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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO


DEP. DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

AULA 03
Estrutura de Concreto Armado I

Material Estrutural: Concreto


Estruturas de Concreto Armado I – Professor João Paulo Matos Xavier 2

Estrutura da Apresentação

• Características e Propriedades do Concreto


• Concreto Fresco
• Concreto Endurecido
• Resistência
• Diagrama tensão-deformação
• Módulo de elasticidade transversal e coeficiente
de Poisson
• Fluência
• Deformação por temperatura
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Características e Propriedades do Concreto


• O concreto é obtido por meio da mistura
adequada de cimento, agregado fino, agregado
graúdo e água;

• Em algumas situações são incorporados produtos


químicos ou outros componentes, como
microsílica, polímeros etc.;

• As adições têm a finalidade de melhorar algumas


propriedades, tais como: aumentar a
trabalhabilidade e a resistência e retardar
a velocidade das reações químicas que
ocorrem no concreto.
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Características e Propriedades do Concreto


• As diversas características que o concreto
deve apresentar, para que possa ser utilizado,
dependem fundamentalmente do planejamento
e dos cuidados na sua execução;

• O planejamento consiste:
▫ em definir as propriedades desejadas do concreto;
▫ analisar e escolher os materiais existentes ou
disponíveis;
▫ estabelecer uma metodologia para definir o traço,
os equipamentos para a mistura, o transporte, o
adensamento e a cura.
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Características e Propriedades do Concreto


• Há uma tendência entre projetistas, calculistas e
engenheiros de obras em se preocupar apenas
com a resistência à compressão do
concreto, obtida de ensaios com corpos de prova
cilíndricos.

• Via de regra, essa resistência:

▫ É usada como controle de fabricação;

▫ Admite-se que forneça todas as informações


relativas à resistência e à deformabilidade do
concreto.
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Características e Propriedades do Concreto

• Tal prática, na verdade:

▫ Revela falta de um conhecimento maior sobre


material;

▫ Impossibilidade de executar outros ensaios

 Fatores financeiros

 Indisponibilidade
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Concreto Fresco
• Principais propriedades do concreto fresco:
▫ Consistência;

▫ Trabalhabilidade;

▫ Homogeneidade.

• Mesmo depois de endurecido, é composto por


elementos em todas as fases:

▫ Gases, líquidos, gel e sólidos.

▫ Caracterizando-se um material heterogêneo


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Concreto Fresco

• Objetivo do preparo do concreto estrutural:

▫ Obter um material predominantemente sólido;

▫ Com grande resistência;

▫ Poucos vazios.
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Concreto Fresco

• Etapas importantes na fabricação:

▫ Adensamento;

▫ Cura;

▫ Pega..
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Concreto Fresco: Consistência


• Corresponde a maior ou menor capacidade de se
deformar;

• Está relacionada ao processo de transporte,


lançamento e adensamento;

• Concretos com menor consistência devem ser


empregados com alta taxa de armadura
(dificuldade de adensamento);

• Pode ser medida a partir do ensaio de abatimento


de cone (slump). ABNT NM 67:1998.
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Concreto Fresco: Trabalhabilidade

• Está ligado basicamente à maneira de efetuar seu


adensamento;

• Um concreto com slump alto é, em geral, fácil de


ser lançado e adensado e, portanto, considerado
de boa “trabalhabilidade”;

• Utilização de concretos “auto-adensáveis”...


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Concreto Fresco: Homogeneidade

• Está ligado a distribuição dos agregados graúdos


dentro da massa de concreto;

• Quanto mais uniformes ou regulares, melhor será


a qualidade do concreto;

• Melhor acabamento, menos permeabilidade e


melhor proteção às armaduras..
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Concreto Fresco: Cura

• A partir da hidratação do concreto, a água


existente na mistura tem a tendência de sair pelos
poros do material e evaporar;

• Essa evaporação pode comprometer as reações de


hidratação do cimento, fazendo com o que o
concreto sofra uma diminuição de volume
(retração);

• Dessa forma, é necessário tomar medidas que


evitem a evaporação precoce. A conjunto dessas
medidas dá-se o nome de cura.
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Concreto Endurecido

• As principais características de interesse são as


mecânicas, destacando-se à compressão e tração;

• Ainda não foi possível estabelecer uma lei única para


determinar a resistência dos materiais que seja válida
para todo tipo de solicitações possíveis;

• No estágio atual de desenvolvimento de cálculo de


estruturas de concreto armado, considera-se como
aproximação razoável que a resistência do concreto
seja em função de sua resistência à compressão.
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Concreto Endurecido: Massa Específica

• Serão considerados os concretos de massa específica


normal (ρc), compreendida entre 2000 kg/m3 e 2800
kg/m3.

