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TEXTO BÁSICO

FERRAMENTA DE APOIO AO PLANEJAMENTO E AO ORÇAMENTO EM SAÚDE


MÓDULO V: O PLANEJAMENTO E O ORÇAMENTO APLICADOS À SAÚDE
AUTOR: REINALDO CÉSAR FELISBINO DE CASTRO
PERÍODO DE OFERTA: 04 A 11 DE DEZEMBRO DE 2017
Objetivo:
Apresentar informações que possibilitem o correto planejamento e a execução dos recursos
da saúde.

Conteúdo Programático:
1. INTRODUÇÃO
2. O PPA-PLANO PLURIANUAL
3. A LOA-LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL
4. RECEITAS PÚBLICAS
4.1. CODIFICAÇÃO DAS FONTES DE RECURSOS
5. DESPESAS PÚBLICAS
5.1. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA POR NATUREZA
5.2. ESTÁGIOS DA DESPESA
6. CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS
7. CRÉDITOS ADICIONAIS
8. CONCLUSÃO
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
O Módulo é voltado para o dia a dia do gestor, com apresentação de perguntas e respostas,
exemplos concretos, informando o que é certo ou errado.

1. Introdução

A contabilidade pública é um dos ramos mais complexos da ciência contábil e tem


por objeto captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as
situações orçamentárias, financeiras e patrimoniais das entidades de direito público da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

A Lei nº 4.320/1964 estabeleceu importantes regras para propiciar o controle das


finanças públicas, bem como a construção de uma administração financeira e contábil
sólidas no País. Tendo como principal instrumento o orçamento público, foi o primeiro
marco histórico no processo de evolução da contabilidade do setor público no Brasil
(BRASIL, 1964).

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Outro importante avanço na área das finanças públicas foi a promulgação da Lei
Complementar nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabeleceu para
toda a Federação, direta ou indiretamente, limites de dívida consolidada, garantias,
operações de crédito, restos a pagar e despesas de pessoal, dentre outros, com o intuito de
propiciar o equilíbrio das finanças públicas e instituir instrumentos de transparência da
gestão fiscal (BRASIL, 2000).

A Secretaria do Tesouro Nacional– STN edita todo ano o Manual de Contabilidade


Aplicada ao Setor Público (MCASP) e o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP),
com abrangência nacional, que possibilitam e regulamentam o registro da aprovação e da
execução do orçamento, resgatam o objeto da contabilidade – o patrimônio e buscam a
convergência aos padrões internacionais, tendo sempre em vista a legislação nacional
vigente e os princípios da ciência contábil (BRASIL, 2017a, BRASIL, 2017b).

Neste Módulo V, vamos analisar alguns documentos, que servirão de fonte de


consulta para embasamento legal de todo estudo do Módulo: a Lei Federal nº 4.320/1964,
o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) – 7ª Edição, válida para
2017 e o Manual Técnico de Orçamento MTO , que é um instrumento de apoio aos
processos orçamentários, conforme proposição da Secretaria de Orçamento Federal – SOF
(BRASIL, 1964; BRASIL, 2017 a; BRASIL, 2017 c). As normas estabelecidas no MCASP
aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades do setor público. Estão compreendidos no
conceito de entidades do setor público, os governos federal, estaduais, distrital (Distrito
Federal) e municipais e seus respectivos poderes (inclusive os Tribunais de Contas, as
Defensorias Públicas e o Ministério Público), órgãos, secretarias, departamentos, agências,
autarquias, fundações (instituídas e mantidas pelo Poder Público), fundos, consórcios
públicos e outras repartições públicas congêneres da administração direta e indireta.

Segundo o MCASP, na contabilidade pública, os princípios orçamentários visam a


estabelecer diretrizes norteadoras básicas, a fim de conferir racionalidade, eficiência e
transparência para os processos de elaboração, execução e controle do orçamento público.
Dentre esses princípios gostaria de destacar:

✓ Princípio da unidade
Todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro, devem
integrar um único documento legal, no âmbito de cada esfera federativa: a Lei
Orçamentária Anual (LOA). Ou seja, o orçamento da Câmara Municipal, das autarquias,
fundos municipais, fundações, etc. devem compor um único documento legal.

✓ Princípio da universalidade
A LOA de cada ente federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos os
poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

✓ Princípio da anualidade
O exercício financeiro orçamentário, período de tempo ao qual a previsão das receitas e a
fixação das despesas registradas na LOA irão se referir, deverá coincidir com o ano civil, ou
seja, de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano.

