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Escola de Música
Licenciatura em Música
Natal/RN
Nov/2018
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Escola de Música
Licenciatura em Música
Natal/RN
Nov/2018
JEFFERSON ALAN SOARES DE OLIVEIRA
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________
Prof. Ms. EDIBERGON VARELA BEZERRA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
ORIENTADOR
_____________________________________________
Prof. Ms. MÁRIO LUCIO CAVALCANTE JUNIOR
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
MEMBRO DA BANCA
___________________________________________________
Prof. Ms. JOSÉ SIMIÃO SEVERO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
MEMBRO DA BANCA
AGRADECIMENTOS
This work aims to present and discuss the teaching of electric bass guitar
through the use of the northeastern rhythms. As a methodology, we conducted a
survey of educational materials that address this subject, conducting an interview
with a student of electric bass, as well as through the empirical knowledge sought
to answer the questions of the research. So as a result we can conclude that the
method used in the teaching of electric bass contributed to student learning, as
well as in the development of the levadas of forró and bass man techniques
necessary for your initial training. Thus, this work aims to contribute significantly
in the teaching of electric bass, as well as to the field of music education as a
whole.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 8
2 ORIGEM DO FORRÓ ................................................................................... 11
2.1 Baião ...................................................................................................... 12
2.2 Xote ........................................................................................................ 13
2.3 Xaxado ................................................................................................... 14
2.4 Forró Eletrônico .................................................................................... 15
3 DESENVOLVIMENTO DA CONDUÇÃO DO BAIXO NO ESTILO DO FORRÓ
......................................................................................................................... 17
4 AS LEVADAS DE FORRÓ NO BAIXO ......................................................... 18
4.1 A criação de linhas de baixo ................................................................ 18
5 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA NAS AULAS DE CONTRABAIXO
ELÉTRICO. ...................................................................................................... 27
6 COLETA DE DADOS .................................................................................... 30
6.1 Conclusão da Análise dos dados ........................................................ 32
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 35
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 37
8
1 INTRODUÇÃO
1
As levadas são um padrão rítmico para se executar um determinado gênero musical no instrumento com
o uso de um motivo ou frase musical, comumente tocada em ostinato.
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2
O termo “tirar” é uma expressão comum entre os músicos e significa: ouvir e reproduzir aquilo que foi
tocado por outro musico.
11
2 ORIGEM DO FORRÓ
Existe algumas teorias para a origem do termo “forró”, uma delas e talvez
a mais famosa é que o termo forró teria surgido no final do século XIX, com as
construções das estradas de ferro Great Western no nordeste pelos ingleses,
durante esse período os ingleses realizavam festas que eram abertas para toda
a população e na entrada dessas festa estava escrito “For All” que significa “para
todos” e com a variação da pronuncia teria surgido o termo “forró”. Existe
também outra teoria muito parecida com essa, só que em vez de ser durante a
construção da estrada de ferro Great Western seria durante o período da 2°
Guerra mundial e os saldados que dariam essas festas. Outra teoria e a mais
aceita pelos estudiosos seria à que o termo “forró” teria surgido da contração da
palavra forrobodó, ou seja, a palavra forrobodó sofre uma apócope que segundo
o “novo dicionário da língua portuguesa” de Candido de Figueiredo é a
“supressão de uma letra ou silaba no final da palavra” (FIGUEIREDO, 1913,
p.162). Segundo Luiz da Câmara Cascudo forrobodó é uma expressão de origem
africana que significa “algazarra”, “festa para a ralé” (CASCUDO, p.413), por sua
vez o termo seria derivado do francês faux-bourdon.
O termo forrobodó se tem registro desde o século XIX, um dos registros
mais antigos da palavra vem de 1833, onde o jornal carioca chamado de
Mefistófeles traz em seu número 15: “O ator Guilherme na noite do seu
forrobodó”, que segundo Edinha Diniz seria uma alusão a uma forma de teatro
popular da época. E para reforçar a hipótese da pesquisadora, há uma nota da
revista América Ilustrada de 1822: “Um arremedo de folhetim, cheirando a
forrobodó”.
