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PEREIRA, Maria Cristina C. L. Uma arqueologia das imagens. Em: GOLINO, William (org).

Seminário: A importância da teoria para a produção artística e cultural, maio 2004. Página
01/10. Disponível em http://www.tempodecritica.com /link020122.htm (janeiro, 2006)

Uma arqueologia da história das imagens

Texto apresentado por Fernando Ananias, Marcelo Monteiro (12 de maio de 2012), na
disciplina de fundamento das mídias.

1.

1.1 A autora trabalha muito com o título, fazendo ganchos entre a história e historiadores,
além de utilizar passagens bíblicas para representar o quanto as imagens estão presentes na
humanidade, demonstrando, com auxílio de citações de outros autores, como as imagens são
uma linguagem universal, cuja leitura se expande também para os que não são alfabetizados.
Ela traz à tona o fato de que o “discurso” é compreendido de formas diferentes de acordo com
o acervo histórico, cultural, político, ideológico e social, vivido pelo leitor dessas imagens.
Utiliza-se de afirmações e significados técnicos de análises plásticas e cromáticas de outros
autores e cita o poder de legitimação exercido por uma imagem.

1.2 Maria Cristina Correia Leandro Pereira. Possui graduação em história pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990), mestrado em História Social pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro (1993), DEA em História pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences
Sociales (1997) e doutorado em História - Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (2001).
Atualmente é professora de História medieval do departamento de história da universidade de
São Paulo e do programa de pós-graduação em história social da mesma universidade.
Coordena o laboratório de teoria e história da imagem e da música medievais (LATHIMM-USP).
Tem pesquisas nas áreas de história, com ênfase em história medieval, e história da arte, com
ênfase em história da arte medieval e história da arte sacra, atuando principalmente nos
seguintes temas: imagens, arte medieval, arte barroca, arte sacra.
- Última atualização do currículo em 27/09/2012
https://uspdigital.usp.br/tycho/CurriculoLattesMostrar?codpub=47A79AA80494

2.

2.1

O texto defende que a reflexão sobre a historiografia das imagens é relevante devido
ao poder inerente a elas de guardar e universalizar informações. Comenta sobre o fato de
haver uma recorrente necessidade das pessoas de tentarem estabelecer uma correspondência
total entre as imagens e o mundo das palavras. Pontuando que as imagens não se relacionam
com o universo verbal de maneira inteiramente equivalente - elas se comunicam, se
correspondem, mas ambas tem caminhos diferentes de expressão -, ela ressalta a ideia da
imagem como um elemento que não se enquadra em sistemas funcionalistas, e que é,
portanto, dotado de interpretações várias e qualidade plurifuncional.

Outro ponto essencial é a ideia da imagem como um instrumento de dialética em


suspensão, pois à medida em que a imagem se coloca em frente ao sujeito ela o força a
estabelecer um olhar e, ao realizar a leitura desse objeto, ele arquiteta um conceito próprio a
respeito da imagem. É a capacidade da imagem de estimular o pensamento crítico através da
incitação visual.

A autora comenta que na análise de uma figura, forma e função se entrelaçam para
gerar significados e, mesmo quando eles não são claros, o mistério é, em si, o efeito que a
imagem deseja causar. Portanto, em uma imagem, o estilo não se separa do conteúdo, ambos
se complementam de maneira fundamental.

Maria Cristina exalta, principalmente, como a habilidade da imagem de representar a


realidade – mesmo que não a ilustre fielmente – tem poder documental, torna presente o
ausente e permite, assim, que seja possível pensar e agir sobre o objeto representado.

2.

Embasando-se em passagens da história da religião e da arte pictórica, como o fato do


culto à imagem datar desde os primórdios da doutrina cristã e da cultura grega clássica ter
enaltecido grandiosamente as artes visuais, ela reforça a importância da imagem como objeto
de representação.

Apoiando-se em teóricos, que também se debruçaram sobre a questão da imagem,


como Pierre Francastel, Jean-Claude Bonne, Didi-Huberman, Walter Benjamin, Louis Marin e
Aristóteles – que deu início a tal reflexão – para conduzir o texto e dar respaldo a suas linhas
argumentativas, ela evidencia a origem de suas pesquisas e, de tal forma, confere autoridade a
sua fala.

3.

3.1 Recomendações de obras em que fica evidente o papel relevante da imagem:

3.1.1 Meu tio matou um cara (Jorge Furtado -2004/comédia);

3.1.2 O nome da rosa (Umberto Eco -1980/romance);

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