Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
MOXABUSTÃO
Wu Kwang
A Moxabustão é a técnica de aquecimento dos pontos de Acupuntura. Na China, não existe de forma isolada a palavra
Acupuntura. Sempre se falam em "Agulha e Moxa", simbolizando que nos pontos são utilizados não somente a agulha, mas
qualquer estímulo físico ou químico. O aquecimento dos pontos fornece calor e energia para o corpo. Por isso, a moxabustão é
indicada para as doenças provocadas pelo frio
e pela umidade (muito usada em países frios e no inverno), e para situações com deficiência de energia
(convalescentes, doenças crônicas, pessoas fracas e pacientes idosos). Dizem até que todos os pacientes idosos devem receber
primeiro a moxabustão algumas sessões para que as agulhas possam produzir seus efeitos. Ou ampliando tal conceito, todas as
pessoas devem aprender a fazer moxa em alguns pontos chaves para recarregar as energias do corpo e prevenir as doenças.
Alguns acupunturistas, como Sawada e Manaka no Japaão, acreditam que a moxa pode ser utilizada tal como agulha, assim,
colocam até mais de cem grãozinhos de moxa nos pontos, substituindo as agulhas. O calor realmente produz vasodilatação, efeito
anti-inflamatório e anlgésico. Os banhos e pedilúvios quentes relaxam o corpo e a mente. As compressas quentes são úteis para
amenizar as dores crônicas e as contraturas musculares. Entretanto, a aplicação do calor em áreas extensas do corpo a longo
prazo traz efeitos colaterais como enfraquecimento e má circulação sanguínea. Os terapeutas orientais aplicam as moxas nos
pontos de Acupuntura permitindo uma atuação mais precisa e eficiente, sem tais efeitos colaterais. Hoje, afirma -se que a
moxabustão funciona porque atua diretamente sobre pontos de Acupuntura, portanto, é mais eficiente do que a aplicação difusa das
lâmpadas infravermelhas ou das compressas quentes. Além disso, a moxabustão aplicada à agulha é até mais eficiente pois o calor
é levado diretamente até a profundidade dos tecidos. Desde os tempos antigos, a moxabustão é feita através da queima de uma
erva medicinal chamada Artemísia. Esta planta é mais utilizada talvez pelos seus efeitos químicos ou talvez pelo espectro
infravermelho mais eficaz. As folhas de Artemísia são secadas no sol e na sombra. Os pecíolos e as nervuras são retiradas
deixando apenas os limbos. Estes são triturados até adquirir a consistência de lã (podem usar um equipamento doméstico chamado
liquificador!). Estas massas lanosas são chamadas de moxa. Hoje, devido às dificuldades para a obtenção da moxa, pelo custo ou
pelo cheiro (similar à maconha ?), tenta-se aquecer os pontos com instrumentos adaptados (lâmpada halógena, resistência elétrica,
secador de cabelo, forno de Bier, vela de aeromodelo, paninhos dobrados aquecidos por ferro de passar roupa, toalhas aquecidas
em vapor nas panelas elétricas de arroz, broca aquecida no fogo) ou por reações químicas. Tais expedientes realmente funcionam,
mas acredito que a queima da Artemísia tenha algum efeito energético extra.
Na Acupuntura, fazem com a moxa massas do tamanho de grão de arroz, de feijão ou de soja. A moxa pode ser
queimada diretamente sobre a pele, na modalidade chamada de moxabustão direta, ou para evitar queimaduras, põem camada de
ar, cebola, alho ou gengibre entre a moxa e a pele, chamada de moxabustão indireta. Utilizam também o aquecimento através d a
aproximação de bastões de moxa ou através das agulhas de Acupuntura que levam o calor diretamente até os pontos. As moxas
do tamanho de grão de arroz podem ser aplicadas diretamente sobre a pele, as moxas maiores somente devem utilizadas de forma
indireta. Para utilização por pessoas não profissionais, é mais conveniente utilizar os bastões, aproximando e afastando de 3 a 7
vezes sobre os pontos. Cada vez durando em torno de alguns segundos. O bastão deve ficar numa distância de 1,5 a 2cm. A
distância ideal é aquela onde o ponto é aquecido lentamente, numa intensidade confortável, assim o calor pode penetrar
profundamente. Por isso não deve aproximar demais o bastão pois o calor se torna insuportável rapidamente, nem ficar longe
demais, porque demorará muito em aquecer os pontos. Na dúvida, coloque seu dedo sobre a pele do doente, perto do ponto de
Acupuntura, como sensor de calor. Todas as pessoas devem aprender a fazer moxabustão pelo menos para os casos de
traumatismos (entorses, contusões, contraturas, distensões), para dores reumáticas crônicas, para resfriados e para aumentar a
energia do corpo. Para traumatismos e dores, em geral é suficiente aplicar bastão de moxa na região ou nos pontos dolorosos. Para
resfriados, aplicar nos pontos IG4 e VB20. Para aumentar a energia do corpo e prevenir doenças, aplicar em E36, IG4 e VC4.
