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aU artes POR roc Cuca Tradueto Eng? RAUL PERAGALLO TORREIRA Revisto Técnica e Colaboragdo Eng® Manoel Simées de Almeida ‘Luzia Delgado Mendonga (Tradutora técnica) Nilza Agua Supervisto Maxim Behar Editor da Edig&o Brasileira ELI BEHAR Titulo original: _PRINCIPLES OF REFRIGERATION © Copyright by Carlo Gabri © Copyright 2004 by Hemus Todos os direitos adquiridos ¢ reservada a propriedade literdria desta publicagdo pela HEMUS LIVRARIA, DISTRIBUIDORA E EDITORA Visite nosso site: www-hemus.com.br Impresso no Brasil / Printed in Brazil Prefacio Este manual é um tratamento sintético, orientado para aplicagdes do ciclo de refrigeragio mec4nica, e equipamentos associados, Muito embora escrito especialmente para cursos técnicos de refrigeragdo, a disposicdo e amplidio do material e 0 método de apresentagSo sfo tais que 0 texto também se adequa para uso em cursos de treinamento de pessoal ou outros, assim como em engenharia e auto-instrugio. A despeito de um tratamento cuidadoso do ciclo de refrigeragdo, nfo se requerem aplicagdes de cdlculo diferencial, nem conhecimento prévio de fisica ou termodindmica. Os primeiros cinco capitulos s4o de natureza intro- dutéria ¢ tratam dos princépios fundamentais da fisica ¢ termodinémica, in- cluindo uma introdugio a psicrometria, que so pré-requisitos essenciais para qualquer estudo abrangente da refrigeragdio mecanica. Através do texto, enfatiza-se a natureza cfclica do sistema de refrigeragao, e cada parte do sistema ¢ examinada cuidadosamente em relagdo as outras partes e ao todo. Também se toma cuidado, continuamente, para correlacio- nar a teoria com a prdtica, pelo uso do catdlogo de dados dos fabricantes, em muitos dos numerosos exemplos ¢ problemas praticos, procedimento tornado pratico pela inclusdo de dados de avaliago pertinentes dos equipamentos dos fabricantes, como parte do apéndice. Devido & atual mudanga do sistema inglés de medidas para o sistema métri- co (SI), no fim de cada capitulo hd uma segdo dedicada a repetiggo, em unida- des métricas, de todas as relagdes ¢ cdlculos apresentados anteriormente naquele capitulo em unidades inglesas. Ademais, os fatores de converséo de um sistema de unidades para outro, junto com os valores freqientemente usa- dos, e as constantes para ambos os sistemas de unidades, sfio enumerados no fim do apéndice. No fim de cada capitulo, numerosos exemplos e problemas praticos ilustram o uso destes fatores de conversdo e constantes, e proporcio- nam aos estudantes interessados, uma familiarizagdo no s6 com ambos os sistemas de medida, mas também com a conversdo de um para outro. Roy J. Dossat Prefacio a 12 Edigao em Portugués Na sua constante preocupagfo de por A disposigSo do brasileiro de qualquer nfvel intelectual conhecimentos que contribuam para o seu desenvolvimento técnico, a Editora Hemus lancou uma obra dedicada ao problema geral da re- frigeragfo, ressaltando, porém, n&o s6 0 tratamento cuidadoso dos problemas especfficos deste ramo, como 0 modo simples como sfo abordados os porme- nores de fabricagdo, instalag#o e manutengdo deste equipamento, considerado atualmente indispensdvel em todos os patses do mundo, seja qual for o seu clima, N&o podemos esquecer que o problema da refrigerago se estende desde a conservagdo de produtos alimenticios ou nfo, como é 0 caso dos produtos farmacéuticos, até a obteng&o de um ambiente confortével para o homem. Estas premissas exigem sempre mais rigor e maior aten¢Zo por parte dos técnicos e, especialmente no Brasil, em que os gradientes da temperatura va- riam bastante, € um assunto de primordial importancia, A técnica brasileira, com relagfo a este ramo, est em pleno desenvolvimento, pois é do conheci- mento geral a diferenga de clima entre estados ou mesmo entre regides, € esté demonstrado que o homem brasileiro, como qualquer outro, produz melhor ou pior em fungfio do seu conforto no trabalho, em casa, etc. Atualmente, nos pafses mais desenvolvidos, a refrigeragfo esté largamente divulgada e € de uso comum em qualquer instalagfo: seja industrial, comer- cial ou doméstica. Mas, ao contrério do que se possa imaginar, isto nao signi- fica menos rigor na fabricagfo dos equipamentos. Antes, pelo contrério, eles so continuamente aperfeigoados, objetivando-se a precistio ¢ a sofistificagfo. Podemos observar que o autor teve o cuidado de iniciar o livro da maneira mais ldgica, isto 6, dando os conceitos basicos das grandezas fisicas aplicadas € descrigfo dos instrumentos mais utilizados ¢ s6.depois desenvolvendo o estudo dos equipamentos e sua aplicag6es. Este aspecto, juntamente com os indmeros problemas prdticos e tabelas técnicas inclufdas e a simplicidade da linguagem utilizada, permitem a qualquer leitor uma absorg4o e entendimen- to faceis das matérias tratadas, tornando-o deste modo um livro extraordina- riamente diddtico. Alias, outra obra nfo seria de esperar de um técnico tao especializado e reconhecido mundialmente como o é R. Dossat. Os numerosos tratados publicados por ele e utilizados no mundo inteiro bem o testemu- nham. Para finalizar, nfo podemos deixar de fazer uma observacdo extraordina- riamente importante! Em toda esta obra 6 observado 0 emprego rigoroso de todas as normas internacionais da refrigerago a que obedecem, obviamente, as normas brasileiras da ABNT, o que implica a aplicagfo facil neste pafs de todos os problemas nela equacionados. Com esta obra, considerada indispensdvel em qualquer biblioteca técnica, esperamos ter contribufdo, de algum modo, para o desenvolvimento técnico deste ramo no Brasil. Manuel Simbes de Almeida Engenheiro A maior parte do material desta obra baseada em informagfo