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NOÇÕES BÁSICAS DE

DIREITO PÚBLICO
Disciplina: Tópicos especiais em CTS : questões
jurídicas, éticas e políticas de acesso e uso da
informação.

Carmen Justo
Patrícia Lima
Profa. Chloe
DESAFIOS

Leituras técnicas
do campo do Como os 3 textos
Direito e da se conectam
Sociologia Política

Como esse debate Como esse debate


se liga aos debates se liga às noções
realizados até jurídicas do acesso
agora. à informação
BASES TEÓRICAS
Bibliografia WEBER, Max. O Estado Racional. In: Textos
Selecionados ( Os Pensadores), 3ª. Ed. São
Paulo: Abril Cultural, 1985, p. 157-176

SUNDFELD, Carlos Ari. Fundamentos de


Direito Público. 4ª. Ed. 10ª. Tiragem,
Malheiros Editores: São Paulo , 2004

SILVA, José Afonso. Curso de Direito


Constitucional Positivo. 22ª. Ed. Malheiros
Editores Ltda: São Paulo, 2003
BASES TEÓRICAS
MAX WEBER
1864 – 1920. Ao lado de Émile Durkheim e Karl Marx, o alemão integra
o trio dos grandes pensadores clássicos responsáveis pela fundação
da Sociologia. Estudou também História, Filosofia e Direito. Conselheiro

Fonte: Google Imagens


do Tratado de Versalhes.

CARLOS ARI SUNDFELD


Professor Titular de Direito Administrativo da Escola de Direito da FGV-
SP. Doutor em Direito. Presidente da Sociedade Brasileira de Direito
Público. Advogado.

JOSÉ AFONSO DA SILVA


Professor Titular de Direito Constitucional da Escola de Direito da USP-
SP. Livre docente pela USP-SP e pela UFMG em Direito Constitucional,
Direito Financeiro e Processo Civil. Procurador aposentado do estado
de São Paulo.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Bibliografia LEMOS FILHO, Arnaldo (org). Sociologia geral e do Direito. 4º ed.
Campinas: Editora Alínea, 2009.

OLIVEIRA, Carla Montefusco de. Metodologia e Sociologia em


Weber: conceitos fundamentais. Inter-Legere, Natal, v. 3, n. 3, p. 01-
10, 2008, jul/dez. 2008. ISSN 1982-1662. Disponível em:
<http://www.cchla.ufrn.br/interlegere/revista/pdf/3/es02.pdf> Acesso
em: 28 abr. 2018.
ORGANIZAÇÃO DESTE SEMINÁRIO

Questões essenciais de
Weber
Colaborações de Sundfeld e
Silva
Aspectos contemporâneos
destas visões
Noção de tempo se
altera. Ele é baseado
a partir do trabalho.

QUESTÕES ESSENCIAIS DE WEBER Tecnologia como


fonte do
desencanto.
Principal obra: “Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”
Em A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, Weber apresentou a tese de que
a ética calvinista e ideais influenciaram o desenvolvimento do capitalismo. Ele notou a
mudança pós-Reforma do centro econômico da Europa longe de países católicos, como a
França, Espanha e Itália, e para os países protestantes como a Holanda, Inglaterra,
Escócia e Alemanha. O que hoje atende pelo nome de calvinismo é um movimento cristão
evangélico surgiu no século XVI na Reforma Protestante , como resultado do trabalho e da
pregação de João Calvino . As igrejas que seguem a doutrina calvinista são
frequentemente chamados de igrejas reformadas , embora o termo é por vezes utilizado
para se referir a um todo maior das igrejas protestantes.

