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MOTOR DE BUSCA
TOP 20 A UM CLIQUE
Ao pesquisar, tem acesso aos artigos
em PDF, dossiês e simuladores

SIMULADORES
Soluções à sua medida no nosso sítio na Net.

CONSUMO Chegou ao nosso sítio na Net e Ainda em destaque, encontra-

> Aquecer a água e a casa: qual o sistema mais barato?
perdeu-se? Recorra ao motor de mos o caso Afinsa, em 12.º,
> Combustível: qual o carro mais barato?
busca. Foi o que fizeram milhares e leitores de MP3, arrendamento,
> Electricidade: qual a melhor tarifa? Que potência contratar?
de cibernautas que nos visitaram garantias e cartas, entre o 17.º
Tarifa simples ou bi-horária?
nos últimos meses. Internet, ar e o 20.º lugar. Se visitou o nosso
> Pegada ecológica: como melhorar o meu impacto ambiental?
> Rede fi xa: preço de uma chamada e qual o tarifário mais barato?
condicionado, pneus, aspirado- sítio recentemente, reparou que
> Telemóveis: qual o plano de tarifário mais adequado? res e condomínio foram, por esta publicámos um teste a 20 leito-
> Internet de banda larga: qual o fornecedor de acesso mais barato? ordem, as cinco palavras mais res de MP3, um dossiê com as
procuradas. Do teste a 17 forne- novas regras do arrendamento
DINHEIRO cedores de acesso à Net móvel e um artigo sobre garantias.
> Cash-back: como usar o cartão de crédito sem pagar juros? ao dossiê que o ajuda a resolver O seu contributo é importante.
> Comprar e vender casa: que custos? problemas de vizinhança, os re- Aproveite e dê-nos a opinião so-
> Contas à ordem: qual o melhor banco? sultados são diversificados. bre o nosso trabalho. N
> Crédito à habitação e pessoal: qual o banco mais barato?
> Direitos de quem presta assistência à família
> IMI e IMT: quanto pagarei?
> Poupanças: quanto renderão no futuro? TENSÃO ARTERIAL
> Seguro automóvel e multirriscos-habitação
> Subida da taxa de juro: qual a prestação da minha casa?
> Taxa anual de encargos efectiva global (TAEG): como calcular? VÍDEO ON-LINE AJUDA A MEDIR
De cada vez que vai ao médico e este mede-lhe a tensão arterial, o seu
SAÚDE coração dispara, alterando os valores? A isto chama-se o “efeito da ba-
> Álcool: calcule a sua taxa
ta branca”. Se estas medições forem relevantes para um diagnóstico
> Analgésicos: a dose certa para o seu filho
mais preciso ou para controlar os efeitos de uma medicação, tal pode
> Calorias: qual a quantidade certa?
revelar-se um problema. Daí a necessidade de o fazer, de preferência,
> Cancro da pele: teste o seu risco
em casa. Mesmo com um aparelho fiável e fácil de utilizar, veja o ví-
> Doenças cardiovasculares: qual o meu risco?
> Fumar: nível de dependência e quanto poupo se parar?
deo no nosso sítio na Net. Entre outras dicas, saiba que a braçadeira
> Memória: teste o seu estado do aparelho deve ser colocada ligeiramente acima do cotovelo e não
> Osteoporose: quando fazer o exame? convém fazer medições após uma refeição ou esforço físico. N
> Peso: a mais ou a menos?
> Próstata: terei problemas?
> Rinite alérgica e asma: teste o seu risco

TESTES COMPARATIVOS
Actualizamos regularmente os resultados dos nossos testes na Net.
> Computadores portáteis e Internet móvel
> Gravadores de DVD
> Leitores de MP3
> Máquinas fotográficas digitais
> Máquinas de lavar roupa e loiça
> Telemóveis
> Televisores LCD e plasma

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Canais > Saúde > Prevenção
Dicas para cuidar melhor da sua saúde
4 PROTESTE 278 Março 2007
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rubricas EDITORIAL
04 www.deco.proteste.pt
CIDADÃOS EXIGEM
Abrimos-lhe as portas da nossa página na Internet.

06 Em linha UM PAÍS SEM BARREIRAS

> Europeus confiam pouco na Net
> Wikipédia: enciplopédia grátis on-line
Uma verdadeira prova de obstáculos. A rotina de quem tem
> Telemóvel: simuladores de operadoras deixam a desejar
uma deficiência física ou sensorial e procura uma vida “normal”
45 Breves está longe de ser fácil. Desde viajar nos transportes públicos a ir
> Carnaval em segurança
> Dominar a Net com o nosso guia prático ao hospital ou levantar dinheiro no multibanco, são muitas as
> Conselhos para poupar água e electricidade barreiras físicas que afectam a qualidade de vida desses cidadãos.
> Como agir em caso de envenenamento
As respostas de mais de 1200 portugueses a um inquérito que
48 Passar a Palavra publicamos na pág. 8, sobre actividades quotidianas, cuidados
> Nós e os media
de saúde, vida profissional e tempos livres, não deixam
> O aumento da conta da electricidade
> DECO dá formação dúvidas: quem tem uma deficiência física permanente, ou vive
> Seguro automóvel urgente temporariamente uma situação de incapacidade, sente na pele
> Consumidores de todo o mundo
o impacto da falta de condições. Os números são vergonhosos:
50 PRO TESTE Sempre 71% dos inquiridos revela ter sérias dificuldades em utilizar meios
As boas e más experiências de alguns consumidores
podem ser úteis para os restantes.
como o comboio, o metro e o autocarro. A alternativa para se
deslocar: o carro privado.
54 Índice
Em Portugal, ainda existem muitos serviços públicos, centros
de saúde e escolas, sem rampas, elevadores ou casas-de-banho

Mobilidade condicionada adaptadas. Disso demos conta, em 2003, numa inspecção a

edifícios das principais juntas de freguesia e câmaras municipais
O testemunho de Lisboa e Porto. No ano seguinte, terminava o prazo imposto
de mais de 1200
portugueses pela lei, em 1997, para fazer as mudanças necessárias nas
com alguma construções em prol da acessibilidade. Quatro anos depois,
deficiência
mostra que ainda os testemunhos recolhidos dão o sinal de alerta: muitas das boas
existem muitos intenções ficaram apenas no papel.
obstáculos Antes de mais, o Governo e as autarquias têm de saber o que
no dia-a-dia.
Até quando falta fazer e verificar se os edifícios construídos depois de 1997
o Governo vai cumprem as normas. Nesse sentido, uma nova lei contra a
permitir as
desigualdades? discriminação de pessoas com deficiência foi aprovada no Verão
passado. Esta pretende fazer face a uma série de injustiças sociais,
8 como os entraves no crédito à habitação, devido à exigência de
contratar um seguro de vida. No geral, as seguradoras recusam-
-no a quem seja portador de um determinado grau de invalidez

Sopas rápidas ou deficiência, resultante de doença. Até ao momento em que

fechámos esta edição, a nova lei ainda não tinha sido publicada.
Muitas das sopas Esperamos que o seu conteúdo venha dar resposta às nossas
dos restaurantes 16
de comida reivindicações nesses aspectos. Porque é preciso agir e cumprir a
rápida contêm lei, comunicámos os resultados do nosso inquérito à Secretaria
sal em excesso.
Encontrámos de Estado Adjunta e da Reabilitação e também à Secretaria de
também algumas Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor.
com muita Ultrapassar as barreiras é um triunfo ao alcance de poucos.
gordura e
sem equilíbrio Quando “esbarram” nas limitações da sociedade no Séc. XXI,
nutricional os que não desistem apelam ao Governo: quase um milhão
de portugueses são esquecidos e continua tudo por fazer. P
PROTESTE 277 Fevereiro 2007 3
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em linha
telecomunicações e multimédia

WINDOWS VISTA MAIS SEGURO DO QUE XP

O Windows Vista resolve alguns problemas exigem uma conta de administrador para a
de segurança ignorados no XP Home. Apesar instalação e execução. Ou seja, as aplicações
de usar o código de base das versões profis- podem correr com privilégios de administrador,
sionais (NT/2000), o XP não aproveitou o mo- sendo mais difícil impedir que programas mali-
delo de segurança. Em vez disso, baseou-se ciosos coloquem em risco a segurança. Depois
nas versões não profissionais (95, 98 e ME). de introduzidos no computador, têm autoriza-
O objectivo era fazer ção para quase tudo:
uma transição sua- escrever por cima de
ve do ME para o XP. ficheiros de sistema,
A sua maior fragili- editar o registo, ins-
dade explica-se por talar outros progra-
a maioria dos utiliza- mas, etc.
dores usarem contas Estas características
de administrador, tornam o XP menos
podendo fazer log-in seguro. Mas a exi-
PARA NOS CONTACTAR sem inserir o nome
Janela de segurança do controlo de contas de utilizador
gência de autoriza-
e a palavra-chave. ções no Vista deveria
ASSINATURAS E ENCOMENDAS No Vista, por defeito, ser superior para a
> Telefone não é utilizada uma conta de utilizador
808 200 146 conta de administra- em “modo de apro-
> Fax dor, mas antes a de vação de administra-
21 841 08 02 “utilizador padrão”, dor”. Só lhe é pedi-
mais limitada. Com o controlo parental, impede que os mais novos do para clicar no OK
> Correio electrónico acedam a sítios violentos e de pornografia
assinaturas@deco.proteste.pt Além disso, o meca- da janela de segu-
nismo “Controlo de rança, sem introduzir
contas de utilizador” acciona uma janela de o nome de utilizador ou a palavra-chave. Na
ESPANHA, ITÁLIA E BÉLGICA segurança quando é necessário reconfigurar o prática, corre-se o risco de fazer esta operação
00 351 21 841 08 58 sistema ou instalar aplicações, etc. Se o utili- mecanicamente sem pensar nas consequências
Os nossos associados têm acesso ao zador tiver uma conta em “modo de aprovação ao nível da segurança.
Serviço de Informações não só em de administrador”, basta clicar no botão OK O Vista vem equipado com um pacote de se-
Portugal, mas também nos países das para ganhar momentaneamente alguns privi- gurança mais completo. O “controlo parental”
nossas congéneres espanhola, italiana légios e avançar. Caso seja uma conta de uti- permite criar contas restritas no acesso a certas
e belga. Se tiver algum problema de lizador restrito, terá de introduzir o nome e a aplicações e sítios na Net, bem como no tem-
consumo durante a estada nestes palavra-chave do “administrador”. Mesmo com po de utilização. O novo “Windows firewall”, ao
países, pode telefonar-nos. esta operação, o utilizador restrito não passa a contrário do firewall do XP, controla os dados
Entraremos em contacto com o Serviço ter mais direitos. Evita-se, desta forma, que as recebidos e também os enviados. Outra novi-
de Informações local, para que possam
aplicações sejam instaladas no computador na dade: o anti-spyware da Microsoft vem integra-
tomar conta do seu problema.
conta de administrador. do no Vista. Mas os utilizadores do XP podem
No XP, algumas aplicações, sobretudo jogos, descarregá-lo gratuitamente no sítio. N

Serviço de informações
Aconselhamento jurídico
Serviço de Informações
e artigos publicados REQUISITOS PARA CORRER O VISTA NO PC
Aconselhamento jurídico
O Windows Vista Home está à ven-
21 841 08 58
e artigos publicados
da desde Janeiro (os novos PC já vêm

808 200 145 equipados com este sistema operativo).

Mas se quiser actualizar o sistema ope-
9h00 às 13h00 rativo do seu computador, do XP para
14h00 às 18h00 o Vista, precisa de um upgrade. O pre-
9h00 às 13h00
(dias úteis; sexta-feira, até às 17h) ço varia consoante a versão: cerca de
14h00 às 18h00 € 270, a Premium e € 440, a Ultimate.
(dias úteis; sexta-feira, até às 17h) Antes de comprar, confirme se a má-
www.deco.proteste.pt quina preenche os requisitos mínimos.
www.deco.proteste.pt Para tal, recorra ao Windows Vista Up-
www.deco.proteste.pt grade Advisor RC, no sítio na Internet da
Microsoft. www.microsoft.com/portugal/windowsvista

6 PROTESTE 269 Abril 2006

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CHAMADAS NACIONAIS POUPE NOS NOVOS TARIFÁRIOS

Custo de uma chamada O início do ano ficou marcado
de 3 minutos (€) (1) pela estreia de operadores nas
Tipo
Operadora e tarifário chamadas nacionais. É o caso
de acesso local (mesmo nacional da Tvcabo, a partir da qual po-
indicativo) (outro indicativo) de ligar para a rede fixa sem
limites por € 9,99 mensais.
Horário normal (9h00-20h59)
Mas o serviço interessa sobre-
Tvcabo Voz directo 0 (3) tudo a clientes da Tvcabo, pois
Vodafone T0 Base (após 10 horas de chamadas) directo 0,07 só é válido se aderir ao serviço
GlobalTalk Flex pré-selecção 0,09 0,15 Classic de televisão (€ 35,59) e
Cabovisão Mix e Max directo 0,11 à Internet a 8 Mbps (€ 22,99).
AR Telecom Plano Família Plus chamada 0,11 0,16 No total, o custo ascende a
Redvo Voz Indirecto chamada 0,11 0,16 € 68,57 por mês.
GlobalTalk Geral pré-selecção 0,12 0,19 A Cyclopnet, que só fornecia
Novis Residencial pré-selecção 0,12 0,24 acesso à Net, apresenta um ta-
TMN Fix (1096) Pré ou Pós-pago (2) chamada 0,13 0,14 rifário pouco atractivo, pelo que
Tele2 chamada 0,13 0,18 figura em último lugar na tabe-
Nacacomunik Premier e Premier Plus pré-selecção 0,14 0,23 la. A adesão ao serviço de voz
AR Telecom Plano Lar directo 0,15 é paga através de assinatura,
Optimus Home directo 0,15 que também disponibiliza Net.
Vodafone T0 Light directo 0,15 Por exemplo, uma velocidade
Nacacomunik ACN-2-ACN pré-selecção 0,15 0,23 de 2 megas custa € 23, mais
Oni Duo directo 0,15 0,23 as chamadas de telefone.
Oni OniVox pré-selecção 0,15 0,23 Há ainda novidades nos ta-
PT Comunicações Base directo 0,15 0,23 rifários da Vodafone: o Toq
Novis Clix (qualquer opção) directo 0,16 0,23 foi descontinuado e, em seu
Cyclopnet C-ADSL Speed (qualquer opção) pré-selecção 0,18 0,22 lugar, surge o T0 Base, para
Horário económico (21h00-8h59, fim-de-semana e feriado) quem tem consumos regulares
Tvcabo Voz directo 0 (3)
e, o T0 Light, para utilizadores
Vodafone T0 Base (após 10 horas de chamadas) directo 0,07
mais esporádicos. No primeiro
AR Telecom Plano Lar directo 0,09
caso, o mais barato, a men-
salidade, de € 9,90, permite
Redvo Voz Indirecto chamada 0,09
fazer chamadas gratuitas para
GlobalTalk Flex pré-selecção 0,09 0,15
a rede fixa até 10 horas de
Novis Residencial pré-selecção 0,09 0,18
chamadas. Acima deste valor,
AR Telecom Plano Família Plus chamada 0,10
paga 2,5 cêntimos por minuto.
Cabovisão Mix e Max directo 0,10
A Tele2 aumentou os preços
Nacacomunik ACN-2-ACN e Premier pré-selecção 0,10 0,11
e reduziu o período inicial de
TMN Fix (1096) Pré ou Pós-pago (2) chamada 0,10 0,11
conversação de 60 para 30
Novis Clix (qualquer opção) directo 0,11
segundos, daí ter descido al-
Oni Duo directo 0,11
gumas posições.
Oni OniVox pré-selecção 0,11
Na escolha do tarifário para o
PT Comunicações Base directo 0,11
seu perfil, considere o preço
Tele2 chamada 0,11
das chamadas e a assinatura
GlobalTalk Geral pré-selecção 0,12 0,19
(ver em www.deco.proteste.pt).
Nacacomunik Premier Pus pré-selecção 0,14 0,23
Por exemplo, o Optimus Home
Optimus Home directo 0,15
está no meio da tabela, mas
Vodafone T0 Light directo 0,15
não cobra assinatura.
Cyclopnet C-ADSL Speed (qualquer opção) pré-selecção 0,18 0,22 Se não tiver acesso à Net, li-
(1) Preços de Janeiro de 2007. gue para o Serviço de Informa-
(2) Horário normal das 9h00 às 18h59 e económico das 19h00 às 8h59.
(3) Mensalidade inclui chamadas ilimitadas para a rede fixa (custa 9,99 euros). ções (808 200 145). N

PROTESTE 278 Março 2007 7

 passagem ao gás natural
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mau serviço da Lisboagás

Uma factura pesada

para o consumidor
INQUÉRITO
DECO PROTESTE

Seis anos depois, a reconversão gera reclamações e muitos

clientes têm pago do seu bolso os erros da Lisboagás.
As fugas, o linho nas instalações e o excesso de monóxido
de carbono continuam a ser problemas graves
8 PROTESTE 278 Março 2007
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Em Julho de 2005, a Lisboagás contactou o

nosso leitor A.A., de Linda-a-Velha, e comu-
nicou-lhe que era obrigado a mudar o con-
tador do gás. No dia combinado, o técnico
aproveitou para inspeccionar a instalação e
acabou por detectar excesso de monóxido
de carbono. Disse que teria de fechar o gás
e aconselhou várias reparações. Entregou,
então, ao leitor uma lista de empresas cre-
denciadas, com alguns nomes sublinhados.
A história de A.A., infelizmente, não é ori- ligações ao esquentador
ginal. Desde finais de 1999 que recebemos
reclamações de consumidores insatisfeitos
com o trabalho da Lisboagás durante e
após a passagem ao gás natural.
Mas a nossa preocupação com as instala-
ções de gás é ainda mais antiga e remon-
ta a 1997, quando efectuámos o primeiro
estudo, apoiado pela Comissão Europeia.
Já nessa altura, em que as populações eram
servidas pelo gás de cidade (propano e bu-
tano), detectámos falhas que colocavam em
risco a vida dos consumidores.
Um ano depois, Lisboa começou a ser alvo
de uma transformação que, oficialmente,
iria durar até 2001. A grande maioria das
instalações foi alvo de intervenções para
permitir o gás natural. Mas os problemas
não se fizeram esperar.
Por isso, em 2001, fomos para o terreno e
inspeccionámos 44 instalações, das quais
quase metade se revelou perigosa. Fogões
mal afinados, esquentadores na casa de
banho, fugas de gás e excesso de monó-
xido de carbono foram as maiores falhas.
Preocupados com estes resultados, as recla-
mações e as denúncias de entidades envol-
vidas na reconversão, como a Comissão de
Trabalhadores da Lisboagás e a Associação
Municipal de Lisboa, em Outubro de 2005,
efectuámos novo estudo. Das 37 instalações
então inspeccionadas, 22 eram perigosas.
As fugas e o excesso de monóxido de car-
bono persistiam, provando que a Lisboagás
ignorava as suas responsabilidades.
Aliás, as queixas nunca deixaram de chegar.
Resolvemos, assim, realizar um inquérito
para avaliar o processo de reconversão, a
extensão das falhas e os erros que os con-
sumidores ainda estão a pagar.
>>
FUGAS DE GÁS LIDERAM MOTIVOS DAS REPARAÇÕES
10,9%
Fugas na instalação
9,5%
10,5%
Problemas nas
ligações ao fogão
3,2%
Problemas nas 8,2%
3,2%
Esquentador 4,4%
na casa de banho
0,6%
Excesso de 3,1%
monóxido de carbono
3,4%
Linho na instalação
2,1% ■ Durante a reconversão
■ Após a reconversão
1,2%
Os problemas foram aos milhares e, após a mudança, apareceram mais
casos de concentrações excessivas de monóxido de carbono
OPINIÃO DE 3200 LISBOETAS
> Em Julho de 2006, enviámos um questionário a uma
amostra representativa da população de Lisboa. Recebe-
mos 3208 respostas de habitantes de quase todas
as freguesias, o que corresponde a uma par-
ticipação elevada e prova que os lisbo-
etas muito tinham a dizer sobre este
problema.
> O questionário focou aspectos como a
idade da habitação e instalação de gás, a
data da reconversão, as reparações durante e
após a mudança (motivo e tipo) e as inspecções
posteriores (motivo, data, entidade inspectora e
respectiva escolha). Verificámos ainda o custo das
reparações posteriores, pagas pelo consumidor.
> Quanto aos estudos que efectuámos às instala-
ções (1997, 2001 e 2005), os critérios de avalia-
ção e o laboratório foram os mesmos. Trata-se,
assim, de uma metodologia experimentada e aceite
por especialistas. Os resultados e a experiência no terreno
proporcionados por estes estudos permitem-nos interpre-
tar os dados obtidos com o inquérito.
PROTESTE 278 Março 2007 9
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>>
Acima da lei talações com menos de 20 anos não deve-
CONSUMIDOR PAGA CARO > Com a reconversão, o gás natural passou riam constituir excepção. O ideial seria que
AS FALHAS DA LISBOAGÁS a estar presente em 90% das habitações todas, sem excepção, fossem revistas de
do concelho de Lisboa. Mas, apesar de a cinco em cinco anos. Aliás, o facto de ins-
Mais de Lisboagás ter anunciado o fim da opera- talações novas terem falhas graves leva-nos
€ 1000 ção em Junho de 2001, 26% dos inquiridos a outra questão: com que rigor serão estes
Menos de
€ 150
Entre € 750
8,5% afirmaram que a mudança nas suas casas equipamentos fiscalizados?
e € 1000
ocorreu já em 2002 e mesmo em 2003. > A reparação mais frequente durante a re-
9,9%
26,3% > Durante o processo, a Lisboagás consi- conversão foi a substituição parcial das tu-
derou que 58% de instalações não preci- bagens (12%), seguida da troca do esquen-
16,2%
Entre A Lisboagás não retirou muitos esquentadores
€ 500
e € 750 21,5% de casas de banho: violou a lei e expôs
17,6% os consumidores ao perigo
Entre € 150
e € 300
Entre € 300 savam de reparações. Nos restantes casos, tador (a expensas do consumidor) e do fo-
e € 500
as fugas e os problemas com as ligações ao gão (a cargo da Lisboagás), ambas em 9%
Mais de metade dos consumidores que tiveram fogão e ao esquentador foram as situações dos casos. No início, quando a Lisboagás
de fazer reparações pagaram quantias superiores mais comuns. Porém, 20% dos inquiridos a considerava que os aparelhos deviam ser
a 300 euros
quem não tinham sido recomendadas repa- substituídos, o consumidor pagava a des-
rações necessitaram delas mais tarde. pesa. A meio do processo, após negociação
> A idade dos imóveis ou da instalação não com a DECO, e porque desde 1994 havia
influenciou os resultados. Por vezes, casas legislação a atribuir fundos à empresa, esta
mais novas ou com instalações mais recen- passou a suportar alguns custos.
tes tiveram até mais problemas, o que só > Cerca de 4% dos inquiridos referiram ter
reforça a nossa reivindicação de que as ins- sido introduzido um líquido vedante nas
condutas para reparação de fugas. Este sis-
tema tem levantado muita polémica, pois
ninguém sabe durante quanto tempo é efi-
caz. Além de termos solicitado por escrito
explicações à Direcção-Geral de Geologia
e Energia (DGGE), nas reuniões que temos
mantido com este organismo, introduzimos
sempre a questão. Mas desde 2001 que es-
peramos uma resposta satisfatória.