✓ Princípio da transparência
As esferas de governo têm obrigação de divulgar o orçamento público de forma ampla à
sociedade; de publicar relatórios sobre a execução orçamentária e a gestão fiscal; de

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disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a arrecadação da receita e a
execução da despesa.

A Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF introduziu, nas instituições públicas, o marco


oficial do planejamento. Ela tem como pressuposto o equilíbrio das contas públicas. Com
essa finalidade, ratificou a integração entre o Plano Plurianual(PPA), a Lei de Diretrizes
Orçamentárias(LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) e enfatizou a necessidade de
planejamento, controle, transparência e responsabilização na administração pública
(BRASIL, 2000).

Após o embasamento legal acima, apresentaremos a parte mais prática do


conteúdo deste Módulo V.

2. PPA – Plano Plurianual

Conforme já apresentado nos módulos anteriores, o PPA apresenta os programas,


compostos por ações. As ações têm metas a serem alcançadas, para 4(quatro) anos.

IMPORTANTE:
O PPA deve ter como parâmetro e deve ser compatível com o Plano Municipal de
Saúde, que foi referendado pelo Conselho Municipal de Saúde.

Tarefa:
Com base em tudo que você estudou até aqui, nos módulos anteriores e no Modelo
apresentado no Anexo I – (Quadro da Diretriz do Bloco da Vigilância em Saúde),
planeje uma ação governamental de longo prazo, abrangendo o respectivo programa, ação
e metas a serem alcançadas, inclusive com valores financeiros, possibilitando assim uma
definição governamental do que será executado.

Preencher o quadro das diretrizes do PPA da Saúde, para o período de 2018 a 2021, do
Município X, referente a uma ação do Bloco da Atenção Básica.

3. LOA – Lei Orçamentária Anual

A LOA é elaborada conforme os programas do PPA e diretrizes estabelecidas na


LDO.
A proposta orçamentária é o conjunto de documentos relativos às ações
governamentais para o próximo exercício financeiro e nela deverá estar demonstrada a
previsão das receitas e a fixação das despesas para o respectivo exercício. A LOA será
enviada, anualmente, pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo, para apreciação e
aprovação.

Na LOA, a ação é identificada por um código alfanumérico de quatro dígitos, no


qual o primeiro dígito refere-se ao tipo de ação, a saber:

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1º DIGITO TIPO DE AÇÃO
1, 3, 5 ou 7 Projeto
2, 4, 6 ou 8 Atividade
0 Operação Especial

Exemplo 1: Na ação 2.125 – Manutenção do PSF, como ela começa com o nº 2, trata-se de
ação que é uma atividade contínua. Portanto realizada todo ano. A numeração poderia ser
4.125.

Exemplo 2: Na ação 1.150 – Construção de UBS do Bairro X, como ela começa com o nº 1,
trata-se de um projeto, ele vai ter inicio e fim pré-fixados. Ou seja, não acontecerá todo
ano. A numeração poderia ser 3.150.

A dica aqui é:
Deixar os números 1 e 2 para prefeitura; 3 e 4 para autarquia; e 5 e 6 para fundação, etc...

IMPORTANTE:

A LOA deve ser compatível com a Programação Anual de Saúde, que foi
referendada pelo Conselho Municipal de Saúde.

Tarefa:
Seguindo o mesmo exemplo adotado no PPA, você deverá ser capaz de, com base no
modelo apresentado abaixo (veja que é uma ação do programa do PPA exemplificado
anteriormente), elaborar uma ação (pode ser atividade ou projeto), da Secretaria
Municipal de Saúde, para o ano de 2018, do Município X, referente a uma ação do Bloco da
Atenção Básica.

4. RECEITAS PÚBLICAS

Podemos definir receitas públicas como sendo todos os ingressos de caráter não
devolutivo auferidas pelo Poder Público, em qualquer esfera governamental, para alocação
e cobertura das despesas públicas. Dessa forma, todo o ingresso orçamentário constitui
uma receita pública, pois tem como finalidade atender às despesas públicas.

A boa gestão dos ingressos financeiros é prática fundamental no regime de


responsabilidade fiscal.

Como já visto em módulos anteriores, quanto à NATUREZA, os recursos da receita


se dividem em:

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Receita Orçamentária

✓ Depende de autorização orçamentária;


✓ Integra o orçamento público;
✓ É oriunda de tributos, rendas, transferências, alienações etc...

