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O mito de eros e psique

PAULO ROGÉRIO DA MOTTA


O MITO DE EROS E PSIQUÊ
14 de abril de 2016

A história de Eros e Psiquê é um mito da era clássica grega.

Fala da história do amor entre um deus e uma mortal, do princípio feminino e do


amor.

SOBRE O MITO DE EROS E PSIQUÊ


A história de Eros e Psiquê é um mito antigo, pré-cristão, da era clássica grega
(séculos V e IV a.C. até o início do século III a.C.), mas antes disso já existia na
tradição oral.

O mito de Eros e Psiquê foi descrito por Lúcio Apuleiro (150 d.C.) no romance
“Metamorfoses” (“Metamorphoseon Libri XI” ou “Onze livros de metamorfose”),
mais conhecido como “O asno de ouro”.

O MITO DE EROS E PSIQUÊ


Em um reino vivem o rei, a rainha e suas três filhas. Duas princesas são mulheres
sem grandes atrativos e não são pessoas que se destacam em meio às outras
pessoas, porém a princesa mais nova, que se chama Psiquê, é extraordinariamente
bela e naturalmente é notada por todos, devido não só à sua beleza, mas também ao
seu charme, personalidade e forma de agir e falar.

Tais características fazem com que ela tenha um porte de deusa e as pessoas à sua
volta, em razão de sua notável presença, realmente a veneram e até a cultuam,
chegando, inclusive, a dizerem: “Eis aí a nova Afrodite, eis aí uma nova deusa”.

Afrodite, a deusa da feminilidade, começou a perceber a adoração que era destinada


à Psiquê e muitos já comentavam que Psiquê estaria tomando o lugar dela.

Psiquê é a preocupação de seus pais porque suas filhas mais velhas, apesar de não
serem tão encantadoras quanto ela, já estão felizes e casadas com reis de reinos
vizinhos, porém não aparece ninguém para pedir a mão da formosa Psiquê.

O rei então decide consultar um oráculo, porém o oráculo que o rei consulta é
dominado por Afrodite que com inveja e raiva de Psiquê faz com que a resposta do

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oráculo seja uma terrível profecia: Psiquê deveria desposar uma criatura horrível e
repulsiva.

Psiquê é levada em uma procissão para o casamento como se este fosse um cortejo
fúnebre e então é acorrentada em uma pedra no alto de uma montanha.

As lágrimas do cerimonial e os adornos são misturados em razão do casamento e


também do funeral. Rei e rainha choram, apagam suas tochas e Psiquê é ali deixada
para ser entregue à terrível criatura.

Afrodite para consolidar o seu plano de destruir Psiquê pede a ajuda de seu filho
Eros, o deus que era temido até pelos próprios deuses, pois até mesmo Zeus, o mais
poderoso deus do Olimpo nada poderia fazer contra suas flechas que quando
atingiam alguém faziam com que fosse dominado pela paixão.

O ENCONTRO ENTRE EROS E PSIQUÊ


O plano de Afrodite era o de que Eros (também conhecido como Cupido) lançasse
uma flecha em Psiquê para que ela se apaixonasse pelo seu futuro esposo.

Eros, porém, ao ver Psiquê se distrai e acidentalmente acaba espetando seu próprio
dedo com uma de suas flechas e então é ele, o deus do amor, quem acaba se
apaixonando por Psiquê.

Tomado pela paixão, Eros pede a Zéfiro, o Vento Oeste, que leve sua amada para o
Vale do Paraíso. Psiquê que seria, até então, entregue à terrível criatura agora se
encontra num paraíso e diante da situação aceita-a maravilhada, principalmente por
ter sido deixada numa linda sala com música, comida e servos.

Ali no Paraíso a diversão e a beleza eram presentes em todos os dias e a situação


atual era muito mais favorável do que a anterior quando estava sendo entregue à
morte.

PSIQUÊ SE ENCANTA COM O PARAÍSO.

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Ela agora vive num lugar onde tem tudo o que quer e é a mulher de um deus. Mas
condições foram impostas à Psiquê para que ela pudesse continuar morando no
Paraíso: ela nunca poderia olhar para seu marido quando este a procurasse todas as
noites e ela também nunca poderia lhe fazer qualquer pergunta sobre seus atos.
Psiquê, por querer continuar sendo a sua esposa, aceita todas as suas condições.

AS IRMÃS DE PSIQUÊ
As irmãs de Psiquê ao saberem que ela estava morando num paraíso e casada com
um deus ficaram com muita inveja, mas procuraram esconder sua inveja e foram
até à montanha onde Psiquê fora levada em sacrifício e a invocaram para lhe
cumprimentar e perguntar como estava sua saúde.

Psiquê atendeu ao pedido das irmãs e teve contato com elas.

Psiquê à noite conta para Eros seu encontro com as irmãs e este a adverte que isso
era muito perigoso e ela não deveria dar ouvidos à elas.

Eros disse à Psiquê que ela estava grávida e que deveria manter a obediência que
prometera a ele porque senão poderia acontecer algo terrível: a criança que nasceria
seria uma mulher mortal e ele a abandonaria.

