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TESTE DE AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS, 9º ANO DE ESCOLARIDADE

GRUPO I (50 pontos)


PARTE A
(In Prova Final de 2015, 2ª chamada)

Lê o texto seguinte. Consulta o vocabulário se necessário:

Tesouro afundado no mar de Java

A China dos Tang cobiçava têxteis delicados, pérolas, corais e madeiras


aromáticas da Pérsia, da África Oriental e da Índia. Em contrapartida, a China
exportava papel, tinta e, acima de tudo, seda. Leve e fácil de enrolar, a seda podia
viajar por terra. No século IX, já a cerâmica chinesa se tornara também popular, só que
5 os camelos não eram adequados para transportar louça. Assim, os pratos e as
travessas onde eram servidas as refeições dos ricos mercadores persas chegavam por
mar em navios árabes, persas e indianos. Era uma viagem longa e perigosa. E, por
vezes, havia navios que desapareciam, tal como um avião moderno pode hoje
desaparecer dos radares.
10 Desde tempos imemoriais que os navios sofrem acidentes no estreito de Gelasa,
uma passagem em forma de funil entre as pequenas ilhas indonésias de Bangka e
Belitung, onde as águas azuis-turquesa escondem um labirinto de rochas e recifes
submersos. Apesar dos perigos, um grupo de mergulhadores explorava esta área há
uma década em busca de pepinos-do-mar. A 16 metros de profundidade, porém,
15 encontraram um bloco de coral com cerâmica incrustada. Retiraram várias taças
intactas do interior de um jarro grande, levaram-nas para terra e venderam-nas.
Os mergulhadores tinham tropeçado no mais importante achado da arqueologia
subaquática no Sudeste Asiático: um dhow árabe carregado com mais de sessenta mil
peças de ouro, prata e cerâmica feitas à mão, durante a dinastia Tang. O navio e a sua
20 carga, atualmente denominados «Destroços de Belitung», eram uma cápsula do
tempo, carregada de provas de que, à semelhança da China contemporânea, a China
dos Tang produzia mercadorias em massa e de que estas eram exportadas por via
marítima. Trabalhando por turnos até a monção os travar, uma equipa de
mergulhadores recuperou os antigos artefactos.
25 O tesouro incluía umas taças denominadas Changsa, por terem sido fabricadas
nos fornos cerâmicos de Changsa, em Hunan. Os peritos já sabiam que estas taças de
chá eram exportadas para todo o mundo entre os séculos VIII e X: foram encontrados
fragmentos em locais tão distantes como a Indonésia e a Pérsia. Mas poucas taças
tinham sido descobertas intactas.
30 Agora, o mar de Java oferecia-lhes uma prenda: um conjunto de peças em
perfeito estado de conservação, protegidas da erosão causada pela areia do fundo do
mar por se encontrarem dentro de potes de cerâmica. Limpas com uma esponja, o seu
brilho era igual ao do dia em que tinham sido cozidas.
As taças feitas à mão provam a existência de uma «produção de tipo fabril»,
35 afirma o norte-americano John Miksic, especialista em arqueologia do Sudeste Asiático.
«A carga também implica um organizador com capacidades de gestão e enormes
quantidades de matéria-prima importada», diz o investigador. O cobalto para a
cerâmica azul e branca, por exemplo, vinha do Irão; e só muito mais tarde viria a ser
minerado na China.
Embora os marinheiros árabes claramente aproveitassem a Rota Marítima da
Seda, comercializando em grande escala a longa distância, este «é o primeiro dhow
1
árabe descoberto em águas do Sudeste Asiático e a maior e mais rica remessa de ouro
e de cerâmica proveniente da China do início do século IX descoberta de uma só vez»,
explica John Guy, conservador principal do departamento de Arte do Sul e do Sudeste
Asiático do Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque.
Simon Worrall, «Tesouro afundado no mar de Java», in National Geographic, agosto de 2009 (adaptado)

VOCABULÁRIO
pepinos-do-mar (l. 11)– animais marinhos, de forma alongada, comuns na gastronomia asiática.
dhow (l. 15) – pequena embarcação.
monção (l. 19)– vento periódico típico do Sul e do Sudeste da Ásia que pode provocar chuvas abundantes.
1. Para responderes a cada item (1.1. a 1.6.), seleciona a opção que permite obter uma
afirmação adequada ao sentido do texto (14 pontos).
Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida (12 pontos).