Receita Extra Orçamentária

✓ Independe de autorização orçamentária;


✓ Não faz parte do orçamento público e;
✓ São recursos provenientes de depósitos (descontos da folha de pagamento ou de
fornecedores a favor de terceiros - ex. INSS).

DESCRIÇÃO DA NATUREZA DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA PARA RESOLUÇÃO DO EXERCÍCIO

Como já visto em módulos anteriores, quanto à CATEGORIA ECONOMICA, a


receita classifica-se em: Receitas Correntes e Receitas de Capital.

Em relação à origem dos recursos, a receita se divide em:

✓ Fontes próprias. Ex. IPTU – ISSQN e outras.


✓ Recebidos de transferências. Ex. FPM – ICMS – IPVA e outras.
✓ Empréstimos contraídos – Ex. recursos levantados junto a organismos financeiros.

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Feita essas considerações, vamos à prática.

O ementário da classificação por natureza da receita orçamentária visa a subsidiar


os entes da Federação no processo de planejamento e de execução do orçamento,
propiciando o adequado registro contábil das receitas orçamentárias, tendo como
embasamento legal o EMENTÁRIO DA CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DA RECEITA
ORÇAMENTÁRIA – 2ª. Edição publicada pela STN em 11/09/2017 e válido para
2018 (BRASIL, 2017 d).

Agora, vamos imaginar que você está elaborando o orçamento do Fundo Municipal
de Saúde do seu Município e, com base no Ementário da Receita, você deverá classificar as
receitas a seguir, conforme exemplo abaixo:

O Município X recebeu recursos do Fundo Nacional de Saúde-FNS, do Bloco da Atenção


Básica. Em qual conta deve ser lançada essa receita?

Resposta: 1.7.1.8.03.1.1- Transferência de Recursos do Sistema Único de Saúde – SUS –


Repasses Fundo a Fundo – Principal

E aí? Foi lá no Ementário da Receita e conferiu?

Lembrete: Esse Ementário da Receita é válido a partir do exercício financeiro de


2018, inclusive no que se refere à elaboração do respectivo Projeto de Lei
Orçamentária (que foi elaborado durante o exercício de 2017).

Agora, você deverá ser capaz de classificar, tendo como fonte o Ementário da
Receita, as seguintes contas, para as receitas abaixo discriminadas:

a) Receitas provenientes de Serviços de Saúde (ex.: BPA – AIH).

b) Receitas provenientes de Recursos do Fundo Nacional de Saúde-FNS do Bloco da Média


e Alta Complexidade, para despesas correntes.

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c) Receitas provenientes de Recursos do Fundo Nacional de Saúde-FNS do Bloco da
Vigilância em Saúde, para despesas correntes.

d) Receitas provenientes de Recursos do Fundo Estadual de Saúde-FES, para despesas


correntes.

e) Receitas provenientes de Recursos de Convênio do Fundo Nacional de Saúde-FNS, para


despesas correntes.

f) Receitas provenientes de Recursos de Emendas Parlamentares do Fundo Nacional de


Saúde-FNS, para despesas correntes.

g) Receitas provenientes de Recursos de Convênio do Fundo Nacional de Saúde-FNS, para


despesas de capital.

h) Receitas provenientes de Recursos de Emendas Parlamentares do Fundo Nacional de


Saúde-FNS, para despesas de capital.

Lembrete importante, válido para 2017, sobre as contas de receitas provenientes de


Recursos de Emendas Parlamentares:

Conforme disposto na Portaria STN nº 764, de 15.09.2017, os Estados, Distrito Federal e


Municípios, enquanto não estiverem utilizando a estrutura de codificação constante da
Portaria Interministerial STN/SOF nº 5/2015 (que será válida para 2018), deverão
utilizar, para contabilização do recebimento de Emendas Parlamentares, as seguintes
contas de receitas (BRASIL, 2017; BRASIL 2015).

CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO
1.7.2.1.38.00 Transferências Advindas de Emendas Parlamentares Individuais
2.4.2.1.38.00 Transferências Advindas de Emendas Parlamentares Individuais

4.1. CODIFICAÇÃO DAS FONTES DE RECURSOS:

Tendo em vista que cada Tribunal de Contas do Estado adota uma codificação de
fonte de recursos diferente, não trataremos desse item nesse Módulo.