Psiquê diz continuará não lhe fazendo perguntas e seguirá suas ordens, porém as
irmãs de Psiquê continuam a procurá-la e Psiquê pede a Eros consentimento para
vê-las e ele, por fim, consente.

As irmãs de Psiquê são então levadas pelo Vento Oeste e descem no jardim do
paraíso de Eros e Psiquê e a inveja delas aumenta a cada passo que dão no paraíso.

Psiquê é bombardeada de perguntas pelas irmãs e argumenta com as irmãs que seu
marido é muito jovem e amável e que passava a maior parte do tempo caçando.

Antes das irmãs partirem, Psique dá a elas preciosos presentes.

Eros novamente adverte Psiquê do perigo das visitas de suas irmãs, mas Psiquê
insiste e as irmãs acabam por voltar e tecem um terrível plano.

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Quando suas irmãs retornam pela terceira vez elas dizem à Psiquê que seu marido
era, na verdade, uma repugnante serpente e que o plano dele era devorar tanto ela
quanto seu filho e que isso aconteceria assim que a criança nascesse, mas que elas a
ajudariam a livrar-se de tão horrível destino.

A LÂMPADA E A FACA
Elas dizem à Psiquê que ela deveria colocar na cabeceira de sua cama uma lâmpada
em uma redoma e uma faca muito afiada embaixo de seu travesseiro e que quando
Eros viesse visitá-la à noite ela deveria esperar ele dormir e então cortar sua cabeça.

A ingênua Psiquê é persuadida por suas irmãs e decide levar avante o plano das
irmãs.

Eros então aparece à noite para seu encontro com Psiquê e, após ele dormir, Psiquê
coloca-se ao lado da cama, apanha a faca e acende a lâmpada e olha para Eros.

Psiquê fica deslumbrada com a beleza de seu marido, ele era a criatura mais bela
que já havia visto e então se sente inundada de culpa diante do deus do amor e,
pela primeira vez pensa em suicídio.

Psiquê, nervosa deixa sua faca cair e desajeitada pelo nervosismo acaba por
acidentalmente se espetar numa das flechas de Eros e instantaneamente se apaixona
por ele.

Ela afasta a lâmpada do rosto de Eros, mas uma gota de óleo quente cai no ombro
direito do deus e a dor o acorda.

Eros percebe o que acontecera e tenta voar para longe de Psiquê, mas ela o segura e
agarrada em Eros sai do Paraíso, porém não aguenta se segurar por muito tempo e
cai.

Eros pousa perto dela e diz que ela a desobedecera e que tinha quebrado a sua
promessa e que a punição por isso seria a ausência dele além de que o filho que ela
carregava nasceria mortal e então voa deixando Psiquê sozinha.

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PSIQUÊ E AFRODITE
Psiquê ao ver Eros voando embora pensa em se suicidar jogando-se no rio, porém
Pan, o deus dos pés fendidos e a ninfa Eco que estão à beira do rio convencem-na
de não fazer tal coisa.

Pan diz para Psiquê rezar a Eros, pois ele é o deus do amor e compreende aqueles
que sofrem em razão do amor e que, desta forma, a entenderia e a aceitaria de
volta.

Psique reza para Eros, mas, ao invés, de procurar diretamente o deus do amor ela
prefere procurar ajuda em vários templos de deusas, mas ela foi rejeitada em todos
os templos, pois temiam que Afrodite considerasse isso uma proteção à jovem que
feriu seu filho.

Psiquê então percebe que precisa procurar diretamente Afrodite e é isto que ela faz.

Afrodite a recebe e com duras palavras diz que não serve para nada além de tarefas
subalternas e que a única forma de conseguir libertar-se de tal desígnio seria ela
cumprindo quatro tarefas que ela, Afrodite, indicaria a ela.

A MONTANHA DE SEMENTES
Na primeira tarefa proposta por Afrodite ela mostra uma enorme montanha de
sementes de tipos diferentes e diz à Psiquê que ela deverá separar e selecionar cada
tipo de semente antes do anoitecer e se ela não conseguir executar a tarefa o seu
castigo será a morte.

Afrodite se vai e Psiquê se vê desconsolada diante da montanha de sementes, então


se senta e espera uma solução e acaba por adormecer.

Durante seu sono aparecem milhares de formigas que, grão por grão, separam cada
semente de acordo com a sua espécie e Psiquê ao acordar viu que a tarefa estava
cumprida.

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O TOSÃO DE OURO
A segunda tarefa imposta por Afrodite será a de que Psiquê busque o tosão de ouro
– lã de ouro – dos ferozes carneiros que pastam na margem oposta do rio e
novamente diz que se a tarefa não for cumprida o castigo será a morte.

Quando Afrodite se afasta, Psiquê se desespera e pensa mais uma vez em suicídio.

Ela se dirige ao rio que a separa dos carneiros, mas com a proposta de se matar,
porém, no último instante, uma voz sai dos juncos da margem do rio e lhe diz que
ela não poderia se aproximar dos animais durante o dia, pois os animais a
matariam, mas que se ela procurasse um espinheiro na margem do rio no início da
noite, então poderia recolher a lã que costumava ficar presa nos espinhos e, assim,
ela poderia obter a lã necessária para contentar Afrodite.