Riscos inaceitáveis
> Após a reconversão, 37% dos inquiridos
fizeram uma inspecção extraordinária, a
grande maioria porque a Lisboagás lhes
disse que teriam de fazê-lo. Em 34% des-
tes casos, a empresa justificou-se com a
necessidade de mudar o contador. Temos
em nossa posse dezenas de cartas de con-
sumidores a queixarem-se desta situação
e a interrogarem-se por que motivo não foi
o contador trocado durante a reconversão.
Aliás, a lei nem prevê nenhuma inspecção
associada à mudança do contador. Trata-
-se de um pretexto para entrar em casa dos
consumidores e só agora fazer, ilegalmente,
Dossiê inflamável: temos interpelado a Lisboagás e as autoridades com questões pertinentes e a inspecção extraordinária rigorosa que de-
comunicado os resultados dos nossos estudos. Mas nem sempre nos respondem e, por vezes, veria ter sido efectuada na reconversão.
há mesmo quem tente tapar o sol com a peneira

10 PROTESTE 278 Março 2007


> Em 27% dos casos, a Lisboagás disse ser
necessária uma inspecção por ter sido de-
tectada uma fuga no edifício. Um trabalho
mais rigoroso na passagem ao gás natural
teria evitado algumas destas fugas.
> Segundo a lei, os esquentadores não
podem estar na casa de banho. Durante a
reconversão, 4% dos inquiridos estavam
nestas circunstâncias, pelo que a Lisboagás
deveria ter removido o aparelho. Mas, mais
tarde, a empresa comunicou a 28% destes
consumidores que deveriam requerer uma
inspecção extraordinária para fazer isso
mesmo. Ou seja, ainda durante a operação,
deslocou-se para rectificar os problemas
com as instalações. Mas ignorou a própria
lei e, anos depois, o consumidor teve de
pagar do seu bolso uma inspecção e a obra
correspondente para, finalmente, o apare-
lho ser instalado no devido lugar.
> A maioria destas inspecções, posteriores
à operação, ficou a cargo de entidades in-
dicadas pela Lisboagás. Em 59% dos casos,
os inquiridos referiram que a empresa indi-
cou taxativamente um nome. A lei tudo lhe
permitia durante a mudança: distribuição,
inspecção, reparação e abertura do gás.
Mas, depois, cabia ao consumidor escolher,
pedindo orçamentos e comparando preços.
> As inspecções extraordinárias, grosso
modo, ocorreram a partir de 2003 e ain-
da estão em curso, com tendência para se
avolumarem. E, se estas aconteceram muito
depois da reconversão, a maior parte das
reparações verificou-se entre 2004 e 2006.
Fugas, monóxido de carbono, esquentado-
res na casa de banho... muitos consumido-
res estiveram expostos ao perigo durante
anos a fio. E, disso, os casos relatados ao
>>
PARA SABER MAIS
> Instalações de gás: PRO
TESTE n.º 262, Outubro de
2005
> Instalações de gás: PRO
TESTE n.º 215, Junho de
2001
> Instalações de gás: PRO
TESTE n.º 174, Outubro de
1997
> Tarifas do gás natural e
electricidade: PRO TESTE n.º
263, Novembro de 2005
passagem ao gás natural mau serviço da Lisboagás
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ERROS INFLAMÁVEIS
Apresentamos-lhe uma pequena, mas alarmante, selecção das reclamações que nos
têm chegado depois da reconversão.
> R.R., Moscavide: “Porque é que, a pretexto da mudança da titularidade de um contra-
to, a Lisboagás me está a obrigar a fazer reparações, que tenho de ser eu a pagar?”
> D.D., Telheiras: “Fui morar para uma casa nova e, para me ligarem o gás, tive de pe-
dir uma inspecção. Foi detectada uma fuga e os inspectores recusaram-se a continuar a
inspecção sem que aquela fosse reparada. Depois de rectificar o problema, pedi nova
inspecção, que detectou excesso de monóxido de carbono. Estes inspectores também
não quiseram continuar sem que tudo ficasse resolvido primeiro. Só ao fim de três ins-
pecções pude ter gás em casa”.
> P.A., Olivais: “Uma inspecção da Lisboagás detectou, entre outros, linho na instalação,
que deu origem a uma fuga. O técnico disse que a reparação era da minha responsabi-
lidade”.
> T.G., Alvalade: “Uma inspecção da Lisboagás detectou uma fuga no meu prédio e o
gás foi fechado. Solicitei os serviços de um técnico, mas este não detectou fuga alguma.
A empresa voltou, então, a ligar o gás”.
> C.S., Carnaxide: “Durante a reconversão, fizeram testes e disseram que estava tudo
bem. Mas, quando vieram substituir o contador, detectaram fugas na distribuição, liga-
ção aos aparelhos e válvula de corte à placa atrás do forno, dizendo que havia perigo
de explosão”.
> J.E., Santo António dos Cavaleiros: “Cinco anos após a reconversão, um vizinho meu
sentiu-se mal e contactou a Lisboagás, que detectou excesso de monóxido de carbono.
Fizeram mais testes e encontraram fugas, pelo que sugeriram uma canalização nova, pa-
ga pelos moradores”.
Tubos ligados
de forma,
no mínimo,
estranha
e que levam
a parte nenhuma:
um exemplo
do trabalho
da Lisboagás
Pincelar as juntas com água e sabão ajuda a No passado, o linho era usado como vedante.
detectar fugas, que o nosso inquérito provou A lei proíbe-o desde 1990, pois pode causar
existirem em inúmeras instalações fugas. Mas encontrámo-lo em muitas casas
PROTESTE 278 Março 2007 11
 passagem ao gás natural mau serviço da Lisboagás
>>
longo dos anos pela comunicação social
são testemunhos vivos.
> Das situações em que a Lisboagás disse
ter detectado uma fuga no prédio e aconse-
lhou inspecções extraordinárias, 40% dos
consumidores foram obrigados a fazer repa-
rações na sua instalação.
> Cerca de 18% das instalações que tiveram
rectificações após a operação registaram ex-
cesso de monóxido de carbono. Este é um
defeito muito grave, cujo risco varia com a
concentração, o tempo de exposição e a
resistência do organismo e, que, no limite,
pode levar à morte, algo que não é raro.
> No total, 22% dos inquiridos fizeram repa-
rações após a reconversão, mais de metade
dos quais em resultado da inspecção extra-
ordinária posterior à reconversão.
Extrapolando estes resultados para o núme-
ro de clientes da Lisbogás em 2001, que,
segundo a empresa, era de 214 846, verifi-
camos que mais de 46 800 famílias foram
obrigadas a rectificar o péssimo trabalho
desta distribuidora de gás. E, em cerca de
metade dos casos, pagaram mais de 300
euros. Mas quantos consumidores, que não
fizeram reparações, ainda estarão expostos
ao perigo?
SINAIS DE ALERTA EM CASA
Chame um técnico de imediato se:
> lhe cheirar a gás ou sentir dores de cabeça com frequência;
> a última inspecção tiver ocorrido há mais de cinco anos;
> o esquentador estiver por cima do fogão ou os tubos flexíveis
deste último apresentarem mais de quatro anos, marcas de enve-
lhecimento ou fissuras;
> o contador funcionar, mesmo que o fogão e o esquentador este-
jam desligados;
> as chamas do fogão e do esquentador forem amareladas;
> surgirem bolhas se pin-
celar com água e sabão
as juntas do contador,
as válvulas de corte aos
aparelhos e as juntas de
ligação.
Para saber se um técnico
é credenciado, peça que
exiba o respectivo cartão.
12 PROTESTE 278 Março 2007
Rip By XmosRips
CONSUMIDORES EXIGEM
> As inspecções que efectuámos a mais de 80 casas e os re-
sultados deste inquérito mostram que a Lisboagás continua a
expor muitos consumidores a riscos inaceitáveis. Para evitá-los,
bastaria ter cumprido a lei e as obrigações que assumiu ao assi-
nar o contrato de concessão com o Estado. Perante este cenário,
sucessivos governos e a Direcção-Geral de Geologia e Energia
(DGGE) têm preferido o silêncio de acções. Em 2001, face aos
resultados dos nossos estudos e às denúncias de várias entida-
des, o Primeiro-Ministro de então, António Guterres, prometeu,
na Assembleia da República, uma inspecção a todas as instala-
ções. Os consumidores ainda estão à espera.
> Exigimos inspecções e reparações a expensas da Lisboagás,
que teve recursos financeiros para fazer um bom trabalho e de-
volveu aos seus clientes riscos e encargos. Várias decisões arbi-
trais têm ido nesse sentido. Desde 1994, um despacho normati-
vo previa fundos de até 750 euros por habitação, bem como a
cobertura de despesas com a aquisição de materiais e equipa-
mentos, a instalação de tubagens e obras de construção civil.
> Os consumidores exigem uma inspecção rigorosa, realizada
por uma entidade independente, a todas as instalações recon-
vertidas. Mostram-se preocupados com a forma como são con-
troladas as entidades inspectoras e querem saber onde estão
os certificados de inspecção extraordinária, obrigatórios desde
2000. E deixam uma questão à DGGE: porque é que a Autorida-
de da Concorrência recomendou que o Instituto Tecnológico de
Gás deixasse de realizar inspecções, por conflito de interesses,
e este organismo continua credenciado para tal?
> Quanto ao monóxido de carbono, desde 2001 que exigimos
que seja considerado um defeito crítico. Em 2006, a DGGE gas-
tou milhões numa campanha sobre os perigos deste gás. Mas
a lei é omissa. Ora para resolver o problema de vez, enviámos
uma queixa ao Provedor de Justiça no sentido de ser declarada
a inconstitucionalidade da lei por omissão. O monóxido de car-
bono tem de passar a ser considerado um defeito crítico.
> O trabalho das entidades inspectoras deveria reger-se por uma
lista de verificações comum. Dado que não existe um modelo
uniforme, cada uma pode agir como bem entender.
> Comunicámos os resultados deste estudo à DGGE, ao Secre-
tário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor,
ao Ministro da Economia, ao Gabinete do Primeiro-Ministro, Jo-
sé Sócrates, e aos grupos parlamentares, na esperança de que
levem a sério os riscos a que estão sujeitos os consumidores.
Como é que o Estado tem permitido tamanho desrespeito pela
vida e os direitos de milhares de portugueses?
 dia mundial do consumidor Rip By XmosRips

entrevista ao secretário-geral da deco

A 15 de Março,
celebra-se o Dia
Mundial dos Direitos
do Consumidor.
“Está tudo por
fazer”, defende
Jorge Morgado,
secretário-geral
da DECO.
Há, pois, trabalho
de sobra para o
Governo. Em 2007,
continuaremos a ser
uma organização
forte, usando como
argumento o peso
de 300 mil famílias

“Está tudo por fazer”

Quais foram as principais
vitórias da DECO nos últimos
anos e, sobretudo, em 2006?
Aumentámos a capacidade
de influenciar a legislação.
Solicitam-nos pareceres
sobre iniciativas legislativas
com impacto na política
de consumo. As grandes
iniciativas legislativas inspiram-
-se em actos reivindicativos
nossos. Além disso, qualquer
que seja o partido no Governo,
não temos dificuldade em
falar com secretários de
Estado ou ministros. O diálogo
com a administração pública
acentuou-se, por sua iniciativa,
e do próprio Governo.
As grandes empresas querem
ter reuniões periódicas, para
melhorar as suas práticas.
Têm a ganhar com isso, pois
denunciamos e penalizamos
as empresas que desrespeitam
os consumidores.
Está em análise a alteração da
lei dos parques de campismo
e dos centros de inspecção
periódica, estudos de 2006.
Exacto. E há exemplos
anteriores. Na sequência do
nossos primeiros estudos de
segurança dos parques infantis
e lares de terceira idade, o
Governo criou um grupo de
trabalho.
Ao contrário da fiscalização, a
legislação tem-se modificado
e melhorado. Nos últimos 15
anos, temos conseguido que a
lei portuguesa seja moderna e
acompanhe a Europa.
Mas o Estado ainda não
assumiu um papel fiscalizador.
Um exemplo eficiente tem
sido a ASAE (Autoridade
de Segurança Alimentar e
Económica), que actua
e tem-se credibilizado.
A intervenção da DECO no
problema da Afinsa é um
exemplo de sucesso?
Os consumidores foram
claramente lesados.
As entidades estatais, que
podiam ter defendido a parte
mais fraca, disseram que
nada tinham a ver com o
assunto. Tentámos que fossem
ressarcidos de, pelo menos,
uma parte do capital investido.
Estamos convencidos de que
isso vai acontecer. Já existem
os primeiros sintomas de que
o Governo, o Banco de Portugal
e a Comissão do Mercado de
>>
PROTESTE 278 Março 2007 13

“Conflitos de
consumo, como
a Afinsa, não se
resolvem ao nível
nacional, daí ser
vital maior soli-
dariedade inter-
nacional entre as
associações „ Sim, a junção de esforços das
“Quando uma
associação de
consumidores
consegue negociar
com uma grande
empresa, sem
intervenção judicial,
é sinal de que a
sociedade civil está
no caminho certo „ exercendo o seu papel de
14 PROTESTE 278 Março 2007
>>
Valores Mobiliários irão criar lei
que evite a repetição de uma
situação destas. É uma dupla
vitória para a DECO.
Está-se a conseguir indemnizar
os lesados e, por outro, a
alterar o quadro legal.
Neste processo, houve uma
colaboração com a OCU.
associações de consumidores
europeias é fundamental para
atingir objectivos. A Afinsa é
um caso de colaboração com
a nossa congénere espanhola,
que está connosco na defesa
dos consumidores espanhóis
e portugueses.
Esta solidariedade internacional
advém do facto de se perceber
que alguns conflitos não se
resolvem ao nível nacional.
E no caso da EDP, não foi fácil?
Em 2005, a EDP preparava-se
para, de forma ilegal, contrariar
a lei dos serviços públicos, que
ajudámos a criar, cobrando
facturas já com três ou quatro
anos. A lei diz que só podem
ser cobradas verbas até seis
meses após o consumo.
Foi apenas após a nossa
intervenção que a EDP aceitou
cumprir a lei. Quando uma
associação consegue negociar
e entender-se com uma grande
empresa, sem intervenção
da justiça, é um atestado
de maioridade, sinal de que
a sociedade civil está a dar
passos no caminho certo.
Que balanço faz do que se
tem passado com a Entidade
Reguladora dos Serviços
Energéticos (ERSE)?
As autoridades reguladoras
prometiam muito, mas o que
está a acontecer?
As entidades reguladoras
devem ter credibilidade,
forma isenta. A ERSE é um bom
exemplo disso, pois corporizou
um modelo muito interessante,
em que os representantes dos
consumidores sentiram-
-se em plano de igualdade
com os representantes do
sector regulado. Nem sempre
tal acontece. A discriminação
positiva que a ERSE fez em
relação às associações de
consumidores foi interrompido
pelos últimos três governos,
que criaram um quadro
legislativo que reduziu o
espaço de manobra desta
entidade. O Governo mostrou-
-se admirado com o aumento
da electricidade em 15 por
cento. Foi um acto de cinismo:
atingiu-se aquele valor porque
as parcelas foram definidas
pelo Governo que, após
alguma contestação, o reduziu.
Foi uma mera arquitectura
financeira. Para a energia
ser mais barata, é preciso
Rip By XmosRips
Campistas em perigo
Lei incompleta e sem fiscalização.
No último estudo, 20 parques
foram chumbados. Alertámos os
leitores e todos os portugueses
através da comunicação social
alterar o quadro legal e só o
Governo, através da EDP, o
pode fazer. É preciso reduzir as
taxas inerentes à produção de
energias alternativas, que vão
para as autarquias.
Através do preço da
electricidade, estamos a
subsidiar as autarquias.
Quando tal for reduzido,
teremos energia a preço
mais justo, havendo aí a
possibilidade de a ERSE ter
novamente um papel regulador
interessante.
A lei das finanças locais é uma
das prioridades da DECO este
ano. O que se pretende fazer?
O quadro legislativo das
finanças locais foi alterado no
sentido correcto, dado que
responsabiliza as câmaras
pelas suas receitas e despesas.
O risco é que, se não existir
uma participação local ao nível
das assembleias municipais,
 dia mundial do consumidor entrevista ao secretário-geral da deco
Rip By XmosRips

energia, onde participarão

www.deco.proteste.pt
Entrevista
completa
no nosso sítio
alguns executivos camarários
possam ser tentados a criar
mais taxas não justificáveis.
A DECO pretende ser a voz
da consciência, para que os
consumidores estejam activos
na avaliação destas situações.
Em 2007, o que se prevê fazer?
Vamos dar a cara por duas
acções contra organismos
que representam decisões
de grande interesse para
o consumidor. Depois, em
conjunto com a Agência
Nacional de Energia,
realizaremos uma campanha
de utilização racional de
várias associações de
consumidores europeias.
Em relação a questões, como
a cobrança do estacionamento,
continuaremos a pressionar
o Governo. Por exemplo,
este deveria ter um papel
interventivo junto das câmaras,
e estas com as empresas
municipais de estacionamento.
Queremos avançar com
um projecto piloto com a
Misericórdia de Lisboa, para
emigrantes das ex-colónias e
de leste, para os formar na
área da defesa do consumidor.
E, actualmente, o que falta
conseguir?
A melhoria da qualidade
da prestação do serviço do
Serviço Nacional de Saúde
(SNS), uma conquista da
democracia, e que não é
substituível por nenhum
sistema privado de saúde.
Os centros de saúde não
podem ser só unidades de
tratamento, mas também
A PALAVRA AOS LEITORES
> Afinsa, centros de inspecção, aumento da electricidade, alimenta-
ção nas creches e pontos negros nas estradas foram alguns dos as-
suntos mais presentes em 2006 nas nossas revistas. Mais de 5 mil
contactos referiram-se só ao caso da Afinsa.
> Em 2006, o nosso Serviço de Informações teve uma procura que
se traduziu em mais de 200 mil contactos, realizados por carta, cor-
reio electrónico e telefone. A compra e venda continua a ser a dúvi-
da mais recorrente. No total, realizámos 4279 intervenções junto de
inúmeras empresas, para resolvermos os problemas dos associados.
Para tal, faça-nos chegar as suas questões.
> Em defesa do consumidor, e fazendo jus aos seus direitos, procla-
mados no primeiro Dia Mundial do Consumidor, há mais de 30 anos
que temos vindo a agir no sentido de que as medidas que colidam
com os direitos dos consumidores sejam alteradas e discutidas.
Cada vez mais procurados pelos consumidores
209 791
174 877
150 491
139 678
90 749
2002 2003 2004 2005 2006

“O Sistema de prevenção. Tal será uma

Nacional de Saúde,
conquista da
democracia, não
é substituível por
sistemas privados „ qualidade da habitação. P
viragem interessante.
Top das dúvidas mais frequentes
1 Compra e venda 6 Trabalho
A melhoria dos transportes
2 Serviços em geral 7 Seguros
colectivos, da organização 3 Impostos Televisão por cabo
8
das cidades e das barreiras 4 Telefone fixo e móvel 9 Garantias de imóveis
arquitectónicas são motivos 5 Condomínio 10 Crédito bancário
de reivindicação, bem como a
Revistas mais apreciadas em 2006

PRO TESTE DINHEIRO & DIREITOS TESTE SAÚDE

n.º 269, Maio n.º 75, Maio n.º 60, Abril

Todos os meses enviamos questionários aos nossos associados, pa-

ra avaliar o interesse e a legibilidade das revistas e dos guias que
editámos. Para escrevermos artigos mais úteis e interessantes, aju-
de-nos com as suas opiniões e sugestões.

PROTESTE 278 Março 2007 15

 DIREITO DOS CONSUMIDORES À MOBILIDADE Rip By XmosRips

Um passo para
a mobilidade amigável
Na luta por estradas seguras, transportes públicos eficientes
e passageiros protegidos, obtivemos algumas vitórias.
Mas fica por conquistar o interesse do Governo
Durante o ano passado, temas ções de formação com instru- Em defesa Na sequência deste estudo, a
como a segurança rodoviária, a tores e publicámos um folheto do consumidor móvel DECO pediu ao então Instituto
circulação dos peões, os direi- sobre os equipamentos de se- > Em 12 meses, publicámos cer- do Consumidor para analisar os
tos dos passageiros ou os obs- gurança automóvel. ca de 30 artigos. Alguns obtive- casos de eventual publicidade
táculos de quem sofre de mobi- Recentemente, negociámos a ram grande projecção mediática enganosa. Enviámos ainda as
lidade condicionada encheram possibilidade dos nossos as- e política. Mas, na maioria dos conclusões ao Parlamento e Co-
as páginas das nossas revistas. sociados poderem ter aulas de casos, as entidades visadas missão Europeia. Em resposta,
Este foi o resultado de um ano condução defensiva com con- confinaram-se ao silêncio, igno- esta última limitou-se a exigir
dedicado aos consumidores dições especiais (ver pág. 37 rando os nossos alertas. uma maior transparência nas
móveis e a um dos grandes desta edição). > Em Maio último, por exemplo, taxas cobradas. Face a um pro-
desafios do futuro: o desenvol- Alertámos as entidades go- divulgámos que a maioria das blema comum a toda a Europa,
vimento e a gestão de uma mo- vernamentais para as defici- agências e transportadoras a posição desta instituição é
bilidade mais amigável. ências das infra-estruturas e aéreas não apresentava o pre- insuficiente e deixa desprotegi-
Num país com um dos mais da via pública, e procurámos ço total das viagens de forma dos os passageiros aéreos.
elevados números de acidentes sensibilizar a população pa- clara. Em regra, era apenas pu- > Também os utilizadores dos
na estrada, a segurança rodo- ra um uso racional do carro. blicitada a tarifa-base. O valor comboios têm sido esquecidos.
viária mereceu-nos particular Lançámos ainda um desafio anunciado ficava muito aquém A lei nacional, com mais de 30
atenção. Enquanto associação aos consumidores: denunciar do custo real (por não incluir anos, não assegura os direitos
de consumidores, promovemos os pontos negros das estradas, taxas e encargos), impedindo dos passageiros dos serviços
práticas para uma condução preenchendo, para tal, um for- o consumidor de comparar as ferroviários. É essencial, por
mais segura e responsável. mulário que disponibilizámos ofertas dos vários operadores e exemplo, que a transportado-
Neste sentido, organizámos ac- no nosso sítio da Net. fazer a escolha mais adequada. ra seja responsabilizada em

16 PROTESTE 278 Março 2007

 Rip By XmosRips

OPINIÃO DE 16 MIL CIBERNAUTAS

Entre Abril e Outubro do ano passado, pedimos aos consu- Vantagens
midores que visitaram o nosso sítio da Internet (www.deco.
proteste.pt), para se pronunciarem sobre o tema da mobili-
dos transportes públicos
dade. Para isso, lançámos quinzenalmente, na página prin- 4%
6% Segurança
cipal do sítio, uma pergunta sob a forma de sondagem. Flexibilidade
Objectivo: saber, por exemplo, se concordavam com a pre-
sença de sistemas de vídeovigilância nos transportes públi- 17%
cos, com o Dia Europeu sem Carros ou se estariam dispos- Rapidez 42%
Preço
tos a comprar um carro híbrido.
Feitas as contas, cerca de 16 mil cibernautas colaboraram
na nossa sondagem. Apresentamos-lhe aqui as três per-
guntas que mereceram mais respostas dos nossos leitores.
Desde já, agradecemos a sua colaboração.
31%
Não ter de estacionar

Obstáculos Causa dos acidentes

à circulação do peão nas estradas
2%
2% 5% Comportamento
5% Falta de semáforos Traçado dos peões
Falta de 5% das vias
passadeiras 38% Sinalização
Comportamento do trânsito
perigoso dos
condutores 10%
25% Conservação
Caminhos das vias
ou passeios
irregulares

caso de perda da bagagem ou 30% 78%

de atraso. A proposta europeia Ausência ou passeios Comportamento
ocupados dos condutores
para uma regulamentação dos
direitos destes passageiros na
União Europeia poderá solucio-
nar estas lacunas, uniformizan-
do ao nível comunitário as nor-
mas e indemnizações associa-
das. Mas desconhece-se quan-
do entrará em vigor e quanto
tempo terá o Estado português
para se adaptar. Entretanto, fi-
zemos chegar as nossas reivin-
dicações junto do Ministro das
Obras Públicas, Transportes e
Comunicações, ao Secretário
de Estado do Consumidor e aos
eurodeputados portugueses no
Parlamento Europeu. Até ao
momento, não houve qualquer
Questionámos os nossos leitores sobre os temas mais interessantes em 2006. As viagens aéreas, acidentes de
reacção: a carruagem da mo- viação, seguro automóvel, equipamentos de segurança e inspecções periódicas encabeçam a lista das prioridades
dernização continua parada.
>>
PROTESTE 278 Março 2007 17
 direito dos consumidores à mobilidade
Rip By XmosRips

MOBILIDADE MÁXIMA NO NOSSO PORTAL

Para os nossos ciberleitores acompanharem melhor os nossos ar- Aí, reunimos toda essa informação, disponibilizando ainda três
tigos e acções sobre mobilidade, criámos um canal específico no simuladores e o formulário de denúncia dos pontos negros das
nosso sítio da Net (www.deco.proteste.pt). estradas. Em seis meses, o canal recebeu quase 30 mil visitas.

