentes de uma central termeléctrica, bem como a expressão para o cálculo do seu
rendimento total, a partir de cada um de seus componentes.

6.2.Rendimento da caldeira

Calcula-se como a relação entre a energia fornecida à água de alimentação para sua
conversão em vapor superaquecido, 𝑄𝐶𝑎𝑙𝑑 , e a energia liberada durante a combustão do
combustível 𝑄𝐶𝑇𝐸 , ou seja:
𝑄𝐶𝑎𝑙𝑑
𝜼𝑪𝒂𝒍𝒅 =
𝑄𝐶𝑇𝐸

6.3.Rendimento do transporte de calor

Calcula-se como a relação entre a energia do vapor que chega no grupo turbogerador e a
energia do vapor que sai da caldeira. As perdas de calor durante o transporte de vapor na
tubulação são calculadas pela diferença entre 𝑄𝐶𝑎𝑙𝑑 e 𝑄𝐺.𝑇𝑢𝑟𝑏. ou seja:

𝑄𝐺.𝑇𝑢𝑟𝑏.
𝜼𝑻𝒖𝒃 =
𝑄𝐶𝑎𝑙𝑑

6.4. Rendimento do grupo turbogerador


É a relação entre a potência eléctrica nos bornes do gerador eléctrico 𝑊𝐸𝑙𝑒𝑐𝑡 e a energia do
vapor que chega ao grupo turbogerador 𝑄𝐺.𝑇𝑢𝑟𝑏. ou seja:

𝑊𝐸𝑙𝑒𝑐𝑡
𝜼𝑮.𝑻𝒖𝒓𝒃. =
𝑄𝐺.𝑇𝑢𝑟𝑏.

6.5.Rendimento Global da central termeléctrica


Compõe-se pelos três rendimento mencionado. Em efeito, multiplicando entre si as três
últimas equações, tem-se:

𝑊𝐸𝑙𝑒𝑐𝑡 𝑊𝐸𝑙𝑒𝑐𝑡 𝑄𝐺.𝑇𝑢𝑟𝑏. 𝑄𝐶𝑎𝑙𝑑


𝜼𝑪𝑻𝑬 = = ∗ ∗
𝑄𝐶𝑇𝐸 𝑄𝐺.𝑇𝑢𝑟𝑏. 𝑄𝐶𝑎𝑙𝑑 𝑄𝐶𝑇𝐸

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E chega-se a:

𝜼𝑪𝑻𝑬 = (𝜂𝐺.𝑇𝑢𝑟𝑏. ∗ 𝜂𝑇𝑢𝑏 ∗ 𝜂𝐺.𝑇𝑢𝑟𝑏. )

7. Influência dos parâmetros do vapor sobre o desempenho da central termeléctrica

Segundo LORA e NASCIMENTO (2004), os parâmetros do vapor (pressão e temperatura)


influenciam significativamente na eficiência da central termoeléctrica. A tendência de
parâmetros mais altos para o vapor vivo (vapor superaquecido antes de entrar na turbina) tem
em vista obter maior eficiência em ciclos a vapor.

A diminuição dos parâmetros produz uma diminuição da temperatura média de fornecimento


de calor ao ciclo e consequentemente uma menor eficiência térmica, porem o aumento dos
parâmetros produz um amento na temperatura média de fornecimento de calor ao ciclo e
consequentemente uma melhor eficiência térmica.

Para tanto é necessário desenvolvimento de materiais mais resistentes ao calor como os


materiais cerâmicos (revestimentos) para atender o aumento ou a diminuição dos parâmetros
do vapor na entrada da turbina a vapor.

A figura 4 mostra a variação da eficiência do ciclo a vapor pela variação da pressão e


temperatura do vapor na entrada da turbina a vapor.

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Figure 5 Variação da eficiência com os parâmetros do vapor na entrada da turbina.

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8. Ciclo a Vapor com Aquecimento Regenerativo

A princípio, o processo de aquecimento regenerativo poderia ser tratado como um processo


de produção combinada de calor e electricidade (ou cogeração), uma vez que o consumidor
de calor é a água de alimentação do próprio ciclo. Resumidamente, tal processo trata-se do
uso do vapor das extracções da turbina para posteriormente aquecer o condensado que
alimenta as caldeiras a vapor.