1.1. De acordo com o texto, no século IX, a cerâmica chinesa era transportada por
(A) via terrestre, porque a viagem marítima era longa e perigosa.
(B) via marítima, porque o transporte por navio era mais adequado.
(C) camelos, tal como outros produtos exportados pelos chineses.
(D) barcos chineses, que também transportavam papel, tinta e seda.

1.2. A expressão «tempos imemoriais» (linha 8) refere-se a


(A) uma época da qual não há memória por ser muito antiga.
(B) um período de tempo que é frequentemente recordado.
(C) uma época recente marcada por acontecimentos memoráveis.
(D) um período de tempo que as pessoas preferem esquecer.

1.3. Os mergulhadores que descobriram as taças Changsa no estreito de Gelasa


(A) andavam à procura de embarcações naufragadas.
(B) faziam investigação arqueológica no fundo do mar.
(C) desconheciam a existência do navio e da sua carga.
(D)esperavam encontrar um tesouro naquele local.

1.4. Na linha 15, os dois pontos são usados para introduzir uma
(A) explicação.
(B) definição.
(C) reformulação.
(D)enumeração.

1.5. Ao usar a expressão «cápsula do tempo» (linha 17), o autor pretende salientar
(A) o valor histórico da carga encontrada no navio.
(B) a dimensão dos objetos encontrados no navio.
(C) o valor artístico da carga encontrada no navio.
(D)a raridade dos objetos encontrados no navio.

1.6. A descoberta do dhow árabe foi muito importante, porque


(A) revelou que a China dos Tang exportava taças de chá para todo o mundo.
(B) os arqueólogos desconheciam a existência das taças de chá Changsa.
(C) as peças encontradas no navio continham a data e o local de fabrico.
(D)forneceu informação sobre os modos de produção na China dos Tang.

2. Identifica o antecedente do pronome «lhes», na linha 24 (2 pontos).

2
PARTE B
Lê o texto com atenção e responde às questões com frases completas e bem
estruturadas:

118 123 128


Passada esta tão próspera Tirar Inês ao mundo determina, E se, vencendo a Maura
vitória, Por lhe tirar o filho que tem preso, resistência,
Tornado Afonso à Lusitana terra, Crendo co sangue só da morte A morte sabes dar com fogo e
A se lograr da paz com tanta indina ferro
glória Matar do firme amor o fogo aceso. Sabe também dar vida com
Quanta soube ganhar na dura Que furor consentiu que a espada clemência
guerra, fina A quem pera perdê-la não fez
O caso triste, e dino da memória Que pôde sustentar o grande peso erro.
Que do sepulcro os homens Do furor Mauro, fosse alevantada Mas, se to assim merece esta
desenterra, Contra ua fraca dama delicada? inocência,
Aconteceu da mísera e Põe-me em perpétuo e mísero
mesquinha 124 desterro,
Que depois de ser morta foi Traziam-na os horríficos algozes Na Cítia fria ou lá na Líbia
Rainha. Ante o Rei, já movido a piedade; ardente,
Mas o povo, com falsas e ferozes Onde em lágrimas viva
119 Razões, à morte crua o persuade. eternamente.
Tu só, tu, puro Amor, com força Ela, com tristes e piedosas vozes,
crua, Saídas só da mágoa e saudade 129
Que os corações humanos tanto Do seu Príncipe e filhos, que Põe-me onde se use toda a
obriga, deixava, feridade,
Deste causa à molesta morte Que mais que a própria morte a Entre liões e tigres, e verei
sua, magoava, Se neles achar posso a piedade
Como se fora pérfida inimiga. Que entre peitos humanos não
Se dizem, fero Amor, que a sede 125 achei.
tua Pera o céu cristalino alevantando, Ali, co amor intrínseco e vontade
Nem com lágrimas tristes se Com lágrimas, os olhos piedosos Naquele por quem mouro, criarei
mitiga, (Os olhos, porque as mãos lhe Estas relíquias suas, que aqui
É porque queres, áspero e estava atando viste,
tirano, Um dos duros ministros rigorosos); Que refrigério sejam da mãe
Tuas aras banhar em sangue E depois nos mininos atentando, triste.»
humano. Que tão queridos tinha e tão
mimosos, 130
120 Cuja orfindade como mãe temia, Queria perdoar-lhe o Rei benino,
Estavas, linda Inês, posta em Pera o avô cruel assim dizia: Movido das palavras que o
sossego, magoam;
De teus anos colhendo doce 126 Mas o pertinaz povo e seu destino
fruto, -«Se já nas brutas feras, cuja (Que desta sorte o quis) lhe não
Naquele engano da alma, ledo e mente perdoam.
cego, Natura fez cruel de nascimento, Arrancam das espadas de aço fino
Que a Fortuna não deixa durar E nas aves agrestes, que somente Os que por bom tal feito ali
muito, Nas rapinas aéreas têm o intento, apregoam.