>>
Governo não protege
os condutores
> A segurança rodoviária de-
pende, em parte, das boas
condições dos pneus e da sua
correcta pressão. Testámos,
por isso, 106 manómetros para
medir a pressão. Apenas três
cumpriam todos os requisitos
legais: marcas de aprovação do
modelo, de verificação periódi-
ca, pontos de selagem e leitu-
ras dentro do limite permitido.
Comunicámos estas conclusões
Depois de todos os nossos alertas, o silêncio
e a inacção do Governo são preocupantes
à Autoridade de Segurança Ali-
mentar e Económica (ASAE),
ao Instituto Português de Qua-
lidade e Secretaria de Estado
do Consumidor. Mais de sete
meses após a publicação do
estudo, só a ASAE se manifes-
tou no sentido de incluir a fis-
calização destes equipamentos
na sua agenda. O silêncio do
Governo demonstra a falta de
preocupação em resolver as
deficiências de equipamentos
que são meios de diagnóstico
para os automobilistas.
> Cenário idêntico verifica-se
com os centros de inspecção
periódica. Em Setembro último,
denunciámos o mau funciona-
mento de 30 centros. Para im-
pedir que continuem a fechar
os olhos às falhas técnicas,
exigimos uma revisão da legis-
lação do sector e uma melhoria
da formação dos inspectores.
Uma fiscalização mais eficiente
também contribuiria para um
maior rigor, mas, para já, nada
foi feito. Apenas o Instituto do
Consumidor reagiu, pedindo
mais informações sobre o estu-
do. Manifestou ainda interesse
num trabalho conjunto com o
objectivo de se alterar a actual
legislação. Já a Direcção-Geral
de Viação continua de braços
cruzados, deixando impune a
ineficácia destes centros.
CONSUMIDORES EXIGEM
> Cerca de 16 mil cibernautas colaboraram na sondagem on-line,
demonstrando estar atentos aos problemas. Transportes públi-
cos pouco eficientes, falta de estacionamento, condução perigo-
sa, estradas mal conservadas e dificuldades na circulação dos
peões são disso exemplo. Mas, se, nalguns casos, estes podem
ser minimizados com a ajuda do consumidor, é indispensável
que o Governo os veja como prioritários e defina uma linha de
acção rápida e concertada.
> Alertámos o público e as entidades responsáveis para a urgên-
cia de medidas eficazes. São o caso do Ministério das Obras Pú-
blicas, Transportes e Comunicações, da Secretaria de Estado do
Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, do Instituto do Con-
sumidor, do Ministério da Administração Interna e da Direcção-
Geral de Viação. O silêncio e a ausência de respostas reflectem
uma inadmissível falta de interesse. Não podem fechar os olhos
à realidade. É imprescindível modernizar a lei dos transportes e
intensificar a fiscalização dos serviços e entidades que têm uma
quota-parte de responsabilidade na segurança rodoviária.
> Na luta por estradas seguras, transportes eficientes e passa-
geiros protegidos, obtivemos algumas vitórias. Mas muito fica
por conquistar. Feito o balanço da acção de um ano dedicado
à mobilidade, lançámos um novo apelo ao Governo. À data de
fecho desta edição, já tínhamos enviado aos ministérios compe-
tentes um dossiê reivindicativo com as conclusões dos nossos
estudos. Continuamos a aguardar por medidas que respondam
às preocupações dos consumidores móveis.

18 PROTESTE 278 Março 2007


Oito acusam benzenos
Analisámos 15 refrigerantes e detectámos benzeno, uma substância cancerígena,
em oito. Os valores não são preocupantes, mas os fabricantes devem evitar
a sua formação, alterando a fórmula de fabrico
AMOSTRAS TESTADAS COM BENZENO
Os benzenos são usados na
indústria química, encontrando-
-se, por exemplo, na gasolina.
Chegam ao nosso organismo,
sobretudo, por inalação, tendo
como grandes fontes o ar po-
luído e o fumo dos cigarros.
Alguns alimentos e bebidas, em-
bora, em menor grau, também
contribuem para aumentar a
nossa dose destas substâncias
potencialmente cancerígenas.
A Food and Drug Administra-
tion, organismo norte-americano
que regula os alimentos e os
medicamentos, tem encontra-
do benzeno em refrigerantes.
Para conhecer a situação em
Portugal, testámos 15 produ-
tos susceptíveis de contê-los.
Oito acusaram a sua presença,
embora em quantidade inferior
ao máximo recomendado pela
Organização Mundial de Saúde
para a água (10 microgramas
por litro). No caso dos refrige-
rantes, não há limites fixados.
Os valores que detectámos não
são preocupantes, mas represen-
tam mais uma fonte de benzeno
para o nosso organismo.
Tratando-se de uma substância
cancerígena, a precaução man-
da que limitemos a exposição
ao mínimo indispensável, sobre-
tudo, no caso das crianças.
Ora, os refrigerantes não entram
nestes mínimos, até porque é
possível produzi-los sem ben-
zeno. Para tal, basta os fabri-
cantes não usarem o ácido ben-
zóico e derivados (benzoatos)
em produtos com sumo de fruta
ou ácido ascórbico (vitamina C).
Os primeiros são conservantes
e podem ser indicados na lista
de ingredientes sob os códigos
E210 a E214. O ácido ascórbico
está presente nalguns frutos,
mas também pode ser adicio-
nado, como antioxidante (E300).
Ambos servem para prolongar a
vida dos alimentos.
O benzeno surge mais facilmen-
te quando os produtos estão
à luz e ao calor. O açúcar, por
sua vez, inibe a sua formação.
Por isso, as bebidas ditas light
são mais susceptíveis de terem
benzeno do que as açucaradas.
Rip By XmosRips
refrigerantes
AMOSTRAS TESTADAS SEM BENZENO
Os fabricantes não
devem usar estes
dois ingredientes
em conjunto.
Podem levar
à formação
de benzeno
CONSUMIDORES EXIGEM
> É possível e fácil evitar a formação de benzeno nos refrigeran-
tes. Para tal, os fabricantes não devem usar, na mesma bebida,
ácido benzóico ou derivados (benzoatos) e ácido ascórbico ou
sumo de fruta. Para maior segurança, importa eliminar os pri-
meiros, já que podem causar, por exemplo, reacções alérgicas e
irritações gástricas nalgumas pessoas.
> Os consumidores exigem ainda a fixação de um limite legal de
benzeno para os produtos susceptíveis de contê-lo. Neste senti-
do, enviámos as nossas conclusões à Autoridade de Segurança
Alimentar e Económica e solicitámos a regulamentação da maté-
ria ao Ministério da Economia. Esperamos que actue.
PROTESTE 278 Março 2007 19
 máquinas fotográficas digitais
compactas, semiprofissionais e reflex
Resolução não é tudo
Testámos 48 modelos, dos quais 25 são novos.
A qualidade óptica das lentes e a distância focal
são aspectos essenciais na escolha
> O mundo das máquinas foto-
gráficas digitais está em cons-
tante evolução, com os fabri-
cantes a renovarem as respecti-
vas gamas à velocidade da luz.
A grande aposta continua a ser
o aumento da resolução, sem
dúvida um dos grandes argu-
mentos de venda.
> Mas, antes da compra, convém
definir as suas necessidades.
No quadro, encontra três tipos
de máquinas, cada uma indicada
20 PROTESTE 278 Março 2007
para um perfil de utilizador.
As compactas são leves, fáceis
de transportar e ideais para
quem quer um aparelho sim-
ples de utilizar. As semiprofis-
sionais, mais versáteis e com
diversas regulações manuais,
são indicadas para quem pre-
tende ter algum controlo sobre
o resultado das fotografias.
Por fim, as reflex que, além
de uma grande versatilidade
devido ao leque variado de
Rip By XmosRips
regulações manuais, permitem
usar diferentes lentes como,
por exemplo, uma macro para
fotografar motivos de pequenas
dimensões.
> O visor ocular tende a desapa-
recer das máquinas compactas.
Contudo, a utilização exclusiva
do ecrã LCD tem inconvenientes.
De facto, se quiser fotografar
num local com luz do sol forte
irá sentir grandes dificuldades
para ver bem o que está no
ecrã. Além disso, o LCD conso-
me muita bateria, pelo que não
convém usá-lo quando se vai
fazer muitas fotos e não se tem
uma bateria extra.
> Se gosta de fotografar mo-
numentos, paisagens ou gru-
pos de pessoas, deve, ainda,
dar atenção à distância focal
mínima. Regra geral, só se li-
ga ao valor máximo, indicador
de quanto se pode aproximar
o motivo. Mas o valor mínimo
permite enquadrar uma área
maior na foto.
> Um estabilizador óptico de
imagem permite corrigir even-
tuais tremores da mão do uti-
lizador, reduzindo as probabi-
lidades de se obter fotos des-
focadas. A presença daquele é
mais importante em aparelhos
com um zoom óptico elevado
(acima dos 300 mm, por exem-
plo) e quando se fotografa em
locais com pouca luz sem usar
o flash.
> Uma característica importante
nas reflex é a troca de lentes.
Quando se procede a esta ope-
ração poderá entrar pó para o
sensor que originará pontos ne-
gros nas fotos. Para evitar este
problema, alguns aparelhos es-
tão equipados com um sistema
automático para remover o pó
do sensor.

IMAGENS DE QUALIDADE
Na altura de escolher um apare-
lho, a resolução não é o principal
factor a ter em conta. De facto,
os 4,9 megapixeis da Panasonic
Lumix DMC-TZ1, o valor mais bai-
xo dos aparelhos que testámos, é
suficiente para a maioria dos uti-
lizadores. Excepção: se costumar
imprimir fotografias num formato
superior ao A3.
Além disso, uma resolução eleva-
Compactas
Fujifilm FinePix F30
Semiprofissionais
Sony Cyber-shot DSC-H5
Reflex (SLR)
Sony 100 e SAL 18-70mm DT
Rip By XmosRips
da não é sinónimo de boa quali-
dade, pois, por vezes, as fotogra-
fias são afectadas por ruído ou Com luz fraca
e lente pouco
distorções.
sensível à luz:
A qualidade óptica das letes in- as fotos ficarão
fluencia mais a qualidade da ima- com ruído (em
gem do que a resolução. baixo), ou seja,
aparece grão
Quanto maior for a sensibilidade na imagem
da lente à luz, menores são as
probabilidades de se obter fotos
desfocadas ou com ruído.
Canon Powershot A630 Samsung Digimax i6 PMP Samsung Digimax S500
Panasonic Lumix DMC-FZ7 Olympus SP-510UZ
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Teste completo, guia
de compras e os 1503
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Olympus E-500 e 14-45mm
PROTESTE 278 Março 2007 21
 Rip By XmosRips

M Melhor do Teste
MÁQUINAS FOTOGRÁFICAS DIGITAIS: CARACTERÍSTICAS E RESULTADOS DO TESTE
N Escolha Acertada
L Escolha Económica CARACTERÍSTICAS RESULTADOS DOS TESTES
A Muito bom

Estabilizador de imagem óptico

Qualidade de imagem
B Bom Memória (4)
(modo automático)

Distância focal (equivalente

Resolução máxima medida
C

Qualidade do monitor LCD

Médio

Outras possibilidades (6)

Tamanho do ecrã LCD (2)
D

Qualidade da gravação
Medíocre

Baterias recarregáveis

Qualidade de imagem
reprodução das cores

focagem automática
cartões compatíveis
E

ao formato 35 mm)
Mau

em modo manual
n.a. Não se aplica fornecida

Visor ocular (3)

(capacidade

(megapixeis)

e carregador

teste prático
em MB)

Volume (2)

de vídeo
nitidez
Marca e modelo

Flash
ruído
Compactas
Fujifilm FinePix F30 6.1 36 - 108 J JJJJ int - 10 xD V G A B C A C B C B B
novo Canon Powershot A630 8.0 35 - 140 JJJ JJJJ A MMC - 16 SD, MMC F,G B C B C B BFC C C B
novo Panasonic Lumix DMC-LX2 10.0 28 - 112 JJJ JJJJ V int - 13 SD V F,G A C B B B BFC D C C
Samsung Digimax i6 PMP 6.0 39 - 117 J JJJJ SD - 512 (5) SD V E A B B B B B BFC C B
novo Canon Powershot G7 10.0 35 - 210 JJJ JJJJ V A SD - 32 SD V F,G B C C C B BFC C C B
novo Canon Digital Ixus 850 IS 7.1 28 - 105 J JJJJ V A SD - 16 SD V B C C C C BFC BFC C B
novo Nikon Coolpix S10 5.9 38 - 380 J JJJJ V int - 16 SD V B B C A C B C D B
Panasonic Lumix DMC-TZ1 4.9 35 - 350 JJ JJJJ V int - 13 SD V B C C D C BFC BFC B B
novo Canon Digital Ixus 900 Ti 10.0 37 - 111 J JJJJ A SD - 32 SD V A C C D C BFC BFC C B
novo Sony Cyber-shot DSC-N2 10.0 38 - 114 J JJJJJ int - 25 MS Duo V D,G A C C C C BFC D C B
novo Panasonic Lumix DMC-FX07 7.1 28 - 102 J JJJJ V SD - 16 SD V A C C D C BFC BFC C C
Nikon Coolpix P4 8.0 36 - 126 JJ JJJJ V int - 23 SD V G A C C C B BFC BFC B B
Panasonic Lumix DMC-LZ5 6.0 37 - 222 JJ JJJJ V int - 14 SD B B B D C BFC BFC D B
novo Sony Cyber-shot DSC-T10 (1) 7.1 38 - 114 J JJJJ V int - 56 MS Duo V B B C C B BFC D C B
Casio Exilim EX-Z1000 10.0 38 - 114 J JJJJJ int - 8 SD V F A D C C C BFC D C C
novo Pentax Optio W20 7.1 38 - 114 JJ JJJJ int - 22 SD V F B C C B B BFC C D B
Nikon Coolpix L3 5.0 38 - 116 J JJ int - 23 SD C C C A C BFC BFC C C
novo Sanyo Xacti VPC-S7 (1) 7.1 38 - 114 J JJJJ int - 23 SD F B B C A C BFC C D B
novo Olympus μ725SW 7.1 38 - 114 J JJJJ int - 19 xD V C C C B B C D C B
Samsung Digimax S500 5.0 35 - 105 JJ JJJJ int - 20 SD B B C B B BFC CFD C B
novo Samsung NV10 10.0 35 - 105 J JJJJ int - 20 SD V G A B C B C B D C B
Fujifilm FinePix V10 (1) 5.0 38 - 130 J JJJJJ xD - 16 xD V C C B A B BFC C C B
novo Nikon Coolpix L5 7.1 38 - 190 JJJ JJJJ V int - 8 SD B D C C B BFC C D B
novo Olympus μ750 7.1 36 - 180 J JJJJ V xD - 256 (5) xD V B C C B C BFC D D B
novo HP Photosmart M627 7.0 38,5 - 106 JJ JJJJ int - 16 SD V C B C B C BFC CFD D B
novo Olympus FE-190 5.9 38 - 114 J JJJJ int - 23 xD V B B C A B C D C C
novo Casio Exilim EX-Z700 7.1 38 - 114 J JJJJ int - 8 SD V F B C C B C BFC CFD C C
Sony Cyber-shot DSC-S500 (1) 6.0 32 - 96 JJ JJJJ int - 25 MS Duo B D C D C C D D B
novo Kodak EasyShare C875 8.0 37 - 185 JJ JJJJ int - 28 SD F,G B B C D D BFC CFD C B
Kodak EasyShare C533 5.0 37 - 111 JJ J A int - 10 SD C C C D C C CFD D B
Semiprofissionais
Sony Cyber-shot DSC-H5 (1) 7.1 36 - 432 JJJJJ JJJJJ V B int - 30 MS Duo V F,G A C B B B B CFD B B
novo Panasonic Lumix DMC-FZ50 10.0 35 - 420 JJJJJ JJ V B SD - 32 SD V F,G A C C B B BFC D C B
Panasonic Lumix DMC-FZ7 6.0 36 - 432 JJJJJ JJJJ V B SD - 16 SD V F,G B C C C C BFC BFC C B
novo Fujifilm FinePix S6500fd 6.1 28 - 300 JJJJJ JJJJ B int - 10 xD F,G B B C A B B CFD C A
Samsung Digimax Pro 815 8.0 28 - 420 JJJJJ JJJJJ B CF - 64 CF V F,G C C C A C BFC D C A
Kodak EasyShare P712 7.1 36 - 432 JJJJJ JJJJ V B int - 28 SD V F,G B B B B B BFC C C B
Canon Powershot S3 IS 6.0 36 - 432 JJJJ JJ V B SD - 16 SD F,G B C C D B BFC BFC C B
novo Olympus SP-510UZ 7.1 38 - 380 JJJJ JJJJ B int - 22 xD F,G C A C A B BFC C C B
novo Kodak EasyShare Z710 7.1 38 - 380 JJJJ JJJ B int - 28 SD G B B C C C C CFD D C
Reflex (SLR)
Sony 100 e SAL 18-70mm DT 10.0 36 - 140 JJJJJ JJJ V C CF, MS Duo V F,G,H A C C B C BFC n.a. C B
Olympus E-500 e 14-45mm 8.0 28 - 90 JJJJJ JJJ C CF, xD V F,G,H A D C B B BFC n.a. B B
novo Nikon D80 e AF-S DX 18-70mm 10.0 27 - 105 JJJJJ JJJ C SD V F,G A C C C C BFC n.a. C B
Nikon D70s e AF-S DX 18-70mm 6.0 27 - 105 JJJJJ J C CF V F,G B C C C B BFC n.a. B B
Canon EOS 30D e 18-55mm EF-S II 8.2 29 - 88 JJJJJ JJJJ C CF V F,G B C C B C BFC n.a. B C
Pentax K100D e Pentax DA 18-55mm 6.0 27 - 82,5 JJJJJ JJJ V C SD F,G,H B C C C C BFC n.a. C B
Olympus E-330 e 14-55mm 7.4 28 - 90 JJJJJ JJJ C CF, xD V F,G,H B C C C C BFC n.a. B B
Samsung GX 1L e Schneider 18-55mm 6.0 27 - 82,5 JJJJJ JJJ C SD F,G B C C C C C n.a. C B
novo Canon EOS 400D e 18-55mm EF-S II 10.1 29 - 88 JJJJJ JJJJ C CF V F,G,H A D C C C C n.a. C C

22 PROTESTE 278 Março 2007

 máquinas fotográficas digitais compactas, semiprofissionais e reflex
Rip By XmosRips

DISTÂNCIA FOCAL
28 mm
Facilidade de utilização

PREÇO (€) Dada a diferença

Dezembro no tamanho dos
APRECIAÇÃO GLOBAL
de 2006 sensores, a distância
(entre… e…)
focal indicada é vaga.
No exemplo ao lado
a correspondência
ao formato 35mm
100

38 mm
difere bastante:
0

36-140mm, na Sony,
e 27-105mm,
B B 304,00 - 399,80 Se gosta de fotografar paisagens ou
na Nikon
monumentos, dê atenção à distância focal
B B 299,00 - 369,00 mínima. Na foto mostramos a diferença entre
B B 479,00 - 589,00 os dois valores extremos
C B 299,00 - 329,00
B B 518,00 - 599,00
B BFC 399,00 - 499,00
C BFC 399,00 - 469,00
B BFC 334,00 - 429,00 REPRESENTANTES ESCOLHA ACERTADA
B BFC 468,00 - 549,00
CANON 21 324 28 30
B BFC 361,50 - 459,82 www.canon.pt > Das máquinas compactas testadas, a Fujifilm FinePix F30 (entre
B BFC 364,00 - 450,00 CASIO/PENTAX 21 312 28 00 € 304,00 e € 399,80) é a Melhor do Teste. Este aparelho es-
C BFC 399,00 - 479,00 www.beltraocoelho.pt
tá equipado com lentes de qualidade, que melhoram a sen-
B BFC 239,00 - 299,00 FUJI 22 619 42 00 sibilidade à luz, e algumas regulações manuais. Para a atri-
B BFC 341,95 - 409,00 www.fujifilm.pt
buição da Escolha Acertada, além do preço, tivemos em conta
C BFC 358,00 - 499,00 HP 21 482 85 00 as possibilidades propostas por cada aparelho. Assim, se é
www.hp.pt
C BFC 189,00 - 283,00 daquelas pessoas que prefere um modelo com diversas fun-
B BFC 149,00 - 229,00 KODAK 21 414 76 00
www.kodak.pt ções manuais, a Canon Powershot A630 (entre € 299 e € 369)
C BFC 182,00 é a melhor opção. Os principais inconvenientes deste apa-
NIKON 21 386 62 09
C BFC 359,00 - 459,80 www.nikon-dpi.com relho são o volume e não vir equipado com pilhas recar-
C BFC 129,00 - 184,90 regáveis e carregador, pelo que terá de gastar cerca de
OLYMPUS 22 999 98 00
C BFC 360,00 - 399,00 www.olympus.pt € 35 para os comprar. Caso prefira um aparelho que funcione
B BFC 299,00 - 399,00 PANASONIC 21 424 53 00 bem em modo automático, a escolha deverá recair na Samsung
C BFC 269,00 - 359,00 www.panasonic-sonicel.com Digimax i6 PMP (entre 299 e 329 euros). Este modelo, peque-
C BFC 359,00 - 449,00 SANYO 21 925 45 00 no e fácil de transportar, pode ainda ser utilizado como leitor
C C 135,00 - 159,15 www.sanyo.pt de MP3 e de vídeo. Por fim, com uma qualidade razoável e um
C C 169,00 - 229,90 SAMSUNG 21 010 11 50 preço interessante, a Samsung Digimax S500 (entre € 129,00 e
D C 234,90 - 359,00 SONY 21 891 20 00 € 184,90) recebe o título de Escolha Económica. Como só traz
www.sony.pt duas pilhas alcalinas, terá de comprar um carregador e pilhas
C C 129,00 - 184,90
D C 256,35 - 315,00 recarregáveis em separado.
C C 155,00 - 179,00
(1) Modelo em fase final > Dos aparelhos semiprofissionais testados, a Sony Cyber-Shot
de comercialização.
B B 461,00 - 549,42
DSC-H5 (entre € 461,00 e € 549,42) é a Melhor do Teste. Ao ter-
(2) Quanto mais J, maior mos em conta o preço, atribuímos o título de Escolha Acertada
B B 646,00 - 659,00 é o aparelho ou o visor.
à Panasonic Lumix DMC-FZ7 (entre € 408 e € 499), que tem um
B B 408,00 - 499,00 (3) Tipo de visor ocular:
A = óptico; bom desempenho em diferentes condições de luz. A Olympus
B B 445,00 - 499,00
B = LCD; SP-510UZ (entre € 278,30 e € 379,00), embora de qualidade um
B B 875,00 C = óptico SLR.
pouco inferior, tem um preço interessante recebendo, por isso, o
B B 408,80 - 519,90
(4) Tipo de memória: título de Escolha Económica. Este modelo, ao contrário dos ante-
B B 469,00 - 549,00 int = interna do aparelho;
CF = Compact Flash; riores, não tem estabilizador de imagem óptico. Este é importan-
D BFC 278,30 - 379,00
MMC = Multimedia Card; te nestas máquinas por terem uma distância focal elevada.
D C 258,00 - 360,99 MS = Memory Stick;
MS Duo = Memory Stick Duo;
SD = Secure Digital; > Por fim, no grupo das reflex, o título de Melhor do Teste coube à
B B 859,00 - 1099,00 xD = Extreme Digital.
Sony Alpha com a lente SAL 18-70mm DT (entre 859 e 1099 euros).
B B 777,00 - 919,00 (5) Estes aparelhos também têm uma Este aparelho possui um estabilizador de imagem óptico e um
B B 1 128,00 - 1399,00 memória interna de 45 (Samsung) e 19
MB (Olympus). sistema para remover o pó do sensor. O título de Escolha Acerta-
A B 1 179,00 - 1399,90 da é atribuído à Olympus E-500, vendida com a lente 14-45mm
(6) Outras possibilidades:
A BFC 1 489,00 - 1 699,00 D = ecrã táctil; (entre 777 e 919 euros). Esta máquina destaca-se pela nitidez
B BFC 749,00 - 794,00 E = leitor de MP3 e vídeo; das fotos, ausência de ruído, bom desempenho na focagem au-
F = focagem manual contínua;
B BFC 1 090,00 - 1 190,00 G = modo de prioridade à abertura do tomática e qualidade do ecrã LCD. Também possui um sistema
B BFC 699,00 - 769,00 diafragma e à velocidade de obturação; para remover o pó do sensor.
H = sistema de remoção automática
B BFC 861,00 - 999,00 de pó do sensor.