coletada de publicagSes da “American Society of Heating, Refrigerating and Air Condi- tioning Engineers”, ¢ dos seguintes fabricantes de equipamentos: Acme Industries Inc, Alco Valve Company Anaconda Metal Hose Division, The American Brass Company Bell & Gossett Company Bohn Aluminum & Brass Corporation Carrier Corporation Controls Company of America Dean Products, Inc. Detroit Controls Division, American Radiator & Standard Sanitary Corporation Detroit Ice Machine Company Dole Refrigerating Company Dunham-Bush, Inc. Edwards Engineering Corporation E. I. du Pont de Nemours & Company Freezing Equipment Sales, Inc. Frick Company General Controls Company General Electric Company Halstead & Mitchell Agradecimentos Ingersoll-Rand Company Kennard Division, American Air Filter Company, Inc. Kramer Trenton Company McQuay, Inc. The Marley Company Marsh Instrument Company Mueller Brass Company Penn Controls, Inc. Prestoold, Ltd. Recold Corporation Singer Company, Controls Division Sporlan Valve Company Tecumseh Products Company Tranter Manufacturing, Inc. Tubular Exchanger Manufacturers Association, Inc. Tyler Refrigeration Corporation The Vilter Manufacturing Company Worthington Corporation York Corporation, Subsidiary of Borg- Warner Corporation Expressa-se a devida apreciagfo a to- das essas organizagdes por suas contri- buigdes na forma de fotografias e traba- Ihos de arte, e pela permissfo para re- produzir dados patenteados, sem o que este livro nio teria sido possivel. RJD. Material com diroitos autorais 1 PRESSAO, TRABALHO, POTENCIA, ENERGIA 1-1. Massa e Densidade ‘A massa (m) de um corpo, usualmente dada em libras (Ib) 0 volume (V) usual- mente expresso em pés aibicos (pé*) ou polegadas cibicas (pol®) so as medidas primdrias da quantidade de matéria no corpo. A densidade (p) define-se como @ massa por unidade de volume e 0 volume especifico (u), como o volume por unidade de massa; isto é p= mV (i) vim (1-2) v A densidade é usualmente expressa em libras por pé ciibico (Ib/pé*) e o volume especifico, em pés ciibicos por libra (pé?/Ib). Veja-se que p é igual a I/u, ¢ u é igual a I/p Mais adiante serd visto que o volume especifico e densidade de uma substancia no so constantes mas sim, variam com a temperatura da substancia. Nio obstante, na faixa de temperatura com gue normalmente se trabalha nas aplicages da refrigeracfo, o valor de 62,4 Ib/pé* ¢ conveniente para a densidade da 4gua e é suficientemente seguro para a maior parte dos célculos. Este valor 6 préximo do da densidade maxima da dgua ocorrendo a uma tempe- tatura de aproximadamente 39,2°F (4°C). A densidade da gua diminui até aproximadamente 59,8 Ib/pé* a 212°F (100°C) sendo esta ultima temperatura o ponto de ebuligdo da dgua sob pressdo barométrica normal. Se houver necessidade de valores mais exatos, deverfo ser consultadas as tabelas de vapor. 1-2. Peso Espec(fico O peso especifico de uma substancia é a relagdo entre a densidade desta substancia ea de outra estabelecida como substancia padrdo. No caso dos Ifquidos, a substan- cia padrdo comumente empregada é a dgua a sua densidade méxima (62,4 Ib/pé*). Se p,, €a densidade da dgua, o peso especifico p, de qualquer substancia ¢ o, = (1:3) Pw Dado que o peso especifico é uma relagdo, aquele nao tem dimensées. 1.3. Massa e Volume da Relacéo de Escoamento Quando as quantidades de massa sfio expressas em libras (Ib), a massa da relagdo de escoamento expressa-se em libras por segundo (Ib/s), libras por minuto (Ib/min), ou libras por hora (Ib/h). Em forma similar, quando os volumes so expressos em. pés ctibicos (pé*), o volume da relagio de escoamento é dado em pés ctibicos por segundo (pé*/s), pés cibicos por minuto (pé? /min), ¢ pés cabicos por hora (pé?/h). Das Equagdes 1-1 e 1-2, e considerando unidades convenientes, as seguintes relagdes existem entre massa e volume ou massa da relagfo de escoamento e volume da relago de escoamento. v m = (Vo) =— (1-4) V = (mh = as) Onde; m = massa ou massa da relagao de escoamento V = volume ou volume da relagao de escoamento Exemplo 1-1 Agua est4 fluindo através de uma tubulagao na razdo de 5,6 pés*/s. Qual a massa da relagiio de escoamento em libras por segundo (b/s)? Solugdo; Considerando que a densidade da dgua ¢ de 62,4 Ib/pé® ¢ aplicando a Equagao 1-4, m = (5,6 pé?/s) (62,4 Ib/pé*) = 349,44 Ib/s 1-4. Velocidade e Regime A forma mais simples de movimento que um corpo pode experimentar ¢ movi- mentar-se a um regime constante em linha reta, em cujo caso 0 corpo se movimenta exatamente 4 mesma disténcia na mesma direc#o durante cada unidade de tempo em que 0 corpo est em movimento, De um corpo movimentando-se desta maneira, diz-se que o est4 fazendo a veloci- dade constante, Note-se que o termo vwlocidade constante implica uma diregio e um regime sem modificages, enquanto que o termo regime constante implica somente uma nfo modificago na taxa de movimento sem considerar a diregfo do mesmo. A velocidade ¢, portanto, uma quantidade vetorial, e as unidades de velocidade indicarfo apropriadamente a dire¢#o assim como também a grandeza, enquanto © regime 6 uma quantidade escalar sendo que as unidades de regime indicam so- mente grandeza. Todavia, dado que o termo velocidade ¢ regime sfo usados indiferentemente € posto que a diregdo do movimento nfio serd um fator de consideracdo importante neste livro, nao serd feita nenhuma distingfo entre os dois termos. Ambos poderiio ser expressos em quantidades escalares. 