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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA

MÁRCIO RODRIGUES

DIMENSIONAMENTO DE UMA ESCADA ENCLAUSURADA PRESSURIZADA


PARA UM EDIFICIO DE 20 PAVIMENTOS

BELÉM-PA
2016
MÁRCIO RODRIGUES

DIMENSIONAMENTO DE UMA ESCADA ENCLAUSURADA PRESSURIZADA


PARA UM EDIFICIO DE 20 PAVIMENTOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Colegiado da


Faculdade de Engenharia Mecânica do Instituto de Tecnologia da
Universidade Federal do Pará para obtenção do grau de Engenheiro
Mecânico.

Orientador: Prof. MSc Carlindo Lins Pereira Filho

Co-orientador: MSc Lidianne Pereira Gomes Lucas Barreto

BELÉM-PA
2016
MÁRCIO RODRIGUES

DIMENSIONAMENTO DE UMA ESCADA ENCLAUSURADA PRESSURIZADA


PARA UM EDIFICIO DE 20 PAVIMENTOS

Data da defesa:

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


para obtenção do grau de Engenheiro Mecânico
pela Universidade Federal do Pará. Submetido à
banca examinadora constituída por:

Prof. MSc. Carlindo Lins Pereira Filho


Orientador – UFPA

Prof. Dr. Alexandre Saldanha do Nascimento


Membro Interno – UFPA

MSc Lidianne Pereira Gomes Lucas Barreto


Membro Externo – CBMPA

BELÉM-PA
2016
“A prevenção é o conjunto de medidas que visam evitar que os
sinistros surjam, mas não havendo essa possibilidade, que sejam
mantidos sob controle, evitando a propagação e facilitando o
combate”.
(LOSER, 2013)
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, a minha família que
sempre esteve presente direta e indiretamente em minha formação, em
especial a minha Mãe Maria da Conceição Rodrigues e a minha Tia,
Maria Benedita Rodrigues, que sempre souberam me guiar diante dos
desafios da vida. As minhas irmãs Isabela e Júlia e minha esposa Laís,
pelo incentivo desde o início.
AGRADECIMENTOS

Ao Senhor Deus, por me proporcionar o dom da vida e por minha família.

Ao Professor Carlindo Lins Pereira Filho, pela oportunidade de realização deste trabalho e
pelos importantes conselhos que o tornaram possível.

A MSc Lidianne Pereira Gomes Lucas Barreto, por sua disposição em me ajudar e tirar
dúvidas referentes à pesquisa.

A toda a minha família no Pará e Maranhão, principalmente a minha mãe, Maria da


Conceição Rodrigues, e à minha segunda mãe, tia Benedita, ao meu irmão Daniel, e a todas as
tias, primos e primas, por torcerem por mim.

As minhas irmãs Isabela e Júlia Rodrigues, pelo apoio incondicional durante estes anos.

A turma de 2008 de Engenharia Mecânica, em especial aos amigos Alessandro, Alian,


Rodrigo, Nakata, Zallex, Boca, Elivaldo, por tornarem as longas horas de estudo mais curtas e
as curtas horas de diversão mais longas.

A minha esposa Laís Meireles, por todo amor, carinho e compreensão durante essa etapa da
minha vida.

Ao Corpo de Bombeiros Militar do Pará, pelo grande apoio nessa fase acadêmica sem a qual
não seria possível realizar este sonho.

A Valdemir de Nazaré Serra Pinto (In memoriam) que agora já descansa no Senhor.

Aos meus irmãos da igreja Assembleia, pelas constantes orações e por acreditar que eu
conseguiria alcançar esta vitória.

A todos, que participaram direta ou indiretamente neste percurso.

A Universidade Federal do Pará.


RESUMO

Um edificio para ter as condições minimas de segurança contra incendios e pânico deve
cumprir os requisitos e exigencias estabelecidas nas normas vigentes, regulamentos e leis, de
seu país, uma das maiores preocupações dentro da área de prevenção é a fumaça que é a
principal causa de morte em incendios. Este trabalho visa mostrar em primeira etapa a
fumaça, seus efeitos, suas formas de propagação e metodos de controle. Dentre os metodos
ultilizados para controle de fumaça destaca-se o de pressurização de escadas de emergencia a
qual trata de um sistema de controle mecanico do movimento da fumaça, a pressurização de
escadas é de fundamental importancia para a desocupação ordenada de pessoas em caso de
sinistro ou pânico gerando maior velocidade de abandono e diminuindo o numero de vitimas
lesionadas pelo contato e inalação da fumaça em um incendio, garantindo padrões minimos de
segurança para o abandono de um edificio. Evidenciamos os componentes deste sistema,
dados tecnicos, materiais e parametros necessarios para o seu dimensionamento, ultilizando
normas tecnicas, tabelas e graficos relacionados a esse assunto.

Palavras-Chaves: Controle Fumaça. Perda de Carga. Pressurização de Escadas. Sistema de


Ventilação.
ABSTRACT

A building to have its minimum conditions security against fires and panic must meet the
requirements and requirements set forth in the applicable rules, regulations and laws of your
country, a major concern in the area of prevention is that the smoke is the leading cause of
death in fires.This work is intended to show the first stage smoke, their effects, and their ways
of propagating and control methods. Among used smoke control methods include the
pressurization of stairs which is a system of mechanical motion control smoke pressurization
of stairs is of fundamental importance for the orderly evacuation of people in case of accident
or panic generating greater speed and decreasing the dropout number of victims injured by
contact and inhalation of smoke in a fire, ensuring minimum standards of security for the
evacuation of a building. We show the components of this system, technical data, material and
parameters required for your sizing, using technical standards, tables and graphs related to this
subject.

Keywords: Loss of load. Smoke Control. Pressurization of staircases. Ventilation system.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Esquema exemplificativo do somatório de diagramas de pressões 18

Figura 2 - Diagrama de diferença de pressão e localização do plano neutro 18

Figura 3 - Efeito chaminé em uma caixa de escada 20

Figura 4 - Efeito do vento em elevação 22

Figura 5 - Efeito do vento em planta baixa 22

Figura 6 - Compartimentação 24

Figura 7 - Controle de fumaça nas escadas por pressurização 25

Figura 8 - Insuflação de ar para pressurização a partir de diferentes pontos 26

Figura 9 - Esquema de funcionamento de central de detecção 30

Figura 10 - Trajetória do escape do ar em paralelo 30

Figura 11 - Trajetória do escape do ar em série 31

Figura 12 - Esquema geral de uma escada pressurizada 36

Figura 13 - Duto retangular 41

Figura 14 - Curva de seção retangular de 90º 43

Figura 15 - Grelha 43

Figura 16 - Ramificação de extração 44

Figura 17 - Esquema de dutos da caixa da escada 47

Figura 18 - Ábaco da perda de carga unitária 49

Figura 19 - Ábaco para cálculo do diâmetro 50

Figura 20 - Vista frontal e lateral da carcaça de um ventilador de simples aspiração 59

Figura 21 - Dados do ventilador selecionado pelo software Vortex 3.1 59

Figura 22 - Ventilador selecionado 60

Figura 23 - Detalhes de fixação de grelhas de insuflamento 63

Figura 24 - Grelhas de insuflamento com registro de vazão 63


Figura 25 - Disposição da grelha com influência no forro 64

Figura 26 - Venezianas exteriores modelo AWG e combinações 64

Figura 27 - Condiçoes para tomada de ar no pavimento de cobertura 65


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 14

1.1 OBJETIVOS 15

1.1 GERAL 15

2 REFERENCIAL TEÓRICO 16

2.1 CARACTERÍSTICAS DA FUMAÇA E SEUS EFEITOS 16

2.1.1 Efeito chaminé 20

2.1.2 Efeito de expansão 20

2.1.3 Efeito da ação do vento 21

2.2 SISTEMA DE CONTROLE DE FUMAÇA 22

2.2.1 Método de extração 23

2.2.2 Método de diluição 23

2.2.3 Método de compartimentação 24

2.2.4 Método de pressurização 24

2.3 SISTEMAS DE PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA ENCLAUSURADA 25

2.3.1 Princípios básicos de funcionamento da escada pressurizada 27

2.4 SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME 28

2.5 TRAJETÓRIAS DE ESCAPE DA ESCADA DE INCÊNDIO 30

2.6 FONTE DE ENERGIA 33

2.6.1 Ventiladores 34

2.6.2 Grelhas de insuflamento 34

2.6.3 Venezianas para tomada de ar 34

2.6.4 Filtros 35

2.6.5 Damper de alivio de pressão 35

3 METODOLOGIA 36
3.1 PARÂMETROS PARA OS CÁLCULOS DE VAZÃO DE AR 36

3.2 CÁLCULO DO SUPRIMENTO DE AR NECESSÁRIO 37

3.2.1 Cálculo das áreas de restrição-escape de ar por meio de frestas de PCF’s


Fechada 37

3.2.2 Cálculo da Área total de Restrição-escape 38

3.2.3 Cálculo da quantidade de ar que escapa por meio das frestas das PCFS 38

3.3 CÁLCULO DO SUPRIMENTO DE AR PARA A CONDIÇÃO DE PORTAS


ABERTAS 39

3.3.1 Cálculo da área de passagem do ar 39

3.3.2 Cálculo da vazão de ar através da área aberta 39

3.4 CÁLCULO DO FLUXO DE AR CONSIDERANDO PERDAS EM DUTOS


E VAZAMENTOS NÃO IDENTIFICADOS 39

3.5 CÁLCULO DA VAZÃO DE AR PARA DIMENSIONAMENTO DO


DAMPER DE ALÍVIO 40

3.6 PERDA DE CARGA DA INSTALAÇÃO 41

3.6.1 Dimensionamento do duto 41

3.6.2 Perda de carga distribuída dutos retos retangulares 41

3.6.3 Perda de carga em acessórios 42

3.6.4 Perda de carga em curvas 43

3.6.5 Perda de carga nas grelhas de insulamento com registro 43

3.6.6 Perda de carga nas derivações simples de extração 44

3.6.7 Perda de carga na veneziana 44

4 RESULTADO E DISCUSSÕES 45

4.1 CÁLCULO DAS ÁREAS DE ESCAPE DE AR POR MEIO DE FRESTAS


DE PCFS 45
4.1.1 As áreas de escape de ar por meio de frestas de PCFs fechadas de ingresso
(API) e de saída (APS) 45