PROTESTE 278 Março 2007 23

 teste de colisão
Rip By XmosRips

volkswagen fox

Segurança de primeira e de segunda

O Volkswagen Fox mais vendido
no Brasil põe em risco a vida do
condutor. A versão europeia é segura

O Brasil tem o exclusivo mun- que simboliza risco mortal para

dial no fabrico do Volkswagen
Fox. Mas, ao contrário do que
acontece na Europa, no merca-
do brasileiro, o Fox é vendido
sem equipamento de seguran-
ça importante de série.
Não é admissível que os fabri-
cantes de automóveis diferen-
ciem os níveis de segurança
mínimos consoante o país. Na-
da justifica que se ponha em
risco a vida dos consumidores.
Para ter um carro mais seguro,
um brasileiro tem de pagar os
seguintes equipamentos de se-
gurança à parte: airbags, cintos
com pré-tensores e limitadores
de tensão e um aviso sonoro
para apertar o cinto. No teste
de colisão, o Fox vendido na
Europa recebe, no total, quatro
estrelas para a segurança dos
adultos, o máximo registado
até hoje nesta categoria. O car-
ro brasileiro tem 1,5 estrelas,
os passageiros adultos. Apli-
cando o protocolo Euro NCAP à
versão brasileira, há muito que
não nos confrontávamos com
resultados tão negativos, o que
se deve ao facto de a versão
base ser vendida sem elemen-
tos de segurança essenciais. Al-
go que, tal como se demonstra
neste teste, faz a diferença. RESULTADOS DO TESTE FRONTAL
No Fox vendido no Brasil, a
cabeça do condutor embate VW Fox Brasil (*)
no volante ao nível do queixo
e das sobrancelhas e a nuca
sofre uma pressão excessiva.
O peito do condutor bate no
volante e recebe uma pressão
perigosa do cinto de segurança
(aliás, tal como sucede também
com o passageiro). Os joelhos
do condutor chocam com a co-
luna da direcção, desprotegida.
As forças exercidas na cabeça
do passageiro são menos gra-
ves que no condutor. (*) Resultado obtido ape-
nas com base no choque
frontal. Apesar de não ter
sido organizado pela Euro
NCAP, seguimos o seu
protocolo e mantivemos
a mesma apresentação e

> UM MODELO, DOIS TESTES simbologia (estrelas), para

melhor comparar.

Em Julho de 2006, a nossa organização congénere no Bra- Cintos de segurança

sil (Proteste), comprou anonimamente um Volkswagen Fox. (pré-tensores e limitadores ✘
Este automóvel foi submetido ao teste de colisão frontal, se- de tensão
guindo o protocolo utilizado pela Euro NCAP para o mesmo Airbags ✘
teste: um choque a 64 km/h contra uma estrutura deformável. Aviso para apertar os cintos ✘
Os resultados do teste frontal são limitativos: mesmo que o Preço (em €) sem
teste de colisão lateral, não realizado, fosse irrepreensível, o 10 194
equipamento de segurança
modelo brasileiro em questão nunca passaria de 1,5 estrelas. Preço (em €) com
12 698
equipamento de segurança

24 PROTESTE 278 Março 2007


VW Fox Europa
Risco de ferimentos
muito elevado
elevado
médio
reduzido
mínimo
Nos manequins da esquerda,
✔ prevalece o vermelho, o cas-
tanho e o amarelo, que sim-
✔ bolizam ferimentos mortais ou
✔ graves, ao contrário dos mane-
quins da direita. Os dois carros
não disponível têm resultados diferentes, pois
as versões mais vendidas no
12 300 Brasil e em Portugal divergem.
Rip By XmosRips
CONSUMIDORES EXIGEM
› O facto de termos detectado resultados tão
diferentes entre os testes de colisão das ver-
sões do Volkswagen Fox mais vendidas no Bra-
sil e na Europa é demonstrativo de como as
empresas multinacionais não se empenham su-
ficientemente na globalização dos critérios de
segurança rodoviária. No Brasil, é fabricado um
Volkswagen Fox destinado ao mercado europeu,
equipado com os apetrechos de segurança que
lhe permitem obter quatro estrelas Euro NCAP.
Mas, naquele país, é vendido aos consumido-
res brasileiros um veículo menos seguro, pela
ausência de elementos de segurança vitais, ao
contrário do que acontece na Europa.
› Para os fabricantes de automóveis, a disponi-
bilização do equipamento de segurança é reali-
zado, em primeiro lugar, em função das carac-
terísticas de cada mercado, sem perder muito
tempo com considerações éticas. Tal equipa-
mento (airbags, cintos de segurança com pré-
tensores, etc.) é proposto, no Brasil, apenas co-
mo opção, a um preço elevado: cerca de 2500
euros. Ou seja, para ter um Volkswagen Fox
mais seguro para o condutor e para o passa-
geiro, o consumidor brasileiro tem de, além de
aceder a essa informação e tomar a iniciativa,
gastar algum dinheiro.
› O preço do modelo comercializado no Brasil,
por seu lado, não é menor, apesar dos constra-
gimentos existentes. Bem pelo contrário: dadas
as diferenças de poder de compra entre o con-
sumidor brasileiro e o europeu, o seu custo de
aquisição, sem dúvida, pesa mais no orçamen-
to do primeiro.
› Todos os consumidores devem ser respeita-
dos. Por isso, exigimos uma norma de segu-
rança mínima garantida para todos os mode-
los de todas as marcas. O Volkswagen Fox é
um exemplo, para contestarmos os fabricantes
que fazem variar a sua política de critérios de
segurança de acordo com o país ou continente.
É fundamental um denominador comum na in-
tegração de requisitos que permitam a todos os
consumidores conduzir sem riscos desnecessá-
rios. Esta situação também prova que os nossos
testes de colisão Euro NCAP são essenciais na
melhoria geral da segurança dos automóveis.
PROTESTE 278 Março 2007 25
 TESTÁMOS 18 ESPETADAS DE PERU Rip By XmosRips

Higiene chumbada
Todos os
produtos
revelaram falta
de higiene
ou falhas na
conservação.
Para eliminar
este problema,
terá de cozinhar
muito bem
a carne

O peru é uma ave que faz parte

da gastronomia portuguesa há
vários séculos. O seu baixo teor
em gordura e alto valor nutritivo
torna-a uma presença constan-
te na mesa dos portugueses.
Em 2003, este tipo de carne,
bem como a de porco, esteve
na ribalta das notícias, devido
à presença de resíduos de me-
PERU EMBALADO E A GRANEL
dicamentos ilegais, nomeada-
mente os nitrofuranos, em vá- E. coli, S. aureus, Salmonella, Listeria mo-
> Em Outubro de 2006, comprámos 18 amos-
rias amostras. Na altura, o pro- tras de espetadas de peru: nove embaladas nocytogenes e Campylobacter. Verificámos,
blema foi ultrapassado, mas, e nove vendidas a granel. As análises foram ainda, a presença de resíduos de medica-
continuamos alerta. feitas no final do prazo de validade, nos mentos: antibióticos (como nitrofuranos e
Daí termos, mais uma vez, ve- produtos embalados, e nas 24 horas seguin- cloranfenicol, entre outros), sulfonamidas e
rificado se estavam presentes tes à compra, nos vendidos a granel. antiparasitários.
resíduos de medicamentos nas > No laboratório, fizemos uma avaliação sen- > Por fim, analisámos a rotulagem dos produ-
espetadas de peru. Analisámos, sorial (aspecto e aroma) e análises microbio- tos embalados, para saber se têm as infor-
ainda, a qualidade destas: tan- lógicas. Pesquisámos Mesófilos totais, Clos- mações obrigatórias e se informam correc-
tridios sulfito redutores, Enterobacteriaceae, tamente o consumidor.
to embaladas como vendidas a
granel nos talhos.
>>
26 PROTESTE 278 Março 2007
 Rip By XmosRips

REPRESENTANTES
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ESPETADAS DE PERU: CARACTERÍSTICAS E RESULTADOS DO TESTE

A Muito bom
B
Valor energético médio

Bom
Higiene e conservação

C
por espetada (kcal)

Médio
de medicamentos
por espetada (g)

D Medíocre PREÇO POR QUILO

Análise visual

E Mau APRECIAÇÃO
Outubro de 2006
Peso médio

GLOBAL
Rotulagem

(entre… e…)
Resíduos

n.a. Não se aplica

100
Marca e/ou local de compra e morada
0

Embaladas

Pingo Doce Av. Eng.º Arantes e Oliveira, Olaias Plaza, Loja 218, Lisboa 149 251 C E A B C 5,48

Avi Perdigão Intermarché, Estrada da Carcereira, n.º 22, Sobreda da Caparica 230 424 C E A C C 4,24

Beliape E.Leclerc, R. 5 de Outubro, Zona Industrial do Cavaco, St.ª Maria da Feira 132 160 C E A C C 5,48 - 6,15

Savinor Carrefour, Estrada Nacional 250, Loures 264 330 C E A C C 5,90

Avipronto Jumbo, Estrada Nacional 10, Alverca 158 250 B E C C CFD 4,99 - 5,88

Rustico Lidl, Av. Infante D. Henrique, Lisboa 223 402 B E C C CFD 5,55 - 5,81

Kilom Jumbo, Estrada Nacional 10, Alverca 151 294 B E C C CFD 5,48 - 6,75

Interaves Intermarché, Quinta Torre D’Aguilha, São Domingos de Rana 159 247 D E C C D 5,56

Lusiaves Continente, Estrada Nacional 249, 1, Venteira, Amadora 137 262 E E C B D 5,28 - 6,75

Granel

Talhos LV Rua Morais Soares n.º 82, Lisboa 194 292 B E A C 4,99

Jumbo Almada Forum 136 168 D E A CFD 5,90

Carnes MaxiSantos Rua José Duro, 27 A-B, Lisboa 216 360 B E C CFD 3,99

Boutique da Carne Av. Óscar Monteiro, 66 C/D, Lisboa 328 607 C E C CFD 3,90

Extracarnes Av. Francisco Salgado Zenha, lote 3 E Lj. A, Bela Vista, Lisboa 225 290 C E C n.a. CFD 4,88

Talho de Manuel Miranda Alves Rua Cidade da Horta 36 C, Lisboa 223 411 C E C CFD 4,20

Talhos Cardoso Rua Luís Augusto Palmeirim, 10 C/D, Lisboa 235 417 C E C CFD 4,12

Talho Pardais Av. Almirante Reis, 40 B, Lisboa 206 320 C E C D 3,75

Talhos 29 Rua Morais Soares 48 C/D, Lisboa 212 381 C E C D 3,98

PROTESTE 278 Março 2007 27


Em 2003,
encontrámos
nitrofuranos, um
antibiótico ilegal, na
carne de peru.
Quatro anos depois,
o problema está
ultrapassado
DICAS PARA ESCOLHER E COZINHAR
> Na altura da compra verifique se as
espetadas têm um aspecto fresco, sem
colorações anormais. Se possível, cheire
a carne, que deve ter um odor neutro e
pouco pronunciado.
> Quanto à conservação, pode guar-
dar as espetadas um dia no frigorífico.
Embale-as bem, para que não estejam
em contacto com outros alimentos. Veri-
fique se não sai líquido da embalagem.
Se quiser conservar as espetadas por
mais tempo (no máximo, três meses),
convém congelá-las. Mais uma vez, pro-
teja-as de outros alimentos.
> Antes de cozinhar a carne, e caso te-
nha sido congelada, deixe descongelar
no frigorífico. Cozinhe muito bem as
espetadas: a carne não pode estar ro-
sada. Depois de prontas, consuma-as
de imediato, sem as deixar muito tempo
à temperatura ambiente. Se houver so-
bras, guarde-as no frigorífico, no máxi-
mo, dois ou três dias. Quando as comer,
volte a aquecê-las, pelo menos, a uma
temperatura de 65 graus Celsius.
> Para não contaminar outros alimentos,
em especial os que são comidos crus,
lave muito bem as superfícies onde co-
locar as espetadas cruas, bem como os
utensílios utilizados na preparação das
mesmas. Lave as mãos antes de mexer
noutros alimentos.
28 PROTESTE 278 Março 2007
>>
Não coma a gordura
> Regra geral, as espetadas tes-
tadas contêm, além de peru,
pimento e gordura de porco
(toucinho), utilizados para dar
sabor e impedir que a carne fi-
que seca depois de cozinhada.
Mas, nalguns casos, encontrá-
mos gordura em excesso, o que
altera o valor nutricional da es-
petada e as calorias ingeridas.
Evite, assim, comer o toucinho.
Analisámos os produtos para
Embale bem as espetadas, antes de as guardar no frigorífico
Cozinhe bem a carne e evite consumi-la rosada
Lave muito bem, com água e detergente, as superfícies e utensílios
que estiveram em contacto com a carne
Rip By XmosRips
verificar a existência de defei-
tos, como odor ou aspecto que
não sejam característicos neste
alimento.
> Detectámos problemas em
três amostras, que obtiveram
uma classificação negativa.
A respectiva carne e gordura
estavam amareladas e tinham
um cheiro desagradável.
As espetadas Lusiaves, por se-
rem más neste último aspecto,
obtiveram a pior classificação.
Espetadas de bactérias
> Para ter qualidade, a higiene
e conservação da carne devem
ser irrepreensíveis. Contudo, a
experiência de testes anterio-
res feitos por nós tem revela-
do grandes falhas a este nível
sempre que testamos peru ou
frango crus.
> Infelizmente, a situação repe-
te--se: todas as espetadas ana-
lisadas revelaram problemas ao
nível da higiene e da conserva-
ção e, nalguns casos, a presen-
ça de bactérias patogénicas.
Tal pode dever-se, não só, a
uma temperatura de conserva-
ção elevada como à falta de
cuidado a preparar o produto
aquando do seu fabrico. O fac-
to de se tratar de um alimento
muito manipulado e ao qual
se acrescenta pimento cru são
aspectos que podem contribuir
para transmitir microrganismos
reveladores de falta de higiene.
Se juntarmos quebras na ca-
deia de frio (durante o trans-
porte, por exemplo) ou uma
temperatura elevada no local
de venda, temos as condições
ideais para o desenvolvimento
das bactérias.
> Mas o consumidor pode conti-
nuar a comer este tipo de carne.
Apenas tem de cozinhá-la muito
bem. De facto, todos os proble-
mas que encontrámos, incluin-
do as bactérias patogénicas,
são destruídos com o calor.

Dadas as falhas que descobri-
mos, devem, ainda, ser tidos
alguns cuidados na manipula-
ção das espetadas (ver caixa
da página ao lado), para evitar
contaminar outros alimentos,
em especial os que são con-
sumidos crus, como alface ou
tomate.
Sem medicamentos
ilegais
> Na nossa pesquisa a resíduos
de medicamentos, encontrámos
algumas substâncias em 12 pro-
dutos. Aquelas são autorizadas
e estavam abaixo dos limites
máximos permitidos (C).
> Na produção de animais, de-
ve ser tido todo o cuidado para
que os mesmos não adoeçam,
o que poderá passar pela ad-
ministração de antibióticos,
quando necessário. Contudo,
estes não devem ser utilizados
para prevenir doenças, devi-
do a uma deficiente higiene
nas instalações, por exemplo,
ou para aumentar a produção.
Caso seja necessário o recurso
a medicamentos de uso vete-
rinário, devem ser respeitados
as doses e prazos recomenda-
dos, para que a carne chegue à
mesa do consumidor sem resí-
duos ou que estes não estejam
em concentrações superiores
ao permitido por lei.
Falta informação
sobre cozedura
Os rótulos devem sempre estar
completos, para informar cor-
rectamente o consumidor. No
caso das espetadas de peru
embaladas, a grande maioria ti-
nha as informações obrigatórias
nas respectivas embalagens.
Apenas as marcas Pingo Doce e
Lusiaves indicavam o modo de
preparação (B).
> Além de obrigatória, esta in-
dicação é essencial para elimi-
nar os problemas de higiene e
testámosRip
18Byespetadas
XmosRips
de peru
conservação detectados. Assim,
todas as restantes marcas deve-
riam seguir o exemplo e indicar Para respeitar ao
máximo a temperatura
a necessidade de cozinhar bem de conservação, deixe
a carne nos respectivos rótulos. as espetadas para o
O mesmo conselho deveria ser final das compras e, se
possível, transporte-as
transmitido pelos vendedores num saco térmico.
dos talhos. Em casa, guarde-as logo
no frigorífico
Embaladas mais caras
> As espetadas não têm todas
o mesmo peso. Assim, para
podermos comparar os dife-
rentes produtos utilizámos o
preço por quilo. Regra geral,
os produtos vendidos a granel
são, em média, um euro mais
baratos do que os embalados,
sendo a qualidade muito idên-
tica, como poderá verificar no
quadro comparativo. A maioria
dos produtos embalados são,
regra geral, vendidos numa de-
terminada cadeia de supermer-
cados, pelo que poderá não
encontrar todas as marcas à
venda perto de si.
> Como os resultados finais
se ficam pela mediania, não A informação sobre o modo de preparar é essencial em
produtos com tantos problemas de higiene como as
indicamos uma Escolha Acer- espetadas de peru. Só duas marcas a apresentavam
tada para as espetadas de pe-
ru. Mas, na altura da compra,
compare os preços. Além disso,
prefira as espetadas com me-
nos gordura ou evite comê-la
CONSUMIDORES EXIGEM
depois de cozinhada. Caso con-
trário, estará a ingerir demasia- > Embaladas ou vendidas a granel, as espetadas de peru reve-
das calorias. laram problemas ao nível da higiene e conservação. A respon-
sabilidade é de todos, fabricantes e vendedores: tanto podem
dever-se a falhas ao nível da temperatura de conservação como
à falta de cuidados de higiene aquando do abate dos animais
ou da preparação das espetadas. Na verdade, trata-se de um
PARA SABER MAIS alimento muito manipulado, ao qual se acrescenta outros ingre-
dientes, como o pimento cru.
> Hambúrgueres de va-
ca e de peru: PRO TESTE > Assim, é necessária mais formação ao longo de toda a cadeia
n.º 266, Fevereiro de 2006. de produção, para que sejam garantidos os máximos cuidados
> Frango, peru e porco: PRO no manuseamento da carne. Também é essencial conservar a
TESTE n.º 241, Novembro carne a temperatura constante, de modo a impedir o desenvol-
de 2003. vimento dos microrganismos. Cabe à Autoridade de Segurança
> Peru embalado e a granel: Alimentar e Económica (ASAE) fiscalizar as entidades envolvidas,
PRO TESTE n.º 239, Setem-
para que o problema da higiene seja resolvido.
bro de 2003.
> Nitrofuranos no peru: PRO
TESTE n.º 236, Maio de
> Quanto ao consumidor, pode continuar a consumir esta carne,
desde que a cozinhe muito bem. Bom apetite!
2003.
PROTESTE 278 Março 2007 29
 ferramentas eléctricas Rip By XmosRips

25 modelos de baixo preço

Só para artistas ocasionais

Têm um fraco
desempenho,
mas podem ser úteis
em trabalhos pontuais.
Alguns aparelhos
falharam nas provas
de segurança

PARA SABER MAIS
> Berbequins de percussão:
PRO TESTE n.º 266, Feverei-
ro de 2006.
> Berbequins de percussão
sem fios: PRO TESTE n.º
233, Novembro de 2005.
> Lixadeiras: PRO TESTE n.º
261, Setembro de 2005.
> Ferramentas eléctricas ba-
ratas: PRO TESTE n.º 216,
Julho de 2001.
> Serras verticais: PRO TESTE
n.º 213, Abril de 2001.
O apelo das obras em casa e
das artes decorativas está ca-
da vez mais forte entre os por-
tugueses. Revistas, fascículos
e fichas coleccionáveis, guias
práticos, entre outras publi-
cações, tentam transformar o
mais duro de mãos num habi-
lidoso capaz de fazer uns furos
na parede para pendurar um
quadro ou lixar um móvel velho
que irá receber uma técnica de
pintura decorativa.
De facto, com um pouco de
paciência, qualquer um pode
obter resultados inesperados.
Disto, estão também conscien-
tes os comerciantes, que apos-
tam fortemente em novos pro-
dutos e ferramentas, acessíveis
em preço e disponibilidade.
Não só as cadeias de lojas es-
pecializadas têm aparecido um
pouco por todo o País, como
as grandes superfícies demons-
tram um interesse crescente
por este mercado.
Para ajudar quem começa a dar
os primeiros passos nos tra-
balhos manuais, testámos 25
aparelhos eléctricos, distribuí-
dos por cinco categorias. Todos
foram comprados em Julho de
2006, em grandes superfícies e
lojas especializadas. Para cada
grupo, escolhemos sempre os
modelos mais baratos que se
encontravam à venda.
Alguns, independentemente do
desempenho modesto, podem
ser úteis para quem realiza tra-
balhos pontuais. Mas há sem-
pre o risco de levar para casa
um produto com problemas de
segurança.

30 PROTESTE 278 Março 2007

 Rip By XmosRips

BRECHAS NA SEGURANÇA
Descrição
> 500 W de potência; 2600 ou 2800 rpm; entre
1,4 e 1,9 kg; cabo eléctrico, no máximo, com 2
metros.
> Trazem um medidor da profundidade dos fu-
ros e uma segunda pega. Permitem rodar a bro-
ca nos dois sentidos, para aparafusar e desapa-
rafusar. Mas têm apenas uma velocidade.
Prestação
> Quase todos os modelos têm resultados de-
cepcionantes quando recorrem à função de
percussão, destinada a trabalhar em superfícies
rígidas (paredes, pedra e betão).
Os resultados melhoram um pouco sobre metal.
> A qualidade de construção é mui-
to fraca. Apenas o Thun trabalha
algum tempo sem sofrer de sobre-
aquecimento e é suficientemente
sólido para resistir a quedas.
Utilização
> Estes berbequins com fios não
são fáceis de utilizar, sobretudo Thun TSM
550/1E (Continente)
por terem pegas desconfortáveis.
Nem sempre trazem instruções.
A Muito bom
B Bom BERBEQUINS COM FIO: RESULTADOS DO TESTE
C Médio
D Medíocre PREÇO (€)

Desempenho
O mesmo acontece em materiais macios (ma- (1)

Resistência
Segurança
E Mau APRECIAÇÃO
deira ou plástico), para os quais não é necessá- GLOBAL
Julho

100
ria a percussão. Marca e modelo de 2006

0
(local de aquisição)
> São maus a aparafusar e desaparafusar. É difí-
Thun TSM 550/1E (Continente) BFC C A BFC 12,99
cil ou mesmo impossível controlar a velocidade.
Kibel Referência: 3008917 (AKI) C B B C 11,14
Segurança e resistência
Nupower Evolution NUP 501 (Carrefour) D C D D 25,35 (2)
> Nos aparelhos com “médio”, não há um me-
1 N1PD 500 (Carrefour) D C E DFE 10,80
canismo que impeça o interruptor de ser ligado
acidentalmente. Já o Rybox, além deste proble- Rybox PER 500/13 (Auchan) DFE E E perigoso eliminado 4,99

ma, tem isolamento deficiente. Como é perigo- (1) Preço de aquisição.