3
Nos saudosos campos do Com pequenas crianças viu a gente Contra ua dama, ó peitos
Mondego, Terem tão piadoso sentimento carniceiros,
De teus formosos olhos nunca Como com a mãe de Nino já Feros vos amostrais - e
enxuto, mostraram, cavaleiros?
Aos montes ensinando e às E cos irmãos que Roma edificaram:
ervinhas 131
O nome que no peito escrito 127 Qual contra a linda moça
tinhas. Ó tu, que tens de humano o gesto Policena,
e o peito Consolação extrema da mãe
121 (Se de humano é matar ua donzela, velha,
Do teu Príncipe ali te Fraca e sem força, só por ter sujeito Porque a sombra de Aquiles a
respondiam O coração a quem soube vencê-la), condena,
As lembranças que na alma lhe A estas criancinhas tem respeito, Co ferro o duro Pirro se aparelha;
moravam, Pois o não tens à morte escura Mas ela, os olhos com que o ar
Que sempre ante seus olhos te dela; serena
traziam, Mova-te a piedade sua e minha, (Bem como paciente e mansa
Quando dos teus formosos se Pois te não move a culpa que não ovelha)
apartavam; tinha. Na mísera mãe postos, que
De noite, em doces sonhos que endoudece,
mentiam, Ao duro sacrifício se oferece:
De dia, em pensamentos que
voavam; 132
E quanto, enfim, cuidava e Tais contra Inês os brutos
quanto via matadores,
Eram tudo memórias de alegria. No colo de alabastro, que sustinha
As obras com que Amor matou de
122 amores
De outras belas senhoras e Aquele que depois a fez Rainha,
Princesas As espadas banhando, e as
Os desejados tálamos enjeita, brancas flores,
Que tudo, enfim, tu, puro amor, Que ela dos olhos seus regadas
tinha,
[desprezas Se encarniçavam, férvidos e
Quando um gesto suave te irosos,
sujeita. No futuro castigo não cuidosos.
Vendo estas namoradas
estranhezas,
O velho pai sesudo, que respeita
O murmurar do povo e a
fantasia
Do filho, que casar-se não
queria,

1. Responde às questões, completando as frases que se seguem (5 pontos):


1.1. Na estrutura interna de Os Lusíadas, este excerto situa-se
______________________________.
1.2. Quanto à estrutura externa, este excerto situa-se
_____________________________________.
1.3. Este episódio classifica-se como
_________________________________________________.
1.4. O narrador heterodiegético deste episódio é
_______________________________________.
1.5. O narratário desta trágica história de amor é
________________________________________________.

2. Explicita o motivo que leva o sujeito poético a dirigir-se ao “Amor” na estância 119 (3
pontos).

4
3. Atenta nas estâncias 120 e 121.
3.1. Transcreve o verso onde se encontra uma perífrase que remete para D. Pedro,
evidenciando o seu valor expressivo (3 pontos).
3.2. Como caracterizas o estado de espírito de Inês (3 pontos)?
3.3. Transcreve palavras e/ou expressões que sejam indícios da tragédia iminente (2
pontos).

4. Identifica os recursos expressivos presentes (2 pontos).


a) no verso 1 da estância 123;
b) no verso 3 da estância 127

5. Nas estâncias 126-129, Inês de Castro dirige-se a D. Afonso IV.


5.1. Enumera, por palavras tuas, os argumentos usados por Inês para dissuadir o rei
da decisão de a mandar matar (5 pontos).
5.2. Indica a alternativa que Inês sugere para evitar a sua própria morte (3 pontos).

PARTE C
(In Exame Nacional de 2011, 1ª chamada, com adap.)

