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Resumo
Introdução
Metodologia
fornecimento de remédios de alto custo e tratamentos não oferecidos a pacientes com doenças
graves, ainda que tal concessão estivesse condicionada à cautela e a critérios de necessidade,
em razão do perigo de grave lesão à ordem administrativa e ao conseqüente comprometimento
do SUS. A Corte compreendeu, ainda, que os medicamentos - embora de caráter experimental
- são sindicáveis judicialmente, mesmo que ainda não testados pelo Sistema de Saúde
Brasileiro (SUS). Foi, ademais, identificado o caráter incompleto e falível dos protocolos
clínicos e diretrizes terapêuticas do Sistema Único de Saúde, devendo ser revisados
periodicamente, permitindo-se a sua contestação judicial.
Ainda nesta oportunidade, o Supremo Tribunal Federal pronunciou-se sobre a
questão da Responsabilidade Solidária dos entes federados, em matéria de saúde, reafirmando
o então disposto na EC nº 29/2000 sobre a aplicação de recursos mínimos para o
financiamento das ações e serviços públicos de saúde e estabelecendo que "o fato de o
Sistema Único de Saúde ter descentralizado os serviços e conjugado os recursos financeiros
dos entes da Federação, com o objetivo de aumentar a qualidade e o acesso aos serviços de
saúde, apenas reforça a obrigação solidária e subsidiária entre eles. Ações e os serviços de
saúde são de relevância pública, integrantes de uma rede regionalizada e hierarquizada,
segundo o critério da subsidiariedade, e constituem um sistema único" (STA 175, Voto Min.
Gilmar Mendes). [grifou-se]
Referências
BARROSO, Luís Roberto. “Da falta de efetividade à judicialização excessiva: direito à saúde,
fornecimento gratuito de medicamentos e parâmetros para a atuação judicial”, in: SOUZA
NETO, Cláudio Pereira; SARMENTO, Daniel (Orgs.). Direitos Sociais. Fundamentos,
Judicialização e Direitos Sociais em Espécie. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008.
KEINERT, Tânia Margarete Mezzomo; DE PAULA, Silvia Helena Bastos; BONFIM, José
Rubens de Alcântara. As Ações Judiciais no SUS e a Promoção do Direito à Saúde. São
Paulo: Instituto de Saúde, 2009.
SARLET, Ingo W. A Eficácia dos Direitos Fundamentais. 10º Ed. Livraria do Advogado:
Porto Alegre, 2009.