(2) Este preço corresponde a um pack de dois aparelhos (berbequim e rebarbadora).
so, eliminámo-lo do nosso teste.

DECEPCIONANTES EM TODA A LINHA

Descrição Segurança e resistência
> 550 rpm; uma velocidade; baterias de níquel- > Nenhum berbequim tem falhas de
-cádmio; 12 a 18 V de tensão. segurança. Mas, ao fim de algum
Desempenho tempo, o motor deixa de funcionar
> São ainda mais decepcionantes do que os devido a um sobreaquecimento. Work Bull
WB SB144
modelos com fios. Nem mesmo superfícies me- Utilização (Mestre Maco)
nos rígidas, como a madeira, conseguem per- > Ao contrário dos berbequins com
furar sem dificuldades. Num dos aparelhos, a fios, estes aparelhos são fáceis de
broca soltou-se durante os ensaios. utilizar e trazem manuais de instru-
> A maioria vem equipada com baterias de ções razoáveis.
qualidade muito deficiente, que perdem ca-
pacidade rapidamente, e levam longas horas A Muito bom
B Bom BERBEQUINS SEM FIO: RESULTADOS DO TESTE
a recarregar. Assim que ligámos o Uni-Work, a
C Médio
respectiva bateria sofreu um curto-circuito. D Medíocre
PREÇO (€)
Dsempenho

Resistência

APRECIAÇÃO (1)
Segurança

Tivemos o mesmo problema com outros três E Mau GLOBAL

berbequins deste modelo, até que resolvemos Julho
100

Marca e modelo de 2006

0

abrir a zona da bateria. Ficámos espantados (local de aquisição)

quando encontrámos um conjunto de pilhas li- Work Bull WB SB144 (Mestre Maco) D B D CFD 18,95
gadas com fita adesiva... Nupower Evolution NPEK 14 (Feira Nova) D B D DFE 14,90
> Estes berbequins sem fios parafusam e desa- Electric-Co CDV 03-18 (Feira Nova) D B D DFE 16,90
parafusam razoavelmente, sobretudo em super-
Uni-Work UW 1200 CBT (Continente) E B E E 14,99
fícies de madeira.
(1) Preço de aquisição.

PROTESTE 278 Março 2007 31

 Rip By XmosRips

Work Bull WB VS
DIFICULDADE NOS CANTOS 135 (Mestre Maco)

Descrição gum tempo, deixam de funcionar. No

> 135 W de potência (excepto a Thun, com 150); Kibel, a fixação da zona de contacto
10 000 ou 11 000 rpm; área de contacto com a com a madeira partiu-se durante os
superfície a lixar com cerca de 170 centímetros testes.
quadrados. Utilização
> Aparelhos muito mal equipados. No geral, dis- > Estes aparelhos quase nunca trazem
põem apenas de um saco para a poeira. Não é instruções. No entanto, a utilização
possível escolher a velocidade. A zona que en- não é complicada.
tra em contacto com a madeira não é perfeita-
mente plana. O trabalho em arestas pode ser LIXADEIRAS VIBRATÓRIAS: RESULTADOS DO TESTE
A Muito bom
complicado. B Bom
PREÇO (€)

Dsesmpenho
Desempenho C

Resistência
Médio (1)

Segurança
APRECIAÇÃO
> Avaliámos o trabalho em cantos e ângulos, a D Medíocre GLOBAL
E Marca e modelo Julho

100
Mau
extracção da poeira, a profundidade da camada (local de aquisição) de 2006

0
removida e o acabamento. Todos os aparelhos
Work Bull WB VS 135 (Mestre Maco) D B A C 9,95
têm dificuldades, mas os que receberam me-
Kibel Referência:3008827 (AKI) D B B CFD 9,10
lhores classificações conseguem acabamentos
mais perfeitos. 1 N1PS135 (Carrefour) CFD B D CFD 8,10

Segurança e resistência Thun TSS150 (Continente) CFD B D DFE 9,99

> Sem problemas de segurança. Os motores dos Rybox PV 135 (Auchan) C B E DFE 4,99
modelos com classificações negativas, após al- (1) Preço de aquisição.

UTILIZADOR EM PERIGO
Descrição Utilização
> 500 W; 11 000 rpm (excepto a Power Plus, com > Pega pouco ergonómica, mas sem
10 000); disco com 115 mm de diâmetro. grandes incómodos para o utilizador.
> Todos os modelos vêm razoavelmente equi- > As rebarbadoras são aparelhos peri-
pados. Possuem um mecanismo de fixação dos gosos, pelo que o facto de a maioria
discos através de gatilho, o que facilita a troca não trazer instruções se torna ainda 1 N1PG 500
(Carrefour)
daqueles. Mas não dispõem, por exemplo, de um mais grave.
bloqueio que impeça a máquina de trabalhar en-
quanto se mudam os discos. A Muito bom
B Bom
REBARBADORAS: RESULTADOS DO TESTE
Desempenho C Médio
Desempenho

PREÇO (€)
Resistência

> Medimos o tempo gasto a cortar pedra e metal, D

Segurança

Medíocre APRECIAÇÃO (1)

bem como na tarefa de rebarbar propriamente di- E Mau GLOBAL Julho
Marca e modelo
100

ta. Utilizámos discos de diamante e os de origem, de 2006

(local de aquisição)
0

quando existiam. Todos os aparelhos têm um de-

1 N1PG 500 (Carrefour) D B A CFD 10,90
sempenho fraco.
Thun TWS 115-2 (Continente) D B C CFD 12,99
Segurança e resistência Nupower Evolution NPE 115 (Carrefour) D B C D 25,35 (2)
> O Kibel e o Rybox chumbaram nos testes de se- Kibel Referência: 3008707 (AKI) D D B D 11,14
gurança. Em caso de queda ou outro tipo de im-
Rybox MEU 500/115 (Auchan) E D E E 4,99
pacto, as zonas de tensão ficam acessíveis, o que
pode ser perigoso. Power Plus Promo POW 200 P (Mestre Maco) E B E E 8,95
> Os motores do Rybox e do Power Plus sofrem de (1) Preço de aquisição.
sobreaquecimento. (2) Este preço corresponde a um pack de dois aparelhos (rebarbadora e berbequim).

32 PROTESTE 278 Março 2007

 ferramentas eléctricas 25 modelos de baixo preço
Rip By XmosRips

QUADRADOS DIFÍCEIS
Descrição Segurança e resistência
> 350 W (com a excepção da Thun, com 520, > Sem problemas de segurança: bom iso-
e da 1, com 320); 3000 rpm; lâminas de origem lamento eléctrico e presença de uma guar-
com dentes de 1,5 a 3 milímetros. A Thun tem mo- da, para impedir que o utilizador toque na
vimento pendular, o que melhora os resultados lâmina. Quanto à resistência, após algum
sobre madeira. tempo, estes aparelhos tornam-se menos
> Além do motor, o principal componente de uma eficazes. Alguns começam mesmo a vibrar
serra é o mecanismo onde a lâmina é fixada. mais e a perder precisão.
Em nenhum modelo a fixação é fácil. Utilização
> O alcance do corte depende da potência do mo- > São difíceis de manusear e o problema Thun TPS520
tor e do comprimento da maior lâmina possível de agrava-se pelo facto de certos modelos (Continente)
instalar. Os modelos testados executam cortes su- não trazerem instruções.
ficientes para a maioria dos trabalhos.
> Todas as serras dispõem de um sistema para A Muito bom
afastar a poeira da lâmina, mas nenhuma traz um B Bom
SERRAS VERTICAIS: RESULTADOS DO TESTE
saco para recolhê-la. Também todas permitem um C Médio
ângulo de corte dos zero aos 45 graus. Nunca é D Medíocre Desempenho PREÇO (€)

Resistência
Segurança
E Mau (1)
possível escolher a velocidade. APRECIAÇÃO
GLOBAL
Julho

100
Desempenho Marca e modelo
de 2006

0
(local de aquisição)
> Utilizámos as serras para cortar madeira, plástico
Thun TPS520 (Continente) C B D C 12,99
e metal, tanto em linha recta como descrevendo
formas decorativas. No contraplacado, usámos as 1 N1PJ320 (Carrefour) C B C C 10,90
lâminas de origem. Todas as serras fizeram cortes
rectilíneos, independentemente do material. Rybox SCS350 (Auchan) C B E C 4,99

Algumas foram mais rápidas. Kibel Referência: 3008847

C B E D 11,14
(AKI)
> Também todas recortaram círculos pequenos. Nupower Evolution NUP 55
Mas foi impossível obter um quadrado perfeito, D B E D 9,90
(Carrefour)
devido à impressão da régua de guia. (1) Preço de aquisição.

Truques para
ter sucesso DECO PROTESTE ACONSELHA
na bricolagem
e nas artes
decorativas
> As ferramentas de baixo custo que testámos têm um desempenho fraco. Uma boa
parte, ao fim algum tempo, sofre um sobreaquecimento e deixa de funcionar.
Porém, os consumidores que estão a dar os primeiros passos ou aqueles que fazem
trabalhos esporadicamente não têm interesse em investir num modelo profissional,
cujo preço não iriam rentabilizar. Podem encontrar nestes aparelhos uma opção váli-
da, desde que tenham em conta as limitações que referimos no texto.

> No momento em que comprar a sua ferramenta, provavelmente, a maioria dos mo-
delos testados já não se encontra à venda. Como vai ter de escolher sozinho, dei-
xamos-lhe algumas dicas:
– prefira os aparelhos com instruções de utilização;
– para melhorar o desempenho de uma rebarbadora, compre discos de diamante.
Apesar de mais caros (cerca de € 10), a longo prazo, valem o investimento;
– veja se o modelo se adapta bem à sua mão e se as pegas são confortáveis;
– não use este tipo de ferramentas para trabalhos exigentes, já que poderá danificá-
Encomendas -las de imediato. Se ficarem quentes, interrompa a tarefa e deixe-as arrefecer;
Telefone: 808 200 146 – guarde sempre a factura de compra, para que, em caso de necessidade, possa re-
Correio electrónico:
assinaturas@deco.proteste.pt clamar. Neste caso, existe uma garantia de dois anos.
Loja virtual: www.deco.proteste.pt/loja

PROTESTE 278 Março 2007 33


Bons a lavar, maus a hidratar
Como uma lâmpada mágica,
o gel de duche promete
limpeza, hidratação, perfume
e suavidade. Mas uma pele
hidratada é o desejo mais
forte por realizar
34 PROTESTE 278 Março 2007
gel de duche
testámos 13 produtos
> O duche é um acto relaxante
para o corpo e para a mente.
Depois de um dia de traba-
lho, fá-lo sentir como novo e
de manhã desperta-o para um
novo dia. A nossa epiderme
deve ser lavada todos os dias,
devido aos resíduos orgânicos
que produz como o suor, as
gorduras e os tecidos mortos e
também aos resíduos externos
(sujidade, maquilhagem, etc.).
> Os produtos de limpeza da
pele removem a sujidade, mas
retiram também parte da cama-
da hidrolipídica protectora da
pele. Sem esta camada, a pele
fica desidratada e desprotegi-
da. Para compensar esta perda,
os fabricantes apostam numa
composição enriquecida com
componentes activos como vi-
taminas, agentes hidratantes,
extractos naturais, etc.
Cuidado com os olhos
> Pela primeira vez, testámos
os elementos que, do ponto de
vista do consumidor, possam
ser mais importantes num gel
de duche: boa tolerância, hi-
dratação (já que optámos pela
gama de produtos hidratantes),
espuma, viscosidade adequa-
da, eficácia e rotulagem.
> Estes produtos são destina-
dos ao corpo, mas podemos
utilizá-los para lavar a cara. Por
isso, decidimos incluir na nos-
sa avaliação a tolerância dos
olhos além do nível da pele.
Dos 13 géis de duche que ana-
lisámos, todos provocam irrita-
ção ocular, mas apenas o Sanex
alerta na embalagem que se
deve evitar o contacto do pro-
duto com os olhos. A tolerância
na pele é, para estes produtos,
o factor mais importante, mas
esta depende das característi-
Rip By XmosRips
cas do gel e da sensibilidade
da própria pele. Testámos os
produtos em vários utilizado-
res, e, na maioria dos casos,
é pouco provável que causem
alguma irritação na pele.
Pouco hidratantes
> Grande parte destes produtos
promete uma pele hidratada. O
gel de duche do Auchan, por
exemplo, diz proporcionar uma
hidratação total das camadas
superficiais da pele, algo que
pode ser difícil de realizar.
Experimentámos os produtos
em 10 voluntários e verificámos
a existência ou não de efeito
hidratante. Muitos podem até
conter os ingredientes que per-
mitam hidratação, mas no caso
do gel de duche, rapidamente
enxaguado, é difícil garantir
que estejam tempo suficiente
na epiderme para o cumprir.
Os géis de duche testados
não aumentam a hidratação
da pele, apenas impedem-na
de secar, como aconteceria se
tomasse duche com sabão ou
sabonete. O gel de duche do
Dia apresentou os melhores re-
sultados neste critério.
> Apesar dos produtos testados
serem géis de duche, alguns
têm outras denominações nos
frascos. O Palmolive, por exem-
plo, apresenta-se como leite
de banho e o Vasenol diz ser
gel de banho. Na verdade, ao
usá-los no banho de imersão,
o consumidor pode ficar desa-
pontado, dado que têm poucos
agentes de formação de espu-
ma. Assim, na banheira, a ten-
dência será para gastar mais
produto. A espuma não é o
forte do Manava e do Auchan.
Mas atenção: mais espuma não
significa melhor lavagem.
 Rip By XmosRips

Líquido ou espesso?
> É comum pensar-se que quan-
to mais espesso e cremoso for
o gel de duche, melhor é.
Mas a consistência do produto
pode ser conseguida com in-
gredientes que não influenciam
a lavagem ou o efeito hidratan-
te. Um gel de duche deve ser
fluído para escorrer facilmente M Melhor do Teste
do frasco, mas não demais, N Escolha Acertada
GEL DE DUCHE: RESULTADOS DO TESTE
para não se perder entre os L Escolha Económica
A Muito bom
dedos. O gel de duche Auchan
Tolerância total
B Bom
obteve o pior resultado: é tão PREÇO (€)

Viscosidade
C APRECIAÇÃO

Hidratação
Médio

Rotulagem
Outubro de 2006
GLOBAL
espesso que não sai do frasco D

Espuma

Eficácia
Medíocre (entre… e…)

100
sem ser espremido, uma tarefa E Mau

0
difícil devido à rigidez da em-
Palmolive Naturals, mel e leite hidratante B D A A B C B 2,49 - 4,79
balagem. No próprio frasco, o
Dia Gel banho hidratante B C A B D C BFC 1,49 - 1,79
fabricante indica que deve ser
colocado em posição invertida. Carrefour Gel com proteínas de leite B C A B B C BFC 1,34 - 1,89

No entanto, este não tem um Vasenol Hidra esssencial C D D A B B BFC 2,64 - 5,29
formato muito apropriado para Sanex Dermo moisturising C D C B B B BFC 2,85 - 4,89
ser guardado desta forma. Cien Body & gel 2 in 1 Fresh (Lidl) C D A B B C BFC 2,19
> Para analisarmos a eficácia da
Fa Creme duche, Aloe vera, hidratação C D A B D B C 2,45 - 3,99
lavagem, verificámos a percen-
tagem de ingredientes activos Continente Hidra-cremoso C C A B A C C 1,25 - 1,99

em cada um dos produtos. Esta Johnsons Gel de duche, hidratante C C C A D C C 2,99 - 5,69
quantidade tem de ser contro- Pingo Doce Hidratante B D C B D C C 2,09 - 2,28
lada, dado que, se for bastante Natural Honey Gel banho, hidratante C D D B C E C 3,98 - 5,84
baixa não permite uma boa la-
Manava Gel banho, côco (E. Leclerc) B D D B D E CFD 1,19 - 1,99
vagem. Já se for elevada, seca
Auchan Creme de duche, hidratação total B D E B D C D 2,38 - 3,49
>>

NO DUCHE COM O DICIONÁRIO

O gel de duche Manava que comprámos vinha
com o rótulo em francês. Também o encontrámos
à venda com informação em português, através
de um autocolante colocado na embalagem, mas
a omitir a lista de ingredientes. Este produto viola
assim um dos direitos fundamentais do consumi-
dor: o de informação.
O gel Natural Honey desrespeita os parâmetros
obrigatórios: a sua rotulagem está em espanhol e
a pouca informação em português não contém os
elementos exigidos na lei. Já denunciámos estas
situações à Autoridade de Segurança Alimentar e
Económica e à Secretaria de Estado de Defesa do
Consumidor.
A rotulagem pode ser mantida em língua estran-
geira desde que estejam em português o prazo,
as precauções de utilização e a função do produ-
to, entre outros. Mas além dos elementos obriga-
tórios, toda a restante informação deve estar em
português, pois só assim o consumidor poderá
avaliar o produto que compra e bem escolher.
O nome do fabricante ou do importador, o seu en-
dereço e o número de contacto devem também es-
tar na língua oficial do país onde é vendido.
Rótulo traduzido, mas a ocultar
a lista de ingredientes

PROTESTE 278 Março 2007 35

 gel de duche testámos 13 produtos
Rip By XmosRips

>>
muito a pele. O gel de duche
RÓTULOS SEM ARMADILHAS Continente destaca-se por ser o
mais eficaz.
> PH neutro é uma das alegações mais > Um rótulo correcto e comple-
comuns nas embalagens dos produtos tes-
to deve ter certos elementos
tados. No entanto, alguns fabricantes não
obrigatórios: o nome e descri-
dizem a qual pH se referem, se ao químico
de 7 ou se ao da pele de 5,5. ção do produto, os ingredien-
tes (sendo que as substâncias
> Testado dermatologicamente indica ape- podem estar em inglês, à ex-
nas que o produto foi submetido a testes cepção das naturais que devem
na pele e não causou alergias. estar em latim), o prazo, o no-
Como não existe um método de base reco- me e endereço do fabricante ou
nhecido e obrigatório a todos os fabrican-
importador nacional, cuidados
tes e por desconhecermos em que parâ-
a ter e indicações de uso.
metros são realizados cada um dos testes,
estes acabam por não ter valor.
Chumbámos os rótulos sem
algum destes elementos e os
> Hidratação total é prometida na maioria que são pouco legíveis.
dos produtos, enquanto outros são bem Penalizámos também os que
mais transparentes: alegam na sua em- excluem a informação que,
balagem serem apenas o primeiro passo apesar de não ser obrigatória,
para atingir um bom nível de hidratação consideramos essencial para
ou aconselham a utilizar creme hidratante
o consumidor estar em por-
depois do banho. Assim o fizeram os géis
tuguês. Por sua vez, demos
de duche Vasenol e Johnsons.
nota positiva aos rótulos que
vão além do que é obrigatório
e fornecem informação útil ao
consumidor como o contacto
do fabricante ou representante
nacional da marca.

> Hipoalergénico não significa que seja seguro para toda a gente. Apenas que
foi testado em algumas pessoas que não tiveram qualquer reacção alérgica.
O gel de duche do Pingo Doce apresenta um símbolo onde diz ser “regular-
mente controlado por testes laboratoriais”, mas desconhecemos as circunstân-
cias em que são feitos os testes e com que periodicidade. ESCOLHA ACERTADA
O último símbolo é o prazo do produto, ou seja, o período de duração depois
de aberto. Este vem sempre identificado com o símbolo de um frasco aberto.
> Depois de analisarmos em laboratório
cada um dos 13 géis de duche, verifi-
cámos que o Palmolive Naturals, mel e
leite hidratante (entre € 2,49 e € 4,79)
é o Melhor do Teste.
> No entanto, ao termos em conta a boa
relação entre a qualidade e o preço,
atribuímos os títulos de Escolha Acer-
> O contacto com os olhos é algo que se deve evitar, segundo o Sanex. tada ao gel de duche do Dia gel banho
Um conselho útil depois do resultado “irritante” do teste de tolerância ocular. hidratante (entre € 1,49 e € 1,79) e ao
do Carrefour gel com proteínas de leite
(entre 1,34 e 1,89 euros).