Porém, informo que a STN já está trabalhando com a Fonte ou Destinação de


Recursos desenvolvida para o SICONFI, identificada com o código FR, composto de quatro
dígitos.

Vejam a codificação adotada pela STN, que brevemente poderá passar a ser
adotada pelos municípios.

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Tomando como base essa codificação, vejam como será a codificação adotada, para
o recebimento de recursos, durante o exercício corrente, provenientes de:

✓ Transferências de Recursos do SUS, para Atenção de Média e Alta Complexidade -


1.214
✓ Transferências de Recursos do SUS, para Gestão do SUS – 1.217
✓ Transferências de Recursos do SUS, para Atenção Básica – 1.212

É importante ressaltar que a suplementação ou transferência de recursos


orçamentários só podem ser efetuadas entre as fichas de despesas que contenham a
mesma fonte de recursos.

Exemplo: tomando como base a tabela de Fonte ou Destinação de Recurso adotada


pela STN atualmente, eu não poderia suplementar uma ficha que tem a Fonte de Recurso
1.214, com base na anulação de uma ficha que tenha a Fonte de Recurso 1.212.

5. DESPESAS PÚBLICAS

Podemos definir despesas públicas como sendo todos os gastos efetuados para a
manutenção dos serviços públicos obrigatórios e para a gestão do patrimônio
governamental. Conclui-se que a despesa pública refere-se a todo pagamento efetuado a
qualquer titulo pela administração pública.

Quanto à natureza, a despesa se classifica em:

✓ Despesa Orçamentária: constituem despesas públicas orçamentárias as


obrigações de pagamento do próprio órgão do governo e da Administração
Pública, objetivando a consecução dos serviços e obras, em benefício da
comunidade. A despesa tem que estar devidamente autorizada, por meio do
orçamento votado pelo Poder Legislativo, conforme o regramento preceituado
pela Lei nº 4.320/64, na formação do processo da despesa, desde o ordenamento
até o pagamento.
✓ Despesa Extra Orçamentária: constituem despesas extra orçamentárias aquelas
processadas para o pagamento de obrigações decorrentes da receita pública extra
orçamentária. Geralmente, para pagamento das despesas extra orçamentárias,
observa-se a existência da receita extra orçamentária, com algumas exceções. Uma
das exceções a essa regra é o salário família, o qual é pago ao servidor e depois
compensado na guia do INSS.

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Nota: Os conceitos quanto à Classificação da Despesa Orçamentária já foram
tratados no Módulo IV.

Exemplos quanto à classificação da despesa orçamentária:

✓ Institucional

Exemplo:

Órgão: 02 – Prefeitura Municipal do Município X

Unidade: 02.05 – Secretaria Municipal de Saúde

Unidade: 02.06 – Fundo Municipal de Saúde

✓ Funcional: é composta por um elenco de funções e subfunções.

Exemplo:

Função: 10-Saúde

Sub função: 301–Atenção Básica

Sub função: 302–Assistência Hospitalar e Ambulatorial

Estrutura Programática: trata-se da codificação de cada ente governamental. O


Programa somente pode ser criado por meio do PPA. Logo, a criação de um novo
Programa pressupõe alteração no PPA. O Programa articula um conjunto de ações que
concorrem para um objetivo comum. Os Programas se dividem em:

✓ Projeto: ação limitada no tempo – tem início e fim;


✓ Atividade: realizam-se de modo continuo e;
✓ Operações Especiais: despesas que não contribuem para a manutenção das ações
de governo.

5.1. Classificação da Despesa Orçamentária por Natureza


A classificação da despesa orçamentária, segundo a sua natureza, compõe-se dos
seguintes itens: Categoria Econômica; Grupo de Natureza da Despesa; Modalidade de
Aplicação; Elemento de Despesa.
Categoria Econômica: divide-se em dois grandes grupos, com os seguintes códigos:

✓ Despesa corrente: 3
✓ Despesa de capital: 4

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Grupo de Natureza da Despesa (GND) – Trata-se de um agregador de elementos de
despesas orçamentárias com as mesmas características quanto ao objeto de gasto,
conforme discriminado a seguir:

✓ Pessoal e Encargos Sociais: 1


✓ Juros e Encargos da Dívida: 2
✓ Outras Despesas Correntes: 3
✓ Investimentos: 4
✓ Inversões Financeiras: 5
✓ Amortização da Dívida: 6

Modalidade de Aplicação: Indica se os recursos serão aplicados diretamente pela


unidade detentora do crédito ou mediante transferência para entidades públicas ou
privadas. A modalidade também permite a eliminação de dupla contagem no orçamento.