4.1.2 Área total de restrição portas fechada (APF) 45

4.1.3 Quantidade de ar que escapa por meio das frestas das PCFs fechadas (QPF) 45

4.1.4 Calculo áreas de escape de ar por meio de frestas de PCFs abertas 45

4.1.5 Cálculo da área de passagem do ar das PCFs abertas (APA) 45

4.1.6 Velocidade do através uma de porta aberta (VPA) 45

4.1.7 Cálculo da vazão de ar através de uma porta aberta (QAT) 46

4.1.8 Fluxo de ar considerando os incrementos dos valores referenciais de perdas


em dutos e vazamentos não identificados 46

4.1.9 Vazão de ar em excesso do damper de alívio 46

4.1.10 Calculo da vazão total de ar por grelhas 46

4.2 PERDA DE CARGA NA INSTALAÇÃO 47

4.2.1 Considerações gerais para condicionamento do projeto dos dutos 47

4.2.2 Perdas de carga unitária em dutos retangulares 53

4.2.3 Perda de carga dos acessórios 54

4.2.4 Perda de carga nas curvas 54

4.2.5 Perda de carga nas grelhas de insuflamento 55

4.2.6 Perda de carga em derivações de extração 56

4.2.7 Perda carga nas transições (reduções) 56

4.2.8 Perda carga no alargamento da boca de saída do ventilador para o duto no


ponto M 57

4.2.9 Perda Carga na veneziana 57

4.2.10 Perda carga no filtro 58

4.2.11 Perda de carga total de projeto 58


4.3 ESPECIFICAÇOES DE EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES 58

4.3.1 Ventilador 58

4.3.2. Selecionando o Ventilador 59

4.3.3 Desempenho do ventilador 60

4.3.4 Duto de pressurização 61

4.3.5 Grupo motogerador 61

4.3.6 Sistema de detecção e alarme 62

4.3.7 Grelhas de insuflamento 62

4.3.8 Veneziana para tomada de ar externo (TAE) 64

4.3.9 Filtros 66

4.4 PROCEDIMENTOS PARA MANUNTENÇÃO 67

5 CONCLUSÃO 68

REFERÊNCIAS 69

ANEXO A - RESUMO DAS EXIGENCIAS PARA OS DIVERSOS TIPOS


DE EDIFICAÇÕES COM SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO 71
14

1 INTRODUÇÃO

O planejamento de combate a incêndios tem como escopo principal evitar


sinistros e reduzir riscos de incêndios e pânico. Os projetistas possuem neste processo
preventivo participação fundamental, uma vez que devem considerar a proteção da vida
humana como um ponto essencial, e o negligenciamento da mesma não podem ser
permitidos sob-hipótese alguma.
Deve-se considerar que além de vida humanas existe também à proteção a bens e
patrimônios que por sua vez apresentam certa relatividade, já que o principal fator é de
interesse econômico, ou outros, tais como a preservação histórica ou cultural. Dentro do
universo da Segurança Contra Incêndios em Edificações dois aspectos apresentam especial
importância, são eles: a Proteção da vida humana e Proteção dos bens.
Percebe-se hoje um crescente aumento no número de edificações cada vez mais
altas e uma busca constante por economia de espaço e sua otimização, isso traz como consequencia
um grande acumulo de pessoas num mesmo ambiente aumentando assim os niveis de risco. Por
isso, necessita-se cada vez mais de artifícios para eliminação da fumaça que é o principal
responsável por mortes em incêndios.
Segundo Téchne (1999) fumaça causada por processo de combustão possui
temperatura maior que a temperatura ambiente e devida essa questão é que a fumaça
tende a ter maior força de ascensão que faz se propagar rapidamente dentro do edifício,
sendo a velocidade de propagação da fumaça muito maior no sentido vertical que no
sentido horizontal, e quanto maior o aumento desta temperatura, maior é a velocidade
de propagação.
A propagação pode envolver rapidamente vários pavimentos e pôr em risco milhares
de pessoas que só podem escapar seguras, por rotas de fugas, especialmente planejada para este
tipo de situação. Quanto maior for à altura da edificação, mais complexo será o sitema de combate
á incedios, para tentar evitar que vidas e patrimonios sofram de maneira drástica as consequencia
de incendios faz-se uso dos sistemas de controle de fumaça.
Incêndios terríveis como os ocorridos em São Paulo, nos edifícios Andraus e Joelma,
que ocasionaram a morte de 195 pessoas marcaram como pontos negativos a história de suas
cidades (PADILHA, 2009).
15

Segundo Padilha (1999) após esses incidentes aconteceram nos Corpos de


Bombeiros e em muitos outros Batalhões espalhados pelo Brasil publicações de Instruções
Técnicas (IT) para orientar o público e projetista. Dentre as normas publicadas destaca-se em
especial a de "Proteção de Vias de Fugas por Pressurização de Escadas", que começou a ser
estudada por uma legislação inglesa que trata do assunto, Norma BSI 5588/ Part 4 de 1986, e
que deu origem a algumas outras normas, tais como a NBR 9.077/92 - "Saídas de Emergência
em Edificações" e a NBR 14.880/02 - "Saídas de emergência em Edifícios — Escadas de
Segurança — Controle de Fumaça por Pressurização".
O presente trabalho visa enfocar o assunto referente a escadas pressurizadas, uma
vez que este tipo de projeto vem se tornando cada vez mais comum nas grandes
edificações e é de vital importância a vida do cidadão.

1.1 OBJETIVO

1.1.1 GERAL

Dimensionar uma escada de incêndio pressurizada para um edifício de 20 pavimentos


segundo as especificações tecnicas para controle de fumaça por pressurização com o intuito de
garantir a segurança e a saúde das pessoas no momento do abandono da edificação.

1.1.2 ESPECIFICO

a) Dimensionar uma escada de incêndio pressurizada segundo os padrões das normas


brasileiras.
b) Estabelecer os padrões minimos de segurança para evacuações de uma edificação
sinistrada e posterior combate pelo corpo de bombeiros.
16

2 REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico deste trabalho detém-se ao breve apanhado acerca dos


fundamentos de um Sistema de Controle de Fumaça em edificações. Os incêndios em
edifícios são fontes de preocupação para bombeiros do mundo todo, principalmente no que
tange a proteção de vidas humanas. Segundo o Manual de Combate a Incêndio em Edifícios
Altos (MCIEA, 2006) o perigo mais grave nos edifícios é a propagação do fogo e dos gases
provenientes dos incêndios para áreas distintas.
Essa propagação pode ser ocasionada pela utilização de elementos de decoração,
materiais de revestimentos e vãos verticais e horizontais existentes em todos os pavimentos,
como escadas, elevadores, dutos de instalação e etc. As vias verticais e horizontais constituem
espaços críticos, uma vez que através deles a fumaça pode atingir todo o edifício. Estes
espaços são frequentemente usados como rotas de fuga (FERNANDES, 2009).
A escolha adequada de materiais (mobília e objetos de decoração) utilizados no
interior de um edifício é fundamental para evitar grandes emanações de fumaça mediante a
ocorrência de um incêndio. O dimensionamento das rotas de fuga, a aplicação de proteções
passivas e ativas e a construção de zonas verticais adequadas permitem o abandono da
edificação de forma rápida e segura (IZQUIERDO, 2009).
Segundo Fernandes (2009) o aumento da temperatura e o calor produzido durante um
incêndio é transmitido para outras edificações através do processo de convecção. O calor não
dissipado para o exterior conduz a um rápido aumento da temperatura no interior da
edificação, tornando propícia a propagação do incêndio no local.
Na fase inicial do incêndio a dissipação do calor liberado possibilita o deslocamento
da fumaça para outras partes do edifício. A fumaça dentre todos os elementos de um incêndio
é a principal responsável pela maioria das mortes. Os principais perigos consequentes da
fumaça são a intoxicação, perda da visibilidade e exposição ao calor (MARTÍNEZ e
VELÁSQUES, 2008).

2.1 CARACTERÍSTICAS DA FUMAÇA E SEUS EFEITOS

Segundo Oliveira (2009), a fumaça é responsável por 80% das mortes por asfixia e
intoxicação, durante a ocorrência de um incêndio. Sua velocidade de propagação no plano
horizontal fica em torno de 1 a 2 m/s, e no vertical pode chegar até 3 m/s.
17

A fumaça proveniente de um incendio tem sua temperatura superior a do ambiente, e é


composta por partículas sólidas, liquidas e gasosas em suspensão no ar decorrente de
materiais em combustão. Os principais gases que compõem a fumaça são o gás carbônico
(CO2) e o monóxido de carbono (CO).
Segundo Coelho (2002) os gases liberados durante a combustão são bastante
perigosos, pois limitam a visibilidade, e alguns apresentam alta toxicidade. Estas
características atuam em conjunto e dificultam o abandono de área de forma segura, por parte
dos usuários de uma edificação, durante o incêndio.
Em termos práticos, a combustão leva ao consumo de oxigênio que se encontra
normalmente na atmosfera em porcentagem de aproximadamente 21%. Porém, quando este
valor é alterado as pessoas que se encontram dentro do espaço onde está ocorrendo à
combustão começam a sofrer efeitos colaterais (Quadro 1).

Quadro 1 - Efeitos da redução de oxigênio no organismo das pessoas


Concentração de oxigênio Efeito sobre as pessoas
(%)
21 Nulo
17 Aumento do ritmo respiratório
12 Vertigens, dores de cabeça e sinais de fadiga
9 Inconsciência
6 Morte em alguns minutos por deficiências respiratórias
Fonte: PINHAL (2010).

Porém, nem todos os gases liberados durante a combustão têm o mesmo


comportamento ou características. Dentre os possíveis gases emitidos durante a combustão,
destacam-se os mais perigosos: Monóxido de carbono (CO), Dióxido de carbono (CO2),
Ácido cianídrico (HCN), Ácido clorídrico (HCl) e Dióxido de enxofre (SO2). Segundo Coelho
(2002) o monóxido e o dióxido de carbono se tornam mais tóxicos, quanto maior for à
temperatura no local onde se deflagrou a combustão.
Segundo Izquierdo (2009), quando acontece um incêndio num edifício em que existam
aberturas para a área externa, a pressão próxima ao piso será um pouco inferior ao da
atmosfera (pode-se deduzir que o ar será puxado para dentro do incêndio) e próximo ao teto, à
pressão será consequentemente maior (a fumaça será empurrada).
18

Em um determinado lugar entre estas duas posições existe um ponto de equilíbrio em


que a pressão interna se iguala a pressão atmosférica, a este ponto se denomina Plano Neutro.
A diferença de pressão entre dois locais adjacentes é efetivamente responsável pelo
movimento ascensional dos gases, fazendo também com que escoem por aberturas existentes
nas zonas superiores dos compartimentos (PINHAL, 2010).
Analisando um determinado compartimento, onde a temperatura interior é superior à
exterior, observa-se que em cada um dos ambientes gera-se um diagrama de pressões, sendo o
declive do diagrama de pressões resultante da temperatura exterior menor que o resultante da
temperatura no interior (Figura 1).

Figura 1 - Esquema exemplificativo do somatório de diagramas de pressões

Fonte: PINHAL (2010).

Sendo assim, ao existir uma abertura na parede que separa estes dois ambientes, os
dois diagramas de pressão somam-se, dando origem ao diagrama final de pressões (Figura 2).

Figura 2 - Diagrama de diferença de pressão e localização do plano neutro

Fonte: IZQUIERDO (2009).


19

Das Figuras 1 e 2, tem-se:

H1 - altura resultante da diferença entre a cota do pavimento do compartimento e a cota do


plano neutro;
H2 - altura resultante da diferença entre a cota do plano neutro e a cota do teto do
compartimento;
Ainf - abertura inferior;
Asup - abertura superior;
Te - temperatura exterior;
Ti - temperatura interior.

Segundo Coelho (2002), a fumaça e os gases gerados durante um incêndio estão a uma
temperatura muito superior à temperatura do recinto, o que leva a diminuição da sua
densidade e consequente, sua ascensão no ar. Isso induz ao aumento de pressão na parte
superior do compartimento e na parte inferior ao plano neutro de pressões dá-se a
correspondente diminuição.
Esta diferença de pressões é responsável pela entrada da fumaça nos compartimentos
adjacentes ao espaço sinistrado, se existirem vias de acesso entre eles. Este fenômeno foi alvo
de várias análises e estudos, até que se obteve a (Equação 1).

1 1
∆𝑝 = 3460 ( − ) ∗ ℎ (Eq. 1)
𝑇0 𝑇𝑖

Onde:
ΔP – diferença de pressão entre o exterior e o interior do compartimento; (Pa);
h – variável correspondente à altura do compartimento; (m);
TO – temperatura absoluta externa; (K);
Ti – temperatura absoluta no setor do incêndio; (K);

Segundo a norma UNE EN 12101.6 (2006) quando ocorre à deflagração do incêndio, a


fumaça produzida adota um padrão de deslocamento condicionado pelos seguintes efeitos:
ascensão dos gases quente durante um incêndio, chaminé, expansão e ação do vento.
20

2.1.1 Efeito chaminé

O efeito chaminé é um fluxo de ar vertical dentro das edificações, causado pela


diferença de temperatura interna e externa (NPT 15 CBMSP). Diante da ocorrência de um
incêndio a diferença de temperatura entre os dois ambientes pode depois de algum tempo,
atingir valores da ordem de centenas de graus centígrados, gerando, consequentemente, um
gradiente de pressões. Assim, devido às características do próprio incêndio se deduz que a
temperatura interior supere a do exterior, gerando um diferencial de pressão que direciona o
movimento da fumaça de forma ascensional ao longo dos espaços verticais existentes, criando
chaminés de escoamento (PINHAL 2010). (Figura 3).

Figura 3 - Efeito chaminé em uma caixa de escada-

Fonte: PINHAL (2010).

2.1.2 Efeito de expansão

Pinhal (2010) nos diz que o efeito de expansão resulta da influência das temperaturas
percebidas dentro do espaço onde está ocorrendo o incêndio e que a crescente elevação
provoca alterações na densidade e considerável aumento no volume dos gases liberados
durante a combustão.
21

2.1.3 Efeito da ação do vento

A ação do vento sobre a fachada de um edifício tem bastante peso sobre o perfil de
pressões que aí se desenvolvem, repercutindo-se, posteriormente, sobre a movimentação dos
fumos e gases resultantes do incêndio (PINHAL, 2010). Porém, este efeito depende por sua
vez de alguns parâmetros, entre eles:
a) dimensões do edifício;
b) relação dessas dimensões em planta;
c) permeabilidade das fachadas;
d) velocidade do vento;
e) altura do edifício;
f) características da vizinhança do edifício.

UNE EM 12101.6 (2006) diz que quando o vento sopra sobre um dos lados do
edifício, este perde velocidade e produz um incremento de pressão sobre o lado de barlavento
(o vento sopra em direção à edificação). Ao mesmo tempo, o vento se desvia pelos arredores
do prédio e acelera novamente originando uma área de sucção na zona oposta. Quanto maior
for à velocidade do vento maior será a sucção. O efeito principal destas pressões faz produzir
um movimento horizontal do ar através do edifício nas situações de barlavento e sotavento
(lado oposto da direção da direção de sopro do vento).
Segundo Coelho (2002) Num caso de análise hipotética em que as fachadas de um
determinado edifício fossem totalmente estanques, a ação do vento sobre estas superfícies em
situação de incêndio seria nula. Todavia, tal não acontece na realidade, uma vez que nas
fachadas é provável sempre existirem aberturas, além de que, devido ao incremento de
temperatura durante o incêndio e consequente aumento da pressão interior, se dá a quebra dos
envidraçados. Desta forma, a quebra dos envidraçados pode levar a duas possíveis situações,
dependendo do fato de esta abertura se situar numa fachada oposta à fachada que sofre a ação
do vento (sotavento), ou de se encontrar na fachada sobre a qual o vento atua diretamente
(barlavento).
22

A figura 4 apresenta uma representação esquemática de um perfil de pressões criado


sobre as fachadas e cobertura de um edifício, considerando a ação do vento horizontal, com
sentido da esquerda para a direita e planta baixa. Característica do perfil de pressão criado
pelo vento em elevação.

Figura 4 - Efeito do vento em elevação

Fonte: IZQUIERDO (2009).

A Figura 5 apresenta o esquema do perfil de pressão criado pelo vento (planta baixa).

Figura 5 - Efeito do vento em planta baixa

Fonte: IZQUIERDO (2009).

2.2 SISTEMA DE CONTROLE DE FUMAÇA

De acordo com Fernandes (2009) um sistema de controle de fumaça evita que os


ocupantes do edifício durante o abandono da área, sejam prejudicados pela proximidade ou
contato com os produtos da combustão. A formação da fumaça é favorecida pela:
a) combustão incompleta, no qual permite que os produtos se decomponham;
b) formação de monóxido de carbono;
c) umidade dos materiais que favorecem a combustão incompleta;
23

d) natureza dos materiais em combustão (hidrocarbonetos e plásticos que formam uma


fumaça muito densa);
e) mobilidade de fumaça (efeito chaminé).

O termo controle de fumaça se refere aos métodos que se pode utilizar, para alterar o
movimento da fumaça em beneficio dos usuários, dos bombeiros e para evitar maiores danos
materiais (BOTTA, 2011). Para o controle da fumaça é empregado os seguintes métodos:
extração, diluição, compartimentação e pressurização.

2.2.1 Método de extração

Segundo Botta (2011), a extração de ar se consegue criando um gradiente de pressão


negativa em sentido ascendente ao longo de dutos, mediante ventiladores cujo funcionamento
pode ou não ser combinado com o sistema de detecção de alarme e fumaça. Os dutos para
eliminação de fumaça devem ser especifico para este fim. Estes dutos percorrem cada planta e
dispões de grelhas que captam os gases e o extraem do ambiente sinistrado. As grelhas de
extração devem ser de abertura automática e conectada ao sistema de extração. Esta forma de
extração de fumaça é mais recomendada para edifícios subterrâneos e com escassa ventilação,
como exemplo (estacionamento). Para edifícios altos se recomenda o método de extração
combinado com outros, como a “pressurização”.

2.2.2 Método de diluição

Conforme Botta (2011) a diluição é utilizada para manter uma concentração aceitável
de fumaça dentro de ambiente submetido á infiltrações de outros locais. Este procedimento
pode ser eficaz se a quantidade de fumaça que adentra o local for pequena, quando se
comparada ao volume total de ar que entra para purgar e eliminar a fumaça. A diluição
também é benéfica aos bombeiros, quando se trata de eliminar o ar contaminado depois do
incêndio. A diluição do ar contaminado, com o ar limpo não é um método para produzir
movimento forçado e sim uma manipulação. Este método permite reduzir a concentração de
fumaça e gases, de modo que se alcance uma diluição tal que seja tolerada para as pessoas e
não prejudique visibilidade.

2.2.3 Método de compartimentação


24

Botta (2011) diz que este método consiste em confinar o ar dentro de zonas onde sua
presença não seja prejudicial e depois extrai-lo para o exterior. A melhor situação e a que
deve tender-se, é a de reter a fumaça produzida pelo incêndio no ambiente sinistrado (Figura
6).

Figura 6 - Compartimentação

Fonte: BOTTA (2011).

Para conseguir que a fumaça e os gases de combustão permaneçam na área afetada se


empregam os seguintes elementos:
a) barreiras físicas para fumaça - compartimentação horizontal e vertical
espacialmente projetada para controlar o movimento da fumaça;
b) exaustor - claraboia situada nas coberturas e tetos cuja abertura permite o controle
da fumaça produzida num incêndio. Pode ser de acionamento automático ou
manual;
c) pressurização - método de controle de fumaça medial diferencial de pressão
espacialmente que gera aumento de pressão no interior de um edifício.

2.2.4 Método de pressurização

Padilha (2011) nos diz que a ideia da proteção contra fumaça por meios de
pressurização é a de restringir o movimento da fumaça num edifício em chamas. Trata-se de
um sistema de controle mecânico do movimento da fumaça, que tem como função pressurizar
à escada de segurança, garantindo a população um ambiente livre da penetração da fumaça na
eventual ocorrência de incêndio.
25

2.3 SISTEMAS DE PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA ENCLAUSURADA

Segundo Valdivia (2009) em meados de 1960 surgiu na Inglaterra e na Austrália à


ideia de usar a pressurização para prevenir a infiltração de fumaça em caixa de escadas,
criando diferenças de pressão entre o local sinistrado e os locais circundantes. Em situações
de ocorrência de incêndio a fumaça pode deslocar-se para locais bastante afastados da sua
origem, ameaçando a vida dos ocupantes do edifício.
Conforme Klote, J; J. Milke. 2002 a evolução da tecnologia do controle de fumaça,
em particular da pressurização, tem tido a participação de vários investigadores que ao longo
dos tempos têm discutido conceitos e avaliado soluções, dos quais se destacam nesta área,
McGuire (1967), McGuire e Tamura (1971), Stewart (1973), Fung (1976) e Hobson et al.,
(1992).
Segundo Fernandes (2008) os principais objetivos da pressurização na caixa de
escadas são manter as rotas de fuga livre de fumaça, de modo a permitir a saida dos ocupantes
do edifício em caso de incêndio e garantir uma zona livre de fumaça para combate ao fogo.
Sendo assim, é necessário que a caixa de escada receba o fornecimento contínuo de ar, que
possibilite manter um diferencial de pressão, preservando o fluxo de ar através de uma ou
mais trajetórias de escape, que conduza o ar para o exterior da edificação (Figura 7).

Figura 7 - Controle de fumaça nas escadas por pressurização

Fonte: Adaptado de FERNANDES (2008).

Conforme Fernandes (2008) durante a situação de incêndio no edifício, algumas portas


de acesso à escada podem estar abertas para a saída das pessoas, ou combate a incêndio. O
26

ideal é que nestas situações, em que a porta no local sinistrado se encontra aberta, haja fluxo
de ar suficiente através da porta que previna a entrada de fumaça.
Segundo Fernandes (2008) a pressurização de escadas pode ser dividida em duas
categorias, Sistemas de Insuflação Simples de Ar ou Sistemas de Insuflação Múltipla de Ar.
Por insuflação simples de ar, entende-se sistema cuja pressurização é feita por introdução de
ar num só local, habitualmente na parte inferior das escadas, embora esta possa ser realizada
na parte superior.
Conforme Fernandes (2008) este tipo de sistema pode falhar caso algumas portas
localizadas próximas da insuflação se encontrem abertas, uma vez que todo o ar pressurizado
pode se perder, não se conseguindo gerar pressão positiva nos pontos mais afastados. Para
escadas que apresentem alturas consideráveis a insuflação de ar pode ser feita a partir de
vários locais, ao longo de toda a altura da escada, designa-se esta solução por insuflação
múltipla de ar. A Figura 8 ilustra a insuflação de ar em caixa de escada.

Figura 8 - Insuflação de ar para pressurização a partir de diferentes pontos

Fonte: FERNANDES (2008).

Fernandes (2008) que o sistema de pressurização pode ser projetado de duas formas, o
primeiro, operando somente em situações de emergência, ou incorporando um nível baixo de
pressurização, para funcionamento contínuo, com previsão para um nível maior de
pressurização que entra em funcionamento em situação de incêndio; e o segundo, mantendo
um nível mínimo de proteção em permanente operação, que propicia a renovação de ar no
volume da escada.
Os elementos básicos que constituem um sistema de pressurização numa caixa de
escadas são o sistema de acionamento e alarme (detector de fumaça, ou eventualmente outro);
trajetória de escapes de ar; fonte de energia garantida; ar externo introduzido mecanicamente.
27

2.3.1 Princípios básicos de funcionamento da escada pressurizada

O controle de fumaça em edifícios pode ser conseguido através da utilização


de compartimentações, pavimentos, paredes e portas, em sintonia com
correntes de ar e diferenças de pressão conseguidas por insuflação do mesmo
(Fernandes, 2009).

De acordo com Fernandes (2009) para se determinar a vazão de pressurização devem


ser contabilizadas todas as fugas de ar permanente dos respectivos locais, e do ponto de vista
de cálculo da vazão máxima de ar necessário, deve supor-se a existência de uma porta aberta.
A vazão de ar escoado através das aberturas pode ser obtida pela seguinte (Equação 2).

1
𝑄 = 𝐶. 𝐴. ∆𝑃𝐵 (Eq. 2)

Onde se verifica que existe proporcionalidade entre a vazão a insuflar e a diferença de


pressão 𝜟P entre os dois meios. Onde o Q representa o caudal de ar a insuflar em m³/s, A é a
área da secção de escoamento em m² e B e C constantes.
A constante C é designada por coeficiente de vazão, e que depende da geometria do
caminho percorrido pelo fluxo, bem como da turbulência e atrito, assume o valor de 0,827
para a maioria das fugas que ocorrem em edifício, quer se trate de fendas que ocorram na
junta móvel de portas e janelas, quer se trate de aberturas de maiores dimensões.
A constante B varia entre o valor de 1 e 2, onde o valor de 2 é usado para uma grande
gama de escoamentos, que engloba os escoamentos através de grandes dimensões, quer os
escoamentos através de juntas móveis de portas. Para os escoamentos através de juntas
móveis de janelas, devido à reduzida dimensão das aberturas, o valor de 1,6 adequa-se
melhor, segundo experiências feitas.
Na generalidade dos casos é adotado o valor de 2 para a constante B devido aos
elevados caudais que escapam através de juntas móveis das portas. A obtenção do valor dos
caudais das fugas através das aberturas em série ou em paralelo pode ser feita com base no
cálculo de uma área equivalente fugas em paralelo, a expressão para a área equivalente Aeq é
(Equação 3),

𝐴𝑒𝑞 = ∑ 𝐴𝑖 (Eq. 2)
𝑖
28

Em que Ai representa os valores das áreas de cada uma das aberturas. Se o espaço a
pressurizar comunica-se com as zonas à pressão exterior através de várias aberturas em série,
fugas em série, a expressão da área equivalente assume a seguinte forma (Equação 4).

1/2

𝐴𝑒𝑞 = (∏ 𝐴𝑖 ) / [∑ 𝐴𝑖 2 ] (Eq. 3)
𝑖 𝑖

Os casos reais podem ser encarados como um conjunto de fugas em série e em


paralelo, utilizando nesses casos a área equivalente resultante da sucessiva utilização das duas
expressões anteriores. Este caudal de pressurização obtido deve garantir que o fluxo de ar que
atravessa os vãos das portas de comunicação da zona pressurizada com as zonas à pressão
exterior, quando estas se abrem, impeça a entrada da fumaça. Admitindo o coeficiente de
vazão C igual a 0,827 e B = 2, apresenta a seguinte forma (Equação 5).

