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2019 03 28 – A BELA DO BAS-FONDS’30 - NO AUGOSTO-AUGUSTA

UM FILME DE NICHOLAS RAY / 1958, – CONTINUANDO NO 2019


O CICLO - “FILMES DO AMOR NOIR EM FILMES TECHNICOLOR”

Este segundo mês de filmes de amor radical e não convencional, escandaloso, subversivo e/ou mesmo
não confessável, nos vem revelando suas partes inconscientes e não “faladas”, até mesmo do escabroso,
por via de filmes onde o amor-louco é quase um leit-motive. A paixão, vista como o fascínio do amor,
surpreendente e inesperado para muitos, conjugado e conjugando-se com novos aspectos do amor noir
em technicolor, é essa espécie de luz negra que se apresenta hoje no filme Party Girl/Bela do Bas-Fonds
de Nicholas Ray.

A Party Girl, a bela do submundo dos anos 1930 de Nicholas Ray é um dos filmes que vem acrescentar
ou acentuar os traços do feminino e da ambiguidade desta toda outra mulher que é e está configurada na
mulher-fatal, então depois cristalizada, fixada nos anos 1980, sobretudo por seu caráter enigmático. A
destacar que seu mais completo “retrato em noir” entretanto já nos fora dado anos antes, também em 1959
por Kim Novak encarnada em Vertigo/ Um Corpo que cai, um filme extraordinário e singular na obra de
Alfred Hitchcock.

É precisamente este aspecto enigmático e perverso, desta espécie de luz negra que Nicholas Ray, como
sempre, marca nos seus filmes – desde aqueles feitos por encomenda e bem simples até alguns vôos solo
de estilo particular e inconfundível, dentro da veia do film noir. A crítica oficial costuma sinalizar que
“mesmo em filmes de rotina, que na mão de outros diretores nem se precisaria ver, quando realizados por
Ray transformam-se sempre em “algo a ser visto”. Resultado que são do cinema de Nicholas Ray. Aliás,
vale lembrar, que NRay é um dos continuadores, senão um dos herdeiros diretos de Robert Siodmak e sua
marca expressionista no cinema americano pós-II guerra.

A storyline de Party Girl retrata um episódio dramático na carreira do advogado encarnado por Robert
Taylor /Lawyer Thomas Farrell, cuja fama deve-se a sua especialização em defesa no júri de
gangsters/bandidos/crooks como Rico Angelo[Lee J. Cobb]. Os mesmos banditos responsáveis pela sua
perna aleijada/claudicante. Famoso e manquitola é esse o par de Vicki Gaye[Cid Charisse]. E é ela, a
bela do bas-fonds [dos prostíbulos em francês] do submundo do crime, que incentiva a Farrell ir atpe o
fim na disputa com Rico, o Rei do Crime. É este .estranho amor que surge entre os dois, a dançarina e o
advogado, que acaba por dar forças à final e trágica virada de jogo pelo advogado que se rebela contra o
“estado das coisas”. É criosdo se notar que neste filme comercial e sem maiores pretensões, simplesmente
retrata-se afinal o aspecto de revolta inerente ao amor apaixonada. E, como dizem os italianos, “e tuto
‘li!!!”. Estranho amor que surge entre os dois e que se no Bad Timing [a chamada publicitária] traduzia-
se na consigna: “Sometimes love is a strange and wicked game” – aqui se traduz na sedução e nos paços
estilizados de Cyd Charisse: “Charisse showed what a 37-year-old-dancer-in-shape can
do. Dig those mobile movements: cool hip action, fast torso turns, strenuous leg
extensions and fantastic full-bodied falls. Cyd seemed one of the last holdouts as
the film musical glory days "bit the dust."

PARTY GIRL, 1958, 99 minutos -Technicolor. Director: Nicholas Ray. Producer Joe Pasternak.
Screenplay de George Wells, a partir da novela de Leo Katcher.. Cinematography by Robert J. Bronner.
Art Direction Randall Duell e William A. Horning. Film Editing by John McSweeney Jr. Music by Jeff
Alexander/ canção com voz de Dean Martin. Stars: Robert Taylor, Cyd Charisse, Lee J. Cobb, John
Ireland, Kent Smith, Claire Kelly, Corey Allen, Lewis Charles, Barbara Lang e outros.

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