10 O regime ou velocidade de um corpo em movimento ¢ a disténcia percorrida pelo corpo na unidade de tempo. Quer a velocidade seja ou ndo constante, a velocidade média 6 a disténcia per- corrida pelo corpo, dividida pelo tempo necessério para realizar este movimento; isto é s ye (1-6) Onde: » = a velocidade em unidades de distancia por unidade de tempo, usual- mente pés por segundo (pé/s), pés por minuto (pé/min) ou milhas por hora (m/h) distancia percorrida em pés ou milhas tempo em segundos (s), minutos (min), ou horas (h) 8 t Exemplo 1-2 Um missil percorre 1 000 pés em 3,5 s. Calcular a velocidade média em pés/s. SolupGo: Aplicando a Equagio 1-6, 1000 pés y= = 285,7 353 pés/s 1-5, Aceleragio Os corpos em movimento sofrem freqiientemente mudangas de velocidade. O movi- mento no qual muda a velocidade € conhecido como movimento acelerado, ¢ a mudanga da velocidade em relag&o ao tempo conhecida como aceleracdo (a). A aceleragdo pode ser positiva ou negativa, conforme a velocidade ¢ crescente ou decrescente, A forma mais simples do movimento acelerado ¢ 0 movimento uniformemente acelerado no qual o movimento se dé em uma s6 diregao € o regime muda a uma taxa constante. Nestes casos, se a velocidade inicial for v,, a velocidade instan- ténea v, ao final de t segundos seré y= +O (17) Quando um corpo parte do estado de repouso de forma que a sua velocidade inicial v, € zero, a Equacdo (1-7) poderd ser simplificada para ; % -@O (1-8) Entao, ° . (1-9) e % as— (1-10) pat Pode ser mostrado que a velocidade média » de um corpo uniformemente acelerado desde a posiciio de repouso é »4/2. Portanto, de acordo com a Equagao 1-6, a distancia s em pés, percorrida pelo corpo em f segundos, serd 20 OP) 5 (ty 1-6. Aceleragao da Gravidade © exemplo mais conhecido de movimento uniformemente acelerado 6 o de um corpo em queda livre. Um corpo em queda livre em diregao & superficie da Terra apenas sob a agdo da gravidade, acelerard A taxa de 32,174 pés/s por cada segundo em que 0 corpo estd caindo. Este valor € conhecido como aceleragao padréo da gravidade ou constante gravi- tacional universal (g,), sendo 0 padrio usado para a aceleragdo local da gravidade (g) 20 nivel do mar. Dado que o efeito da gravidade sobre um corpo diminui quando a distincia entre o corpo e o centro da Terra aumenta, resulta que a aceleragio local da gravi- dade depende da altitude e, posto que a Terra ¢ abaulada no Equador, variard pouco ao nivel do mar a diferentes latitudes. O valor dado € para uma latitude de 45° sendo no entanto suficientemente exato para os célculos de rotina em qualquer latitude, Exemplo 1-3 Uma bola de ago possuindo uma massa de 0,21 Ib e partindo de uma posi¢do de repouso, é lancada em queda livre do topo de um edificio para o solo. Se 0 atrito do ar for desprezado e o tempo transcorrido for de 3,5 s, calcular (a) a velocidade da bola no instante do impacto com 0 solo e (b) a altura do edificio em pés. Solugo: Aplicando a Equagao 1-8, v, = (32,174 pés/s*) (3,58) = 11261 pés/s Aplicando a Equagao 1-11, (112,61 pés/s) (3,5 8) _ 7s 7 197,1 pés 2 pe 1.7. Forga A forga (F) € definida como um impuiso ou uma tragdo. E tudo aquilo que tem tendéncia a pér um corpo em movimento, fazer com que esse movimento cesse ou ainda mudar a sua diego. Uma forga pode também mudar o tamanho ou forma 12 de um corpo. Isto é, 0 corpo pode ser deformado, torcido, uvbrado, alongado, comprimido ou, em geral, torcer-se pela agdo de uma fora. ‘A unidade de forga mais comum é a libra (1b)* . Matematicamente, a grandeza de uma forga é proporcional a razio a qual a forga produz a aceleragdo de uma dada massa; ou seja, F= (@™@ (1-12) Onde: F = forga em libras m = massa em libras a = ataxa de aceleragfo em pés por segundo - segundo (pés/s*) De acordo com a Equago 1-12, a forga de 1 Ib foi definida como a forga que leva uma massa de 1 Ib a acelerar a uma taxa igual A acelerago padriio da gravidade (32,174 pés/s*). Por definig&o, 1 Ib massa exerce 1 Ib de forga gravitacional (1 Ib peso) em qualquer lugar onde a aceleragdo local da gravidade (g) seja igual & acele- tagio padrao (g,,), uma suposico que pode ser feita para a maioria dos cdlculos de rotina, As equagdes abaixo definem as relag6es entre forga, peso e massa. (1-13) (1-14) 8, m=-—W . (1-15) g w=£m (116) & Onde: F = forga em libras W = peso (forga gravitacional) em libras a = aceleracfo em pés segundo-segundo & = aceleragao local da gravidade em pés segundo-segundo &, = constante gravitacional universal (32,174 pés/s?) Note-se mais uma vez que, quandog é igual a g,, 0 peso ou forga gravitacional (W) em libras é numericamente igual 4 massa (m) em libras, Por esta razdo massa € peso sio, com freqiiéncia, usados indiferentemente no sistema ingi¢s de medidas. * Embora a forga, tal como a velocidade, seja na realidade uma quantidade vetorial, serd considerada como quantidade escalar devido aos objetivos que este livro se propde alcancar. 1-8. Pressiio Pressfio é a forga exercida por unidade de drea, Pode ser descrita como a medida da intensidade de uma forga em um dado ponto da superficie de contato, Sempre que uma forga seja distribuida igualmente sobre uma drea dada, a pressdo serd a mesma em qualquer ponto da superficie de contato e pode ser calculada dividindo a forga total exercida pela drea total sobre a qual a forga ¢ aplicada, Esta relagdo é expressa pela equagiio pe (117) Onde: p = pressiio em unidades de F por unidades de A F = forga total em qualquer unidade de forga ‘A = &rea total em qualquer unidade de érea Como indicado na Equagfo 1-17, as presses sio expressas em unidades de forca por unidade de érea, normalmente em libras por polegada quadrada (Ib/pol? ) ou libras por pé quadrado (1b/pé? ). Ser4 visto mais adiante que as presses sfo expressas também em fungio da altura de uma coluna de fluido. . Exemplo 1-4 Um tanque retangular medindo 2 pés por 3 pés na base est cheio até uma profundidade de 6 polegadas, com agua cuja densidade ¢ 62,4 Ib/pé?. Determinar: (a) A forga gravitacional total exercida sobre a base do tanque, em libras. (b) A pressfo exercida pela agua sobre a base do tanque em libras por pé quadrado e libras por polegada quadrada. Solugdo: (a) Considerando que a aceleragdo local da gravidade (g) é igual a aceleracaio padrfo da gravidade (g,), a forga gravitacional (W) € numericamente igual massa (m). O volume da dgua é 3 pés? (2 X 3 X 0,5). Aplicando a Equagio 1-4 m = (3 pés®) (62,4 Ib/pé*) = 187,21b (b) Aplicando a Equagfo 1-17 187,2 Ib 6 pés? p= = 31,2 Ib/pé? ou 31,2 Ib/pé? “aa pape” 0217 Ib/pol? 14 1-9 Presséo Atmosférica A Terra esté rodeada por um invélucro de atmosfera ou ar que se estende desde a superficie da Terra até uma disténcia de 50 milhas ou mais. Posto que o ar tem peso e estd sujeito 4 ago da gravidade, este exerce uma pressfo que é conhecida como presséo atmosférica. Imaginemos uma coluna de ar de 1 pol? de sego transversal estendendo-se desde a superficie da Terra ao nfvel do mar até os limites superiores da atmosfera. Esta coluna de ar teria provavelmente um peso tal que a forca gravitacional exercida ao nivel do mar (na base da coluna) seria 14,696 Ib. Quando esta forga total ¢ exercida sobre 1 pol*, a pressdo exercida pela atmosfera ao nivel do mar é de 14,696 Ib/ pol*, valor normalmente arredondado para 14,7 Ib/pol*. Este ¢ 0 valor dado como pressio barométrica (atmosférica) normal ao nivel do mar, sendo que, por vezes, é denominado como a pressdo de uma atmosfera, A pressio atmosférica nflo permanece constante, variando até certo grau com a temperatura, umidade e outras condigdes. A pressdo atmosférica varia também com a altitude, diminuindo a medida que a altitude aumenta. 1-10. Barémetros Os barémetros sao instrumentos usados - para medir a pressfo da atmosfera, sendo de variados tipos, Um bardmetro simples — que mede pressfo baseado na altura de uma coluna de merciirio pode ser cons- trufdo colocando mercirio no interior de um tubo de vidro fechado em uma extre- midade e de 30 ou mais polegadas de comprimento. O merciirio é mantido no tubo mediante aplicag#o do dedo indica- dor na extremidade aberta invertendo-o em um recipiente aberto contendo tam- bém merciirio. Quando o dedoé retirado da extremidade do tubo, o nivel de mer- cério no tubo descer4, deixando um vécuo quase perfeito na extremidade fechada. (Fig. 1-1). A pressfio exercida pela atmosfera na superficie aberta do recipiente faré com que o merctrio per- manega numa altura dependente da quantidade de press&o exercida. A altura Tubo_ 36” de vidro Escala |. —(polegadas) da coluna de mercirio no tubo é a me- Recipiente de mercario dida da pressfio exercida pela atmosfera, Fig. 1-1 A pressio exercida pe- sendo medida em polegadas de coluna Jo peso da atmosfera na superfi- de mercirio (pol Hg). A pressfo normal cle aborta do recipient conten- da atmosfera ao nivel do mar (14,696 dae btare ae ean Ib/pol) exercida sobre a superficie livre grandeza da pressfo determina do mercirio no recipiente aberto, fard ‘0 altura da coluna de merciirio. ‘com que © merctirio permanega no tubo numa altura de 29,92 polegadas. Significa isto que a coluna de mercirio de 29,92 polegadas de altura é a medida de pressdo equivalente a 14,696 Ib/pol?. Dividindo 14,696 Ib/pol? por 29,92 pol Hg, deter- mina-se que 1 pol Hg é a medida de uma pressfo de aproximadamente 0,491 Ib/ pol? podendo ser estabelecidas as seguintes relages: pol Hg = (Ib/pol?/0,491) (1-18) Ib/pol? = (pol Hg) (0,491) (1-19) Exemplo 1-5 Qual a pressfo da atmosfera em libras por polegada quadrada se a leitura do barémetro for de 30,2 pol He? Solug@o; Aplicando a Bquagao 1-19 Ib/pol? = (30,2 pol Hg) (0,491) = 14,83 Ib/pol® Exemplo 1-6 Referindo-nos 4 figura 1-1, a que altura permaneceré o merciitio no tubo quando a pressfo atmosférica for de 14,5 Ib/pol?? Solugdo: Aplicando a Equagio 1-18, 1 Hg = 1465 tbipol? = 29,53 pol Hi pol He = 53 pol Hg 1-11 Manémetros de Press8o Os mandmetros de pressfo so instrumentos para medir pressio de fluidos (gasosos ou liquidos) em recipientes fechados. Os mandmetros de pressio comumente usa- dos na indistria de refrigeragdio sfo de dois tipos principais: manOmetros ¢ tubos de bourdon. 1-12 Mandémetros © manémetro tipo de nivel utiliza uma coluna de Iiquido para medir pressfo, indi- cando a altura da coluna, a intensidade da presso, O Hquido normalmente usado em manémetros é dgua ou mercuric. Quando se usa mercirio, o instrumento é conhecido como manémetro ou indicador de mercdrio e quando se usa dgua, o ins- trumento € denominado de mandmetro de dgua ou indicador do nivel de dgua. O barémetro descrito anteriormente é um instrumento do tipo mandmetro. O mandmetro simples de mercirio, ilustrado nas Figs. 1-2, b ec, consiste de um tubo de vidro em forma de U aberto em ambas as extremidades e parcialmente cheio de mercirio. Quando ambas as partes do tubo U sfo abertas ficando em contato com a atmos- fera, a pressfo atmosférica exerce-se sobre o merctirio em ambas as extremidades sendo que a altura das duas colunas é a mesma. A altura das duas colunas de mercirio nesta posi¢fo ¢ indicada como ponto zero 16 da escala, sendo esta calibrada em polegadas para ler o desvio das colunas de mer- citio desde a condi¢do zero em qualquer diregSo (Fig. 1-22). Quando em uso, uma extremidade do tubo U pode ser ligada a um reservatorio cuja presto deve ser medida, A pressfo no reservat6rio, atuando sobre uma extre- midade do tubo, é objetada devido pressfo atmosférica exercida na parte aberta deste. Se a pressfo no reservatorio for maior que a pressio atmosférica, o nivel de mercério no lado do tubo U ligado ao reservat6rio sofrerd uma depress e o nivel Prassio Atmostérica