Sie sind auf Seite 1von 18

MUDANÇAS HORMONAIS

Existem no mínimo 60 formas de hormônios estrogênios circulando no corpo de homens e mulheres


mas são três as principais formas dominantes no organismo feminino: o estradiol, o estriol e a
estrona.

Fabricado pelos ovários, em sua maior parte, o estradiol é de longe o mais poderoso dos três. É ele
que atua sobre a função reprodutiva, estimulando os folículos ovarianos a liberar os óvulos -- as
células germinativas femininas. Também é ele que estimula o aumento das contrações musculares
das trompas de falópio que empurram o óvulo fertilizado até o útero. É o estradiol, ainda, que leva o
útero à reagir à progesterona -- o hormônio que prepara o órgão para receber o óvulo fertilizado,
revestindo-o com um endométrico mais espesso.

O estradiol, desempenha papel estratégico no corpo feminino. Fora da função reprodutiva é


responsável pela manutenção dos tecidos do organismo, garantindo a elastidade da pele e dos vasos
sanguíneos, a reconstituição dos ossos, a proteção de funções cerebrais como a memória, entre
outras 300 atividades, segundo informam os estudos científicos.

O estradiol é um estrogênio da juventude, se poderia dizer.. O estriol é produzido pela placenta e, em


menor quantidade, pelo fígado. É o principal estrogênio da gravidez.

O Estrona é uma versão atenuada de estradiol. Secretado pelas células de gordura e durante a
gravidez, pela placenta, é o tipo que predomina na mulher após a menopausa.

Ele tem sua importância mas não é tão poderoso, sem dúvida, quanto o estradiol a ponto de evitar o
processo inexorável de envelhecimento. Por isso, ficamos mais vulneráveis ao risco de desenvolver
doenças cardiovasculares ou osteoporose após a menopausa.

A região do cérebro conhecida como hipotálamo e a glândula pituitária -- a popular hipófise - são em
primeira instância as responsáveis pela produção desse coquetel de hormônios sexuais que
preparam o organismo feminino para a reprodução e o mantém em bom estado de funcionamento.

Com pouco mais de 1 centímetro de diâmetro e meio grama de peso e alojada na base do cérebro a
hipófise é subordinada diretamente ao hipotálamo e se encarrega, em ambos os sexos, de fabricar as
chamadas gonadotrofinas, substâncias que induzem os ovários e testículos, lá embaixo, a liberar
hormônios sexuais, os quais, por sua vez, amadurecem os óvulos e as células germinativas
masculinas necessárias à reprodução.

Para desempenhar essa função, as gonadotrofinas carregam dois tipos de hormônios: o Hormônio
Folículo Estimulante, ou FSH e o Hormônio Luteinizantes ou LH. As siglas correspondem às iniciais
dos nomes dessas subtâncias em inglês.

Nos homens, os dois hormônios atuam simultaneamente. O FSH forma os espermatozóides enquanto
o LH estimula os testículos a fabricar testosterona. Nas mulheres, eles agem em fases alternadas. O
FSH entra na primeira metade do ciclo, para induzir os ovários a produzir estradiol, o estrogênio que
amadurece um ou mais óvulos guardados nos folículos ovarianos. O nível de concentração de
estrogênio estradiol no sangue, aumenta quando o óvulo está maduro e pronto para sair de sua
"casca" e este é o sinal que avisa a hipófise de que o trabalho foi feito e está na hora de parar a
produção de FSH e lançar a segunda gonadotrofina na circulação: o LH. O hormônio luteinizante
ajuda o óvulo a romper a casca folicular para cair em uma das duas trompas de falópio, que a essa
altura estão encostadinhas nos ovários à espreita de sua presa.

A partir dessa fase, a glândula pituitária continua a lançar as gonadrotofinas na circulação e dar início
ao ciclo ovulatório feminino mas os folículos não amadurecem e os níveis de estradiol, o estrogênio
fabricado pelos ovários nessa primeira metade do ciclo feminino, não se elevam ao ponto de avisar a
hipófise sobre o passo seguinte, qual seja, o de parar a produção de FSH e começar a de LH, e
assim por diante.
Ao contrário do programado, e num esforço supremo para conseguir amadurecer os folículos
ovarianos resistentes, a hipófise reage aumentando a produção de FSH. A chance de conseguir tirar
um óvulo da casca é de 50% quando a mulher tem 45 anos.

Mas a hipófise não parece saber disso e insiste, super produzindo o FSH. E com óvulo ou sem, dá
seqüência a operação, lançando a segunda gonadrotofina na circulação, o hormônio luteinizante ou
LH que completa o ciclo até a menstruação. A produção de LH permanece estável nesse período
conturbado, segundo os médicos, daí a continuidade do processo. Mas a produção anormal de FSH
ao longo da perimenopausa, que se torna errática, oscilando entre picos de alta e baixa
concentração, acompanhados por mais estradiol ou menos, produz um curto-circuito no organismo
feminino, literalmente.

Entre as principais consequências do desequilíbrio hormonal estão as alterações na temperatura do


organismo feminino, que esquenta ligeiramente ao longo de toda a perimenopausa. As ondas de
calor e os suores noturnos são outro efeito desse descompasso hormonal. Além de experimentar os
sintomas clássicos da síndrome pré-menstrual, as mulheres em idade de perimenopausa também
passam a ter problemas de sono por causa desses calores e suores noturnos. Algumas também
sofrem com problemas de ordem gastrointestinal, dores musculares e nas juntas.

A palavra climatério significa fase crítica e dá nome a um período realmente conturbado


da vida feminina, que começa por volta dos 40 anos e se estende até a pós-menopausa,
quando não há mais ciclo menstrual. Sua principal característica são as transformações
físicas e emocionais decorrentes do desequilíbrio na produção dos hormônios femininos
pelos ovários. Os sintomas que marcam a entrada no climatério são semelhantes aos de
uma TPM, só que acentuada e prolongada. A sensação de inchaço no corpo e mamas, as
dores fortes de cabeça ou enxaquecas, as alterações de humor (nervosismo, irritação,
tristeza profunda e mesmo depressão) podem manifestar-se ao longo de até quinze dias
antes da menstruação. Do meio para o fim do climatério é comum, ainda, a irregularidade
nos ciclos e a variação do fluxo menstrual.

O período de maior desconforto, caracterizado pelos sintomas clássicos de ondas de


calor, suores noturnos, insônia, sensação de fadiga, começa por volta dos 45 ou 47 anos
e só termina dois a três anos após a última menstruação, aos 53 ou 54 anos. Esta fase
que antecede o fim da menstruação é denominado pela Organização Mundial de Saúde
como perimenopausa -- termo de origem grega. O prefixo peri, da palavra, significa em
torno de. O que acontece com o corpo feminino em torno da menopausa tem a ver com o
desequilíbrio na produção dos hormônios estrogênio e progesterona pelos ovários.

OVÁRIOS

As mulheres já nascem com


toda a reserva de óvulos que
irão usar durante a vida.

Chegam ao mundo com um


suprimento aparentemente
exagerado de 2 milhões de
folículos e atingem a
puberdade com 400 mil.

O processo pelo qual


desaparecem mais de dois
terços desse estoque imenso
antes da menarca, época da
primeira menstruação, ainda
é mal conhecido pela ciência. A atresia folicular, termo técnico usado para identificar o
fenômeno de perda significativa de folículos e óvulos pelas mulheres, e que significa
literalmente estreitamento de órgão oco, faz parte da natureza dos ovários.

Tanto que as mulheres gastam, no máximo, 450 dos 400 mil óvulos com suas ovulações
antes de atingir a idade da menopausa, quando têm a ultima menstruação e
provavelmente nenhum óvulo a mais em seus folículos capaz de continuar a sua história
reprodutiva.

Não é de uma hora para a outra que ocorre o desfecho. O desaparecimento de folículos
começa a se fazer notar a partir dos 35 anos e torna-se crônica depois dos 45, quando a
chamada atresia dá origem a ciclos menstruais anovulatórios (sem produção de óvulos). A
falha na ovulação desencadeia um processo de desequilíbrio na produção hormonal, com
queda nos níveis de progesterona e flutuações dos níveis de estrogênios no organismo
feminino.

