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Conteúdo Programático:
1. INTRODUÇÃO
2. O PPA-PLANO PLURIANUAL
3. A LOA-LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL
4. RECEITAS PÚBLICAS
4.1. CODIFICAÇÃO DAS FONTES DE RECURSOS
5. DESPESAS PÚBLICAS
5.1. CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA POR NATUREZA
5.2. ESTÁGIOS DA DESPESA
6. CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS
7. CRÉDITOS ADICIONAIS
8. CONCLUSÃO
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
O Módulo é voltado para o dia a dia do gestor, com apresentação de perguntas e respostas,
exemplos concretos, informando o que é certo ou errado.
1. Introdução
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Outro importante avanço na área das finanças públicas foi a promulgação da Lei
Complementar nº 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabeleceu para
toda a Federação, direta ou indiretamente, limites de dívida consolidada, garantias,
operações de crédito, restos a pagar e despesas de pessoal, dentre outros, com o intuito de
propiciar o equilíbrio das finanças públicas e instituir instrumentos de transparência da
gestão fiscal (BRASIL, 2000).
✓ Princípio da unidade
Todas as receitas previstas e despesas fixadas, em cada exercício financeiro, devem
integrar um único documento legal, no âmbito de cada esfera federativa: a Lei
Orçamentária Anual (LOA). Ou seja, o orçamento da Câmara Municipal, das autarquias,
fundos municipais, fundações, etc. devem compor um único documento legal.
✓ Princípio da universalidade
A LOA de cada ente federado deverá conter todas as receitas e despesas de todos os
poderes, órgãos, entidades, fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
✓ Princípio da anualidade
O exercício financeiro orçamentário, período de tempo ao qual a previsão das receitas e a
fixação das despesas registradas na LOA irão se referir, deverá coincidir com o ano civil, ou
seja, de 1º de janeiro a 31 de dezembro de cada ano.
✓ Princípio da transparência
As esferas de governo têm obrigação de divulgar o orçamento público de forma ampla à
sociedade; de publicar relatórios sobre a execução orçamentária e a gestão fiscal; de
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disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a arrecadação da receita e a
execução da despesa.
IMPORTANTE:
O PPA deve ter como parâmetro e deve ser compatível com o Plano Municipal de
Saúde, que foi referendado pelo Conselho Municipal de Saúde.
Tarefa:
Com base em tudo que você estudou até aqui, nos módulos anteriores e no Modelo
apresentado no Anexo I – (Quadro da Diretriz do Bloco da Vigilância em Saúde),
planeje uma ação governamental de longo prazo, abrangendo o respectivo programa, ação
e metas a serem alcançadas, inclusive com valores financeiros, possibilitando assim uma
definição governamental do que será executado.
Preencher o quadro das diretrizes do PPA da Saúde, para o período de 2018 a 2021, do
Município X, referente a uma ação do Bloco da Atenção Básica.
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1º DIGITO TIPO DE AÇÃO
1, 3, 5 ou 7 Projeto
2, 4, 6 ou 8 Atividade
0 Operação Especial
Exemplo 1: Na ação 2.125 – Manutenção do PSF, como ela começa com o nº 2, trata-se de
ação que é uma atividade contínua. Portanto realizada todo ano. A numeração poderia ser
4.125.
Exemplo 2: Na ação 1.150 – Construção de UBS do Bairro X, como ela começa com o nº 1,
trata-se de um projeto, ele vai ter inicio e fim pré-fixados. Ou seja, não acontecerá todo
ano. A numeração poderia ser 3.150.
A dica aqui é:
Deixar os números 1 e 2 para prefeitura; 3 e 4 para autarquia; e 5 e 6 para fundação, etc...
IMPORTANTE:
A LOA deve ser compatível com a Programação Anual de Saúde, que foi
referendada pelo Conselho Municipal de Saúde.
Tarefa:
Seguindo o mesmo exemplo adotado no PPA, você deverá ser capaz de, com base no
modelo apresentado abaixo (veja que é uma ação do programa do PPA exemplificado
anteriormente), elaborar uma ação (pode ser atividade ou projeto), da Secretaria
Municipal de Saúde, para o ano de 2018, do Município X, referente a uma ação do Bloco da
Atenção Básica.