𝑄 = 0,827 ∗ 𝐴 ∗ √𝛥𝑃 (Eq. 4)

2.4 SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME

O principal objetivo do sistema automático de detecção e alarme é promover a vigilância


da totalidade dos locais que apresentem eventuais riscos de incêndio (MARTÍNEZ e
VELÁSQUES, 2008). Este sistema permite simultaneamente a comunicação com os
bombeiros, procedendo à sinalização sonora do incêndio, alertando o público para um eventual
sinistro e acionamento dos sistemas e equipamentos de segurança (Oliveira, 2009).

Um sistema de detecção de incêndio é projetado para que se cumpram as funções de


detecção de fumaça e gases procedentes da combustão, emissão de sinais acusticos e
luminosos para comunicação de alerta e o acionamento dos sistemas e equipamentos de
segurança.
Segundo Oliveira (2009) o sistema de detecção e alarme de incêndio é composto
por detectores automáticos de incêndio, acionadores manuais, painel de controle
(processamento), meios de aviso (sinalização), fonte de alimentação elétrica e infraestrutura
(eletrodutos e circuitos elétricos) (Quadro 2).
29

Quadro 2 - Características dos componentes do sistema de detecção e alarmes de incêndios


Tipo de dectetor Características Utilização
Óptico Baseado em uma câmara Em ambientes em que, em
escura complementada com um principio de incêndio,
um emissor e um receptor aja expectativa de formação
que detectam a presença de de fumaça antes da
partículas de fumaça em seu deflagração do incêndio
interior, seja por reflexão da propriamente dito.
luz ou por obscurecimento. Recomendado em fogo de
desenvolvimento lento,
como em locais com
presença de madeira, papel
e tecidos.
Iônico Possuem duas câmaras Em ambientes em que, num
ionizadas por uma fonte com principio de incêndio, haja
baixo poder radioativo, formação de combustão,
sendo uma câmara de mesmo invisível, ou
referência e outra de análise. fumaça, antes da
deflagração do incêndio
propriamente dito.
Em locais com possível
desenvolvimento rápido do
fogo e alta liberação de
energia.
Linear É composto de duas peças Em locais onde não é
básicas, emissor e receptor. possível realizar detecção
O emissor projeta luz pontual (locais com grandes
infravermelha até um alturas e locais abertos).
receptor, que, por sua vez,
converte o feixe de luz em
um sinal elétrico.
Fonte: Adaptado de OLIVEIRA (2009).
30

Caso haja um principio de incêndio, será enviado um sinal para central de detecção
que liga os ventiladores. O acionamento do ventilador pode ser feito manualmente na própria
central (Figura 9) ou por meio de botoeira e o desligamento apenas pode ser feito na casa de
maquinas através da chave liga/desliga (OLIVEIRA, 2009).

Figura 9 - Esquema de funcionamento de central de detecção

Fonte: GLOBALSYST (2015).

2.5 TRAJETÓRIAS DE ESCAPE DA ESCADA DE INCÊNDIO

As trajetórias de escape podem ser de dois tipos: em série, em paralelo ou uma


combinação das duas. Em Paralelo, a trajetória de escape do ar se dá para fora do
espaço pressurizado, onde podem existir elementos de restrição posicionados em
paralelo (Figura 10).

Figura 10 - Trajetória do escape do ar em paralelo

Fonte: NPT 13 – CMBSP (2004).


31

No caso de trajetórias de escape paralelas, a área total de escape é determinada pela


simples soma de todas as áreas de escape envolvidas (Equação 6).

𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐴1 + 𝐴2 + 𝐴3 + 𝐴4 (Eq. 5)

As trajetórias de escape do ar em série, com as portas do ambiente estão representadas


na Figura 11.

Figura 11 - Trajetória do escape do ar em série

Fonte: NPT 13 CMBSP; (2004)

A área total de escape é determinada pela simples soma de todas as áreas de escape
envolvidas. No caso de portas em série, como a porta corta fogo (PCF) da escada e a PCF da
antecâmara não ventilada a ela associada tem-se a (Equação 7) :

1 1 1 1 1
= + + + (Eq. 6)
( 𝐴𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 )2 ( 𝐴1 ) 2 ( 𝐴2 ) 2 ( 𝐴3 ) 2 ( 𝐴4 )2

De maneira geral, o escape de ar a partir da escada ocorre por meio de frestas em torno
das Portas Corta Fogo (PCF), quando estiverem fechadas, devendo ser adotado os
valores constantes apresentados no Quadro 3 ou por meio do vão de luz das PCF
consideradas na condição abertas, na quantidade estipulada no Quadro 3 somada às perdas pelas
frestas das demais PCF consideradas na condição fechadas e por meio de frestas no entorno de
portas de elevadores e janelas existentes no espaço pressurizado (NBR 14880,2002).
32

Quadro 3 - Áreas típicas de escape para quatro tipos de PCF


Área de Área de
Tipo de porta Tamanho escape PCF escape PCF
aberta fechado
Porta simples, para acesso ao 2,10 m x
1,64 m² 0,030m²
espaço pressurizado 0,89m
Porta simples, para saída ao 2,10 m x
1,64 m² 0,040m²
espaço pressurizado 0,89m
2,10 m x
Porta dupla, para acesso ao espaço
0,89m 3,28 m² 0,045 m²
pressurizado
cada
2,10 m x
Porta dupla, para saída ao espaço
0,89m 3,28 m² 0,060m²
pressurizado
cada
2,10 m x
Porta de elevador de segurança - 0,060m²
0,80m
NOTA – Nos demais tipos de portas corta-fogo, ou de elevadores, as dimensões devem
ser avaliadas junto aos fabricantes.
Fonte: NTP 013 CBMSP (2011).

A porta corta fogo é de suma importância para o sistema pressurizado, pois além de
servir como um tipo de compartimentação protegendo a saída de emergência a partir de suas
fretas obtemos o modelo padrão para calcular as áreas de restrições.
As portas se classificam como P-30, P-60, P-90 e P-120, de acordo com o tempo de
duração (resistência) ao fogo, em minutos. Para assegurar proteção, seus componentes como
fechadura e dobradiça também devem estar de acordo com a norma ABNT 13768.
Para ser eficaz, uma escada de emergência pressurizada deve ter seus acessos
protegidos por PCF, sendo inevitável considerar que estas sejam abertas ocasionalmente; e
por este motivo a pressurização projetada não pode ser mantida, se houverem grandes
aberturas entre a área pressurizada e os espaços adjacentes.
33

2.6 FONTE DE ENERGIA

O edifício deve possuir um sistema de fornecimento de energia de emergência por


meio de um grupo moto-gerador automatizado, de acordo com as Normas Técnicas Oficiais,
com autonomia de funcionamento e acionado automaticamente quando houver interrupção no
fornecimento de energia normal para o sistema de pressurização, de modo a garantir o
funcionamento e permitir o abandono seguro dos ocupantes da edificação.
Segundo a Norma de Procedimentos Técnicos (NPT 13) do Corpo de Bombeiros
Militar do Estado de São Paulo (CBPMSP, 2011) as instalações elétricas devem estar de
acordo com a NBR 5410:2014, e os circuitos elétricos do sistema de pressurização, devem ser
acondicionados de forma a garantir a operação do sistema.
Se os circuitos elétricos do sistema de pressurização passar por áreas de risco,
aparentes ou embutidas em forros sem resistência contra incêndio, devem ser protegidos
contra a ação do calor do incêndio, pelo tempo de utilização do grupo moto-gerador
automatizado.
A introdução do ar em qualquer ambiente é necessária, pois realiza a renovação do
oxigênio e extraem os produtos decorrentes da atividade humana, como por exemplo, dióxido
de carbono, monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio dentre outros. Em determinados
casos, os sistemas de ventilação também cumprem um papel importante na segurança dos
ocupantes de um determinado local, pois garantem espaços livres de produtos da combustão
em caso de incêndio.
Para ventilar um espaço, seja insuflando ou extraindo o ar, é habitual utilizar uma rede
de dutos. A função do sistema de dutos é transportar o ar do equipamento (ventilador) até o
espaço a ser utilizado, para exercer esta função, o sistema de dutos precisa ser projetado
dentro dos limites estabelecidos, considerando-se o espaço disponível para o seu trajeto, as
perdas de carga, a velocidade, os níveis de ruído e as perdas.
No projeto de um sistema de ventilação, a dimensão dos dutos é usualmente
estabelecida a partir da vazão de escoamento, considerando critérios de acomodação no
espaço disponível, economia, geração de ruídos e deposição de particulado.
34

2.6.1 Ventiladores

“Os Ventiladores são turbomáquinas geratrizes ou operatrizes, que se destinam a


produzir o deslocamento dos gases” (Macintyre, 1990). Pode se dizer que o ventilador é uma
maquina rotativa capaz de mover determinada massa de ar, a qual é fornecida determinada
pressão, suficiente para vencer as perdas de cargas produzidas na rede de dutos (STOECKER,
1996).
O ventilador consta principalmente das seguintes partes: motor de acionamento;
elemento rotativo, peça do ventilador que gira em torno de si e pode ser o rotor ou a hélice e
suporte. O ventilador é selecionado por um programa especifico fornecido pela OTAM.

2.6.2 Grelhas de insuflamento

Segundo ASHRAE (2009), uma grelha consiste numa estrutura que pode ter várias
formas e que envolve um conjunto de lâminas dispostas vertical ou horizontalmente ou
ambas. Estas permitem efetuar insuflação com deflexão simples, caso a grelha contenha
lâminas numa só posição, ou dupla deflexão, caso as lâminas estejam em duas disposições
diferentes. Tem por função permitir a passagem do ar insuflado, mas também evitar a entrada
de objetos maiores no interior do duto. Podem ser aplicado no teto, chão e em zonas laterais
altas e se apresentam de dois tipos: Grelha de Deflexão Simples e Grelha de Deflexão Dupla.
As grelhas tem grande importância dentro do sistema de pressurização de escada, pois
é por seu intermédio que se insufla o ar para dentro da escada de segurança. As grelhas de
insuflamento de ar devem ser localizadas a intervalos regulares por toda a elevação da escada,
e devem estar dispostas a uma distancia máxima de dois pavimentos entre grelhas adjacentes,
devendo possuir dispositivo de controle de vazão.

2.6.3 Venezianas para tomada de ar

É um equipamento através do qual se faz a captação do ar externo, protegendo contra a


entrada de agua pluvial (sem ventos) e objetos. (TROX BRASIL, 2016). É essencial para que
o suprimento de ar usado de pressurização nunca esteja em risco de contaminação pela
fumaça proveniente de um incêndio no edifício.
35

As medidas para minimizar a influência da ação dos ventos sobre o sistema de


pressurização, da entrada do sistema (tomada de ar) até a saída (por meio das PCF e/ou
periferia do edifício) também devem ser adotadas.
2.6.4 Filtros

Os filtros são meios porosos capazes de deter e remover partículas do ar atmosférico,


como poeiras, fuligem em suspensão, pólen de plantas, esporos de fungos e bactérias, vapores
e fumaça. Os filtros aplicados ao sistema de pressurização para sistemas geralmente na
captação do ar externo devem ser do tipo filtro de partículas classe G1 conforme NBR 6401,
metálico lavável (MACINTYRE 1990).

2.6.5 Damper de alivio de pressão

Segundo Izquierdo (2008) consiste num sistema que permite a retirada de certa
quantidade de ar de determinado volume de controle, com o objetivo de diminuir a pressão no
interior da zona pressurizada até um valor estabelecido em projeto. Este sistema pode ser
automático, gravitacional ou controlada por sensor diferencial de pressão.
36

3 METODOLOGIA

A metodologia deste trabalho consiste em um dimensionamento de uma escada


pressurizada para um edifício de 20 pavimentos (Figura 12) é necessário considerar os
critérios para desenvolvimento de projetos de pressurização de acordo com a NBR 14.880 e
NPT 13 CBMSP.

Figura 12 - Esquema geral de uma escada pressurizada

Fonte: adaptado de NPT 13 CMBSP (2011).