Elemento de Despesa Orçamentária: Tem por finalidade identificar os objetos de gasto,


que a administração pública utiliza para a consecução de seus fins.

IMPORTANTE: Desdobramento Facultativo do Elemento da Despesa


Conforme as necessidades de escrituração contábil e controle da execução orçamentária
fica facultado, por parte de cada ente, o desdobramento dos elementos de despesa.
Esse desdobramento é tratado como um sub-elemento do elemento da despesa. No SIOPS
é adotado esse desdobramento.

Através do link abaixo, segue Classificação completa da Despesa Orçamentária por


Natureza, que será objeto das tarefas a serem abordadas a partir desse momento.

Tarefa:

Tendo como base tudo que você viu até aqui (inclusive com embasamento no que
estudou no Módulo IV) sobre a Despesa Orçamentária, classifique as despesas
orçamentárias, a seguir:

a) Pessoal Contratado por Tempo Determinado, para trabalhar na Estratégia de Saúde


Família-ESF.

b) Pagamento de Diárias, no país, a servidor.

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c) Aquisição de Material Laboratorial.

d) Aquisição de Serviços Médicos e Odontológicos de Pessoas Física.

e) Pessoal Civil para trabalhar na Estratégia de Saúde Família-ESF

f) Transferências a Consórcios Públicos, mediante contrato de rateio.

g) Aquisição de Material Hospitalar.

h) Aquisição de Serviços Médicos, Hospitalares, Odontológicos e Laboratoriais de Pessoa


Jurídica.

i) Pagamento de serviços de energia elétrica.

j) Pagamento de Contribuições Previdenciárias – INSS.

k) Pagamento de decisão proveniente de sentenças judiciais–sejam medicamentos,


consultas ou internações.

Agora que você já sabe classificar a despesa quanto à sua natureza, vamos ver
como seria uma dotação orçamentária completa, seguindo o exemplo abaixo:

Ex.: Dotação orçamentária para aquisição de serviços médicos e odontológicos de pessoa


jurídica para o PAM: 02.06.10.302.1020.2015.3390.39.50

O2: Órgão-Prefeitura

06: Unidade Orçamentária–Fundo Municipal de Saúde-numeração livre do ente.

10: Função Saúde.

302: Sub Função–Assistência Hospitalar e Ambulatorial.

1.020: Programa–numeração livre do ente

2.015: Atividade–numeração livre do ente

3.3.90.39: categoria econômica-3/Grupo da Natureza da Despesa-3/Modalidade da


Aplicação-90 e Elemento da despesa-39

50: Sub detalhamento da despesa

Tarefa

Classifique agora a dotação orçamentária completa para a aquisição de medicamentos


atendendo uma ordem judicial.

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No que tange a gastos com ações judiciais, temos relatos de que esse tipo de gasto
aumentou muito nos últimos 7(sete) anos, porém, quando buscamos essa informação
concreta em números no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde -
SIOPS –, constatamos, na maioria dos municípios, que ela não existe no relatório. Ela não
está sendo registrada da maneira correta, conforme deveria ser, ou seja, conforme descrito
no exercício anterior.

Vejamos: as ações judiciais para medicamentos vocês já viram acima como desse ser
classificada.

E agora, para serviços provenientes de ações judiciais (ex. internação em UTI, exames,
cirurgias), como seria?

Tarefa:

Classifique a dotação orçamentária completa para aquisição de serviços médicos


(internação em UTI, exames, cirurgias), provenientes de ordem judicial.

5.2. ESTÁGIOS DA DESPESA

A Lei nº 4.320/64, através dos art. 58 a 65, determina que a despesa pública seja
processada em 03 estágios: empenho, liquidação e pagamento. Entretanto, considerando
as mudanças ocorridas na legislação, faz-se necessário adotar outros procedimentos
administrativos para melhorar o controle da despesa. Sendo assim, concluímos que, para
se realizar uma despesa, a Administração Pública deverá percorrer 05 estágios:
planejamento, licitação, empenho, liquidação e pagamento.

EMPENHO:

De acordo com a Lei nº 4.320/64, o empenho é o ato emanado de autoridade


competente, que cria para a entidade a obrigação de pagamento pendente ou não de
implemento de condição, sendo proibida a realização de qualquer despesa sem empenho
prévio.