Dever Cultura Base do


Ética social
profissional capitalista desencanto
QUESTÕES ESSENCIAIS DE WEBER
O estado racional
Antecipa o texto sobre “ Ética Protestante e o Espírito Capitalista”.
A proposta do texto é fazer uma espécie de “ linha do tempo” –
apresentando no contexto histórico a ideia de Estado Racional e como
esse conceito, na visão de Weber, parece ter sentido e se registra nos
povos do Ocidente.
O Estado Racional apresenta os seguintes pontos de discussão:
- O Estado Racional.
- Direito e Burocracia/ A Política Econômica do Estado Racional/ O
Mercantilismo/ O desenvolvimento das ideias capitalistas.
QUESTÕES ESSENCIAIS DE WEBER
Racionalismo
Corrente filosófica que surgiu no século I a.C. e que posteriormente foi
revisitada pelos modernos. A matemática era sua base, pois a ideia central
era que tudo poderia ser analisado a partir de uma visão lógica e
sistemática. Busca da certeza e da razão. O nome de destaque foi René
Descartes.
Racionalismo é a base do planejamento econômico e da transposição
deste para a estrutura social.
Para Weber, a sociedade moderna era racional, previsível e analista dos
seus riscos.
QUESTÕES ESSENCIAIS DE WEBER
- O Estado Racional – Direito e Burocracia
Weber apresenta a diferença que ele identifica entre as sociedades ocidentais e orientais,
sobre o Estado Racional. E afirma que:
No antigo regime chinês – acima do poder das linhagens , existiam funcionários –
mandarins, que eram intelectuais, que tinham servidores, mas que não tinham experiência
administrativa. A ausência de formalização do processo e a dependência das hierarquias
constituídas pelas dinastias não atendiam a demanda por uma ideia de Estado Racional.
“ Diferente de tudo isso, entretanto , é o Estado racional, único terreno em que o
capitalismo moderno pode prosperar. Tal Estado se apoia numa burocracia especializada e
num direito racional”
QUESTÕES ESSENCIAIS DE WEBER
Estado Racional – Direito e Burocracia

No ocidente, ao contrário do que aconteceu na China, se conseguiu caminhar para a ideia de


Estado Racional a partir da “evolução municipal e pelo Cristianismo”.

- Momentos importantes:
1 – Direito Romano – produto do Estado municipal.
2 – Com a queda do império – o Direito Romano.
3 – Nas universidades italianas – teoria jurídica sistematizada.
4 – Na Alemanha – um processo mais formal.
5 – Na França – a monarquia – criou o Instituto dos Advogados –e por fim a influencia do
Direito Canônico.
QUESTÕES ESSENCIAIS DE WEBER
Estado Racional – Direito e Burocracia

“ A aceitação do Direito Romano só foi importante no fato de ter criado um pensamento


jurídico-formal. Segundo sua estrutura, cada Direito se orienta em obediência a princípios
jurídicos formais ou materiais, compreendendo-se entre os últimos o princípio utilitário e o
do arbítrio judicial, conforme atue, por exemplo , em sua jurisdição, o cádi muçulmano.”
QUESTÕES ESSENCIAIS DE WEBER
Estado Racional – Direito e Burocracia

“ O que se fazia necessário era um direito que se pudesse calcular como uma máquina;
nesse sentido ,entretanto, os pontos de vista mágico-rituais não desempenham papel
algum. A criação de um Direito semelhante foi conseguida quando o Estado moderno se
associou aos juristas para impor sua exigência de domínio.”
QUESTÕES ESSENCIAIS DE WEBER
Estado Racional – Política Econômica

1 – Mercantilismo : antes do seu desenvolvimento havia, duas classes de política: uma


política fiscal e uma política de assistência.
2 – Nos países orientais – “ certos motivos rituais essenciais, e, por acréscimo, a estrutura
à base de castas e linhagens – impedia o desenvolvimento de uma política econômica
sistematizada.
3 – No Japão uman e Coréia idem.
4 – Índia – “ o hinduísmo proibia, com todo o rigor, as viagens ao estrangeiro. Todo aquele
que se transportava a outro país devia ser, no regresso, submetido ao processo de uma
nova admissão em sua casta.
QUESTÕES ESSENCIAIS DE WEBER
Estado Racional – Política Econômica

“ No Ocidente, até o século XIV, só foi possível desenvolver uma política econômica
sistematizada a partir do momento em que surgiram as cidades ”

Esse processo foi contínuo na Idade Média – a igreja intervinha no setor econômico quando os
príncipes fracassavam. A Igreja agia com “ ética religiosa na economia”. Ex: o funcionamento
dos mosteiros.
Discussões sobre a questão da distribuição e arrecadação de tributos – esse tema permeou o
dia a dia das monarquias europeias.