O aquecimento regenerativo é utilizado nos esquemas de todas as centrais termeléctricas pelo


fato de aumentar muito o rendimento do ciclo a vapor. Para escolher a temperatura final de
aquecimento da água de alimentação, avalia-se qual seria o aumento da eficiência do ciclo e
quais os custos a serem investidos com equipamentos – mais especificamente, aquecedores.
Com isso, verifica-se esta temperatura ideal através de uma análise técnico-económica
bastante detalhada. Normalmente, para uma central termeléctrica que apresenta parâmetros
médios do vapor, a temperatura da água de vapor é estabelecida na faixa de 150 a 170°C. Já
no caso de centrais de altos parâmetros, tal temperatura fica em uma faixa de 225 a 275°C.
A Figura 6 ilustra graficamente a ocorrência de uma redução da vazão de vapor que chega ao
condensador e a redução das correspondentes perdas na fonte fria, além do aumento da
temperatura média termodinâmica de fornecimento de calor ao ciclo. Verifica-se que em um
ciclo convencional o calor da fonte quente é fornecido de uma faixa que se inicia em
tconva.alim até atingir a temperatura 𝑡0 . Para o caso do ciclo com aquecimento regenerativo,
esta faixa de temperatura (de 𝑡0.𝑎𝑙𝑖𝑚 𝑐𝑜𝑛𝑣 até 𝑡0 ) é mais estreita e mais elevada, garantindo que
seja fornecido menos calor na fonte quente em uma maior temperatura. Dessa forma, conclui-
se que a temperatura média termodinâmica de fornecimento de calor, no ciclo com
reaquecimento intermediário 𝑇 𝑟𝑒𝑑 1𝑚 , é maior que no ciclo convencional 𝑇 𝑐𝑜𝑛𝑣 1𝑚 .

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Figure 6. Fundamentação termodinâmica do aumento da eficiência em ciclos a vapor com aquecimento regenerativo
(Fonte: Stuchi,2015).

Nesses tipos de centrais, quanto maior trabalho de vapor que sai pelas extracções em
comparação com o do vapor que chega ao condensador, maior será o efeito do aquecimento
regenerativo no acréscimo da eficiência da central termeléctrica. Todas as vezes em que o
número de extracções (e de aquecedores) é ampliado em um sistema de aquecimento
regenerativo, o valor da entalpia da água de alimentação que é correlacionado ao máximo da
eficiência do grupo turbogerador, desloca-se para a direita como é apresentado na Figura 7, a
qual mostra dados correspondentes a uma instalação com 𝑃0 = 12,7MPa, 𝑡0 = 565°C e 𝑃𝑐𝑜𝑛𝑑 =
0,0039MPa. Na mesma, Z é o número total de aquecedores regenerativos e percebe-se que
em cada etapa adicional de regeneração produz um menor aumento da eficiência. Isso pode
ser claramente observado se comparar o acréscimo de quando se passa de 8 para 9 extracções
com o de 2 para 3 extracções, sendo o segundo acréscimo mencionado muito maior que o
primeiro. Para cada um dos valores de Z nas respectivas curvas correspondentes, pode-se
explicar o máximo característico na eficiência da seguinte forma: o aumento da temperatura
da água de alimentação é obtido aumentando a vazão do vapor através das extracções, o que
simultaneamente diminui o trabalho total realizado pelo vapor na turbina.

Centrais termoeléctricas a vapor ISPS 2019 19


Figure 7 Dependência entre a eficiência do grupo turbogerador, a entalpia da água de alimentação e o número de
extracções para o aquecimento regenerativo (Fonte: Stuchi,2015).

Apenas como observação, se forem comparados dois grupos turbogeradores de mesma


potência, sendo um deles puramente de condensação e o outro com aquecimento
regenerativo, conclui-se que o consumo de vapor do segundo é maior devido ao vapor das
extracções expandir-se somente de forma parcial na turbina.
Com relação aos aquecedores regenerativos, este pode receber duas diferentes classificações,
conforme seu princípio de operação, sendo essas:
De mistura: o aquecimento da água ocorre pelo contacto directo com o vapor, até que a água
atinja a temperatura de saturação. Neste tipo de sistema, há necessidade de dispor de uma
bomba após cada aquecedor, sendo que uma parte de tais bombas opera com água a
temperaturas elevadas (com pressão no aquecedor igual a pressão de vapor de extracção de
aquecimento). Tais fatos são vistos como as principais desvantagens dos aquecedores
regenerativos de misturas por deixar o sistema menos confiável e consumir mais energia.

