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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE TEORIA E FUNDAMENTOS

LAÍS CAROLINE S. CRUZ

Reflexão Crítica

BRASÍLIA
2017
Reflexão Crítica Sobre o Livro “Dibs em busca de si mesmo”.

O livro “Dibs em busca de si mesmo” relata a história de um menino que


desde sua gestação fora rejeitado pelos pais, que tinham outros planos para suas vidas,
e assim o seu desenvolvimento psicossocial fora prejudicado, até que com a ajuda de
uma psicóloga ele entra num caminho de autoconhecimento até o encontro de sua
própria identidade. O presente texto irá analisar alguns conceitos de teóricos como
Henri Wallon e Vixtor Frankl, sobre alguns pontos sobre desevolvimento da criança,
que enquadra com alguns acontecimentos do livro.
No início do livro nos deparamos com uma criança com um comportamento
totalmente contrário de que pensamos ser normal para uma criança da mesma idade
que Dibs, 5 anos. Em sua sala de aula não há nenhuma forma de interação com as
outras crianças e nem mesmo com os professores. Em certos momentos é descrito que
“Dibs não fazia nenhum movimento, sua resistência é total e cheia de tensão”. De
acordo com Wallon “a emoção qualquer que seja sua variação está sempre ligada à
mudança do tônus dos membros e da vida orgânica sob os diferentes domínios
funcionais” (PEDROZA, 2005). Assim, o que podemos ver, é que Dibs é uma criança
muito carregada emocionalmente, com muito sentimento guardado pra si, que no
decorrer da história descobrimos ser raiva e tristeza.
Conforme o desenrolar da história, vimos em um momento de desabafo da
mãe o quanto Dibs fora rejeitado pelo seus pais. Desde a gravidez indesejada, a
criança não recebe nenhum acolhimento e é afastada totalmente da sociedade pois os
pais o julgam retardado, “não queríamos que nenhum de nossos amigos soubesse
como era Dibs. Afastamo-nos, mais e mais, de seu convívio, porque, se eles
continuassem a freqüentar nossa casa, naturalmente iriam ver o bebê.” Para Frankl
(1991), o ser humano é ser existencial, “um ser que possui necessidade de
engajamento pessoal na sociedade da qual faz parte”. Pela fala de Frankl, vemos o
quanto Dibs é prejudicado pela atitude dos pais, pois lhe foi negada o contato com
outras pessoas que é necessário para a própria formação de sua identidade. Isso faz
lembrar de uma frase de Vigotsky (1929) “eu sou o outro dentro de mim”,
reafirmando o quanto é necessário a presença do outro para a formação do ser
humano. Para Wallon (1934) o meio social é o mais importante para a formação da
personalidade, algo que é obscura para Dibs, pois ele passa grande parte de livro
referindo a si mesmo na terceira pessoa.
Para a psicologa que trabalha com Dibs durante todo o livro, muito da rejeição
dos pais por Dibs é o fato de que, por possuirem grande inteligência, aprenderam a
deixar de lado as emoções e os sentimentos por pensarem ser uma fraqueza, ou por
não saber lidar. Mas isso não quer dizer que os pais sejam culpados por não saber
lidar com o filho, e sim que eles mesmos sejam vítimas de seus próprios príncipios.
Outros personagens aparecem e podemos ver que Dibs tem um relacionamento
diferente do que tem com seus pais ou professores. São eles a avó e o jardineiro. E o
que mais se faz notar é como os dois demostram afeição pelo menino, e isso fez com
que Dibs sempre interagisse com eles de uma forma menos agressiva do que com os
pais.
No decorrer do livro, nas sessões de terapia, Dibs pode externar todos os
sentimentos que possuia, raiva, as vezes desprezo pela família que tinha, pela escola,
em alguns momentos tristeza por não ter sido acolhido em sua família do modo como
uma criança deveria ser acolhida, e assim foi descobrindo que tudo o que precisava
para se desenvolver e descobrir quem ele era estava dentro de si mesmo. Para Frankl
(1991) isso é descobrir o sentido da vida, “quem conhece o sentido para sua própria
vida encontra, na consciência desse fato, mais do que em outra fonte, ajuda para a
superação das dificuldades externas e dos desconfortos internos” (Frankl, 1991 apud
Barros e Rodrigues, 2009). E foi assim para Dibs, um encontro com o seu próprio eu,
aprendeu a lidar com as circunstâncias de sua vida, e em si encontrou forças para
enfrentar quaisquer dificuldade.

Referencias Bibliográficas
Barros, L.A.; Rodrigues, L.A. Sobre o fundador da logoterapia: Victotr Frankl e sua
contrinuição à Psicologia. Estudos, v.36, n.1/2, p.11-21, jan/fev.2009. Disponível em:
http://seer.ucg.br/index.php/estudos/article/view106/714.
Pedroza, R.L.S. (2005). O desenvolvimento da pessoa e o ensino-aprendizado.
(pp.32-56). Em aprendizagem e prática do professor. São Paulo: Moderna, Brasília:
Universidade de Brasília
Vale, R.M. Em busca de sentido à formação integral do ser humano na perspectiva de
Viktor E. Frankl. Revista Logos e Existência, v.3,n.2,2014 (p.191-202)

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