Lê a estrofe 84 do Canto IV de Os Lusíadas, a seguir transcrita, e responde, de forma


completa e bem estruturada ao item 6. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário
apresentado (10 pontos).

E já no porto da ínclita Ulisseia,


Cum alvoroço nobre e cum desejo
(Onde o licor mistura e branca areia
Co salgado Neptuno o doce Tejo) VOCABULÁRIO
As naus prestes estão; e não refreia 1 ínclita Ulisseia – ilustre cidade de Lisboa.
2 despejo – atrevimento; desenvoltura.
Temor nenhum o juvenil despejo,
Porque a gente marítima e a de Marte
Estão pera seguir-me a toda parte.
Luís de Camões, Os Lusíadas, edição de A. J. da
Costa Pimpão,
5.ª ed., Lisboa, MNE – IC, 2003

6. Escreve um texto expositivo, com um mínimo de 70 e um máximo de 120 palavras, no


qual explicites o conteúdo da estrofe 84.
O teu texto deve incluir uma parte introdutória, uma parte de desenvolvimento e uma
parte de conclusão.
Organiza a informação da forma que considerares mais pertinente, tratando os tópicos
apresentados a seguir.
 Indicação do episódio a que pertence a estrofe.
 Identificação do narrador e dos grupos de personagens referidos como «a gente
marítima e a de Marte»  (verso 7).
 Referência ao momento da ação e apresentação de um elemento relativo ao espaço.
 Descrição do estado de espírito das personagens.
 Análise do último verso como sendo importante para a mitificação do herói de Os
Lusíadas.

Observações relativas ao item 6:


Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma
única palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2011/).

5
Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – um mínimo de 70 e um máximo de 120 palavras –, há
que atender ao seguinte:
-um desvio dos limites de extensão requeridos implica uma desvalorização parcial (um ponto);
-um texto com extensão inferior a 23 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

GRUPO II (20 pontos)

1. Completa cada uma das frases seguintes com os verbos solicitados entre parênteses.
Usa apenas tempos simples (6 pontos).
Durante o Consílio, vários deuses _____a)intervir_____, segundo a sua importância.
_____b)haver_____ alguns deuses que apoiavam a decisão de Júpiter. Porém, Baco
_____c)opor-se_____ a que o povo luso _____d)chegar_____ sem problemas à Índia.

2. Reescreve as frases a seguir apresentadas, de a) a d), iniciando a oração sublinhada


pela locução indicada entre parênteses. Faz as alterações necessárias nas orações
sublinhadas (6 pontos).

a) Mercúrio partiu rapidamente para que os deuses fossem informados daquela


reunião extraordinária.
(A fim de)

b) Marte apoiava os portugueses por estar apaixonado por Vénus.


(Uma vez que)

c) Apesar de Baco se mostrar contra a decisão de Júpiter, o pai dos deuses não mudou
de opinião.
(Ainda que)

d) Marte ganhará o apreço de Vénus, exceto se não apoiar os portugueses.


(A não ser que)

3. Indica a função sintática dos elementos sublinhados nas seguintes frases (6 pontos).
a) Os deuses vieram dos quatro cantos do universo.
b) ―Grande Tonante, ajuda o meu povo querido a chegar à Índia! ― implorou Vénus ao
pai.
c) ―Grande Tonante, ajuda o meu povo querido a chegar à Índia! ― implorou Vénus ao
pai.
d) Um amor enorme movia Vénus a tudo fazer pelos portugueses.
e) Os deuses foram convocados por Júpiter a comparecer sem demora no Olimpo.
f) Durante o Consílio, a confusão foi enorme!

4. Transcreve a oração subordinada que integra a frase complexa que se segue (2


pontos):
Júpiter confirmou que os portugueses seriam recebidos em África como amigos e
deixou Vénus muito feliz.

GRUPO III (30 pontos)


(In Exame Nacional de 2010, 1ª chamada-adap.)

1. Imagina que participaste numa viagem por terras longínquas e pouco exploradas.

6
Escreve uma carta, correta e bem estruturada, com um mínimo de 180 e um máximo
de 240 palavras, em que relates a uma pessoa tua amiga o que aconteceu durante a viagem
e na qual descrevas o que de mais interessante observaste.
Respeita os aspetos formais da carta. Deves incluir um momento de descrição.
Assina a carta com a expressão «Um amigo explorador» ou «Uma amiga exploradora».
Não escrevas o teu nome, não indiques a tua localidade, nem qualquer outro
elemento que te identifique.

