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Portefólio

Plano Individual
de Leitura

‘’A cultura é uma coisa apavorante para os


ditadores, um povo que lê nunca será um
povo escravizado’’
- António Lobo Antunes

Aluna: Lara Simone Magalhães Santos


ESCOLA: FRANCISCO DE HOLANDA
Índice
Ficha da obra………………………………………………………………………………………………2

Biobibliografia/bibliografia………………………………………………………………...........3

Crítica literária……………………………………………………………………………………………4

Resumo da obra………………………………………………………………………………………….5

Análise da obra……………………………………………………………………………………………6

Reflexão/Textos criativos…………………………………………………………………………….7

Documentários/notícias………………………………………………………………………………8

Conclusão…………………………………………………………………………………………………….9

Informações…………………………………………………………………………………………………10

PÁGINA 1
Ficha da obra:

Autor: António Lobo Antunes


Título da obra: ‘’Os cus de judas’’
Género: Crónica
Edição: 9ª edição
Editora: LEYA

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Introdução ao tema

Estou hoje aqui, não só hoje, mas também na última semana, a trabalhar
arduamente para concretizar e finalizar aquilo que é o 1º portefólio da minha vida.
Cada portefólio é diferente, único, autêntico, embora utilizemos os meus recursos
para o elaborar, porém a criatividade é o que os diferencia e revela um pouco da
nossa essência.
No mesmo, irei abordar, expor, variados temas nos quais indiquei no índice.
Primeiramente, falarei de António Lobo Antunes, um conhecido escritor de
crónicas, entres as quais ‘’Os cus de Judas’’ livro que explorarei ao longo deste
magnifico trabalho.
Seguidamente, escreverei a minha apreciação crítica sobre a obra.
Posteriormente, darei a minha opinião pragmática acerca de diferentes assuntos
da atual sociedade, mas também sobre a lírica e poesia trovadoresca.
Por último, direi aquilo que foi a minha aprendizagem ao longo deste 1º período.

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Biobibliografia do autor

Lobo Antunes nasceu na capital, a 1 de setembro de 1942, numa família


economicamente bastante estável.
Frequentou o Liceu Camões e licenciou-se em medicina na Faculdade de
Medicina em Lisboa.
Lobo Antunes, através deste curso, prestou auxílio a quem mais precisou
durante a guerra colonial, durante a mesma redigiu várias cartas à sua amada
(Maria José Lobo Antunes) que mais tarde deram origem a um filme
intitulado ‘’ As cartas da Guerra’’.
O escritor também exerceu a profissão de psiquiatra que mais tarde
abandonou em prol do seu amor e devoção à literatura e do estrondoso
sucesso do livro ‘’Memória de Elefante’’.
Lobo Antunes foi prestigiado, homenageado, com o prémio de maior
importância da literatura portuguesa o prémio Camões em 2007.
Este, ao longo da sua carreira, escreveu variadíssimas obras entre as quais,
‘’Não é maia noite quem quer’’, ‘’Quinto livro de crónicas’’, ‘’Caminho como
uma casa em chamas’’, ‘’Da natureza dos Deuses’’, ‘’Para aquela que está
sentada no escuro à minha espera’’, ‘’Até que as pedras se tornem mais leves
do que a água’’, ‘’A última porta antes da noite’’, entre outras….

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Crítica literária

O livro em questão, ‘’Os cus de Judas’’, é um retrato autobiográfico de António


Lobo Antunes, licenciado em medicina que viveu o terror da guerra colonial. Esta
realidade foi vivenciada por vários outros soldados, em tempos, ao serviço da
nossa pátria, hoje avós que contam e recontam as suas memórias aos seus netos.
Esta mesma obra foi publicada em 1979 e recebeu o prémio Franco-Português,
conferido pela embaixada de França em Lisboa. O livro foi traduzido em 15 países
como, por exemplo, França, Alemanha, Inglaterra.
‘’Os cus de Judas’’ enquadra-se no género de crónica, porém coaduna com o
projeto que está simultaneamente inserido no P.I.L, a Amnistia Internacional, por
outras palavras, o trabalho relata inúmeros factos e acontecimentos acerca da
violação dos direitos humanos, aceitação e integração dos refugiados, o que
acontece também na guerra, neste caso, a guerra colonial, em que vários inocentes
são impiedosamente alvejados acabando, na maioria das vezes, por falecer.
Perante esta situação surreal muitas pessoas tentam de tudo para conseguir
refazer a sua vida noutro país, o que acontece também na atualidade.
A crónica, transporta uma bagagem de vários aspetos sociais que são
fortemente criticados, entre os quais, o governo e o regime que Salazar adotou. Ao
criticar e satirizar o Estado Novo associamos a matéria dada em sala de aula, como
é o caso das cantigas de ‘’Maldizer’’ em que sabemos quem e o que é que está a
ser ridicularizado, tal como na prosa de Antunes. Outro ponto em comum, entre
ambas, é o facto de os jovens partirem para a guerra colonial e as mulheres
permanecem num estado de angústia por não saberem se eles iriam voltar. Esta
situação repete-se nas ‘’Cantigas de Amigo’’.

