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2 — Para os efeitos previstos no número anterior, os importância de clarificar que os bens alimentares, ainda
referidos docentes consideram-se vinculados ao Minis- que produzidos no quadro da actividade artesanal defi-
tério da Educação quando comprovem encontrar-se em nida no Decreto-Lei n.o 41/2001, de 9 de Fevereiro,
qualquer das seguintes situações: estão sujeitos a regras específicas, designadamente às
a) Ter obtido colocação e exercido ininterrupta- normas nacionais e comunitárias em vigor no domínio
mente funções em estabelecimento oficial dos da higiene, segurança e qualidade alimentar, às relativas
ensinos básico e secundário desde o ano escolar aos direitos dos consumidores e às aplicáveis em matéria
de 1978-1979 até à data da entrada em vigor de protecção do nome ou do modo de produção.
do presente diploma; Também as actividades artesanais ligadas ao sector
b) Contar, à data da entrada em vigor do presente do restauro dos bens que constituem o chamado patri-
diploma, pelo menos 20 anos de serviço efectivo mónio cultural, móvel e integrado, aconselham um ajus-
no ensino básico e secundário oficial, e ter con- tamento de algumas disposições do mesmo diploma, por
corrido aos concursos para colocação de pro- forma que, considerando as suas especificidades e sal-
fessores nos referidos níveis de ensino nos últi- vaguardando os princípios consagrados no quadro legal
mos três anos lectivos, ainda que sem obter já existente para estas actividades, seja enquadrado o
colocação. conjunto de oficinas e de artesãos que, por todo o país,
laboram neste sector, alguns implantados no mercado
3 — Para efeitos do disposto nos n.os 4 e 5 do artigo 4.o há décadas.
do Decreto-Lei n.o 210/97, de 13 de Agosto, com as Por outro lado, e desde logo, tem-se como ponto
alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.o 66/2000, assente que a intervenção do artesão no restauro de
de 26 de Abril: património cultural carece da supervisão das entidades
competentes na matéria, pelo que se previu o envol-
a) A conclusão do curso deve ocorrer no prazo vimento do Instituto Português de Conservação e Res-
de cinco anos a contar da sua oferta pela Uni- tauro no processo de reconhecimento do estatuto de
versidade Aberta; artesão e de unidade produtiva artesanal neste domínio
b) O preenchimento dos requisitos de idade e específico.
tempo de serviço reporta-se à data de 1 de Da mesma forma se considerou importante a inclusão,
Setembro de 2001. neste diploma base, do regime de suspensão e revogação
a aplicar nos casos de uso indevido das cartas de artesão
Artigo 2.o e de unidade produtiva artesanal, ou de quaisquer direi-
Entrada em vigor e produção de efeitos
tos ou vantagens decorrentes da titularidade das mes-
mas.
1 — O presente diploma entra em vigor no dia Finalmente, foi definido o quadro de representati-
seguinte ao da sua publicação, produzindo os seus efei- vidade deste sector perante o Estado, num claro reforço
tos, excepto os de natureza remuneratória, a partir de da importância estruturante que ao movimento asso-
1 de Setembro de 2001. ciativo de artesãos se reconhece.
2 — Para efeitos remuneratórios, os docentes abran- Assinala-se, ainda, que na elaboração do presente
gidos pelo presente diploma consideram-se integrados diploma participou a Comissão Nacional para a Pro-
no quadro à data da sua entrada em vigor. moção dos Ofícios e das Microempresas Artesanais.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 21 Foram ouvidos os órgãos de governo próprios das
de Março de 2002. — António Manuel de Oliveira Guter- Regiões Autónomas.
res — Júlio Domingos Pedrosa da Luz de Jesus. Assim:
Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da
Promulgado em 3 de Abril de 2002. Constituição, o Governo decreta, para valer como lei
geral da República, o seguinte:
Publique-se.
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Artigo 1.o
Referendado em 4 de Abril de 2002. São alterados os artigos 1.o, 2.o, 3.o, 4.o, 6.o, 9.o, 10.o,
11.o, 13.o, 14.o, 16.o, 17.o, 18.o e 19.o do Decreto-Lei
O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira n.o 41/2001, de 9 de Fevereiro, que passam a ter a
Guterres. seguinte redacção:
«Artigo 1.o
MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE [. . .]