De superfície: a troca de calor acontece por meio das paredes dos tubos de um trocador de
calor e a água circula pelo interior dos tubos e vapor pelo lado externo dos mesmos (carcaça).
Além disso, após determinar a classificação e o número de aquecedores a serem utilizados,
faz-se necessário determinar o destino do condensado do vapor das extrações nos

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aquecedores de superfície. Sendo assim, os esquemas de aquecimento regenerativo podem
ser:
Com bombas de drenagem em cada aquecedor: em virtude da mistura da drenagem com o
condensado ocorrer no ponto em que a diferença de temperatura entre os fluídos é mínima
(sendo a irreversibilidade do processo de mistura mínima também), é considerado o método
mais eficiente de todos. A Figura 8 ilustra tal esquema, sendo as siglas utilizadas: GE =
gerador eléctrico; C = condensador; A = aquecedor; BD = bombas de drenagem; BC = bomba
de condensado; BA = bomba de alimentação; CV = caldeira de vapor; TV = turbina de vapor.

Figure 8 Esquema térmico de uma central termeléctrica com aquecimento regenerativo e derivação de drenagem por
bombas (Fonte: Stuchi,2015).

Com derivação em cascata de drenagem: o condensado se movimenta para os aquecedores


que apresentam menor pressão e posteriormente vai para o condensador. Na Figura 9 é
possível ver este esquema e perceber que nas linhas de derivação são instalados purgadores
de condensado (PC), que tem por função aumentar consideravelmente o nível de condensado
nos aquecedores. Este é um processo de baixo custo por não utilizar bombas de drenagem,
porém é pouco eficiente quando comparado com outros esquemas (devido a drenagem de alto
potencial térmico ser derivada para um aquecedor de menor potencial).

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Figure 9 Esquema térmico de uma central termeléctrica com aquecimento regenerativo e derivação em cascata de
drenagem (Fonte: Stuchi, 2015).

Esquema combinado da derivação da drenagem: apresenta uma eficiência intermediária


quando comparado aos dois anteriormente apresentados. Neste, ocorre uma perda de calor
considerável pelo fato de evitar-se a derivação final para o condensador. A Figura 10 mostra
este esquema.

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Figure 10. Esquema térmico de uma central termeléctrica com aquecimento regenerativo e derivação combinada da
drenagem (Fonte: Stuchi, 2015).

Entre todos os esquemas de aquecimento regenerativo, o mais comum entre as centrais


termeléctricas inclui o desaereador como uma etapa adicional de aquecimento, conforme
Figura 11. Os aquecedores de alta pressão (AAP) estão inseridos após a bomba de
alimentação (BA), já os aquecedores de baixa pressão (ABP) são localizados entre a bomba
de alimentação e a bomba de condensado (BC).

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figure 11 Esquema de aquecimento regenerativo com desaeredor (Fonte: Stuchi, 2015).

9. Central termoeléctrica de cogeração com ciclo de vapor

O emprego de Turbinas a Vapor é a opção tecnológica mais difundida em indústrias e em


sistemas de rede de calor. O vapor na faixa de 20 a 100 bar, produzido em caldeiras, é
utilizado no accionamento de turbinas a vapor para geração de potência. O vapor de escape
ou de extracção, na faixa de 2 a 20 bar, é empregado como calor de processo.

A Cogeração com Turbinas a Vapor tem-se difundido principalmente na produção


centralizada de energia eléctrica nas grandes instalações (acima dos 20MW), e em indústrias
onde são indispensáveis elevadas quantidades de vapor para o processo. Entre as quais se
destacam as indústrias de pasta de papel, refinação de petróleo, química pesada, entre outras.
A grande difusão dos sistemas de Cogeração com Turbinas a Vapor pode ser parcialmente
atribuída às vantagens da longa vida útil e à adequação desses equipamentos ao uso de uma
grande variedade de combustíveis. Estes podem ir desde o carvão, até a recursos florestais
(madeira,etc), incluindo também o fuelóleo e o gás natural.

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.

Figure 12 . Esquema típico de uma central termeléctrica de cogeração (Fonte: Stuchi, 2015).

Os sistemas de Cogeração com Turbina a Vapor são de uma forma geral constituídos por
cinco grandes módulos: pré-aquecedor (onde a agua é pré-aquecida), caldeira, turbina,
condensador e gerador. Uma das particularidades deste método é o facto de ser possível usar
como fonte de energia para produzir vapor, o calor residual de algum outro processo ou
equipamento, através de absorção de calor.

O funcionamento deste sistema, começa com o pré-aquecimento da água, no pré-aquecedor.