A despesa deve ser precedida do empenho, caso contrário, poderá ser considerada
de responsabilidade pessoal do seu ordenador. Essa é a razão porque o empenho deva ser
autorizado por autoridade competente, que assume compromissos em nome da entidade.

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Para o fornecedor ou prestador do serviço, o empenho é uma garantia de que o
compromisso será pago, desde que observado o cumprimento das cláusulas contratuais.

Para a administração, o empenho é um instrumento de controle do crédito


orçamentário e financeiro, uma vez que vincula dotação e financeiro, para cumprir uma
determinada obrigação, com uma fonte de recurso especifica.

São modalidades de empenho: Ordinário, Global e Estimativo:

✓ Empenho Ordinário: é o utilizado para as despesas normais, que não tenham


nenhuma característica especial. Refere-se às despesas que apresentam um valor
certo e indivisível. Ex. compra de material de papelaria para uma unidade de
saúde, para um período de 30 dias.
✓ Empenho Global: é o utilizado para os casos de despesas contratuais e outras
sujeitas a parcelamento, cujo valor seja previamente determinado. Ex. seguro total
de veículos.
✓ Empenho Estimativo: é o utilizado nos casos em que não se possa determinar o
montante exato da despesa. Portanto, estima-se o valor para emissão do empenho
e, quando da realização da despesa, conhecido o valor exato, empenha-se somente
aquele valor. Ex. compra de combustível para o ano todo, para a frota de veículos
do Fundo Municipal de Saúde.

LIQUIDAÇÃO:

De acordo com a Lei Federal nº 4.320/64, a liquidação é a verificação do programo


de condição, consistindo na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os
títulos e os documentos comprobatórios do respectivo crédito, ou seja, Notas Fiscais,
contrato e os comprovantes de entrega de material ou de prestação de serviços.

Assim, a liquidação da despesa é uma etapa indispensável para a realização do


pagamento, o qual deverá ser realizado somente após a assinatura do responsável pela
liquidação da despesa.

6. CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS

Os créditos orçamentários são os recursos destinados à execução dos programas


de trabalho do Gestor Municipal da Saúde, especificados no Orçamento Anual e na
Programação Anual de Saúde – PAS.

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As autorizações constantes na lei orçamentária para a realização de despesas do
Fundo Municipal de Saúde provêm de recursos federais, estaduais e municipais. Esses
recursos se dividem em ordinários e vinculados. Se houver necessidade de autorização
para despesas não computadas ou insuficientemente dotadas, poderão ser abertos
créditos adicionais, desde que a fonte de recursos seja a mesma.

7. CRÉDITOS ADICIONAIS

Os créditos adicionais visam atender a duas situações:

✓ Suplementar dotações, cujos recursos estabelecidos no Orçamento Anual


apresentem-se insuficientes e;
✓ Atender as situações não previstas no Orçamento Anual.

Os créditos adicionais classificam-se em:

✓ Suplementares, os destinados ao reforço de dotação orçamentária já existente no


Orçamento em vigor, ou seja, acrescem-se os valores das dotações constantes do
Orçamento. Devem ser previamente autorizados por lei e abertos por decreto do
Poder Executivo. A autorização legal pode estar contida na própria Lei do
Orçamento, a qual deve fixar um limite em % do valor total do orçamento para a
abertura desses créditos (art. 167, incisos V e VI da CF/88 e 41, inciso I da Lei
Federal nº 4.320/64).
✓ Especiais, os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária
especifica e destinam-se a acobertar despesas eventuais ou especiais e, por isso,
não constaram da Lei do Orçamento. Sua autorização, pelo Poder Legislativo, se dá
por lei especifica, que fixa e determina os limites e valores, após o que são abertos
por decreto pelo Poder Executivo (art. 167, incisos I, V, VI e parágrafo 2º da CF/88
e art. 41, inciso II da Lei Federal nº 4.320/64).
✓ Extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção interna ou calamidade pública. Decorrem de fatos que não
permitem um planejamento prévio e, ainda, obrigam a adoção de medidas
imediatas visando o atendimento rápido e urgente. São abertos por decreto do
Poder Executivo, independente de prévia autorização legislativa. Apenas exige-se
informar ao Poder Legislativo, justificando as causas determinantes do ato, o qual

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ratificará a autorização do Poder Executivo (art. 167, parágrafos 2º e 3º da CF/88 e
art. 41, inciso III da Lei Federal nº 4.320/64). Ex.: um alagamento.