FASES DE TRANSIÇÃO

PERIMENOPAUSA

O processo que encerra a fase reprodutiva feminina é lento e, para a maioria das
mulheres, estressante. O desequilíbrio nos níveis de estrogênios em circulação no
organismo feminino pode produzir sintomas desagradáveis até dez anos antes da última
menstruação, mesmo de forma leve, mas é a partir dos 45 anos, em geral, que seus
efeitos começam a se fazer notar. Daí o termo cunhado pelos médicos para caracterizar
esta fase de transição como perimenopausa (em torno da menopausa). O
desaparecimento dos folículos ovarianos aumenta por volta dessa idade e a chance de
ovulação a cada ciclo diminui 50%, dando origem a um circuito de erros na produção
hormonal.

O ritmo da oscilação dos níveis hormonais bem como a sensibilidade de cada mulher são
os fatores responsáveis pela manifestação maior ou menor dos sintomas."O ovário das
mulheres durante a transição para a menopausa é um órgão ainda não suficientemente
estudado", lembra a médica canadense Jerelynn Prior, pesquisadora da divisão de
endocrinologia da Universidade de Colúmbia Britânica (em Vancouver, Canadá). Prior
analisou dezenas de pesquisas americanas feitas com milhares de mulheres entre 45 e 55
anos, nas duas últimas décadas e elaborou uma classificação da perimenopausa.
Conhecer as fases da transição de Prior pode lhe ser útil para acompanhar o processo de
mudança sem sobressaltos.
PRIMEIRA FASE: SINALIZA O INÍCIO DO CLIMATÉRIO

Os ciclos menstruais são regulares, mas passam a ser acompanhados sistematicamente


por sintomas pré-menstruais como aumento ou inchaço das mamas, retenção de água no
corpo e alterações do humor. Os níveis do hormônio estradiol começam a oscilar, o que
favorece o ganho de peso, dores de cabeça e enxaquecas bem como o fluxo menstrual
anormalmente intenso, abundante. Muitas mulheres já observam o encurtamento do ciclo
nesta fase e os primeiros suores diurnos e noturnos.
SEGUNDA FASE: CICLOS COM E SEM OVULAÇÃO

Os ciclos menstruais são regulares mas começam os distúrbios de funcionamento do


ovário, observáveis pelo encurtamento do ciclo e a ocorrência maior de ciclos
anovulatórios. Os episódios de fluxo intenso ou abundante podem se repetir, aumentam
os sintomas pré-menstruais e a dismenorréia (dores ou cólicas menstruais) e os calores e
suores podem assinalar, com frequência, a chegada do fluxo menstrual. Os níveis dos
hormônios estimulantes de folículos, ou FSH, passam a ficar muito altos durante parte do
ciclo, bem como os do estrogênio estradiol.
TERCEIRA FASE: IRREGULARIDADE DOS CICLOS

Sinaliza a perimenopausa em si, cuja principal característica é a irregularidade dos ciclos.


Eles se tornam imprevisíveis. Ora muito curtos ora muito longos. Os níveis de FSH estão
em geral ligeiramente elevados nessa fase e o LH também pode aumentar
ocasionalmente. Os níveis de estradiol estão altos mas podem ficar normais, às vezes,
outras,muito baixos. Os sintomas como ondas de calor começam a ocorrer com maior
frequência durante as horas de vigília, mas muitas mulheres podem não sentir sintomas.
O inchaço nos seios e as variações no humor como irritação e nervosismo são comuns
dessa fase, bem como a insônia e a sensação de cansaço e fadiga. Mas as mulheres que
sentem os calores e suores noturnos conseguem, com freqüência, prever a chegada da
menstruação em alguns ciclos, com base nesses sintomas.
QUARTA FASE: IRREGULARIDADE DOS CICLOS

A menstruação torna-se extremamente abundante, o que os médicos denominam de


menorragia. A chance de ocorrer ovulação diminui para 50% ou menos e a oscilação dos
níveis de estrogênio aumentam. Os altos e baixos de produção produzem suores e
calores depois de longos períodos sem fluxo menstrual.Os níveis de progesterona, se
produzidos, são anormais nessa fase e o fluxo mais abundante da menstruação pode já
indicar a ausência da progesterona, além da anovulação. Os níveis de FSH são agora
constantemente elevados e os de LH também estão maiores.
QUINTA FASE: CONFIRMAÇÃO DA MENOPAUSA

É considerada a etapa final do processo de transição, que começa com a última


menstruação. Tem duração mínima de um ano, espaço de tempo necessário para
confirmar a menopausa. Mas pode ir além disso, dependendo de cada organismo. É uma
época caracterizada pela intensidade crescente dos sintomas vasomotores de suores e
calores, embora algumas mulheres que os experimentaram no início da perimenopausa,
possam sentí-los indo embora, agora. Os sintomas pré-menstruais e as cólicas são menos
freqüentes, embora ainda possam se manifestar inesperadamente, apesar da ausência do
fluxo menstrual. Os níveis de FSH e LH estão altos e os níveis de estrogênio muito baixos.

MENOPAUSA

Menopausa é o termo usado para designar o momento da última menstruação, quando os


ovários não têm mais óvulos para liberar e acaba a produção do estrogênio estradiol, que
é o hormônio mais atuante na fase reprodutiva da vida feminina.

A data da menopausa é determinada pelos genes que cada mulher traz de herança. Mas
da mesma forma que a menarca é geneticamente determinada e algumas meninas
chegam a ela com 10 anos e outras, aos 16, a idade dos primeiros sinais de aproximação
da última menstruação varia entre os 45 e 47 anos e o fim do processo ou a entrada na
menopausa, propriamente, ocorre entre os 48 e 51 anos. O início precoce da puberdade e
da primeira menstruação não influencia a idade da última menstruação. Esta perspectiva,
considerada verdadeira até pouco tempo atrás é comprovadamente infundada hoje. Teses
como esta, de que o período de fertilidade da mulher não ultrapassaria jamais os 30 anos
após a primeira menstruação, ou menarca, também caíram por terra por não terem
nenhuma comprovação científica. Hoje, a medicina sabe que a idade da primeira
menstruação nada tem a ver com o momento da chegada à menopausa.

O número de gestações, o fato de ter amamentado no seio ou não e a idade da última


gravidez tampouco influem na idade da menopausa. A única associação, confirmada por
estudos científicos, é a de que mulheres obesas podem ter sua última menstruação
ligeiramente mais tarde. Mulheres fumantes, ou que nunca tiveram filhos ou que tem
histórico de depressão estariam sujeitas a entrar na menopausa dois a três anos mais
cedo, segundo as pesquisas.

A idade da menopausa da mãe pode ser uma referência para avaliar o momento em que a
filha chegará à menopausa. Mas não pode ser tomada como regra. Assim como estudos
de famílias que apresentam menopausa prematura não necessariamente indicam que as
futuras gerações entrarão na menopausa precocemente. Os hábitos alimentares e o estilo
de vida são os outros fatores que interagem com a herança genética para determinar a
idade da menopausa.

Só é possível ter certeza da chegada da menopausa doze meses após a última


menstruação, informa a definição da Organização Mundial de Saúde, que é usada como
referência pelos médicos. A convenção se baseia na observação clínica. A ausência da
menstruação ao longo de um ano encerra definitivamente o fase reprodutiva feminina.

Manter o uso de algum método anticoncepcional ao longo da transição para a


menopausa, ou seja, durante toda a perimenopausa e conservá-lo até um ano após a
última menstruação é fundamental para quem não quer ter surpresas nessa idade. Há
casos de mulheres que engravidaram nesse período de doze meses, apesar de não
menstruar mais. Eles são raros, mas estão aí para provar que todo o cuidado é pouco
quando se trata do funcionamento dos ovários.

O QUE É SECURA VAGINAL


EFEITO DRÁSTICO - AS MUDANÇAS NA VAGINA APÓS A MENOPAUSA
A vagina muda depois da menopausa além de ficar mais seca e com o PH mais básico. Parece menor,
dizem algumas mulheres. De fato ela diminui de tamanho porque os tecidos da região perdem espessura.
Na vulva, os lábios vaginais ficam menos carnudos. Leva um tempo para tudo isso acontecer após a
menopausa, em média de cinco anos dependendo do estilo de vida de cada mulher. A prática da
masturbação e do orgasmo e exercícios pélvicos diários, além de boa alimentação, prolongam
seguramente esse tempo. Quanto mais atividade e estímulo na região maior a irrigação sanguínea e a
vitalidade dos tecidos. A mulher não perde a capacidade de lubrificação com a menopausa, mas é mais
lento o processo e depende da manipulação ou sexo oral para manifestar-se. A nova fase exige longas e
boas preliminares.

A menopausa não acaba com o tesão, necessariamente. Mas manter acesa a chama do desejo passa a ser mais
delicado nessa idade. São tantas as mudanças no corpo, físicas, emocionais, hormonais que, haja tesão!, diriam vocês.

Como se não bastasse a turbulência interna, tem a vida lá fora, acrescentado suas novidades. Os filhos saindo de casa,
o trabalho insatisfatório, os pais envelhecendo e exigindo cuidados, o marido. Bem, o marido, quando existe, é uma
facilidade a ser considerada neste caso. Clique nos tópicos do índice para conferir o que pode acontecer com eles
depois dos 50 anos, quais as diferenças entre homens e mulheres e como resgatar a própria libido, caso a tenha
perdido, sem querer ou ter notado.

INSONIA

Os médicos definem a insônia como um distúrbio psíquico-fisiológico, que tem origem em


algum desequilíbrio hormonal ou orgânico associado, na maioria dos casos, a problemas
de fundo emocional como ansiedade, fobias, separações e perdas, ou preocupações
materiais como o desemprego e a falta de dinheiro. O problema predomina entre o sexo
feminino, independentemente da idade, informa o médico José Renato Felix Bauab,
pesquisador do departamento de neurologia da Universidade Federal Paulista (Unifesp) e
chefe do laboratório de sono do hospital São Camilo. Calcula-se que a proporção de
mulheres com o problema pode chegar a ser 30% maior do que a de homens.

A tendência à insônia aumenta naturalmente, com o passar do tempo, especialmente na


fase do climatério, em que o desequilíbrio hormonal torna as mulheres vulneráveis à
depressão ou aos suores e fogachos bem como a problemas urinários. E não só. Bauab
lembra de um estudo recente, feito na Finlândia, que observou a ação dos estrogênios
sobre o centro regulador do sono. "Esses hormônios atuam sobre o relógio biológico da
mulher e podem alterá-lo quando entram em desequilíbrio", diz o neurologista. É
importante estar atento a esta possibilidade: "Um dos ritmos mais suscetíveis a desregular
no ser humano é o sono e se a pessoa não toma providência, a insônia eventual pode
transformar-se em crônica. É o que nós chamamos de insônia aprendida e perpetuada."

Para evitar que a insônia se torne crônica os médicos recomendam aos pacientes, antes
de mais nada, fazer a higiene do sono, cujos procedimento são descritos abaixo. Técnicas
de relaxamento, meditação e yoga ou a prática diária de exercícios físicos são
fundamentais para prevenir as alterações de humor e promover o bem estar e o sono. Os
casos de ansiedade leve, típicos do climatério, que dificultam pegar no sono podem ainda
ser resolvidos com o uso de calmantes naturais, fitoterápicos, como as ervas passiflora,
valeriana, melissa e avenna sattiva. O neurologista Felix Bauab inclui nessa categoria o
uso esporádico de medicamentos para dormir à base de substâncias derivadas do
diazepan como o cloxazolan (o nome comercial é Olcadyl) "O ideal é utilizar remédios
para dormir uma vez ou outra e mesmo assim, de formulações mais leves, com menor
potencial de causar dependência", diz Bauab, ao esclarecer que os medicamentos
tradicionais benzodiazepínicos, os populares soníferos, não são mais receitados para a
insônia típica do climatério, que se repete com certa freqüência. Eles são hoje indicados
para os casos de insônia aguda (esporádica) ou nos distúrbios crônicos de impercepção
do sono, por exemplo, em que o cérebro da pessoa não tem capacidade de perceber o
estado de sono e só consegue dormir com sonífero. Diante de um quadro de ansiedade
mais intenso, em que a insônia parece caminhar para tornar-se crônica, o neurologista
considera ainda a indicação de um tratamento psicoterapêutico e o uso de anti-
depressivos.
HIGIENE DO SONO

A higiene do sono deve ser incorporada ao dia-a-dia, independente de qual seja a opção
de tratamento. É uma terapia sem medicação que vale para todas as pessoas, diz Bauab.
Eis suas recomendações:

 Fazer a última refeição até as oito horas da noite.


 Preferir pratos leves de fácil digestão.
 Evitar atividade física depois das seis da tarde. O exercício depois desse horário
desregula o relógio biológico.
 Pessoas mais notívagas devem deixar a casa ou o ambiente onde estiver na
penumra.
 A luz reduzida avisa o cérebro para secretar melatonina, o hormônio do sono.
 Dedique-se a atividades agradáveis como ouvir música ou ver um programa na
TV, mas fora do quarto de dormir.
 Procure relaxar o corpo em uma poltrona confortável enquanto o sono não vem,
vestida com roupa de dormir. Mas só vá para a cama quando tiver sono,
realmente.

CALORES E SUORES

A experiência dos calores e suores na transição para a menopausa varia muito de uma mulher para
outra. Não existe um padrão. Pode até ser uma sensação agradável, de um calor ameno, mais
concentrado na cabeça, que cai leve sobre o peito e se dissipa sem dar bandeira, para algumas
mulheres. A maioria, porém, sente o rosto e o pescoço vermelhos e a parte superior, do tronco,
queimando, e se vê obrigada a tirar o casaco ou agasalho no maior frio. A sensação física de
aquecimento moderado ou intenso é resultado da dilatação repentina dos vasos sanguíneos. O calor
perdido em alguns minutos pelo corpo, nessa onda dilatadora, produz frio ou suor intenso, em
seguida.

Calores e suores podem ocorrer a qualquer hora do dia, na fase da perimenopausa, quando
começam as irregularidades menstruais. À medida que se aproxima o fim das menstruações, são
mais freqüentes à noite, perturbando a qualidade do sono. A sensação de calor geralmente acorda a
mulher, que além de sentir o desconforto às vezes chega a ficar com a roupa de dormir e os lençóis
molhados de suor. Daí a denominação de suores noturnos. Os médicos classificam as duas
denominções de sintomas vasomotores. Os mais antigos preferem usar o termo fogachos.

A frequência dos fogachos varia de uma ou duas ocorrências por semana até duas por hora. A
duração média de cada episódio, segundo inúmeros estudos, é de quatro minutos. A máxima é de
dez minutos. A aceleração dos batimentos cardíacos, ou palpitações costumam acompanhar os
sintomas. Algumas mulheres chegam a sentir enjôo, dor de cabeça e tontura depois que eles
passam. As sensações de fadiga, irritabilidade e ansiedade são as consequências mais comum da
experiência dos fogachos, no cotidiano.

Não se sabe ao certo, até hoje, qual a origem dos sintomas, a não ser que têm a ver com o
desequilíbrio na produção dos hormônios femininos e os ciclos anovulatórios (sem ovulação) que
encerram o período reprodutivo feminino. Quando não há ovulação os níveis de estrogênios ficam
elevados e a produção de progesterona cai por completo. A alteração no equilíbrio desses dois
hormônios antes e depois da última menstruação afetaria o funcionamento do hipotálamo, o centro
que regula nossa temperatura corporal. Daí o uso da reposição hormonal para acabar com os
sintomas vasomotores. Existe uma variedade de medicamentos à base de fitohormônios --
estrogênios e progesterona extraídos de plantas com propriedades hormonais como a soja, o yam
mexicano, o trevo vermelho, que também funcionam, especialmente quando os sintomas não são
muito intensos. Os fitohormônios são menos potentes do que os hormônios sintéticos da TRH.

