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Índice

I. Apresentação

II. Texto introdutório a prática da dança destinado as


bailarinas

III. Anatomia e Fisiologia


- Reconhecendo e aprendendo a estrutura do corpo humano

IV. História antiga


- Antigo egito
- HISTÓRIA DOS ÁRABES - IMPÉRIO ISLÂMICO – MUÇULMANO

V. O oriente médio hoje

VI. História da Dança

VII. Técnica da dança


Apresentação

Nesta apostila, o aluno encontrará informações de suma


importância para quem quer se dedicar a prática da dança árabe.
A apostila está dividida em módulos de acordo com o nível de
aprendizado, sempre com as seguintes disciplinas: Fisiologia e
Anatomia, História Antiga, O Oriente Hoje, História da Dança,
Técnica da Dança.
Desejo que todas evoluam no caminho do aprendizado e façam bom
uso desse material
O PRIMEIRO PASSO

No processo do aprendizado, infelizmente muitas se perdem


pelo caminho. Tendo executado apenas superficialmente os
primeiros passos, fazem desta fase, a primeira e última de sua
curta trajetória como estudantes. O resultado é o que vemos
hoje no mercado, diversas escolas oferecendo aulas de dança do
ventre com professoras sem nenhuma experiência e formação em
dança. Parece absurdo, e é de fato.
Hoje, o reconhecimento só chega as profissionais de
primeiro escalão, que "por coincidência" estão há mais de 15
anos neste meio, um prêmio mais que merecido pela estrada
trilhada.
"Só sei que nada sei..." deveria ser o lema de toda
bailarina. O estudo constante e a prática diária acrescentam
nuances que não seriam obtidas de nenhuma outra forma. Nada
substitui a persistência e a seriedade.
Dançar é uma jornada sem prazo para terminar, a carreira é
marcada por várias fases e etapas que devem ser cumpridas e
respeitadas. O desequilíbrio com o próprio ego e as
dificuldades em lidar com a humildade podem arruinar a carreira
de uma bailarina antes mesmo de começar.
Lidar com elogias de forma desequilibrada, perdendo os
traços de humildade fazem com que a bailarina despreparada e
sem a generosidade necessária queira começar a dar aulas não
oferecendo a suas alunas o que de fato deveria.
A rotina de apresentações podem fazer a bailarina
acreditar que é estrela, e este é sem dúvida, o pior momento.
Nesta fase a bailarina acha que ninguém sabe mais do que
ela: "todos precisam aprender". É senhora das palavras, das
opiniões e das verdades. Modéstia passa a ser uma palavra
desconhecida e o convívio social é permeado pelo interesse.
Acredita saber mais até que o próprio mestre, a pessoa que lhe
ensinou os primeiros movimentos e que sem ela não estaria ali.
A partir de agora entraremos num momento que precisa de
equilíbrio e humildade.
É preciso ter em mente que não sabemos mais do que ninguém
e que nosso lema sempre será "Só sei que nada sei..." humildade
e equilíbrio são fundamentais nesta fase onde o ego nos leva a
ter atitudes impróprias e inadequadas para a construção de uma
verdadeira bailarina.
Não esqueçam que para chegar lá é preciso determinação e
disciplina. Uma carreira se constrói, não surge em um passe de
mágica. Estude muito, seja forte, não desista jamais. O mundo
pertence às pessoas de fibra.
Anatomia
&
Fisiologia
RECONHECENDO E APRENDENDO A ESTRUTURA DO CORPO HUMANO.

Sistema muscular e Sistema esquelético

É de suma importância que o profissional da dança aprenda


a reconhecer e trabalhar as partes do corpo humano, dessa forma
podemos evitar acidentes, contusões e não faremos mal uso dos
movimentos aprendidos na dança.
Sistema muscular
Os músculos de dividem em lisos e estriados. Os lisos não fazem
parte do aparelho locomotor porque são responsáveis pela
formação de órgãos como o estômago, intestinos, artérias,
veias, etc. Já os estriados fazem parte, e se dividem em dois
grupos: os cutâneos e os esqueléticos.

Os cutâneos se prendem à pele e ao esqueleto e são reponsáveis,


por exemplo, pela expressões do seu rosto.

Os músculos esqueléticos são aqueles que ligam um osso à outro,


ou seja, se prendem diretamente ao esqueleto. Desse modo, são
eles os responsáveis pelos nossos movimentos.
Você pode ver na imagem acima que os músculos possuem um
parceiro que trabalha no sentído contrário. Isso acontece

porque se depender do músculo, ele não volta à sua posição

inicial. Por isso, cabe ao outro músculo se contrair e fazer o


primeiro voltar à sua posição de relaxamento. Esses pares de
músculos são chamados de músculos antagônicos, e sempre
trabalham em sentido oposto.

Sistema esquelético

Pra começar vamos falar um pouco sobre as articulações. As


articulações são pontos de contato entre dois ossos. Elas podem
permitir amplo movimento ou nenhum.

Aquelas que permitem amplo movimento são chamadas de


articulações móveis. Como exemplo temos a ligação do braço ao
antebraço. Elas podem se apresentar em dois tipos: dobradiça e
junta universal. O nome não tem muita haver com o corpo humano,
mas é isso aí. A dobradiça se movimenta só em uma direção, como
a articulação do braço com o antebraço: pra cima e pra baixo.
Já a perna ligada ao quadril é um exemplo de junta planetária,

quero dizer, universal; ela se movimenta pra cima e pra baixo e


ainda pros lados.
Também existem articulações entre ossos que praticamente não se
movimentam. Sabe onde? Não, aí não... As articulações de que
falo ficam nos ossos da cabeça por exemplo. Elas são chamadas
de articulações imóveis.

Tembem temos aquela s que são semimóveis, como os que formam a


bacia e a caixa torácica. Na imagem ao lado você pode ver os
dois.

A caixa torácica é composta por 12 pares de costelas, das quais


10 se ligam a um osso chamado externo e 2 se prendem apenas à
coluna vertebral. Essas 2 são chamadas de costelas flutuantes.

Tanto a bacia quanto a caixa torácica protegem os alguns órgãos


formando um "caixa" em volta delas.
A coluna vertebral
A coluna vertebral é composta por 33 pequenos ossos chamados
de vértebras. As vértebras estão posicionadas uma sobre a outra
com um pequeno disco de cartilagem entre elas pra reduzir o
atrito.
A coluna é dividida em 4 regiões: cervical, dorsal, lombar e
sacro-coccigeana (essa é cabulosa!). A coluna cervical possui 7
vértebras. A coluna dorsal 12 vértebras, sendo que cada uma se
prende a um par de costelas. A coluna lombar possui 5 vértebras
bem desenvolvidas. As demais, vão dar suporte aos ossos que

formam a bacia.
E já que estamos falando de coluna, vamos falar de três
desvios de coluna, que são anormais e precisam ser tratado s
Esses desvios são cusados por falta de esporte ou má postura.
Geralmente são tratados com um aparelho que mantém a posição
correta ou fisionterapia. Após um tempo detratamento, a coluna
pode voltar ao normal.

A forma dos ossos

Como nossos ossos têm diferentes funções, eles também têm


diferentes formas e tamanhos. Basicamente dividimos eles em
longos, curtos e planos. O longos são aqueles do braço (rádio,
ulna, úmero) ou da perna (tíbia, fêmur, fíbula). Os curtos são,
por exemplo, as vértebras. Os planos são, por exemplo, os ossos
que compoem o crânio.

Agora que já temos um previo conhecimento acerca dos ossos e


músculos, podemos entender melhor a aplicação de alguns
movimentos da dança no nosso corpo, evitando contusões e
aplicações indevidas de movimentos.

Qualquer sinal de dor ou mal estar durante a aplicação do


movimento deve ser imediatamente comunicado ao profissional
responsável.
História
Antiga
– Egito antigo – Um breve resumo
– O Oriente Hoje

HISTÓRIA DO EGITO ANTIGO


Região
• Nordeste da África: deserto do Saara
• Importância do rio Nilo
• Agricultura nas margens

• Água, Transporte, Papiro, Pesca


Escrita Egípcia
-Hierógliflos: escrita pictográfica feita em papiro e paredes
de pirâmides
- Pedra Roseta: facilitou o entendimento da escrita
hieroglífica

Sociedade Egípcia (hierarquizada)

Faraó / Sacerdotes / Militares / Escribas / Artesãos e


mercadores / Lavradores e pastores

A Religião Egípcia
- Eram Politeístas = acreditavam em vários deuses e animais
sagrados
- Vida após a morte = desenvolveram a mumificação para
preservar os corpos

Pirâmides

Eram construídas com objetivo de conservar os corpos e objetos


dos nobres para a vida futura

Deixaram para os outros povos os seguintes conhecimentos:


• Matemática: construção de pirâmides
• Astronomia: capacidade de prever enchentes
• Química e Medicina: desenvolvidas pela necessidade de fazer a
mumificação.

Como a região era desértica, o rio Nilo ganhou uma extrema


importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de
transporte (através de barcos) de mercadorias e pessoas. As
águas do rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e
fertilizar as margens, nas épocas de cheias, favorecendo a
agricultura.

A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo


que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado
um deus na Terra. Sacerdotes, militares e escribas
(responsáveis pela escrita) também ganharam importância na

sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos


por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos
também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram
pessoas capturadas em guerras.Trabalhavam muito e nada recebiam
por seu trabalho, apenas água e comida.

A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura


que era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio
Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e

o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente


convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em
obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos,
diques).

A religião egípcia era repleta de mitos e crenças


interessantes. Acreditavam na existência de vários deuses
(muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e parte
de animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas. As
oferendas e festas em homenagem aos deuses eram muito
realizadas e tinham como objetivo agradar aos seres superiores,
deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitas e
momentos da vida. Cada cidade possuía deus protetor e templos
religiosos em sua homenagem.
Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres
dos faraós colocando-os em pirâmides, com o objetivo de
preservar o corpo para a vida seguinte. Esta seria definida,
segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu tribunal de
julgamento. O coração era pesado pelo deus da morte, que
mandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão estava
pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para uma
outra vida boa aqueles de coração leve. Muitos animais também
eram considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as
características que apresentavam : chacal (esperteza noturna),
gato (agilidade), carneiro (reprodução), jacaré (agilidade nos
rios e pântanos), serpente (poder de ataque), águia (capacidade
de voar), escaravelho (ligado a ressurreição).

A escrita egípcia também foi algo importante para este povo,


pois permitiu a divulgação de idéias, comunicação e controle de
impostos. Existiam duas formas de escrita: a demótica (mais
simplificada) e a hieroglífica (mais complexa e formada por
desenhos e símbolos). As paredes internas das pirâmides eram
repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, rezas e
mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de
papel chamada papiro que era produzida a partir de uma planta
de mesmo nome também era utilizado para escrever.

A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de ciências.


Desenvolveram conhecimentos importantes na área da matemática,
usados na construção de pirâmides e templos. Na medicina, os
procedimentos de mumificação, proporcionaram importantes
conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.

HISTÓRIA DOS ÁRABES - IMPÉRIO ISLÂMICO – MUÇULMANO

O Império Árabe teve sua formação a partir da origem do


islamismo, religião fundada pelo profeta Maomé. Antes disso, a
Arábia era composta por povos semitas que, até o século VII,
viviam em diferentes tribos. Apesar de falarem a mesma língua,
estes povos possuíam diferentes estilos de vida e de crenças.
Os beduínos eram nômades e levavam uma vida difícil no deserto,
utilizando como meio de sobrevivência o camelo, animal do qual
retiravam seu alimento (leite e carne) e vestimentas (feitas
com o pêlo). Com suas caravanas, praticavam o comércio de
vários produtos pelas cidades da região. Já as tribos
coraixitas, habitavam a região litorânea e viviam do comércio
fixo.

Duas Épocas da História:


- Pré-islâmica: antes da criação da religião muçulmana (ano
570)
- Islâmica: após a criação do islamismo

A Arábia Pré-Islâmica (até 570)

- Árabes do deserto (Beduínos): eram nômades - transporte de


mercadorias em camelos e pastores.
- Árabes da Cidade (Urbanos): eram sedentários - dedicavam-se
ao comércio e agricultura
- Crença Religiosa: Politeístas (acreditavam em vários deuses)

Maomé e o Islamismo
- fundador do islamismo (ano 570)
- Monoteísta: existência de um único deus: Alá

- Pedra Negra (Caaba): símbolo religioso


Os princípios do Islamismo
- Corão ou Alcorão: livro Sagrado
- Guerra Santa: combate aos não-muçulmanos que ameaçavam a
religião muçulmana
- Promessa do paraíso para quem for fiel a Alá
- Obrigações religi osas dos muçulm anos: crer em Alá, Rezar 5
vezes por dia em direção à Meca , dar esmolas, Jejuar no mês de
Ramadã, Ir a Meca pelo menos uma vez na vida.

Expansão Árabe: O Império Muçulmano


- Califa (líder): comandou a expansão territorial dos árabes:
conquistaram o norte da África, Península Ibérica e regiões na
Ásia
- Guerra Santa para expansão do islamismo
- conquista de territórios e respeito a cultura dos povos
dominados, em troca de tributos

Cultura Árabe - Desenvolveram:


- Comércio: cheques, recibos, cartas de crédito, etc.
- Ciência: química (busca de pedra filosofal) e conhecimentos
de medicina
- Literatura: Aladim e a lâmpada maravilhosa, Simbad, o marujo,
Mil e uma noites, Ali baba e os 40 ladrões

Islamismo Hoje
- Espalhado em diversos países do Mundo: principalmente no
Oriente Médio e Ásia

- Sociedade Patriarcal e pouca participação das mulheres na


sociedade e na democracia
Os beduínos eram nômades e levavam uma vida difícil no deserto,
utilizando como meio de sobrevivência o camelo, animal do qual
retiravam seu alimento (leite e carne) e vestimentas (feitas
com o pêlo). Com suas caravanas, praticavam o comércio de
vários produtos pelas cidades da região. Já as tribos
coraixitas, habitavam a região litorânea e viviam do comércio
fixo.

Foi após a morte do profeta, em 632, que a Arábia foi


unificada. A partir desta união, impulsionada pela doutrina
religiosa islamita, foi iniciada a expansão do império árabe.
Os seguidores do alcorão, livro sagrado, acreditavam que
deveriam converter todos ao islamismo através da Guerra Santa.
Firmes nesta crença, eles expandiram sua religião ao Iêmen,
Pérsia, Síria, Omã, Egito e Palestina. Em 711, dominaram grande
parte da península ibérica, espalhando sua cultura pela região

da Espanha e Portugal. Em 732, foram vencidos pelos francos,


que barraram a expansão deste povo pelo norte da Europa. Aos
poucos, novas dinastias foram surgindo e o império foi perdendo
grande parte de seu poder e força.

Durante o período de conquistas, ampliaram seu conhecimento


através da absorção das culturas de outros povos, levando-as
adiante a cada nova conquista. Foram eles que espalharam pela
Europa grandes nomes como o de Aristóteles e também outros
nomes da antiguidade grega. Eles fizeram ainda importantes
avanços e descobertas médicas e cientificas que contribuíram
com o desenvolvimento do mundo ocidental.

No campo cultural, artístico e literário deixaram grandes


contribuições. A cultura árabe caracterizou-se pela construção
de maravilhosos palácios e mesquitas. Destacam-se, nestas
construções, os arabescos para ilustração e decoração. A
literatura também teve um grande valor, com obras até hoje
conhecidas no Ocidente, tais como: As mil e uma noites, As
minas do rei Salomão e Ali Babá e os quarenta ladrões.
Oriente
Médio
ORIENTE MÉDIO

O Oriente Médio está localizado na Ásia, o maior continente e o

mais populoso. Ele é formado pela parte asiática do Egito -


país predominantemente africano, países da península arábica -
Israel, Jordânia, Síria, Líbano, Iraque, Irã; Chipre - país
insular, que ocupa grande parte de uma ilha no Mediterrâneo, e
pela Turquia – que embora possuindo uma parte de seu território
na Europa, é considerado um país asiático.

Apresenta uma grande diversidade no quadro natural e em suas


populações. A maioria é constituída por povos de srcem árabe,
mas possui judeus, turcos, curdos , gregos e palestinos.
Esta região é um ponto de convergência das três grandes
religiões da atualidade: cristianismo, judaísmo e islamismo, e
é marcada por conflitos políticos e religiosos que só podem ser
compreendidos à luz da realidade histórica e geográfica.

O Oriente Médio possui uma grande importância política e


econômica no mundo atual por sua posição estratégica no globo e

por suas reservas de petróleo.


Embora o Oriente Médio fosse controlado pelo Império Turco-
otomano até o final da primeira Guerra Mundial, a Inglaterra
mantinha um intercâmbio comercial. Impôs seu domínio sobre toda
a faixa litorânea da península Arábica, sem se descuidar dos
pontos críticos da rota terrestre para a Índia, importante
colônia inglesa.

Com o fim do Império Otomano, os territórios sob seu domínio

foram fragmentados. A Palestina que foi conquistada em 1516


pelos turcos-otomanos, foi conquistada em 1917 pela Inglaterra
até a formação do Estado de Israel em 1948. A Siria – nome
anteriormente aplicado ao conjunto da área da Siria atual,
Israel-Palestina, Libano, Jordânia, e que foi conquista otomana
em 1516, tornou-se ocupação britânica em 1918, Estado árabe-
independente entre 1918-1920 e de ocupação francesa em 1921. Os
países: Barein, Iemem Iraque, Kuweit, Omã,Pérsia Catar e a
Transjordânia passaram para o comando da Inglaterra. Creta foi

incorporada à Grécia em 1913 e o Líbano ficou sob o domínio


francês.

A França também tomava posição na região desenvolvendo um


comércio no Egito, Siria e Líbano. Enquanto isso, a Inglaterra
se expandia principalmente no Iraque e na Pérsia – atual Irã.
Sua penetração defrontou-se com os interesses do império russo
em expansão. A rivalidade anglo-russa na Pérsia, acirrada com
as descobertas de petróleo em 1901, levou à assinatura de um
tratado que estabeleceu zonas de influência ao norte e ao sul e
uma faixa neutra intermediária.
Depois da Primeira Guerra Mundial, embora os britânicos
transformassem a Síria num reino independente, a França
conseguiu assegurar seu mandato sobre a região, dividindo-a em
duas partes: Síria propriamente dita, com capital em Damasco, e
Líbano, com capital em Beirute.

A Transjordânia – atual Jordânia e a Siria formavam uma unidade

político territorial, até que a França reclamou seus direitos


sobre a Síria, em 1921. O Reino Unido passou a reivindicar seu
mandato sobre a Transjordânia - única via de escoamento para o
Mediterrâneo - do petróleo que explorava no Iraque, além de
conservar ininterrupta a rota terrestre para a Índia. Em 22 de
março de 1946, a Inglaterra reconheceu a independência da
Transjordânia, reservando-se o direito de manter forças
militares no país, mantendo na prática, sua condição de
protetorado.

A Segunda Guerra Mundial não mudou a situação. Ao contrário, em


1945, lideranças autonomistas criaram a Liga Árabe, reunindo a
Argélia, Egito, Arábia Saudita, Iraque, Jordânia, Iemem, Síria
e Líbia. A ONU – Organização das Nações Unidas, criuo condições
em 1947 para o surgimento do Estado de Israel, gerando o que
ficou conhecido até o final do século, como a Questão
Palestina.

Somente após 1940, os ingleses e franceses foram afastados do

Oriente Médio, o que legitimou o surgimento dos novos estados.


Assim, com exceção de pequenos países da península Arábica,
independentes após 1971, a maior parte dos países do Oriente
Médio obteve sua independência do Reino Unido e da França após
a década de 40.

Os anos seguintes reuniram, dividiram os árabes no


enfrentamento às potências capitalistas. Alguns, como o Iraque,
aproximaram-se da URSS. Outros, como o Irã, foram aliados dos
norte-americanos por mais de duas décadas. Uniram-se e
dividiram-se para enfrentarem Israel. Outras vezes, os árabes
entraram em conflitos entre si. No entanto, as reservas
petrolíferas, estratégicas para o capitalismo internacional,
têm servido para criar um permanente estado de desconforto e
conflitos na região. Dividir árabes ou estimular conflitos
entre eles têm sido a principal arma.

Limites geográficos e geopolíticos do Oriente Médio

Geográfico Geopolítico
O Oriente Médio é formado Inclui-se o norte da África no
pelos seguintes países da Oriente Médio devido aos
Ásia: Afeganistão, Arábia países árabes e islâmicos que
Saudita, Barein, Catar, aí se localizam. Desde o
Chipre, Emirados Árabes Egito, que possui terras na
Unidos, Iêmem, Irã, Iraque, Ásia e principalmente na
Israel, Jordânia, Kuweit, África, até Marrocos, Argélia,
Líbano, Omã, Síria e Turquia Líbia e Tunísia.

Aspectos Econômicos

No Oriente Médio, predominam duas atividades econômicas, que


ocupam grande parte da população: a pecuária, principalmente a
extensiva e a agricultura, que é realizada de duas maneiras:
tradicional e moderna.

Na tradicional, utiliza técnicas muito antigas que ocupam


grande quantidade de mão de obra. Isto ocorre em áreas
litorâneas da Península Arábica, na Mesopotâmia e nos oásis,
onde se cultiva principalmente o trigo, tâmaras e milho. Na
forma moderna, utilizam técnicas avançadas de irrigação, que

transformam áreas desérticas em cultiváveis como por exemplo,


as que possibilitam a dessalinização da água do mar.
A agricultura moderna se desenvolve principalmente em Israel
com a utilização de recursos tecnológicos avançados para
irrigação de terras situadas em clima desértico. Utiliza o
sistema de kibutz e moshav. O kibutz é uma organização
comunitária agroindustrial, que cultiva terras doadas pelo
Estado. Essas organizações são encontradas nas regiões de
fronteira, atuando politicamente, como faixa de ocupação e de
defesa em áreas de conflito. O moshav é uma cooperativa
agrícola em que a terra pertence ao agricultor. Nestas áreas, a
produção é diversificada e inclui o cultivo de verduras,
legumes e frutas.

No setor industrial, destacam-se Irã e Iraque na indústria


têxtil, devido à tradição na confecção de tapetes mundialmente
conhecidos e na indústria automobilística e siderúrgica. O
desenvolvimento dessas indústrias depende do petróleo e de

tecnologia avançada, que é controlada por grandes indústrias


transnacionais. A Turquia com suas indústrias siderúrgicas e de
cimento, e Israel com indústrias químicas e de alimentos.

Israel não exporta petróleo, mas possui uma economia sólida,


que garante um bom padrão de vida à população e não depende
apenas de um só produto importante. Alguns autores classificam
Israel como um país de Primeiro Mundo. Possui um importante
parque industrial com indústrias química, metalúrgica,
petroquímica, lapidação de diamantes, tabaco, vestuário,
armamentos, entre outras.

Petróleo

O petróleo é atualmente, o grande patrimônio do Oriente Médio.


Cerca de metade das reservas mundiais do produto localiza-se no
Oriente Médio, sobretudo nos seguintes países: Arábia Saudita,
Iraque, Kuweit, Emirados Árabes Unidos, Irã, Omã e Catar. Após
a Primeira Guerra Mundial, Inglaterra e França, que tutelavam a
região, abriram concessões às grandes empresas internacionais,
que passaram também a explorá-lo em ritmo industrial.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os países produtores de
petróleo começaram a se conscientizar da importância da riqueza
que possuíam e que estava sendo explorada por empresas
internacionais. Em 1960, alguns países produtores de petróleo,
entre eles Arábia Saudita, Irã, Iraque e Kuweit, fundaram a
OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo. Em
1968, foi criada a OPAEP – Organização dos Países Árabes
Exportadores de Petróleo. Estas organizações passaram a exigir
maior participação nos lucros das empresas estrangeiras, o que
contribuiu para acentuar os conflitos na região.

Assim, teve início a crise do petróleo, com aumento dos preços,


gerando um enriquecimento dos países produtores. Os países com
maiores renda per capita no Oriente Médio são grandes
exportadores de petróleo. No entanto, esse enriquecimento ficou
restrito a uma minoria da população do Oriente Médio que em

geral é pobre, com exceção de Israel e em parte, da Turquia.

O futuro desses países, que acumularam nas últimas décadas


centenas de bilhões de dólares com exportações de petróleo,
ainda é incerto. Eles tiveram grandes oportunidades de investir
na infra estrutura, de preparar suas economias para uma futura
redução de preços do petróleo mas pouco fizeram neste sentido.
Alguns países acabaram destruindo seus investimentos em
guerras, como o Irã, Iraque e Kuweit.

Durante os anos setenta, o petróleo atingiu os maiores preços


de sua história, chegando a mais de US$ 30 o barril. Logo os
preços foram caindo, devido o surgimento de novas reservas em
outros países exportadores. Além disso, os países ricos
investiram em novas fontes de energia como a nuclear, solar, e
biomassa, como também, criou outras formas para poupar esse
recurso. Tudo isto permitiu que a demanda pelo petróleo
estagnasse ao invés de aumentar.

Mas, o petróleo ainda é o principal gerador de energia,


responsável por cerca de 40% da produção total de energia. Das
reservas existentes no planeta, 77% já foram descobertas. A
parcela restante encontra-se em campos menores e são de difícil
exploração. Encontrá-lo está cada vez mais difícil e, extraí-lo
do fundo da terra ou do mar, cada vez mais caro e trabalhoso.

No final da década de 50, quando os geólogos apresentaram a


teoria das placas tectônicas, já havia sido encontrada a metade

de todo o petróleo existente na Terra que o homem poderá


utilizar. Foi fácil descobri-lo. Hoje em dia no entanto, a sua
exploração concentra-se em depósitos localizados em pontos
menos evidentes, e encontrá-los requer um esforço cada vez
maior.

A teoria das placas tectônicas, que apresenta a camada externa


da Terra com uma espessura entre 50 e 150 quilômetros, dividida
em placas que se movimentam vagarosa, mas incessantemente,
acabou se tornando um facilitador desse trabalho. A compreensão
das condições geológicas torna mais fácil descobrir onde o
petróleo se encontra e, ajuda também a descobrir onde ele não
se encontra. Dessa forma, os geólogos especializados nessas
pesquisas podem fazer estimativas mais confiáveis do total das
reservas com as quais o homem poderá contar, no futuro.

Sumariamente, o petróleo é uma substância, quase sempre em


estado líquido, constituída de cadeias de átomos de carbono e
hidrogênio. Forma-se na natureza por meio da separação de

moléculas orgânicas comuns, citadas na maioria dos rótulos de


alimentos que compramos no supermercado: ácidos graxos,
carboidratos, açúcares, proteínas. Qualquer forma de vida pode
fornecer estes ingredientes para a sua formação, mas o
fitoplâncton — planta unicelular aquática — é a fonte mais
abundante.

Para que o petróleo se forme, é necessário que o fitoplâncton


fique enterrado sob espessas camadas de rocha, com muito calor.
As moléculas de ácidos graxos e de substâncias semelhantes são
robustas, e podem permanecer inalteradas na rocha por milhões
de anos. O calor do planeta, contudo, consegue acelerar seus
átomos e romper suas ligações químicas, permitindo a
transformação. A temperatura da camada externa da crosta
terrestre aumenta cerca de 1 grau a cada 30 metros de
profundidade. A cerca de 3.000 metros ela já é suficientemente
alta para dar início à transformação das substâncias químicas
orgânicas srcinárias do fitoplâncton. Não muito mais abaixo,
contudo, a temperatura atinge níveis tão altos que as próprias
moléculas do petróleo começam a se separar.

Para encontrar as reservas, entretanto, não basta procurar em


locais onde sedimentos ricos em matéria orgânica jazem a cerca
de 3 000 metros de profundidade. Em sua fase inicial de
formação, o petróleo constitui-se de gotículas dispersas cuja
exploração é inviável. Ele só será aproveitável quando essas
gotículas se juntarem em enormes volumes. À medida que a

pressão aumenta, o óleo é "espremido" para fora da formação


rochosa. Como naquelas profundidades não existem grande buracos
ou túneis através dos quais possam se movimentar, as gotículas
escoam por uma rede de poros e fissuras microscópicas. Quanto
maiores as aberturas, mais facilmente o petróleo viaja, mas o
ritmo do movimento é sempre muito vagaroso, e pode ser medido
em poucos centímetros ao ano.

Como ele é mais leve do que a rocha e a água que ali existem,
consegue elevar-se airosamente à superfície, ou movimentar-se
lateralmente em direção aos pontos de menor pressão, até ficar
preso sob uma camada de rocha impenetrável. Se a camada abaixo
dessa "tampa" for extremamente porosa, pode funcionar como uma
esponja e encharcar-se de petróleo. Somente quando chega a uma
estrutura geológica desse tipo ele se torna um recurso útil
para os interesses humanos. Rochas subterrâneas em muitas
configurações diferentes podem armazenar petróleo; mas quase
tudo que se conseguiu explorar, até hoje, estava em formações

curvas ou em forma de cúpula, chamadas anticlíneos, na


linguagem geológica.
Gerações de geólogos dedicados à pesquisa de reservas
petrolíferas utilizaram mapeamentos geológicos de superfície e
sondagens sísmicas para procurar esses anticlíneos. E aí o
conhecimento da teoria das placas tectônicas foi providencial:
elas explicam como esses anticlíneos estão distribuídos. As
placas terrestres movimentam-se na mesma rapidez em que crescem
as unhas dos nossos dedos, mas seus efeitos são suficientemente
poderosos para provocar grandes terremotos e dar origem a
vulcões e cordilheiras. As cúpulas e anticlíneos costumam
ocorrer nos pontos em que as forças tectônicas espremem a
crosta terrestre, em regiões onde tenha acontecido uma colisão
de continentes ou onde a crosta oceânica esteja se movimentando
em direção ao continente, ou ainda onde os continentes estejam
se esticando em direções contrárias. Quando as camadas
horizontais de rocha são puxadas ao longo de uma falha

diagonal, algumas delas podem perder o apoio e desabar, tomando


a forma de um arco. A maioria dos depósitos está associada às
áreas para onde convergem as placas. As enormes reservas do
Oriente Médio encontram-se perto da zona de colisão entre as
placas árabe e eurasiana.

Até 1990, foram produzidos e consumidos 650 bilhões de barris;


sabemos da existência de outros 950 bilhões em campos já
descobertos, porém não explorados; supõe-se que outros 500
bilhões estejam à espera de serem descobertos.

Paisagens Naturais

O Oriente Médio localiza-se na confluência de três continentes:


Europa, Ásia e África. O estreito de Bósforo, o canal de Suez e
o estreito de Ormuz são alguns dos pontos de conflito dessa
região.

A – Estreito de Bósforo

É uma passagem estratégica da Ásia para a Europa e entre o Mar

Negro e o Mar Egeu localizado na Turquia, em Istambul. . O


Estreito de Bósforo é controlado pela Turquia desde 1453, por
ele passam navios asiáticos em direção a Europa.

B – Canal de Suez

Localizado no Egito, liga o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo,


diminuindo a distância entre a Europa e o litoral sul da Ásia.
Antes de sua abertura, os navios que partiam da Europa
circundavam a África e contornavam o Cabo da Boa Esperança para
atingir o Oceano Índico e o Pacífico. Construído no século
passado entre os anos 1859-1869 por um consórcio franco-
egípcio, passou ao domínio inglês. Em 1956, foi nacionalizado
pelo Egito. Em 1967 foi fechado, por impedir a passagem de
navios israelenses, contrariando determinações mundiais de que
Suez deve servir a embarcações de todos os países sem
discriminação, em tempos de guerra ou de paz. Como reação,
Israel invadiu a Península do Sinai, apoiado por tropas
francesas e inglesas. Foi reaberto em 1975. O Canal de Suez é o
mais extenso do mundo para navios de grande porte. Possui 163
Km de extensão.

C – Estreito de Ormuz

É o estreito por onde passa a maior quantidade de petróleo que


sai do Golfo Pérsico. Os Emirados Árabes Unidos travam uma
disputa territorial com Irã pela posse do Estreito de Ormuz.

Relevo, Clima e Hidrografia

A planície da Mesopotâmia, situada nas bacias dos rios Tigre e


Eufrates, é a mais importante área fértil e agrícola, inclusive
o berço das mais antigas civilizações humanas de que se tem
registro. Os dois rios nascem na Turquia, no maciço da Armênia.
O Eufrates, que atravessa profundos desfiladeiros na
cordilheira do Tauro e penetra na Síria, toma a direção norte-
sul. O Tigre nasce perto de Elazig, nas proximidades do
Eufrates, passa pelo lago Hazar e toma a direção sudeste,

penetrando no Iraque. Durante o percurso destes rios, os leitos


às vezes se aproxima e outras vezes se afastam, dando lugar às
grandes planícies.

A planície intermediária recebe o nome de Alta Mesopotâmia e


corresponde em linhas gerais a antiga Assíria. Na realidade
trata-se de uma meseta não excessivamente fértil, mas que
permite a irrigação utilizando as águas dn rio Tigre, cujo

leito fica numa área mais elevada. O rio Tigre recebe também,
numerosos afluentes que descem da cordilheira dos Zagros nos
limites do Irã. As margens do Tigre está situada a cidade de
Mossul.
Históra
da
dança

A dança é a mais antiga das artes criadas pelo homem.


Nas pinturas das cavernas pré-históricas, podemos ver a
tentativa dos primeiros artistas de mostrar o homem primitivo
dançando instintivamente, usando seus movimentos e gestos para
agradar vitórias, celebrar alguma festa, enfim, o homem dançava
em cada manifestação de vida.

A dança, como arte de divertir, surgiu com o teatro grego que

incluía o canto e a pantomima nos seus espetáculos dançados: os


gregos foram os primeiros a usar a dança e os gestos para
explicar as partes complicadas da histórias contada.
Os antigos romanos, combinavam música e dança com acrobacias e
números de circo para ilustrar fábulas populares.

Não só na Grécia e em Roma, mas também no Egito antigo a dança


foi desde muito cedo a maneira de celebrar os deuses, de
divertir o povo e a partir desse ritual se desenvolveram os
elementos básicos para arte teatral atual.

O ballet- clássico é o desenvolvimento e a transformação dessa


dança primitiva, que baseava-se no instinto, para uma dança
formada de passos diferentes, de ligações, de gestos de figuras
previamente elaborados para um ou mais participantes.

A história do ballet começou há 500 anos atrás na Itália. Nessa


época os nobres italianos divertiam seus ilustres visitantes
com espetáculos de poesia, música, mímica e dança. Esses
divertimentos apresentados pelos cortesãos eram famosos por
seus ricos trajes e cenários muitas vezes desenhados por
artista célebre como Leonardo da Vinci. O primeiro ballet
registrado aconteceu em 1489, comemorando o casamento do Duque
de Milão com Isabel de Árgon. Os ballets da corte possuíam
graciosos movimentos de cabeça, braços e tronco e pequenos e
delicados movimentos de pernas e pés, estes dificultados pelo
vestuário feito com material e ornamentos pesados.

Era importante que os membros da corte dançassem bem e, por

isso, surgiram os professores de dança que viajavam por vários


lugares ensinando danças para todas as ocasiões como:
casamento, vitórias em guerra, alianças políticas, etc.
Quando a italiana Catarina de Medicis casou com o rei Henrique
II e se tornou rainha da França, introduziu esse tipo de
espetáculo na corte francesa, com grande sucesso.
O mais belo e famoso espetáculo oferecido na corte desses reis
foi o "Ballet Cômico da Rainha", em 1581, para celebrar o
casamento da irmã de Catarina. Esse ballet durava de 5 a 6
horas e fez com que rainha fosse invejada por todas as outras
casas reais européias, além de ter uma grande influência na
formação de outros conjuntos de dança em todo o mundo.

O ballet tornou-se uma regularidade na corte francesa que cada


vez mais o aprimorava em ocasiões especiais, combinando dança
com música, canções e poesia e atinge ao auge de sua
popularidade quase 100 anos mais tarde através do rei Luiz XIV.
Luiz XIV, rei com 5 anos de idade, amava a dança tronou-se um

grande bailarino e com 12 anos dançou, pela primeira vez, no


ballet da corte. A partir daí tomou parte em vários outros
ballets aparecendo como um deus ou alguma outra figura
poderosa. Seu título " REI DO SOL", vem do triunfante
espetáculo que durou mais de 12 horas. Este rei fundou em 1661,
a Academia Real de Ballet e a Academia real de Música e 8 anos
mais tarde, a escola Nacional de Ballet. O professor Pirre
Beauchamp, foi quem criou as cinco posições dos pés, que se
tornaram a base de todo aprendizado acadêmico do Ballet
clássico. A dança se tornou mais que um passatempo da corte, se
tronou uma profissão e os espetáculos de ballet foram
transferidos dos salões para teatros. Em princípios, todos os
bailarinos eram homens, que também faziam os papéis femininos,
mas no fim do século XVII, a Escola de Dança passou a formar
bailarinas mulheres, que ganharam logo importância, apesar de
terem seus movimentos ainda limitados pelos complicados
figurinos. Uma das mais famosas bailarinas foi Marie Camargo,
que causou sensação por encurtar sua saia, calçar sapatos leves
e assim poder saltar e mostrar os passos executados.
Com o desenvolvimento da técnica da dança e dos espetáculos
profissionais, houve necessidade do ballet encontrar, por ele
próprio, uma forma expressiva, verdadeira, ou seja dar um
significado os movimento da dança. Assim no final do século
XVIII, um movimento liderado por Jean-Georges Noverre,
inaugurou o "Ballet de Ação", isto é, a dança passou a ter uma
narrativa, que apresentativa um enredo e personagens reais,
modificando totalmente a forma do Ballet de até então.
O Romantismo do século XIX transformou todas as artes,
inclusive o ballet, que inaugurou um novo estilo romântico onde
aparecem figuras exóticas e etéreas se contrapondo aos heróis e
heroínas, personagens reais apresentados nos ballets
anteriores.
Esse movimento é inaugurado pela bailarina Marie Taglioni,
portadora do tipo físico ideal ao romantismo, para quem foi

criado o ballet "A Sílfide", que mostra uma grande preocupação


com imagens sobrenaturais, sombras, espíritos, bruxas, fadas e
mitos misteriosos: tomando o aspecto de um sonho, encantava a
todos, principalmente pela representação da bailarina que se
movia no palco com inacreditável agilidade na ponta dos pés,
dando a ilusão de que saía do chão. Foi "A Sífilde" o
romantismo o primeiro grande ballet romântico que iniciou o
trabalho nos sapatos de ponta.
Outro ballet romântico, "Giselle", que consagrou a bailarina

Carlota Grisi, foi a mais pura expressão de período romântico,


além de representar o maior de todos os teste para a bailarina
até os dias de hoje.
O período Romântico na Dança, após algum tempo, empobreceu-se
na Europa, ocasionando o declínio do ballet. Isso porém, não
aconteceu na Rússia, graças ao entusiástico patrocínio do Czar.
As companhias do ballet Imperial em Moscou e São Petersburgo
(hoje Leningrado), foram reconhecidas por suas soberbas
produções e muitos bailarinos e coreógrafos franceses foram
trabalhar com eles. O francês, Mauris Petipa, fez uma viagem à
Rússia em 1847, pretendendo um passeio rápido, mas também
tornou-se coreógrafo chefe e ficou lá para sempre. Sob sua
influência, o centro mundial da dança transferiu-se de Paris
para São Petersburgos. Durante sua estada na Rússia, Petipa
coreografou célebres ballets, todos muito longos (alguns tinha
5 ou 6 atos) reveladores dos maiores talentos de uma companhia.
Cada ballet continha danças importantes para o Corpo de Baile,
variações brilhantes para os bailarinos principais e um grande
pas-de-deux para primeira bailarina e seu partner. Petipa
sempre trabalhou os compositores e foi Tchaicowsky que ele
criou três dos mais Importantes ballets do mundo: a "Bela
Adormecida", o "Quebra-Nozes" e o "Lago dos Cisnes". O sucesso
de Petipa não foi eterno.
No final do século ele foi considerado ultrapassado e mais uma
vez o ballet entrou em decadência. Chegara o momento para outra

linha revolucionária, desta vez por conta do russo Serge


Diaghilev, editor de uma revista de artes que, junto com amigos
artistas estava cheio de idéias novas pronta para colocar em
prática. São Petersburgos porém não estava pronta para mudanças
e ele se decidiu por Paris, onde começou por organizar uma
exposição de pintores russos, que foi um grande sucesso. Depois
promoveu os músicos russos, a ópera russa e finalmente em 1909
o ballet russo. Diaghilev trouxe para a audiência francesa os
melhores bailarinos das Companhias Imperiais, como Ana Pavlova,

Tamara Karsaviana e Vaslav Nijinsky e três grandes ballets sob


direção de um jovem brilhante coreógrafo Mikhail Fokine, a quem
a crítica francesa fez os melhores comentários.
Os russos foram convidados a voltar ao seu país em 1911e
Diaghielev formou sua própria Companhia, o "Ballet Russo",
começando uma nova era no ballet.
Nos dezoito anos seguintes, até a morte de Diaghilev, em 1929,
o Ballet Russo encantou platéias na Europa e América, devendo a
sua popularidade à capacidade do seu criador em descobrir
talentos novos, fragmento-se depois por todo o mundo.
No momento atual as peças de ballet são cheias de variedades e
contrates. Trabalhos antigos como "Giselle" e o mundo inteiro
ao lado de outros, como os baseados em romances de Shakespeare
e ainda criações recentes assinadas por coreógrafos
contemporâneos e dançadas também por bailarinos do nosso tempo.

Qual será próximo passo?

Na sua longa história, o ballet tomou muitas direções


diferentes e, por ser uma arte muita viva, ainda continua em
mudando. Mas, apesar das novas danças e das tendências, futuras
existe e existirá sempre um palco e uma grande audiência para
os trabalhos tradicionais e imortais.

De onde vem a dança do ventre


De todas as partes do Oriente incluindo Egito, Turquia,
Líbano, Arábia Saudita e Norte da África. A dança do Oriente
Médio também tem ramos na Ásia Central em culturas nômades,
tais como a beduína e os ciganos.

A dança do ventre, sendo essencialmente feminina nos


remota a ritos ancestrais de fertilidade em honra à grande mãe.
Um período de nossa história pouco conhecido que se supõe
matriarcal, e que deixou vestígios por toda Europa, Oriente
médio e Ásia. São estatuetas, feitas de barro, retratando
mulheres com seios e quadris fartos, por vezes grávidas. Um
momento em que música, dança e religião não eram atividades
separadas.
Não há um local de srcem certo da dança do ventre, certo
é que ela pertence a uma região que viu nascer várias
civilizações. E sendo a dança uma arte viva, sofreu muitas
modificações e influências até chegar aos dias atuais.
A dança do ventre é portanto uma arte que trás a riqueza
de todo esse passado. Passou por vários momentos, foi
representada nas paredes dos templos egípcios dedicados às

deusas Ísis e hathor, nos fazendo supor uma arte sagrada,


exercida pelas sacerdotisas dos templos; também esteve
representada em vasos e potes dedicados ao Deus Dionísio na
Grécia, onde até hoje é apresentada; foi amplamente retratada
em pinturas e tapeçarias como uma dança típica dos haréns dos
sultões turcos; bem como esteve presente em inúmeros relatos de
viajantes europeus ao Egito.
Com toda esta história, não é de se estranhar que seja uma
arte que nos fascina, povoa nosso imaginário, levanta
arquétipos, símbolos, remete-nos a um passado distante e
prepara-nos para um futuro.
Nos dias de hoje os grandes centro de referência da dança
do ventre são Egito e Líbano, embora ela esteja presente em
todos os países árabes. Em alguns países as restrições
religiosas praticamente baniram a dança do ventre; em outros,
ela adotou estilo próprio, como na Grécia e na Turquia.
Uma arte que exige um duro aprendizado técnico, de

preparação corporal, que será colocado em conjunto com a música


ora em movimentos lentos e sinuosos, ora em movimentos secos e
fortes ao som do "derbak". Tanto é valorizado a coreografia e a
técnica quanto o improviso e a emoção.
Dos haréns a história evolui ocidentalmen te com a promoção
causada por Hollywood, consagrando diversas bailarinas, como
Nadia Gamal, Tahia Carioca entre outras.

Curiosidades:
Os homens dançam apenas folcloricamente, tendo destaques em
danças como o Dabke, não sendo aceitos na dança do ventre
clássica, sendo justificados por sua falta de útero, que seria
o epicentro da dança.

A dança pode causar danos á saúde caso mal instruída como


lesões na lombar e joelho principalmente, sendo facilmente
evitados caso os joelhos fiquem semi flexionados, o quadril
encaixado, e o abdômen contraído durante a prática - lembrando

de toda atividade física ter sido previamente autorizada por um


médico e ser instruida por um profissional habilitado;
verifique se sua professora possui habilitação (no Brasil,
DRT).

O mito de criar barriga se dá devido ao esforço repetitivo de "


estufar a barriga " forçando o grupo muscular abdominal para
fora, deixando o aspecto de grávida. No sentido inverso, também
são utilizados movimentos de hipercontração abdominal seguido

de um relaxamento. Dessa forma, a prática da dança do ventre


funciona como um exercício abdominal, fortalecendo e definindo
a musculatura da região do ventre.

O intuito da dança do ventre não é o da sedução, sendo esta uma


imagem errada e deturpada.
Técnica da
Dança
Módulo 1
Vamos encontrar em nosso estudo e pesquisa acerca da dança
árabe, várias explicações no que concerne a esta arte. O nosso
objetivo aqui é, facilitar o entendimento do aluno com relação
a essa técnica.

Não existe uma verdade absoluta e a todos momento surgem

novidades que mudam completamente o cenário da dança.


Mas vamos trabalhar em cima da opinião e senso comum com o
objetivo de melhor orientá-la no seu aprendizado.

Dança árabe – Dança do Ventre

Em estilos, a dança se divide em:

– Clássica

– Moderna
– Tradicional

– Folclórica

As músicas árabes utilizadas para dançar podem ser:

– Clássicas

– Modernas

– Tradicionais

– Folclóricas

Ainda podemos encontrar outros estilos de dança tais como:

Andaluz – Uma mistura de dança do ventre com dança flamenca,


inspirada nos povos da região da andaluzia, na maioria das
vezes as músicas e os figurinos possuem toques de dança
flamenca
Tribal – Uma mistura de dança indiana, persa... com dança do
ventre, com figurinos e músicas característicos

Sambra – Uma mistura de dança do ventre com movimentos,


figurinos e música das danças ciganas.

Para entendermos os estilos de dança, primeiro se faz


necessário um conhecimento acerca dos instrumentos e ritmos
árabes.

A musica árabe é extremamente sofisticada e complexa.Nos shows


de Dança do Ventre e canto, nos países árabes,utilizam-se
orquestras que podem ter quatro músicos: durbakista, keyboard,
baixo e percussão. Nos shows maiores, a orquestra tem até 70
músicos, com instrumentos árabes, como o Kanun, Mázhar, Míjuez,
Alaúde, além de todos os instrumentos da orquestra sinfônica e

instrumentos eletrônicos.
História da música e instrumentos musicais
por Wafaaq Salman
Tradução e adaptações: Thiago Gabriel
Apareceu primeiro em Al-Wafaa News edição #14 Primavera, 1993
Reescrita na edição # 30 , 1997

A palavra "Musica" vem do grego "Mousiki" que significa a


ciencia de compor melodias. Qilm al-musiqa era o nome dado
pelos Arabes para a teoria Grega da musica para distingui-la de
Qilm al-ghinaa'que era a teoria prática Arabe.

A srcem da teoria Arabe da musica era uma Semita antiga que


teve impacto sobre, se nao foi a fundação da teoria Grega.
"Claro, que os Arabes e Persas possuiram uma teoria da musica
bem antes de serem influenciados pelas traduções feitas do
Grego no final do 8° e começo do 9° seculo."

No meio do 9° seculo, os efeitos das teorias musicais dos


Gregos antigos sobre a musica começaram a ser sentidas. Entre
esses temas estava os Problemas de Aristotenes e De anima, os
comentários de Themistius e Alexander Aphrodisiensis no
passado, dois trabalhos por Aristoxenus, os dois livros de
musica de Euclid e os Harmonicos de Ptolomeu, todos que foram
traduzidos para o Arabe como sabemos atraves de Al-Farabi.

A ciencia da musica agora se tornou um dos cursos do


quadrivium, e foi estudada pela maioria dos estudantes do
periodo. O primeiro a lidar com o rec'm achado tesouro dos
"Antigos" foi Al-Kindi (d.874). Sete tratados da teoria da
musica aparecem com seu nome. 4 deles sobreviveram: 3 deles
estao em Berlim e o quarto está num museu Bretão.Depois de Al-
Kindi, nos temos um intervalo de aproximadamente um seculo na
documentaçao.Seguinte a Al-Kindi estava o grande teorico Al-

Farabi. Seu Livro "Al'kitab Al'kabiir" incluia imensa e


detalhada informaçao sobre musica e instrumentos musicais.

"Al-Farabi era um bom matemático e físico, e isso possibilitou-


o para fazer justiça ao que os Arabes chamavam Teoria
Especulativa, até mesmo para nao repetir os erros dos Gregos.
Mesmo porque ele era algo mais. Ele era um musico praticante e
podia apreciar a arte tao bem quanto a ciencia, o que era mais
do que Themistius podia fazer, assim como Al-Farabi mencionou

por ele mesmo. Como um "performer" com uma reputaçao, ele podia
trazer a arte pratica para casar com as discussoes.Ainda mais,
ele era mais abrangente que os Gregos em lidar com as bases
fisicas do som, ele podia também fazer contribuiçoes valorosas
para acusticas fisiologicas, as sensaçoes da intonaçao, uma
questao que os Gregos deixaram praticamente intocada."

Al-Farabi (d.950) descreve um instrumento musical chamado Al-


Tunboor Al-Baghdadi que era usado no seu tempo. "Henry George
Farmer em seu livro; "Fatos Históricos para a Influencia
Musical Árabe.", nota que "a influencia devido ao contato com a
cultura Árabe a respeito dos instrumentos musicais é mais vasta
do que geralmente era conhecido. A srcem das palavras "lute",
"rebec", guitarra e "naker" vem do Arabe Al-'ud, rabab, qithara
e naqqara, é um fato conhecido [ver Dicionário Oxford]"

Outras palavras como adufe, albogon, anafil, exabeba, atabal, e


atambalare srcinalmente Árabes também. Derivam de Al-duff, Al-
booq, Al-nafeer, Al-shabbabe, Al-Tabl e Al-Tinbal. O adufe é um
tamborim quadrado. Outro tipo de tamborim mencionado no livro
de Farmer é um tipo redondo chamado panderete. "A palavra
equivale ao Árabe bendair." O Bendair lembra o Taar, mas sem os
disquinhos metalicos.O instrumento tem uma intonaçao como o
tambor do lado Oeste. O Taar é um outro tipo de tamborim com
pratinhos que chacoalham na lateral. O albogon, vindo do árabe

al-booq, era em um caso uma "corneta", e em outro um tipo de


saxofone melhorado pelo Sultao Al-Hakim II de Andaluzia. Al-
Shalahi (13° seculo) nos informa que os Cristãos pegaram o
instrumento emprestado pelos Árabes.O anafil era uma Trompeta
longa e delgada. Farmer menciona que "É geralmente admitido
pelos nossos antiquarios musicais que a trompeta cilindrica
veio dos Arabes."A origem das palavras atabal e atambal do
Arabe al-Tabl e do Persa al-Tinbal, é clara o suficiente
filologicamente", diz Farmer:"Isso deve vir em consequencia de

que a formadora é a palavra mais velha, e de que a mais nova


foi adotada no tempo das Cruzadas." Al-Tabl é um grande
tambor.Al-Tumboor parece ser identico a Al-Tabl. Pertence a
musica militar. Foi adotado pelas forças armadas Ocidentais
para controlarem a hora das Cruzadas. Essas bandas antes de tal
adoção eram apenas servidas por Trompetas e Cornetas.Além do
instrumento previamente citado, ha muitos outros cujo nome
Arabe ou srcem não foram bem esclarecidos. "Praticamente, toda
a familia de tambores foi para a Europa Ocidental atraves de
contato Arabe, ou foi popularizada por esse meio." Por exemplo,
o pequeno tambor (naker, timbale)que era chamado "le tambour de
Perses." O naker (srcinalmente naqqara) ou o pequeno tambor é
um instrumento timpanico com um corpo duplo hemisférico tocado
com baquetas de madeira. É um dos instrumentos essenciais usado
com Maqam e data da era Abbasida (por volta do 12° seculo)
quando Baghdad se tornou capital do Mundo Muçulmano. Dirbakka,
dunbug e Tabla são varios nomes de um tipo de tambor. Tabla é
uma palavra Árabe enquanto que dunbug, um termo usado no Iraq e
outros países do Golfo, é uma palavra Persa. A palavra dirbakka
(ou derbakki) é uma "giria" usada na Laventina (Siria, Líbano,
Jordania e Palestina.)

O Tabla tem aproximadamente 40 cm de comprimento e é tocado


tanto solto em uma das pernas ou suspenso por uma corda sobre o
ombro esquerdo e levado sobre o braço esquerdo. É batido com

ambas as mãos e produz sons diferentes quando batido próximo a


lateral e perto do meio. O Tabla Iraquiano ou dunbug que é
apenas usado no Iraque hoje tem aproximadamente 10 cm em
diametro e é especialmente usado para musica popular ou estilo
Gypsy.

O Kaithaar é um instrumento interessante dada a origem da


guitarra de dorso chapeado na Europa. Tem sido argumentado que
a palavra Espanhola guitarra (com t) é derivada do Arabe

qitara, mais do que do Grego kithara (Ki0apa) (com th). Parece


que as palavras Arabes qitara ou qithara, eram apenas usadas
quando se lidava com o instrumento Grego ou Bizantino, enquanto
kaithaar era usado para o instrumento Arabe . Henry George
Farmer diz que "até Al-ShalaHi diz que a palavra Kaithaar é
pós-classica. Ele denota uma curta definição desta por Abu Bakr
Al-Turtushi (d. 1126), que diz que esse é "um instrumento de
cordas." Mais importante, entretanto, é um verso por Ibn Abd
Rabbihi (d.940)."Entre os instrumentos de cordas, está o Arabe
qanoon, que se tornou o Europeu Kanon, Canon e Canale no mesmo
tempo.

Al-qanoon é um instrumento trapezoidal com um alcance de 3


oitavas que é tocado com o auxílio de um plectro e utilizando
os dedos de ambas as mãos. O número total de cordas pode variar
entre 64 e 82.

Quatro teoris sao propostas por escolares Arabes e Europeus a


respeito da origem do al-qanoon: Uma diz que al-qanoon é
srcinariamente Greek, outra indica que foi srcinado no antigo
Egito, a terceira diz que foi originado de um instrumento
musical retangular usado na antiga Assiria que tinha cordas
paralelas no topo de uma caixa sonora, e a quarta teoria diz
que qanoon é srcinariamente Indiano.Há varias teorias sobre a
origem da palavra qanoon também, entretanto, dados de uma

utilização mais antiga da palavra qanoon como um instrumento


"acrodophone" durante a era Abbasida, por volta do 10° seculo,
foi mencionada nas estorias das mil e uma noites.

Al-'ud possue uma forma de meia-pera com "tiras de madeira, o


'ud tem de 10 a 12 cordas, é tocado com um pequeno plectro. Mr.
Farmer em "O Legado do Islam (1931) escreveu: "O legado do
Islam para a Europa Ocidental em instrumentos musicais foi de
grande importancia.

Houveram muitos tipos distintos Arabes intruduzidos. Com esses


instrumentos vieram muitos benefícios. Menestreis Europeus,
prioritariamente devido ao contato Arabe, apenas tinham a
cithara e harpa entre os instrumentos de cordas, e eles apenas
tinham seus ouvidos para lhes gruiar enquanto entoavam. "A
srcem do al-'ud é um fato complexo de lidar. Há 6 teorias
sobre a origem do al-'ud: Uma diz que é originariamente
Sumério, a segunda diz que é Persa, a terceira que é Egípsia, a
quarta que é Ariana, a quinta que é Judia e a sexta que é
Akkadia do antigo Iraque.A palavra 'Ud vem da palavra arabe que
denota madeira. Pinturas de instrumentos tipo 'Ud foram
descorbertas em ruínas no antigo Egito e Mesopotamia. Persas e
Indianos o tocavam em tempos antigos. Entretanto, foram os
Arabes (durante a era Abbasid), que melhoraram o 'Ud, chamaram-
no assim e o passaram para o Ocidente.

Outro instrumento de corda é al-SanToor. A palavra al-SanToor


pertence a familia de linguas Semitas; Arabe, Hebraico,
Aramaico e Amharico. No Torah ou Antigo Testamento, a palavra
"p'samterion" foi traduzida para o Grego como "psalterim" e
para o Latin tornou-se "psalterium". Na tradução Arabe do
Torah, a palavra se tornou "SanTeer". Al-SanToor pertence a
familia dos chrodofones e consiste de 72 (a 100) cordas. É
trapezoide e tocado com dois pauzinhos. É dito que sua srcem é
da Babilonia antiga .Al-jawza é atualmente comum no Iraque. É

um dos principais instrumentos usados com o Maqaam. Al-jawza é


chamado assim porque é feito de Jawz Al-Hind ou Côco Indiano.
Têm 4 cordas e uma caixa sonora arredondada.Musicologistas
Arabes são capazes de traçar suas proprias formas folcloricas
da tempo antigo dos Beduinos, cujas caravanas musicais -the
huda- animavam suas vaijens desérticas.

Os outros dois instrumentos mais famosos usados na musica


Beduina são o naay e rababeh ou rebec.Rababeh é um instrumento

de uma corda simples com uma caixa sonora quadrada tocado como
um violino. O rababeh foi levado para a Espanha pelos Arabes e
distribuido a partir dela para a Europa com o nome rebec. É
usualmente referido que Al-Farabi (10° seculo) foi o primeiro a
mencionar o rababeh. Entretanto,Ali de Isphahan mencionou que o
rababeh era usado na corte de Baghdad 2 seculos e meio antes
disso. Esse instrumento é cotado como como um dos precursores
do violino Europeu. O medieval xelami é na verdade o Arabe
Zulami. Um instrumento inventado em Baghdad no começo do seculo
nono. A exabeba era uma pequena flauta lembrando a Arabe
Shabbabe ou Al-naay. Al-naay é um termo Persa. Palavras Arabes
para o mesmo instrumento podem ser beQaSaba, Shabbabe ou
minjara. Al-naay é uma flauta vertical e um dos instrumentos
mais antigos empregados na música Arabe. É apenas um simples
tubo aberto feito de cana de açucar onde o instrumentalista
sopra diagonalmente atraves da abertura. Os "cachimbos de
vento" ,flautas simples, datam de antes da idade da Pedra e
foram achados em todo hemisfério ocidental em tempos antigos.

Os instrumentos mais utilizados nas músicas árabes são:

(ver anexo 1)

ps: É importante que estudemos os ritmos árabes, pois só assim


iremos conseguir entender os diferentes estilos e tipos de
dança que possam existir.

Danças Folclóricas

Dança Baladi

Dança Gawaaze

Meleya Leaff

Dança com bastão, bastão duplo, bengala/ Raks al assaya

Dança das Flores


Khaleege

Dança do Jarro

Dabke

Dentre outros

Como folclore entendemos ser, tudo o que retrata num

determinado momento a cultura de um lugar e de um povo.Por


exemplo: Frevo, folclore do ceará. Não obstante, a dança árabe
também possui seus folclores, danças que são comuns a
determinadas regiões, que possuem figurino, ritmo e
características próprias para serem executadas.

Vamos aqui citar alguns tipos de danças folclóricas que


enriquecerão seu estudo e aprendizado na dança.

Dança dos Pescadores


Dança egípcia realizada tanto por homens como mulheres, na qual
os homens representam os pescadores e as mulheres representam
os "peixes" que estarão na rede. A rede, nesta dança pode
aparecer como um objeto real ou imaginário, através de mímica.
O ritmo usado é o Fallahi. O traje é de marinheiro, coletes,
calças e bonés típicos.
Port said é uma cidade no litora do Egito,tal é Port Said. A
sua construção foi determinada pela necessidade de haver um
vasto porto, que fosse uma estação de navios, à entrada do
canal, e primitivamente, para que engenheiros, maquinistas,
directores de obras tivessem um centro.

Dança Baladi ou Dança Folclórica Urbanizada


Muito difundida no Egito aonde as moças do campo vem para
cidade grande e mostram suas raízes. O Baladi é quase sempre
uma dança improvisada representada por movimentos suaves e
ritmados por uma mulher que dança para sua aldeia.
Dança de camponesas egípcias com pouca ou nenhuma movimentação
de braços e deslocamentos e ênfase nos movimentos de quadril. O
Baladi é uma dança popular dançada em caráter solo. Sua música
contém improviso de um músico solando (taksim) e histórias de
amor cantadas chamadas mawales. A partir desta dança novas
"correntes" expandiram-se e através das várias influências que
sofreu: ásiática, conferindo-lhe graça e postura, Índia e
Pérsia, movimentos da cabeça, mãos e braços e da Turquia as
ondulações, fizeram surgir um novo estilo de dança, a Raks el
Sharqi , a dança clássica do mundo árabe.

Quando se fala em daça Baladi não a como não falar de

Fifi Abdo

A bailarina de maior sucesso atualmente no Egito. Dotada de um


quadril incrívelmente potente na sua dança, forte e
impressionante. Foi empregada
descobriu seu talento doméstica
e iniciou sua de Ganhou
carreira. um músico que
destaque
ao demosntrar a força de seus quadris nos movimentos do baladi
puro. Fifi de sempre, o mesmo jeito de moleca, de menina
baladi. A inovação fica por conta da Fifi cantando e de umas
loucuras inusitadas que ela faz como, por exemplo, dançar um
baladi escalando e fazendo uns movimentos no solo. Masa gente
perdoa essas coisas, afinal, se não ousasse, não era Fifi...

Em destaque tbem temos !


Najua Fouad
Foi a maior bailarina do Líbano. Ainda ministra aulas mas sua
performance decaiui muito após seu envolvimento com dogras na
década de 70.

Hagallah
Essa dança de celebração é realizada pelos beduínos da região
de Mersa Matruh, próximo à Líbia. Relacionado ao kaf (palmas).
O Hagallah é encontrado também em outras partes do Oriente
Médio. Acredita-se que a palavra Hagallah, venha do árabe
hag'l, que designa "saltar, pular". É realizado junto dos
noivos no Zaffe (procissão), que corresponde também à época de
colheita.
Hagallah refere-se à dança, música e esta celebração.
Familiares e amigos acompanham com cantos e palmas, mostrando
sua solidariedade para com os noivos. A figura central da festa
é uma bailarina, que pode ser membro da família da noiva. A
bailarina pode estar total ou parcialmente coberta por véus.
Ela dança à frente de um homem, denominado de kefafeen. Esta
dança não representa uma disputa entre homens e mulheres, mas
denota o poder entre estes gêneros, suas graças.
A mulher caminha com passos curtos e shimmies à frente da
procissão. Ela pode portar um bastão ou um véu em suas mãos. O
bastão não é manuseado como na dança Raks Al Assaya. No Iraque,
há uma versão para o Hagallah, onde a bailarina porta uma
espada e os homens tentam tirar seu véu. Algumas vezes o
resultado é desastrosos, podendo haver feridos.
O jogo sedutor na festa de casamento é muito complexo e hoje se
encontra deturpado nas grandes cidades. No final da cerimônia,
a bailarina ajoelha-se diante do kefafeen e entrega seu bastão
ou seu véu. E ele lhe dá um ou dois braceletes como símbolo de
força e sorte diante da nova proposta.

Raksat al Assaya

Pertencente ao repertório masculino o conhecido Tahtib, porém,


tem seu lado feminino raksat al assaya. O uso deste por elas
pode possuir um efeito figurativo. Ao desarmar o homem, a
mulher egípcia toma o seu bastão, demonstrando sua graça e
habilidade, e pretendendo igualar-se ao companheiro.

Hoje, esta dança é conhecida mundialmente e nos últimos anos


vem fazendo parte das apresentações de dança oriental. Inserida
no con texto folclórico egí pcio pel o mestre e coreógrafo
egípcio Mahamoud Reda, onde uma das primeira bailarinas a a
dançar com o bastão fora Fifi Abdo. Os instrumentos típicos
para o Said são o Tabla (instrumento de percussão, parecido com
um grande tambor), o Mizmar (instrumento folclórico de sopro) e
o Rebaba (viola de uma ou duas cordas tocadas com um arco feito
de crina).

Os principais movimentos com o bastão são: os giros verticais,


horizontais e transversais sempre em harmonia com o trabalho
dos giros, deslocamentos e etc... Requer muita habilidade do
bailarino. A precisão e a destreza são fundamentais
contrastando com alguns movimentos brutos. Deve-se ter cuidado
pois, na tentativa de atingir uma maior velocidade no giro do
bastão, o movimento torna-se "pesado" quando não se treina o
suficiente.

A apresentação normalmente é acompanhada de palmas das pessoas


que assistem. O traje deve ser fechado. Como vestidos ou as
galabias que são as mais utilizadas . Podem ser um pouco mais
folgados, preferencialmente com aberturas laterais para o
deslocamento. É uma dança muito forte e geradora de muita
alegria e entusiasmo.
As musicas adequadas são os ritmos folclóricos, Said puro , ou
said+baladi seguido do maqsoum, malfuf.

Ritmos folcloricos para dança com Bastão

Maksoum
Compasso 4/4, é um ritmo muito forte, no que se refere ao
sentimento de animação.
É considerado uma forma mais acelerada do ritmo baladi. Maksoum
significa "cortado ao meio", alguma coisa que foi partida pela
metade, isto deve-se provavelmente ao seu acento forte no
contratempo entre o tempo um e dois.
Sua diferença em relação ao ritmo Baladi é que o Maksoum
principia-se com um Dum enquanto o Baladi, com dois Duns. É
amplamente utilizado na música moderna egípcia. Possui duas
variações, uma rápida (normal) e uma lenta. Se tocado da forma
mais lenta, torna-se uma variação de Masmoudi.
O Baladi e o Maksoum são os ritmos básicos da música árabe.

MAKSOUM

Destros Direit Dum-D D,Dum, D


a
Canhoto Esquer Dum-D D,Dum, D
s da

Dum-ta ta,Dum ta

Said
Traduzido diretamente para o português significa feliz, é um
ritmo árabe bastante popular executado em ocasiões festivas.
Na essência, Saaid é um Maksoum com sabor diferente. Muito
popular no alto Egito, é o reverso do Baladi. Os dois Duns que
iniciam o Baladi, aqui são encontrados no centro do compasso.
Usualmente tocado de forma acelerada, possui acentos fortes,
com sobreposições de graves por todo o compasso.
Algumas vezes, o Saaid é tocado com uma antecipação do primeiro
tempo, o que lhe dá uma característica mais quebrada e rica.
Ritmo 4/4, srcinário de El Saaid, no Alto Egito, era chamada
srcinalmente Raks Al Assaya ou Dança da Bengala, dançada por
mulheres e é uma versão suave e muito mais delicada que a dos
homens.
Tradicionalmente usado para "Tahtib", uma dança marcial
masculina, na qual os homens simulam lutar com longos bastões
que fazem às vezes de uma arma. Seus movimentos são fortes,
ágeis, marcados por saltos, giros e batidas de bastões.

SAID
Destros Direit DumD Dum,dum-D
a
Canhoto Esquer Dum,E Dum,Dum,E
s da

Dum,ta DumDum,ta

Baladi
Compasso 4/4, é sem dúvida o mais conhecido e mais utilizado
ritmo para a dança do ventre.
Este é um ritmo inserido no grupo dos derivados do Maksoum.
Maksoum simples é a base de muitos ritmos e especialmente
importante na música egípcia. Se você escuta música oriental
com acompanhamento de percussão, certamente reconhece o
tradicional DT-TD-T do Maksoum.
O Baladi é uma versão folclórica do significado da terra, do
campo e envolve no Egito um pouco de regionalismo Maksoum,
caracterizado pelos familiares dois dums que lideram a frase. A
palavra Baladi significa meu povo, pode representar a terra
natal e tudo o que tenha srcem popular. Este ritmo é muito
típico e o mais executado pelos músicos e cantores pop,
principalmente no Egito, já que possui forte apelo comercial.
Sempre seus acentos devem ser muito bem representados durante a
dança. O Dum duplo tende a submergir quando há acompanhamento
melódico por isso, às vezes, pode não ser ouvido de imediato,
então utiliza-se como base, uma versão simples de Maksoum.
Existem inúmeras variações do Baladi; e algumas possuem seu
próprio nome, como por exemplo o Masmoudi Saghir (Masmoudi
"pela metade"). Alguns músicos afirmam que o Baladi é, na
verdade, uma versão folclórica do Maksoum.

BALADI D2

Destros Direit Dum-Dum DED, Dum-DED


a
Canhoto Esquer Dum-Dum EDE, Dum-EDE
s da

Dum-Dum taka-tá, Dum taka-tá


(emenda) taka-dum-dum taka-tá, Dum taka-tá

BALADI 1D

Destros Direit Dum DDED, Dum-DED


a
Canhoto Esquer Dum EEDE, Dum-EDE
s da

Dum tatakata, Dum taka-tá


(emenda) taka-dum taka-tá, Dum taka-tá

Malfouf
Ritmo 2/4 egípcio bastante utilizado na Dança do Ventre,
sobretudo nas entradas e saídas do palco, porque fornece uma
conexão com os fluxos dos movimentos.
O ritmo Malfouf também é chamado de "Laff" no Egito e significa
"algo embrulhado, enrolado".
Seus acentos nos Tácks dão um sabor especial. É muito similar
ao nosso baião. Usado também em alguns folclores árabes e
danças específicas, como por exemplo, o "Melea-Laff", a dança
do lenço
dança enrolado, típica egípcia e também "Raks El Shamadã", a
do candelabro.
Na primeira dança citada ele é mais acelerado e na segunda ele
é mais calmo.
Malfouf é comum também no acompanhamento nas danças de grupo e
coreografias modernas ou tradicionais. Durante espetáculos de
dança do ventre é utilizado como "ponte" de movimento, ou seja,
faz a passagem de uma situação cênica para outra.
Para o estudo você pode desenvolver uma versatilidade de
deslocamentos com a utilização do Malfouf.
Laaf
MALFUF

Destros Direit Dum DEED Dum-DEED


a
Canhoto Esquer Dum EDDE Dum-EDDE
s da

Dum taka-katá, Dum taka-katá

Ayubi
É um ritmo 2/4 simples e rápido, usado para acelerar (ou
"aquecer") uma performance. Ele se encaixa bem com outros
ritmos e geralmente é utilizado para "acentuar" outro ritmo.
Não é executado durante tempos muito longos, pois torna-se
monótono. É bem parecido com o ritmo Soudi.
AYOUBI

Destros Direit Dum-DE-D,Dum DED,Dum


a
Canhoto Esquer Dum-ED-E, Dum-ED-E,Dum
s da

Dum-taka-tá, Dum taka-tá,Dum

Dum-Dum taka, Dum-Dum, taka, Dum-Dum-taka

Comum e claro, é tocado no oriente desde a Turquia até o Egito.


Lento para a dança tribal do norte da África, chamada "Zaar",
que é realizada para afastar maus espíritos. São feitas
oferendas de caças, carneiros, cabras, novilhos ou camelos
jovens, num tipo de ritual.
No Marrocos, numa versão mais acelerada, é presente no folclore
e é tocado num compasso de 6 tempos. O som dele, dizem alguns,
ilustra em forma de música o andar dos cavalos no deserto.
Existe uma dança típica beduína que pode ser apreciada no
Egito, onde um homem monta sem cela um cavalo árabe e comanda
os movimentos do animal com seus pés. A música tem como base
rítmica o Ayubi e a melodia desenhada por mizmar (flauta). Tudo
permeado de improviso.
Quando tocado com dois Duns, chama-se "Bayou".
Na dança, Ayubi aparece em momentos de transição na música e
você necessita usar de criatividade, pois ele por si só é
linear e não provoca inspiração gratuita.
Atualmente este ritmo é executado dentro de espetáculos de
dança, mas sem o objetivo ritualístico.

DABKE E THATIB

A dança em si , é usada como forma de laser, mas principalmente


como arte que desenvolve a criatividade do prat icante, na
beleza dos movimentos do corpo, e na harmonia da música, que
traz nas melodia lembranças dos costumes e tradições. O
ato de dançar o dabke despertando a alegria, o amor e a
felicidade dos dias festivos das colheitas na primavera.

Origem e significados do Dabke

A palavra Dabke traduzida significa, bater os pés . sendo que


um dabíke significa um homem que dança o Dábke (a pronuncia
correta da palavra acentuada). Nos tempos mais remotos o dábke
era praticado apenas pelos homens, por isso que é conhecida
como dança masculina.
Surgiu na região das montanhas do Líbano e por influência de
povos semitas, Berberos e povos de diversas outras regiões,
pois como conhecimento histórico o Líbano foi palco de diversas
invasões, como conseqüência a cultura foi sendo lapidada aos
poucos.
Em tempos antigos, antes de forros estáveis serem instalados
nos lares Libaneses. Seus forros planos eram feitos de galhos
de árvores que eram tapados com barro. Quando aconteciam as
mudança de estação, especialmente o inverno, o barro rachava e
consequentemente surgiam as goteiras em tempos chuvosos, era
necessário um conserto.
O dono da casa chamava seus vizinhos para ajuda- Al-Awneh- e os
vizinhos iriam subir no forro. Eles seguravam as mãos, formavam
uma linha e começavam a bater os pés enquanto caminhavam sobre
o forro com a finalidade de ajustar o barro.
Depois de um tempo, Al-Awneh, ficou conhecido como Dalunah, uma
forma improvisada de Dabke cantado e dançado era para manter o
compasso que era acompanhado por poucos instrumentos apenas um
primitivo derbake de pele de peixe com estrutura de barro, uma
table, acompanhados por um, na y e um mijwiz instrumentos
musicais primitivos, marcavam o ritmo dos homens, que
trabalhavam na correção das rachaduras dos telhados das casas
feitas de argila. O ritmo primitivo conhecido como Dalunah,,
tornou-se a base de todos os dabke´s, existentes. Como no
inicio Dalunah, uma fo rma improvisada de Dabk e cantado e
dançado. Ele era usado para manter os homens trabalhando no
tempo frio (isso estimulava maior energia pela pressão
sangüínea). Conforme o tempo emergiu, a dança Dabke se tornou
uma das tradições Libanesas mais famosas. Hoje o Dabke é
performance em toda casa Libanesa. O Dabke anima a vida, quando
amigos e parentes se juntam em volta do mezze (petisco)
Libanês com arak ou vinho e começam a praticar a dança..
Uma curiosidade imposta por Tasha Banat, ele diz que o dabke às
vezes é dançado com um bastão, mas que não tem nenhuma relação
com o Tahtib ou dança da bengala egípcia (Said). Ele diz que
quando um galho reto de oliva é encontrado (algo muito incomum,
considerando o jeito que as oliveiras crescem) é considerado
sinal de boa sorte. O ramo pode ser retirado da árvore e
esculpido em forma de uma bengala sem gancho, em geral em
espiral. Então ele é levado durante a dança e pode ser
balançado ou segurado no alto, para enfatizar, mas não é usado
como instrumento marcial como o Assaya é no Tahtib... é apenas
um símbolo de boa sorte! restaurantes, buffets e demais
eventos.

Introdução das Mulheres no Dabke

Como o passar dos ano as mulheres, as mulheres passaram a


fazer parte do dabke, dançando um dabke misto ou um estilo
tipicamente feminino com seus trajes medievais, típicos ou
tradicionais. Nos dabkes mistos normalmente as mulheres tomam
a posição ao lado esquerdo do cônjuge ou parceiro sendo que nos
desenho coreográficos uma das mulheres destaca-se tanto pelo
traje como pela posição que ocupa pois ela será responsável
para puxar todas as demais mulheres no seu grupo. Assim como o
Ras o homem principal, ou ponteiro que puxas o dabke nas longas
correntes humanas que se formam.
Os desenho dos passos femininos em comparação aos
masculinos são mais suaves com marcações de pés, mas leves e
sem as queb ra de mov imento muitas vezes utilizadas pelos
homens. Como as populares caídas, abaixadas, pulos e saltos,
conhecidos como mortal Árabe.

Desenvolvimento do dabke

Tipicamente Libanesa.
Nos dias de hoje o dabke tornou-se a dança tradicional e
Nacional do Líbano é representada po r todo o país, por
dançarinos.
Também dançasse o dabk e nas reg iões da Sír ia, Palestina e
Jordânia
Cada país te seu estilo próprio mas sem fugir as tradições.
No inicio usava-se roupas tradicionais montanhesas. O tema da
dança sempre está ligado á vida cotidiana nas aldeias.
As músicas populares com seu estilo próprio seguiam sem limite
para parar, sendo assim, pode-se dançar o Dabke durante vários
minutos sem intervalos .
Com o passar dos anos as musicas foram ganhando novos
instrumentos, e consequentemente o dabke foi sofrendo
influências de out ros passos, atualmente, usam-se, muitos
passos de bale clássico, os cantos ainda tradicionais ganharam
uma nova roupagem e deu espaço a peças teatrais, surgindo
grandes obras Clássica ou modernas Árabes.

Convém ressaltar alguns tipos de cantos que foram se formando


ao longo dos ano s, cantos este ti picamente utilizados, em
situações especificas como as músicas Liturgicas no estilo as
quais são religiosas e não podem ser dançadas, normalmente
utilizadas para funerais ou orações outro estilo mais comuns
como o dalaouna qu e consiste em colocar uma sufixo com
terminação ouna no termino de uma estrofe, existem outros
ritmos que diferem os cantos dos dabkes mas na sua execência
todos os dabkes trazem em suas poesias, uma historia de um povo
sofrido, o canto de marcha dos soldados, uma canção de amor,
as boas nova de um casamento na colônia, ou simplesmente
festejando uma boa colheita de trigo ou tâmaras.

Métrica Rítmica

Ao contrário das musicas americanas, latinas e européias, as


músicas de dabke na sua grande maioria, tanto as clássicas com
a populares, não seguem a velha regra dos 44 compassos . Assim
como a mús ica , a dan ça segue no mes mo trajeto, pois as
marcações estão na sua maioria em contra tempos quebrados em
três e meio, quatro e meio ou seis e meio dependendo do ritmo a
ser empregado. E da forma com que a coreografia é desenvolvida.
Os dabkes populares, são formados por músicas típicas, e na
sua maioria com mais de um ou dois séculos que foram editadas.
Estas músicas foram ganhando novas roupagens ao passar dos
anos e sem perder o contesto histórico que trazem nas
letras as tradições do povo a que se refere. Os dabkes
clássicos na parte música são cantos longos com uma introdução
longa do solar de um cantor, que através de seu canto conta uma
história que pode ser interpretada pelos dançarinos, assim
como uma opera musical. Este estilo é muito comum em festivais
como o Famoso Festival de Balbek realizado anualmente no mês de
setembro.
Na prática, o dabke popular é desenvolvido em filas que podem
se quebrar em formações geométricas variadas. Os dançarinos
podem dar as mãos ou colocá-las no quadril, com os cotovelos
para fora. O líder é quem determina os passos da dança, guiando
da ponta da fila girando seu lenço branco ou masmah no tempo da
batida. Quando os outros dançarinos estão acompanhando
devidamente, ele começa a enfeitar o passo que acabou de criar
com pulos, giros e viradas em que for hábil. Ele pode sair da
fila e se mover nela para fazer passos sozinho ou desafiar os
outros a dançarem sozinhos. O líder fica na ponta direita da
fila, mas há pelo menos uma exceção notável, que é a
(hora/debka) israelita, onde o líder fica na ponta esquerda da
fila e esta move na direção oposta. O ritmo pode ser uma marcha
reta e batida de pé, ou pode vir intrinsecamente sincopado. Os
movimentos dos dançarinos variam de uma pisada à frente a um
passo contínuo simples, dobrar o joelho várias vezes, uma
combinação de pulo e chute e o batimento ritmado com o pé. Há
também pulinhos, saltinhos e movimentos trabalhados com os pés.
O sentimento (sensação) da dança é ditado pelos músicos
particularmente o flautista tocando o Ney e pelo RAS (líder).
A vantagem da flauta e também da table, na dança é que aquele
que as toca, também pode participar da dança. Às vezes seu
toque parece levar os dançarinos a um transe onde eles andam
arrastando de sacudindo por muito tempo sem mudar o passo.
Outras vezes ele pode incentivar pulos, gritos e até exaustão.
Essa dança é realizada por grupos profissionais em
apresentações e também por pessoas comuns em festas de
casamento, etc...

Ritmos Para Dabke

Jabalee
Basicamente folclórico, os jabalees são pessoas muito simples,
que moram nas montanhas do Líbano.
Dança de roda usado muito nos países árabes, para comemorar um
casamento ou algum acontecimento de muita alegria.
JABALEE

Destros Direit Dum,Dum,Dum,Dum,Dum-


a DE,DE
Canhoto Esquer Dum,Dum,Dum,Dum,Dum,
s da ED,ED

Dum,Dum,Dum,Dum,Dum Taka, Taka


Dum,Dum,Dum,Dum,Dum, Taka taka

Malfouf
Ritmo 2/4 egípcio bastante utilizado na Dança do Ventre,
sobretudo nas entradas e saídas do palco, porque fornece uma
conexão com os fluxos dos movimentos.
O ritmo Malfouf também é chamado de "Laff" no Egito e significa
"algo embrulhado, enrolado".
Seus acentos nos Tácks dão um sabor especial. É muito similar
ao nosso baião. Usado também em alguns folclores árabes e
danças específicas, como por exemplo, o "Melea-Laff", a dança
do lenço enrolado, típica egípcia e também "Raks El Shamadã", a
dança do candelabro.
Na primeira dança citada ele é mais acelerado e na segunda ele
é mais calmo.
Malfouf é comum também no acompanhamento nas danças de grupo e
coreografias modernas ou tradicionais. Durante espetáculos de
dança do ventre é utilizado como "ponte" de movimento, ou seja,
faz a passagem de uma situação cênica para outra.
Para o estudo você pode desenvolver uma versatilidade de
deslocamentos com a utilização do Malfouf.
Laaf
MALFUF

Destros Direit Dum DEED Dum-DEED


a
Canhoto Esquer Dum EDDE Dum-EDDE
s da

Dum taka-katá, Dum taka-katá

Ayubi
É um ritmo 2/4 simples e rápido, usado para acelerar (ou
"aquecer") uma performance. Ele se encaixa bem com outros
ritmos e geralmente é utilizado para "acentuar" outro ritmo.
Não é executado durante tempos muito longos, pois torna-se
monótono. É bem parecido com o ritmo Soudi.
AYOUBI

Destros Direit Dum-DE-D,Dum DED,Dum


a
Canhoto Esquer Dum-ED-E, Dum-ED-E,Dum
s da

Dum-taka-tá, Dum taka-tá,Dum

Dum-Dum taka, Dum-Dum, taka, Dum-Dum-taka

Comum e claro, é tocado no oriente desde a Turquia até o Egito.