Artigo 15.o-A
2—..........................................
3 — A obtenção da carta não isenta as unidades pro- Símbolo
dutivas artesanais do cumprimento das obrigações legais 1 — Os artesãos e as unidades produtivas artesanais
a que estejam sujeitas, designadamente em matéria de podem mencionar o reconhecimento na rotulagem,
licenciamento das actividades desenvolvidas. publicidade e demais documentos comerciais de acom-
panhamento dos seus produtos, através da utilização
Artigo 16.o de símbolo do qual constem as expressões: «Produzido
[. . .] por artesão reconhecido» ou «Produzido em unidade
produtiva artesanal reconhecida», sem prejuízo da apli-
1 — O reconhecimento do estatuto de artesão e do cação das regras gerais sobre rotulagem, apresentação
estatuto de unidade produtiva artesanal é da compe- e publicidade.
tência da Comissão Nacional para a Promoção dos Ofí- 2 — O modelo de símbolo referido no número ante-
cios e das Microempresas Artesanais. rior é aprovado por portaria conjunta dos Ministros do
2 — O reconhecimento do estatuto de artesão e de Trabalho e da Solidariedade, da Economia, do Planea-
unidade produtiva artesanal para a produção e prepa- mento, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das
ração artesanal de bens alimentares está sujeito a pare- Pescas, da Educação e da Cultura.
cer vinculativo dos serviços competentes do Ministério
da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas Artigo 15.o-B
que, quando esteja em causa o reconhecimento de arte-
sãos e de unidades produtivas artesanais que laborem Uso indevido
produtos cujo nome é uma denominação de origem pro- 1 — A utilização do símbolo ou das expressões refe-
tegida, uma indicação geográfica protegida ou produtos ridas no n.o 1 do artigo anterior, por pessoas singulares
abrangidos por modos de produção particulares, pro- ou colectivas não reconhecidas nos termos do presente
cedem à audição dos respectivos agrupamentos gestores diploma, ou de expressões ou termos passíveis de induzir
ou equiparados. em erro quanto ao verdadeiro modo de produção, pro-
3 — O reconhecimento do estatuto de artesão e de cesso ou serviço ou que explorem a reputação dos pro-
unidade produtiva artesanal para o restauro de patri- dutos ou modos de produção artesanais, bem como as
mónio cultural, móvel e integrado, está sujeito a parecer práticas que constituam actos de concorrência desleal,
vinculativo do Instituto Português de Conservação e é sancionada nos termos da lei geral.
Restauro. 2 — As marcas comerciais e as denominações sociais
4 — (Anterior n.o 2.) que ostentem as indicações referidas no número anterior
podem continuar a ser utilizadas até 31 de Dezembro
Artigo 17.o de 2004, desde que sejam sempre acompanhadas de uma
indicação, no mesmo campo visual e com caracteres
Organização da mesma dimensão, que informe claramente que, con-
O Registo Nacional do Artesanato é organizado pela soante o caso:
Comissão Nacional para a Promoção dos Ofícios e das a) Não se trata de um produto ou serviço pro-
Microempresas Artesanais e integra as seguintes sec- duzido por artesão reconhecido ou por uma uni-
ções: dade produtiva artesanal reconhecida; ou
a) Secção I — Repertório das Actividades Arte- b) Não se trata de uma empresa reconhecida como
sanais; unidade produtiva artesanal.
b) Secção II — Artesãos;
c) Secção III — Unidades Produtivas Artesanais. Artigo 17.o-A
Repertório de actividades artesanais
Artigo 18.o
1 — O repertório de actividades artesanais é cons-
[. . .] tituído pela lista de actividades desenvolvidas de acordo
com as condições previstas no presente diploma e é
A inscrição no Registo é da competência da Comissão aprovado pela portaria a que se refere o n.o 3 do
Nacional para a Promoção dos Ofícios e das Microem- artigo 9.o
presas Artesanais. 2 — O repertório tem um carácter dinâmico e é actua-
lizado periodicamente de acordo com a evolução do
Artigo 19.o sector, por portaria conjunta do Ministro do Trabalho
Inscrição e da Solidariedade e dos ministros competentes em
razão da matéria, sob proposta da Comissão Nacional
A inscrição dos artesãos e das unidades produtivas para a Promoção dos Ofícios e das Microempresas
artesanais no Registo é gratuita.» Artesanais.