A intensidade e frequência dos fogachos estão associadas a fatores que podem ser controlados, é
verdade, como por exemplo a dieta, o estilo de vida e o estresse emocional. Comer muita fibra e
produtos derivados da soja e evitar o consumo de álcool, de alimentos condimentados ou à base de
cafeína ajuda a conter a manifestação dos sintomas. Fazer atividade física aeróbica diariamente é
fundamental para conviver melhor com eles. Evitar situações de estresse emocional frequente, por
excitação, medo ou ansiedade, é providencial para reduzir a frequência dos calores.

Estudos recentes dão conta de que o desequilíbrio hormonal da menopausa afetaria a produção de
endorfinas, substâncias químicas que controlam o humor e a sensação de prazer. E as emoções
descontroladas são outro fator de risco para a experiência aumentada dos calores. O uso de
substâncias anti-depressivas como a venlafaxina (Effexor), a fluoxetina (Prozac) a setralina (Zoloft)
em muitos casos, tem se revelado eficaz em muitos casos para desconectar esse circuito de
estímulos cerebrais negativos e atenuar os calores.

Outros tratamento incluem remédicos desenvolvidos para tratar a hipertensão arterial ou a labirintite,
caso do Stugeron, que usa a substância cinizarina. Componentes como veraliprina ou ciclofenila, e os
alcalóides da beladona. Estes últimos são encontrados apenas em formulações manipuladas. As
substâncias veraliprina e ciclofenila são a base das marcas comerciais Agreal e Menopax,
respectivamente. Nos Estados Unidos a droga contra a hipertensão baseada na clonidina é muito
receitada para conter os fogachos, especialmente quando o sintoma é acompanhado por alta da
pressão arterial. Outra opção no Brasil é o uso da cinizarina, substância ativa do medicamento
Stugeron, desenvolvido originalmente para tratamento da labirintite.

Um dia desses recebemos um email de internauta aqui no Menospausa que dizia o seguinte:
"Tenho 53 anos e ainda menstruo. Não sinto nada desses sintomas que vocês descrevem no site. E não
faço nada de diferente, a não ser usar muita soja e inhame na alimentação, um hábito que aprendi com
meu pai. Seria anormal?"

Estima-se que 70% das mulheres urbanas, ocidentais, passam o maior sufoco com os calores e suores
nessa idade. O fenômeno não é assim comum nas culturas orientais. No Japão nem existe nome para tais
sintomas. Estudos feitos ali, nos anos 80, mostraram que apenas 15% das japonesas sabiam o que
significava a experiência. Não foi preciso muita reflexão para que os estudiosos associassem a dieta rica
em soja à peculiar experiência da menopausa entre as japonesas. Os fitohormônios da soja e de outras
plantas ricas em isoflavonas entraram na pauta das terapias da menopausa aqui, e no resto do ocidente,
a partir de então. Mas a dieta e o estilo de vida ocidental, sedentário e estressante, continuam nos
deixando em desvantagem.

Cara internauta, você é normal. Nós é que ainda temos muito o que aprender.

ALARME FALSO

É comum a incidência de hipotireoidismo em mulheres de mais de 40 anos e a deficiência


costuma dar origem a alterações emocionais e sintomas físicos parecidos com os calores
da menopausa. O mau funcionamento da glândula tireoidiana também pode causar
sensação de melancolia e desânimo acentuado.

Uma pesquisa feita pela Associação Americana dos Endocrinologistas Clínicos mostra que
nos Estados Unidos 1 em cada 4 mulheres examinadas por causa de queixas
relacionadas com a aproximação da menopausa recebem diagnóstico de hipotireoidismo
despois de fazer os exames. A glândula da tireóide regula o metabolismo do corpo todo,
do funcionamento do coração, cérebro e rins ao sistema reprodutivo, resistência muscular
e apetite.

A incidência de hipotireoidismo aumenta com a idade e pode confundir as mulheres em


fase de transição para a menopausa, alerta o ginecologista César Eduardo Fernandes,
presidente do Conselho Científico da Sobrac (Sociedade Brasileira do Climatério).

O médico recomenda a toda que continuam com os sintomas de suores e calores ou de


humor alterado apesar de medicadas com algum tipo de reposição que façam o teste de
TSH para avaliar o funcionamento da tireóide. O exame de sangue é suficiente para
revelar a deficiência hormonal e o tratamento, que consiste na reposição do hormônio
tireoidiano, resolve o problema.

TRISTEZA E DEPRESSÃO

Mulheres de mais de 40 estão particularmente sujeitas a mudanças de humor. Sentem nervosismo, irritabilidade e
podem chegar a sofrer de melancolia e depressão ao entrar na perimenopausa e só recuperar o humor depois de
superada a transição.

Tais alterações emocionais tem a ver com o desequilíbrio na produção dos estrogênios na fase da transição para a
menopausa. Esses hormônios são como chaves que abrem portas de mecanismos complexos do corpo feminino. No
cérebro, por exemplo, facilitam a conversão de substâncias neurotransmissoras como a acetilcolina e serotonina, que
atuam sobre o bem estar em geral e algumas faculdades em particular como a da memória. No sistema nervoso
central, modulam atividades comandadas pela região do hipotálamo, entre elas, a temperatura do corpo e a pressão
sanguínea.

É clara a correlação entre flutuações hormonais, calores e suores e maior vulnerabilidade à depressão.

GANHO DE PESO

A mudança nos níveis hormonais após a menopausa leva a alterações no formato do


corpo. A tendência a partir dessa fase da vida é ganhar volume no abdome e perder nos
quadris e coxas. A proporção entre gordura corporal e massa muscular ou magra também
se modifica, mesmo em mulheres que mantiveram o mesmo peso ao longo da vida.
Enquanto uma jovem de 25 anos com 58 quilos, por exemplo, tem 27% de gordura na
composição de seu peso, a mulher de 50 anos e mesmo peso terá 40% de gordura
corporal.

Sem dúvida o estilo de vida e a dieta estão associados a essas alterações. Mulheres que
levam vida sedentária e comem mais do que gastam de energia podem sentir mudanças
no formato e proporção de gordura no corpo no início da década dos 40 anos, ou seja,
bem antes da época da menopausa.

A prática de exercícios aeróbicos e de musculação é capaz de reverter essa tendência,


além de melhorar muito a condição física das mulheres durante e após a menopausa.
Atividades vigorosas como corrida, ginástica e levantamento de peso levam o músculo a
exercer sobrecarga sobre o osso, o que estimula o processo de reconstituição óssea
permanente de nosso esqueleto

É preciso ter cuidado com as refeições para não engordar na maturidade. O metabolismo
fica mais lento já a partir dos 40 anos e as necessidades calóricas diminuem em média
2% ao ano.Mulheres entre 23 e 50 anos precisam de 1.600 a 2.400 calorias diárias (média
de 2.000 calorias). Entre 51 e 76 anos suas necessidades caem para 1.400 a 2.000
calorias (média de 1.600 calorias). Um excesso diário de 200 calorias pode significar o
aumento de 10kg no peso ao final de um ano.

A redução de 500 calorias no consumo diário pode levar a perda de cerca de 500 gramas
de peso por semana. Mulheres que desejam perder peso, além de comer menos precisam
queimar calorias por meio da atividade física e não limitar exageradamente a quantidade
de calorias consumidas no dia-a-dia.

Dietas com menos de 1.200 calorias diárias dificilmente fornecem as quantidades


adequadas dos nutrientes essenciais. Os regimes drasticamente hipocalóricos, com
menos de 600 calorias por dia, são contra-indicados para mulheres em diade de pós
menopausa. Podem provocar disfunção cardíaca e morte.