A vigência dos créditos adicionais não pode ultrapassar o exercício financeiro,


exceto os especiais e os extraordinários, quando houver expressa determinação legal.
Ao longo do ano e durante a execução do orçamento, o mesmo poderá sofrer
alterações no seu valor.
As origens dos créditos adicionais são as seguintes:
✓ Excesso de arrecadação — É o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a
mês, entre a receita realizada (arrecadada) e a prevista no orçamento. É
recomendável somente abrir créditos orçamentários por excesso de arrecadação
somente mais próximo do final do ano, quando se poderá ter uma posição mais
definida do comportamento da receita prevista com relação à efetivamente
realizada. Nesse caso, a fonte de destinação de recurso deverá começar com o nº 1.
✓ Superávit financeiro – É apurado no balanço patrimonial do exercício anterior. É
o saldo positivo entre o ativo e o passivo financeiro. Ou seja, o saldo que existe na
conta bancária, menos o que já se acha empenhado. Se a diferença for positiva é
possível aumentar o orçamento. Nesse caso, a fonte de destinação de recurso
deverá começar com o número 2.
Exemplo: Vamos imaginar que na conta do Bloco da Atenção Básica, descontados
os valores referentes aos empenhos emitidos até 31/12, sobrou R$ 245.500,00.
Neste caso, será possível aumentar o orçamento, criando fichas de despesas com a
fonte de recurso 2.212, através de um Projeto de Lei que deverá ser enviado para o
Legislativo.
✓ Anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais: são os recursos resultantes de anulação parcial ou total de dotações
orçamentárias, que possuem a mesma fonte de recursos e que devem ser
precedidos de autorização legislativa.
Exemplo: Há duas ações em um determinado município:
2.135 – Manutenção do PSF
2.146 – Manutenção do Programa de Saúde Bucal
Ambas as ações são do Bloco da Atenção Básica. Então, posso, por exemplo, retirar do
orçamento do PSF e transferir para o Programa de Saúde Bucal.

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Vejamos a seguinte situação:
Exemplo: Há duas ações no município:
2.135 – Manutenção do PSF
2.150 – Manutenção do CAPS
Uma ação é do Bloco da Atenção Básica e a outra do Bloco da Média e Alta Complexidade.
Diante disso, não se pode retirar do orçamento, por exemplo, do PSF, e transferir para o
CAPS ou vice e versa. As fontes de recurso são diferentes. Verificando a tabela de fonte de
recursos da STN, veremos que a Atenção Básica tem a fonte 212 e a Média e Alta
Complexidade a fonte 213 ou 214. Atualmente, essa ação não é permitida.

✓ Operações de Crédito realizadas: Trata-se dos empréstimos contraídos junto a


instituições de crédito ou fomento, sendo que devem ser autorizadas, tanto a
contratação como a suplementação, pelo Poder Legislativo.

8. Conclusão:

Com base em tudo que vimos até aqui e principalmente no que você verá no
Módulo VI, o e-SUS Gestor, posso afirmar que a palavra chave para um total sucesso na
resolubilidade dos serviços e ações na saúde publica é uma só: planejamento.

O sanitarista Gilson Carvalho já dizia: “o gestor faz o que não planejou e planeja o
que não faz”.

É preciso escutar a comunidade e levar as demandas apresentadas em


consideração. Não devemos mais aceitar que os planos PPA e PMS, LOA e PAS sejam meros
instrumentos de habilitação de serviços. É preciso que esses instrumentos de
planejamento reflitam a realidade local da saúde pública do seu município e que eles
estejam muito bem construídos para uma perfeita execução, tanto orçamentária quanto
financeira. É preciso fazer com que eles conversem entre si. Esse é o nosso grande desafio.

Tendo como suporte essa ferramenta disponibilizada pelo CONASEMS/COSEMS


você deverá conseguir qualificar esses instrumentos de planejamento, para que eles sejam
uma ferramenta primordial para o sucesso da gestão do SUS.

A historia a seguir foi contada por Martin Conroy * em uma carta.

”Em uma bela tarde de primavera, há vinte e cinco anos, dois jovens se formaram no
mesmo curso, na mesma universidade. Os dois eram muito parecidos:

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Notas acima da média...
Sociáveis…
Tinham sonhos ambiciosos para o futuro…

Recentemente, os dois se reencontraram na festa de comemoração dos 25 anos de


formatura.