Fig. 1-20 Manémetro simples de tubo U. Posto que ambas as partes do mandmetro so abertas ¢, por- tanto, estéo em contato com a atmosfera, estando submetidas a mesma pressio, 0 nivel de mercirio € igual em ambos 0s lados. no outro lado deste, elevar-se-4 a mesma quantidade (Fig. 1-25). Se a pressfo no reservat6rio for menor que a pressfo atmosférica, o nfvel de merciirio no lado aberto do tubo sofrerd uma depress4o elevando-se a mesma quantidade na parte ligada ao reservatorio (Fig. 1-2c). Em muitos casos, a diferenga de alturas nas duas colunas de mercirio é a medida da diferenga da pressdo entre a pressfo total do fluido no reservat6rio e a pressfio da atmosfera. Na Fig. 1-25, 0 nivel de merctrio 6 de 2 pol abaixo do ponto zero no lado do tubo U ligado ao reservat6rio ¢ de 2 pol acima do ponto zero no lado aberto do tubo. Isto indica que a pressfo no reservatério excede a pressfo da atmosfera em 4 pol Hg (1,96 Ib/pol?). Na Fig. 1-2c, o nivel de merciirio encontra-se 2 pol abai- xo do ponto zero no lado do tubo aberto a atmosfera e 2 pol elevado na parte ligada ao reservatério, indicando que a presso neste Ultimo é de 4 pol Hg (1,96 Ib/pol?) abaixo (menor que) a presséo atmosférica. Press6es abaixo da pressfo atmosférica so usualmente chamadas de ‘“‘vécuo” e podem ser lidas como “polega- das de mercirio de vécuo”. Manémetros usando dgua como fluido de medig&o sao particularmente usados para medir presses muito baixas. Devido a diferenca das densidades do mercirio e da Agua, pequenas variagdes de pressfo na coluna de merciirio serfo dificilmente visualizadas podendo ser obtidas leituras mais precisas quando se usa agua. A pres- so atmosférica que suporta uma coluna de mercirio de somente 29,92 pol de altura, elevard uma coluna de dgua, a uma distancia de aproximadamente 34 pés. Uma pressfo de 1 Ib/pol? elevaré a coluna de dgua 2,31 pés ov 27,7 pol, e uma pressio de somente 0,036 Ib/pol? ¢ suficiente para suportar uma coluna de 4gua de 1 pol de altura, Portanto, 1 pol de coluna de 4gua ¢ equivalente a 0,036 Ib/pol?.. Dado que todos os fluidos esto sujeitos a expans6es ou contrag6es térmicas 17 devido a mudangas de temperatura, quando se faz necesséria uma elevada preciso, as leituras de presso dos mandmetros deverfo ser corrigidas por variagdes da temperatura. As relagGes entre as vérias unidades de presso sfo mostradas na Tabela 1-1. Prossio tics atmostérice 30 pol Ha. Pract 30 pol Ha. 0 do Pressio do J. resorvatorio 4e-reservat6rio 34 pol Hg. 26 pol Hg. Fig. 1-26 O manémetro indica Fig, 1-26 O mandmetro indica que a pressfo do reservatério que a pressfo do reservatério ¢ excede a pressiio atmosférica em 4 pol, Hg. menor que a pressio 4 pol Hg. atmosférica de 30 pol Hg. 1-13. Manémetros de tubo de Bourdon Devido ao excessivo comprimento do tubo necessério ¢ outras consideragées priti- as, 05 mandmetros de tubo nfo sfo usualmente empregados para medir pressdes superiores a uma atmosfera. Mandmetros de tubo de bourdon séo amplamente usa- dos para medir as clevadas presses encontradas na pratica de refrigeragfio O meca- nismo atuador no manémetro de tubo de bourdon est ilustrado na Fig. 1-3. 0 tubo de bourdon, por si, ¢ um tubo metilico curvado, de forma eliptica que tende a se endireitar quando aumenta a presso do fluido no tubo e a se apertar quando a pres- sdo diminui. Qualquer modificagSo na curvatura do tubo transmite-se através de um sistema de engrenagens para um ponteiro indicador. A diregio e grandeza do movi- mento do ponteiro depende da dire¢o da mudanga na curvatura do tubo. Os manémetros de tubo de bourdon s#o muito sélidos e podem medir pressdes acima e abaixo da pressfo atmosférica. Aqueles projetados para medir pressSes acima da atmosférica sfo conhecidos como manémetros de “pressiio” (Fig. 1-4a) sendo geralmente calibrados em libras por polegada quadrada enquanto que aqueles projetados para ler press6es abaixo da presso atmosférica sfo chamados de “‘vacué- metros” sendo usualmente calibrados em polegadas de merciirio (Fig. 1-45). Em alguns casos, manémetros simples, conhecidos como manémetros “compostos” so projetados para medir ambas as presses, acima e abaixo da pressio atmosférica (Fig. 1-4). Tais mandmettos sffo calibrados para medir em libras por polegada qua- drada acima da atmosfera e abaixo desta, em polegadas de merciirio, 18 TABELA 1-1 Unidades e fatores de converséio Multiplicar Para Converter De Para port Comprimento polegada (pol.) metro 0,0254 pé (pé) metro 0,3048 Area (A) pé? m? 0,0929 pol? cm? 64516 Volume (V) pe? m? 00283 galdo m 0,003785 galfo pe 0,13368 Volume da relagdo de escoamento (V) pé3/min m?/s 0000472 g/min m/s 0,00006309 Massa (m) Ib kg 045359 Massa da relagfio de escoamento (m) Ib/min gis 7,55987 Volume especifico (v) p63 /Ib mig 0062428 pe? /Ib lg 62,428 Densidade (p) Ib/pé? kglm 16,0185 Velocidade (v) pé/min m/s 000508 pé/s m/s 0,3048 m/h m/s 0.447040 Pressiio (p) Ib/pol Pa(N/m?) — 6894,76 Ib/pé? Pa 47,8803 mm Hg Pa 133,322 pol Hg (15,6°C) Pa 337685 pol H,0(4°C) Pa, 249,082 pé H,0(4°C) Pa 2988,98 bar Pa 100 000 1 atmosfera Pa 101 325 pol Hg Ib/pol? 0491 Ib/pol’ péH,O 231 Forga (F) Ib N 444822 Trabalho e energia (w) pé-lb J 1,355818 Btu i 105506 Btu pélb 7728 Poténcia (P) hp W(J/s) 7456999 Btu/h W 0,293067 ton (ref) Ww 3516,8 Calor especifico(c) —_Btu/lb R Jigk 4,18682 ou entropia (s) Entalpia (h) Btu/lb 2.3244 Condutividade (kK) (Btu) (pol Mee (pé?) (R) when (K) —0,1442285 Condutincia(C)ou — Btu/h) (pé*) Wi(m?)(K) 5,678286 coeficiente de transmissao de calor (U) Para converter na direg&o oposta, divida pelo fator desta coluna. Fig, 1-3 Mecanismo do mané- metro de tubo de bourdon. 