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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

PROGRAMA ENSINAR
CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

WELLINGTON PEREIRA DA SILVA

SÍNTESE
ESTADO, POLÍTICA EDUCACIONAL E DIREITO À EDUCAÇÃO NO BRASIL:
“O PROBLEMA MAIOR É O DE ESTUDAR

Tutóia
2019
WELLINGTON PEREIRA DA SILVA

SÍNTESE
ESTADO, POLÍTICA EDUCACIONAL E DIREITO À EDUCAÇÃO NO BRASIL:
“O PROBLEMA MAIOR É O DE ESTUDAR

Trabalho apresentado à disciplina de Política


Educacional, da Universidade Estadual do Maranhão,
como requisito para obtenção de nota.
Professora: Me. Suely Barbosa

Tutóia
2019
Síntese do texto: ESTADO, POLÍTICA EDUCACIONAL E DIREITO À EDUCAÇÃO NO
BRASIL: “O PROBLEMA MAIOR É O DE ESTUDAR”, da autora ARAÚJO, realizada Por
Wellington Pereira da Silva.

A autora do artigo citado tem por objetivo apresentar “o problema maio é o de estudar” como
um problema das relações entre os problemas de acesso, permanência e qualidade e, a
configuração histórica do Estado brasileiro e da política educacional. Para isso, fala
inicialmente das profundas desigualdades sociais e regionais e do processo excludente da
educação brasileira, que estão associadas à dívida histórica do país com a constituição de um
sistema nacional de ensino e com a garantia para todos.
Tais fatores são reflexos do atraso na formação desse sistema brasileiro responsável por
assumir a educação no país. Enquanto que, em outros países, no século XIX, os sistemas de
educação começavam a se articular, no Brasil, em pleno século XXI, ainda não temos uma
educação que possa ser denominada Nacional. Com isso, percebe-se que o tardio processo de
formação de um Sistema Nacional, compromete toda rede educacional que, em vez de ser
emancipadora, torna-se excluidora.
Quando refere-se que o “problema maior é o de estudar”, a autora apresenta tabelas
que comprovam os índices de matriculados, abandonos e reprovações dos educandos das cinco
regiões do país, cuja região com maior índice de reprovação e abandono escolar é a Nordeste.
Diante desses gráficos, percebe-se como se constituíram as políticas públicas brasileiras.
Discorrendo sobre a concepção de Estado, a autora cita Webber(2004) que, para ele
conveniente falar de “Estado” apenas quando estivesse se referindo as funções politicas
originadas da crise do feudalismo, portanto, o Estado teria nascido na modernidade. Para tanto
compreende-se que a denominação de Estado é controversa e a ligação da educação ao Estado
é um fenômeno tipicamente moderno. Assim, até a revolução francesa, a educação era
entendida como aperfeiçoamento individual.
Quando se refere à educação, esta é entendida como um dever moral e aperfeiçoamento
social, pois assume uma configuração de responsabilidade coletiva, uma ligação entre a ideia
de Estado e Educação como base para a compreensão do direito social. Para a autora, apenas
no século XX, é que a ideia de educação como propulsora de igualdade econômica e social,
passa a ser um direito garantido pelo Estado, uma educação entendida como direito.
Com o Ato Adicional de 1834, a educação não era uma tarefa do Estado, mas sim das
províncias e, posteriormente, com a proclamação da República, dos Estados. Assim, enquanto
a Europa, no final do século XIX, constituía o seu sistema nacional de educação, o Brasil
abrandava essa possibilidade com uma organização do Estado Liberal que servia para atender
os interesses políticos econômicos das elites regionais. Somente na década de 1930, pequenos
avanços foram percebidos, pois se criara os Ministérios da Educação e saúde, que significava o
reconhecimento, no plano institucional, da educação como uma questão nacional. Com a
reforma de Francisco Campos, em 1932, o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova,
cobravam o reconhecimento da educação como um direito e a fixação das diretrizes da
educacionais. Esta década ficou marcada ainda, através dos órgãos regulamentadores das
políticas educacionais, como o PDE, IDEB, SAEB e o ENEM que acabaram descobrindo os
processos educativos e valorizavam mais os resultados obtidos que o conhecimento adquirido.
Por último, a autora apresenta a desconexão da escola, da sua função social, pois se a
educação é um direito social de cidadania, desconsiderar que escolas ou sistemas que possuem
uma necessária política de inclusão, podem apresentar “maus resultados”, exatamente por
cumprirem o que a sociedade espera do processo de escolarização que podem impactar
negativamente nos esforços que vem sendo realizado para garantir o direito e a educação para
todos. Haja vista que o direito à educação pode ser traduzido basicamente como a oportunidade
de acesso e a possibilidade de permanência na escola, mediante a uma educação de qualidade.
Por tanto, não se pode confundir a existência de escolas públicas com o direito a educação, pois
o direito à educação pressupõe o papel ativo e responsável do Estado.
Por outro lado, a escola também é vista como reprodutora das desigualdades sociais e
inculcadora dos valores e interesses das classes sociais que detém o poder econômico e político.
Com isso, as políticas curriculares avaliativas, vem confirmando um contexto de exclusão de
enorme contingente de brasileiros.
Conclui-se, portanto, que o sistema normativo brasileiro, o direito à educação responde
a obrigatoriedade escolar como imposição ao indivíduo e não como responsabilidade ao Estado.
Somente a partir de 1988, o Estado assume a obrigatoriedade de oferecer o direito à educação
ao indivíduo, atingindo índices de escolarização obrigatória alcançada por muitos países. Por
fim, a autora expressa que, a partir da década de 1940, com o aumento populacional urbano,
com a pressão social pela expansão da oportunidade de escolarização, o que levou a
precariedade do ensino, mesmo ampliando as oportunidades de escolarização. Outro fator foi o
aumento expressivo de matrículas da década de 1970 a 1990, nas escolas obrigatórias. Porém
as formas de exclusão que assumiram a posição central no processo de escolarização foram os
procedimentos internos das escolas, sua estrutura e funcionamento, que utilizavam com o
mecanismo de seleção, mas mediante a produção do fracasso escolar como evasão e repetência,
como fatores de diferenciação entre os merecedores e os não merecedores do acesso ao saber.
Somente na década de 1990, com o processo de expansão das oportunidades, esses mecanismos
internos de exclusão foram amenizados, por meio da política de organização dos fluxos. Porém,
novamente, estratégias de exclusão criadas pela dinâmica interna das escolas, pois os alunos
percorrem todos os ciclos ou séries do ensino fundamental sem se apropriar de um instrumento
mínimo necessário para a inserção social.

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