Lento para a dança tribal do norte da África, chamada "Zaar",
que é realizada para afastar maus espíritos. São feitas
oferendas de caças, carneiros, cabras, novilhos ou camelos
jovens, num tipo de ritual.
No Marrocos, numa versão mais acelerada, é presente no folclore
e é tocado num compasso de 6 tempos. O som dele, dizem alguns,
ilustra em forma de música o andar dos cavalos no deserto.
Existe uma dança típica beduína que pode ser apreciada no
Egito, onde um homem monta sem cela um cavalo árabe e comanda
os movimentos do animal com seus pés.
O ritmo tbem surgem como base em músicas para dabke, na versão
para dabke ela ganha um toque acelerado alternando entre outros
toques. A música pode ter como base rítmica o Ayubi e a melodia
desenhada por mizmar (flauta). Tudo permeado de improviso.
Quando tocado com dois Duns, chama-se "Bayou".
Na dança, Ayubi aparece em momentos de transição na música e
você necessita usar de criatividade, pois ele por si só é
linear e não provoca inspiração gratuita.
Atualmente este ritmo é executado dentro de espetáculos de
dança, mas sem o objetivo ritualístico.

UM POUCO SOBRE O POVO BEDUINOS

A península arábica localiza-se na Ásia ocidental, entre o mar


Vermelho, o oceano Índico e o golfo Pérsico; é quase tão grande
quanto a Europa ou a Índia, mas, ao contrário destas, é uma
região árida. Com exceção das regiões montanhosas do sudoeste
(Iêmen), a maior parte dos seus três milhões de quilômetros
quadrados apresenta um clima desértico, que dificulta a
sobrevivência do homem.
Apesar disso, sabe-se hoje que as primeiras tribos cruzaram
esse deserto em cerca de 1500 a.C., época em que ocorreu a
domesticação do camelo. O povo árabe era formado por tribos de
beduínos, que viviam do pastoreio. A escassez das chuvas nas
regiões desérticas impôs a esse povo um deslocamento constante
em busca de pastagens para os animais. Na região sul da
península, a ocupação deu-se de maneira mais perene: no Iêmen
as primeiras povoações surgiram antes da domesticação do
camelo. No início da era cristã, surgiram ali alguns remos
poderosos. Nas regiões mais ricas em chuvas e nos oásis mais
férteis, algumas cidades cresceram através do comércio de
caravanas que percorriam o interior do deserto.
Antes do século VII, ou seja, antes do surgimento do islamismo,
o povo árabe estava dividido em dois grupos: os árabes do
deserto, no interior da península, e os árabes das cidades, no
sudoeste da península; o traço de união entre esses grupos era
a língua. A tribo era o fundamento de toda a vida social e
política. A manutenção dessa ordem tribal era reforçada pelas
leis de solidariedade, que tornavam a segurança de cada um de
seus membros uma questão de interesse coletivo:
cada membro da tribo podia mobilizar todo o grupo quando se
sentisse ameaçado; ao mesmo tempo, qualquer membro de tribo
inimiga podia ser alvo de uma revanche.
Esse principio de solidariedade tribal reforçava os laços de
união entre os membros de cada tribo e acentuava os
particularismos.
O COMÉRCIO DE CARAVANAS
A região do Iêmen era ligada à Palestina por uma rota de
comércio de caravanas que atravessava o interior do deserto.
Algumas cidades, ao longo dessa rota, surgiram e prosperaram.
Para proteger esse comércio e atrair as tribos vizinhas,
algumas dessas cidades criaram as “casas de Deus”, templos para
a adoração coletiva dos deuses de cada tribo. Realizavam,
também, feiras anuais, durante as quais se impunha uma paz
sagrada entre as tribos rivais, garantindo a tranqüilidade
necessária para as transações comerciais.
Duas cidades se destacaram nessa época:
· Iatreb, situada no oásis do mesmo nome, era particularmente
fértil e se tomou rica graças à cultura de tâmaras e cereais,
que se destinavam a mercados distantes, às caravanas e às
tribos beduínas que visitavam seus mercados.
· Meca, um pouco mais ao sul de Iatreb, tomou-se grande centro
comercial e de peregrinação, graças ao templo da Caaba, pedra
mística que atraía, anualmente, milhares de peregrinos.
As cidades da Arábia eram habitadas por comerciantes e
artífices e governadas por um conselho de representantes das
famílias mais poderosas e ricas de cada tribo.

A dança
A dança tambem esta presente na cultura de algumas tribos de,
que cavolga pelos deserto com seus belos puro sangues cavalos
de srcem arabe, muito bem retratados nos contos, a danças de
estilo forte, marca a expressão viril, das tribos guerreras que
até hoje ainda cavalgam pelo deserto.

Tahtib

Originaria de El Said, região do alto Egito, Nos tempos


antigos, quando chegava o final da tarde, os pastores que
tangiam rebanhos com bengalas ou bastões dançavam alegremente
com suas famílias, nos Oásis e em volta das tendas, nas noites
enluaradas.

Sabemos que o uso do bastão faz parte da dança "tahtib", e este


instrumento, que hoje é usado como forma de adorno ou para
demonstrar habilidades, símbolo de virilidade entres os homens
o bastão, também serviu em tempos remotos como arma de defesa e
ataque nas lutas e combates.
O tahtib pode ser dançando com um ou dois bastões sendo eles de
preferencia retos e maciços, os bastões srcinais são pesados
por serem feitos de cana egipcia uma especie do cana reino.
Atualmente temos encontrados bastões feitos em taquara ou bambu
por serem mais leves para o manuzeio

Ritmos para dançar Tahtib


Maqsound : dum tak takdum ta
Said Dabke: tak dum tak dum taktak dumdumdum ta
Laff : dum taktak dum taktak dum
São três ritmos básicos muitas vezes executados na sua raiz
mais simples, com marcações bem fortes e caracteristicas.

O que é FallaHeen
A palavra Fallaheen (falahi) vem da palavra felahin, a qual se
refere as pessoas do meio rural que tem como atividade
principal a agricultura.
Berço de uma das mais importantes civilizações antigas, o Egito
é um dos primeiros paises do mundo onde a agricultura começou a
ser praticada. Apenas 4 % das terras egípcias são aproveitadas
para o cultivo já que 95% do território é dominado pelo deserto
as exceções são a costa do mar Mediterrâneo e as margens do rio
Nilo.
O Nilo é fonte de vida e de trabalho do povo egípcio. Por isso
90% da população concentra-se numa estreita faixa de terra de
50 mil kilometros quadrados.
Deste que a barragem de Assuã foi ampliada em 1969, deu-se
irrigação para prática da agricultura o ano todo o que não
ocorria anteriormente pois só era praticada pelos fallahens
quando ocorriam as cheias do Rio. Os produtos mais cultivados
por estes povos são algodão cana-de-açúcar, cravo da índia,
milho, arroz, trigo e tomate.

Musica
Falahi tem é o nome q se da a o ritmo utilizado por este povo
nas sua celebrações, ele tem significado semelhante ao
maksound.
Dependendo do sentido da canção , palmas podem ser
substituídas, por batidas regulares ou nenhuma das duas são
usadas. As mãos para este ritmo são muito importantes. Todas as
variações podem ser tocadas em uma certa ordem e num tempo
determinado elas podem também ser usadas numa batida básica, ao
fundo dando sustentação a outros ritmos.
Você pode usar um pouco das variações do maksound por falahi,
se você toca-las em um longo tempo .
O tempo mais longo é o mais simples para estas variações.

O traje
A vestimenta fellaheen é simples e bás ica na mulheres uma
galabia com babados e com os cabelos cobertos por um longo véu
e uma espécie de tiara.

ritmo

Maksoum
MAKSOUM
Destros Direit Dum-D D,Dum, D
a
Canhoto Esquer Dum-D D,Dum, D
s da

Dum-ta ta,Dum ta

FALAHI

Destros Direit Dum-D-E D,Dum, D


a
Canhoto Esquer Dum-D-E D,Dum, D
s da

Dum-ta-ka ta,Dum ta

Raksat Al Mannadil

Conhecida como dança dos lenc inho, é um est ilo folclórico


extremamente feminino.
Tem como rítimo base um saffe ( ritmo egipcio ) porem a dança
é praticada no Líbano.
Durante as festividades das colônias e Pequenos festivais

Raksat Ghawazee

Leyla bint ish-Shamaal é a pessoa que escreveu o artigo a


seguir. Eu apenas traduzi para que todas que ainda não podem
ler em Inglês também possam aproveitar as informações abaixo.

Lulu Sabongi 25 de novembro 2003

As ghawazee são as dançarinas públicas existentes no Egito.


Hoje em dia se usa o termo ghawazee pra qualquer dançarina que
se apresente em eventos ao ar livre, como casamentos de pessoas
simples ou festivais religiosos. Durante algum tempo, mesmo no
ápice do período islãmico clássico, de 800 ac até 1300 ac, o
termo ghawazee, que pode ser traduzido como " invasores do
coração", provavelmente se referia as dançarinas livres que se
apresentavam publicamente e aos cantores, pertencentes ao
Nawar, descendentes dos ciganos Romanis, que migraram para o
sul do Egito, na área rural durante a Idade Média. Instrumentos
musicais antigos como Mijwiz e o Rebab, representados nas
paredes de tumbas egípcias, são ainda hoje utililizados pelos
músicos nawar. Os movimentos das ghawazee assim como sua música
tradicional não parecem ter se modificado com o tempo. É como
se pouco ou nada tivesse sido tocado pela modernidade.

Nos últimos 20 anos, uma família de músicos e dançarinas do sul


do Egito se tornou famosa. As Banaat Maazin, literalmente ,
filhas de Maazin, tem sido dançarinas por gerações, e são muito
conhecidas por seu estilo peculiar nas apre sentações. Elas
aprenderam a dança de suas mães e avós. O patriarca , Yusef
Maazin, morreu há muitos anos atrás, e agora apenas Khairecya,
a mais nova das filhas de Maazin, ainda se apresenta. Suas
irmãs e primas se casaram, o que geralmente encerra a carreira
de uma dançarina, ou se aposentou por outra série de razões,
incluindo a falta de trabalho em função da pressão exercida
pelo ressurgimento dos grupos fundamentalistas muçulmanos.
Yusef não tinha filhos para se tornarem músicos ou gerenciarem
as dançarinas perpetuando os negócios da família. Como a
história da família se perdeu, a tradição oral deste estilo de
dança também pode desaparecer porque as filhas se recusam a
aceitar que suas crianças cresçam na mesma profissão familiar.

Em sua forma típica de dança folclórica Egipcia, a seqüência


ghawazee não é coreografada, em lugar disso, as dançarinas,
usualmente tocando sagat, e músicos seguem um programa musical
familiar que não tem uma estrutura fixa, com configurações
típicas de dança, intercaladas com esquemas de entretenimento,
como por exemplo ter um Rabeb colocado sobre o peito da
bailarina enquanto está sendo tocado. As dançarinas
freqüentemente imitam as danças tradicionais masculinas, como o
tahteeb ou danças de luta, ou mesmo a dança dos cavalos,
brincando durante sua dança com um bastão ou bengala. Em
casamentos e festivais, as ghawazee muitas vezes dançam em
grupo, formado por pessoas da sua própria família. Quando
existe a possibilidade, dançam sobre pequenos palcos e até
mesmo nas mesas. As vezes se revezam dançando sózinhas ou em
pares, ou em pequenos grupos que se modificam em sua formação
durante o decorrer da dança. Apesar da dança ser ao vivo, os
movimentos são muito relaxados e ambos, musicos e dançarinas se
mesclam muito bem. As apresentações em casamentos podem durar
de seis a oito horas, e os artistas descansam muito pouco
durante todo o tempo.

Tenho sido uma estudante de dança oriental desde 1988, estudei


dança tradicional do oriente Médio e também danças folclóricas
do norte da África com inúmeros professores conhecidos
nacionalmente por terem viajado para o Egito e visto as danças
em sua forma autêntica em casamentos ou festivais religiosos -
mawalid - Estes instrutores incluem, Barbara Siegel ( Habiba).
Sandra Shore( Cassandra) e Zahara Zuhair. Sou também muito
sortuda porviagem
vivo. Numa ter tido a oportunidade
a Turquia de 1996,
e Egito em ter visto a dança
enquanto ao em
estava
Luxor, eu assisti a uma aula de dança seguida de uma
apresentação com Khairecya Maazin.

Khairecya contratou um grupo de 4 músicos para aquele dia,


tivemos dois percussionistas tocando tabla e tabla baladi, e
dois rebabs. Provavelmente o me lhor exemplo de musica do
interior do alto Egito é disponível em fita cassete e cd, pelo
famoso músico saidi Metqal Kanawe e sua banda. Instrumentos
típicos da região incluem o que conhecemos pelo nome de derbak,
Tabl baladi, mizmar, snujs e Rebab. Ela acompanhava os músicos
enquanto dançava com seus snujs, tocando acentos simples, ou
triplos, e combinações múltiplas em qualquer seqüência que ela
quisesse. Entre as ghawazee os snujs são tocados
improvisadamente, para dar base as frases de ritmo,muito
raramente são utilizados para iluminar ou tornar mais claros a
melodia. Snujs são instrumentos de percussão, geralmente
utilizados para auto acompanhar a própria bailarina e nunca
deveriam ser usados por propósitos visuais. Ghawazze que não é
fluente com o instrumento simplesmente não o utiliza.

Khaireeya não ensinava os passos quebrando em pedaços


didaticamente como as professoras ocidentais, mas simplesmente
ia através deles com a música. Pela maior parte do tempo ela
costumava manter o os
enquanto sobrepunha shimmie
mesmosvibrando,
a um outroparada ou em
movimento de movimento
quadril.
Ocasionalmente adicionava outros passos como shimmies com os
ombros, ou deslizamentos de cabeça ou até mesmo pisava o chão
para enfatizar os acentos da música. Pisotear também poderia
ser a forma utilizada em casamentos populares para quebras a
mesa onde as dançarinas se apresentavam. A quebra da mesa e
outros truques simples circenses ,tais como balançar uma
cadeira pelos dentes, são vistos como ultrajantes e raramente
presenciados por platéia ocidental, mesmo hoje em dia.

Khaireeya freqüentemente trocava seus passos meio largos para


seguir mudanças no ritmo, e parecia confusa quanto solicitada a
repetir os mesmos. Assim como suas colegas, não existia para
ela o conceito de coreografia- ela apenas dança. Isto é muito
típico de outras ghawazee também e esta característica oferece
um vívido contraste com as dançarinas profissionais e
professores no Cairo, muitos dos quais com conhecimento em
dança clássica. A maioria destes profissionais, como Mahmoud
Reda - fundador e diretor do Grupo Reda no Cairo- e Madame
Daulet Ibrahim - no passado membro do grupo folclórico nacional
do Egito e coreógrafa da bailarina Nagua Fouad. Esses nomes
acabaram se tornando famosos no Ocidente como instrutores em
workshops, dentro dos Estados Unidos e Europa, assim como
responsáveis
ascensão, que pela preparação
se apresentam e direção
nos hotéis cinco das estrelas
estrelas em
e night
clubs do Cairo, Alexandria, Casablanca e Tanger. Apesar destes
professores serem fluentes e muito bem formados no estilo
regional e folclórico da dança, eles criaram shows com uma
abertura inusitada para a modernidade, talvez em função de ter
um público mais sofisticado, acabaram por oferecer uma
abordagem mais elaborada, e porque não dizer ocidentalizada em
suas criações.

Historicamente, apesar de muitas ghawazee serem famosas e muito


solicitadas como artistas, sua raiz cigana era e continuou a
ser um motivo para deixá-las a margem da sociedade. Isto se
deve aparentemente a duas razões. Em muitas áreas do Oriente
Médio, incluindo o Egito, o caráter moral das dançarinas e
músicos que se apresentam publicamente para platéias mistas de
homens e mulheres, é altamente suspeita. Muitas das dançarinas
eram e ainda podemos encontrar hoje outras que são,
prostitutas, e, em diversas épocas a palavra ghazeeya foi usada
como sinônimo com a palavra "prostituta" no Egito. No século
dezesseis durante o reinado Otomano, dançarinas eram
categorizadas junto aos grêmios e grupos comerciais de
cortesãs para propósitos de taxação de impostos. Também por
serem ciganos eram vistos como estrangeiros ou forasteiros na
comunidade em que viviam, e portanto insatisfatórios como
fazendo parte do dia a dia da comunidade. Isto é ilustrado
claramente por um sério insulto , que pode ser escutado até
hoje na parte sulista do Egito, " yabn al-ghazeeya"
literalmente traduzindo, "filho da ghazeeya". Isto acaba
contribuindo para o isolamento cultural e a resultante natureza
estática da sociedade Nawa r, a qual isol a suas tradições-
incluindo as apresentações, e o estilo ghawazee, das modernas e
ocidentais influências, e ajuda a preservá-las.