• Para efeito de cálculo, pode-se adotar para o concreto


simples o valor 2400 kg/m3 e para o concreto armado
2500 kg/m3.

• Quando se conhecer a massa específica do concreto


utilizado, pode-se considerar, para valor da massa
específica do concreto armado, aquela do concreto
simples acrescida de 100 kg/m3 a 150 kg/m3.
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Classificação
• Segundo a ABNT NBR 8953:2011 “os concretos
são classificados em grupos de resistência, grupo
I e grupo II, conforme a resistência característica
à compressão (fck)”.

Apenas Normas
fundações
Internacionais
Armadura Armadura
Ativa Passiva
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Dilatação térmica
• Para efeito de análise estrutural : 10-5/ºC.
• Este valor combina com o valor do aço
estrutural, e essa é uma das principais razões
para que o concreto armado funcione
estruturalmente.
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Resistência à compressão
• Ensaios em corpos cilíndricos
NBR 5738:2008 e 5739:2007;

•O corpo-de-prova padrão
brasileiro é o cilíndrico, com
15cm de diâmetro e 30cm de
altura, e também corpos com
base de 10cm e altura de 20cm.

• Idade de referência para o ensaio


é 28 dias.
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Resistência à compressão
• A resistência à compressão, obtida por ensaio de
curta duração do corpo de prova, é dada por:

N rup
f cj 
A
▫ fcj – resistência à compressão do corpo de prova
de concreto na idade de (j) dias;

▫ Nrup – carga de ruptura do corpo de prova;

▫ A – área da seção transversal do corpo de prova.


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Resistência à compressão
• Avaliação da resistência à compressão do
concreto ao longo do tempo:

f c (t ) 9.t.(t  42)

f c () (9.t  40).(t  61)
▫ t é o tempo em dias.
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Resistência característica à compressão

• Realizar certo número de ensaios de corpos de


prova;

• Resultados mais ou menos dispersos;

• O problema pode ser colocado da seguinte


maneira: conhecidos os resultados da resistência
à compressão de diversos corpos de prova de um
mesmo concreto, qual será o valor da resistência
representativa deste?
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Resistência característica à compressão

• Solução: Adotar o conceito de resistência


característica!!!

▫ Leva em conta a média aritmética (fcm) dos


diversos valores obtidos dos ensaios.
 Esse valor não reflete a verdadeira qualidade do
concreto na obra, pois não considera a dispersão dos
resultados!!
▫ Leva em conta também o desvio da série de
valores, por meio do coeficiente de variação δ.
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Resistência característica à compressão

• A ABNT NBR 6118:2014 define, no item 12.2,


que os valores característicos fk das resistências
são os que, em um lote do material, têm certa
probabilidade de serem ultrapassados, no
sentido desfavorável para a segurança, e
usualmente é de interesse a resistência inferior
fk,inf, admitida como o valor que tem apenas 5%
de probabilidade de não ser atingido pelos
elementos do lote.
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Resistência característica à compressão

• Portanto, define-se resistência característica (fck)


do concreto à compressão, o valor que apresenta
grau de confiança de 95%, ou seja, fck é o valor
da resistência, de modo que 95% dos resultados
estejam acima dele ou 5% abaixo.
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Resistência característica à compressão


• Fc, número grande de CP’s:

f ck  f cm (1  1,645   )
f ck  f cm  1,645  s

2
1  f ci  f cm 
n
  
n i 1  f cm 

• fcm – resistência média dos CP’s
• fck – resistência característica
• s – desvio-padrão = fcm . δ
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Valores de cálculo da resistência do concreto


• Quando a verificação ocorre em data j igual ou
superior a 28 dias de idade:
f ck
f cd 
c
• Quando a verificação ocorre em data j inferior a
28 dias de idade:
f ck , j f ck
 1.
s= 0,38 para concreto de cimento CPIII e CPIV
f cd  s= 0,25 para concreto de cimento CPI e CPII
c c s= 0,20 para concreto de cimento CPV - ARI

1  exp{s.[1  (28 / t )1/ 2 ]} t – idade efetiva do concreto (em dias)


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Resistência característica à tração

• Resiste mal à tração..

• Geralmente não se conta com a ajuda dessa


resistência;

• Pode estar relacionada com a capacidade


resistente da peça;

• Ex: esforço cortante, fissuração...


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Resistência característica à tração


• Ensaios

▫ Flexo-tração (fct,f) – ABNT NBR 12142:2010


▫ Compressão diametral (tração indireta) - fct,sp
 ABNT NBR 7222:2011
▫ Tração direta (fct) – CEB/90
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Resistência característica à tração


• Algumas considerações:

▫ A resistência à tração pura, é aproximadamente,


85% da resistência à tração por compressão
diametral;

▫ A resistência à tração pura, é aproximadamente,


60% da resistência obtida pelo ensaio de flexo-
tração.