O correto é alimentar-se de maneira equilibrada, reduzindo a ingestão de calorias com


refeições leves, pobres em gordura e açúcar e incorporando à rotina a prática de
exercícios. Andar rápido (cerca de 5Km por hora) triplica o gasto energético em relação ao
que é consumido em repouso. Nadar vigorosamente aumenta o gasto calórico quatro a
cinco vezes e subir degraus ou andar de bicicleta (cerca de 18Km por hora) eleva-o em
seis vezes.
O QUE COMER DIARIAMENTE

Frutas e Vegetais ricos em vitamina C: frutas cítricas, morango, melão e tomate. Folhas
verde-escuras como brócolis, ervilha e couve, que fornecem cálcio e vitamina A . Frutas e
vegetais amarelo-escuros como manga, cenoura e abóbora, que têm vitamina A .Vegetais
crucíferos: repolho, brócolis, couve-flor e nabo, que contêm cálcio.

Quatro porções diárias.

 Grãos e Cereais: de preferência grãos integrais porque os produtos refinados não


contêm fribras e oligoelementos, que são fundamentais. Muitas vezes, as
mulheres restringem os amiláceos (batata, milho, trigo) com o objetivo de cortar
calorias mas esses alimentos são excelentes fontes de nutrientes e não contém
muitas calorias, a menos que se lhes adicione gordura.
Quatro porções.
 Leite e Laticínios: ricos em cálcio. Leite desnatado ou pobre em gordura, iogurte
e queijo branco são preferíveis aos produtos integrais. Os dois últimos devem ser
consumidos em quantidades limitadas. As mulheres com intolerância à lactose
que podem consumir iogurte.
Duas a quatro porções.
 Alimentos Protéicos: dar preferência a legumes, peixes, aves e carnes magras.
Antes de preparar a carne retirar dela toda a gordura visível. O consumo da pele
de aves não é recomendável por ser rica em gordura. Restringir ou evitar
defumados e conservas.
Duas porções.
 Outros Alimentos: consumir gorduras em quantidades reduzidas, tais como
manteiga, margarina, óleos, maioneses, cremes e frituras. A manteiga e a
margarina possuem o mesmo teor de gordura e caloria: a diferança é que a
margarina, produto vegetal, não contém colesterol.
 Doces: açúcar é açúcar, independente de sua origem. Assim, o açúcar natural
possui o mesmo valor calórico que o açúcar refinado. A diferença é que o açúcar
natural é mais nutritivos do que o refinado.

Para evitar consumir gordura basta escolher os alimentos da tabela 2 e prepará-los sem
adicionar manteiga, óleo ou margarina.

 Algumas dicas:

1. Utilize panelas antiaderentes para cozinhar sem manteira ou óleo.


2. Use vinho seco, suco de frutas e vegetais nas saladas em vez de manteiga e cremes.
Substitua os cremes picantes e maionese por iogurte desnatado.
3. Use um escorredor para eliminar a gordura de carnes que foram assadas ou tostadas.
4. Prefira consumir amido e fibras fornecidas por frutas e vegetais frescos e grãos integrais.
5. Reduza gradativamente a quantidade de sal e açúcar dos alimentos cozidos, de modo a
acostumar o paladar.
6. Aumente o uso de ervas, condimentos e temperos no preparo dos alimentos, que realçam o
sabor quando eles contém pouco ou nenhum sal.
7. Leia os rótulos das embalagens que fornecem informações sobre a quantidade de açúcar e
sal de seu conteúdo e prefira aquelas com teor menos desses dois elementos.

REPOSIÇÃO ALTERNATIVA

Os médicos que trabalham com a medicina fitoterápica consideram reposição alternativa a que inclui hormônios
bioidênticos aos que estão presentes no organismo feminino, de origem natural ou sintética, formulados sob medida
para cada mulher, nas especificações e dosagens correspondentes ao que está faltando em seu corpo na transição para
a menopausa, explica a médica paulista Dina Kaufman, em O QUE É REPOSIÇÃO ALTERNATIVA, o texto que abre esta
seção. Existem outras alternativas para tratar os sintomas da menopausa como a homeopatia, que utiliza além das
substâncias derivadas de plantas com propriedades hormonais outros fitoterápicos específicos, informa o homeopata e
ginecologista também de São Paulo, João Mattoso.

Vamos tratar aqui desses recursos e da pesquisa sobre fitohormônios em geral, que podem resolver os calores e
suores, melhorar o bem estar emocional e a qualidade de vida das mulheres que não querem ou não podem fazer a
terapia clássica hormonal.

Os fitoestrogênios das isoflavonas da soja compõem, sem dúvida, a categoria mais estudada e melhor conhecida até
agora, mas existem mais de 20 compostos com propriedades hormonais interessantes para melhorar o bem estar da
mulher em fase de transição. Entre os eles destacam-se a progesterona natural, extraída do inhame mexicano, wild
yam (Dioscorea villosa), o trevo vermelho, red clover (Trifolium pratense), a árvore da castidade ou chasteberry (Vitex
agnus castus), e a actéia ou black cohosh (Cimicifuga racemosa).

Confira também nesta seção o conhecimento dos pesquisadores brasileiros sobre os fitoestrógenos e o glossários de
fitohormônios mais indicados entre as alternativas de terapia no climatério.

TERAPIAS NÃO HORMONAIS

Existe uma variedade de opções de medicamentos não hormonais para tratar os sintomas
da menopausa como os calores, os suores, as mudanças de humor e até mesmo o risco
de osteoporose.
ONDAS DE CALOR

Podem ser controladas com remédios desenvolvidos para tratar a hipertensão arterial,
particularmente os baseados nas substâncias ativas veraliprina e ciclofenila e nos
alcalóides da beladona. Estes últimos são encontrados apenas sob formulações
manipuladas. As substâncias veraliprina e ciclofenila compõem as marcas comerciais
conhecidas, respectivamente, como Agreal e Menopax. Nos Estados Unidos a clonidina,
outra substância antihipertensiva, é a mais receitada para o controle dos fogachos,
especialmente quando o sintoma é acompanhado por alta da pressão arterial. Outra
opção para aliviar os calores é o medicamento Stugeron, cuja substância ativa é a
cinizarina, desenvolvida originalmente para tratamento da labirintite. A ação desses
medicamentos pode variar de uma mulher para outra. Nem todas encontram neles o alívio
procurado. Existem casos em que o uso de doses pequenas de medicamentos
antidepressivos produzem melhor resultado.
INSÔNIA E DEPRESSÃO

Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, baseados em substâncias como a


fluoxetina e a sertralina, caso do Prozac e do Zoloft, respectivamente, e os ansiolíticos da
linha do Lexotan e do Frontal são os medicamentos indicados diante dos estados
depressivos e da perturbação do sono, na ausência da terapia de reposição hormonal. O
uso dessa classe de drogas deve ser acompanhado de algum tipo de psicoterapia ou
assistência de um psiquiatra. A melancolia e o desânimo acentuado nessa fase merece
ser examinada também por um médico clínico ou ginecologista, uma vez que pode
resultar não apenas do desequilíbrio hormonal mas também do mau funcionamento da
glândula tiróide. É comum a incidência de hipotireoidismo em mulheres de mais de 40
anos, uma deficiência que pode provocar transtornos depressivos.
SECURA VAGINAL E PROBLEMAS URINÁRIOS

A queda na produção de estrogênios que ocorre com a menopausa não é responsável


pela diminuição da libido, que depende exclusivamente da testosterona. Mas é a causa do
ressecamento da mucosa vaginal e da atrofia posterior dos tecidos e órgãos internos ao
sistema genital e urinário. Depois de alguns anos de menopausa as mulheres podem
sentir dor durante a relação sexual, irritação e queimação local, inclusive durante a prática
de atividades físicas. A aplicação local de cremes à base de estriol, um tipo de estrogênio
menos potente, é suficiente para atenuar os sintomas e conter infeções. O uso de gel ou
creme vaginal não hormonal do tipo K-Y fornecem alívio temporário para o ressecamento
da vagina e o desconforto na relação sexual.
OSTEOPOROSE