3.1 PARÂMETROS PARA OS CÁLCULOS DE VAZÃO DE AR

a) Quantidade de pavimentos com comunicação com a escada pressurizada: 20;


b) Quantidade total de Portas Corta Fogo (PCF) de Ingresso à escada de segurança: NPI
= 19 (portas simples);
37

c) Quantidades de Portas Corta-Fogo (PCF) de saída à escada de segurança NPS = 01


(porta simples, no qual está situada no piso de descarga);
d) Quantidades de Portas Corta Fogo Abertas NPA = 02, este número de portas é
baseado nas informações do Anexo A, considerando um edifício residencial em
situação de emergência (incêndio), até 80 m.
e) A área de vazamento por meio de frestas das Portas Corta-Fogo (PCF) que dão acesso
ao ingresso para escada pressurizada, adotando-se PCF simples, AVI = 0,03 m², por
porta (Quadro 3)
f) A área de vazamento por meio de frestas das Portas Corta-Fogo (PCF) que permite a
saída da escada pressurizada, adotando-se PCF simples AVS = 0,04 m², por porta
(Quadro 3);
g) A área de passagem de ar por uma Porta Corta-Fogo aberta, em caso de situação de
incêndio adotando-se PCF simples AVL = 1,64 m²;
h) Fator de segurança adotado: 25%, este valor é usado para compensar os vazamentos
em dutos de alvenaria ou mistos;
i) Fator de segurança adotado: 25%, para a vazão que será calculada, devido a
vazamentos não identificados;
j) A velocidade mínima de ar pressurizado considerado escapando através de uma porta
aberta foi de 1 m/s.

3.2 CÁLCULO DO SUPRIMENTO DE AR NECESSÁRIO

3.2.1 Cálculo das áreas de restrição-escape de ar por meio de frestas de PCF’s Fechada

O cálculo da área de restrição-escape de ar por meio das frestas das PCF de ingresso
ao espaço pressurizado (API) é dado pela (Equação 8).

𝐴𝑃𝐼 = 𝑁° 𝑃𝐶𝐹𝐼 𝑥 𝐴𝑉𝐼 (Eq. 8)

Onde:
N° PCFI - Número de Portas Corta Fogo de ingresso à escada
38

O cálculo da área de restrição-escape de ar por meio das frestas das PCF de saída do
espaço pressurizado (APS) é dado pela (Equação 9).

𝐴𝑃𝑆 = 𝑁° 𝑃𝐶𝐹𝑆 𝑥 𝐴𝑉𝑆 (Eq. 9)

Onde:
N° PCF - Número de Portas Corta Fogo de saída da escada

3.2.2. Cálculo da Área total de Restrição-escape

A área total de restrição-escape é dada pela (Equação 10).

𝐴𝑇 = 𝐴𝑃𝐼 + 𝐴𝑃𝑆 (Eq. 10)

Onde:
AT - Área total de restrição-escape

3.2.3 Cálculo da quantidade de ar que escapa por meio das frestas das PCFS

Com as considerações feitas acima é possível calcular a quantidade de ar que escapa


por meio das frestas das PCF através da (Equação 11).

1
𝑄𝑃𝐹 = 0,827 𝑥 𝐴 𝑥 (𝑃)(𝑁) (Eq. 11)

Onde:
QPF - Fluxo de ar (m³/s)
P - Diferencial de pressão (Pa), Tabela 1 (Valor adotado 50 Pa)
N - é um índice que varia de 1 a 2, no caso de frestas em torno de uma PCF simples (Valor
adotado 2)
39

3.3 CÁLCULO DO SUPRIMENTO DE AR PARA A CONDIÇÃO DE PORTAS ABERTAS

3.3.1 Cálculo da área de passagem do ar

Para calcular a área de passagem do ar, tanto pelas portas abertas quanto fechadas
utiliza-se a (Equação 12)

𝐴𝑃𝐴 = (𝐴𝑉𝐿 𝑥 𝑁𝑃𝐴) + (𝐴𝑃𝐹 𝑥 𝑁𝑃𝐹) (Eq. 12)

Onde
APA - Área total de passagem do ar
AVL - Área da porta aberta
NPA - Número de portas abertas (Valor Adotado - 01)
APF - Área de passagem de ar através das portas fechadas NPF = número de portas fechadas
(Valor Adotado - 19)

3.3.2 Cálculo da vazão de ar através da área aberta

𝑄𝑇𝐴 = 𝐴𝑃𝐴 𝑥 𝑉𝑃𝐴 (Eq. 13)

Onde:
QAT - Vazão através da área aberta

Onde:
VPA - Velocidade do ar considerando uma porta aberta

3.4 CÁLCULO DO FLUXO DE AR CONSIDERANDO PERDAS EM DUTOS E


VAZAMENTOS

Condições:
a) Fator de segurança quanto ao tipo de duto: dutos metálicos e mistos: 25%
b) Fator de segurança para vazamentos não identificados: 25%
c) A vazão total requerida para o sistema de pressurização de escadas resulta da
aplicação das condições previstas na (Equação 14)
40

 𝑆𝑒 𝑄𝑃𝐹 > 𝑄𝑇𝐴, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑄𝑇 = 𝑄𝑃𝐹


(Eq. 14)
 𝑆𝑒 𝑄𝑃𝐹 < 𝑄𝑇𝐴, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑄𝑇 = 𝑄𝑇𝐴

Onde:
QT - Vazão total requerida do sistema de pressurização
QPF - Vazão total das frestas com todas as portas fechadas (m³/s) conforme equação
QAT - Vazamento de ar através das portas consideradas na condição abertas somadas às
frestas das demais portas, na condição fechadas (m³/s)

d) Cálculo da vazão de ar para pressurização com acréscimo dos fatores de segurança

Considerando que os dutos de ar não são totalmente herméticos, e considerando os


fatores de segurança acima identificados (condição 1) o cálculo do fluxo de ar é expresso pela
(Equação 15).

𝑄𝑇𝑃𝐹 = 𝑄𝑃𝐹 𝑜𝑢 𝑄𝐴𝑇 𝑥 (1,25 + 1,25) (Eq. 15)

Onde:
QTPF - Fluxo de ar considerando os vazamentos de todas as portas fechadas

3.5 CÁLCULO DA VAZÃO DE AR EM EXCESSO PARA DIMENSIONAMENTO DO


DAMPER DE ALÍVIO

Para se calcular uma escada pressurizada, se faz necessário calcular o damper de alívio
para evitar o aumento da pressão no interior da escada de incêndio, pois a vazão foi calculada
para duas portas abertas e no caso de somente uma porta estar aberta ou nenhuma, haveria
uma tendência de aumento da pressão (Equação 16).

𝑄𝐷 = 𝑄𝑇𝑃𝐹 − (𝑄𝑃𝐹 𝑜𝑢 𝑄𝑇𝐴) (Eq. 16)

Onde:
QD - Vazão de ar em excesso do damper de alívio
41

De posse da vazão e da pressão máxima permitida dentro do vão da escada (60 Pa), é
possível através de um catálogo de válvulas de segurança, selecionar o dispositivo que melhor
se adaptaria a esta situação.

3.6 PERDA DE CARGA DA INSTALAÇÃO

3.6.1 Dimensionamento do duto

Um sistema de dutos para distribuição de ar em sistema de ventilação ou ar


condicionado consiste de trechos retos, cotovelos, ramificações de entrada e saída, registros
difusores, e bocas de insuflamento em geral (MANCITYRE 1990).
O método de cálculo utilizado para o dimensionamento é o método de iguais perdas de
carga que consiste em adotar a mesma perda de carga por unidade de comprimento para todo
o duto.

3.6.2 Perda de carga distribuída dutos retos retangulares

Duto retangular na forma a x b, está representado na (figura 13).

Figura 13 - Duto retangular

Fonte: adaptado de PADILHA (2008).

Se utiliza para o calculo da perda de carga a equação 17.

𝑙. 𝑣 2
𝛥𝑝 = 𝑓. .𝜌 (Eq. 17)
𝐷𝑒𝑞. 2.

l - comprimento do duto (m)


v - velocidade (m/s)
ρ - densidade do fluido (kg/m³)
f - coeficiente de perda de carga
42

Para efetuar-se a aproximação em comparação com os dutos de diâmetro circulares, se


utiliza a (equação 18) que permite calcular o diâmetro do duto de seção reta cuja perda de
carga é semelhante à de um duto de seção circular.

(𝑎. 𝑏)0,625
𝐷𝑒𝑞 = 1,3 (Eq. 18)
(𝑎 + 𝑏)0,25

3.6.3 Perda de carga em acessórios

Ao longo da rede de dutos de ventilação forçada, existem acessórios que contribuem


para aumentar a perda de carga do sistema, em razão do atrito, das turbulências e das
variações de velocidade que provocam. Podem ser expressos pela equação 19.

𝑣2
∆𝑃 = (𝜌. ) . 𝐾 (Eq. 19)
2

ρ - massa específica do fluido.


c - velocidade média do escoamento
k - coeficiente de atrito

Conhecendo-se a velocidade média v de escoamento na peça, calcula-se a altura


representativa da velocidade hv, ou seja, a pressão dinâmica em mmH2O. Pode-se utilizar a
formula com v em m/s e hv, pressão dinâmica em mmH2O, considerando o peso especifico do
ar igual a 1,2 kgf/m³ (Equação 20 e 21).

(2 x 9,80) / 1,2 = 16,34 (Eq. 20)

𝑣2
hv = ( ).𝐾 (Eq. 21)
16,34

Para calcular a perda de carga ∆𝑃 no acessório, basta multiplicar o coeficiente de atrito


K, (valores já se encontram tabelados) por hv,, (equação 22)

∆𝑃 = 𝐾. ℎ𝑣 (Eq. 22)
43

3.6.4 Perda de carga em curvas

O coeficiente de atrito nas curvas de seção retangular com defletores (Figura 14) está
relacionado com o fator geométrico e pode ser obtido através da (Tabela 1).

Figura 14 - Curva de seção retangular de 90º

Fonte: PADILHA (2008).

Tabela 1 - Coeficiente de perda de carga em curvas de seção retangular com deflectores


Defletores R/D Valor de k
1 0,5 0,70
1 0,75 0,16
1 1,0 0,13
1 1,5 0,12
2 0,5 0,45
2 0,75 0,12
2 1,0 0,10
Fonte: Adaptado de MACINTYRE (1990).

3.6.5 Perda de carga nas grelhas de insulamento com registro

Segundo Macintyre (1990) o coeficiente de perda de carga de uma grelha de


insuflamento com registro é igual (K=1,5), para uma área livre de passagem do ar de 80 a
90% e velocidade média de 4 a 5m/s (Figura 15).

Figura 15 - Grelha

Fonte: FERNANDES (2008).


44

3.6.6 Perda de carga nas derivações simples de extração

O coeficiente de perda de carga em derivações pode ser obtido por meio de tabelas.
Onde a perda de carga é atribuída ao ramo secundário, para este caso em especial se considera
um ângulo de extração de 90º (Figura 16).

Figura 16 - Ramificação de extração

Fonte: Adaptado de STOECKER (1996).

Macintyre (1990) apresenta a tabela 2 para estimar o coeficiente de atrito para


derivações de extração para os ramais secundários.

Tabela 2 - Perda de carga atribuída ao ramo secundário


βº K
90º 1
60º 0,5
45º 0,3
30º 0,13
Fonte: Adaptado de MACINTYRE (1990).

3.6.7 Perda de carga na veneziana

Segundo Macintyre (1990) uma veneziana externa com 60% de área livre apresenta
coeficiente de atrito K de 1,5.

3.6.8 Perda de carga no filtro

A perda de carga estimada para filtro fica em torno de 06mmca, conforme (Mancityre 1990).
45

4 RESULTADO E DISCUSSÕES

4.1. CALCULO DAS ÁREAS DE ESCAPE DE AR POR MEIO DE FRESTAS DE PCFS

4.1.1 As áreas de escape de ar por meio de frestas de PCFs fechadas de ingresso (API) e de
saída (APS)

𝐴𝑃𝐼 = 0,57𝑚2

𝐴𝑃𝐼 = 0,04 𝑚2

4.1.2 Área total de restrição portas fechada (APF)

𝐴𝑃𝐹 = (0,57 + 0,04) = 0,61𝑚2

4.1.3 Quantidade de ar que escapa por meio das frestas das PCFs fechadas (QPF)

𝑄𝑃𝐹 = 3,56𝑚3 /𝑠

4.1.4 Cálculo das áreas de escape de ar por meio de frestas de PCFs abertas

𝐴𝑉𝐿 = 1,64 𝑥 1,0 = 1,64 𝑚2

𝑁𝑃𝐹 = 19 𝑥 0,03 = 0,57 𝑚2

4.1.5 Cálculo da área de passagem do ar das PCFs abertas (APA)

𝐴𝑃𝐴 = (1,64 + 0,57) = 2,21 𝑚2

4.1.6 Velocidade do ar através de uma porta aberta (VPA)

𝑉𝑃𝐴 = 1,00 𝑚/𝑠


46

4.1.7 Cálculo da vazão de ar atravez de uma porta aberta (QAT)

𝑄𝑇𝐴 = 𝐴𝑃𝐴 𝑥 𝑉𝑃𝐴 (Eq. 23)

𝑄𝑇𝐴 = (2,21 𝑚² ∗ 1,00𝑚/𝑠) = 2,21 𝑚3 /𝑠

Comparação dos valores encontrados, QPF e QAT.