36 PROTESTE 278 Março 2007

 Rip By XmosRips
mais vantagens para si

No dia do curso dos pais,

os filhos, entre os 6 e 12 anos,
podem participar numa
formação rodoviária
gratuita

Formar melhores condutores

Negociámos um protocolo que lhe permite aprender qual o melhor
comportamento ao volante em caso de risco

> A segurança rodoviária tem
sido uma preocupação da DE-
CO e uma constante nas nossas
publicações, onde procuramos
abordar temas nas três frentes
de acção: construção do veícu-
lo, concepção das estradas e
comportamento do condutor.
Quanto ao condutor, publicá-
mos na PRO TESTE n.º 270 (Ju-
nho de 2006) um inquérito so-
CONTACTOS DA ECP
Morada: Aeródromo Muni-
cipal da Maia, Vilar da Luz,
Maia.
Telefone: 22 969 00 62
Endereço electrónico
info@ecp-seguranca.com
Sítio na Net
www.ecp-seguranca.com
Preço € 185
Datas previstas para cursos
24 de Março, 19 de Maio, 21
de Julho e 10 de Novembro,
nas instalações da ECP, na Maia
bre o comportamento dos por-
tugueses ao volante. É também
importante saber agir em certas
situações de risco. Foi a pensar
nisso que assinámos um pro-
tocolo com a Escola de Forma-
ção da Condução e Prevenção
Rodoviária (ECP), para que os
nossos associados possam fre-
quentar os cursos de condução
defensiva dessa escola.
> Os testes de colisão que pu-
blicamos com regularidade,
bem como os artigos sobre
a segurança passiva e activa
ajudam-no a conhecer os au-
tomóveis mais seguros e os
equipamentos que deve privile-
giar quando compra um carro.
O formulário dos pontos negros,
que encontra no nosso sítio na
Net, permite-lhe denunciar situ-
ações perigosas que encontre
nas vias públicas, como sinais
ausentes ou mal colocados,
curvas perigosas ou buracos
no pavimento, entre outras.
Reagir no limite
> O curso, com aulas teóricas
e práticas, tem como objecti-
vo alertar os condutores para
o comportamento correcto a
adoptar em situações adver-
sas, como condução com chu-
va. Ao mesmo tempo, procura
aumentar e melhorar as capa-
cidades de reacção, através da
recriação de situações-limite.
Pretende-se, assim, conseguir
uma correcta utilização do au-
tomóvel e dos seus modernos
sistemas de segurança por par-
te dos condutores.
> As trajectórias a seguir, a
aderência do pneu, o uso do
acelerador, o ABS e a assistên-
cia à travagem de emergência e
o controlo de estabilidade são
alguns dos temas abordados.
Primeiro de forma teórica e, nu-
ma segunda fase, em exercícios
práticos. Neste último caso, um
monitor acompanha sempre
os formandos, para explicar o
procedimento correcto e corri-
gir eventuais comportamentos
errados. A parte prática é feita
em carros disponibilizados pela
ECP.
Datas e locais
> Os cursos têm a duração de
um dia, daí que sejam sempre
realizados aos fins-de-semana
ou feriados. A DECO PROTESTE
negociou um desconto de 20%
e o preço inclui o almoço e um
seguro de acidentes pessoais e
de responsabilidade civil.
> Para 2007, já estão previstos
quatro cursos, mas os associa-
dos poderão frequentar outros
cursos organizados pela ECP
e beneficiarem das condições
definidas no protocolo. Quando
oportuno, indicaremos datas e
locais para a realização de cur-
sos noutras zonas do País.
Esperamos, com esta iniciativa,
contribuir para ter melhores con-
dutores nas nossas estradas. P

PROTESTE 278 Março 2007 37


O braço direito
do bom cozinheiro
Eficientes nas tarefas culinárias,
oferecem segurança e facilidade
de utilização. Mas, no geral, são
pesadas e uma é pouco resistente
38 PROTESTE 278 Março 2007
Cozinha que se preze não dis-
pensa as magias de uma va-
rinha. Testámos 19 modelos,
alguns dos quais munidos de
picadora e vara e que, assim,
podem ser usados, quer como
varinhas, quer como batedei-
ras. Como consequência, tanto
ajudam a confeccionar maio-
nese para uma salada, como
a bater natas ou claras em
castelo para um bolo ou,
ainda, a picar cebola para
um refogado.
Muito versáteis
> Consoante os aces-
sórios (picadora ou
varas para bater),
as varinhas permi-
tem cinco funções:
amassar, triturar, ba-
ter, misturar e picar.
Para cumpri-las, basta
mudar ou acoplar as
lâminas, o picador ou as
varas. Os modelos Taurus
Bapi 600 Inox e Taurus Ba-
pi 600 Plus Inox, por um lado,
e Philips HR 1361 e Philips HR
1364, por outro, são iguais.
Mas o segundo de cada par é
vendido com picador e vara,
sendo, por isso, mais caro.
> Certos fabricantes anunciam
que os seus aparelhos, sem os
acessórios específicos, não ser-
vem para picar ou moer alguns
alimentos (por exemplo, grãos
de café ou chocolate).
> Por vezes, as varinhas dis-
põem de acessórios. No geral,
correspondem a um copo gra-
duado, um passador e um me-
canismo de fixação à parede.
> Cerca de metade dos mode-
los permite a lavagem de todas
as peças na máquina da loiça,
excepto a zona do motor.
Rip By XmosRips
Paraíso das papilas
> Para avaliarmos o desempe-
nho das varinhas na cozinha,
preparámos alguns alimentos,
como maionese e uma sopa
para bebé à base de cenoura,
batata e carne. Também bate-
mos natas e claras em castelo
e picámos avelãs, salsa e cebo-
la, quando os acessórios o per-
mitiam. Além de verificarmos a
homogeneidade das misturas,
vimos até que ponto o resul-
tado das moagens era fino.
Quando os aparelhos traziam
acessórios, também os usá-
mos. Por exemplo, para picar, o
resultado obtido com o acessó-
rio ficou sempre mais perfeito
do que com a função simples
da varinha. Mas, no geral, e
embora os modelos simples
tenham mais dificuldade em pi-
car avelãs e salsa, o desempe-
nho aproxima-se da perfeição.
>>
www.deco.proteste.pt
Consulte os 1032
preços recolhidos
em 131 lojas
de 12 distritos
REPRESENTANTES
BOSCH UFESA 21 425 06 00
www.bosch.pt
BRAUN 21 440 90 00
FLAMA 256 85 01 70
www.flama.pt
KRUPS TEFAL
www.tefal.pt
21 868 47 35
MOULINEX 22 947 93 10
PHILIPS 21 416 33 33
www.philips.pt
TAURUS 21 797 26 50
www.taurus.es
 varinhas mágicas Rip By XmosRips

19 modelos testados

Simples Com acessórios

Braun Ufesa BP4510

MR 5000 M Brio! NR Bosch MSM 6700 Tefal HB 703141

M Melhor do Teste
N Escolha Acertada
VARINHAS MÁGICAS: CARACTERÍSTICAS E RESULTADOS DO TESTE
L Escolha Económica
A Muito bom CARACTERÍSTICAS RESULTADO DOS TESTES
B Bom
Colocar na máquina

Desempenho
C
Dimensão e peso

Médio PREÇO (€)

D picar Novembro
Acessórios (1)

Medíocre
de instruções

APRECIAÇÃO GLOBAL
de utilização
Potência (W)

da loiça? (2)

de 2006
bater natas

Resistência

E
em castelo

Mau Segurança
Facilidade
maionese

total (entre... e...)

Manual

n.a. Não se aplica

triturar

cebola
avelãs

claras
salsa

100
Marca e modelo
0
Modelos simples

Braun MR 5000 M 600 A D A A C B A C B B A A AFB 29,00 - 43,00

Braun MR 4000 400 A D A B C B AFB C B B A A AFB 19,90 - 39,90

Ufesa BP4510 Brio! NR 300 A B C C AFB C B B A A AFB 14,00 - 26,00

Tefal HB701141 600 A,C E,F A B C B AFB C B B A A B 22,90 - 36,38

Bosch MSM 6150 400 A E,F A C C B B B B B A A B 22,00 - 27,90

Taurus Robot 300 Inox 300 A,C D A B C C AFB D B B B A B 13,79 - 25,99

Bosch MSM6250 400 A,C E,F A C C B n.a. B C B B A A B 25,00 - 39,50

Flama 2020 FL 300 A,C E A B C B AFB D B A B A B 19,50 - 24,44

Taurus Bapi 600 Inox 600 B,C D A B C A AFB D B B C A B 24,00 - 49,99

Ufesa BP4512 350 A A C C C B B B B A A B 16,00 - 33,90

Krups GPA 140 600 A,C E,F A C B B B B C B A A B 30,00 - 55,90

Moulinex DDH241 450 A,C E,F C B B B C C B B B A BFC 20,00 - 43,00

Philips HR 1361 600 A D A B B A AFB C B C E A E 25,00 - 47,00

Modelos com acessórios (picador e vara/batedor metálico)

Bosch MSM 6700 600 A,C D A C A A B A A AFB B B B A A B 57,20 - 70,47

Tefal HB 703141 600 A,C D A B A A C B A AFB C B B A A B 24,90 - 49,90

Braun MR 6550 MCA 600 A,C D A C A B B B A B C B B A A B 47,00 - 71,90

Ufesa BP4515 Brio! NR 600 A,C A C A A B B A B C B B B A B 41,85 - 53,90

Taurus Bapi 600 Plus Inox 600 B,C D A B C A A B B AFB D B B C A B 32,00 - 50,00

Philips HR 1364 600 A D A B B A D B A B C B C E A E 34,00 - 59,00

(1) Acessórios: A: copo graduado; B: passador; C: fixação à parede.

(2) Máquina de lavar loiça: D: todas as partes, excepto zona do motor; E: braço picador; F: copo misturador.

PROTESTE 278 Março 2007 39

 varinhas mágicas 19 modelos testados
Rip By XmosRips

TRITURAR ATÉ AO ÚLTIMO PEDAÇO

Selecção
da velocidade
Na varinha
da esquerda, há
um botão para
cada velocidade.
Na da direita,
a escolha é
pouco intuitiva:
há que carregar
no mesmo botão,
exercendo dois
Papa para bebé Convém obter uma mistura homogénea, sem pedaços, níveis de pressão
como mostra a imagem da esquerda. Mas nem todas as varinhas o conseguem

Utilização Limpeza
mais simples No modelo
Com pequenos à esquerda,
ícones no aparelho, a limpeza é mais
pode desde logo fácil. O da direita
saber quais as facilita
funções presentes a acumulação
de restos de comida,
algo pouco higiénico

>>
> Alguns aparelhos são pouco
práticos para mãos frágeis. Tal
não significa que sejam difíceis
de utilizar. A montagem dos
componentes, a escolha da ve-
locidade, a maneabilidade e a
limpeza são tarefas simples.
> Instruções claras, completas e
bem organizadas é ainda o que
nos oferecem os manuais des-
tes aparelhos. Mesmo assim,
poderiam ser fornecidas mais
dicas de funções e uma apre-
sentação gráfica mais intuitiva.
> Boas prestações não garan-
tem resultados idênticos a nível
da resistência. As varinhas da
Philips, após algum tempo, dei-
xaram de funcionar, devido ao
sobreaquecimento do motor.
> No passado, a segurança
(tanto eléctrica como mecâni-
ca) colocava muitos problemas.
Avaliámos os aparelhos segun-
do as normas europeias e ou-
tros critérios ainda mais rigoro-
sos. Desta vez, não detectámos
anomalias.
Tempo é dinheiro
> Para completar o nosso es-
tudo, visitámos cerca de 130
lojas por todo o País e recolhe-
mos mais de mil preços. Verifi-
cámos que pode poupar € 16
se optar pela Escolha Acertada
dos modelos simples, a Ufesa
BP4510 Brio! NR (entre € 14 e
€ 26), em detrimento da Krups
GPA 140 (entre 30 e 55,90 eu-
ros). Terá ainda um aparelho
de maior qualidade.
> Se lhe interessar um modelo
mais versátil, o Tefal HB 703141
(entre € 24,90 e € 49,90), que
também é a nossa Escolha
Acertada, permite-lhe poupar
€ 32 face ao Bosch MSM 6700
(entre 57,20 e 70,47 euros).
Ainda que este ofereça uma
qualidade ligeiramente supe-
rior, na prática, trata-se de dois
aparelhos pelo preço de um.
> A pesquisa e a comparação
são, assim, o segredo do su-
cesso. Se perder algum tempo,
pode ganhar dezenas de euros.
ESCOLHA ACERTADA
> As varinhas mágicas estão cada vez mais versá-
teis, podendo transformar-se em batedeiras ou pi-
cadoras com os acessórios adequados. No geral,
desempenham bem as suas funções, são seguras
e fáceis de utilizar. Mas podem tornar-se grandes
e pesadas para mãos mais frágeis.
> Considerando as provas efectuadas e, em espe-
cial, o desempenho e a resistência, o Melhor do
Teste é, no grupo dos modelos simples, o Braun
MR 5000 M (entre 29,00 e 43,00 euros). Se cruzar-
mos a qualidade com o preço, a Escolha Acertada
é o Ufesa BP4510 Brio! NR (entre 14 e 26 euros).
> No que se refere aos modelos com batedeira
e picadora, o Bosch MSM 6700 (entre € 50,20 e
€ 70,47) é o Melhor do Teste. Mas, por ter uma
boa relação entre a qualidade e o preço, o Tefal
HB 703141 (€ 24,90 e € 49,90) ganha o título de
Escolha Acertada.
> Os aparelhos indicados são as melhores opções
para os leitores da Madeira e, quanto aos mode-
los simples, também para os dos Açores. Já no
que se refere às varinhas com acessórios, e para
os açorianos, se não encontrarem à venda os mo-
delos que nomeámos para o Continente e a Ma-
deira, a Escolha Acertada e Melhor do Teste é o
Tefal HB 703141.

40 PROTESTE 278 Março 2007

 impressoras de jacto de tinta Rip By XmosRips

testámos 22 multifunções

Escritório em casa
por 139 euros
Escolher uma “pechincha”
pode sair caro. Com a Escolha
Acertada, pode imprimir o triplo
de documentos e fotografias
face à multifunções mais
dispendiosa do teste

Nos tempos que correm, as até com menos de € 4o já po-

www.deco.proteste.pt
comodidades que o conceito
Consulte os 972 de “trabalhar em casa” oferece
preços recolhidos
em 130 lojas conquistam cada vez mais con-
de 14 distritos sumidores. Mas, para isso, é
fundamental estar apetrechado
de todos os equipamentos que
lhe permitam assegurar as suas
tarefas de escritório, no confor-
to do lar.
As impressoras multifunções
fazem parte do kit de sobre-
vivência. Além da função de
impressão, estes modelos per-
mitem digitalizar, fotocopiar e,
nalguns casos, até enviar docu-
mentos por fax.
Se está a procura de uma im-
pressora nova, decerto será
tentado pelos baixos preços
das impressoras multifunções
de jacto de tinta. Actualmente,
de comprar uma multifunções.
Mas não se iluda. Os modelos
mais baratos são, regra geral,
mais lentos e a tinta fica mais
cara por cada página imprimi-
da. O nosso teste a 22 impres-
soras multifunções de jacto de
tinta tira-lhe as dúvidas.
Mundo de funções
> Com a excepção da Epson
Stylus DX4000 e da HP Deskjet
F380, todas as multifunções
testadas imprimem fotos sem
ter de ligar o computador.
> Metade dos modelos tem um
ecrã LCD que permite ver e es-
colher as imagens. Nesse caso,
basta inserir o cartão de memó-
ria na impressora. Caso contrá-
rio, o melhor é ligar a máquina
>>
1 Se possível, prefira o modo
rascunho, mais rápido e mais
poupado em energia e tin-
ta. Guarde as versões offline
das suas páginas favoritas no
computador, em vez de as im-
primir. Imprima os seus docu-
mentos em frente e verso.
2 Há lojas que recarregam
os cartuchos, reutilizando os
invólucros já usados. Impede
assim que plásticos não bio-
degradáveis e metais pesados
poluam os solos e as águas.
3 Desligue sempre o aparelho
ao fim do dia ou durante para-
gens de mais de 2 horas.
PROTESTE 278 Março 2007 41
 Rip By XmosRips

Os modelos nomeados

Canon Pixma MP830 Canon Pixma MP510 Canon Pixma MP160

IMPRESSORAS MULTIFUNÇÕES A CORES: CARACTERÍSTICAS E RESULTADOS DO TESTE

M Melhor do Teste
N Escolha Acertada CARACTERÍSTICAS RESULTADOS DOS TESTES

L Escolha Económica Qualidade de impressão Velocidade de impressão

Impressão de fotos a partir

Impressão de fotos a partir

A Muito bom

Facilidade de utilização
da máquina (por cabo)

do cartão de memória
B Bom
fotografia (resolução

fotografia (resolução
(resolução máxima)
(resolução normal)

(resolução normal)

C (resolução normal)
máxima em papel

máxima em papel
Médio
cores (resolução

cores (resolução

Cartuchos
D Medíocre de tinta (2)

Envio por fax

Ecrã LCD (3)

E Mau

Fotocopiar
Digitalizar
máxima)

de foto)

de foto)
normal)

n.a. Não se aplica

cores

cores
texto

texto

Marca e modelo
Canon Pixma MP830 P, FP, C, M, A F A B A A B A C B B B B B B B

Canon Pixma MP600 P, FP, C, M, A F A B B A B A C B B B n.a. B B B

Canon Pixma MP510 P, C, M, A F A B B B B A C C B B n.a. B B B

Canon Pixma MP530 P, FP, C, M, A I A B A C B A C C B C B B n.a. B

Epson Stylus Photo RX560 P, C, M, A, FM, FC F B B A A C A B C C C n.a. B B B

Epson Stylus Photo RX640 (1) P, C, M, A, FM, FC F A B B B C B D C B C n.a. C C B

Canon Pixma MP180 CMA, P I B B B B B B D C B C n.a. C C B

Epson Stylus DX5000 P, C, M, A n.a. B B A A D B C D C C n.a. B B B

Epson Stylus DX6000 P, C, M, A F B B A A D B C D C C n.a. B B B

Canon Pixma MP160 CMA, P I A B B B B C D C B C n.a. B n.a. B

Canon Pixma MP460 CMA, P F A B B B B B D C C C n.a. B B B

HP Photosmart C7180 P, C, M, A, FM, FC F B B A A B A D C C C B B B B

HP Photosmart C6180 P, C, M, A, FM, FC F B B A A B A D C C C B B B B

HP Photosmart C5180 P, C, M, A, FM, FC F B B A A B A D C C C n.a. n.a. B B

Epson Stylus DX4000 P, C, M, A n.a. B B B A D D D E C C n.a. n.a. n.a. B

HP Photosmart C4180 CMA (P ou F ) F B B B B B B C D C C n.a. n.a. B B

Lexmark X5470 CMA (P ou F ) I B D B B B B D D C C B B B B

HP Photosmart C3180 CMA (P ou F ) I D B B B B B D E C C n.a. B B C

Lexmark X3470 CMA I D D C C D B C D C D n.a. D D B

Brother MFC-240C P, C, M, A I D D C C C B E E C C B C C B

Lexmark X2470 CMA n.a. D D C C C C D D C C n.a. C n.a. B

HP Deskjet F380 CMA (P ou F ) n.a. B C C B C C E E C D n.a. n.a. n.a. B

(1) Modelo em fase final de comercialização;
(2) Cartuchos de tinta: P = preto; C = ciano; M = magenta; A = amarelo; CMA = ciano, magenta e amarelo num só cartucho; FP = preto para fotos; FC =ciano para fotos; FM = magenta para
(3) Ecrã LCD: visualização de fotos (F) ou de informações (I).

42 PROTESTE 278 Março 2007

 impressoras de jacto de tinta testámos 22 multifunções
Rip By XmosRips

>>
fotográfica à impressora, atra- Lexmark X3470 e X2470 e a HP ultrapassar os 28 segundos.
vés do cabo USB, para selec- Deskjet F380 não o fazem. Imprimir uma página em forma-
cionar o que vai imprimir. > Alguns aparelhos já impri- to PDF a cores demora entre 1
> A Epson Stylus Photo RX640 e mem também em CDs e DVDs minuto e meio a 6 minutos.
REPRESENTANTES a HP Photosmart C7180 trazem com uma face própria para o Já as fotografias A4 exigem en-
uma novidade até aqui limitada efeito. É o adeus às etiquetas. tre 1 minuto e meio a 10 minu-
BROTHER 21 425 44 50
www.brother.pt
às multifunções a laser: a có- A Canon Pixma MP830 permite tos. Precisará de muita paciên-
pia automática de um conjunto ainda imprimir automaticamen- cia para a HP Deskjet F380: es-
CANON 21 470 40 00
www.copicanola.pt de folhas, em vez de inseri-las te frente e verso sem ter de te aparelho requer 12 minutos
EPSON 21 303 54 00 uma a uma. virar o papel. Mas tal opção para um PDF e 21 minutos para
www.epson.pt > A impressão de fotografia em pode sair cara (ver ilustração uma fotografia A4.
HP 21 482 85 00 tamanho 10x15 sem margens nesta página). > A digitalizar e copiar docu-
www.hp.pt
brancas é possível em todos mentos com texto, imagens e
LEXMARK
www.lexmark.pt
21 420 03 60
os modelos. Em fotografias Prova de velocidade fotografias, os resultados são
A4, o caso muda de figura: as > Tanto a imprimir texto, como mais tímidos do que na impres-
a cores e fotografia em máxima são. A Canon Pixma MP830 e a
qualidade, a maioria das mul- Epson Stylus Photo RX640 des-
tifunções testadas não se saiu tacam-se nas digitalizações de
PREÇO (€) Novembro de 2006 nada mal. Nas cores em resolu- objectos tridimensionais, ga-
custo da tinta por página
ção normal, os três modelos da rantindo uma reprodução com
Lexmark e a Brother MFC-240C profundidade de campo.
APRECIAÇÃO foram os únicos com nota me- > Dos modelos testados, seis
GLOBAL de aquisição díocre. No texto, os resultados permitem enviar faxes, com
preto e branco

(entre... e...)
Versatilidade

negativos das Lexmark X2470 e bons resultados. Mas tenha em

Consumo

X3470 e da Brother repetem-se atenção que essas impresso-

foto A4
Ruído

cores

e a HP Photosmart C3180 tam- ras são, no geral, mais caras.

100
0

bém apresenta problemas. Nas multifunções sem fax, terá

AFB B B B 363,00 - 453,80 0,06 0,12 0,72
Só com a resolução máxima de digitalizar os documentos e
AFB B B B 177,07 - 236,00 0,04 0,11 0,82 para cor e para fotografia, as enviá-los através do computa-
B B B B 139,00 - 160,70 0,04 0,10 0,79 apreciações melhoram. dor, desde que este tenha um
B B B B 286,30 - 342,60 0,04 0,11 0,71 > Os aparelhos mais rápidos fax/modem.
exigem cerca de 8 segundos > Mesmo em modo de espera
BFC B B B 184,00 - 229,00 0,04 0,16 1,81
para imprimir uma página de (stand-by), a maioria das mul-
B B B BFC 276,00 - 349,00 0,02 0,06 0,95
texto. Os mais lentos podem tifunções testadas gasta mais
BFC B B BFC 88,12 - 110,10 0,06 0,18 1,25 >>
BFC A B BFC 106,00 - 147,00 0,04 0,22 1,53

BFC A B BFC 124,00 - 165,00 0,04 0,24 1,38

BFC B B BFC 59,00 - 99,00 0,05 0,19 1,01

BFC A B BFC 104,30 - 130,40 0,05 0,20 0,98

AFB E B BFC 415,00 - 479,00 0,03 0,11 0,93

B D B BFC 292,60 - 369,00 0,04 0,09 0,90

Ao imprimir em frente
B D B BFC 199,00 - 249,00 0,05 0,01 0,94 e verso, a Canon
Pixma MP830 não
CFD A B BFC 82,00 - 119,00 0,04 0,21 1,31
usa o cartucho preto,
BFC D B BFC 121,00 - 166,00 0,04 0,31 1,66 mas os de cores para
fotos. A impressão
BFC B B C 106,00 - 140,30 0,05 0,14 2,23 perde qualidade e
gasta quatro vezes
C D B C 87,00 - 130,00 0,04 0,25 1,66 mais tinta por página
CFD B B C 65,00 - 86,00 0,09 0,28 2,43

BFC B B C 99,90 - 145,00 0,07 0,14 0,78

CFD B B C 39,00 - 59,00 0,09 0,28 2,48

CFD C B C 79,00 - 109,00 0,08 0,19 2,93

fotos; F = tinta para fotos (cartucho inclui FP, FC e FM);