Lembre-se de uma frase muito citada pelos acupunturistas: "Quando a agulha não funciona, tenta-se a moxabustão, e se esta
falhar, utiliza -se a ventosa!".
Sem cicatriz:
Utilização do bastão de moxa ou cigarro de Artemísia. Mantenha o cigarro próximo da pele, sobre o ponto indicado,
tendo cuidado para não causar queimaduras. Repita o tratamento dia sim e dia não.
MOXABUSTÃO INDIRETA
Com Gengibre: Corte um pedaço de gengibre de cerca de 3 a 5 mm e fure -o em 5 pontos, como o cinco de um dado.
Coloque o cone de moxa sobre a rodela de gengibre e, em seguida, sobre o ponto que se quer tratar. Acenda o cone usando um
fósforo. Quando o paciente começar a sentir ardência, retire a rodela de cima da pele e mantenha-a suspensa (presa pela mão)
sobre o mesmo ponto até que a sensação de aquecimento suavize. Recoloque então o gengibre sobre o ponto. Repita o processo
até que o ponto fique bastante vermelho, quente e úmido. Usamos de 5 a 7 cones em cada tratamento, que pode ser repetido em
dias alternados. Este método é mais indicado para vômitos, diarréias, artrites e também pode ser usado para quaisquer outras
doenças que respondam bem ao método de moxabustão.
Com Alho:
O procedimento é o mesmo que o método com o gengibre, só que em vez dele, usamos o Alho. é contra - indicado em
pacientes com febre. É usado principalmente nos casos de Tuberculose Pulmonar e Linfática e no primeiro estágio dos abscessos.
Com Sal:
Encha o umbigo com s al até o nível da pele. Coloque o cone de moxa sobre o sal e acenda-o. Usado em casos de
emergência, coma, vômitos, apoplexia do tipo flácido, diarréias, fraqueza, energia baixa etc. Com uma palheta ou colherinha
controle o aquecimento do ponto para não queimar o paciente.
OBS: Onde estiver no texto uso de cone pode-se substituir pelo cigarro de Artemísia na proporção de 3min de aplicação
para cada cone indicado.
NÃO ESQUEÇA:
a) Antes de começar o tratamento: Deite o paciente confortavelmente, evitando que ele se mexa e venha a se queimar.
b) Na moxabustão com alho e gengibre: Tomar cuidado para não deixar aquecer muito, propiciando o aparecimento de
queimaduras profundas no paciente. Caso essas apareçam, elas deverão ser cuidadas como queimadura comum.
c) Não aplicar moxa em áreas próximas aos órgãos dos sentidos (rosto, ponta dos dedos etc.) ou membranas mucosas.
d) Não se aplica moxa em pacientes em estados febris. e) Tenha sempre à mão um cinzeiro.
f) Cuidado para não queimar divãs, tapetes ou lixeiras!
CONTRAINDICAÇÕES
- Durante equinócio de primavera e outono
- Nas mudanças de estações
- Durante fortes manifestações meteorológicas
- Durante um ataque de ira ou histeria
- Nos embriagados
- Em alguns pontos durante gestação (o meridiano do BP, os pontos abaixo do umbigo, os pontos IG4, BP6, B60-67,
E12-36, F3-11)
- Moxabustão fora dos pontos
- Durante febre
- Nas intoxicações
- Nos inchaços
- Sobre vasos sanguíneos
- No rosto e sobre as mamas (questão estética)
- No crânio de crianças pequenas
INDICAÇÕES ESPECIAIS
Desenvolvimento de crianças - moxa pequena em VG12 cada 10 dias. Adolescentes - moxa média em B12 e B43 cada
10 dias.
Mulheres - moxa média em BP6 e BP10 2-3 vezes por mês.
Prevenção para o ano inteiro (em regiões frias) - moxa grande em VC12 e E36 durante os 30 dias mais quentes de
verão.
Meia -idade - moxa grande em IG11 e E36 cada 10 dias.