 Na condição de PCF Fechada, QPF = 3,56m³/s


 Na condição de PCF Aberta, QAT = 2,21m³/s

Segundo a NPT 13 CBMSP (2011) ultiliza-se a maior vazão encontrada nos cálculos,
e a que possui maior vazão de ar é a condição de PCF fechada (QPF = 3,56m³/s).

4.1.8 Fluxo de ar considerando os incrementos dos valores referenciais de perdas em dutos e


vazamentos não identificados.

𝑄𝑇𝑃𝐹 = (3,56 𝑚3 /𝑠) 𝑥 (1,5)

𝑄𝑇𝑃𝐹 = 5,34 𝑚3 /𝑠

4.1.9 Vazão de ar em excesso do damper de alívio.

𝑄𝐷 = 𝑄𝑇𝑃𝐹 − 𝑄𝑃𝐹 (Eq. 24)

𝑄𝐷 = (5,34𝑚3 /𝑠 − 3,56𝑚3 /𝑠)

𝑄𝐷 = 1,78 𝑚3 /𝑠

4.1.10 Calculo da vazão total de ar por grelhas.

𝑄𝑇
𝑄𝐺𝑅𝐸 = ( 𝐷𝐸 𝐺𝑅𝐸𝐿𝐻𝐴𝑆) (Eq. 25)
𝑁°

𝑄𝐺𝑅𝐸 = 5,34 𝑚³/𝑠 /10


𝑄𝑇𝑃𝐹 = 0,534 𝑚3 /𝑠
47

4.2 PERDA DE CARGA NA INSTALAÇÃO

4.2.1 Considerações gerais para condicionamento do projeto dos dutos

O projeto dos dutos foi dimensionado pelo método de perda de carga constante. Duto
principal: 10 bocas de insuflamento em toda a dimensão vertical adjacente a escada,
distribuídas á uma distância igualitária de 6m que corresponde a um intervalo de dois andares
entres as bocas, distancia máxima recomendada conforme (NPT 13 CBMSP, 2011).
“A velocidade do fluxo de ar em todo o trecho de captação deve ser de, no máximo, 8
m/s e, no trecho de distribuição: máximo de 10 m/s quando o duto for construído em alvenaria
e de 15 m/s quando o duto for construído em chapa metálica” (NBR 14880). Um esquema de
dutos numa caixa de escada de incêndio está representada na Figura 17.

Figura 17 - Esquema de dutos da caixa da escada

Fonte: Adaptado de NPT 13 CMBSP (2011).

a) Vazão total requerida

𝑄𝑇 = 5,34 𝑚³/𝑠

Pode-se também expressar a vazão total requerida em m³/h, para isto basta multiplicar
por 3.600.
48

𝑚3
𝑄𝑇 = (5,34 ) 𝑋 (3.600) = 19224 𝑚³/ℎ
𝑠

A vazão calculada para cada boca de insulamento (a quantidade de bocas de


insulamentos são 10, como foi citado anteriormente), conforme (Equação 26).

5,34 3
𝑄𝑇 = 𝑚 /𝑠 (Eq. 26)
10

𝑄𝑔𝑟𝑒 = 0,534 𝑚³/𝑠

O dimensionamento da perda de carga no duto é realizado pelo método da igual perda


de carga, dois parâmetros são importantes a vazão e a velocidade. A vazão é medida a partir
do ponto mais desfavorável o qual seria a boca de insuflamento da extremidade oposta à
entrada de ar insuflada pelo ventilador. A velocidade pode ser arbitrada, mas desde que fique
dentro dos limites recomendados conforme (Quadro 4). Para este caso em particular foi
adotada a velocidade 4m/s.

Quadro 4 - velocidade recomendada para dutos de ar


RECOMENDADAS MAXIMAS
Escolas
Escolas
Teatros
DESIGNAÇÃO Residênci Prédios Teatros e Prédios
e Residências
as industriais edifícios industriais
edifícios
públicos
públicos
Tomada de ar exterior 2,50 2,50 2,50 4,00 4,50 6,00
Resfriament
2,25 2,50 3,00 2,25 2,50 3,60
o
Serpentina
Aqueciment
2,25 2,50 3,00 2,50 3,00 7,50
o
Borrificador
2,50 2,50 2,50 3,25 3,50 3,50
Lavadores
de ar Alta
- - 9,00 - - 9,00
velocidade
Descarga Min. 5,00 6,50 8,00 - - -
do
Max. 8,00 10,00 12,00 8,50 11,00 14,00
ventilador
Dutos Min. 3,50 5,00 6,00 - - -
Principais Max. 4,50 6,50 9,00 6,00 8,00 10,00
Ramais Min. - 3,00 4,00 - - -
Horizontai
Max. 3,00 4,50 5,00 5,00 6,50 9,00
s
Ramais Min. - 3,00 - - - -
Verticais Max. 2,50 3,50 4,00 4,00 6,00 8,00
Fonte: adaptado de MACINTYRE (2004).
49

b) Área da seção de escoamento,

0,534
𝐴=( ) = 0,133 𝑚²
4

c) Cálculo do Diâmetro da seção circular (Equação 27).

0,1335𝑚²
𝐷 = (4 ∗ )^0.5 (Eq. 27)
𝜋

𝐷 = 0,412 𝑚²

A perda de carga unitária do trecho mais desfavorável do duto principal “B-A” é


calculada de acordo com a (Figura 18). Entrando com diâmetro d=0,412 e vazão de
Q=0,534m², encontra-se a perda do sistema por metro de carga.

Figura 18 - Ábaco da perda de carga unitária

Fonte: MACINTYRE (1990).


50

A perda de carga calculada foi de Ju= 0,055 mmH2O/m.

Macintyre (1990) define que ao longo todos os trechos retilíneos de duto, a perda de
carga unitária se mantem constante, ou seja, a cada metro de extensão de duto ocorre uma
perda de energia correspondente a 0,055mm de coluna de água por metro.
A partir dessa informação e utilizando a (figura 19) pode-se efetuar o
dimensionamento dos diâmetros que devem compor os restantes dos trechos do duto
principal, assim como identificar a velocidade nos trechos correspondentes.

Figura 19 - Ábaco para cálculo do diâmetro

Fonte: MACINTYRE (1990).


51

Trecho C-B

Entrando no gráfico (Figura 19) com os valores de vazão e perda de carga unitária, Q
= 1,068m³/s e Ju = 0,055 mmH2O, se encontra o diâmetro e a velocidade de ar no duto:
D = 517 mm e V = 5,08 m/s.
A partir dessas informações foi construída a (Tabela 3) com os valores de vazão, perda
de carga, diâmetro, velocidade e seção de área correspondente ao dimensionamento do duto.

Tabela 3 - Resultados dos cálculos de perdas de carga em cada trecho dos dutos
Trecho Seção duto Diâmetro Vazão Velocidade hv
(m²) (mm) (m³/s) (m/s) (mmH2O)
Trecho B-A 0.133 0,412 0,534 4,00 0,979
Trecho C-B 0,210 0,517 1,068 5,08 1,58
Trecho D-C 0,287 0,605 1,602 5,58 1,9
Trecho E-D 0,345 0,663 2,136 6,19 2,34
Trecho F-E 0,403 0,717 2,670 6,62 2,68
Trecho G-F 0,465 0,770 3,204 6,89 2,9
Trecho H-G 0,532 0,823 3,738 7,02 3,0
Trecho I-H 0,604 0,877 4,272 7,07 3,0
Trecho J-I 0,679 0,930 4,806 7,07 3,0
Trecho L-J 0,734 0,967 5,340 7,27 3,23
Fonte: AUTOR.

Tomada de ar exterior antes do ventilador (dutos de extração) e o dimensionamento da


veneziana e filtro. A vazão total Q = 5,34m³/s e a velocidade de entrada do ar no duto foram
dimensionados de acordo com o (Quadro 4), onde foi adotado o valor 4m/s, compreendido
entre os valores 2,5 m/s e 6m/s, o que também está dentro da velocidade recomendada pela
(NPT 013 CBMSP, 2011).

d) Área e o diâmetro da veneziana da tomada de ar e consequentemente do duto


calculado foi de:
5,34
𝑆𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 = ( ) = 1.335 𝑚2
4
52

4 ∗ 1.335
𝑑= √ = 1.303𝑚²
𝜋

A velocidade de passagem através do filtro é da ordem de 1,8 a 2.0 m/s. Se adotou a


vazão v = 2m/s. e Q = 5,34m³/s, a partir destas informações pode-se calcular a área transversal
do duto do filtro:

5,34
𝑆𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜 = ( ) = 2,67 𝑚2
2

O diâmetro calculado foi de:

4 ∗ 2.67
𝑑= √ = 1.843𝑚²
𝜋

Um fator importante dentro do aspecto do dimensionamento de dutos é o de


transformar o diâmetro circular em diâmetro retangular, isto é interessante, pois em
construções verticais é mais viável utilizar áreas com dimensões retangulares, por ser mais
pratico e econômico.
Para se adaptar o diâmetro D da seção circular para seção retangular se utilizou a
(Tabela 4) que faz equivalência com os mesmos.

Tabela 4 - Equivalência de dimensão circular para retangular de dutos

Fonte: ASHRARE (2009).


53

Como resultado tem-se:


a) Comprimento do lado menor do retângulo = 60 cm
b) Comprimento do lado maior do retângulo = 140 cm

Essa informação é relevante, pois quando do planejamento do edifício é necessário


reservar um espaço mínimo para a implantação do sistema de redes de dutos para
pressurização e casa de maquinas de pressurização conforme (NBR 14880). O
dimensionamento total do duto em seções de diâmetro circular está representado na (Tabela
5).

Tabela 5 - Representando as equivalências entre os dutos circular e retangular


Duto Diâmetro circular (mm) Diâmetro retangular (mm)
Trecho B-A 0,412 28 X 72
Trecho C-B 0,517 32 X 72
Trecho D-C 0,605 44 X 72
Trecho E-D 0,663 52 X 72
Trecho F-E 0,717 60 X 72
Trecho G-F 0,770 60 X 90
Trecho H-G 0,823 60 X 100
Trecho I-H 0,877 60 X 110
Trecho J-I 0,930 60 X 130
Trecho L-J 0,967 60 X 140
Fonte: Autor.

4.2.2 Perdas de carga unitária em dutos retangulares

∑ = 𝐽𝐿 = 𝐿 ∗ 𝐽𝑢 (Eq. 28)

Para efeito de calculo das perdas de carga distribuídas adotou-se o comprimento de


60m para o duto vertical de insuflamento e 4m para o duto de captação; perda de carga
constante de Ju = 0,055mmH2O . A equação (Equação 29) demonstra a perda de carga no duto
vertical de insuflação, assim como para o duto de captação de ar.

∑ 𝐽𝐿 = 𝐿 ∗ 𝐽𝑢 → ∑ 𝐽𝐿 = 64 ∗ 0,055 → ∑ 𝐽𝐿 = 3,52 𝑚𝑚𝐻2 2𝑂 (Eq. 29)


54

4.2.3 Perda de carga dos acessórios

Equação Geral

𝐽𝑎𝑐𝑐 = 𝑘. ℎ𝑣 (Eq. 29)

Onde k é coeficiente de perda de carga que depende do tipo de acessório. A pressão é


calculada pela equação 30.

ℎ𝑣 = 𝑣²/16,34 (Eq. 30)

4.2 4 Perda de carga nas curvas

Duas curvas de 90º, uma para subida do duto vertical e uma de desvio para o duto de
captação, em duto retangular com deflectores, com raio dividido pelo diâmetro R/D = 0,5, K
= 0,45 e velocidade V = 7,27 antes do trecho L-J, conforme (Tabela 03) e no trecho de
captação.