Por volta de 1883 a 1884 o termo forrobodó aparece pela primeira vez no
dicionário de língua portuguesa, o Henrique Pedro Carlos de Beaurepaire-Rohan
publica na Gazeta Literária um glossário da língua brasileira que se torna livro
em 1889 com o título de Dicionário da língua brasileira. Dez anos depois o termo
entre em outro dicionário por Antônio Cândido de Figueiredo que documenta o
termo no famoso Novo Dicionário da Língua Portuguesa, a palavra forrobodó
tinha sido registrada como: “baile rales”. Com isso o termo é difundido
definitivamente na língua. Luís da Câmara Cascudo apresenta registros do
termo forrobodó em jornais cariocas no início do século XX, a nota chega a
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2.1 Baião
quem quiser aprender”, “É favor prestar atenção”, “o baião tem um quê”, “Que
as outras danças não têm" composições de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.
Luiz Gonzaga passa a dominar o gosto popular e fica conhecido como “rei do
baião”.
Na década de 50 o gênero do baião começa a ser gravado por diversos
artista como Marlene, Emilinha Borba, Ivon Curi, Carolina Cardoso de Menezes,
Carmem Miranda, Isaura Garcia, Ademilde Fonseca, Dircinha Batista, Jamelão
e entre outros. Na mesma época o baião começou a ser o gênero mais influente
no exterior até a década de 60 onde o mesmo começa a perder espaço para a
bossa-nova e o rock. O baião ainda serviu de influência para o gênero musical
chamado de tropicália. “Mesmo com o seu relativo esquecimento, o baião
continuou sendo cultivado por inúmeros artistas e músicos nacionais, como
Dominguinhos, Zito Borborema, João do Vale, Quinteto Violado, Jorge de
Altinho” (GASPAR, 2006).
O baião é caracterizado por geralmente utiliza os modos mixolídio ou lídio
b7, Geralmente é em 2/4, mas que pode ser encontrado em 2/2 e 4/4. O baião
utiliza de melodias e harmonias bem simples, com o uso de notas pedias no
baixo.
2.2 Xote
2.3 Xaxado
3
Alpercatas são sandálias que se prende ao pé por tiras de couro ou de pano.
15
O forró eletrônico tem vários nomes, por exemplo, forró romântico, forró
reggae, forró estilizado e hoje em dia também é popularmente conhecido como
forró das antigas. O forró eletrônico é um subgênero do forró tradicional, surgiu
no nordeste do Brasil na década de 1990, período que o forró sofre a sua maior
transformação com a banda Mastruz com Leite que transformou a maneira de
tocar o forró acrescentando ao estilo do forró tradicional instrumentos como
guitarra, teclados, bateria (substituindo a zabumba), instrumentos de metais e é
claro o contrabaixo elétrico, além de elementos visuais como bailarinas e roupas
coloridas. Junto a banda Mastruz com Leite também surgiram as bandas
Magníficos e Limão com Mel que ajudaram a consolidar e promover o estilo.
O forró eletrônico sofreu varias influencias de outros estilos como a
música sertaneja, lambada, rock, pop, romântica, brega e até do axé. Em
entrevista ao site de notícias G1 o cantor da banda Magníficos José Inacio, o
Jotinha disse: “É como se pegássemos uma música de Roberto Carlos, por
exemplo, e tocássemos em ritmo de forró” (G1.GLOBO.COM).
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Até agora vimos a criação de levadas com base nas notas do arpejo do
acorde, mas também podemos enriquecer nossas linhas de condução do baixo
com certas técnicas, como a utilização de notas mortas, mais conhecida como
“Ghost Notes”, que dão uma intenção mais percussiva e balanço a levada como
no exemplo a baixo:
que são um conjunto de três notas que formam um acorde simples, essas são a
tônica, a terça e a quinta.
Essa levada é bem parecida com as levadas do xote, mas como uma
variação da célula rítmica básica que vimos anteriormente, essa levada talvez
seja a maneira mais comum de se tocar o forró eletrônico, se escutarmos
gravações desse estilo podemos perceber esse padrão em quase todas as
levadas de baixo.
Podemos usar esse mesmo padrão com tônica e quinta e varia-lo
agregado as notas mortas para dar uma intenção mais percussiva e balaço a
levada:
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timbre devemos tocar com a mão direita próxima a ponte, semelhante ao modo
como Jaco Pastorius (1951- 1987) tocava:
6 COLETA DE DADOS
Após essa analise podemos concluir que a metodologia aqui proposta tem
resultados positivos e aquilo que vem sendo feito pode ser melhorado, mas
também vimos alguns pontos falhos na abordagem e com isso vemos que é
necessário revê-los e melhora-los visando a melhor aplicação dessa
metodologia.
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS