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Guia de Checagem de Fatos

Como posso verificar a confiabilidade de um site?


Análise do endereço (URL): Sempre cheque se o site é original ou se o seu
endereço foi construído com pequenas modificações no nome ou na extensão,
com a ideia de enganar um leitor distraído ou apressado. Muitas vezes os sites
de desinformação levam os nomes de veículos conhecidos, alterando pequenos
detalhes.

Usando o Whois (www.whois.com/whois/): Essa é uma ferramenta indispensável


para descobrir quem está por trás de um site, ou seja, quem registrou seu
domínio. Ao inserir o URL na janela de pesquisa, você obtém informações
detalhadas sobre quem, onde e quando o domínio foi registrado. Em alguns
casos, a informação é ocultada, e isso também pode ser uma indicação de que o
site não é confiável.

Como posso verificar a confiabilidade de um perfil de mídia social?


Indicador de conta verificada: Figuras públicas e outras pessoas, no Twitter ou
em outros lugares, solicitam que sua conta seja verificada para evitar fraudes e
fakes. Se uma conta não é verificada, mas deveria ser, melhor ser cauteloso e
fazer mais verificações.

Histórico da conta: Cheque quando o conteúdo foi publicado, a rede de amigos


e seguidores, as curtidas e outras pistas que podem ajudar a entender se uma
conta foi criada com um propósito específico, como intervir em um debate
eleitoral ou para fins publicitários. Se uma conta tiver poucos amigos e todos se
parecerem com bots, seja cauteloso. Se os tuítes ou mensagens publicadas
estiverem concentrados em um único momento, fique alerta. Se não houver
conteúdo original, mas apenas retuítes e compartilhamentos de outras contas,
desconfie.

O que é “caça-cliques”? E como posso reconhecer isso?


“Caça-cliques” significa usar conteúdo exagerado ou desonesto criado com o objetivo
de fazer o usuário clicar em um link.

Um conteúdo assim pode ser reconhecido por alguns elementos:


- Títulos em letras maiúsculas;
- Tom exagerado ("notícia urgente", especialmente de uma fonte não-confiável);
- Títulos inacabados, terminando com reticências.

Tudo isso são estratégias que nos levam a baixar o escudo da racionalidade e nos
intrigam, fazendo-nos abrir o link. E isso, por sua vez, gera receita para aqueles que
criaram o caça-cliques. Isso também pode servir para coletar dados dos nossos perfis
nas redes sociais, para serem reutilizados para marketing ou outros fins. Mesmo as



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mídias tradicionais algumas vezes divulgam posts nas mídias sociais que mais intrigam
do que informam.

O que é um meme? Como posso rastrear sua criação e disseminação?


Um meme é uma imagem, um vídeo ou um texto, irônico ou satírico, que se torna viral
graças a versões novas e modificadas por internautas. O Know Your Meme
(knowyourmeme.com) e o Museum of Hoaxes (hoaxes.org) são dois portais que
reconstroem a criação e difusão dos mais famosos memes virais (em inglês).

Como posso verificar se uma imagem é autêntica ou se já foi usada em outro lugar?
O Google Imagens é o método mais rápido para verificar em que circunstâncias uma
imagem foi compartilhada e em que contexto. A pesquisa reversa de imagens pode ser
feita com um arquivo ou com um link. Às vezes, no caso de boatos já verificados, as
checagens surgem entre os primeiros resultados.

O TinEye (http://www.tineye.com) é uma ferramenta mais sofisticada. Quando o arquivo


ou o link relacionado à imagem é carregado, outros critérios podem ser adicionados à
busca, incluindo encontrar versões modificadas ou fazer um levantamento cronológico
(achar o exemplo mais antigo é útil para entender se uma foto foi descontextualizada e
republicada como nova)

Como posso reconhecer uma fotomontagem ou uma foto modificada?


Uma primeira seleção já pode ser feita graças às buscas do Google Imagens e do TinEye.
Para uma verificação mais aprofundada, ou em casos de “jornalismo investigativo”,
existem recursos mais complexos.

Fotoforensics (http://fotoforensics.com/) é uma ferramenta avançada que nos permite


uma análise sofisticada da qualidade de uma foto, especialmente de suas possíveis
modificações. O site oferece vários tutoriais em inglês.

Já o EXIF (http://exif.regex.info/exif.cgi) baseia-se nos metadados – rótulos digitais


inseridos na imagem que fornecem uma análise muito detalhada sobre o tipo de
câmera ou dispositivo usado, a data e o local onde a foto foi tirada.

Quais ferramentas podem ser usadas na análise de vídeos?


Mesmo um vídeo pode ser descontextualizado ou usado como ferramenta para
disseminar desinformação. Por isso, é importante saber como reconstruir sua origem e
seu contexto.

O YouTube Data Viewer (citizenevidence.org/2014/07/01/youtube-dataviewer/) permite


visualizar os dados dos uploads originais e analisar capturas de tela individuais de um
vídeo. Esse último recurso pode ser usado para fazer uma busca reversa por imagens,
uma ferramenta crucial para entender se uma imagem ou foto antiga foi reciclada em
um contexto diferente.

O Frame by Frame for YouTube é uma extensão do Chrome que permite analisar um
vídeo quadro a quadro, para que você possa entender melhor se há algum detalhe fora
do lugar.