É grande a gama de opções para a prevenção da perda de massa óssea que leva a
osteoporose na pós menopausa. Ela pode incluir a suplementação de cálcio, pura e
simplesmente, ou o uso de medicamentos mais específicos. Entres eles estão a
calcitonina e os bisfosfonatos de geração mais avançada, os chamados alendronatos ou
risendronatos. A primeira substância previne a perda óssea. As últimas reduzem a
atividade das células denominadas osteoclastos, destruidoras do osso sem causar os
distúrbios gástricos desagradáveis e típicos de uma geração anterior de bisfosfanatos. Os
moduladores seletivos dos receptores de estrogênio são outra alternativa avançada de
tratamento. Os SERMs, como são chamados, e cuja substância ativa é o raloxifeno,
atuam como os estrogênios sobre os ossos e o nível de colesterol mas não causam os
efeitos negativos destes hormônios nos tecidos dos seios e do útero. Eles não são
recomendados, porém, para mulheres com risco de desenvolver coágulos ou trombos
venosos, ou sofrem de doença no fígado. Uma versão sintética do paratormônio PTH, a
sigla para uma substância que é fabricada naturalmente nas paratireóides (quatro
pequenas glândulas que ficam no pescoço e regulam a disponibilidade do cálcio e do
fósforo no organismo), acaba de receber aprovação do FDA - Agência Americana que
regulamenta os medicamentos - para ser comercializado nos Estados Unidos. É a última
novidade na prevenção da osteoporose. O PTH é capaz de formar osso novo, diferente de
todos os outros medicamentos, que atuam para conter a perda de massa óssea.
PROBLEMAS CARDIOVASCULARES

Para evitar as hiperlipidemias, caracterizadas pelo excesso de colesterol no sangue,


existem medicamentos próprios da classe das sinvastinas, quando a situação exigir. Para
não chegar a esse limite é recomendável manter um estilo de vida saudável, o que
significa consumir dietas ricas em fibras e carboidratos complexos e pobre em gordura e
açucares, evitar o cigarro e praticar regularmente algum tipo de atividade aeróbica. Levar
vida saudável é sem dúvida o melhor tratamento para os tempo de vida após a
menopausa.
FUNÇÕES CEREBRAIS

A atividade física aeróbica e a musculação ajudam a oxigenar o cérebro e elevam os


níveis de endorfina em circulação - a substância responsável pela sensação de bem estar.
Para manter o cérebro e a memória em bom estado é fundamental, ainda, cultivar a
prática de leituras, entre outras atividades intelectuais e ter vida social. A relação com um
grupo, seja de amigos, familiares ou de trabalho, garante o envolvimento emocional
indispensável ao prazer de viver.

NOVIDADE DA PESQUISA

Nunca se pesquisou tanto a saúde da mulher na menopausa como nos últimos anos. Os jornais científicos publicam
dezenas, talvez mais de centena de resumos de estudos sobre os sintomas da menopausa ou de novas drogas para
acabar com eles, a cada semana. Nem tudo interessa, evidentemente, e nossa meta é realçar aqui aspectos relevantes
dessa investigação toda. Especialmente que possam ensinar as mulheres a entender e lidar melhor com os
desconfortos da menopausa. Nesse sentido, recomendamos que dê uma olhada no resumo da pesquisa do WHI e
reveja suas próprias conclusões a respeito dele. A pesquisa americana mostrando que os sintomas variam de acordo
com a raça e o estilo de vida confirma como a menopausa envolve mais do que mudanças hormonais, infelizmente.

Vamos tentar esquentar mais esta seção ao longo do ano, com as novidades sobre o tratamento da osteoporose e a
eficácia dos fitohormônios ou da reposição alternativa. Fique ligada nela.

GLOSSÁRIO HORMONALhttp: //www2.uol.com.br/menospausa/gloshorm.htm

GLOSSÁRIO FITOHORMONAL

SABEDORIA MILENAR
A médica Dina Kaufman, de São Paulo, especializada em
medicina chinesa e acupuntura, homeopatia e terapia
ortomolecular, é a autora do glossário de ervas, que compõem o
arsenal terapêutico alternativo ao tratamento tradicional de
reposição hormonal.

São medicamentos extraídos de plantas com propriedades


fitoestrogênicas que tem potencial de aliviar vários dos sintomas da menopausa como as
ondas de calor, a síndrome de tensão pré-menstrual típica do climatério, as sensações de
fadiga e estresse e perda de memória, além das infecções urinárias e vaginais, mudanças
de humor e palpitação.

Tais qualidades das ervas medicinais, que são conhecidas há centenas de anos, algumas
até há milênios, por variadas culturas, vêm sendo reconhecidas pela ciência de vinte anos
prá cá, observa a médica. "Graças a uma série de ensaios clínicos realizados em países
da Europa, como a Alemanha, e mais recentemente, também nos Estados Unidos, que
confirmaram a eficácia de suas propriedades medicinais", diz ela. Veja as referências
desses estudos no final de cada um dos verbetes. A seguir, a entrevista com Kaufman.

: Que perfil de mulher é mais suscetível ao tratamento com as


substâncias da medicina alternativa?
KAUFMAN: Todas as mulheres.
: Não tem diferença entre o benefício obtido por um mulher que
tenha um estilo de vida mais saudável e outra que é fumante e
sedentária?
KAUFMAN: De fato, quem faz exercícios regularmente, tem uma dieta saudável e
a vida emocional equilibrada se beneficia particularmente das plantas
medicinais nessa fase de transição porque tende a sentir os sintomas com
menos intensidade. Pois como se sabe, os fitoestrógenos são uma alternativa
medicamentosa menos potente do que os estrogênios sintéticos usados na
terapia de reposição hormonal ou TRH.
: O que seria uma dieta saudável?
KAUFMAN: Uma dieta composta de pouca proteína animal, proporção reduzida
de gorduras e de sal bem como de carboidratos simples (açucares)e sem o
consumo excessivo de álcool e de cigarros.
: Homeopatia, terapia ortomolecular e acupuntura são recursos
usados para resolver quais sintomas da menopausa?
KAUFMAN: Como os sintomas variam conforme o estado de saúde de cada
mulher, podemos dizer que essas terapias se complementam no tratamento
tanto das queixas objetivas, caso das dores articulares e de cabeça, dos
calores e suores ou da irregularidade menstrual que são características da
transição, como de manifestações subjetivas -- os quadros de tristeza e
depressão leve e moderada, ansiedade e insônia. A escolha terapêutica, isso é
importante frisar, tem de ser individualizada de acordo com o quadro de
sintomas.
: Quando e como os fitoestrógenos, mais particularmente as
isoflavonas que estão presentes em grande quantidade nos
grãos da soja, são mais eficazes?
KAUFMAN: A literatura científica conhecida até hoje mostra que o uso das
isoflavonas da soja na substituição dos estrogênios naturais tem seus efeitos
positivos no alívio dos sintomas da menopausa, como a manifestação dos
calores. Mas também pode produzir efeitos negativos, principalmente quanto
ao risco de câncer estimulado pelos estrogênios. Trabalhos realizados
mostraram a isoflavona associada ao crescimento de células de tumor de
mama tanto em vivo como em vitro. Na minha opinião, mulheres que já
tiveram algum tipo de câncer de mama ou apresentam risco maior para a
doença por causa do histórico familiar não devem usar a isoflavona.
HOMEOPATIA PARA ONDAS DE CALOR

HOMEOPATIA PARA ONDAS DE CALOR

A médica francesa Joëlle Proust, autora do livro Menopausa, 100 perguntas e respostas
(Ed Larousse, SP-2003) cita alguns remédios específicos para os sintomas vasomotores,
que podem ser usados isoladamente ou associados com o tratamento recomendado por
seu homeopata. São medicamentos para ser usados duas a quatro vezes ao dia ou a cada
onda de calor, dependendo da intensidade e frequência do sintoma, e estão relacionados
no quadro abaixo:
CARACTERÍSTICAS DAS ONDAS DE CALOR REMÉDIO HOMEOPÁTICO

Ondas que aparecem bruscamente, com violento fluxo de


sangue para a cabeça, acompanhadas de suores
Glonoinum 7CH
e batimentos sentidos pelo corpo todo e visíveis nas
artérias do pescoço.
Rubor nas bochechas, que parece queimar seguido de Sanguinaria canadensis
vermelhidão e calor nas orelhas e sensação de
queimação nas plantas dos pés e nas palmas das mãos. 9 ou 15 CH
Sudorese abundante e sensação de calor intenso.
Belladonna 7CH
Vermelhidão no rosto.
Ondas de calor sem suores. Acompanhadas de sensação
Aconitum 9CH
de angústia, que se agrave depois da meia noite.
Transpiração particularmente abundante, com suores
Pilocarpus jaborandii 5CH
quentes que obrigam a trocar de roupa.
Suores abundantes e sensação de vertigem, impressão
que o coração bate mais lentamente e os batimentos são Veratrum viride 7 ou 9C
visíveis nas artérias do pescoço.
FITOTERÁPICOS

ERVA & ORIGEM

Black Cohosh - (Cimicifuga Racemosa)

Nativa de zonas temperadas do hemisfério Norte: Estados Unidos,


Europa, Norte da Ásia, e partes do Ártico e Sibéria. Conhecida
popularmente nessas regiões como Black Cohosh, ou simplesmente preta
por ser dessa cor sua raiz medicinal.