Cantigas de amigo Sofrimento Estado Novo

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Resumo da obra

A história desta obra confunde-se com a do próprio autor ao longo da narrativa,


tornando-se uma confissão, desabafo, durante esses tempos dolorosos, inesquecíveis,
mas torna-se também uma autobiografia.
A personagem principal ronda os 40 anos, que através das cartas que escreveu
durante o tempo que esteve fora, por volta de 27 anos, em Angola a defender e ajudar
os comandos portugueses, recorda esses tempos com brutalidade, com melancolia e
salienta o facto de achar que o braço de ferro entre o Estado Novo e as províncias
ultramarinas uma tremenda estupidez.
No primeiro capítulo, Lobo Antunes descreve os tempos da adolescência, desta
forma abra-se todo um arquivo de memórias marcantes na vida do mesmo entre as
quais as suas tias, as velhas fotografias de generais e por fim, o momento de quando,
segundo o mesmo, ‘’tornou um homem’’ ou seja, a sua apresentação à tropa. No
segundo capítulo, o autor retrata o salazarismo e as consequências que derivam da
mesma situação.
A guerra causou-lhe vários danos psicológicos, instabilidade emocional,
consequentemente, tornou-se num cidadão desorientado e perturbado. Isto agravou-se
devido ao facto de ter perdido a sua família, perante este conjunto de situações o
personagem deparou-se com o vício do álcool e encontros passageiros com mulheres.

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Análise da obra

Narrador Participante, o foco da história é ele.

Tempo Uma prosa em que narra os 27 meses que


esteve em Angola depois de 8 anos.

Decorre em vários ligares como Angola,


Espaço
entre outras várias cidades de África, Lisboa
e os seus bairros.

Ação A crítica ao sistema ditatorial, que o levou a


combater, e que, mais tarde, se traduziu em
danos psicológicos, na sua vida como, por
exemplo, o vício do álcool, danos na sua
família, um compilar dessas trágicas situações
retratadas.

Personagens principais: o narrador e


Personagens
uma interlocutora
Personagens secundárias: as tias; o
general Machado; o Tenente; o
Enfermeiro; a ex-mulher e as filhas; o
Soba; a Sofia; a Isabel e a Hospedeira.
Guerra
Vícios

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Reflexão e Textos criativos

Acerca desta obra aprendi mais do que estava à espera, confesso que
desconhecia o autor em questão, assim sendo escolhi o livro devido ao título
bastante chamativo.
Aprendi muito sobre História, não só de Portugal, mas também de Angola.
Na minha opinião, o livro serve de homenagem a todos aqueles que estavam a
um passo da morte. Erros que cometemos no passado e que por este andar
cometeremos no futuro, o que faz desta obra intemporal, por mais que
desejemos, a guerra existirá sempre, pois haverá eternamente conflitos de
interesse que levarão novas pessoas à guerra, à rutura, ao inferno.
O relato de um homem que tinha tudo para ser herói, porém deixou-se
seduzir pelos vícios, pela má vida. Quantas e quantas pessoas vivem
dependentes dessas mesmas obsessões? Vivem ancoradas no desespero, no
medo, no receio.
A obra cita a realidade que nem sempre é um mar de rosas, que nem sempre
há um final feliz. António guia-nos para o lado obscuro e cinzento da vida, ‘’O
que terei feito de mal para as pessoas gostarem do livro?’’ cita, e eu respondo
que foi ter mostrado a verdade nua e crua, escrever o que nós precisamos de
ler e não aquilo que nós queremos ler.

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Notícias/documentários
associados À obra

Um documentário fascinante onde António Lobo Antunes recebe o prémio Literário


da feira do livro. Fala e recorda, também, os tempos terríveis vividos na guerra e atores
interpretam passagens do livro.

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/escrever-escrever-viver/

De seguida, indico uma entrevista que Lobo Antunes concede a um dos mais
conceituados jornais de Portugal. Nela, o jornalista aborda várias obras, interrogando o
autor acerca delas. No que diz respeito a ‘’Os cus de Judas’’, de uma forma resumida,
António Lobo Antunes não espera pelo sucesso desta prosa, pois afirma que aquilo que
experienciou na guerra não é um tema fácil de ser falado

https://www.publico.pt/2018/10/19/culturaipsilon/entrevista/quando-e-que-eu-fui-feliz-
1847862

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Trabalho dos refugiados

https://mail.google.com/mail/u/0?ui=2&ik=9454
9ea675&attid=0.1&permmsgid=msg-
f:1618582818187089669&th=16765c7f5d979705&vi
ew=att&disp=safe&realattid=f_joisphqa0

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Conclusão

Dediquei aqui muito do meu tempo e do meu esforço.


Adiei este trabalho até à véspera, tudo para mim era distracção, a
música, o desporto, as moscas e aqui estou eu, um dia depois do pinheiro,
a trabalhar, oh vida cruel!!
Literatura é complicado, eu tinha a perceção que iria ser mais simples,
mas a verdade é que gosto muito de Português, então, se estudar bem os
textos e as cantigas, esta disciplina simplifica-se.
A verdade é que estou bastante orgulhosa do meu trabalho, pode não
parecer, mas eu não entendo nada de computadores, tudo o que aprendi
foi graças a este trabalho, à Maria João e também a mim claro, em parte,
se não deste portefólio resultaria uma penúria!!
Numa palavra, ou melhor em duas, descrevia este trabalho como ‘’sui
generis’’.

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Disciplina: Literatura
Ano: 10º
Turma: LH3
Nome da obra: ‘’Os cus de judas’’
Nome da professora: Carla Cunha

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