Fortalecer o Rim - moxa grande em B23, VC4 e R7, a cada 10 dias.
Energia e Sangue - moxa grande em B17, VC6, VC12, VB39, BP10 e ponto especial para anemia (3 polegadas acima do
cóccix) cada 10 dias
MOXABUSTÃO EM PEDIATRIA
Bom desenvolvimento e equilíbrio do SNA: VG12 - moxa cada 10 dias
Infecções das vias aéreas superiores: B12 e B43 - moxa cada 10 dias
MOXABUSTÃO NA 3ª IDADE
Conservar a Saúde: IG11 e E36 - moxa cada 10 dias
Fortalecer o Rim: B23, R7 e VC4 - moxa cada 10 dias
Tonificar Qi: VC12, VC6
Tonificar Sangue: B17, VC12; e para mulher, + BP10
Anemia: + VB39 e Ponto da Anemia (3 cun acima do cóccix) Osteoporose: R3, B23, B11
MÉTODOS OBJETIVOS DE DIAGNÓSTICO EM
ACUPUNTURA
DR. WU TOU KWANG
Uma das maiores críticas contra a Acupuntura, formuladas pelos colegas, é esta terapia estar baseada em princípios
obscuros e empíricos da Medicina Oriental, existentes há 5.000 anos, faltando as pesquisas modernas cheias de estatísticas
demonstrativas. Eu não aceito tal acusação porque julgo que para criticar algum assunto, a pessoa deveria antes estudá-lo de
forma adequada discutindo com os especialistas da área, e não, como acontece até o momento, gerar críticas baseadas em
preconceitos. Na Acupuntura, existem muitos métodos objetivos de diagnóstico e de tratamento, e existem muitas pesquisas
científicas conduzidas pelas melhores universidades do mundo. Basta procurar no Index Medicus! Quero expor neste artigo
diversos métodos objetivos de diagnóstico e de tratamento descobertos desde o advento da eletrônica, com trabalhos científicos e
estatísticos publicados desde os anos 50, e atualmente, utilizam instrumentos baseados em microprocessadores. Vou
denominá-los de Técnicas de Regulação Bioenergética (TRB). As TRB constituem uma ciência em rápida e plena expansão no
mundo, devem suas origens às tradicionais artes da Acupuntura e da Homeopatia. A Medicina Oficial tem suas raízes nas teorias
ultrapassadas da Física de Newton e da Química Atômica, a TRB somente se explica através da Mecânica Quântica e da Química
Nuclear. A TRB estuda os fenômenos bioenergéticos do corpo, tais como temperatura, resistência elétrica ou capacitância da pele,
campos biológicos, tolerância térmica etc., que são controlados pelo Sistema Nervoso Autônomo. Tais fenômenos podem ser
medidos antes ou depois de estímulos provocadores de stress. Os estímulos podem ser mecânicos, percutórios, palpatórios,
elétricos, acupunturais, térmicos ou medicinais. A leitura após o stress demonstra a capacidade do organismo responder e
adaptar-se às tensões do ambiente, e permite tirar conclusões como:
1. A distribuição global de energia;
2. A capacidade de regulação energética do corpo;
3. O comportamento energético de regiões e órgãos do corpo.
Existem estudos de TRB em diversos países, todas surgiram na década de 50 com o advento e popularização da
eletrônica. Todas as TRB estão ligadas direta ou indiretamente à Acupuntura, pois consideram os pontos como acesso para leituras
e estímulos exógenos.
AKABANE
No Japão descobriram as técnicas de Akabane e de Ryodoraku, atualmente muito difundidas no Ocidente. Ambas
trabalham com meridianos, regra mãe e filho, pontos associados etc., embora modernizados. A técnica de Akabane surgiu em
1950, analisa a tolerância térmica ou a impedância elétrica dos pontos Ting, e compara as diferenças de leitura entre os pontos do
lado direito e os do lado esquerdo. O meridiano mais desequilibrado é aquele que apresenta a maior diferença e deverá ser
corrigido. O equilíbrio energético e os tratamentos complementares são realizados através de agulhas longas ou de agulhas
intradérmicas, seguindo a teoria do balanceamento energético.