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E o Hugin Photo (http://hugin.sourceforge.net) transforma a sequência de um vídeo em


uma foto panorâmica. É uma ferramenta que pode ser útil quando você precisa
identificar o local onde as tomadas foram feitas.

Se eu não conseguir encontrar uma informação no Google, quais outros serviços


posso usar?
Wolfram Alpha (www.wolframalpha.com) é um serviço de busca “computacional”:
interpreta as palavras-chave fornecidas pelo usuário, integra os dados à sua disposição e
processa uma resposta (os serviços de busca mais tradicionais geralmente fornecem
links simples). Dessa forma, ele permite que pesquisemos muitas coisas: clima, eventos
históricos, conhecimento científico, esportes, transporte e muitos outros assuntos. No
caso do clima, por exemplo, você precisa apenas adicionar uma localização e uma data
para ver o clima em um dia específico no passado. Isso pode ser útil para conferir se a
data apresentada em um vídeo coincide com o clima nos arredores naquele dia.

Como é possível determinar a legitimidade de um periódico científico?


Nem todas as revistas científicas são iguais. Um dos métodos para descobrir se o artigo
publicado em um periódico é confiável consiste em checar o fator de impacto da
publicação. O índice baseia-se em quantas citações os artigos de uma revista recebem
de artigos publicados em outros periódicos científicos.

Existem vários serviços que classificam os periódicos com base nisso. O SJR Scimago
Journal e Country Rank (http://www.scimagojr.com/) é gratuito e traz um ranking de
mais de 20.000 revistas em todo o mundo.

Qual é a melhor ferramenta para geolocalizar um conteúdo?


Geolocalização é o mecanismo que nos permite identificar a posição de um objeto, um
lugar ou uma pessoa no mundo. O Google Earth Pro é outra ferramenta avançada (para
download em sua área de trabalho, www.google.com/intl/it/earth/desktop/) que, em
comparação com o Google Maps, concede acesso a muito mais conteúdo histórico e
mais modos de visualização (satélite, histórico, imagens 3D). Também nos permite
processar dados como distâncias e superfícies.



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Dez regras simples

1. Sempre verifique o endereço web


Muitas vezes, os sites que criam desinformação tomam o nome dos jornais mais
famosos, alterando pequenos detalhes.

2. Dê uma olhada na seção “Sobre nós”


Sites confiáveis ou contas de redes sociais fornecem informações sobre os autores e
como contatá-los. Se esses detalhes estiverem faltando, não confie neles.

3. Olhe se há o ‘tique-azul’
Você pode “verificar” seu perfil no Facebook, Twitter e Instagram. Se a conta de uma
personalidade famosa não tiver o ‘tique-azul’, cheque novamente.

4. Desconfie de manchetes em caixa alta


Os títulos e reticências "gritando" são usados com frequência para chamar sua atenção
e ganhar mais cliques.

5. Vá atrás da fonte primária


Se a notícia tiver links ou referências a outras fontes, verifique se elas realmente estão
de acordo com o que está declarado no artigo.

6. Sempre procure por confirmações


Não tome como verdadeiras notícias que aparecem em um único site ou perfil de rede
social. Tente ver se outras fontes confiáveis relatam as mesmas informações.

7. Verifique a data e a localização


Muitas vezes, fotos ou vídeos antigos são republicados para enganar os leitores. Se
puder, tente descobrir quando e onde foram publicados pela primeira vez.

8. Certifique-se de que não é uma piada


Alguns conteúdos que parecem sérios foram criados para tirar sarro. Em caso de
dúvida, verifique se é um meme ou boato que já circulou antes.

9. Cuidado com fotomontagens


Fotos e vídeos "bons demais para ser verdade" às vezes são o resultado de retoques ou
edições. Preste atenção aos detalhes.

10. Pense antes de compartilhar


Respire fundo antes de espalhar um conteúdo: compartilhar é bom, mas fazê-lo de uma
maneira consciente é muito melhor!



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Créditos

“Cheque Isso!” é um jogo de RPG criado por Gianluca Liva com a Factcheckers.it para a
International Fact-Checking Network. Foi traduzido para o português por Bárbara
Libório, da plataforma Aos Fatos (http://aosfatos.org), e por Maurício Moraes e Patrícia
Figueiredo, do Truco (http://apublica.org/truco) – projeto de fact-checking da Agência
Pública. A revisão final foi feita por Maurício Moraes, do Truco, e por Tai Nalon, do Aos
Fatos.

A Factcheckers.it é uma associação italiana sem fins lucrativos criada em 2016 por
Gabriela Jacomella, Fulvio Romanin e Nicola Bruno. Trata da criação de formatos
inovadores para a difusão da cultura de verificação de fatos e da alfabetização midiática
em contextos educacionais.

Apoio ao desenvolvimento: Donato Ramani


Aconselhamento científico: Sociedade Italiana de Genética Agrícola
(www.geneticagraria.it).
Gostaríamos de agradecer a Dario Riccardo Valenzano, líder do grupo do Instituto Max
Planck de Biologia do Envelhecimento, em Colônia (Alemanha), e da associação cultural
Kaleidoscienza.

"Cheque Isso!" é um jogo de discussão originalmente desenvolvido em italiano. Caso


pretenda traduzir os textos para outro idioma, recomenda-se prestar especial atenção
aos termos utilizados, de modo a não alterar o significado do conteúdo.

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