1-14, Pressdes Absoluta e Manométrica Subentende-se por pressiio absoluta a pressfio “total” ou “efetiva” de um flui- do, enquanto que, por presso manomé- trica, a presso indicada por um mand- metro, E importante compreender que os mandmetros so calibrados para ler zero de pressfo atmosférica e que nem © mandmetro nem o tubo de bourdon medem a pressfo “total” ou “efetiva” do fluido num reservatério; ambos me- dem somente a diferenca de pressio entre a pressdo total do fluido no reser- vat6rio ¢ a pressfio atmosférica. Quando a pressfo do fluido ¢ maior que a pres- sfio atmosférica, a pressfo absoluta do fluido no reservat6rio determina-se adi- cionando a pressfo atmosférica a pres- sfio manométrica e, quando a pressiio do fluido € menor que a pressio atmos- férica, a pressfo absoluta do fluido acha- se subtraindo a pressfo manométrica da pressdo atmosférica. As relagOes entre pressfo absoluta e manométrica so mostra- das graficamente na Fig. 1-5. Exemplo 1-7 A pressio manométrica num condensador de refrigerante é de 120 Ib/ pol?. Qual a pressiio absoluta do refrigerante no condensador? Fig. 1-4 Mandémetros tipo de tubo de bourdon. (a) Manémetro de pressio, (b) Va- cudmetro. (¢) Mandmetro composto. Solugdo: Dado que nao 6 fornecida a Prasséo Pressio pressio barométrica, considera-se que Menométrica absolute a pressio atmosférica seja a normal ao nivel do mar (14,7 Ib/pol*), e posto 45 597 que a press&o do refrigerante é superior a atmosférica, a pressfo atmosférica de 40 547 14,7 Ib/pol? 6 somada a pressio mano- a 492 métrica de 120 Ib/pol? para efeitos de : determinar que a pressfo absoluta do 0+ 447 fri 134,7 Ib/pol? a, rofrigeranto 6 de 134,7 Ubjpof? a 25-4— Pross6es acima—{- 39.7 da pressfo atm. Exemplo 1-8 Num manémetro com- 20-+— emib/pol? —} 347 posto colocado na suceZo do compres- sor, lése 12 pol Hg e num barémetro 15-297 colocado nas proximidades 1é.se 29,6 | easel 555 pol Hg. Determinar a pressfo absoluta oy do vapor entrando no compressor. s{|——___ +197 29.92 pol Hg Solugdo: Posto que a pressio do vapor 0 —} Pressfo atmorttrica | a7 entrando no compressor ¢ menor que 8 [33 tb/pol) @ pressio atmosférica, a pressfo mano- az 15 15 métrica de vapor (12 pol Hg) deve ser yyjeiny 30” rye subtrafda da atmosférica de 29,6 pol "yo,g2~ o ‘Hg. para determinar que a pressfo abso- pol Hg luta do vapor ¢ de 17,6 pol Hg absolu- 5, 4.5 Relagio entre pressio absoluta e tos ou (17,6 Hg x 0,491 Ib/pol*/pol sranométrica, considerando a s hi presséo baromé- Hg) 8,64 Ib/pol?a. trica padrio. Exemplo 1-9 Durante a compressfo, a pressfo do vapor 6 aumentada desde 10 pol Hg manométrica até 125 Ib/pol* m. Calcular o acréscimo na presso em libras por polegada quadrada, Solugdo: Da Equagfo 1-19, 10 pol Hg equivalem a (10 pol Hg x 0,491) 4,91 Ib/pol*. Posto que a presso inicial do vapor é menor que a atmosférica e a final ¢ superior a esta, o aumento na pressdo do vapor é a soma das duas pressées sendo igual a (4,91 + 125) 129,91 lb/pol?. Veja-se que as presses absolutas em libras por polegada quadrada so abreviadas como Ib/pol* a, enquanto que as pressGes mano- métricas 0 so em Ib/pol? m, 1-15 Trabalho E executado trabalho mecfnico quando uma forga atuando sobre um corpo movi- menta este através de uma distancia. Considerando que a agdo da forca é paralela 4 ditegdo do movimento, a quantidade de trabalho realizado (w) € igual A forga (F) 21 _— multiplicada pela distancia (s) através da qual a forga atua; isto ¢ w = (F)() (1-20) Onde: w = forga aplicada em libras-pé (Ib-pé) F = forca em libras = distincia em pés 1-16 Poténcia Poténcia 6 a rapidez com que se efetua um trabalho. A unidade de poténcia meca- nica é 0 aavalo- forga (hp). Um cavalo-forca tem sido definido como a poténcia tequerida para efetuar trabalho a razfio de 33 000 Ib-pé/min ou 550 Ib-pé/s. A po- téncia necessdria em cavalos-forga pode ser determinada das seguintes Equagdes: w p= pos 1-21 (33 000) () ey Onde: P = poténcia em cavalos-forga trabalho em Ib-pé tempo em minutos ou w p= ——_ (1-22) (S50) (1) Onde; f = tempo em segundos Exempto 1-10 Um ventilador possuindo um peso de 320 Ib & guinchado 185 pés desde 0 solo até o telhado de um edificio. Desprezando atrito ¢ outras perdas, calcular o trabalho realizado. Solugdo: Neste caso, a forga F 6 a forga gravitacional W, a qual é numericamente igual ao peso m. Aplicando a Equacfo 1-20 w = (320 Ib) (185 pés) = 59 200 Ib-pé Exemplo 1-11 Um engradado ¢ movimentado a velocidade constante na disténcia de 280 pés de um transportador contra uma forga de atrito de 23,6 Ib. Determinar © trabalho realizado. Solugdo: Aplicando a Equagfo 1-20 W = (23,6 Ib) (280 pés) = 6608 Ib-pé 2 | Exemplo 1-12 Desprezando o atrito e outras perdas, calcular a poténcia necess4- ria para igar o ventilador descrito no Exemplo 1-10, se o tempo requerido for de 5 minutos. Solugdo: Do Exemplo 1-10, 0 trabalho ¢ de 59 200 Ib/pé ¢ o tempo é dado como de 5 minutos. Aplicando a Equacfo 1-21 59 200 Ib/pé 2 0,36 hp (33 000) (5 min ) Exemplo 1-13 Desprezando atrito e outras perdas, determinar a poténcia neces- séria para bombar 500 galdes por minuto (galdes/min) de dgua até um tanque localizado a uma distancia vertical de 130 'pés acima do solo se a 4gua tiver uma densidade de 8,33 Ib/galffo. Solugao: Dado que o volume da relagfo de escoamento V é dado em galées por minuto, o tempo ¢ é fixado em | min, Aplicando a Equagfo 1-21 pe (500 galdes) (8,33 Ib/galfo) (130 pés) (@3 000) (1 min) =16Abp 1-17 Energia Descreve-se energia como a capacidade de realizar trabalho. Necessita-se de energia para realizar trabalho, e diz-se que um corpo possui energia quando ele tem capa- cidade de realizar um trabalho. A quantidade de energia requerida para executar uma determinada quantidade de trabalho é sempre