3706 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 89 — 16 de Abril de 2002
3 — Até cada nova actualização do repertório, pode competentes, de outras sanções, ser revogadas a todo
a Comissão, mediante fundamentação adequada, e para o tempo, desde que se verifique uma das seguintes
efeitos de reconhecimento de artesãos e de unidades situações:
produtivas artesanais, reconhecer actividades ainda não
constantes do mesmo. a) Utilização abusiva ou fraudulenta das cartas ou
de benefícios decorrentes da sua titularidade;
b) Não seja, no prazo previsto no artigo anterior,
Artigo 20.o-A sanada a situação que levou à suspensão das
Comunicação de alterações cartas.
1 — Todas as alterações das circunstâncias e dos ele- 2 — A revogação das cartas é notificada por carta
mentos constantes dos processos de reconhecimento de registada com aviso de recepção e é precedida de inqué-
artesãos e de unidades produtivas artesanais devem ser rito, com a audição do titular da carta, o qual disporá
comunicadas à Comissão Nacional para a Promoção dos de um período mínimo de 15 dias para a realização
Ofícios e das Microempresas Artesanais no prazo das verificações ou exames que solicitar.
máximo de 30 dias contados da sua verificação. 3 — A aplicação da revogação das cartas é da com-
2 — As alterações comunicadas nos termos do petência da Comissão Nacional para a Promoção dos
número anterior implicam a reavaliação dos processos, Ofícios e das Microempresas Artesanais.
sempre que se verifiquem em relação aos requisitos que 4 — A revogação da carta implica a exclusão do
determinaram o reconhecimento. Registo Nacional do Artesanato.
3 — Ponderadas as alterações e os resultados da even- 5 — Da decisão da Comissão cabe recurso para o
tual reavaliação dos processos, a Comissão procede à
correspondente actualização do Registo. Ministro do Trabalho e da Solidariedade.
CAPÍTULO III-B
CAPÍTULO III-A
Estruturas representativas
Suspensão e revogação das cartas de artesão
e de unidade produtiva artesanal Artigo 20.o-E
Das estruturas representativas de artesãos
Artigo 20.o-B e de unidades produtivas artesanais
Iniciativa dos titulares
1 — São consideradas representativas do sector, para
As cartas de artesão e de unidade produtiva artesanal efeitos do presente diploma, as pessoas colectivas de
podem ser suspensas ou revogadas a pedido dos res- direito privado, constituídas nos termos da lei geral, que
pectivos titulares, sem prejuízo do disposto nos artigos não tenham fins lucrativos, sejam constituídas maiori-
seguintes. tariamente por artesãos ou unidades produtivas arte-
sanais e tenham por objecto a defesa dos direitos e
Artigo 20.o-C interesses dos artesãos e das unidades produtivas arte-
sanais, bem como as suas uniões, federações ou con-
Suspensão das cartas federações.
1 — As cartas de artesão e de unidade produtiva arte- 2 — O Estado deve promover a participação das
sanal podem, sem prejuízo da aplicação, pelas entidades estruturas representativas dos artesãos e das unidades
competentes, de outras sanções, ser suspensas a todo produtivas artesanais na definição e implementação das
o tempo, desde que se verifique uma das seguintes políticas de incremento do artesanato, assegurando,
situações: designadamente, a sua participação em comissões e gru-
pos de trabalho com atribuições no sector.
a) Incumprimento de algum dos requisitos de reco- 3 — As entidades referidas nos números anteriores
nhecimento previstos nos artigos 11.o e 14.o; colaboram com o Estado e as autarquias locais na divul-
b) Incumprimento do dever de comunicar altera- gação e promoção das artes e ofícios.
ções das circunstâncias e dos elementos cons- 4 — Para assegurar a divulgação da informação e a
tantes dos processos de reconhecimento, nos prestação de apoio aos artesãos e às unidades produtivas
termos do artigo 20.o-A. artesanais no processo de reconhecimento, a Comissão
pode estabelecer protocolos com as estruturas repre-
2 — A suspensão aplica-se por um período máximo sentativas do sector.
de 45 dias durante o qual a situação de irregularidade 5 — As estruturas representativas do sector podem,
deve ser corrigida. nos termos de protocolos a celebrar com as entidades
3 — A suspensão das cartas é notificada por carta competentes e dentro das disponibilidades orçamentais
registada com aviso de recepção e é precedida de inqué- destas, beneficiar de apoios financeiros, de carácter téc-
rito, com a audição do titular da carta, o qual disporá nico ou logístico.»
de um período mínimo de 15 dias para a realização
das verificações ou exames que solicitar.