“ O primeiro vestígio de uma política econômica racional, por parte do príncipe, encontra-se no
século XIV , na Inglaterra, isto é, aquela que Adam Smith se conhece sob a denominação do
mercantilismo.”
QUESTÕES ESSENCIAIS DE WEBER
Mercantilismo
“Mercantilismo significa a transferência do interesse de lucro capitalista para
a política. O Estado procede como se estivesse única e exclusivamente
integrado por empresários capitalistas.”
- Temas debatidos:
Teoria da Balança Comercial – exportação deve ser maior que a importação.
Inglaterra – considerada o berço do mercantilismo.
Reinado dos Stuart – monopólio fiscal – controle sobre as importações da
indústria.
Luta dos puritanos – povo inglês lutou contra toda espécie de cartel e
monopólio!
QUESTÕES ESSENCIAIS DE WEBER
Mercantilismo

“ Pela ultima vez , entraram em luta , neste caso, o capitalismo irracional e


o racional, ou seja, por um lado, o capitalismo orientado no sentido das
possibilidades fiscais, coloniais, junto com os monopólios de Estado e, por
outro, o capitalismo orientado no sentido das oportunidades automáticas
de mercado, no valor específico das realizações mercantis.”
QUESTÕES ESSENCIAIS DE WEBER
Desenvolvimento das ideias capitalistas
Ao contrário do que aconteceu na China , na Europa o aumento da
população contribuiu para o desenvolvimento do capitalismo – registrou-se
o aumento de mão-de-obra.
A entrada de metais preciosas também é indicada como um fator que
promoveu o desenvolvimento do capitalismo. Porém, observa-se que
imperava um regime mercantilista – o enriquecimento de poucos e a
concentração de poder através do acúmulo de metais.

“ Nem o incremento da população e nem a afluência de metais preciosos


provocaram , portanto, o capitalismo ocidental. As condições externas de
sua evolução são , antes de mais nada de caráter geográfico”.
Fonte:https://antoniocv.files.wordpress.com/2015/10/vantagens-economicas-
QUESTÕES ESSENCIAIS DE WEBER
Desenvolvimento das ideias capitalistas

da-expansc3a3o-romana.jpg
“ Decisivamente , o capitalismo surgiu através da empresa permanente e
racional, da contabilidade racional, da técnica racional e do Direito Racional. A
tudo isso se deve ainda adicionar a ideologia racional , a racionalização da
vida , a ética racional na economia.”
QUESTÕES ESSENCIAIS DE WEBER
Desenvolvimento das ideias capitalistas
Problemas enfrentados pelo capitalismo – tradicionalismo, ética religiosa,
modificação da vida comum, crítica ao interesse pelo lucro.
“Os judeus contrariando uma orientação religiosa desenvolveram as
próprias leis capitalistas – mas ainda não era o modelo de capitalismo
racional do ocidente.”
China/ Índia tiveram dificuldade de aceitar a inovação devido a religião e a
cultura.
“ O capitalismo não pôde surgir de um grupo econômico fortemente
influenciado pela magia.”
QUESTÕES ESSENCIAIS DE WEBER
Desenvolvimento das ideias capitalistas
Problemas enfrentados pelo capitalismo – tradicionalismo, ética religiosa,
modificação da vida comum, crítica ao interesse pelo lucro.
“Os judeus contrariando uma orientação religiosa desenvolveram as
próprias leis capitalistas – mas ainda não era o modelo de capitalismo
racional do ocidente.”
China/ Índia tiveram dificuldade de aceitar a inovação devido a religião e a
cultura.
“ O capitalismo não pôde surgir de um grupo econômico fortemente
influenciado pela magia.”
QUESTÕES ESSENCIAIS DE WEBER

Fonte: https://www.infoescola.com/historia/reforma-protestante/
Desenvolvimento das ideias capitalistas

A Reforma Protestante (Século XVI).