4. RECEITAS PÚBLICAS
Podemos definir receitas públicas como sendo todos os ingressos de caráter não
devolutivo auferidas pelo Poder Público, em qualquer esfera governamental, para alocação
e cobertura das despesas públicas. Dessa forma, todo o ingresso orçamentário constitui
uma receita pública, pois tem como finalidade atender às despesas públicas.
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Receita Orçamentária
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Feita essas considerações, vamos à prática.
Agora, vamos imaginar que você está elaborando o orçamento do Fundo Municipal
de Saúde do seu Município e, com base no Ementário da Receita, você deverá classificar as
receitas a seguir, conforme exemplo abaixo:
Agora, você deverá ser capaz de classificar, tendo como fonte o Ementário da
Receita, as seguintes contas, para as receitas abaixo discriminadas:
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c) Receitas provenientes de Recursos do Fundo Nacional de Saúde-FNS do Bloco da
Vigilância em Saúde, para despesas correntes.
CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO
1.7.2.1.38.00 Transferências Advindas de Emendas Parlamentares Individuais
2.4.2.1.38.00 Transferências Advindas de Emendas Parlamentares Individuais
Tendo em vista que cada Tribunal de Contas do Estado adota uma codificação de
fonte de recursos diferente, não trataremos desse item nesse Módulo.
Vejam a codificação adotada pela STN, que brevemente poderá passar a ser
adotada pelos municípios.
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Tomando como base essa codificação, vejam como será a codificação adotada, para
o recebimento de recursos, durante o exercício corrente, provenientes de:
5. DESPESAS PÚBLICAS
Podemos definir despesas públicas como sendo todos os gastos efetuados para a
manutenção dos serviços públicos obrigatórios e para a gestão do patrimônio
governamental. Conclui-se que a despesa pública refere-se a todo pagamento efetuado a
qualquer titulo pela administração pública.
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Nota: Os conceitos quanto à Classificação da Despesa Orçamentária já foram
tratados no Módulo IV.
✓ Institucional
Exemplo:
Exemplo:
Função: 10-Saúde
✓ Despesa corrente: 3
✓ Despesa de capital: 4
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Grupo de Natureza da Despesa (GND) – Trata-se de um agregador de elementos de
despesas orçamentárias com as mesmas características quanto ao objeto de gasto,
conforme discriminado a seguir:
Tarefa:
Tendo como base tudo que você viu até aqui (inclusive com embasamento no que
estudou no Módulo IV) sobre a Despesa Orçamentária, classifique as despesas
orçamentárias, a seguir:
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c) Aquisição de Material Laboratorial.
Agora que você já sabe classificar a despesa quanto à sua natureza, vamos ver
como seria uma dotação orçamentária completa, seguindo o exemplo abaixo:
O2: Órgão-Prefeitura
Tarefa
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No que tange a gastos com ações judiciais, temos relatos de que esse tipo de gasto
aumentou muito nos últimos 7(sete) anos, porém, quando buscamos essa informação
concreta em números no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde -
SIOPS –, constatamos, na maioria dos municípios, que ela não existe no relatório. Ela não
está sendo registrada da maneira correta, conforme deveria ser, ou seja, conforme descrito
no exercício anterior.
Vejamos: as ações judiciais para medicamentos vocês já viram acima como desse ser
classificada.
E agora, para serviços provenientes de ações judiciais (ex. internação em UTI, exames,
cirurgias), como seria?
Tarefa:
A Lei nº 4.320/64, através dos art. 58 a 65, determina que a despesa pública seja
processada em 03 estágios: empenho, liquidação e pagamento. Entretanto, considerando
as mudanças ocorridas na legislação, faz-se necessário adotar outros procedimentos
administrativos para melhorar o controle da despesa. Sendo assim, concluímos que, para
se realizar uma despesa, a Administração Pública deverá percorrer 05 estágios:
planejamento, licitação, empenho, liquidação e pagamento.