PROTESTE 278 Março 2007 43

 impressoras de jacto de tinta testámos 22 multifunções
Rip By XmosRips

MÁQUINAS RÁPIDAS EM REDE

A maioria dos aparelhos vem equipada com uma ligação USB
2.0. Em princípio, esta assegura uma transferência mais rápida
que os modelos com USB 1.1, como a HP Photosmart C3180
e a C4180, a Epson Stylus DX4000, a Brother MFC-240C e as
Lexmark X3470 e X2470. A USB 2.0 faz a diferença quando
se copia as fotografias para o computador, inserindo o cartão
de memória na impressora. As HP Photosmart C5180, C6180
e C7180 são as únicas multifunções do teste que podem ser
partilhadas por vários computadores ligados por Ethernet. As Ao digitalizar objectos a 3 dimensões, só a Canon Pixma MP830 e a Epson
RX640 reproduzem sem desfocar as partes mais distantes
HP Photosmart C6180 e C7180 também podem ser ligadas a
uma rede sem fios (Wi-fi). De todas as testadas, só a HP C7180
vem, de origem, com uma ligação bluetooth, útil para imprimir > Verificámos neste teste que que os 72 cêntimos para cada
sem fios a partir de aparelhos com essa função, como telemó- alguns modelos imprimem fo- fotografia em A4 são divididos
veis PDA ou computadores portáteis. tografias com qualidade, sem por 4 fotografias em 10x15 e
utilizar tinta específica. Mas se juntando 17 cêntimos de custo
vai imprimir todas as fotogra- em papel para cada uma).
A impressora
liga-se ao
fias das últimas férias, sai mais > Mesmo que procure tinteiros
computador pela barato recorrer a uma loja de alternativos, muitas marcas difi-
porta USB fotografias ou a um serviço de cultam a sua produção. Os car-
Ligação por Ethernet, impressão na Net. tuchos de tinta da Epson e das
útil para vários > Na última análise que fizemos impressoras mais caras da Ca-
computadores
partilharem uma
a esses serviços (PRO TESTE non e da HP têm um chip que
mesma impressora n.º 268, de Abril de 2006), os deve gerir o gasto de tinta, com
preços rondavam os 25 cênti- o pretexto de evitar impressões
mos por cada fotografia. Mes- a “seco” que podem danificar
>> mo considerando os portes de as cabeças de impressão.
de 4 Watts. Regra geral, as que dinheiro, são mais três páginas envio, fica mais em conta do Contudo, para o consumidor
têm fax consomem mais ener- de cada tipo que imprime. que gastar 35 cêntimos com a não há ganhos, pois é frequen-
gia, pois nunca são totalmente > Mas as desvantagens dos mo- Melhor do Teste (Canon Pixma te os chips obrigarem a substi-
desligadas. Neste aspecto, a delos mais baratos não ficam MP830) por cada imagem (dado tuir cartuchos com tinta.
pior foi a HP Photosmart C7180, por aqui. As Lexmark X3470 e
com um consumo exagerado de X2470 são as únicas que não
12 Watts em stand-by. utilizam um cartucho de preto.
Para obter a cor preta, combi-
Tinta a preço de ouro nam e gastam 3 cores diferen- ESCOLHA ACERTADA
> É nos tinteiros que as marcas tes: amarelo, ciano e magenta.
de impressoras mais lucram. > Outras multifunções utilizam > Todas as funções num só aparelho é o mote dos fabricantes
Ao comprar um modelo, deve um só cartucho com as três co- de impressoras multifunções. Podem ser um bom investimento,
ter em conta a utilização que res. Corre-se o risco de uma das mas não se deixe iludir pelo preço de compra, pois o custo de
lhe vai dar, pois o papel e a cores acabar e as outras não, o tinta rapidamente transforma um bom negócio num aparelho
tinta podem encarecer bastante que implica substituir todo o dispendioso.
o que lhe parece uma “pechin- tinteiro na mesma, desperdi- > Porque alia a qualidade e a velocidade de impressão e bons
cha”. A Lexmark X2470 (€ 39), çando a tinta não utilizada. desempenhos nas outras funções, a Canon Pixma MP830 (entre
€ 363 e € 453,80) recebeu o título de Melhor do Teste.
por exemplo, parece tentadora > Se a impressora só tiver es-
> Por oferecer uma boa relação entre a qualidade e o custo total
na compra, mas detém o recor- paço para dois cartuchos (cores
de utilização, a Canon Pixma MP510 (entre € 139 e € 160,70)
de do teste nos custos de uti- e preto), como acontece em 9 é a nossa Escolha Acertada. Em comparação com os aparelhos
lização, por página: 9 cêntimos modelos, tem de retirar o de mais dispendiosos, pode imprimir o triplo de páginas de texto, a
a preto e branco, 28 cêntimos preto para instalar o de foto- cores ou fotografia, pelo mesmo custo.
a cores e € 2,48 por fotografia grafias. É pouco prático e pode > Para quem imprime pouco e está disposto a abdicar de al-
em A4. Comparada com a nos- sair caro, caso se esqueça de guma qualidade, opte pela Escolha Económica: a Canon Pixma
sa Escolha Acertada, a Canon trocar os cartuchos quando im- MP160 (entre 59 e 99 euros).
Pixma MP510, com o mesmo prime texto.
44 PROTESTE 278 Março 2007

breves
BOM VINHO À MESA
> Muito utilizado na cozinha para
temperar os mais variados pra-
tos, o vinho é, sobretudo, uma
boa companhia às refeições.
> Mas antes de o pôr na mesa,
convém cuidar da sua conserva-
ção. Deite as garrafas num local
escuro, a uma temperatura cons-
tante, de preferência entre os 12
e os 14 graus centígrados.
> O ideal é haver pouca humida-
de e alguma ventilação no local,
para evitar cheiros que possam
alterar o sabor do vinho. É desa-
conselhável guardar químicos e
tintas no mesmo sítio.
> A temperatura ideal a que o
vinho deve ser bebido varia con-
soante o tipo de néctar. Os bran-
cos devem servir-se entre os 10 e
os 12°C. Já os tintos serão mais
bem apreciados entre os 16 e os
18 graus centígrados.
> Ao servir o vinho, opte por co-
pos adequados, com formas mais
fechadas, para evitar que os aro-
mas escapem rapidamente.
PÉS EM FORMA
> Nem sempre lhes damos a
atenção devida, a não ser quan-
do os pés se “queixam” e nos
incomodam. Alguns cuidados di-
ários podem evitar problemas.
> Vá à sapataria ao fim do dia,
quando os pés estão mais incha-
dos. Compre calçado apropriado
ao tamanho dos pés e com espa-
ço suficiente entre os dedos.
> Não use o mesmo par de sapa-
tos durante muitos dias segui-
dos. Se costuma ter problemas
nos pés, evite andar descalço.
Na piscina, não descure o uso de
chinelos, para afastar possíveis
contaminações. Para o desporto,
compre uns ténis adequados.
> Depois de lavar os pés, seque-
-os bem entre os dedos, para evi-
tar micoses, como pé de atleta.
LEITE CARO E POUCO ÚTIL
> Estão à venda em qualquer
superfície comercial e anunciam-
-se como “leites de crescimento”
para crianças. Os pais compram-
-nos, julgando que se trata de
produtos essenciais para o bom
crescimento dos mais pequenos.
> Contudo, os resultados do
estudo que publicámos na TES-
TE SAÚDE n.º 65, de Fevereiro
último, mostram que os leites
enriquecidos em vitaminas e
minerais não trazem vantagens
adicionais face ao leite de vaca
meio-gordo. Além disso, podem
custar o dobro ou até o triplo do
leite tradicional.
> A nossa análise a 9 leites pa-
ra crianças de 1 aos 3 anos e a
partir dos 3 anos revelou pro-
dutos com açúcar e calorias em
excesso. Os fabricantes apostam
na adição de açúcar, aroma a
baunilha ou cereais, para cativar
os mais novos. Habituadas ao
sabor doce, as crianças podem
ter uma adaptação mais difícil
ao sabor natural dos alimentos.
Pior: mais tarde, pode haver um
maior risco de obesidade e de
formação de cáries dentárias.
> O consumo destes leites enri-
quecidos só poderá beneficiar
as crianças com problemas de
apetite, se tal for indicado pe-
Rip By XmosRips
Dê ao seu filho
fruta, legumes
e peixe. Obtém
os nutrientes
de que precisa
e é mais barato
lo médico. Para as outras, uma
alimentação variada e equili-
brada, sobretudo rica em fruta,
vegetais, cereais, ovos e peixe
gordo, permite obter todos os
nutrientes de que precisam.
> A mais-valia destes leites é
o facto de serem enriquecidos
com ácidos gordos essenciais.
Estes não são produzidos pelo
nosso organismo. Logo, temos
de ingeri-los pelos alimentos.
> Mesmo assim, é preciso algum
cuidado para evitar os excessos
de vitaminas A, E, C e D e de
cálcio no organismo das crian-
TESTE SAÚDE encontrou produtos
ças. Antes de comprar, verifique com açúcar e calorias
na embalagem qual a contribui- em excesso
ção do produto para as doses
diárias recomendadas. P
DOSE DE CÁLCIO DE CADA DIA
500 ml de leite
4 iogurtes naturais 60 g de queijo
= =
A partir de um ano, o ideal é que a criança ingira, por dia, cerca de meio
litro de leite ou o equivalente noutros alimentos lácteos
PROTESTE 278 Março 2007 45
 Rip By XmosRips

breves

ROLHA NACIONAL CONTRA O DESPERDÍCIO

Torneiras com arejadores ou
redutores de caudal permitem
poupar água, sem perder conforto
Com um uso mais consciente, uma família de 4
pessoas poupa cerca de 80 mil litros de água por ano
> Ao fim do dia, um duche bem
quente retempera as forças. Mas
não desperdice. A 22 de Março
assinala-se o Dia Mundial da
Água. Uma boa altura para lem-
brar que, no banho ou enquanto
lava a loiça, há gestos simples
que permitem ajudar o ambiente
e a sua carteira.
> Prefira o duche ao banho de
imersão. Feche a torneira en-
quanto se ensaboa no duche,
escova os dentes ou faz a barba:
ao fim de um ano, uma família
de quatro pessoas pode poupar
cerca de 80 mil litros de água.
> Enquanto espera que a água
aqueça, recolha a fria para lava-
gens em casa, descargas na sa-
nita ou rega de plantas.
> Se possível, substitua as tornei-
ras tradicionais por modelos com
sistemas de poupança, como re-
dutores de caudal ou arejadores,
que reduzem o fluxo de água em
50%, sem perder o conforto.
> Pequenos descuidos e avarias
podem sair caros. Arranje as tor-
neiras e os autoclismos que pin-
gam, para poupar água e energia
(no caso de ter um termoacumu-
lador em casa). Poucos pingos
por minuto podem ser um mar
de desperdício: cerca de 50 litros
por dia ou 1500 litros por mês.
> Prefira um autoclismo com bai-
xa capacidade (6 litros em vez de
10), com descarga diferenciada
(2 botões) ou função stop, que
interrompe a descarga quando o
botão é de novo accionado.
> Na cozinha, quando lavar a
loiça à mão, não lave as peças
uma a uma. Junte uma quantida-
de de loiça e lave-a de uma só
vez. Se usar a máquina, prefira
a carga completa, que gasta me-
nos água.
> Encha bem a máquina de lavar
roupa em cada lavagem. Em últi-
mo caso, se não conseguir juntar
roupa suficiente, utilize o botão
de “meia carga”.
> Para pouca roupa ou peças
isoladas, lave à mão, utilizando
essa água para lavar o chão da
cozinha, por exemplo. P

SEM SOMBRA DE SUJIDADE

Menos tempo e dinheiro para ter a casa a brilhar,
com as nossas respostas para missões impossíveis
> Essencial para bem viver e desfrutar do lar, a lim- rantem limpeza impecável.
peza da casa é, para muitas pessoas, um atentado Desde alcatrão e tintas até
aos tempos livres e à carteira. Actualmente, existem gordura e ferrugem, descu-
no mercado produtos que prometem pequenos “mi- bra a solução ideal.
lagres”, mas muitos são caros e exigem uma paci- > Fazemos ainda uma
ência de santo. Para poupar tempo e dinheiro, viagem pelas divisões da
muna-se de alguns truques eficazes. casa. Electrodomésticos,
> No nosso guia Soluções fáceis para limpezas difí- mobiliário, alcatifas, cor-
ceis, ajudamo-lo a fazer um “plano de ataque”. tinados, paredes e pavi-
Em primeiro lugar, é preciso organizar um kit de mentos: para todos, indi-
produtos e utensílios de limpeza. Se preferir contra- camos os tratamentos mais adequados. Damos-lhe
tar alguém para cuidar da casa, saiba quais os seus ainda conta dos cuidados redobrados a ter com ar-
direitos e deveres. tigos valiosos e delicados, como peças de joalharia,
> Algumas “aventuras” por parte dos menos ex- antiguidades e outros objectos de decoração. Para
perientes podem dar mau resultado. Em caso de situações especiais, como eliminar pragas de insec-
emergência, siga os nossos passos para prestar os tos ou proteger os habitantes com alergias, não dei- Encomendas
primeiros socorros nas situações mais frequentes. xe de ler os nossos conselhos. Telefone: 808 200 146
Correio electrónico:
> Se quer desvendar alguns segredos para nódoas > Por fim, porque o exterior também conta, aprenda assinaturas@deco.proteste.pt
difíceis, explicamos algumas técnicas que lhe ga- a cuidar do jardim e do seu carro. P Loja virtual: www.deco.proteste.pt/loja

46 PROTESTE 278 Março 2007


TANTAS FUNÇÕES NUM SÓ CLIQUE
Últimas novidades para ligar, fotografar, ouvir
música e aceder à Net, com um único aparelho
M Melhor do Teste
N Escolha Acertada
L Escolha Económica
novo
Sony Ericsson W850i Nokia 6233
€ 479,90 - € 499,90
€ 269 - € 299
> Há muito que os telemóveis deixaram de ser
meros aparelhos para fazer chamadas. Foto-
grafar, filmar, ouvir música e aceder à Internet
são algumas das possibilidades que as marcas
apostam em inovar.
> Se o seu telemóvel já anda a pedir reforma
há algum tempo, fique a par das novidades pa-
ra escolher o seu novo modelo.
> Entre os telemóveis de terceira geração
(UMTS), com máquina fotográfica e leitor de
MP3, atribuímos o título de Melhor do Teste ao
Sony Ericsson W850i. Porque oferece um bom
desempenho a um preço interessante, o Nokia
6233 é a nossa Escolha Acertada.
> Na categoria de telemóveis de segunda gera-
ção, com máquina fotográfica e leitor de MP3,
o novo Nokia 5300 Xpress Music é o Melhor do
Teste e Escolha Acertada. Cartão de memória
novo
Nokia 5300 Xpress Music Nokia 6070
€ 219 € 119 - € 129
de 256 MB e modo de voo para poder ouvir
música ou tirar fotografias, com as funções de
comunicação desligadas, são alguns dos seus
atributos.
> Para quem não está interessado na função de
ouvir música, mas não prescinde de tirar fotos
com o telemóvel, o Nokia 6070 é o Melhor do
Teste e também a Escolha Acertada.
> Os aparelhos que elegemos são vendidos
avulso. Se preferir um telemóvel inserido num
pacote de uma operadora, opte por um mode-
lo com boa classificação e ao mais baixo preço
que encontrar na sua operadora.
> Para saber mais características e preços, veja
a nossa página www.deco.proteste.pt > Elec-
trónica e telemóveis. Também pode ler o nos-
so último estudo comparativo, na PRO TESTE
n.º 276, de Janeiro último. P
Rip By XmosRips
ALERGIAS À PORTA
> Com a Primavera a chegar, apa-
recem as preocupações para as
pessoas mais sensíveis às aler-
gias. Regra geral, é nesta altura
que se dá a polinização de mui-
tas árvores, responsável pela ri-
nite alérgica sazonal.
> Se costuma ter problemas, are-
je o seu quarto, pelo menos, du-
rante 15 minutos, de manhã.
> Prefira lavar o cabelo antes de
se deitar, para não ficar em con-
tacto com o pólen aí acumulado.
> Evite os temidos ácaros e lave
as coberturas, colchões e almofa-
das, a uma temperatura superior
a 60°C, sempre que possível.
APARELHOS
COM NOVA VIDA
> Ao comprar um electrodomésti-
co novo, pode entregar o antigo
na loja, sem pagar nada, desde
que seja equivalente e tenha a
mesma função do comprado.
> Também pode contactar a sua
câmara municipal e pedir a reco-
lha dos “monos”, ou depositá-los
no ecocentro do município (veja
se há um perto de si, no nosso
sítio www.deco.proteste.pt).
PLANTAS CUIDADAS
> Se tem plantas em casa que
precisam de ser mudadas para
um vaso maior, o início da Pri-
mavera é a melhor época para o
fazer. As raízes precisam de es-
paço para crescer e a renovação
da terra traz novos nutrientes.
> Examine regularmente a parte
de trás das folhas das plantas,
onde alguns insectos se alojam.
> Não fertilize, nem regue em de-
masia. Muita humidade favorece
o aparecimento de doenças pro-
vocadas por fungos.
PROTESTE 278 Março 2007 47
 Rip By XmosRips

passar
passaraapalavra
palavra

ASSEMBLEIA-GERAL DA DECO
NÓS E OS MEDIA Convoco os associados da DECO Se, à hora indicada, não estive-
- Associação Portuguesa para a rem presentes pelo menos cem
RÁDIO Defesa do Consumidor - para, associados, a Assembleia-Geral
Nacional nos termos do art. 9.º dos Estatu- reunirá meia hora mais tarde,
> Antena 1, Directo ao consumidor, de tos, se reunirem em Assembleia no mesmo local, com qualquer
2.ª a 6.ª feira, às 14h e 15m. Geral Ordinária, na Rua da Arti- número de associados. Os docu-
Internacional lharia Um, n.º 79, 4º, 1269-160 mentos relativos à ordem de tra-
> RDP Internacional, rubrica Saber comer, diariamente às Lisboa, no dia 28 de Março de balhos podem ser examinados
00:50; 07:20; 15:20; 19:15. 2007 (quarta-feira), pelas 20 e pelos associados na sede da DE-
> Rádio Alfa Paris, emissão quinzenal. 30 horas, com a seguinte ordem CO, onde serão afixados dez dias
Regional (programas semanais) de trabalhos: antes da realização da reunião
> Alentejo: Rádio Miróbriga, Espaço DECO, 5.ª feira, entre 1. apreciar e votar o relatório e da Assembleia.
as 11h e 20m e as 11h e 30m; sábado a partir das 13h e contas da Direcção e parecer do Lisboa, 26 de Fevereiro de 2007.
30m. Conselho Fiscal referentes ao O Presidente da Mesa da Assem-
> Algarve: Rádio Alvor, Rádio Racal, Rádio Televisão Atlân- exercício de 2006; bleia-Geral, Luís Manuel Pessoa
tico, Rádio Costa d’Oiro, Rádio Guadiana, Rádio Gilão e 2. assuntos diversos. Monteiro Brandão. P
Rádio Fóia.
> Coimbra: Rádio Batalha e Rádio Clube de Arganil.
> Évora: Rádio Renascença de Elvas, Rádio Clube de Grân- FORMAÇÃO AVANÇADA
dola e Cidade FM.
> Porto: Rádio Clube de Matosinhos. > Entre 8 e 9 de Março, na Faculdade de
> Viana do Castelo: Rádio Afifense. Direito da Universidade Nova, decorre a
> Ilha da Terceira, Açores: Rádio Nova Cidade, 5.ª feira, formação “Os direitos dos consumido-
às 10 horas. res, um desafio para as organizações
empresariais”, orientada para empre-
IMPRENSA sários e quadros técnicos superiores,
Nacional entre outros, que desejam aprofundar
> Correio da Manhã, ao sábado. os seus conhecimentos nesta área.
> Jornal de Negócios, à 6.ª feira. Publicidade, práticas comerciais desle-
> Jornal 24 horas, Alerta Deco, 2.ª a 6.ª ais, regras para a venda de bens e ser-
feira. viços aos consumidores serão alguns
Regional (colunas semanais) dos temas abordados. O comércio elec-
> Algarve: Região do Sul, Postal do Algarve, Jornal do Al- trónico e os novos meios de pagamento
garve, Voz de Loulé, Jornal de Monchique, Jornal de Al- também serão focados, bem como o crédito de consumo.
bufeira, Correio de Lagos, Notícias de São Brás e Algarve > As inscrições poderão ser feitas na sede da DECO (R. Artilharia Um,
Região. 79, 4.º, 1269-160 Lisboa), por correio electrónico (formacao@deco.
> Coimbra: A Comarca de Arganil, Diário de Coimbra, pt), telefone (21 371 02 39) ou fax (21 371 02 99). P
Diário de Leiria, Jornal de Arganil, Mealhada Moderna e
Região Bairradina (coluna mensal).
> Évora: Diário do Sul e Agenda da Câmara Municipal de CONSUMIDORES E A CONCORRÊNCIA
Portalegre (coluna mensal).
> Porto: Jornal de Barcelos, Jornal da Lixa, Matosinhos Ho- > Em colaboração com o Con- tos do consumidor num mercado
je e O Comércio de Gaia. selho Superior de Magistratura, concorrencial serão as pedras de
> Santarém: Jornal O Mirante. e com o apoio da Comissão Eu- toque.
> Viseu: Diário de Viseu e Boletim Municipal de Penedono. ropeia, a DECO realiza este mês > Nos dias 2 e 3, participam os
dois seminários que têm como juízes dos distritos judiciais de
INTERNET tema central “O Tribunal, o Direi- Lisboa e Évora, e a 30 e 31, os
> Artigo mensal no portal Fastaccess to Europeu da Concorrência e os juízes pertencentes aos distri-
(www.fastaccess.pt) Consumidores”. A importância tos judiciais do Porto e Coimbra.
da aplicação das normas comu- O primeiro seminário realiza-se
nitárias em matéria de concor- em Carvoeiro, no Algarve, e o se-
rência e a salvaguarda dos direi- gundo em Guimarães. P

48 PROTESTE 278 Março 2007


TAXAS MODERADORAS COM LIMITE
> As dívidas relativas a taxas
moderadoras com mais de três
anos não devem ser pagas pelos
consumidores.
Quando um utente vai a um hos-
pital ou serviço, integrado no
Serviço Nacional de Saúde, em
geral, paga uma taxa para rece-
ber cuidados médicos, os quais
lhe serão prestados mediante
o seu pagamento (imediato ou
posterior). Mas a cobrança da
taxa moderadora só pode ser
feita, no máximo, até três anos.
> A lei estabelece diferentes
prazos de prescrição consoante
DINHEIRO & DIREITOS DESTE MÊS
> Contas à ordem: poupe várias
dezenas de euros por ano
> Contas “pacote”: muita pu-
blicidade, mas poucas van-
tagens
> Multirriscos-habitação: anali-
sámos 27 apólices
> IRS: solteiros, reformados e
deficientes pagam mais
> Sinistro automóvel: como
preencher bem a declaração
amigável
> Reunião de condomínio: se
faltar, nomeie um procurador
o tipo de dívida que estiver em
causa. No caso das dívidas ao
Serviço Nacional de Saúde, pela
sua natureza, esse prazo foi fi-
xado em três anos. Assim, todos
os consumidores que recebam
avisos para o pagamento destas
taxas, cujo prazo que referimos
já tenha sido ultrapassado, não
deverão fazê-lo, podendo infor-
mar que as mesmas já se encon-
tram prescritas.
> O valor das taxas mode-
radoras varia entre € 2,05 e
€ 4,20, nas consultas, e € 3,30 e
€ 8,50, nas ugências. P
Rip By XmosRips
CONSUMIDORES DE TODO O MUNDO
BATATA FRITA BRASILEIRA PERIGOSA
Níveis elevados de uma substância po-
tencialmente cancerígena é o alerta que
a Pro Teste, revista da associação de
consumidores brasileira nossa congéne-
re, na edição de Fevereiro, faz em rela-
ção às batatas fritas de pacote. Além de
gordura e sal em excesso, as 10 marcas
de batatas testadas contêm níveis de
acrilamida acima do aceitável, segundo
os limites da Organização Mundial de
Saúde. Também do outro lado do Atlân-
tico a acrilamida, substância potencialmente cancerígena, é um
problema. Em 2005, testámos 20 amostras de batatas fritas de
pacote e 7 continham teores elevados de acrilamida.
TELEMÓVEIS MAL REPARADOS
A maioria dos telemóveis passam nos
testes de robustez. Mas quando algo
corre mal, o tempo de reparação e os
serviços de atendimento ao cliente
deixam muito a desejar. Na edição de
Fevereiro, a Choice, revista australiana
de defesa do consumidor, publica um
estudo onde conclui que, em caso de
avaria, a muitos consumidores são-lhe
negados direitos relacionados com ga-
rantias. Também passam informação
enganadora e incorrecta. A lei obriga a substituir e a reparar os
telemóveis, mas muitas lojas tentam escapar a este dever.
MULHER PAGA MENOS E RECEBE MENOS
Em Dezembro de 2006, a revista inglesa
de defesa dos consumidores, Which?,
investigou se as mulheres pagam mais
por produtos e serviços. Apesar de ser
mais a atitude a influenciar o negócio,
as mulheres conseguem melhores pre-
ços numa oficina automóvel. Para pintar
a sala, ambos os sexos poderiam fazer
bons ou maus negócios. Mas nos segu-
ros automóvel e de saúde, o primeiro é
mais barato para a mulher, o segundo mais caro. Nos produtos
financeiros, o sexo feminino sai a perder. Se há situações dificeis
de contornar, faça valer os direitos, queixando-se. P
PROTESTE 278 Março 2007 49