Psiquê assim fez e pela segunda vez conseguiu realizar a tarefa. Afrodite retorna e
não consegue crer que Psiquê tenha conseguido completar a segunda tarefa e
enfurecida decide derrotar a moça na terceira tarefa.

A TAÇA DE CRISTAL
Ela pede que Psiquê encha e entregue a ela uma taça de cristal com a água do rio
Estige.

Este é um rio circular que nasce no alto de uma montanha e sua escalada é muito
íngreme, em sua descida o rio desaparece sob a terra passando pelas regiões abissais
do inferno e então retorna às suas origens.

Além disso, o rio é guardado por terríveis monstros o que torna impossível a sua
aproximação.

Afrodite retira-se confiante de que a moça não conseguirá realizar a tarefa e Psiquê
outra vez se desestrutura e fica imobilizada por não saber como realizar tal feito e
sua descrença é tão grande que ela sequer consegue chorar.

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Neste momento aparece a águia de Zeus, pois o poderoso deus quer ajudar seu filho
Eros e assim ordena que sua águia vá até Psiquê e então a águia pega a taça de
cristal das mãos da moça e voa até o rio, enche a taça e a traz de volta para Psiquê.

Assim Psiquê consegue realizar a terceira tarefa.

Afrodite retorna e vê que a terceira tarefa fora também realizada e então resolve
dar a mais difícil das tarefas, algo que será impossível a moça realizar.

O UNGUENTO DA BELEZA
Afrodite ordena que Psiquê desça até os infernos e procure Perséfone, a esposa de
Hades, o senhor do mundo inferior e dos mortos, e consiga com ela um pequeno
cofre onde ela guarda seu unguento da beleza.

Afrodite se retira certa de que finalmente daria fim à moça.

Psiquê mais uma vez se desespera e então sobe em uma alta da torre para de lá se
jogar, pois somente morrendo poderia chegar ao mundo dos mortos.

Psiquê antes de consumar sua estratégia fatal recebe novamente ajuda e desta feita
não é de um ser vivo e sim da própria torre em que subira.

A torre lhe explica como realizar sua jornada ao mundo dos mortos.

A torre diz que Psiquê deverá levar nas mãos dois pedaços de pão de cevada e na
boca duas moedas, que no caminho deverá recusar ajudar um homem coxo e
também não deverá salvar um homem que estará se afogando, além de não se
intrometer com as três tecelãs do destino e que ela também deve recusar qualquer
coisa que lhe for dada para comer.

A torre instrui que as moedas serão para pagar o barqueiro Caronte que faz a
travessia do rio Estige em sua ida e volta e que os pães serviriam para alimentar
Cérbero, o cão de três cabeças e guardião das portas do inferno.

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A DESCIDA AO HADES
E Psiquê em sua jornada:

1. Paga o barqueiro Caronte na ida e na volta com uma moeda


2. Encontra um homem coxo que lhe pede ajuda para apanhar a lenha que
caíra de seu jumento e nega ajuda
3. Encontra um homem que está se afogando e também recusa ajudá-lo
4. Encontra as três tecelãs do destino e apesar do desejo de interagir com
elas segue seu caminho
5. Fica diante de Cérbero, o cão de três cabeças e atira um pedaço de pão
na ida e outro na volta e em ambas situações as cabeças brigam entre si, pois é
apenas um pedaço de pão e três cabeças
6. Enquanto as cabecas de Cérbero brigam, Psiquê se aproveita e passa por
eles
7. Encontra Perséfone que simpatiza com ela e lhe oferece um banquete que
gentilmente é recusado
8. Por fim, ganha de Perséfone o cofre com o unguento da beleza

Bastaria agora à Psiquê entregar o cofre à Afrodite e ela teria cumprido todas as
tarefas, mas não é isto que acontece.

O SONO DA MORTE DE PSIQUÊ


Psiquê tem o pequeno cofre com o unguento da beleza de Perséfone nas mãos e
questiona por que ele seria tão importante para Afrodite e movida pela curiosidade
e pela ideia que já não estava tão bela devido às duras tarefas que enfrentara decide
por abrir o cofre.

Mas ao invés de encontrar a beleza, Psiquê encontra o sono da morte.

Eros que sabia ou sentia que sua amada corria perigo, já curado de sua ferida, voa
até Psiquê e encontra-a adormecida na morte e então coloca novamente o sono da
morte no cofre e desperta Psiquê.

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A TRANSFORMAÇÃO EM DEUSA
Após, o deus do amor leva sua amada até o Monte Olimpo e pede a seu pai, Zeus,
que este a transforme em deusa.

Afrodite aparenta concordar com a ideia e com a anuência dos demais deuses,
Psiquê é então transformada em deusa e, desta forma, Eros e Psiquê se casam e ela
dá à luz a uma menina que se chama Prazer.

Paulo Rogério da Motta

23 de maio de 2017

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