EMPENHO:
A despesa deve ser precedida do empenho, caso contrário, poderá ser considerada
de responsabilidade pessoal do seu ordenador. Essa é a razão porque o empenho deva ser
autorizado por autoridade competente, que assume compromissos em nome da entidade.
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Para o fornecedor ou prestador do serviço, o empenho é uma garantia de que o
compromisso será pago, desde que observado o cumprimento das cláusulas contratuais.
LIQUIDAÇÃO:
6. CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS
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As autorizações constantes na lei orçamentária para a realização de despesas do
Fundo Municipal de Saúde provêm de recursos federais, estaduais e municipais. Esses
recursos se dividem em ordinários e vinculados. Se houver necessidade de autorização
para despesas não computadas ou insuficientemente dotadas, poderão ser abertos
créditos adicionais, desde que a fonte de recursos seja a mesma.
7. CRÉDITOS ADICIONAIS
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ratificará a autorização do Poder Executivo (art. 167, parágrafos 2º e 3º da CF/88 e
art. 41, inciso III da Lei Federal nº 4.320/64). Ex.: um alagamento.
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Vejamos a seguinte situação:
Exemplo: Há duas ações no município:
2.135 – Manutenção do PSF
2.150 – Manutenção do CAPS
Uma ação é do Bloco da Atenção Básica e a outra do Bloco da Média e Alta Complexidade.
Diante disso, não se pode retirar do orçamento, por exemplo, do PSF, e transferir para o
CAPS ou vice e versa. As fontes de recurso são diferentes. Verificando a tabela de fonte de
recursos da STN, veremos que a Atenção Básica tem a fonte 212 e a Média e Alta
Complexidade a fonte 213 ou 214. Atualmente, essa ação não é permitida.
8. Conclusão:
Com base em tudo que vimos até aqui e principalmente no que você verá no
Módulo VI, o e-SUS Gestor, posso afirmar que a palavra chave para um total sucesso na
resolubilidade dos serviços e ações na saúde publica é uma só: planejamento.
O sanitarista Gilson Carvalho já dizia: “o gestor faz o que não planejou e planeja o
que não faz”.
”Em uma bela tarde de primavera, há vinte e cinco anos, dois jovens se formaram no
mesmo curso, na mesma universidade. Os dois eram muito parecidos:
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Notas acima da média...
Sociáveis…
Tinham sonhos ambiciosos para o futuro…
E continuavam parecidos:
Ambos casados…
Com três filhos…
E trabalhavam na mesma empresa…
Você já parou para pensar o que faz a diferença na vida das pessoas?
Não é a inteligência…
Não é o talento…
Não é um querer mais que o outro…
E, mais do que isso, está naquilo que ela faz com o que ela sabe.”
Muita gente sabe que o conhecimento e o planejamento são divisores de águas, quando o
assunto é orçamento púbico.
Porque quando você tem uma rota clara, que sinaliza para onde está indo e aonde quer
chegar, você consegue progredir!
Mas progresso só existe com ação e conhecimento. Parabéns por você ter chegado até
aqui! Isso demonstra que você sabe aonde quer chegar!
* Martin Conroy, foi um executivo de publicidade que, sem recorrer a papel brilhante ou a
gráficos sofisticados, criou uma das campanhas publicitárias mais persistentes de todos os
tempos. A obra-prima de Conroy nunca apareceu em jornais ou revistas. Nem foi
transmitida na televisão ou no rádio. Era uma carta - uma carta simples de duas páginas.
Essa que você acaba de ler sobre os dois estudantes que se formaram. Ela circulou por
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28(vinte e oito) anos (1975 – 2003) e gerou mais de 2(dois) bilhões de dólares de
faturamento, em assinaturas para o The Wall Street Jornal.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº
4.320, de 17 de março de 1964. Disponível em http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L4320.htm. Acesso em 17 de novembro de 2017.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei
Complementar nº 101 de 04 de maio de 2000. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm. Acesso em 17 de outubro
2017. Brasília, 2000.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei
Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp141.htm. Brasília 2012.
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DOCUMENTOS PARA A BIBLIOTECA VIRTUAL
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº
4.320, de 17 de março de 1964.
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