PRO TESTE sempre
CINTA DE VIAGEM
PERDIDA
No dia 26 de Setembro de
2005, o nosso associado J.P.,
de Lisboa, viajou para a ilha da
Terceira pela companhia aérea
TAP. À chegada, reparou que a
cinta de segurança da mala tinha
desaparecido. Dirigiu-se, então,
aos serviços da transportadora
para resolver o problema.
Foi, no entanto, informado pela
funcionária do atendimento
de que a companhia não se
responsabilizava pela perda,
dado a cinta ser considerada um
extra da mala.
Pouco convencido com a
explicação, J.P. pediu a abertura
de um processo de bagagem
danificada.
Como passou um mês sem
resposta, o nosso leitor
contactou-nos. Aconselhámos
J.P. a escrever à TAP, pedindo
informações sobre o processo,
bem como o pagamento da cinta
no prazo de 10 dias a contar
da data de envio. Depois de
esperar, em vão, mais de duas
50 PROTESTE 278 Março 2007
Cinco meses
depois, a TAP
assumiu a
responsabilidade
pela cinta
de segurança
perdida e
indemnizou o
nosso leitor
semanas por uma reacção da
transportadora, J.P. voltou a
contactar-nos. Desta feita, pedia
a nossa intervenção.
Por considerarmos que é da
responsabilidade da TAP ressarcir
este associado, pedimos
explicações à transportadora.
A resposta tardou três meses.
Esta justificava a recusa inicial
com um equívoco do funcionário
e garantia o pagamento da cinta
desaparecida. A situação foi
resolvida a favor do leitor,
mas é inaceitável que a TAP
tenha demorado cinco meses
a assumir uma responsabilidade
a que está obrigada.
O inquérito de satisfação sobre
aeroportos e companhias que
publicámos em Maio último,
demonstra que este problema
não é um caso isolado.
Atrasos nos voos, problemas
com as bagagens e falta de
pagamento das compensações
devidas foram as principais
queixas dos 2100 portugueses
inquiridos. Para mais
informações, veja a PRO TESTE
n.º 269, de Maio de 2006. N
CALDEIRA
EXPLOSIVA
O nosso leitor J.R., de Silves,
comprou, em Junho de 2006,
uma caldeira de aquecimento
da marca Fagor, em Portimão.
Desde que esta foi instalada,
nunca funcionou bem.
Desligava-se constantemente
e, por vezes, causava algumas
explosões. O técnico da marca
deslocou-se a casa deste
associado diversas vezes, mas,
em quatro meses, J.R. nunca a
conseguiu utilizar.
Como as sucessivas queixas por
telefone junto do representante
da Fagor e da marca de nada
serviram, o leitor enviou uma
carta registada à Fagor.
Cinco meses depois de ter
comprado a caldeira e cansado
de esperar pela resolução
da falha no equipamento,
J.R. contactou-nos.
De imediato, pedimos
esclarecimentos à Fagor.
Segundo a lei, esta tem de
se responsabilizar pelo bom
funcionamento da caldeira
durante o seu prazo de garantia,
ou seja, dois anos.
A resposta da Fagor chegou no
final de Dezembro de 2006,
anunciando que o equipamento
do nosso associado iria ser
finalmente substituído.
Truques para reduzir a factura do gás,
luz e água na PRO TESTE n.º 276,
de Janeiro de 2007
Rip By XmosRips
Nota final: na PRO TESTE
n.º 276, de Janeiro último,
poderá encontrar ideias e
conselhos úteis para reduzir a
factura energética da sua casa
sem ter de perder, para isso,
conforto. N
CONSULTA
POR REEMBOLSAR
A nossa leitora A.S., de Vila Nova
de Gaia, é cliente do seguro de
saúde Multicare. Depois de ter
sido consultada, no Hospital da
Arrábida, por um médico da rede
Multicare, pediu o reembolso
da respectiva factura. Porém, foi
informada pelo Serviço de Apoio
ao Cliente de que o médico em
questão não fazia parte da rede
e, por isso, não poderia ser
reembolsada.
Este esclarecimento não
convenceu A.S, dado o nome do
médico estar nomeado na página
do sítio do seguro.
Após vários telefonemas
inconclusivos, foi assegurado à
nossa associada de que seria
contactada posteriormente.
Mas ao fim de um mês, não
tinha recebido nenhuma resposta
do sistema de saúde.
A.S. decidiu, então, escrever-nos
para a ajudarmos. Contactámos,
rapidamente a Multicare.
No entanto, como ao final
de um mês e meio, ainda não
tínhamos nenhuma reacção,
voltámos a insistir junto do
sistema de saúde.
Só em Setembro de 2006, quase
meio ano depois do primeiro
pedido de reembolso de A.S,
a Multicare decide ressarcir a
leitora pelo valor de 132 euros.
Para mais informações sobre
seguros de saúde e direitos dos
utentes, consulte a DINHEIRO
& DIREITOS n.º 71, de Setembro
de 2005. N

Informação actualizada sobre a gestão
municipal de resíduos no nosso sítio
da Net (www.deco.proteste.pt)
NÃO ÀS LÂMPADAS
NO VIDRÃO
Na sequência do artigo sobre
a gestão municipal de lixo,
publicado na edição de Janeiro,
a nossa leitora I.R., de Coimbra
escreveu-nos para saber se as
lâmpadas fluorescentes podem
ser depositadas no ecoponto.
As lâmpadas não devem ser
deitadas no lixo e, muito menos,
no vidrão. As fluorescentes ou
de descarga contêm substâncias
perigosas, que devem ser
recolhidas separadamente
com vista ao seu adequado
tratamento. Quando uma
lâmpada deste tipo se funde,
pode entregá-la, sem qualquer
custo, no estabelecimento
onde vai comprar a nova.
Também pode depositá-la nos
centros de recolha de resíduos
de equipamento eléctrico e
electrónico, ou nos ecocentros
que as aceitam. Para saber se
o ecocentro mais próximo de si
recolhe estes resíduos, consulte
a base de dados disponível
no nosso sítio da Internet
(www.deco.proteste.pt). N
AVIÃO SEM ASAS
No início de 2005, o nosso
associado J.T., da Quinta do
Conde (concelho de Sesimbra),
começou a montagem do
avião Spitfire de Radio Control,
comercializado pela Planeta
DeAgostini. Para isso, levantava
todas as semanas um fascículo
numa papelaria. Como o número
31 chegou danificado, foi
devolvido pela papelaria, tendo
J.T. ficado a aguardar a sua
reposição.
Mesmo sem essa entrega,
optou por continuar a comprar
os fascículos seguintes todas as
semanas. Ao chegar ao número
50 e cansado de esperar,
informou a papelaria de que só
levantaria os restantes, quando
lhe fosse entregue o fascículo
em falta.
Após vários contactos telefónicos
com a Planeta DeAgostini, ficou
a saber que não havia peças
para substituição. Num novo
telefonema, já no princípio
de Novembro de 2006, foi
assegurado a este leitor que as
peças estavam em Portugal.
Mas, pouco convencido,
J.T. contactou-nos para o
esclarecermos sobre os seus
direitos. A nosso conselho,
escreveu uma carta à Planeta
DeAgostini, descrevendo a
situação e exigindo a peça
em falta e a garantia do
fornecimento dos restantes
fascículos. Caso contrário, J.T.
queria desistir da colecção,
devolvendo, para tal, as peças
em sua posse e pretendendo o
reembolso dos € 500 investidos.
Em Janeiro último, a Planeta
DeAgostini informou J.T. de
que estava prevista a chegada
da peça em falta no prazo de
10 dias. A editora justificava
o atraso com uma ruptura de
stock, que o seu fabricante não
conseguira colmatar.
Se este caso não tivesse sido
resolvido a contento do leitor,
J.T. poderia recorrer a um centro
de arbitragem. Porém, como
não há nenhum na sua área de
residência, teria de apresentar o
caso aos tribunais. N
Só depois
do nosso leitor
insistir muito
junto da Planeta
DeAgostini,
esta assegurou
a entrega do
fascículo em falta
Rip By XmosRips
Após três dias de uso, os sapatos novos
apresentavam fortes sinais de desgaste
VELHO AO PREÇO
DE NOVO
O nosso associado J.C., de São
Félix da Marinha (concelho de
Vila Nova de Gaia), comprou,
em Outubro último, umas botas
de criança na loja da Tiffosi, no
Norte Shopping.
Após três dias de uso, estas
começaram a evidenciar fortes
sinais de desgate. J.C. dirigiu-se
à loja da Tiffosi, onde apresentou
uma reclamação. Porém, a
marca rejeitou a queixa do leitor,
afirmando que “o estalar do
material é característico deste
tipo de pele”.
Inconformado com a explicação,
J.C. escreveu-nos a relatar o
seu caso. Pedimos, então,
esclarecimentos à Tiffosi,
lembrando que, no caso de um
artigo não se apresentar em
boas condições, o consumidor
tem direito à sua reparação,
substituição ou devolução, sem
quaisquer custos.
Três semanas mais tarde,
obtivemos a resposta da
marca. Esta continuava a negar
a existência de um defeito
no calçado, afirmando não
ter recebido mais nenhuma
reclamação nesse sentido.
Mas, tendo em vista a satisfação
do cliente, aceitou a reclamação
e reembolsou o nosso leitor pelo
valor das botas. N
PROTESTE 278 Março 2007 51

PRO TESTE sempre
EM SALDOS, MUNIDO DE TODOS OS DIREITOS
Assim que a época de saldos e promoções começa, recebemos dezenas
de queixas de consumidores e muitas dúvidas sobre a lei
Desde Dezembro último, fomos
questionados pelos nossos
leitores sobre os direitos do
consumidor em período de
saldos e promoções. Em regra,
as maiores dúvidas prendem-
-se com a troca produtos em
saldo. Para respondermos a esta
questão, apresentamos o caso
de um leitor da Lousã (distrito
de Coimbra). A irmã do nosso
associado M.S. comprou, a 15
de Janeiro, algumas peças de
roupa na loja da Benetton, no
Centro Comercial Dolce Vita,
em Coimbra. Por já estarem em
saldos, obteve um desconto de
30 por cento. Na altura, um dos
funcionários informou a irmã de
M.S. de que poderia trocar os
artigos comprados, desde que
guardasse o talão de compra.
Cinco dias depois, a esposa do
associado foi à loja com o talão
para trocar uma das peças, no
valor de 23,03 euros.
Na caixa de pagamento, foi-lhe
dito que a troca seria feita
pelo valor actual do artigo que,
entretanto, estava com uma
redução de 50 por cento.
52 PROTESTE 278 Março 2007
Como a peça escolhida para
troca era de valor superior, a
esposa deste associado teve de
pagar a diferença de 6 euros.
Quando o consumidor compra
um artigo em período “normal”
e quer trocá-lo já em época
de saldos, é comum a loja
considerar o seu preço em
saldos e não aquele pelo qual
foi comprado. No caso de M.S.,
a Benetton teve em conta o valor
da segunda redução e não da
primeira.
As lojas não estão obrigadas
a trocar artigos sem defeito.
No entanto, apesar de ficar ao
cargo de cada estabelecimento
definir as condições de troca,
nomeadamente prazos e
montantes, parece-nos incorrecto
que considerem o preço
desvalorizado. Para evitar estas
situações, os comerciantes
devem informar os clientes sobre
a sua política de trocas. Trata-se,
antes de mais, de respeitarem o
direito à informação: se o cliente
estiver ciente das condições,
deixa de haver lugar a equívocos
ou mal-entendidos. N
Rip By XmosRips
Para apresentar uma queixa,
peça, na loja, o livro
de reclamações
NOVA LEI SEM REDUÇÕES
> Qual o novo período de saldos?
A lei aprovada em 1 de Fevereiro vem antecipar em cerca de
uma semana o período de saldos. Assim, estes só podem ser
realizados em duas épocas limitadas: entre 28 de Dezembro e
28 de Fevereiro, e entre 15 de Julho e 15 de Setembro.
> Posso trocar um bem com defeito?
Sim. Mesmo em época de saldos, o comerciante é obrigado a
trocar o produto ou a devolver o dinheiro, se o artigo apresentar
um defeito. Excepção: se houver uma informação expressa e ine-
quívoca de que a redução de preço se deve a defeito. Se com-
prou um artigo sem reduções e, mais tarde, detectar um defeito,
tem direito a trocá-lo por outro em boas condições.
> O comerciante pode recusar-me o cartão de crédito?
Até aqui, as lojas podiam decidir se aceitavam ou não cartões
de débito e crédito durante os saldos ou noutra altura. Porém,
com a entrada em vigor da nova lei a partir de Março, o comer-
ciante é obrigado a aceitar todos os meios de pagamento.
> Devo guardar o talão de compra mesmo em saldos?
Guarde sempre o recibo com a discriminação dos produtos com-
prados e guarde-o até ao final do prazo de garantia. Caso con-
trário, torna-se difícil fazer uma reclamação e exigir a troca de
um produto com defeito.
Se um comerciante não respeitar os seus direitos, por exemplo,
recusando a troca de uma peça de roupa com defeito, reclame.
Para isso, use o livro de reclamações da loja. Pode ainda recor-
rer à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (Av. Conde
de Valbom, 98, Lisboa; 21 798 36 00; correio.asae@asae.pt).
 Rip By XmosRips

índice
Este índice inclui os principais testes e estudos Centros de inspecção automóvel 272 06 Gravação: R
publicados na PRO TESTE até à presente edição. Chupetas (cuidados a ter) (R) 274 06 – digital (R) 265 06 Reciclagem:
Os assuntos estão apresentados por ordem al- Cidadãos com mobilidade – gravadores de DVD 264 05 – pilhas 256 05
fabética, sendo indicados a edição (REV) e o ano condicionada (inquérito) 277 07 Guia de Preços 275 06 – plástico (R) 266 06
em que foram publicados. Os temas tratados Cinema em casa: – pneus 266 06
numa pequena rubrica (e não no âmbito de um – como instalar um kit (R) 274 06 H Recolha do lixo municipal 276 07
estudo mais exaustivo) estão assinalados (R). – kits 273 06 Hambúrgueres 266 06 Refeições dos hospitais 263 05
Colchões de casal 277 07 Hábitos alimentares (inquérito) 272 06 Responsabilidade social das empresas:
Combustíveis alternativos 274 06 Hipermercados (impacto ambiental) 268 06 – bolas de futebol (R) 270 06
ASSUNTO REV ANO Comércio justo 266 06 Hospitais: – cadeias fast food 277 07
Comida chinesa (take-away) 270 06 – qualidade do ar 265 06 – café 272 06
Companhias aéreas e aeroportos – refeições 263 05 – detergentes 265 06
A (inquérito) 269 06 – Ikea (R) 276 07
Acidentes domésticos 258 05 Comportamento ao volante (inquérito) 270 06 I – lojas de desconto e hipermercados 275 06
Acrilamida nas batatas 254 05 Comportamento ecológico (inquérito) 275 06 Impressoras: – marcas e conceitos 274 06
Agências de viagens: Computadores: – de jacto de tinta 271 06 – petrolíferas 264 05
– férias de Inverno 261 05 – arquivar dados 270 06 – multifunções 278 07 – tomate 271 06
– férias de Verão 256 05 – monitores TFT 272 06 – portáteis para fotografias 271 06 Ruído nas cidades (R) 274 06
– como reclamar do serviço (R) 271 06 – portáteis e de secretária 275 06 – tinteiros alternativos 272 06
Água: 245 04 – reparação 274 06 Insecticidas 268 06 S
– aromatizada 268 06 Consumo dos automóveis (R) 269 06 Instalações de gás 262 05 Saladas de fast food 265 06
– da torneira 267 06 Crianças: Internet: Saldos (R) 265 06
– poupar (R) 278 07 – barreiras de protecção 260 05 – comparação internacional de preços 259 05 Salmão fumado 257 05
– radioactividade (R) 263 05 – cadeiras para automóvel 270 06 – comprar música 260 05 Scooters 260 05
Alimentos: – cadeiras para refeição 267 06 – fornecedores de acesso com fios 261 05 Segurança alimentar:
– benzenos 278 07 – e Internet (R) 275 06 – fornecedores de acesso sem fios 274 06 – cuidados a ter (R) 271 06
– com açúcar (R) 267 06 – ementas escolares 261 05 – programas de antivírus e firewalls 277 07 – questões 265 06
– com ómega 3 (R) 269 06 – fraldas (R) 255 05 – tarifas 273 06 – reivindicações da DECO PROTESTE 277 07
– menus escolares 261 05 – obesidade infantil 260 05 – telefonar pela Internet 266 06 Segurança nas escolas (inquérito) 273 06
– nos hospitais 263 05 – parques infantis 257 05 Segurança passiva 266 06
– pesticidas 276 07 – toalhitas de limpeza 254 05 L Seniores (tempos livres) 262 05
– sopas fast food 277 07 Cuidados dentários (R) 261 05 Leitores: Sistemas de navegação automóvel 266 06
Ambientadores 254 05 – de DVD 275 06 Sol (cuidados a ter) (R) 270 06
Ambiente (impacto do consumo) 273 06 D – de MP3 276 07 Supermercados:
Antibióticos no mel e geleia 265 06 Desodorizantes (R) 253 04 – multimédia 264 05 – compras ao domicílio 257 05
Aparelhagens (micro) 261 05 Detergentes: Limitador de volume do iPod 270 06 – preços 269 06
Aquecimento da casa (simuladores) 274 06 – e ambiente (R) 245 04 Luzes de Natal (R) 275 06
Aquicultura 267 06 – lava-tudo 245 04 T
Ar condicionado: – loiça 259 05 M Telefone:
– guia de compras (R) 259 05 – roupa 270 06 Máquinas: – inteligentes 273 06
– teste comparativo 268 06 Digitalização de VHS para DVD 266 06 – de café (filtro) 264 05 – satisfação (inquérito) 256 05
Aspiradores: DVD (disco versátil digital): – de lavar loiça (R) 271 06 – sem fio 266 06
– de arrastar 269 06 – leitores portáteis 275 06 – de lavar loiça encastráveis 274 06 – tarifas do fixo 273 06
– portáteis 267 06 – gravadores 275 06 – de lavar roupa 276 07 Telemóveis:
– robôs (R) 275 06 – teste a leitores 253 04 – de lavar e secar roupa numa só 272 06 – auriculares e kits para carro 264 05
Automóvel: – de secar roupa 262 05 – satisfação (inquérito) 255 05
– cadeiras de criança 270 06 E – de venda automática 277 07 – tarifas 275 06
– carrinhas familiares 277 07 Edredão: como manter (R) 254 05 Máquinas fotográficas digitais 278 07 – teste 276 07
– centros de inspecção periódica 272 06 Electricidade (simuladores) 267 06 Marcas (responsabilidade social) 274 06 Televisores LCD e plasma 274 06
– citadinos 268 06 Electricidade (liberalização) 274 06 Mel (antibióticos) 265 06 Termóstatos de aquecimento central 273 06
– consumo (emissões de gases) 272 06 Elevadores 249 04 Micotoxinas 259 05 Tinteiros alternativos 272 06
– estacionar com ajuda (R) 267 06 Emagrecer (consultas de nutrição) 271 06 Microondas: Tira-nódoas 275 06
– fiabilidade 265 06 Ementas: – com grill 262 05 Toalhitas:
– kits mãos-livres e auriculares 264 05 – das escolas 261 05 – reparação 260 05 – de higiene pessoal (R) 259 05
– MPV’s médios 271 06 – dos hospitais 263 05 – simples 273 06 – de limpeza 254 05
– pequenos familiares 263 05 Energia: Minifornos eléctricos 266 06 Tomate 271 06
– pneus 270 06 – clicar para poupar 276 07 Mobilidade dos consumidores 278 07 Torneiras termoestáticas (R) 268 06
– oficinas (inquérito) 267 06 – consumo dos aparelhos 254 05 Mochilas escolares (escolher) (R) 272 06 Torradeiras 267 06
– segurança activa e passiva 266 06 – desempenho dos edifícios 271 06 Monitores TFT 272 06 Transporte escolar (segurança) (R) 273 06
– sistemas de navegação 266 06 – fontes renováveis 265 06
– standes de usados 276 07 – tarifa bi-horária e potência 267 06 O V
– testes de colisão 278 07 Escadotes (R) 276 07 Obesidade infantil (R) 260 05 Varinhas mágicas 278 07
Azeite (R) 256 05 Escolas (inquérito sobre segurança) 273 06 Oficinas automóveis (inquérito) 267 06 Vasos (R) 262 05
Azeitonas 271 06 Escovas de dentes eléctricas 264 05 Organismos geneticamente Vinho:
Espetadas de peru 278 07 modificados (OGM) 269 06 – Alentejo (tinto) 264 05
B Esquentadores 275 06 – Dão (tinto) 253 04
Balanço de actividades 278 07 Etiquetas para cuidar da roupa 272 06 P – Douro (tinto) 275 06
Benzenos nos refrigerantes 278 07 Explicadores e centros 272 06 Papel para imprimir fotografia 276 07 – Verde (branco) 242 03
Berbequins 266 06 Parques:
Bibliotecas 266 06 F – de campismo (R) 270 06
Bicicletas: Farinheiras 268 06 – de cidade (R) 273 06
– equipamentos de segurança (R) 272 06 Ferramentas eléctricas de bricolagem 278 07 – de estacionamento 255 05
– guia de compras 269 06 Ferros de engomar a vapor 270 06 – infantis 257 05
Binóculos (guia de compras) 262 05 Fogões 255 05 Pesticidas nos alimentos 276 07
Bolas de futebol (R) 270 06 Formatos de compressão de aúdio (R) 271 06 Pilhas e carregadores 271 06
Bricolagem: equipamento (R) 265 06 Fornecedores de acesso à Internet 274 06 Pneus para carro:
Brinquedos (R) 275 05 Fotografia: – aparelhos para medir a pressão 270 06
– cartões de memória 243 04 – manutenção (R) 272 06
C – compressão (R) 263 05 – teste 270 06
NÚMEROS ATRASADOS
Cadeiras: – impressão de fotografia digital 268 06 Poluição em casa (R) 276 07 808 200 146
– de criança para automóvel 270 06 – papel de impressão 276 07 Poupar com as Escolhas Acertadas 276 07 assinaturas@deco.proteste.pt
– de criança para refeição (R) 267 06 – rolos 246 04 Preços (afixação nas lojas e montras) 273 06
Café: Fraldas (R) 255 05 Preços no supermercado 269 06 Do n.º 164 ao n.º 176 € 3,74
– responsabilidade dos produtores 272 06 Frigideiras antiaderentes 261 05 Prevenir incêndios em casa 277 07 Do n.º 177 ao n.º 187 € 4,49
– teste 261 05 Frigoríficos: Probióticos (leites fermentados) 273 06 Do n.º 188 ao n.º 198 € 4,71
Caldeiras murais a gás 263 05 – combinados 259 05 Protocolos: Do n.º 199 ao n.º 220 € 4,89
Câmaras de vídeo digitais: – duas portas 270 06 – análises da água 260 05
Do n.º 221 ao n.º 231 € 6,01
– ligações 255 05 Fritadeiras eléctricas 277 07 – condução defensiva 278 07
Do n.º 232 ao n.º 242 € 6,32
– teste 274 06 Furanos nos alimentos 274 06 – Inatel 261 05
Do n.º 243 ao n.º 253 € 6,64
Camisolas polares (R) 266 06 – turismo da natureza 276 07
Cantinas dos jardins-de-infância 274 06 G Publicidade na televisão 255 05 Do n.º 254 ao n.º 264 € 6,98
Capacetes: Gás: Do n.º 265 ao n.º 275 € 7,32
– de bicicleta (escolher) (R) 269 06 – reconversão (inquérito) 278 07 Q Do n.º 276 ao n.º 278 € 7,68
– de bicicleta para adulto 258 05 – segurança das instalações 262 05 Queijo:
Preços com IVA válidos até 31/12/2007.
Cartões de memória 243 04 – tarifas 263 05 – conservar (R) 257 05
Edições esgotadas: n.º 155, 171, 188 e 195.
Carregadores e pilhas 271 06 Gel de banho 278 07 – flamengo 256 05

54 PROTESTE 278 Março 2007