RYODORAKU
Em 1950, o médico Yoshio Nakatani descobriu a existência de pontos eletropermeáveis formando conjuntos lineares
pelo corpo. Ele denominou-os de Ryodoraku (ryodo = eletropermeável, raku = trajeto). Em 1951, apresentou sua teoria no
departamento de fisiologia da Universidade de Kyoto. Após anos de pesquisa, concluiu em 1957 sua tese de Ph. D.:
"Eletropermeabilidade da pele e Ryodoraku". Fundou em 1960 a Sociedade Ryodoraku do Sistema Nervoso Autônomo que em
poucos anos chegou a 10.000 membros, de diversas nacionalidades. Após extensas pesquisas expermentais e clínicas, com
muitas análises estatísticas, chegaram à conclusão de que existe um ponto em cada meridiano cuja impedância corresponde à
média aritmética de todos os pontos daquele meridiano. E assim, a leitura dos desequilíbrios do paciente é realizada rapidamente,
colocada em gráfico, calculada a média aritmética dos 24 meridianos, traçados os limites da normalidade e diagnosticados os
meridianos com alterações simpáticas ou parassimpáticas. A correção é realizada através de agulha mais estímulos elétrico. Os
pontos do tratamento sintomático de cada doença foram estabelecidos através das pesquisas clínicas. Há estudos inclusive sobre
acompanhamento de microcancer gástrico. Hoje, existem Neurometers interligados a microcomputadores e impressoras,
simplificando o trabalho dos acupunturistas.
TRB OCIDENTAIS
Entretanto, as grandes revelações da TRB vieram da Europa, iniciadas pelos trabalhos do Dr. Reinhold Voll que
trabalhou pacientemente durante muitos anos para estabelecer a relação dos pontos de acupuntura com regiôes ou órgãos do
corpo. A TRB são linhas de pesquisa baseadas na análise eletrônica de pontos de acupuntura, no diagnóstico das disfunções, nos
estudos de medicamentos homeopáticos, e nos resultados terapêuticos.
Os seguintes nomes e siglas são encontrados na literatura internacional sobre TRB:
1. E.A.V. ou E.A.P. - Eletroacupuntura de Voll
2. B.F.D. - Diagnóstico Funcional Bioelétrico de Schmidt
3. VEGATEST - Técnica simplificada e atualizada do BFD para diagnóstico e terapia com preparações homeopáticas
4. Bioresonance Therapy - Captação, filtragem e terapia com as ondas eletromagnéticas patológicas
5. I.D.G. - Dermografia de impulso
6. E.E.A. - Energy Emission Analysis de Peter Mandel, através da Kirliangrafia
7. S.E.G. - Eletrograma segmentar
8. Acu-tesmatic - Baseado nos trabalhos de Kief
9. Neo-bioelectronic - Diagnóstico e terapia, de E. Schramm
As TRB são capazes de registrar as desordens funcionais ou também chamadas de energéticas, presentes na fase
pré-clínica das doenças. A Medicina Oficial está limitada às fases morfológicas, com as lesões anatomopatológicas já instaladas.A
demarcação entre a fase das desordens funcionais e a fase das lesões celulares é apenas didática, é difícil precisar a passagem de
uma para a outra.
ELETROACUPUNTURA DE VOLL
A EAV começou em 1953 com as pesquisas do Dr. Reinhold Voll. Ele era grande conhecedor da Acupuntura Tradicional,
porém, achava necessário algum método objetivo de diagnóstico para confirmar a pulsologia e facilitar seu aprendizado. Com o
auxílio do engenheiro Fritz Werner, montaram o aparelho K+F diatherapuncteur com válvulas termoiônicas. Utilizou tal instrumento
durante 15 anos. Depois disso, construíram o EAV Dermatron com transistores, um aparelho mais leve e prático. Os aparelhos EAV
não são simples medidores da resistência elétrica de pontos de acupuntura. Na verdade, os pontos são carregados com uma
corrente elétrica contínua de 8-10 microamperes e 1 volt. Tal carga, por ser muito pequena, não chega a alterar o estado bioelétrico
do paciente. Os órgãos e os meridianos reagem contra tal carga para que não perturbe o funcionamento do corpo. Os aparelhos
EAV medem esta reação, e por isso, avaliam o estado funcional do paciente. A medição é realizada por um microamperímetro
numa escala de 1 a 100, o valor 50 indica pontos normais; acima de 50 ocorrem hiperfunções e inflamações; abaixo de 50
registram-se as hipofunções e degenerações. Voll, como médico de formação ocidental, pesquisou durante muitos anos visando
correlacionar os pontos de acupuntura com os achados anatomopatológicos e laboratoriais, de modo a obter um diagnóstico
médico ocidental. Ele partia da seguinte hipótese: se os chineses denominaram um meridiano de Coração, deve haver realmente
ligações entre seus pontos e o órgão; e que talvez cada ponto indique o estado patológico e funcional de uma parte desse órgão.
Assim, as medições eletrônicas desses pontos talvez possam auxiliar o dignóstico. Voll e seus colaboradores mediram mais de
100.000 vezes, e em 1980, havia mais de 500 pontos pesquisados, dos quais 200 eram pontos desconhecidos pela Acupuntura
Tradicional. Pela análise de alguns dos 500 pontos, permite estabelecer um diagnóstico das condições fisiopatológicas do paciente.
Existe apenas um órgão onde Voll falhou em encontrar um ponto de medição, o cérebro. Além dos 12 meridianos principais da
Acupuntura Tradicional, Voll descobriu 8 meridianos degenerativos (linfático, nervo, alergia, parênquima, articulações, conjuntivo,
pele e gordura). Ele considera os meridianos principais ligados ao sistema Iang, responsável pelo anabolismo e manutenção da
vida. Os meridianos degenerativos estão relacionados ao sistema In, catabolismo e consumo de energia. Para um sucesso
terapêutico, devem ser tratados não somente os meridianos principais, mas também bloquear os degenerativos. Com os aparelhos
EAV, podemos realizar um diagnóstico preciso do paciente e tratá-lo eletronicamente. Entretanto, a maior contribuição de Voll à
Medicina Moderna é a descoberta dos testes de medicamentos e hipersensibilidades. Isso foi casual. Em 1954, Voll estava
realizando uma demonstração para alguns amigos, diagnosticou prostatite crônica de um colega médico, receitou-lhe Echinaceae
4x. Tal amigo respondeu que por acaso, tinha tal medicamento no armário e foi buscá-lo. Quando ele chegou com o remédio na
mão, Voll mediu novamente o ponto da próstata (B65) e para sua surpresa, a leitura de 90 baixou para 64. Pediu-lhe então para
largar o remédio e obteve novamente o valor de 90; voltando a segurar o frasco, reaparecia a leitura de 64; portanto, tal fenômeno
era reprodutível. Ficaram entusiasmados, passaram a brincar com cardiotônicos e reproduziram o mesmo fenômeno. Então,
começaram a pesquisar as dosagens do remédio homeopático Echinaceae 4x, pois o valor 64 no ponto da próstata ainda não era
ideal, começaram a testarquantidades crescentes do remédio e concluíram que 10 gotas ajustavam a leitura para 50, qualquer dose
acima ou abaixo alterava a leitura. O mesmo acontecia com o cardiotônico onde um tablete era o ideal, um tablete e meio ou dois
alteravam a leitura. A conclusão de tudo isso era óbvia, como tais remédios não foram ingeridos, apenas colocados mão do
paciente, alguma radiação deve emanar dos remédios e atravessar o vidro, e conforme a Física Moderna, tal radiação é de
natureza eletromagnética. O EAV permite indicar não somente remédios homeopáticos ou alopáticos, mas também diagnosticar
alergias, alimentos, químicos, cancerinismo, radiações geopáticas e até perturbações psicológicas ou hereditárias. A correção dos
desequilíbrios pode ser realizada através de estímulos elétricos com monitorização imediata, de modo a não haver estímulos
excessivos ou insuficientes. A seleção dos pontos a serem tratados pode ser estabelecida através do raciocínio da Medicina Oficial
do ocidente ou então através das regras da Acupuntura Tradicional. Por outro lado, a correção pode ser realizada também através
da dieta, de medicamentos fitoterápicos, homeopáticos ou alopáticos. Tudo isso monitorizado pelo EAV. Os aparelhos EAV
permitem diagnósticos precisos. Segundo So Ouenn: "Se não houver erros diagnósticos, não haverá tratamentos errados."
B. F. D. e VEGATEST
Um organismo vivo tende a compensar os desequilíbrios energéticos, e por isso, no estado de repouso, a medição dos
pontos de acupuntura pode não revelar a gravidade das lesões. Assim, nas técnicas tipo BFD e sua derivada, a VEGATEST,
provoca-se um stress após a 1ª leitura de repouso. Devido ao stress, o organismo desencadeia os processos compensatórios, que
podem ser detectados durante um curto período. Nesse instante, realiza-se a 2ª leitura que apresenta melhor boa correlação com
os achados morfológicos.
O BFD, planejado pelo Dr. Schmidt, difere do EAV em alguns aspectos:
1) Valor normal de 40, correspondendo a 4 microA.
2) Leitura realizada nos pontos Ting.
3) Aplicação constante de stress.
4) Comparar as leituras antes e depois do stress.
Em 1978, o Dr. H. W. Schimmel, após 8 anos de experiência em BFD, resolveu montar um aparelho mais sensível e
adequado para os testes de medicamentos, além de simplificar e ampliar o diagnóstico. Ele julgava muito trabalhoso o diagnóstico e
tratamento com DFB, queria alguma técnica mais simples que possa responder a uma série de dúvidas diagnósticas, e que não
necessite conhecer Acupuntura. Surgiu assim o VEGATEST. A técnica foi facilitada, utiliza apenas 1 ponto de acupuntura para
fazer as leituras; diagnostica através de ampolas contendo órgãos ou tecidos em D4; utiliza filtros e amplificadores homeopáticos;
serve para indicar tudo, até mesmo distúrbios psicogênicos ou geopáticos.
DISCUSSÃO
As TRB evoluíram paralelamente à difusão da Acupuntura no Ocidente e ao desenvolvimento da eletrônica, e alcançam
popularidade cada vez maior, apesar das críticas de adeptos dos métodos tradicionais. Até mesmo na China, as TRB estão sendo
pesquisadas. Na minha opinião, as teorias e os métodos tradicionais de diagnóstico e tratamento sempre continuarão válidos, e
NADA SUBSTITUI O RACIOCÍNIO E A DECISÃO DO TERAPEUTA. Entretanto, não é por isso que devemos recusar os avanços
tecnológicos. Os modernos aparelhos de diagnóstico e de tratamento são muito úteis para confirmar as teorias e métodos
tradicionais da Medicina Oriental, e sem dúvida alguma, contribuem muito para nós entendermos melhor a Acupuntura, aumentar a
precisão diagnóstica, para divulgar a nossa especialidade entre os colegas médicos e introduzi-la nas escolas médicas.
Pontos Ting:
Ly 1 tonsila palatina Pa 1 metab. protéico
P 11 alvéolos pulmonares Ba 1 polpa bca-focos cefál
IG 1 transverso D, sigmóide F 1 vv. centrais
DN 1 medula lombo-sacral Ar 1 MMII, quadril
CS 9 artérias E 45 piloro, corpo E
A 1 abdome,pelve,MMII DC 1 abdome, pelve
DP1 – abdome, pelve PE1/2 inf. corpo
TA1 – gônadas, adrenais DG1 - abdome
C 9 pulmonar, aórtica VB 44 colédoco, hepático
ID 1 íleo terminal,íleo R 1 pelve renal
B 67 bexiga
VENTOSAS
Existem muito poucos textos a respeito de Ventosaterapia. Muitos a consideram uma técnica traumatizante. Assim,
poucos a praticam e consequentemente, há poucos textos, há pouco ensino e divulgação, e há muito empirismo e tradição. Isto vira
um ciclo vicioso que tende a encerrar a aplicação das ventosas. Aqui coletei uma série de relatos para que possam entender esta
maravilhosa técnica. Dizem alguns bons acupunturistas: "Onde as agulhas não funcionam, deve aplicar moxabustão, e caso ainda
não se obtêm bons resultados, coloque ventosas!"