exatamente igual a quantidade de trabalho realizado. De forma similar, a quantidade de energia que um corpo possui ¢ sempre igual 4 quantidade de trabalho que pode realizar, passando de uma posigfo ou condicfo para outra. Como o trabalho, a energia mecnica é usual- mente medida em libras-pé. 4-18 Energia Cinética A energia pode ser possufda por um corpo em um ou ar posi euergia cinética e energia potencial. A energia cinética 6 aen .s LOrpo possui em virtude do seu movimento ou velocidade. P um corpo caindo, um Kiquido fluindo, ¢ as partes méveis de ume .. jaws, todos tém energia cinética devido ao seu movimento. A quantidade de energia cinética (KE) que um corpo possui, 6 uma fung&o do peso m deste e de sua velocidade » conforme a seguinte telagdo: p 2 DW) 6) (123) 2B Onde; KE = energia cinética em libras-pé m = peso em libras v = velocidade em pés por segundo (pé/s) 8, = constante gravitacional universal (32,174 pé/s?) Exemplo 1-14 Um automével possuindo um peso de 3 500 Ib, desloca-se a uma velocidade de SO milhas/h. Qual a sua energia cinética? Solugdo: A velocidade dada de 50 mithasfh ¢ igual a 73,3 pés/s. Aplicando a Equagfio 1-23 G 500 Ib) (73,3 pés/s)? KE = () 2,174 pésfs?) = 292241 Ib-pé 1-19 Energia Potencial A energia potencial € a energia que um corpo possui devido a posig&o ou configu- rag&o deste. A quantidade de trabalho que um corpo pode realizar passando de uma determinada posigfio ou condi¢Go para alguma outra posicfo ou condicio de refe- réncia é a medida da energia potencial do corpo. Por exemplo, a cabeca propulsora de um bate-estacas possui uma energia potencial de posi¢éo quando elevada a algu- ma distancia acima da parte superior de uma estaca, Se solta, a cabega propulsora pode realizar trabalho movimentando a estaca, Uma mola de ago comprimida ou uma tira de borracha esticada possuem energia potencial de configurago. Ambas, a mola de ago ¢ a tira de borracha, possuem capacidade de realizar trabalho devido A tendéncia de retornar a sua condigdo normal. ‘A energia gravitacional potencial que um corpo possui em virtude da sua posigéo pode ser avaliada pela seguinte equagiio: PE = (m) (2) (1-24) Onde PE = energia potencial em libras-pé . peso em libras ~ distancia em pés acima de um ponto base ou de referéncia arbitra- te selecionado Exemplo 1-15 Mil « ‘os cle dgua séo armazenados em um tanque loca- lizado 210 pés acima do sui ¥s a energia potencial da dgua em relagdo ao solo se a densidade da 4gua for 8,33 |i ”. Solugdo: Aplicando a Equagao 1-24 PE = (1200 galoes) (8,33 Ib/galfo) (210 pés) » 2.099 160 Ib-pé 1-20 Energia Externa Total A energia externa total de um corpo € a soma das suas energia cinética e potencial. Exemplo 1-16 Determinar a energia externa total por libra de dgua fluindo a uma velocidade de SO pés/s em um canal localizado a 200 pés acima da linha de refe- réncia. Solugdo: Aplicando a Equagao 1-23 (ib) (50 pés/s)? (2) G2,174 pals?) 38.85 Ib-pe Aplicando a Equagdo 1-24 PE = (1 1b) (200 pés) = 200 Ib-pé KE + PE = 38,85 Ib-pé + 200 Ib-pé = 238,85 Ib-pé Energia total 1-21 Lei da Conservacao da Energia A primeira lei da termodinamica estabelece, na realidade, que a quantidade de energia em qualquer sistema termodinamico é constante. Nada se ganha ou perde exceto no sentido de que é convertida de uma forma para outra. A energia 6 trabalho armazenado. Antes de um corpo possuir energia, deverd ser realizado trabalho sobre o corpo, O trabalho realizado sobre 0 corpo para dar a este seu movimento, posigo ou configurago é armazenado no corpo como energia, Em todos os casos a energia armazenada é igual ao trabalho feito, Embo- ra a energia possa ser classificada como sendo potencial ou cinética, ela pode apa- recer em formas bem diferentes, tais como energia mecénica, energia elétrica, energia quimica, energia em forma de calor, ¢ a: por diante, sendo rapida- mente convertida de uma para outra. A energia elétrica, por exemplo, é convertida em energia calorifica em um torrador elétrico ou aquecedor, como em energia mecnica em motores elétricos, solendides ¢ outros dispositivos mecdnicos opera- dos eletricamente. A energia mecdnica, energia quimica e energia calorifica sio convertidas em energia elétrica no gerador, bateria, ¢ termopar, respectivamente. A energia quimica & convertida em energia calorifica em reagdes quimicas tais como combustio ¢ oxidagdo, Estas sfo algumas das incontaveis formas de trans- formagio da energia. Existem vérias relagSes fundamentais entre as varias formas de energia e suas transformagées, algumas de particular importancia no estudo da refrigeragdo e que serdo discutidas futuramente, 25 1-22 EQUIVALENTES DO SISTEMA METRICO (SI) No sistema SI de medida, a unidade bdsica de comprimento 6 0 metro (m). Outras unidades comuns de comprimento so 0 centimetro (cm), 0 milimetro (mm), e © quildmetro (km). Um quilémetro é igual a 1 000 metros, sendo que 1 mm ¢ igual a 1/1000 do metroe 1 cm é igual a 1/100 do metro, As reas sio usualmente expressas em metros quadrados (m*) ou centimetros quadrados (cm?) e os volumes em metros aibicos (m°) ou centimetros cibicos (cm*). Um metro ciibico € igual a 1000 000 cm°. Outras medidas indicadas de volume de fluidos sfo 0 litro (L) ou o mililitro (mL). Um litro € 1/1000 de 1 metro ciibico e | mL é igual a 1 cm?. A unidade basica de massa é 0 quilograma (kg) que é igual a 1 000 gramas (g) A densidade expressa-se usualmente em quilogramas por metro cubico (kg/m*) ou em gramas por centimetro cttbico (g/cm*) € 0 volume espectfico em metros ctibicos por quilograma (m*/kg) ou em centimetros ctibicos por grama (cm? /g). Uma densi- dade média para dgua ¢ 1 000 kg/m’ (veja tabela 1-2). TABELA 1-2 Valores freqiientemente