INGREDIENTES ATIVOS

triterpênicos e flavonóides
USO TRADICIONAL

Os índios norte-americanos ferviam a raiz e com a infusão tratavam problemas variados das
mulheres relacionados com a menstruação e a menopausa.
EFEITO ESTUDADO

alivia as ondas de calor, principalmente, mas também atua sobre a atrofia vaginal e a depressão.(1)
Em um estudo feito na Alemanha, onde a planta é particularmente pesquisada, o extrato de
cimicifuga diminuiu os sintomas da menopausa de 80% de 629 pacientes que tomaram a substância,
depois de 6 a 8 semanas de uso (2). Em um outro estudo alemão menor, feito com 60 pacientes, sua
eficiência em estados de ansiedade e depressivos mostrou-se superior a do calmante Diazepan, em
doses de 12 mg por dia (3). O uso da Cimicifuga racemosa também é recomendado para mulheres
que não podem fazer uso da TRH por causa do risco de desenvolver câncer de seio ou do
endométrio ou melanoma maligno. Estudos com cultura de células de tumor in vitro demostraram
que ela inibe a proliferação celular (4). Ensaios feitos com ratos que ingeriram aproximadamente 90
vezes a dose ideal durante seis meses demonstraram o mesmo resultado. (5).
EFEITOS COLATERAIS
Podem ocorrer perturbações leves no trato gastrontestinal (dor abdominal ou náusea) bem como
tonturas e dores de cabeça quando usada em altas doses.
CONTRA INDICAÇÕES

Não deve ser usada por mulheres grávidas ou que estão amamentando.
* referências bibliográficas
.
ERVA & ORIGEM

Trevo Vermelho (Trifolium pratense)

Proveniente da Europa, especialmente Grã


Bretanha, onde se encontra largamente distribuído,
é utilizado na alimentação de animais domésticos.
Há mais de 240 espécies do gênero.

INGREDIENTES ATIVOS

isoflavonas, flavonóides, cumarínicos


USO TRADICIONAL

usado para tratar problemas dermatológicos em crianças, como eczemas, também era indicado e
ainda é para para psoríases. Em adultos, é usado para tratar bronquite e tosse, especialmente
coqueluche, por sua ação expectorante e antiespasmódica.
EFEITO ESTUDADO

traz alívio para os sintomas menopausa, nas mulheres (1)(2) e, nos homens, contribui para diminuir a
incidência de Hipeplasia Prostática Benigna (HPB) e de Câncer de Próstata. É eficaz na manutenção
dos níveis de HDL, o colesterol bom.
EFEITOS COLATERAIS

As isoflavonas tem propriedades semelhantes aos estrógenos e não são recomendadas para
mulheres com história de câncer de mama atual ou passada. Como o trevo vermelho aumenta o
risco de sangramento associado, indivíduos que usam drogas para afinar o sangue (AAS, Warfarin)
ou suplementos (ginkgo, gengibre, alho e vitamina E) também devem evitá-lo.
CONTRA INDICAÇÕES
não existem contra indicações.
** referências bibliográficas
.
.
ERVA & ORIGEM

Dong Quai (Angélica Sinensis)

Muito comum na China, onde são conhecidas pelo menos nove espécies
de Angélica Sinensis, chamadas popularmente de Dong Quai ou Dang
Gui, é uma planta cuja reputação na Ásia só perde para o Ginseng.

INGREDIENTES ATIVOS

compostos cumarínicos, flavonóides e fitoestrogênios


USO TRADICIONAL

Conhecida na Ásia como "remédio das mulheres" por suas propriedades terapêuticas na pré e
perimenopausa.
EFEITO ESTUDADO

As substâncias fitoestrogênicas das Angélicas Chinesas e Japonesas são muito ativas mas não tanto
quanto os estrogênios de origem animal, que são 400 vezes mais potentes. O que explica porque a
Angélica sinensis pode ser usada para tratar sintomas como dismenorréia (dor na menstruação) e
metrorragia (menstruação anormal), da pré-menopausa e também amenorréia (ausência de
menstruação) e os calores da menopausa. Quando o nível dos estrogênios é alto, característica da
pré-menopausa, suas substâncias fitoestrogênicas reduzem a atividade hormonal ocupando os
receptores de estrogênio espalhados pelo organismo feminino. Quando o nível abaixa, na
menopausa, os fitoestrógenos da planta atuam de modo semelhante ao do estrógeno natural
aumentando a atividade desse hormônio.
Os derivados cumarínicos dessa planta estimulam a atividade imunológica de pacientes com câncer,
segundo estudos clínicos (1) e (2).
EFEITOS COLATERAIS

a Angélica sinensis pode aumentar o nível de açúcar na urina e as mulheres com tendência para
desenvolver diabetes devem evitá-la.
CONTRA INDICAÇÕES
não existem contra indicações.
*** referências bibliográficas
.
menospausa@uol.com.br

* (1)Estudo Duplo Cego Cimicifiga versus Substâncias Estrogênicas: Influências de Fitofármacos no Epitélio Vaginal Atrófico.
Terapêutica 1(Therapeuticum) (1987):23-31 (2) Uma Alternativa de Tratamento dos Sintomas da Menopausa. Ginecologia 3 (1982):14-
6. (3) A Influência nos Sintomas Menopáusicos com Agentes Fitoterápicos. (Méd Welt -- Mundo Alemão). 36(1985) 871-4. (4)
Influências do Extrato de Cimicifuga Racemosa em Relação a Atividade Semelhante ao Estrógeno na Proliferação em Vitro de Células
com Carcinoma de Mama. Archives of Gynecology and Obstetrics 1993.254;817-8. (5)Exame do Potencial Proliferativo dos
Fitofármacos com a ação semelhante ao Estrógeno em Carcinoma de Mama. Archives of Gynecology and Obstetrics 1993; 254:817-8.

** (1) Red clover: Eficácia e Farmacocinética. Jornal Britânico da Menopausa (Br J Menop) 2001. Suplemento S1.(2) Os Efeitos
Derivados das Isoflavonas Derivadas do Red clover nos Sintomas Vaso Motores e na Espessura Endometrial. Procedimentos do 81o
Encontro Anual da Sociedade Americana de Endocrinologia (Proceedings of 81th Annual American Endocrinology Society) 1999, São
Diego.

*** (1) Ações dos Benzopirenos no Sistema Tecidual, Linfático e Sanguineo. Folha de Angiologia. (Folia Angiol) 1976;24:7-22 (2)Os
Efeitos dos Derivados Cumarínicos no Sistema Imunológico do Homem. Ações de Agentes. (Agents Actions)1983;13:50-52

DIETAS ANTI-CALORES

Evitar o estresse, manter uma boa alimentação e praticar exercícios regularmente são três medidas
cruciais para suavizar a experiência dos sintomas vasomotores da menopausa. A maioria das
mulheres terá de se haver com os calores ou suores noturnos em alguma momento dessa fase da
vida. Algumas chegam a penar quase dez anos com a vivência deles, outras apenas por um curto
período de tempo.