1. VENTOSATERAPIA
Texto do Dr. Eu Won Lee corrigido parcialmente por Wu Tou Kwang
A ventosa usada no Oriente, desde a antiguidade, tem como base a troca gasosa, visando limpar o sangue pela pele (a
ventosa tem a me sma fisiologia da troca gasosa do pulmão). A limpeza do sangue pela respiração é o método mais simples,
básico e comum dos seres vivos, porém, continua até hoje, não podendo esquecer que dentro de coisa simples e comum existe a
grande verdade, a humanidade está viva desde a antiguidade, graças a esta troca gasosa pela respiração, limpando o sangue
venoso, o pH 7,2 a 7,3 passa para pH 7,3 a 7,5 do sangue arterial. É assim que se mantém a vida. Se não houvesse este
mecanismo, não haveria uma forma material capaz de curar a doença, nem tão pouco a intervenção cirúrgica teria sucesso. Este
mecanismo respiratório se realiza instintivamente, desde o nascimento até a morte. Se parar esta respiração, imediatamente faltará
O2 no sangue, aumentará a acidez, diminuirá o pH arterial, podendo levar ao óbito. é num princípio tão lógico, que possibilita
entender que a limpeza do sangue através da respiração é o melhor meio que leva à cura espontânea. Na respiração, há uma troca
de gases: na inspiração, a quantidade de O2 é 20,9% e na expiração é 16%, portanto, mais ou menor 4% de O2 retirado do ar é
absorvido pelo organismo. Por outro lado, a quantidade de CO2 na inspiração é de 0,03% e na expiração de 4%. Este fato mostra
que através da respiração, expulsa o CO2 do sangue e distribui o O2, elevando o pH, mesmo que esta diferença seja mínima. Se
não houvesse esse mecanismo, não seria possível a vida, portanto a respiração é a primeira condição para que se mantenha a
vida. Por isso mesmo que parece ser tão banal, na realidade é o maior motivo para se manter a vida. A realização desta troca
depende da diferença da pressão gasosa nos alvéolos pulmonares. O ar tem a característica de se locomover de pressão mais alta
para pressão mais baixa. O mesmo acontece com líquidos que se deslocam do nível mais alto para o nível mais baixo. O ar
também muda de lugar, de pressão mais alta para mais baixa, quando a diferença é pouca, o movimento do ar se traduz por uma
brisa, e quando é grande, pode se transformar em furacão. A troca de gases n o alvéolo pulmonar segue igual mecanismo. O
sangue venoso, com mais CO2 e pouco O2, chega à membrana alvéolo -capilar. Neste local, o CO2 venoso apresenta
concentração e pressão mais alta em relação ao CO2 do ar. Então, o CO2 venoso atravessa a membrana alvéolo -capilar, sai pelos
alvéolos e brônquios para o exterior. Simultanemanete, o O2 venoso tem pressão menor do que a pressão de O2 alveolar. Então, o
O2 do ar passa do alvéolo para dentro do capilar pulmonar, sendo levado pelo sangue arterial para todo o corpo. Assim se procede
no pulmão a troca de CO2 do sangue pelo O2 do ar, em última análise, ocorre uma limpeza do sangue. Seguindo este mesmo
princípio, desde os tempos antigos usa-se a ventosa, baseando-se no fato de ocorrer a troca gasosa ao nível da pele, eliminando o
gás do corpo e promovendo a limpeza do sangue.
2. TRATAMENTO NEGATIVO
Texto do Dr. Jong Suk Yum e modificado por Wu Tou Kwang
A ventosa foi uma das técnicas usadas por Hipócrates. Ainda hoje, nos templos da Grécia, há uma inscrição de uma
faquinha com um pequeno copo como símbolos da medicina; e existem vestígios deste desenho nas cavernas do homem pré
-histórico. Entre as fotografias históricas de Napoleão Bonaparte, há uma em que ele aparecia com o olhar sério, colocando a mão
esquerda no peito. A altiva postura do conquistador nos dá a impressão de que ele está pensando em algum plano de guerra, mas
a verade é que o grande general sofria de enfermidade de estômago. Para suportar a dor, colocava a mão no peito. Quando ele
tinha fortes dores, mandava seu médico fazer massagens com pano molhado de água quente e ventosas. Atualmente a ventosa
ainda é muito utilizada em hospitais da China e Rússia. No Japão é indicado principalmente para tratar doenças crônicas. O corpo
humano, desde o nascimento, vive constantemente sob a influência de alta pressão e da gravidade. Este método consiste em,
através do vácuo da ventosa, diminuir a pressão atmosférica sobre a pele, e até criando uma pressão negativa, ativa o movimento
das células. O método que recomendo não retira sangue. Dá apenas impactos de pressões negativas, vagarosamente, acelerando
a circulação sanguínea, fortalecendo a respiração da pele, bem como realizando a limpeza do sangue, principalmente das veias. O
método não apresenta efeito colateral, é agradável e dá sensação de bem- estar. Sem sombra de dúvida, melhora o estado de
saúde de qualquer enfermo crônico. O "Tratamento Negativo" está baseado no mecanismo da limpeza sanguínea. Consiste em