usados Unidades Briténicas Unidades SI Aceleragiio padrfo da gravidade (g,) 32,174 pé/s? 980665 m/s? Pressfo atmosférica normal 14,696 Ib/pol? 101325 Pa 291921 pol Hg 760 mm Hg Agua Densidade 62,4 Ib/pé? 1000 kg/m? 8,33 Ib/galfo Calor especifico 1 Btu/lb °F 4190 J/kg °K Calor latente de fusio a 32°F (0°C) 144 Btu/lb 334,71 Sg Calor latente de vaporizagio a 212°F (100° c) 970 Btu/lb 2255 Jig Ar Densidade (padrfo) 0,075 Ib/pé? 1,2 kgm? Calor especifico (cp) 0,24 Btu/lb °F J/g °K A unidade de forca € 0 Newton (N) que € definido como a forca que, quando aplicada a um corpo que possui um peso de 1 kg, produz uma aceleragio de um metro por segundo por segundo (1 m/s*). Em forma de equagfo a relacao é: F=(m@ (1-25) Onde: F = forga em Newtons (IN) 'm = massa em quilogramas (Kg) @ = acelerag&o em metros por segundo por segundo (m/s*) Exemplo 1-17 Uma forca desequilibrada, atuando sobre um corpo que possui uma massa de 15 kg é acelerada a razo de 10 m/s? na diregao da fora Kiquida. Determinar a forga. Solugdo: Aplicando a Equagfio 1-25 F = (15 kg)(10 m/s?) = 150 N A forca gravitacional exercida sobre (peso de) uma determinada massa pode ser determinada substituindo a acelerago local da gravidade (g) pelo fator de aceleragdo (a) na Equagio 1-25, isto é: F = (m)@) (1-26) O valor padrio para a aceleragdo local da gravidade ao nivel do mar (gc) ¢ 9,807 m/s? (Tabela 1-2). Veja-se que, de acordo com a Equagdo 1-25, 1 kg massa nfio exerce 1 kg de forca gravitacional (peso 1 kg). Assim, considerando a acele- ragio local da gravidade (g) sendo igual a acelerag&o padrio da gravidade (g¢), 41 kg massa exerce uma forga de (1 kg X 9,807 m/s?) 9,807 N. Nota; Uma vez que o termo “peso” nfo tem significdncia quando as unidades métricas sfo empregadas, foi feita a recomendagao de que o uso do termo é descon- tinuo com relag&o as unidades métricas. A unidade de pressio ¢ o Pascal (Pa). Uma pressio de um Pascal ¢ exercida quando uma forga de um Newton é aplicada sobre uma érea de um metro qua- drado. Alguns preferem expressar a press&o diretamente como unidade de forga, por unidade de area, isto é, em Newtons por metro quadrado (N/m? ). Outra unidade comum de presso ¢ o bar, Um bar é igual a 100 000 N/m? (Pa). Tgmbém, em termos de coluna de fluido, as pressdes sfo medidas em milimetros ‘ou centimetros de mercirio (mm Hg ou cm Hg) ou em milfmetros ou centime- tros de 4gua (mm H,O ou cm H20). Os fatores de conversio so mostrados na Tabela 1-1, Como mostrado na Tabela 1-2, a pressio barométrica padrao ao nivel do mar é 101 325 Pa, Veja-se que a pressdo de | bar é aproximadamente igual a pressfio de 1 atmosfera padrao. Exemplo 1-18 Um tanque retangular medindo 2 m por 3 m na base é cheio com gua tendo uma massa de 18 000 kg. Determinar: (a) A forca gravitacional em Newtons exercida sobre a base do tanque. (b) A pressdo exercida sobre a base do tanque em Pascais, Solugdo: Aplicando a Equagdo 1-26 (a) A forga gravitacional F = (18 000 kg)(9,807 m/s?) = 176526 N a (b) A frea da base é 6 m?. Aplicando a Equago 1-17, a pressfo, p, __ (18.000 kg) (9,807 m/s?) 6m? = 29421 Paou N/m? Todo trabalho ou energia é medido em joules (J). Quando uma forga de um Newton atua através de uma distincia de um metro, 6 dado um joule de trabalho e necessdrio um joule de energia para realizar o trabalho. De acordo com a Equagfio 1-20, aqui repetida, a quantidade de trabalho efetuado é: MO (1-20) Onde: w = trabalho efetuado em joules (J) F = forga em Newtons (N) 5 = distancia em metros (m) Combinando-se as Equagies 1-20 ¢ 1-25, obtém-se: w = (m)(@)(s) (1-27 w €, nos casos onde a 6 igual tg, w = (m)@) 6) (1-28 ‘A unidade de poténcia é o watt (W). O watt é definido como a realizagfo de trabalho @ razo de um joule por segundo (J/s). A poténcia necesséria em watts pode ser determinada a partir de qualquer das seguintes relagdes: w (FD (s) _ (mats) _ (md (g)(s) Pe (1-29 t t t t Onde: P = poténcia em watts (W) w = trabalho em joules (3) t = tempo em segundos (s) A energia cinética de um corpo é dada pela equagfo a KE = or (130) Onde KE = energia cinética em joules (J) m= massa em quilogramas (kg) » = velocidade em metros por segundo (m/s) A energia potencial gravitacional de um corpo é definida pela equagio PE = (m)(g) (2) (1-31) Onde: PE = energia potencial em joules (J) m = massa em quilogramas (kg) ge aceleraco local da gravidade em metros por segundo por segundo (m/s?) z = distancia em metros acima de algum dado ou ponto de referéncia (mm) Exemplo 1-19 Uma pressdo constante de 1,5 bar é exercida na parte superior de um pistdo que possui uma drea de 0,02 m? enquanto o pist4o percorre uma distan- cia de 0,08 m. Calcular o trabalho dado em joules. Solugdo: Aplicando a Equagfo 1-20, 0 trabalho dado, w, = (1,5 bar X 100 000 Pa/bar) (0,02 m?) (0,08 m) = 2405 Exemplo 1-20 Um ventilador com um peso de 165 kg é igado 96 m desde o solo até o telhado de um edificio. Desprezando 0 atrito e outras perdas, calcular o tra- balho efetuado, Solugdo: Neste caso, a forga F é a forga gravitacional mg. Conseqilentemente, aplicando a Equagfo 1-28 w = (165 kg) (9,807 mjs*) (96 m) = 155 343 J Exemplo 1-21 Desprezando 0 atrito e outras perdas, célcular a poténcia necessdria para igar 0 ventilador descrito no Exemplo 1-20 se o tempo requerido for de 5 min. Solugdo: No Exemplo 1-20, o trabalho efetuado é 155 343 J e o tempo dado é de 5 min (300 s). Aplicando a Equagio 1-29 155 343] 300s = 517,81 W Exemplo 1-22 Um automédvel cujo peso € de 1625 kg movimenta-se a SO km/h, Qual a sua energia cinética? Solugdo: A citada velocidade de SO km/h é igual a 13,89 m/s. Aplicando a Equa- go 1-30 = £1625 kg) (13,89 m/s)? = 156,757 kd 2 2»

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