Martinho Lutero (1483/1546).
Rompeu com o sistema vigente.
“ O protestantismo , com suas denominações ascéticas, conseguiu criar a
ética sacerdotal adequada para esta ascese. Não se exige o celibato
sacerdotal; o matrimônio é apenas uma instituição que tem por finalidade a
procriação racional. Não se prega a pobreza , mas a posse da riqueza não
deve induzir a um gozo puramente animal [...]”
Contribuiu para a mudança do pensamento do homem moderno.
QUESTÕES ESSENCIAIS DE WEBER
Desenvolvimento das ideias capitalistas

“ A raiz religiosa do homem econômico moderno extinguiu-se. Hoje, o


conceito de profissão aparece como um caput mortuum no mundo. A
religiosidade ascética foi substituída por uma atitude pessimista –realística
, com relação ao mundo e aos homens, aproximadamente, como é
representada pela Fábula das Abelhas de Mandeville, segundo o qual os
vícios individuais podem ser, em determinadas circunstâncias, vantajosos
para a coletividade. Ao desaparecer , até os últimos resíduos , do
tremendo Pathos [sentimento] religioso primitivo das seitas”.
COLABORAÇÃO DE SUNDFELD
Obra de Sundfeld
dividida em duas Parte um Parte dois
partes: • PODER POLÍTICO E • O DIREITO PÚBLICO
DIREITO • Direito e Ciência Jurídica
• Regulação jurídica do Poder • A dicotomia direito público x
Político direito privado
• Evolução histórica da • Os princípios no Direito
regulação do poder político • Princípios Gerais do Direito
• O estado social e democrático Público
de direito
• O sujeito estado
• Atividades do Estado
• Uma Introdução ao Direito
Processual
• O que é direito Administrativo
• Equilíbrio entre autoridade e
liberdade
COLABORAÇÃO DE SUNDFELD
Principais temas:

A relação ESTADO – PODER – SOCIEDADE


Diferença entre DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
Diferença entre PODER PÚBLICO E PRIVADO
O Estado Social e Democrático de Direito
Atividades do Estado
Equilíbrio entre autoridade e liberdade
COLABORAÇÃO DE SUNDFELD
Principais temas:

Direito e Ciência Jurídica


A dicotomia Direito Público x Direito Privado
Os princípios do Direito
Princípios gerais do Direito Público
COLABORAÇÃO DE SUNDFELD
A relação ESTADO – PODER – SOCIEDADE

- PODER
“ A vida humana é, essencialmente, uma experiência compartilhada”
A Convivência depende da organização!
Em todo o grupo, um, ou alguns, dos membros exerce sobre os outros o poder:
na família, os pais sobre os filhos: na empresa, o diretor sobre os gerentes, os
gerentes sobre os chefes de seção, os chefes sobre os demais.
- PODER E ESTADO
Sendo o país formado por pessoas. Logo o Estado Brasileiro exerce um poder
que sujeita todos os habitantes do país.
COLABORAÇÃO DE SUNDFELD
A relação ESTADO – PODER – SOCIEDADE

- CARACTERÍSTICAS DO ESTADO /PODER


A possibilidade do uso da força física – contra aqueles que não seguem as leis
e promovem a desordem pública – EX: assaltantes, corruptos, etc.
“É verdade ser uma exceção o uso, pelo Estado, da força física contra os
membros do país... Mas essa possibilidade existe”

O Estado não reconhece a ninguém poder semelhante ao seu


“[...] a peculiaridade do poder do Estado (poder político) é, de um lado, o
basear-se no uso da força física e, de outro, o reservar-se , com exclusividade ,
o uso dela”
COLABORAÇÃO DE SUNDFELD
A relação ESTADO – PODER – SOCIEDADE

O Estado: Poder é uma pessoa jurídica. Para maior facilidade, passemos a


chamá-la simplesmente de Estado
IMPORTANTE: O que regula a relação do Estado com as pessoas que vivem
num pais são as normas jurídicas.
“ Existem, portanto, normas jurídicas para reger a relação da pessoa Estado
com as demais pessoas”
Se a pessoa não cumpre com suas obrigações em relação ao Estado – ela
sofre as consequências jurídicas.
Mas, e se o Estado não cumprir com suas obrigações, quem vai julgá-lo.
Dominação
masculina de Pierre
COLABORAÇÃO DE SUNDFELD Bourdieu.