O artigo de vestuário conhecido como casaco ghawazee, é talvez


o mais famoso traje usado por artistas de rua no Egito, graças
a artistas europeus como Gerome. Derivado de um traje que é no
final das contas, persa em sua srcem, este casaco ou colete,
teria sido introduzido na parte norte ou baixo Egito com a
expansão do Império
das descrições Otomano
do casaco no século
ghawazee, XVI. Outrossim,
mostrando o mesmo a maioria
enrolado
ou cortado logo abaixo do busto, são do século XVIII ou depois
desta época, o que permitiu pintores ocidentais ter sua própria
versão deste traje, eternizado em telas que contavam as
impressões sobre esta parte do mundo. Enquanto ensinava,
Khaireeya usava um vestido de corte similar ao que é chamado de
"l'ancient tunic" por antrolologistas, muitas vezes referido
como vestido baladi por dançarinas. O colete e a saia usada
para apresentações, favorecida pelas ghawazee durante a maior
parte do século vinte - o qual evoluiu do colete turco do séc.
dezoito e foi supostamente criado por ancestrais de Banaat
Maazin- foi substituído por vestidos com bordados e franjas e

cintosemsimilares
hoje aos usados
dia utilizados como trajesprofissionais
por bailarinas folclóricos no
no placo,
Cairo.e
Por outro lado, os mesmos trajes hoje usados no Cairo derivam
dos vestidos folclóricos cobertos por fileiras e fileiras de
franjas de canutilho e contas, que as ghawazee criaram para os
shows turísticos nos anos cinquenta.

Por último, seria bom enfatizar o quanto este estilo de dança


tem se perdido. A contínua ameaça de violência em festas de
casamento por fundamentalistas religiosos tem destruído a
tradição de contratar dançarinas para as cerimônias de bodas em
algumas áreas do Egito. Em algumas ocasiões, as casas das
famílias que contrataram uma bailarina, foram literalmente
postas abaixo por grupos enfurecidos. Consequentemente ,
autoridades locais permitem a dança de forma legalizada
mediante uma concessão, o que ocorre é que para ter a
autorização oficial, os requerimentos e impostos pagos são
altamente proibitivos.Nesta atmosfera, a genuína dança das
ghawazee pode desaparecer completamente, e apenas aquelas que
tenham se esforçado para aprender delas e reproduzir de forma
verdadeira aquilo que viram, poderão manter este estilo vivo em
algum outro lugar.

Para aquelas que desejam recriar uma forma tradicional de dança


como a dança de Banaat Maazin, tome muito cuidado para manter a
precisão tanto quanto for possível. Em troca, seu cuidado
servirá para prolongar a existência dessa forma histórica de
dança, e mantê-las etnicamente e tecnicamente distintas do
gênero conecido como forma geral pelo nome de Dança Oriental.

Glossário
almah, awalem (pl.) Artistas egípcias preparadas ou eruditas
bint, banaat (pl.) filha menina.

ghazeeya, ghawazee (pl.) dançarina, "invasora do coração"

jawhari Cortesãs turcas e escravas, literalmente jóias.

rebab instrumento
poderíamos dizer quedeseria
cordas folclórico
o avô do violinotocado com um arco,
mijwiz flauta com palheta dupla, com possibilidades para som
grave.
mulid, mawalid (pl.) Festival religioso muçulmano, que data do
século doze antes de Cristo.

tabla Tambor em forma de taça, tocado com as mãos, muitas vezes


chamado de derbak
tabl beledi Tambor dupla face tocado com varas.
sagat jogo de quatro címbalos de dedo feito de bronze, usados
no polegar e no dedo do meio de cada mão.

Dança das Flores


A dança das flores também é conhecida como dança da
primavera, ou seja, justamente por que nesta estação do ano que
mais se adapta ao surgimento das mesmas, com as floradas dos
pessegueiros e demais plantas, para os arabes a estação das
flores, representa o surgimento de uma nova vida, de uma nova
caminhada.
Em algumas paises como Libano e Siria, a primavera
representa algo mais ela traz, a alegria e felicidade e a vida,
é muito comum ocorrerem grandes festivais no mês de setembro
data em que se inicia a primavera. Assim como é de costume as
festas são para homenagear as colheitas e a vida do campones
alegre e festivo que dela vive.
No egito um casamento campones possui rituais simples mais
que tem em seus detalhes coisas comuns e representativas muito
importantes e com muitos significados, o povo Baladi seja ele
falahi ou Saied tem algo em comum com a dança das flores.
Na realidades o rito se incia com a água onde as mulheres
limpa o palco onde sera realizado o casamento, a água retirada
do rio tem a pureza e o poder de retirar tudo que a de ruim no
ambiente, logo a seguir surgem as mulheres com seus cestos
cheios de petalas de flores coloridas e de aroma agradável
para perfumar o ambiente e trazer a alegria a esta nova
primavera que se inicia, esta parte do ritua é importantissima
pois as flores enfeitam e dão o colorido fino e elegante ao
local, enrriquece os olhos de quem chega para receber os
noivos, elas tbem criam um tapete colorido de flores para que
os noivos possam passar .
Eis que surgem então o fogo este mais importante de todos.
Uma mulher con duzindo um o candelabrosobre sua cabeça,
iluminado por dezenas de velas brancas, o brilho intenso, traz
a luz que iluminara os caminhos dos noivos até o altar , a
função do fogo das velas é limpar o ambiente dos mal
espiritos que ali ainda percistem em ficar. A luz ilumina e
traz a paz que reinará nesta nova familia que su rgem com a
primavera. Mais não termina ai atraz dos noivos ainda existe um
grande cortejo com convidados e claro, não podiam faltar os
músicos, que vão animar a festas, por 3 dias seguidos.
Bem em resumo é importante saber que a dan ça das flores
tem seu papel importante, ela representa apenas uma parte, um
terço apenas, de um ritual, que foi tranformada em dança mais
possui seu significado dentro do contesto geral das danças
arabes.
Danza de la Flores
La danza de las flores también se es conocido como baila
del resorte, cualquiera, exactamente porqué en esta estación
del año es que más si adapta al brote las flores, como las
floradas de los árboles de melocotón y excesivamente otras
plantas, para los árabes, la estación de las flores,
representa el brote de una nueva vida, de un nuevo caminado.
En algunos países como Líbano y Sirio, el resorte
representa algo más. El trae, la alegría y la felicidad y la
vida, está muy común ocurrir los grandes festivales en las
fechas del mes de septiembre donde si inicia el resorte. Así
como es lo costumbre quela fiestas son para agradecer las
cosechas y la vida del campesino alegre y festivo que de ellas
vive.
En él Egipto rituales simples del campo como una unión,
tiene en sus costumes det alles muchos rep resentativos,
importantes y con muchos significados, la gente de Baladi ,
Falahi o Saied , tienem algo con la danza de las flores.
En la realidad el ritual se incia con el agua, donde las
mujeres limpian el palco donde a de se realizar la unión, el
agua quitada del río, tiene el purenes y la energía de quitar
todo que del malo tiene en el ambiente, pronto para seguir las
mujeres con sus cestos ll enos de los pétalos de flo res
coloridas y del aroma agradable perfumar el ambiente y traer la
alegría a este nuevo resorte que si el iniciado, esta parte del
ritual es importantissima por lo tanto las flores adornan y dan
el colorante fino y elegante al lugar, enrriquece los ojos de
quién llega para recibir los fiancés, tambien crean una
alfombra colorida de flores de modo que los fiancés puedan
pasar.Aquí es que aparecen entonces el fuego, este más
importante de todos. Una mujer que conduce uno el candelabro en
su cabeza, iluminado por muchas velas blancas, el bri llo
intenso, trae la lu z que il umina el cam ino de los fi ancés
hasta el altar, la función del fuego de las velas es limpiar el
ambiente de los es piritos malvados que pe rcistem allí en
quedar. La luz ilumina y trae la paz que reinará en esta nueva
familia que aparecen con el resorte. Más que no acaba allí lo
trae de los fiancés todavía existe gran cortejo con las
huéspedes y claramente, no podían carecer a los músicos, que
van cantar e tocar la musica, por 3 días seguidos.
Resumiendo es importante bien saber que la danza de las
flores tiene su papel importante, representa solamente una
porción, un terço solamente, de un ritual, que fue tranformado
en danza pero tienes su significado dentro de la generalidad de
las competencias de las danzas árabes.

SIWA

Folclore de Siwa

Geografia
Siwa esta localizada na região de Mer sa Matruh, próximo à
Líbia Siwa é um oasis, próximo do litoral de alexandria e da
cidade do Cairo, encrustado no deserto do Saara assim dizendo,
Oasis de Siwa é uma região de população na sua grande maioria
negros e mulatos simples no seu modo de vida porem possuem em
seu vilarejo, as suas paisagens mais belas do egito, que mudam
conforme as ações da natureza como tempestades de areia e a
ação do sol sobre a paisagem .

A dança

Essa dança de celebração é realizada pelos beduínos da região


de Mersa Matruh, Esta dança não representa uma disputa entre
homens e mulheres, como quase todas as danças folcloricas
egipcias, a dança de Siwa também traz consigo os se u
siginificados, sendo que um deles, o qual estaremos retratando
neste momente, se trata de um cerimonial, que começa desde o
momento em que os futuros noivos se encontram, até os ritus
básicos do casamento.
Assim como na hagalla tão conhecida por nos brasileiros,
A dança Siwa, assim dizendo, começa desde o momento em que os
noivos sonham um com o out ro idealizando como será o futuro
deles, passando pelo momento do encontro, as vezes um uma
pequena disputa entre os homens para conquistar o coração da
escolhida, algo raro mais acontece. O interessate que na dança
de Siwa existe um toque mais romantico entre os noivos.
Tanto os amigos do noivo como as amigas da noiva,
acompanham com cantos e dança, mostrando sua solidariedade para
com os noivos. A figura central da festa sempre é o casal, toda
a atenção da festa esta voltada a eles.

Os trajes

As bailarina trajam uma galabia de cores brancas e pretas com


lenço amarrado na cabeça. Elas participam sempre ao lado da
noiva .
O homem traja muitas vezes uma bata branca ou túnica curta e
calça cheruei branca com turbate na cabeça.

Os movimentos básicos femininos.

A mulher caminha com passos curtos e pequenos pulinhos para as


laterais as mão com pouco movimento estão quase sempre elevadas
a sima dos ombros, os punhos sempre quebrados e com quase
nenhum movimento nas mãos, a bailarina pode portar um véu em
suas mãos ou não.
O jogo sedutor na festa de casamento ao contrario da
hagalah( dança das palmas) não é muito complexo, ao final o
noivo presenteia a noiva com um lindo tecido vermelho que lhe é
enrrolado a cintura da noiva simbolizando assim o laço entre os
noivos.

Os movimentos básicos masculinos


Um pouco mais complexo que o movimentos das mulheres, pois em
Siwa é comum os homens se reunirem para beber, cantar, tocar e
principalmente dançar, a dança masculina Siwa, possui uma
pequena oscilação nos quadris e trocas variadas nos passos. as
mão trabalham o tempo todo com movimentos o que mais
imprecionam pelo cincronismo perfeito que os homens executam em
seus movimentos.
Em resumo o sincronismo dos homens e a delicadeza dos
moviementos femininos juntos formam uma dança rica em detalhes
que ao ritmo do ayub ou maqsound encantam aos olhos de quem
participa ou estudo este estilo folclorico egípcio.

Dança do Jarro

Raks Al Barik
Dança do Jarro.
A vida em regiões desérticas e a forte repressão sexual,
estimularam a mente de cantadores e músicos. Alguns compunham
versos e rimas de amor para cantar a beleza das moças que iam
buscar água na fonte, no rio ou nos grandes posso comunitarios
localizados nos pequenos vilarejos.
Essa tradição é tão antiga que se perde no próprio tempo. As
mulheres, para carregarem os pesados jarros cheios de água,
colocavam tecidos sobre a cabeça e andavam equilibrando os
grandes potes. Muitos desses jarros eram feitos de barro.
Em regiões como na Tunísia o jarro é um elemento que faz parte
da cultura e do cotidianos da população
A habilidade de equilibrar um jarro sobre a cabeça, nasceu um
tipo de dança comum no Norte da África. Muitos senhores de
escravas ofereciam para seus hóspedes, exóticas apresentações
na hora de servir o vinho. As coreografias eram marcadas por
giros e movimentos rápidos dos pés, sem que uma gota sequer do
conteúdo dos jarros caísse no chão. Ao final da apresentação, o
líquido era despejado em taças de metal para ser bebido pelos
convidados.
A versão masculina da dança constitui na abilidade do Derjek
equilibrar muitas vezes até quinze jarros sobre a cabeça como
um malabarismo incrível.
Derjek é uma ilha localizada no litoral da Tunisia onde são
fabricados a maioria dos jarros vendidos pelos comerciantes são
famosos pela sua qualidade considerados os melhores jarros.

O traje bem atipico ao comum, a dança nesta região utilizasse


de muita rena nas mãos e nos pés , muitos adornos q podem ser
em ouro ou prata usados nos pés, pescoço, orelhas e nos braços
e principalmente como vestimenta o Sari tecido muito comum na
Tunisia, pois assim como em outros paises dos emirados, é
muitos comum a utilização de objetos e tecidos vindos da India.
Dança dos lençinhos

Rakast al manadil

A Tunizia foi palco de diversas invasões e domições otomanas e


Françesa, durante a invasão da Fr ança era extremamente
proibido a utilizar ou exibir as cores do pais, sugeito a
penalidades.
A dança dos lenc inhos surgiu mediante ao prot esto inposto
pelas mulheres tunizianas frente a repressão impostas pelos
invasores da França, utilizandos de pequenos lencinhos brancos
e vermenlhos elas desfilavam pelas ruas em cortejo ao ritmo
tipico da da zaffe ritmo tbem usado para casamentos e para
danças tip icas em seu país, balançando e agitando seu s
pequenos lenços em protesto a invasão e as doutrinas inpostas
pelos invasores.

Andaluz muito mais q uma dança. Existe toda uma historia por
traz deste segredo !

Árabe andaluz é um dialeto da língua árabe. Era falada na


Península Ibérica (p.iberica--- A Península Ibérica é uma
península da Europa localizada no sudoeste deste continente. É
ocupada por três estados, Portugal, Espanha e Andorra, e um
território britânico, Gibraltar. Durante a época dos
descobrimentos tornou-se a principal potência mundial, devido à
supremacia de Portugal e Espanha em relação aos outros
territórios.
) Al-Andalus (em árabe: ‫س‬‫دل‬ ‫ن‬
 )
‫ن‬
 ‫ن‬ foi o nome dado à Península
 ‫ا‬
Ibérica pelos seus conquistadores islâmicos do século VIII,
tendo o nome sido utilizado para se referir à península
independentemente do território politicamente controlado pelas
forças islâmicas.
) ela foi extinta com a Reconquista. Contudo, tem um papel
importante na literatura e na formação dos idiomas da
península, dos quais fazem parte o português e o espanhol.
De início integrado na província norte-africana do império
omíada, o Al-Andalus seria um emirado (756–929) e
posteriormente um califado (Califa (‫ة‬‫نن‬ ) ‫ي‬
 ‫ف‬  é
‫خ‬ um título que foi
usado por Abu Bakr, o sogro de Maomé, quando ele o sucedeu como
líder da Ummah, ou comunidade do Islão, em 632. Os primeiros
quatro califas são conhecidos como os "Califas Correctamente
Guiados" ( al-Khulufa al-Rashidun). O detentor deste título
clama a soberania sobre todos os muçulmanos.
) independente do poder abássida (929–1031). Com a dissolução
do califado em 1031, o território pulverizou-se em vários
reinos Taifa.
Com a reconquista dos territórios pelos cristãos, descendentes
dos godos (Os godos eram um dos povos germanos que, de acordo
com suas tradições, era srcinário das regiões meridionais da
Escandinávia (especificamente de Gotland e Götaland). Eles
migraram em direção ao sul e conquistaram partes do Império
Romano.
), que se refugiaram na região das Astúrias, no norte da
península, num processo que ficou designado historicamente por
Reconquista, o nome Al-Andalus foi-se adequando ao cada vez
menor território sob ocupação árabe-muçulmana, na metade sul da
península, aproximadamente a mesma área da antiga província
romana Hispânia Bética, cujas fronteiras foram progressivamente
empurradas para sul, até à tomada de Granada pelos Reis
Católicos.
A região ocidental da península era denominada Gharb Al-Andalus
("o ocidente do Al-Andalus") e incluía o actual território
português. De uma maneira geral, o Gharb Al-Andalus foi uma
região periférica em relação à vida económica, social e
cultural do Al-Andalus.

