Usinabilidade

O termo usinabilidade compreende todas as propriedades de um material que têm influência sobre o
processo de usinagem.

Com o termo usinabilidade são descritas todas as dificuldades que um material apresenta na sua
usinagem.

A usinabilidade de um material sempre é observada no contexto do processo de fabricação, do material da

ferramenta e das condições de corte.

Para a descrição da usinabilidade muitas vezes são empregados os símbolos (Zv) e (Zs), onde o índice "v"
está para o desgaste, e o índice "s" para o cavaco e formação de cavaco.

Para avaliar a usinabilidade geralmente são usados quatro critérios:

‑ Vida da ferramenta;

‑ Força de usinagem;

‑ Qualidade superficial da peça;

‑ Forma dos cavacos.

Fonte:

Prof. R. P. Zeilmann
 Critérios de Usinabilidade
A usinabilidade é uma propriedade complexa do material a ser usinado e é, na usinagem com um certo
material de ferramenta, independente das propriedades de manutenção da integridade de gume da
ferramenta.

Como manutenção da integridade de gumes é definida a propriedade do gume de uma ferramenta de

resistir aos esforços que ocorrem durante formação dos cavacos de um material da peça por um
determinado tempo.

No julgamento e no teste de usinabilidade são empregados vários critérios que necessariamente não são
interdependentes, e devem portanto ser determinados separadamente.

1 Critério vida da ferramenta

Para a caracterização da usinabilidade de um material de peça, a vida da ferramenta “T” é o critério de

maior importância.

A vida "T" é o tempo mínimo durante o qual uma ferramenta resiste do início do corte até a sua utilização
total, relacionada a um certo critério de fim de vida sob certas condições de usinagem.

Para a determinação da vida de uma ferramenta, na prática são empregados testes de longa duração, com
as velocidades de corte usuais em máquinas-ferramentas, o que no entanto exigem um elevado tempo de
Fonte:ensaio e grande quantidade de material.

Prof. R. P. Zeilmann
 “VIDA DA FERRAMENTA é o tempo em que a
mesma trabalha efetivamente, sem perder o
corte, ou até que se atinja um critério de fim
de vida previamente estabelecido”.

Fonte:

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 A vida da ferramenta pode ser expressa de várias maneiras:

• tempo de corte (em remoção) [min]

• tempo total de trabalho (caso de cortes interrompidos -
fresamento) [min]
• percursos de corte [m]
• percurso de avanço [mm]
• volume de material removido [cm3]
• número de peças produzidas
• número de furos (furação, alargamento, etc)
• velocidade de corte para um determinado tempo de vida
[m/min]
• outros.
Fonte:

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 O critério de fim de vida é, geralmente, estabelecido pelo
grau de desgaste.
A grandeza deste desgaste depende de inúmeros fatores,
entre eles:

a) receio da quebra do gume, devido ao desgaste

b) temperaturas excessivas atingida pela ferramenta
c) tolerâncias dimensionais
d) qualidade superficial
e) aumento excessivo das forças de usinagem (potencia)
f) etc...

Fonte:

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 Critérios de Usinabilidade

Critérios de final de vida:

Industriais
Vibrações / ruídos / cavaco / rebarbas / ...

Laboratório:

VB 0,2 – 0,8 acabamento – desbaste

diâmetros pequenos / grandes
VB max

Outros... (previamente definidos!)

Fonte:

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 Os fatores que influenciam a vida da ferramenta, são os
fatores que afetam a forma e os mecanismos de desgaste
da mesma.

São vários parâmetros:

• Quanto à peça
• Quanto à ferramenta de corte
• Quanto ao fluido de corte
• Quanto à máquina ferramenta
...

Fonte:

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 Quanto à peça:
• composição química
• tamanho de grão
• fusão e processo de fundição
• fabricação - fundido
• - forjado
• - laminado
• - trefilado
• tratamento térmico - recozimento
• - normalização
• - tempera e revenido
• propriedades: - resistência a tração
• - ductilidade
• - dureza
• - encruabilidade
• dimensões e forma
• microestrutura
Fonte:

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 Testes de Usinabilidade 100
m in
80
1 Critério vida da ferramenta 60

- curva da vida 40

30 P o n to s d e
v c 3 0 = 3 7 m / m in m e d iç ã o
20
ηv = 95° T V id a
k = ta n η = -1 1 ,4 v
c
V e lo c id a d e d e c o rte
v ηv

Vida T
- 1 = 0 ,0 9 η I n c lin a ç ã o d a c u rv a vc
k M a t e r ia l d a p e ç a Ck 45
10 0 ,0 9 = 5 0 M a t e r ia l d a f e r r a m e n ta S 1 0 -4 -3 -1 0
vc30° T
8

vc30

1
10 20 40 60 m 100
m in
V e lo c id a d e d e c o r t e v c

Fonte: König

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 Critérios de Usinabilidade
2 Critério forças de usinagem

O conhecimento da grandeza e da orientação da força de usinagem F ou de suas componentes força de

corte Fc, força de avanço Ff e força passiva Fp é a base:

‑ Para o projeto de uma máquina-ferramenta, isto é, para o dimensionamento correto das estruturas,
acionamentos, fixação de ferramentas e guias, entre outros elementos;

‑ Para a determinação das condições de corte em condições de trabalho;

‑ Para a avaliação da precisão de uma máquina-ferramenta, em certas condições de trabalho (deformação

da peça e da máquina);

‑ Para a determinação de procedimentos que ocorrem na região de formação de cavaco e para a

explicação de mecanismos de desgaste.

