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Faculdade de Direito, Ciências

Administrativas e Econômicas - FADE

CURSO DE DIREITO

DESAFIO: 01/04

GRUPO: Dênis Aurélio Lopes Ferreira.


PERÍODO: 9º B Noturno
PROFESSOR: Islane Archanjo Rocha
Faculdade de Direito, Ciências
Administrativas e Econômicas - FADE

CURSO DE DIREITO

Questão: Tício, brasileiro, casado, engenheiro, na década de setenta, participou de movimentos


políticos que faziam oposição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi vigiado
pelos agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações. Seus movimentos foram
monitorados pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado,
organizados por agentes federais. Após longos anos, no ano de 2010, Tício requereu acesso à sua
ficha de informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido, em todas as instâncias
administrativas. Esse foi o último ato praticado pelo Ministro de Estado da Defesa, que lastreou
seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo das atividades do Estado, uma vez que
os arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para todos os cidadãos. Tício,
inconformado, procura aconselhamentos com seu sobrinho Caio, advogado, que propõe
apresentar ação judicial para acessar os dados do seu tio.
Na qualidade de advogado contratado por Tício, indique a peça cabível e aponte:
a) competência do Juízo;
Resposta: ‘‘EXMO. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA’’
Justificativa: De acordo com o art. 105, I, alínea ‘‘b’’ da Constituição Federal de 1988
Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, originariamente:

(...)

b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro


de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (BRASIL, 1988)

Portanto, a competência do Habeas data é fixado conforme a autoridade coatora, pois


existem autoridades que possuem prerrogativa de foro funcional. Sendo assim, por força do art.
105, I, b, da CF/88, tendo em vista que a autoridade coatora é o Ministro de Estado da Defesa, o
foro competente para julgamento da ação é o STJ.
b) legitimidade ativa e passiva:
Resposta: Legitimidade Ativa: Tício; Legitimidade Passiva: Ministro de Estado
Justificativa: Somente o titular do dado (pessoa natural ou jurídica) nacional ou
estrangeira quem pode impetra-lo. No caso, Tício. Encontra-se fundamentado tal premissa no art.
5º, LXXII, alínea ‘‘a’’, na CF/88 e no art. 7, inciso I da Lei n.º 9.507/97. A legitimidade passiva
é da autoridade Coatora, aquela com poder de decisão dentro daquela esfera administrativa
(Presidente, Governador, Prefeito, Ministro de Estado etc.). Da leitura do art. 5º, inciso LXXII,
alínea ‘‘a’’, da CF/88 c/c o art. 1º, parágrafo único da Lei n.º 9.507/97, pode extrair que o
legitimado passivo é sempre registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de
caráter público, ou seja, é sempre quem tem o poder-dever de conceder vistas, retificação ou de
dados referentes ao legitimado ativo. No caso em tela, conclui-se que é o Ministro do Estado da
Defesa que tem o poder-dever de conceder as informações pleiteadas pelo impetrante.
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c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados:


O impetrante teve o seu pedido indeferido em todas as instancias administrativas, motivo
pelo qual justifica-se a presente impetração do HABEAS DATA, através dos documentos em
anexo, em harmonia ao disposto no art. 8 da Lei 9.507/97.
O art. 5, LXXII da CF/88 dispõe que o Habeas data é o remédio constitucional
responsável pela defesa em juízo dos dados pessoais que se pretende conhecer ou retificar.
A ação encontra fundamento na Lei 9.507/97 que ampliou as hipóteses de cabimento do
remédio, tendo em vista que possibilita que seja utilizado até mesmo para a complementação de
dados pessoais, de acordo com o art. 7º, III da Lei 9.507/97.
O direito à informação é considerado direito fundamental, consagrado pelo texto
constitucional em seu art. 5, XXXIII da CF/88.
São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado
inclusive, o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
Cumpre destacar, também, que o impetrante é o titular do dado pessoal que se pretende
conhecer por meio desta, o que está em harmonia com a natureza personalíssima da ação

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