Se não dá para evitar a vivência dos desagradáveis sintomas vasomotores, é possível atenuá-los com
uma dieta apropriada, composta de grãos que contenham fitóestrogenos - elemento natural de certos
grãos que imitam o estrogênio do organismo e ajudam a aliviar os calores. Um desses fitóestrogenos,
particularmente importantes, são as isoflavonas. Uma dieta rica em alimentos compostos de
isoflavonas, caso da soja, dos grãos integrais como sementes de linhaça, podem de fato abaixar a
temperatura do corpo e trazer alívio.

Enquanto produtos que contém álcool, cafeína e alimentos condimentados podem agravar os calores.
Veja a seguir o que evitar e o que consumir para combater tais sintomas:

Preferir
Bebidas geladas como água e sucos não muito calóricos; e
Cereais integrais e soja, sob a forma de suplemento, em grão ou pasta de missô diluída em água
como sopa.

Evitar
Tomar café, refrigerantes do tipo colas e outras bebidas que contenham cafeína;
Bebidas alcoólicas;
Alimentos muito condimentados; e
Comer demais nas refeições.
COMO ACABAR COM O BAIXO ASTRAL NA MENOPAUSA

As flutuações na produção de hormônios, principal característica da


perimenopausa têm tudo a ver com as alterações emocionais que as
mulheres experimentam nessa fase, e que interferem na libido e de lhes
trazer problemas cognitivos, de memória, etc. Não que os hormônios sejam
responsáveis pelo quadro de ansiedade e depressão, diretamente. O que se
supõe, com base nos estudos conhecidos, é que algumas mulheres têm sua
"química" cerebral mais suscetível às oscilações da produção de estrogênios
e progesterona, que são inevitáveis ao longo de sua vida reprodutiva e mais
ainda na época da menopausa. É nessa hora que ginecologistas e psiquiatras devem
trabalhar juntos para melhorar a qualidade de vida da mulher, com a ajuda de terapias
hormonais e não hormonais, dependendo do caso.
Quando há predomínio de sintomas físicos, como os calores e suores, e nenhuma contra-
indicação fisiológica, a terapia de reposição hormonal pode ser suficiente para melhorar a
vida das mulheres, sem dúvida. A depressão moderada ou grave, porém, exigem algum
tipo de psicoterapia associada ou não a antidepressivos, dependendo do quadro. Não sou
o tipo de psiquiatra que vai receitando antidepressivo para as mulheres em idade de
menopausa, indiscriminadamente. A TRH associada ao trabalho psicodinâmico pode
aliviar os sintomas emocionais que tem origem, por exemplo, em problemas de solidão
como a síndrome do ninho vazio, quando a mulher se sente perdendo os filhos, que já
adultos saem de casa para fazer sua própria vida. A mudança de hábitos de vida, com a
introdução de atividade física e técnicas de relaxamento no dia-a-dia, além da
incorporação de algum interesse intelectual, como a prática de leituras ou algum curso,
também pode aliviar o estresse emocional da aproximação da menopausa e procuro
enfatizar esse aspecto antes de examinar a real necessidade de medicação.
Não faltam medicamentos para resolver estados depressivos persistentes, de qualquer
maneira, entre eles os tradicionais antidepressivos que aumentam a disponibilidade de
serotonina no cérebro, como a fluoxetina e a sertralina até substâncias desenvolvidas
recentemente como o bupropion, capazes de melhorar a depressão leve acompanhada de
baixa de libido. Desde que a origem do sintomas não sejam a disfunção sexual de seus
maridos, claro. Na dúvida sobre qual o melhor caminho para encontrar o bem estar na
transição para a menopausa, escreva-nos. Teremos prazer em ajudá-la -
menospausa@uol.com.br
(*Joel Rennó é médico-psiquiatra, coordenador do Projeto de Atenção à Saúde Mental da
Mulher do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, e colunista do site
Menospausa)

FITOTERÁPICOS TRISTEZA E DEPRESSÃO

FITOTERÁPICOS

ERVA & ORIGEM

Maca (Lepidim meyinii)

Nativa dos altiplanos peruanos e


conhecida entre nós como Ginseng
Brasileiro, é um tubérculo consumido como
alimento, além de ter uso medicinal.

INGREDIENTES ATIVOS

glicosídeos esteróides e alcalóides


USO TRADICIONAL

utilizada para revitalizar a capacidade cognitiva e disposição física de homens e mulheres


na meia idade e manter a função sexual. Durante o império Inca, era consumida pelos
guerreiros antes das batalhas. Uma vez vitoriosos, deviam abster-se de usá-la. O objetivo
da restrição era proteger as mulheres do assédio.
EFEITO ESTUDADO

Faltam estudos controlados sobre essa planta, mas é lendária sua história como remédio
regulador do equilíbrio hormonal.
EFEITOS COLATERAIS

não existem relatos de efeito adverso


CONTRA INDICAÇÕES
não existem contra indicações.
.

ERVA & ORIGEM

Erva de São João (Hypericum perforatum)

Conhecida popularmente como Erva de São João ou St.


John's wort é nativa de várias regiões do globo. Cresce
especialmente bem no norte da Califórnia e sul do Oregon,
estados norte-americanos.

INGREDIENTES ATIVOS

Hipericina, concentrada particularmente nas flores.


USO TRADICIONAL

Os primeiros médicos gregos, Dioscorides e Hipócrates, do século VI a. C, já utilizavam a


planta para tratar sintomas de depressão.
EFEITO ESTUDADO

Previne as células nervosas do cérebro de reabsorver a serotonina, aumentando a


disponibilidade desse neurotransmissor responsável pelas sensações de prazer e bem
estar. Sua eficácia como antidepressivo, confirmada por vários estudos científicos, permite
que substituia os medicamentos sintéticos no tratamento de sintomas leves e moderados
de depressão, ansiedade e distúrbios do sono (1)(2). Na transição para a menopausa,
contribui para aliviar os sintomas de melancolia e depressão associados às flutuações nos
níveis hormonais por suas propriedade semelhantes a da progesterona natural. Ela
impede a retenção de líquido, atua contra os calores, melhora o humor e tem também
ação anti-inflamatória contra dor e problemas ósseos como a artrose.
EFEITOS COLATERAIS

A Erva de São João aumenta a sensibilidade à luz e durante o uso da medicação deve se
evitar exposição ao sol forte . Pode causar secura na boca, tontura, sensação de cansaço
e desconforto gastrointestinal. Para evitar este último possível efeito deve ser tomada
perto das refeições. Não deve ser usada em combinação com drogas à base de L-Dopa e
5-OH-Triptofano..
CONTRA INDICAÇÕES
não existem contra indicações
* referências bibliográficas

DIETA ANTI - DEPRESSÃO

DIETAS PARA ANTI-DEPRESSÃO

Existem tipos de nutrientes que, sem dúvida, influenciam positivamente nosso humor e
ajudam, sim, no combate à depressão. Veja o que consumir e evitar:

o Açúcar e cafeína formam eficiente dupla energética, mas costumam provocar desânimo
mais adiante. Diminuir o consumo destes dois ingredientes pode atenuar sintomas de
depressão mesmo que leves.

o Uma alimentação pobre em Ômega 3 deixa o sistema nervoso mais vulnerável a


depressão, de modo que uma dieta de bem estar mentar não pode deixar de incluir muito
peixe e semente ou óleo de linhaça.

o A carência de alguma vitamina no organismo, mesmo que pequena e sem


conseqüências clínicas, pode afetar negativamente o humor. Uma dieta adequada,
associada a suplementação multivitamínica e sais minerais, facilita o trabalho do
organismo de absorver as substâncias essenciais à saúde física e mental.

o Manter a taxa de açúcar no sangue estável ajuda a manter o equilíbrio do organismo.


Os carboidratos cumprem essa funçào, de regulador do nível de açúcar no sangue e por
isso devem estar presentes em todas as refeições.

Das könnte Ihnen auch gefallen