trazer as células doentes do sangue, do interior do corpo para a superfície, através de fortes absorções. Este método recupera as
célula s doentes. Com o vácuo e a absorção na superfície do corpo, que abrem os vasos capilares e os poros, as toxinas são
retiradas, ocorrem troca de gases, oxigenação do sangue, e a circulação sanguínea é ativada. As características do "Tratamento
Negativo" são:
1) Mantém pH do sangue numa faixa de acidez ligeira, entre 7,2 a 7,5, aumentando a vida média dos glóbulos vermelhos
2) Limpa glóbulos vermelhos degenerados
3) Aumenta nível de cálcio do sangue
4) Fortalecimento dos vasos
5) Ativa secreção hormonal
6) Acelera digestão
7) Elimina dor
8) Abaixa febre
9) Combate tosse
10) Trata intoxicação por substâncias químicas, remédios e gases
11) Elimina toxinas
12) Acalma nervosismo
13) Bom para doenças de Rim e de Fígado
14) Controla hipertensão e arteriosclerose
15) Combate alergia
16) Fácil de aplicar
5. VENTOSAS NO MUNDO
A Ventosaterapia foi aplicada durante séculos em vários países. Acredita-se que tenha sido abandonada após chegar a
tirania da Medicina Ocidental Governamental, felizmente, as tradições seculares não são facilmente erradicadas por algumas
dezenas de anos de domínio da indústria farmacêutica. Em 1.982, surpreendentemente, descobriram na Finlândia que ainda há
profissionais de ventosa atuando até mesmo nos centros urbanos, apesar de todas as dificuldades existentes contra o ensino e a
divulgação de suas técnicas. A Ventosaterapia era conhecida em locais como China, Índia, Egito e região Mediterrânea. Hipócrates,
no 4º século a.C., e Celsus, no 1º século d.C., acreditaram na eficácia das ventosas. Na Idade Média, e até o início do século XX,
as ventosas eram aplicadas em toda a Europa. Havia os aplicadores de ventosa nos Hospitais Universitários de Londres e na
família real inglesa. O primeiro médico sueco, Benedictus Olai, no século XVI, escreveu instruções a respeito. Nos livros de
medicina da Finlândia até 1907 ainda havia descrição da técnica. As ventosas foram caindo em desuso pelo advento da indústria
farmacêutica e hospitalar.
5.1 Finlândia
Há praticantes nos centros urbanos e rurais. O aprendizado tem ocorrido através da transmissão oral e do ensino
prático. As ventosas são aplicadas após sessões de sauna e massagem. Aplicam-se copos de vidro ou cornos de animais.
Usam-se ventosas com sangria para retirar o sangue estragado. Colocam as ventosas nas áreas sintomáticas (algumas coincidem
com pontos de Acupuntura como VG20, VG14, VB20, IG4, TA5, B54, VB34 etc.) Evitam aplicar em áreas com saliências ósseas e
veias superficiais. Consideram a Ventosaterapia indicada para tratar dores, doenças da pele e hipertensão. Não a consideram
válida para doenças internas. Dr. Jaakko Nyysti, em 1907, citava uma área entre polegar e indicador para febre e problemas da
cabeça (IG4), uma área junto ao canto externo do olho (VB1) para perturbações oculares. Relatava também as seguintes
observações quanto ao aspecto do sangue recolhido no copo na aplicação da ventosa com sangria:
Sangue vermelho com pouco soro indica boa saúde;
Sangue escuro com muito soro indica distúrbio hídrico ou doenças febris; Soro amarelado indica doença hepática;
Sangue esverdeado indica doença cardíaca; Sangue espumoso indica doença pulmonar.
1
For more information about okyu go to……
Li Dong-Yuan expresses the role of Yang in generating the
Jin Ye fluids when he wrote “ Food and drink enter the
Stomach, Yang Qi moves upward, fluids (jin ye) and qi enter
the Heart and pour into the Lungs, filling out the skin and
dispersing through the Hundred Vessels”2
(Will add some quotes here regarding the Yang with Yin
nature of Shu Di Huang)
2
Li Dong Yuan from FF
3
Zhou Xue-hai from FF
moxa. In fact she had tried this to no avail. By burning
the moxa, I began a small steaming
process on themost hardened spots.
The moxa opened up and activated the Yin that
had been congealed in
the burning process of the radiation.
The Yin was not only
deficient but also congealed by the heat of the radiation.
The moxa loosened
it up and lightened it.
4
place reference for chynestkyu here
with poor blood circulation. Again, I did small sized okyu
moxa on shiunko on her right pectoral in the manner
described above as well as on her upper right scapula area.
After one treatment her wrist pain was 70% improved. W e
have just scheduled her third treatment and she is feeling
very little pain.
When we think of the idea that Yin and Yang are mutually
generate each other we may not know how to bring this into
our clinical reality. If we only consider the quantity of
Yin relative to Yang as with our little
box diagram, we will miss the profound
importance of the mutual interdependence of Yin and
Yang. We can see this within the Tai Ji Tu or Yin Yang
symbol.