E continuavam parecidos:

Ambos casados…
Com três filhos…
E trabalhavam na mesma empresa…

Só havia uma diferença:

Um deles era o gerente de um pequeno departamento da empresa, e o outro era o


presidente.

Você já parou para pensar o que faz a diferença na vida das pessoas?

O que faz a diferença…

Não é a inteligência…
Não é o talento…
Não é um querer mais que o outro…

A diferença está naquilo que a pessoa sabe.

E, mais do que isso, está naquilo que ela faz com o que ela sabe.”

E você, sabe o que faz com o que você sabe?

Muita gente sabe que o conhecimento e o planejamento são divisores de águas, quando o
assunto é orçamento púbico.

Sabe por quê?

Porque quando você tem uma rota clara, que sinaliza para onde está indo e aonde quer
chegar, você consegue progredir!

Mas progresso só existe com ação e conhecimento. Parabéns por você ter chegado até
aqui! Isso demonstra que você sabe aonde quer chegar!

* Martin Conroy, foi um executivo de publicidade que, sem recorrer a papel brilhante ou a
gráficos sofisticados, criou uma das campanhas publicitárias mais persistentes de todos os
tempos. A obra-prima de Conroy nunca apareceu em jornais ou revistas. Nem foi
transmitida na televisão ou no rádio. Era uma carta - uma carta simples de duas páginas.
Essa que você acaba de ler sobre os dois estudantes que se formaram. Ela circulou por

17
28(vinte e oito) anos (1975 – 2003) e gerou mais de 2(dois) bilhões de dólares de
faturamento, em assinaturas para o The Wall Street Jornal.

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº
4.320, de 17 de março de 1964. Disponível em http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L4320.htm. Acesso em 17 de novembro de 2017.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei
Complementar nº 101 de 04 de maio de 2000. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm. Acesso em 17 de outubro
2017. Brasília, 2000.

BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de


Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP - 7a. Ed., Brasília 2017 a.
BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Plano de Contas
Aplicado ao setor Público – PCASP. Publicado em 02 de agosto de 2017. Disponível em
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt_PT/pcasp. Acesso em 21 de novembro de 2017.
Brasília 2017b.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Secretaria de Orçamento
Federal. Manual Técnico do Orçamento MTO 2018. Edição 2018 (1a versão). Acesso em
14 de novembro de 2017. Brasília 2017c.
BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Ementário da
Classificação por Natureza da Receita Orçamentária- 2ª. Edição. Publicado em
11/09/2017. Disponível em http://www.tesouro.fazenda.gov.br/-/ementario-da-receita-
orcamentaria. Acesso em 21 de novembro de 2017. Brasília 2017 d.

BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Portaria STN nº 764 de 15


de setembro de 2017. Disponível em:
http://www.lex.com.br/legis_27510956_PORTARIA_N_764_DE_15_DE_SETEMBRO_DE_20
17.aspx. Acesso em 17 de novembro de 2017. Brasília 2017e.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei
Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp141.htm. Brasília 2012.

BRASIL. Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e Secretaria de


Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Portaria
Interministerial STN/SOF nº 5/2015. Disponível em
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/490901/Item_2_4a_Portaria_Inte
rministerial_SOF_STN_05_2015.pdf/a966d811-2f21-4948-9ffe-a61e345aecb5. Acesso em
17 de novembro de 2017. Brasília, 2015.

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DOCUMENTOS PARA A BIBLIOTECA VIRTUAL

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº
4.320, de 17 de março de 1964.

BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de Contabilidade


Aplicada ao Setor Público – MCASP - 7a. Ed., Brasília 2017a.

BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Plano de Contas Aplicado


ao setor Público – PCASP. Publicado em 02 de agosto de 2017. Disponível em
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt_PT/pcasp. Acesso em 21 de novembro de 2017.
Brasília 2017b.

BRASIL. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Secretaria de Orçamento


Federal. Manual Técnico do Orçamento MTO 2018. Edição 2018 (1a versão). Acesso em 14
de novembro de 2017. Brasília 2017c.

BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Ementário da


Classificação por Natureza da Receita Orçamentária- 2ª. Edição. Publicado em
11/09/2017. Disponível em http://www.tesouro.fazenda.gov.br/-/ementario-da-receita-
orcamentaria. Acesso em 21 de novembro de 2017. Brasília 2017d.

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