Diferença entre o Direito público e Direito Privado

Direito Público – formado pelo conjunto de normas que regulam as


relações entre Estado e indivíduos ( relações Estado-servidor, Estado-
empresa etc..)

Direito Privado – formado pelo conjunto de normas regendo as relações


dos indivíduos entre si, dentro do Estado-sociedade ( relações de família,
relações dos comerciantes entre si e entre comerciantes e seus clientes,
relações entre locador e inquilino, e outras mais....)
COLABORAÇÃO DE SUNDFELD
Diferença entre o Direito público e Direito Privado
Então: O Direito Público é o ramo do Direito composto de normas jurídicas
tratando:
- Das relações do Estado com os indivíduos.
- Das organizações do próprio Estado, através da divisão de competências
entre os vários agentes e órgãos.
- Das relações entre Estados.

IMPORTANTE: o DIREITO PÚBLICO disciplina as relações entre o Estado (que


detém o poder político) e os indivíduos ( que sofrem o poder político), organiza
a distribuição do poder político dentro da pessoa jurídica : Estado ( entre os
diversos agentes e órgãos) e regula as relações entre os vários Estados ( isto
é, entre os detentores de poder político)
COLABORAÇÃO DE SUNDFELD
Diferença entre o Direito público e Direito Privado
“ o direito público não é – como poderia parecer, inicialmente, de um ramo
jurídico relativo à disciplina do poder político – um direito autoritário, mas
certamente o oposto : um conjunto de normas cuja finalidade primordial é
cercear o poder e, como consequência , proteger os indivíduos”
(SUNDFELD, 2008, p. 36)

ESTADO
MODERNO:
ESTADO SOCIAL E
DEMOCRÁTICO
DE DIREITO
COLABORAÇÃO DE SUNDFELD
Estado democrático de Direito
“ O Estado de Direito define e respeita, através de normas jurídicas, seja os
limites de sua atividade, seja a esfera da liberdade dos indivíduos –
podemos agregar ainda duas ideias [...]” (SUNDFELD, 2008, p. 38).

Separação de poderes: fazer as leis ( legislar), aplica-las ( administrar) e


resolver os conflitos ( julgar) – realizado por autoridades distintas
Acima dos poderes : A CONSTITUIÇÃO – o Estado de Direito – regulado
por uma Constituição ( norma jurídica superior as demais) – ou seja, o
exercício do poder político é dividido entre os órgãos e submetidos a uma
lei geral
COLABORAÇÃO DE SUNDFELD
Estado democrático de Direito
Para Norberto Nobbio ( pg. 39):
“ Por Estado de Direito entende-se geralmente um Estado em que os
poderes públicos são regulados por normas gerais ( as leis fundamentais
ou constitucionais) e devem ser exercidos no âmbito das leis que, o
regulam salvo o direito do cidadão recorrer a um juiz independente para
fazer com que seja reconhecido e refutado o abuso e o excesso de poder”
[...] ( SUNDFELD, 2008, p. 39).
Princípios fundamentais :

Supremacia A A garantia
A separação
da superioridade dos direitos
dos poderes
Constituição da lei individuais
COLABORAÇÃO DE SUNDFELD
Estado democrático de Direito
SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO – a questão do ordenamento jurídico.

Constituição
Abaixo do topo: “ a lei vale se estiver de
acordo com a Constituição , que lhe é
Superior”.
COLABORAÇÃO DE SUNDFELD
Estado democrático de Direito
SEPARAÇÃO DOS PODERES : Legislativo, Executivo e Judiciário.