De seguida esta água é direccionada para a caldeira, onde a energia extraída do combustível
usado é absorvida pela água fazendo com que esta atinja temperaturas suficientes para
produzir vapor de altíssima pressão. Este vapor de água entra na turbina, onde sofre uma
poderosa expansão, que faz com que a energia do vapor se transforme em energia mecânica,
através da rotação da turbina, produzindo assim trabalho útil. Depois de produzir trabalho na
turbina, o vapor já a uma pressão inferior (mas mesmo assim considerável), denominado de
vapor exausto, dirige-se para a etapa seguinte, que consiste num condensador. Neste
condensador o vapor é liquefeito, transformando-se uma vez mais em água, que retorna ao
princípio do ciclo, ou seja à caldeira. De notar que neste caso já não é necessário usar o pré-
aquecedor, uma vez que esta água encontra-se a uma temperatura já aceitável pela caldeira.

Acoplado ao eixo da turbina encontra-se normalmente um gerador, com vista a transformar a


energia mecânica recebida, em energia eléctrica, para ser distribuída conforme as
necessidades. O vapor depois de accionar a turbina, tal como já foi referido, ainda se encontra
a uma pressão considerável, sendo que parte deste vapor pode ser desviado para ser usado no
processo (a outra parte vai para o condensador), como fonte de vapor de alta ou baixa
pressão. Esta diferenciação na pressão do vapor é conseguida extraindo o vapor antes ou
depois de estar completamente expandido.

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As turbinas a vapor, podem ainda dividir-se em dois grandes grupos, consoante a pressão de
saída do vapor, Turbinas de Condensação e Turbinas de Contrapressão. Turbinas de
Condensação, são turbinas onde a pressão de saída do vapor é menor que a atmosférica,
sendo neste caso necessário o acréscimo de um condensador. As Turbinas de Contrapressão,
basicamente são turbinas onde a pressão do vapor de saída é superior à pressão atmosférica.

10. Balanço de vapor e água na central termeléctrica

O vapor é formado a partir de agua, que recebe calor e muda de fase (evaporação).
Dependendo da pressão da caldeira o agua vai evaporar a determinada temperatura para
formar vapor o vapor, denominada temperatura para formar o vapor, denominado saturado.
Quanto maior a pressão maior a temperatura. Esse calor recebido pelo vapor será
transportado para este, através, geralmente, da condensação de vapor. (Pera 1990)

O princípio de conservação de massa para um volume de controle assegura que a diferença


entre as massas que entram e saem deste volume deve corresponder exactamente à variação
de massa no interior do volume de controle, porque massa não se cria nem se destrói.
Naturalmente que quando não há variação na quantidade de massa no volume de controle as
massas que entram devem ser iguais às massas que saem deste volume. (Cordeiro 2005)

A expressão 1 é uma contabilidade dos fluxos de massa. Indica que a variação de massa
dentro do volume de controle durante o intervalo de tempo ∆𝑡 é igual à quantidade de massa
que entra menos a quantidade de massa que sai do volume de controle.

∆𝑚𝑣𝑐
= ∑ 𝑚𝑒 − ∑ 𝑚𝑠 (1)
∆𝑡 𝑒 𝑠

Na expressão 1, 𝑚𝑒 e 𝑚𝑠 correspondem as vazões mássicas na entrada e saída,


respectivamente, e ∆𝑚𝑣𝑐 correspondente a variação da quantidade de massa no volume de
controle.

Para volumes de controle em regime permanente, isto é, quando existe escoamento, mas sem
qualquer variação no tempo, não ocorrem variações de massa no interior do volume de

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controle. Portanto, vale a equação 2. Nestas condições, a soma das massas que entram é igual
à soma das massas que saem.

∑ 𝑚𝑒 = ∑ 𝑚𝑠 (2)
𝑒 𝑠

Esta última expressão é útil, por exemplo, para estimar a vazão de vapor em uma caldeira,
baseando-se na medição da vazão de água de alimentação, sempre quando não houver
variação em seu nível; isto é, sempre quando a caldeira não estiver variando sua quantidade
de massa interna. De fato, sobretudo em instalações de menor capacidade, é usualmente mais
simples e directo medir a vazão de água que entra na caldeira com um hidrómetro ou a
variação de nível no tanque de água de alimentação do que medir a vazão de vapor. (Cordeiro
2005)

Segundo Bazzo (1995), na maioria dos casos fica difícil uma identificação precisa de todos os
fluxos de massa que cruzam a fronteira do equipamento figura 1. Fica igualmente difícil uma
determinação precisa do fluxo de calor perdido para meio pelas paredes do equipamento. De
qualquer modo, é sempre interessante que se faca uma estimativa preliminar dos resultados
ou uma verificação da ordem de grandeza de cada variável envolvida do equipamento. Na
maioria dos casos, por exemplo, é ate impossível medir o fluxo de ar que entra na fornalha,
devido a própria concepção do equipamento. Entretanto conhecendo-se propriedades do
combustível, uma simples analise dos gases é suficiente para identificar o coeficiente de
excesso de ar e, por consequência, o fluxo real de ar e o fluxo real de gases de combustão. As
dificuldades são evidentes na determinação de outras variáveis, tais como purgas e vapor de
nebulização. Nessas situações recomenda-se consultar material técnico especializado ou
simplesmente adoptar valores aproximados, comumente encontrados em equipamentos
similares, desde que essas variáveis não representam peso considerável nos resultados finais
de balanco energético. A aplicação da equação da continuidade é sempre conveniente, pois
determina o balanco de massa do equipamento, conferindo ou calculando fluxos ainda não
conhecidos.