Observações relativas ao Grupo III:


Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única
palavra, independentemente dos algarismos que o constituam (ex.: /2010/).
Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras –,
há que atender ao seguinte:
a um texto com extensão inferior a 60 palavras é atribuída a classificação de 0 (zero) pontos;
nos outros casos, um desvio dos limites de extensão requeridos implica uma desvalorização parcial (até dois
pontos) do texto produzido.

BOM TRABALHO!!

PROPOSTA DE CORREÇÃO

GRUPO I
Parte A
1.1. B
1.2. A
1.3. C
1.4. A
1.5. A
1.6. D
2. (os) peritos

Parte B
1.
1.1. na narração
1.2. no Canto III
1.3. lírico (ou trágico-lírico)
1.4. Vasco da Gama
1.5. Rei de Melinde

(NOTA: exercícios 2., 3., e 5. –e propostas de correção-retirados do manual Novas Leituras de


9º ano, Asa, p. 172-com adaptações)
2. O poeta dirige-se ao “Amor” porque este foi o causador da morte de Inês de Castro, pelo
que, embora seja “puro”, também é cruel (“força crua”), “fero”, “áspero e tirano”.
3.1. O verso que evidencia esse amor é “o nome que no peito escrito tinhas” (v. est. 120, v.
8).
3.2. Inês de Castro vive “em sossego” nos “saudosos campos do Mondego”, partilhando com
os “montes” e as “ervinhas” o amor por D. Pedro e recordando os momentos que ali passou
com o seu Príncipe.
3.3. As passagens que ilustram a tragédia iminente são as seguintes: “Naquele engano de
alma ledo e cego/ Que a fortuna não deixa durar muito” (est. 120, vv. 3-4); “De noite em
pensamentos que mentiam;/ De dia em pensamentos que voavam” (est. 121, vv. 5-6); “Eram
tudo memórias de alegria”.” (est. 121, v. 8).
7
4. a) eufemismo (ou hipérbato)
b) pleonasmo
5.1. Para se defender, Inês começa por se referir à piedade manifestada pelas feras, piedade
que, por vezes, supera a dos Homens; afirma ser inocente, visto que o seu único erro foi
apaixonar-se; alega ainda que os seus filhos irão ficar órfãos e desamparados sem ela; e
termina realçando que quem foi capaz de matar tantos mouros com a espada não pode
mostrar a indignidade de matar uma donzela “fraca e sem força”, ou seja, frágil e indefesa.
5.2. Inês sugere o exílio num local inóspito, “Na Cítia fria ou lá na Líbia ardente”, ou então
“Entre leões e tigres”, como alternativa à sua morte.

Parte C

6.
A estância apresentada pertence às “Despedidas em Belém”, episódio narrado por
Vasco da Gama durante a estadia em Melinde, e narra o momento da partida das naus do
“porto da ínclita Ulisseia” (v. 1) que têm como destino a Índia.
Ao referir-se à “gente marítima e a de Marte” (v. 7), o sujeito enunciador refere-se aos
marinheiros e guerreiros que o acompanhariam na sua viagem, gente corajosa que, apesar do
“Temor” (v. 6) sentido, está determinada a acompanhar o capitão.
Concluindo, esta estância vem reiterar a supremacia do povo português que, sendo
extraordinário, pelas suas façanhas, não recuou perante as adversidades, atingindo, assim,
um estatuto divino. (106 palavras)

GRUPO II

1. a) intervieram; b) havia; c) opôs-se/ opunha-se; d)chegasse


2. a) Mercúrio partiu rapidamente a fim de informar os deuses daquela reunião
extraordinária.
b) Marte apoiava os portugueses uma vez que estava apaixonado por Vénus.
c) Ainda que Baco se mostrasse contra a decisão de Júpiter, o pai dos deuses não
mudou de opinião.
d) Marte ganhará o apreço de Vénus, a não ser que não apoie os portugueses.
3. a) complemento oblíquo; b) vocativo; c) complemento indireto; d) predicado; e)
complemento agente da passiva; f) predicativo do sujeito
4. que os portugueses seriam recebidos em África como amigos

GRUPO III

Resposta livre

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