“ A cada função corresponde uma espécie de ato ( de norma) estatal: a lei (


função legislativa), o ato administrativo ( função administrativa) e a
sentença ( função juriscional) . A lei se submete `a Constituição. O ato
administrativo e a sentença são inferiores à lei. A sentença pode anular (
isto é , desfazer os efeitos, tirar do mundo jurídico) o ato administrativo
ilegal.” (SUNDFELD, 2008, p. 42)
COLABORAÇÃO DE SUNDFELD
Estado democrático de Direito
SUPERIORIDADE DA LEI
Segundo a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: “ a lei é a
expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de concorrer,
pessoalmente ou por seus representantes, para sua formação”
Para Sundfeld ( 2008, p. 45):
“Sendo expressão da vontade geral, a lei impor-se-á ao próprio Estado,
quando este se ocupar do Governo e da Justiça. [...] estabelecendo-se uma
hierarquia entre a lei e os atos de sua execução (atos administrativos e
sentenças) , criam-se os meios técnicos indispensáveis ao funcionamento
da separação dos poderes”.
COLABORAÇÃO DE SUNDFELD
Estado democrático de Direito
GARANTIA DOS DIREITOS INDIVIDUAIS
“ Sendo de origem constitucional, tais direitos não poderão ser suprimidos
pelo Estado, nem mesmo por via legislativa. Portanto, ainda que o
interesse público prevaleça sobre o interesse particular, isso nunca poderá
se dar em prejuízo dos direitos individuais previstos na Constituição”.
(SUNDFELD, 2008, p. 47)

[...] O indivíduo aparece, assim, protegido contra os avanços injustos dos


poderes públicos numa dupla face: por um lado , que a Administração
respeite a lei, e , por outro o legislador respeite a Constituição”.
(SUNDFELD, 2008, p. 49)
COLABORAÇÃO DE SUNDFELD
Estado democrático de Direito
RESUMO DOS CONCEITOS
1 – criado e regulado por uma Constituição.
2 – os agentes públicos fundamentais são eleitos e renovados periodicamente
pelo povo e respondem pelo cumprimento de seus deveres.
3 – o poder político é exercido , em parte diretamente pelo povo, em parte por
órgãos estatais independentes e harmônicos, que controlam uns aos outros.
4 – a lei produzida pelo Legislativo é necessariamente observada pelos demais
poderes.
5 – os cidadãos , sendo titulares de direitos, inclusive políticos, podem opô-los
ao próprio Estado.
COLABORAÇÃO DE SUNDFELD
Estado democrático de Direito
OS ELEMENTOS DO CONCEITO DE ESTADO SOCIAL E DEMOCRÁTICO DE
DIREITO SÃO:
1 – criado e regulado por uma constituição.
2 – os agentes públicos fundamentais são eleitos e renovados periodicamente pelo povo
e respondem pelo cumprimento de seus deveres.
3 – o poder político é exercido, em parte diretamente pelo povo, em parte por órgãos
estatais independentes e harmônicos, que controlam uns aos outros.
4 – a lei produzida pelo Legislativo é necessariamente observada pelos demais poderes.
5 – os cidadãos , sendo titulares de direitos, inclusive políticos e sociais, podem opô-los
ao próprio Estado.
6 – o Estado tem o dever de atuar positivamente para gerar desenvolvimento e justiça
social.
COLABORAÇÃO DE SILVA
Obra que analisa o Direito Constitucional.
Dividida em 5 partes:
1 – Dos conceitos e Princípios Fundamentais
2 – Dos direitos e garantias Fundamentais
3 – Da organização do Estado e dos Poderes
4 – Da ordem Econômica e da Ordem Social
5 – Conclusão Geral
IMPORTANTE: o capítulo analisado é sobre “ O Estado Democrático de
Direito” na parte 2.
COLABORAÇÃO DE SILVA
Obra que analisa o Direito Constitucional.

“ A superação do liberalismo colocou em debate a questão da sintonia


entre o Estado de Direito e a sociedade democrática”.

Na origem, o Estado De Direito era um conceito tipicamente liberal; daí


falar-se em Estado Liberal de Direito.
ASPECTOS CONTEMPORÂNEOS DESTAS
VISÕES
Abertura para debate da turma.

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