4 — A aplicação da suspensão das cartas é da com- Artigo 3.o
petência da Comissão Nacional para a Promoção dos São revogados os artigos 7.o, 8.o, 20.o e 21.o do Decre-
Ofícios e das Microempresas Artesanais. to-Lei n.o 41/2001, de 9 de Fevereiro.
de raiz tradicional, tal substituição não desca- a sua actividade no cumprimento das normas
racterize o produto e não seja feita na produção específicas constantes da legislação em vigor
e preparação de bens alimentares. para este sector de actividade.
A inscrição dos artesãos e das unidades produtivas 1 — As cartas de artesão e de unidade produtiva arte-
artesanais no Registo é gratuita. sanal podem, sem prejuízo da aplicação, pelas entidades
competentes, de outras sanções, ser revogadas a todo
Artigo 20.o o tempo, desde que se verifique uma das seguintes
situações:
Organização
a) Utilização abusiva ou fraudulenta das cartas ou
(Revogado.) de benefícios decorrentes da sua titularidade;
b) Não seja, no prazo previsto no artigo anterior,
Artigo 20.o-A sanada a situação que levou à suspensão das
cartas.
Comunicação de alterações
1 — Todas as alterações das circunstâncias e dos ele- 2 — A revogação das cartas é notificada por carta
mentos constantes dos processos de reconhecimento de registada com aviso de recepção e é precedida de inqué-
artesãos e de unidades produtivas artesanais devem ser rito, com a audição do titular da carta, o qual disporá
comunicadas à Comissão Nacional para a Promoção dos de um período mínimo de 15 dias para a realização
Ofícios e das Microempresas Artesanais no prazo das verificações ou exames que solicitar.
máximo de 30 dias contados da sua verificação. 3 — A aplicação da revogação das cartas é da com-
2 — As alterações comunicadas nos termos do petência da Comissão Nacional para a Promoção dos
número anterior implicam a reavaliação dos processos, Ofícios e das Microempresas Artesanais.
sempre que se verifiquem em relação aos requisitos que 4 — A revogação da carta implica a exclusão do
Registo Nacional do Artesanato.
determinaram o reconhecimento.
5 — Da decisão da Comissão cabe recurso para o
3 — Ponderadas as alterações e os resultados da even- Ministro do Trabalho e da Solidariedade.
tual reavaliação dos processos, a Comissão procede à
correspondente actualização do Registo.
CAPÍTULO III-B
CAPÍTULO III-A Estruturas representativas
Suspensão e revogação das cartas de artesão Artigo 20.o-E
e de unidade produtiva artesanal
Das estruturas representativas de artesãos
Artigo 20.o-B e de unidades produtivas artesanais
CAPÍTULO IV Assim:
Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da
Disposições finais Constituição, o Governo decreta o seguinte:
Artigo 21.o
Artigo 1.o
Regulamentação
Objecto
(Revogado.)
1 — O presente diploma dá execução ao disposto nos
Artigo 22.o artigos 4.o e 5.o do Decreto-Lei n.o 276/99, de 23 de
Julho, estabelecendo os valores limite e os limiares de
Vigência alerta para as concentrações de determinados poluentes
O presente diploma entra em vigor 30 dias após a no ar ambiente, bem como os métodos e critérios de
sua publicação, com excepção do disposto no artigo 15.o, avaliação das respectivas concentrações e normas sobre
que começará a vigorar em simultâneo com os regu- informação do público, com vista a evitar, prevenir ou
lamentos a este respeitantes previstos no artigo anterior. limitar os efeitos nocivos dessas substâncias sobre a
saúde humana e sobre o ambiente na sua globalidade
e a preservar e a melhorar a qualidade do ar.
2 — Os poluentes abrangidos pelo regime do presente
MINISTÉRIO DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO diploma são o dióxido de enxofre, o dióxido de azoto
e os óxidos de azoto, as partículas em suspensão, o
DO TERRITÓRIO chumbo, o benzeno e o monóxido de carbono.