Obs: O ensaio de compressão diametral foi é conhecido como


Ensaio Brasileiro de Resistência à tração, que foi sistematizado
pelo engenheiro e professor L. F. Lobo Carneiro.
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Resistência característica à tração


• De acordo com a ABNT NBR 6118:2014
▫ O fct pode ser considerada igual a 0,9fct,sp ou 0,7fct,f
• Na falta de ensaios:
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Diagrama tensão-deformação
• Mostra as relações entre tensões (σ) e deformações
específicas (ε) do concreto na compressão;
• É obtido por ensaios dos corpos de prova à
compressão centrada;
• Apresenta uma parte final parabólica e outra inicial
retilínea.
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Diagrama tensão-deformação
• Do gráfico, pode-se obter:

▫ Módulo tangente: seu valor é variável em cada


ponto e é obtido pela inclinação da reta tangente à
curva nesse ponto.

▫ Modulo de deformação tangente na origem


(Eo) ou módulo de deformabilidade inicial: é
obtido pela inclinação da reta tangente à curva na
origem;

▫ Módulo secante (módulo de elasticidade ou


módulo de deformação longitudinal à
compressão (Ec)): seu valor é variável em cada
ponto e é obtido pela inclinação da reta que une a
origem a esse ponto. 
Ec 

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Diagrama tensão-deformação

• Módulo de Deformação Tangente Inicial, Eci


▫ Análises locais, elementos
▫ Ensaio NBR 8522
▫ Sem ensaio

• Módulo de Elasticidade Secante, Ecs


▫ Análises globais
▫ Análises elásticas de projeto
▫ Determinação de esforços solicitantes
▫ Estados limites de serviço
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Diagrama tensão-deformação
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Diagrama tensão-deformação
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Diagrama tensão-deformação
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Diagrama tensão-deformação
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Diagrama tensão-deformação
• Para análises no estado limite último, pode ser
empregado o diagrama de tensão-deformação
idealizado.

▫ Supõe-se que a variação de tensões no concreto ocorra


de acordo com o diagrama parábola-retângulo,
definido com tensão de pico igual a 0,85.fcd.
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Diagrama tensão-deformação
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Diagrama tensão-deformação
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Nota histórica
• Para levar em conta o efeito Rüsch as normas
acrescentaram o fator redutor de 0,85 na tensão
máxima fcd que pode ser aplicada no concreto.
• O fator 0,85 funciona como um fator corretivo,
dado que a resistência de cálculo fcd é
determinada por meio de ensaios de corpos-de-
prova cilíndricos submetidos à compressão que
têm a duração em torno de 2, 3 ou 4 minutos,
enquanto que nas estruturas de concreto o
carregamento é aplicado durante toda a vida útil
da estrutura, ou seja, durante muitos anos.
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Diagrama tensão-deformação

• Concreto à Tração (concreto não fissurado)

▫ Bilinear
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Módulo de elasticidade transversal e


coeficiente de Poisson
• Segundo a NBR 6118, “para tensões de
compressão menores que 0,5 fc e tensões de
tração menores que fct, o coeficiente de Poisson
(ν) pode ser tomado como igual a 0,2”.

• G – módulo de deformação transversal,


relacionado com o módulo secante.

E Ecs
G Gc 
2(1   ) 2,4
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Fluência
• Fluência é uma deformação diferida, causada
por uma força aplicada. Corresponde a um
acréscimo de deformação com o tempo, se a carga
permanecer.
• Ao ser aplicada uma força no concreto, ocorre
deformação imediata, com uma acomodação dos
cristais. Essa acomodação diminui o diâmetro dos
capilares e aumenta a pressão na água capilar,
favorecendo o fluxo em direção à superfície. Tanto a
diminuição do diâmetro dos capilares quanto o
acréscimo do fluxo aumentam a tensão superficial
nos capilares, provocando a fluência.
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Deformação por temperatura


• Define-se coeficiente de variação térmica αte como
sendo a deformação correspondente a uma variação
de temperatura de 1°C. Para o concreto armado, para
variações normais de temperatura, a NBR 6118
permite adotar αte = 10-5 /°C.
• Na versão anterior da NBR 6118, NB1, era permitido
dispensar-se a variação de temperatura em estruturas
de concreto interrompidas por juntas de dilatação a
cada 30 m, no máximo.
• O que se recomenda para estruturas de correntes e de
pequeno porte.
• Junta de dilatação é uma separação real da construção
e da estrutura em blocos independentes. Não há
transmissão de esforços.
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Deformação por temperatura


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