Além disso, a grandeza da força de usinagem é um critério para a usinabilidade de um material -

geralmente materiais de difícil usinabilidade apresentam forças de usinagem maiores.

Fonte:

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 Critérios de Usinabilidade
3 Critério qualidade superficial

A qualidade de superfícies obtidas por usinagem pode ser um critério para a determinação dos parâmetros
de entrada na usinagem, caso não haja outros critérios específicos.

Como fatores influentes sobre a qualidade superficial, de início serão consideradas as condições de corte
e a geometria da ferramenta.

Os fatores que influenciam na superfície estão resumidos, de forma característica, na figura seguir.

A rugosidade cinemática é decorrente da forma da quina da ferramenta e do movimento relativo entre peça
e ferramenta.

No torneamento, ela é influenciada principalmente pela forma do gume e pelo avanço.

Fonte:

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 Grandezas influentes sobre a qualidade superficial na usinagem de metais

Rugosidade cinemática Rugosidade da superfície de corte Outras influências

Mec. de corte e
Movimento Perfil do deformação no Alteração da Vibrações; cavacos em
relativo do gume de corte gume de corte; superfície de contato com a peça;
gume da Zona de corte deformação dos
ferramenta retenção de mecanismos de avanço
gume postiço

Influenciado Influenciado Influenciado Influenciado

Influenciado
por: por: por: por:
por:

Desgaste na Rigidez de sistemas dinâmicos

avanço Desgaste no Geometria de
quina e Ferramenta-peça-máquina
gume secundário corte ativa α,γ,λ
Velocidade de superfície livre
corte
Tipo, estrutura e Relação entre Força de corte
entalhes resistência do atrito e desgaste Formação de cavaco
material da peça
abrasão Esrutura intern do gume
Fluido
Tempertura de refrigerante Material da peça
corte Condições de corte
Mat. de corte

Fonte: König

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 Critérios de Usinabilidade
Regiões válidas
3 Critério qualidade superficial ou e

4 Critério formação de cavaco

A forma e tamanho dos cavacos, bem como a maneira com que se forma o mesmo, têm uma importância
predominante principalmente em processos que apresentem um volume de espaço reduzido para
armazenamento do cavaco (por exemplo furação, brochamento e fresamento) e em autômatos de
usinagem, devido ao pequeno espaço disponível para o trabalho e ao grande volume de cavaco gerado.

Além disso existe possibilidade de concluir‑essobre a usinabilidade de um material pelo fator de recalque do
cavaco.
Fonte: König

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 Critérios de Usinabilidade

3 Critério qualidade superficial

Superficial e subsuperficial...

Características Ar Características
externas internas

Química Depósitos, adsorção, óxidos

Rugosidade
Ondulação
Forma Microestrutura
Textura Dureza
Material subsuperficial alterado Trincas
Vazios
Rebarbas Tensões residuais
Transformações
Deformações
Material Base plásticas
Camada branca
Fonte: König

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 QUALIDADE SUPERFICIAL
° É um critério para determinação dos parâmetros tecnológicos envolvidos no
processo de usinagem;
° Medição de rugosidade;

Rugosímetro de bancada Rugosímetro portátil

Fonte: UCS Fonte: UCS

Fonte:

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 Subsuperficie
Estado de uma superfície e subsuperfície...

Fonte:

Prof. R. P. Zeilmann
 Subsuperficial
Interferência ?

Cavaco

Ferramenta

Região afetada

Peça Peça

Fonte:

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 Subsuperficies
Interferência

Fonte:

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 Subsuperficies
InterferênciaFuração HSS
Objetivo?
Reduzida

Aplicações?

Métodos?
(avaliação)

(500 x) Nital 2%

Fonte:

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 Critérios de Usinabilidade
4 Critério formação de cavaco

As principais influências sobre a formação de cavaco são as condições de corte e a geometria da

ferramenta.

A quebra adequada do cavaco pode ser obtida pela diminuição da deformabilidade do material da peça ou
pelo aumento da deformação do cavaco.

Como a capacidade de deformação do material é dependente da temperatura na região de corte, uma

redução da velocidade de corte ou a refrigeração da região de corte levam a cavacos mais quebradiços.

De importância maior, no entanto, é o aumento do grau de deformação por um maior curvamento do

cavaco.

Para isto deve-se reduzir o ângulo de saída ou empregar-se um quebra-cavaco.

Também um aumento da espessura de usinagem, para o mesmo raio de curvatura do cavaco, leva a um
grau de deformação maior na região externa do cavaco, o que por sua vez propicia a sua quebra.

A formação do cavaco é basicamente influenciada pela deformabilidade, tenacidade e resistência ou

estado metalúrgico do material da peça.

Fonte:

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 em emara hélice hélice hélice hélice hélice espiral vírgula arran
fita nhado plana oblíqua cil. cil. espiral cados
fita longa curta
bom

útill útill

desfavorável

Fonte: LMP; König

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 FORMAÇÃO DO CAVACO

° Operacionalização:
° Fundamental para análise da superfície da peça e verificação da
integridade da ferramenta;
° Estudo dos mecanismos de formação e classificação de acordo com
tipo e forma.
Microscópio de bancada metalográfica

Fonte: Fonte: UCS Fonte: UCS

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 Usinabilidade
Fatores influentes

Do ponto de vista do material a usinabilidade de aços é determinada por sua estrutura e suas
propriedades mecânicas (dureza, tenacidade).

Para a formação da estrutura e, com isso, as propriedades mecânicas deve-se observar:

-Teor de carbono;

-Elementos de liga;

-Tratamentos térmicos.

Fonte:

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