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Figure 13 identificam de fluxo de massa , normalmente considerados na balanco energético de
caldeiras (Bazzo 1995)

10.1. Calculo da energia útil

A energia útil representa aquela parcela realmente absorvida pela agua no interior do
equipamento, sendo calculada com base na energia absorvida.

Pélo economizador;

Por evaporação;

Pêlos superaquecedores;

Pêlos reaquecedores.q

A parcela de energia residual captada pelo pré-aquecedor de ar é considerada, na condição de


contorno, como energia ganha já associada ao fluxo de combustão.

A energia útil pode ser computada pela equação :

𝑞𝑢̇ ≅ 𝑚𝑣 . (ℎ𝑣̇ − ℎ𝑎 )

Onde:

𝑞𝑢 = energia absorvida pelo vapor (kw)\

𝑚𝑣 = fluxo de vapor (kg/s)

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ℎ𝑣 = entalpia do vapor (kj/kg)

ℎ𝑎 = entalpia da agua de alimentação (kj/kg)

Todas as entalpias são calculadas com a base na mesma temperatura de referencia adoptada
para calculo da energia fornecida na fornalha. É oportuno observar que o fluxo de vapor não
é, necessariamente, igual ao fluxo da agua de alimentação, tendo-se em conta que:

𝑚̇ 𝑣 = 𝑚̇ 𝑎 − 𝑚𝑝𝑔
̇ − 𝑚̇ 𝑛

Onde :

𝑚𝑎 = fluxo de agua de alimentação em (kg/s);

𝑚𝑝𝑔 = purgas (kg/s)

𝑚̇𝑛 = vapor para nebulização de óleo combustível.

O tratamento químico da agua de alimentação também é indispensável e deve ser adequado


para que a taxa de concertação de sólidos no interior da caldeira esteja dentro de limites
aceitáveis. A incrustação, um dos sérios problemas provocados pela agua não tratada, implica
na queda de rendimento da caldeira afectando no rendimento global do ciclo ,
superaquecimento localizado, com redução da resistência mecânica do material e acidentes
devido a expansão irregular ou ruptura dos tubos.

11. Esquema térmico principal e completo das centrais termeléctricas

Na Figura 2 tem-se um esquema que demonstra melhor a realidade, sendo: TV = turbina de


vapor; G = gerador; BA = bomba de alimentação; C = condensador; BC = bombas de
condensado; E = ejector principal; RE = resfriador do ejector principal; ES = ejector de selos;
RES = resfriador do ejector de selos; AS = aquecedor de selos; A1-A4 = aquecedores; RC =
resfriador de condensado; D = desaereador.

O ejector de selos succiona o vapor das câmaras extremas dos selos a e b, enviando o mesmo
para o resfriador do vapor dos selos (RVS, o qual não aparece na Figura 2). Verifica-se que
uma parcela do vapor de alta pressão usado na selagem da turbina é enviada por c e d até os
aquecedores A4 e A2. Observa-se também a maneira com que é feita a recuperação da

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energia residual do vapor usado no ejector principal E, através do resfriador do ejector
principal (RE). (STUCHI 2015)

Figure 14 Esquema térmico de uma instalação de turbinas com a utilização dos escapes de vapor através dos selos
terminais da turbina e dos selos das válvulas (STUCHI, 2015)

12. Impacto ambiental das centrais termoeléctricas a vapor

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13. Conclusão

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14. Bibliografia
Bazzo, Edson. geracao de vapor . Florianopolis: UFSC, 1995.

Cordeiro, Marcos Luiz Rodrigues. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NO USO DE VAPOR. Rio


de janeiro : ELETROBRÁS, 2005.

Pera. geradores de vapor . sao paulo : Fama, 1990.

STUCHI, Gabriel. “GERAÇÃO TERMELÉTRICA: PRINCIPAIS COMPONENTES E


TIPOS DE CENTRAIS TERMELÉTRICAS.” sao carlos, 2015.

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