7,27²
ℎ𝑣 = ( ) = 3.23 𝑚𝑚𝐻20
16,34

𝐽𝑎𝑐𝑐 = 0,45 ∗ 3,23 ∗ 1 = 1,4535 𝑚𝑚𝐻2𝑂

Trecho de captação


ℎ𝑣 = ( ) = 0.979 𝑚𝑚𝐻20
16,34

𝐽𝑎𝑐𝑐 = 0,45 ∗ 0,979 ∗ 1 = 0, 440 𝑚𝑚𝐻2𝑂


55

4.2.5 Perda de carga nas grelhas de insuflamento

Adota-se a velocidade na saída da grelha de 4,0m/s. (tabela 9.3). Para uma vazão de Q
= 0,534m³/s e velocidade 4,0 m/s, a área livre de saída da grelha devera ser:

0,534
𝑆𝑔𝑟𝑒𝑙ℎ𝑎 = ( ) = 0,133 𝑚²
4

A grelha será de 0,600m x 0,250m = 0,150m². Como a seção de área livre de saída é
da ordem de 85% da área total se tem:

𝑆 = 0,85 ∗ 0,150 = 0,1275 𝑚²

A velocidade corrida para esta seção livre é:

0,534
𝑣=( ) = 4,18 𝑚/𝑠
0,1275

A velocidade está dentro margem de velocidade recomendada para bocas de


insuflamento (Quadro 4).

A perda de carga dinâmica do nas grelhas é de:

4,18²
ℎ𝑣 = ( ) = 1,069 𝑚𝑚𝐻20
16,34

Perda de carga total nas grelhas, no qual k=1,5 de acordo com MACINTYRE 1990
(Equação 31).

𝐽𝑎𝑐𝑐 = 1,5 ∗ 1,069 ∗ 1 = 1,6035 𝑚𝑚𝐻2𝑂 (Eq. 31)


56

4.2.6 Perda de carga em derivações de extração

Nas derivações do duto principal para os ramais de extração que tem ângulo de 90º
grau de acordo com tabela 2 apresenta um coeficiente de perda de carga igual a 1 (Equação
32).

42
𝐸𝑥𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑟 = 1,0 ( ) ∗ 𝑁𝐷 (Eq. 32)
16,34

𝐸𝑥𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑟 = 0,979𝑚𝑚𝐻2 𝑂

Onde:
ND - quantidade de derivações de extração

4.2.7 Perda carga nas transições (reduções)

Segundo Macintyre (1990) a perda de carga atribuída a reduções, apresenta coeficiente


de perda de carga K= 0,06 para ângulos de 60º, conforme (Tabela 6).

Tabela 6 - Perda de carga atribuída a reduções


Trecho Diâmetro Velocidade Hv K Jacc
(m) (m/s) (mmH2O) (mmH2O)
Trecho B-A 0,412 4,00 0,979 0,06 0,0580
Trecho C-B 0,517 5,08 1,58 0,06 0,0948
Trecho D-C 0,605 5,58 1,9 0,06 0,1140
Trecho E-D 0,663 6,19 2,34 0,06 0,1404
Trecho F-E 0,717 6,62 2,68 0,06 0,1608
Trecho G-F 0,770 6,89 2,9 0,06 0,1740
Trecho H-G 0,823 7,02 3,0 0,06 0,1800
Trecho I-H 0,877 7,07 3,0 0,06 0,1800
Trecho J-I 0,930 7,07 3,0 0,06 0,1800
Trecho L-J 0,967 7,27 3,23 0,06 0,1938
TOTAL 1,4722
Fonte: Autor.
57

A Perda de carga nas reduções é de:

𝐽𝑎𝑐𝑐 = 1,4722 𝑚𝑚𝐻2 𝑂

4.2.8 Perda carga no alargamento da boca de saída do ventilador para o duto no ponto M

Considerando que o ângulo entre a abertura da boca da saída do ventilador até o duto
principal, α =30º e o diâmetro na entrada do duto dividido pelo diâmetro da boca de saída do
ventilador, D/d = 1,6 tem-se K= 0,3. O diâmetro da entrada do duto principal (D) é igual a
0,967m. O diâmetro (d) da saída do ventilador pode ser calculado pela Equação 33,
considerando a vazão V = 5.34 m³/s e a velocidade 8m/s.

4∗𝑄
𝑑=√ (Eq. 33)
𝜋∗8

𝑑 = 0,849𝑚

A perda dinâmica no ponto no alargamento é de:


ℎ𝑣 = ( ) = 3,91 𝑚𝑚𝐻20
16,34

A perda de carga total :

𝐽𝑎𝑐𝑐 = 0,3. (3,91𝑚𝑚𝐻2𝑂)

𝐽𝑎𝑐𝑐 = 0,1173 𝑚𝑚𝐻2𝑂

4.2.9 Perda Carga na veneziana

Segundo Macintyre (1990) o coeficiente de perda de carga k =1,5 é ND = 01.

42
𝑉𝑒𝑛𝑒𝑧𝑖𝑧𝑛𝑎 = 1,5 ( ) ∗ 𝑁𝐷
16,34
58

𝑉𝑒𝑛𝑒𝑧𝑖𝑎𝑛𝑎 = 0,934𝑚𝑚 𝐻2𝑂

ND - quantidade de veneziana

4.2.10 Perda carga no filtro

Segundo Macintyre (1990), adota-se normalmente uma perda de carga constante para
filtros a cerca de 10 mmH2O.

𝐹𝑖𝑙𝑡𝑟𝑜 = 10 𝑚𝑚𝐻2 𝑂

4.2.11Perda de carga total de projeto

Quadro 5 - Coeficientes de perda de carga no dutos e nos acessórios


DUTO/ACESSORIOS K PERDA DE CARGA JACC
Duto 0,055 3,52 mmH2O
Curvas de 90º 0,4 1,8935 mmH2O
Grelhas c/ Registros 1,5 1,6035 mmH2O
Derivações de Extração 1,0 0,979 mmH2O
Venezianas Externas 1,5 0,934 mmH2O
Transição de 60º 0,06 1,4722 mmH2O
Filtros Perda estimada = 10 mmH2O
TOTAL GERAL DE PERDA DE CARGA 19,5405 mmH2O
Fonte: Autor.

4.3 ESPECIFICAÇOES DE EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES

4.3.1 Ventilador

O ventilador deve ser do tipo centrífugo, aspiração dupla. Deve possuir rotor do tipo
com pás inclinadas para frente (Siroco), geralmente utilizadas em sistemas de pressurização,
devido esse modelo de pá ser utilizado em altas rotações.
59

O ventilador deve ser selecionado para operar com rendimento mecânico mínimo de
60%, e com velocidade de descarga máxima de 12 m/s. As vistas frontais e laterais da carcaça
de ventilador de aspiração simples estão repesentadas na (Figura 20).

Figura 20 - Vista frontal e lateral da carcaça de um ventilador de simples aspiração

Fonte: TROCALOR (2016).

4.3.2. Selecionando o Ventilador

Utilizou-se o software Vortex 1.3 (gratuito) fornecido pela OTAM indutrias de


ventiladores LTDA para seleção de ventiladores, conforme (Figura 21), se entrou com os
valores da vazão, pressão estática, e cálculos de perda de carga onde se tem as especificações
para o ventilador conforme segue.

Figura 21 - Dados do ventilador selecionado pelo software Vortex 3.1

Fonte: OTAM VENTILADORES (2016).


60

O modelo do ventilador selecionado foi o TDA 30/28 R do catálogo da (OTAM 2016),


representado na (Figura 22).

Figura 22 - Ventilador selecionado

Fonte: OTAM VENTILADORES (2016).

4.3.3 Desempenho do ventilador

O desempenho do ventilador pode ser verificado através da curva de desempenho (Figura 21).

Figura 21 - Curva de desempenho do ventilador

Fonte: OTAM VENTILADORES (2016).


61

4.3.4 Duto de pressurização

É responsável no sistema de pressurização, pela condução do ar insuflado até o shaft,


na caixa da escada do edifício, e pode ser metálicos ou em alvenaria. A conexão do duto com
a descarga do ventilador deve ser do tipo, conexão flexível.
Os dutos externos à casa de máquinas devem apresentar proteção contra o fogo por no
mínimo 2 (duas) horas, de acordo com a (NPT 13 CBMSP, 2011). Para que a proteção esteja
em conformidade com as normas ASTM-E84 e ASTM-E119, os dutos devem ser revestidos
com manta de fibra cerâmica, protegida com filme de alumínio.
Para a instalação da manta protetora os seguintes cuidados devem ser tomados:
verificar o peso agregado ao duto proporcionado pelo sistema de proteção, a fixação da manta
nos dutos deve ser feita de material inoxidável; no caso de dutos de alvenaria, o acabamento
interno deve ser preferencialmente liso e apresentar boa estanqueidade contra vazamentos,
revestido com chapas metálicas ou outro material incombustível.

4.3.5 Grupo motogerador

Deve ser assegurado o fornecimento de energia elétrica para o sistema de pressurização


e de segurança existente na edificação durante o incêndio, de modo a garantir o funcionamento
e permitir o abandono seguro dos ocupantes da edificação.
O edifício deve possuir um sistema de fornecimento de energia de emergência por meio
de um grupo moto-gerador automatizado, de acordo com as Normas Técnicas Oficiais, com
autonomia de funcionamento e acionado automaticamente quando houver interrupção no
fornecimento de energia normal para o sistema de pressurização.
Os demais sistemas de emergência (tais como iluminação de emergência, registros
corta-fogo, bombas de pressurização hidráulicas de incêndio etc.) podem ser alimentados pelo
mesmo grupo moto-gerador automatizados.
As instalações elétricas devem estar de acordo com a NBR 5.410 e os circuitos elétricos
do sistema de pressurização, devem ser acondicionados de forma a garantir a operação do
sistema. Se os circuitos elétricos do sistema de pressurização passar por área de risco aparente
ou embutida em forros sem resistência contra incêndio, devem ser protegidos contra a ação do
calor do incêndio, pelo tempo de utilização do grupo moto-gerador automatizado. (NPT 13
CBMSP).
62

Deve haver uma fonte de energia alternativa através de grupo moto-gerador


automatizado com autonomia para 04 horas de funcionamento, item 6.5 da NBR 14880/02 da
ABNT. O circuito de força dos ventiladores de pressurização deve estar conectado à linha de
alimentação elétrica da edificação antes da chave geral, NBR 14880/02 da ABNT.

4.3.6 Sistema de detecção e alarme

A Central de Detecção e Alarme deve ser do tipo convencional (classe “B” ou classe
“A”), ou endereçável analógica, desde que de acordo com as recomendações da norma NBR
9441 (ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas), com capacidade para alimentar e
monitorar o funcionamento de detectores automáticos, acionadores manuais de alarme (tipo
quebre o vidro), sinalizadores visuais e audiovisuais, chaves de fluxo de sistemas de
Sprinklers, caso necessário.
O detector de fumaça instalado na casa de maquinas deve, em caso de receber sinal de
acionamento, desligar o sistema para que os ventiladores não insuflem ar contaminado com
partículas de fumaça para dentro da caixa da escada pressurizada. O sistema possui
ventiladores atuantes, que são acionados por detectores de fumaça instalados em halls,
corredores de acesso à escada pressurizada, casa de maquinas do grupo moto ventilador e
moto gerador.
Caso haja principio de incêndio, será enviado um sinal para central de detecção que
liga os ventiladores. O acionamento do ventilador pode ser feito manualmente na própria
central por meio de botoeira, já o desligamento, apenas pode ser feito na casa de maquinas
através da chave liga/desliga.
O sistema de pressurização deve ser acionado pelo sistema de detecção automática de
incêndio e em edificações residenciais com até 60m o sistema deve ser acionado por
acionadores manuais de alarme, de acordo (NBR 14880/02). Não devem ser instalados
detectores de fumaça dentro da escada pressurizada conforme previsto na (NBR 14880/02).

4.3.7 Grelhas de insuflamento

Para a pressurização da escada, através de duto, devem ser previstas várias grelhas de
insuflamento, localizadas a intervalos regulares por toda a altura da escada, e posicionadas de
modo a haver uma distância máxima de dois pavimentos entre grelhas adjacentes.
63

Os pontos de saída devem ser balanceados para permitir a saída de quantidades iguais
de ar em cada grelha. É obrigatória a instalação de uma grelha no piso de descarga (pavimento
térreo) e uma no último pavimento. O dispositivo de ajuste e balanceamento, após montagem,
não pode ser alterado em nenhuma hipótese, a não ser por técnicos devidamente capacitados.
Exemplo de grelha com dispositivo de registro de vazão. Modelos e detalhes de fixação de
grelhas de insuflamento são mostrados na Figura 23.

Figura 23 - Detalhes de fixação de grelhas de insuflamento

Fonte: TROX BRASIL (2016).

Para estarem, de acordo com as normas, as grelhas devem possuir registro de vazão
conforme especificado na (NPT 13 CBMSP, 2011). Grelhas de insuflamento de ar com dupla
deflexão e registro de vazão no modelo AT-DG / VAT-DG, são exemplificado na (Figura 24).

Figura 24 - Grelhas de insuflamento com registro de vazão

Fonte: TROX BRASIL (2016).


64

Para que o fluxo de ar seja devidamente distribuído por toda caixa da escada é
necessário que a grelha de insuflamento seja instalada em posição que proporcione melhor
distribuição do ar. São mostrados alguns exemplos de posições de instalação das grelhas de
insuflamento (Figura 25).

Figura 25 - Disposição da grelha com influencia no forro

Fonte TROX BRASIL (2016).

4.3.8 Veneziana para tomada de ar externo (TAE)

As venezianas, devem ser executadas em perfis de alumínio extrudado, anodizado, na


cor alumínio natural, com tela protetora de arame ondulado e galvanizado na parte posterior.
Modelo: AWG (ref. Trox), podendo ser fornecida com todas as combinações (Figura 26).

Figura 26 - Venezianas exteriores modelo AWG e combinações


B (mm) H (mm)
585 495
785 660
985 825
1185 990
1385 1155
1585 1320
1785 1485
1985 1650

Fonte: TROX BRASIL (2016).

Essencial para que o suprimento de ar usado de pressurização nunca esteja em risco de


contaminação pela fumaça proveniente do incêndio no edifício. Medidas para minimizar a
influência da ação dos ventos sobre o sistema de pressurização.
65

A NBR 14880 especifica que a tomada de ar do sistema de pressurização deve ficar


no pavimento térreo ou próximo deste, pelo fato de que a captação do ar em ambientes
elevados pode acarreta em contado do sistema com a fumaça gerada pelo incêndio. Não é
permitada a captação de ar em ambientes internos a edificação, tais como garagens, subsolos e
etc.
Em caso de tomada de ar (Figura 27) ao nível da cobertura da edificação, requisitos
mínimos devem ser providenciados de modo a diminuir o risco de captação da fumaça que
sobe pelas fachadas do edifício (NPT 13 CBMSP, 2011).

Figura 27 - Condiçoes para tomada de ar no pavimento de cobertura

Fonte: NPT 13 CBMSP (2011).


66

4.3.9 Filtros

São de tipo “tela lavável” de alta densidade, metálico, classe G1 ABNT montados em
moldura com garantia de fácil remoção e instalação, protegidas externamente por veneziana
em alumínio. Especificações de medidas e vazões de filtros estão especificadas no (Quadro 6).

Quadro 6 - Seleção de medidas e vazões de filtros

Fonte: TROX BRASIL (2016).


67

4.4 PROCEDIMENTOS PARA MANUNTENÇÃO

Os principais pontos verificados para a correta manutenção e utilização de escadas


pressurizadas são: todo equipamento de pressurização deve ser submetido a um processo
regular de manutenção, que inclui: o sistema de detectores de fumaça, o mecanismo de
comutação, o grupo moto-ventilador, suas correias de interligação, dutos (sucção e/ou
pressurização) e suas ancoragens e proteções contra incêndio.
Assim como os sistemas para o fornecimento de energia, portas corta-fogo. Os
cuidados com os equipamentos devem ser incluídos no programa de manutenção anual do
edifício, e devem ser apresentados quando da solicitação de vistoria. Os cuidados são de
inteira responsabilidade do proprietário da edificação, síndico, e/ou seu representante legal.
Todos os sistemas de emergência devem ser colocados em operação semanalmente, a
fim de garantir Sistemas que se utilizam de duplicidade de motores, condições devem ser
dadas para o teste individualizado.
Os diferenciais de pressão devem ser verificados anualmente, podendo ser prevista a
instalação permanente de equipamentos para esta finalidade. Uma lista de verificações dos
procedimentos de manutenção deve ser fornecida aos proprietários do edifício ao final das
obras, pelos responsáveis da instalação do sistema.
68

5 CONCLUSÃO

O método de controle de fumaça por pressurização permite o prolongamento das


condições favoráveis para a sobrevivência humana em caso de incêndio, possibilitando o
abandono seguro da edificação e intervenção por parte do Corpo de Bombeiros.
Os pontos importantes são os sistemas de detecção e alarme que permitam a
automatização, acionando os sistemas e equipamentos de segurança e procedendo à sinalização
sonora do incêndio, alertando o público para o eventual sinistro.
Uma das restrições da pressurização são as perdas de carga que se produzem nos
sistemas de dutos, equipamentos e acessórios, para o qual o ventilador deve ser dimensionado
de forma que possa suprir a demanda de ar e pressão, que garanta o funcionamento do
sistema.
O sistema de pressurização de escada já se encontra bem difundido na área de proteção
contra incêndio, mas o que ainda preocupa é que se constata que a manutenção nem sempre é
cumprida da forma como especificada na Norma Técnica, e se entende que a escada sem que
seja feito a devida manutenção, torna-se uma escada perigosa, uma vez que não estando em
pleno funcionamento, não cumpre o papel de garantir a segurança dos ocupantes do edifício.
Não se pode medir os benefícios gerados com os sistemas preventivos, pois muitas
vidas humanas estão em jogo, assim como os bens materiais. Baseado nisso, torna-se
indispensável o correto dimensionamento e análise do projeto de prevenção, assim como sua
execução e, posteriormente, as vistorias periódicas pelos órgãos responsáveis.
69

REFERÊNCIAS

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIR DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-11742. Porta corta-fogo para


saídas de emergências — Especificação. SP - 1997 NBR-9077. Saídas de emergência em
edifícios. SP – 2001.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-14880. Saídas de


emergência em edifícios — Escada de segurança — Controle de fumaça por pressurização.
SP – 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-5410. Instalações elétricas


de baixa tensão. SP – 2005.

BOTTA, N.A. Laboratory Methods of Testing Fans Used to Exhaust Smoke in


Movimiento y control de humos. Red proteger. 2011. Edificios en altura. Junio 2009.

COELHO, ANTÓNIO LEÇA. Curso Segurança Contra Incêndio em Edifícios –


Fundamentos da segurança contra incêndio em edifícios. Laboratório Nacional de
Engenharia Civil, 2002.

FERNANDES, M. A. P. Desenfumagem (Controlo de Fumo) em Edifícios de Grande


Extensão. Dissertação; Engenharia Civil. Julho de 2008.

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Disponível em: < www.globalsyst.com.br> Acesso em 28 de dez. 2015.

IZQUIERDO, N. Criterios de diseño de la zona vertical de seguridad contra incendio


para edificios en altura. Junio 2009.

KLOTE, J; J. MILKE. 2002. Principles of smoke management. American Society of


Heating, Refrigerating and Air-conditioning Engineers, Inc. Atlanta, 2002.

MACINTYRE, A. Equipamentos industriais de processo. Editora LTC, 2006.


70

MACINTYRE, A. J. Ventilação Industrial e Controle da Poluição. Rio de Janeiro, Editora


Guanabara, 1990.

MANUAL DE COMBATE A INCÊNDIOS EM EDIFÍCIOS ALTOS, MICEA - 1ª edição.


Volume 16, do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de São Paulo.

MARTÍNEZ e VELÁSQUES. Protección contra incêndios em vías de evacuación


mediante pressurização em edifícios y locales públicos em la cidad de quito - Octubre de
2008.

NORMA DE PROCEDIMENTO TÉCNICO — 13:2004 — Pressurização de escada de


segurança — Policia Militar do Estado de São Paulo — Corpo de Bombeiros.

NORMA DE PROCEDIMENTO TÉCNICO — 13:2011 — Pressurização de escada de


segurança — Policia Militar do Estado de São Paulo — Corpo de Bombeiros.

NORMA UNE EN 12101-6. Sistemas para el control de humo y de calor. Parte 6:


Especificaciones para los sistemas de diferencial de presión, diciembre 2006.

OLIVEIRA K. W. M. Escada Pressurizada: Manual Técnico do Sistema De


Pressurização Utilizado em Escada Enclausurada à Prova de Fumaça Pressurizada.
Trabalho de Conclusão de Curso. Engenharia Mecânica. Abril 2009.

OTAM. Catalago ventiladores Industriais. Disponivel em: <http://www.troxbrasil.com.br>.


Acesso em: 16 fev. 2016.

PADILHA, J. F. R. Monografia. Dimensionamento De Escada De Incêndio Pressurizada


Segundo A Nbr 14880 De Agosto De 2002. Universidade Federal do Pará, Faculdade de
Engenharia Mecânica, 2008.

PINHAL,B. E. S. S. G. Controlo de Fumo Evolução e tendências. Dissertação; Engenharia


Civil. Janeiro de 2010.

STOECKER, W.; JONES, J. Refrigeração e Ar Condicionado - Editora Prol, 1996.

TÉCHNE. Revista de tecnologia da construção. Jul/ago 1999, ano 08. Pini.


71

TROCALOR. Catalago ventiladores comerciais e Industriais. Disponivel em:


<http://www.trocalor.com.br>. Acesso em: 18 fev. 2016.

VALDIVIA, X. A. C. D. Sistemas para El Control de Humo en Edificios de Hormigon


Armado. CSO Edificio Instituto de Obras Civiles Universidad Austral de Chile. Tesis.
Ingeniería Civil. Chile 2012.
72

ANEXO A - RESUMO DAS EXIGENCIAS PARA OS DIVERSOS TIPOS DE EDIFICAÇÕES


COM SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO

G LOCAIS A SEREM
NUMEROS PCF GRUPO PREVER
R OCUPAÇÃO/ CRITÉRIO DE SUPERVISIONADOS PELO SISTEMA
COSIDERADAS MOTOGERADOR DUPLICATA DO
U USO ALTURA DE DETECÇÃO AUTOMATICA DE
ABERTAS AUTOMATIZADO GRUPO MOTO
P (4) (7) (6) FUMAÇA
(8) (9) (Autonomia de 4h) VENTILADOR
O (1)
NÃO
Até 80 m 1 NÃO
Residencial (exceto convento)
A
(2) (3) Acima de
2 SIM SIM
80 m
SIM
Até 30 m 2 SIM
Serviço de
B
hospedagem Acima de
2 SIM SIM
30 m
SIM
Até 12 m 2 SIM
C Comercial
Acima de
2 SIM SIM a) no hall comum ou privativo de
12 m
acesso a saída de emergência
NÃO NÃO pressurizada;
Serviço Até 21 m (5) 1 b) em todos os corredores de
(Apav ˂ 750 m²) (até 60 m)
D profissional circulação em áreas comuns,
(2) Acima de Sim utilizados como rota de fuga para
2 SIM
21 m (6) (a partir de 60 m) acesso a saída de emergência
NÃO pressurizada;
Educacional e Até 30 m 2 Não
d) em todos os corredores de
E cultura física
Acima de circulação privativos, quando o
(2) 2 SIM Sim
30 m acesso à saída de emergência
SIM pressurizada atender diretamente
Locais de Até 12 m 3 Sim
as áreas privativas;
F reunião de e) em todos os ambientes com
Acima de
público 4 SIM Sim acesso direto a saída de
12 m
SIM emergência pressurizada;
Até 12 m 2 Sim f) no compartimento destinado ao
Serviço
G conjunto moto ventilador (laço
automotivo Acima de
2 SIM Sim exclusivo e independente ou
12 m
SIM similar);
Serviço de Até 12 m 2 Sim g) no compartimento destinado ao
H saúde e grupo moto gerador, quando este
Acima de
institucional 2 SIM Sim atender ao sistema de
12 m
SIM pressurização de escada;
Até 12 m 2 Sim h) nos acessos a antecâmara de
I Indústria segurança do compartimento
Acima de
2 SIM Sim destinado ao conjunto moto
12 m
ventilador, quando este estiver
SIM
Até 12 m 2 Sim localizado em pavimento subsolo.
J Depósito
Acima de
2 SIM Sim
12 m
SIM
Até 12 m 2 Sim
L Explosivos
Acima de
2 SIM Sim
12 m
SIM
Até 12 m 2 Sim
M Especial
Acima de
2 SIM Sim
12 m

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