CRONOLOGIA
1º período: Nos primeiros tempos, a Hispânia muçulmana era
governada pelos emires dependente do Califado de Damasco (1º
período).

2º período: Depois, o emirado torna-se independe nte, fixa-se


a capital em Córdova e os emires tomam o título de Califas,
fundando-se assim o Califado de Córdova;

3º período: Finda a hegemonia da família do primeiro-ministro


Almançor, o vitorioso, começa a anarquia, pela ambição dos
generais, e dá-se a decomposição do Califado. Assim começa o
3º período – dos reis dissidentes: Córdova aboliu o Califado,
proclamando a República, e com a desagregação do Califado
formam-se por toda a Hispânia variadíssimos pequenos estados
independentes e rivais. Aproveitando tal desordem, os
cristãos apressam o movimento da Reconquista.
A população sob o domínio muçulmano era muito heterogénea e
constituída por árabes e berberes, uns e outros muçulmanos,
moçárabes (são os hispano-godos que, sob o domínio muçulmano
conservaram a sua religião, mas adoptaram as formas de vida
exterior dos muçulmanos), ou cristãos arabizados e judeus.
Os moçárabes que constituíam a maioria da população gozavam de
liberdade de culto e tinham leis próprias, mas a troco dessas
vantagens eram obrigados ao pagamento de dois tributos: o
imposto pessoal de capitação, e imposto predial sobre o
rendimento das terras.
Poucos anos depois da invasão muçulmana, os cristãos (hispano-
godos e lusitano-suevos) acantonados nas serranias do Norte e
Noroeste da Península, iniciaram a reconquista do território,
formando novos reinos que se foram estendendo sucessivamente
para o sul.
A dança classica do seculo XVIII
Al-Andaluz desenvolveu uma música complexa e delicada que se
inspirava nas culturas do Magrebe, da Espanha e do Médio
Oriente.

O refinamento persa - através de Ziryab -, a sobriedade árabe e


a jovialidade berbere fundiram-se com a herança hispano-
visigoda e a Hebreia para criar no califato e nos reinos taifas
uma arte autóctona.

A bailarina de dança oriental (dança do ventre) que reflecte


através das suas danças o testemunho da herança de Al-Andaluz.
Os movimentos inspirados por ritmos hipnóticos da música
desenham formas com um sentido cénico muito subtil e digno de
apreciar. Danças de poder e autoridade e de origem sagrada
recriadas com elementos étnicos de estilo árabe são apenas
alguns dos géneros de dança que este grupo representa em palco.
Com este espectáculo, o espectador é transportado à época das
Zambras (do árabe Samar), onde os mouriscos adornavam as suas
veladas, nas quais se bailava e cantava ao som de instrumentos
como o alaúde, a kamanya, a xababa, a darbouka ou as
castanholas.
A assim como a musica q possui frazes e palavras cortadas a
dança se desenvol com giros e deslocamentos quebrados o ritmo
arabe puro marca em 3, 6 e 9 tempos desenha os movimentos
classicos desta dança.

Fusão Arabe Flamenco

Andaluz muito mais q uma dança. Existe toda uma historia por
traz deste segredo !

Árabe andaluz é um dialeto da língua árabe. Era falada na


Península Ibérica (p.iberica--- A Península Ibérica é uma
península da Europa localizada no sudoeste deste continente. É
ocupada por três estados, Portugal, Espanha e Andorra, e um
território britânico, Gibraltar. Durante a época dos
descobrimentos tornou-se a principal potência mundial, devido à
supremacia de Portugal e Espanha em relação aos outros
territórios.
) Al-Andalus (em árabe: ‫س‬‫دل‬ ‫ن‬
 )
‫ن‬
 ‫ن‬ foi o nome dado à Península
 ‫ا‬
Ibérica pelos seus conquistadores islâmicos do século VIII,
tendo o nome sido utilizado para se referir à península
independentemente do território politicamente controlado pelas
forças islâmicas.
) ela foi extinta com a Reconquista. Contudo, tem um papel
importante na literatura e na formação dos idiomas da
península, dos quais fazem parte o português e o espanhol.

De início integrado na província norte-africana do império


omíada, o Al-Andalus seria um emirado (756–929) e
posteriormente um califado (Califa (‫ة‬‫نن‬ ) ‫ي‬
 ‫ف‬  é
‫خ‬ um título que foi
usado por Abu Bakr, o sogro de Maomé, quando ele o sucedeu como
líder da Ummah, ou comunidade do Islão, em 632. Os primeiros
quatro califas são conhecidos como os "Califas Correctamente
Guiados" ( al-Khulufa al-Rashidun). O detentor deste título
clama a soberania sobre todos os muçulmanos.
) independente do poder abássida (929–1031). Com a dissolução
do califado em 1031, o território pulverizou-se em vários
reinos Taifa.
Com a reconquista dos territórios pelos cristãos, descendentes
dos godos (Os godos eram um dos povos germanos que, de acordo
com suas tradições, era srcinário das regiões meridionais da
Escandinávia (especificamente de Gotland e Götaland). Eles
migraram em direção ao sul e conquistaram partes do Império
Romano.
), que se refugiaram na região das Astúrias, no norte da
península, num processo que ficou designado historicamente por
Reconquista, o nome Al-Andalus foi-se adequando ao cada vez
menor território sob ocupação árabe-muçulmana, na metade sul da
península, aproximadamente a mesma área da antiga província
romana Hispânia Bética, cujas fronteiras foram progressivamente
empurradas para sul, até à tomada de Granada pelos Reis
Católicos.
A região ocidental da península era denominada Gharb Al-Andalus
("o ocidente do Al-Andalus") e incluía o actual território
português. De uma maneira geral, o Gharb Al-Andalus foi uma
região periférica em relação à vida económica, social e
cultural do Al-Andalus.

A dança classica do seculo XVIII


Al-Andaluz desenvolveu uma música complexa e delicada que se
inspirava nas culturas do Magrebe, da Espanha e do Médio
Oriente.

O refinamento persa - através de Ziryab -, a sobriedade árabe e


a jovialidade berbere fundiram-se com a herança hispano-
visigoda e a Hebreia para criar no califato e nos reinos taifas
uma arte autóctona.

A bailarina de dança oriental, que reflecte através das suas


danças o testemunho da herança de Al-Andaluz. Os movimentos
inspirados por ritmos hipnóticos da música desenham formas com
um sentido cénico muito subtil e digno de apreciar e que nos
transporta a época das Zambras (do árabe Samar), onde os
mouriscos adornavam as suas veladas, nas quais se bailava e
cantava ao som de instrumentos como o alaúde, a kamanya, a
xababa, a darbouka ou as castanholas.
A assim como a musica q possui frazes e palavras cortadas a
dança se desenvol com giros e deslocamentos quebrados o ritmo
arabe puro marca em 3, 6 e 9 tempos desenha os movimentos
classicos desta dança.

FLAMENCO
É uma arte popular aplicada ao modo particular de dançar,
cantar e tocar
guitarra proveniente da região de Andaluzia, no sul da Espanha.
A Andaluzia é formada por oito províncias que são: Sevilla,
Granada, Málaga, Córdoba, Jerez, Huelva, Cádiz e Almería.
Os primeiros testemunhos do surgimento dessa arte datam do
século XVI. Os locais de srcem seriam Sevilla, Jerez e Cádiz,
as três cidades consideradas a "Santíssima Trindade" do
Flamenco.
Suas raízes estão calcadas num sedimento artístico composto por
diferentes e sobrepostas civilizações como a árabe, judaica,
hindu-paquistã, bizantina, cigana, entre outras. Os mouros
predominaram na Espanha de 711 a 1492.
Os ciganos têm um importante papel no desenvolvimento do
flamenco. Com a intenção de abandonarem a Índia (séc. XIV) após
uma série de conflitos bélicos e invasões de conquista-
dores estrangeiros ocorridas em vários territórios, os ciganos
foram para o Egito onde eram conhecidos como GHAWAZEE (As
ghawazee são as dançarinas públicas existentes no Egito.
Durante algum tempo, mesmo no ápice do período islãmico
clássico, de 800 ac até 1300 ac, o termo ghawazee, que pode ser
traduzido como " invasores do coração", provavelmente se
referia as dançarinas livres que se apresentavam publicamente e
aos cantores, pertencentes ao Nawar, descendentes dos ciganos
Romanis, que migraram para o sul do Egito, na área rural
durante a Idade Média. Instrumentos musicais antigos como
Mijwiz e o Rebab, representados nas paredes de tumbas egípcias,
são ainda hoje utililizados pelos músicos nawar. Os movimentos
das ghawazee assim como sua música tradicional não parecem ter
se modificado com o tempo. É como se pouco ou nada tivesse sido
tocado pela modernidade.)onde permaneceram até sua expulsão.
Conscientes de que deveriam se dividir em grupos para assim
conquistarem a Europa, uma parte desses povos se estabeleceram
na Espanha por volta de 1425, trabalhando como pastores e
artesãos. Durante essa época, os ciganos conheceram um período
de paz que lhes permitiu uma certa integração com o folclore
andaluz. Decretada a perseguição às tribos nômades pela Coroa
de Castella em 1499, e com a expulsão dos não cristãos e os de
raça considerada impura como os judeus, ciganos e árabes
através das medidas severas adotadas pela Santa Inquisição, os
grupos foram obrigados a se estabelecer nas montanhas e outros
locais desabitados para sobreviverem. Com o convívio e mistura
dos diferentes costumes e tradições dessa gente perseguida, foi
surgindo uma nova forma de expressão cultural. Nesse instante
nascia a música flamenca, a arte do flamenco. O cante* é
marcado pela melancolia, pelo fatalismo e pelo sentimento
trágico da vida. Nascia aí o cante jondo*. Para os ciganos a
música é parte integrante do dia a dia e essencial nas datas
festivas. Tudo o que necessitam para iniciá-la é uma voz e
acompanhamento rítmico, como palmas ou golpes dos pés no solo.
Passada a repressão mais severa aos ciganos a partir das
últimas décadas do séc. XVIII, eles foram se integrando ao
convívio dos espanhóis . Assim começaram a surgir os payos*,
interessados em conhecer e interpretar a música gitana*.
No final do séc. XIX, a música flamenca com a guitarra já
incorporada estabeleceu suas formas tal qual a conhecemos hoje,
levando-se em conta que, por estar viva, continua a evoluir. É
correto afirmar, que só depois da inclusão da guitarra é que se
introduziu o sapateado aos bailes. Em 1929, Antonia Mercé, "La
Argentina", cria a primeira companhia de balé espanhol, que
estréia na Ópera Comique de Paris. Já em 1949, Vicente Escudero
apresenta também na capital francesa suas primeiras criações
como bailarino.
Na música flamenca, encontramos diferentes ritmos, agrupados em
famílias de acordo com a estrutura, melodia e temática comun
entre eles. Em quase todos os palos* se pode bailar, ainda que
existam bailes sem cante e temas puramente vocais. Na
interpretação dos ritmos, observamos melodias alegres e outras
mais tristes. A primeira pode estar relacionada à etnia
andaluza, um povo alegre e sensível às artes. Já os tristes,
dentre outros temas, se referem exatamente a essa angústia dos
povos errantes que desembarcavam na Espanha e eram tratados
como estranhos, vivendo em lugares pouco povoados, de clima
frio e úmido e vegetação escassa.
A palavra flamenco foi usada pela primeira vez em 1835.
Acredita-se que o termo deriva do árabe fellah (camponês) e
mengu (fugitivo), e foi usada como sinônimo de cigano andaluz.
Estudiosos sustentam ainda a referência de flamenco ao termo
"flamância" de origem alemã, que significa fogosidade ou
presunção, e que era aplicada aos ciganos por seu temperamento.
*cante -canto *payos - não ciganos *palos - ritmos *gitana
-cigana *cante jondo - canto profundo

FUSÃO TRIBAL

Não é dança do ventre, nem tampouco pode ser considerado


folclore. Também não é etnicamente tradicional. O Estilo Tribal
divide gostos e opiniões, e deixa uma dúvida: o que é afinal
esta dança?

Para quem ainda não conhece, Estilo Tribal é uma modalidade de


dança que, tendo como base a dança do ventre, funde arquétipos,
conceitos e movimentos de danças étnicas das mais variadas
regiões, como o Flamenco, a Dança Indiana e danças folclóricas
de diversas partes do Oriente, desde as tradicionais
manifestações folclóricas já bem conhecidas pelas bailarinas de
dança do ventre às danças tribais da África Central, chegando
até mesmo às longínquas tradições das populações islâmicas do
Tajisquitão.
Para usar uma terminologia apropriada que não cause dúvida,
espanto ou revolta nas defensoras da tradição, chamamos esta
modalidade de Estilo Tribal Folclórico Interpretativo. Este
estilo surgiu nos EUA, nos idos dos anos 70, quando a bailarina
Jamila Salimpour, ao fazer uma viagem ao Oriente, se encantou
com os costumes dos povos tribais daquela região. De volta à
América, Jamila resolveu inovar e mesclar à dança do ventre as
demais manifestações culturais que havia conhecido em sua
viagem.
Com sua trupe Bal Anat, Jamila passou a desenvolver
coreografias que aliavam acessórios das danças folclóricas aos
passos característicos da dança do ventre, baseando-se em
lendas tradicionais do Oriente para criar uma espécie de dança-
teatro, acrescentando à isso um figurino mais condizente com o
vestuário tradicional das verdadeiras mulheres orientais,
abandonando então as lantejoulas e miçangas características dos
trajes bedleh.
Um exemplo que temos desta nova forma de dança é a tão popular
Dança da
Cimitarra.Segundo Jamila, a primeira bailarina que
comprovadamente apresentou esta dança, várias lendas sobre o
uso da espada pelas mulheres do Oriente, em forma de dança,
existem, mas nenhuma delas pode ser tida como real, já que o
próprio povo daquela região não aceita esta dança como parte de
suas lembranças culturais.
Ao lado temos uma foto de kilma farias bailarina de fusão
tribal em João Pessoa na Paraiba
Escola de Dança do Theatro Santa Roza
Pça Pedro Américo, s/n, Centro
João Pessoa - PB
Fone 55 (83) 32184383
kilmita@gmail.com
Uma forte característica trazida para o Estilo Tribal das
danças tribais é a coletividade. Não há performances solos no
Estilo Tribal. As bailarinas, como numa tribo, celebram a vida
e a dança em grupo. Dentre as várias disposições cênicas do
Estilo Tribal estão a roda e a meia lua. No grande círculo, as
bailarinas têm a oportunidade de se comunicarem visualmente, de
dançarem umas para as outras, de manterem o vínculo que as une
como trupe. Da meia lua, surgem duetos, trios, quartetos,
pequenos grupos que se destacam para levar até o público esta
interatividade.
Nos anos 80, novas trupes já haviam se espalhado pelos EUA.
Masha Archer, discípula de Jamila, ensina a sua aluna Carolena
Nericcio as técnicas do Estilo Tribal, criadas por Jamila pra
obter um melhor desempenho de suas bailarinas. Esta técnica
baseia-se nos trabalhos de repetição e condicionamento muscular
(e mental) do Ballet Clássico, adaptados aos movimentos das
danças étnicas. Incentivada pelas diferenciações do novo
estilo, Carolena forma sua própria trupe, que dará novos
contornos à história do Estilo Tribal.

O figurino utilizado por Jamila e sua trupe cobria o torso da


bailarina, sendo composto (ainda hoje mantido por esta trupe)
basicamente por batas do tipo djellaba ou galabias. Isso
tirava, segundo Carolena, um pouco da intenção e visualização
do movimento. Surge então um novo visual ao Estilo, que até os
dias de hoje continua predominando no cenário Tribal: saia
longa e larga, sem abertura nas laterais ou calça pantalona ou
salwar (bombacha indiana), choli (blusa curta de manga longa ou
semi, que é tradicionalmente utilizada pelas mulheres indianas
embaixo do sari), sutiã por cima da choli, xales, cintos,
adereços, moedas, borlas, para incrementar o traje, dar maior
visualização aos giros e tremidos etc.
Além deste novo figurino, Carolena e sua trupe Fat Chance Belly
Dance trouxeram ao Estilo Tribal a complementação com
movimentos oriundos da Dança Indiana e Flamenca, e a
característica mais forte atualmente no Estilo Tribal: a
improvisação coordenada. Esta improvisação parece uma
brincadeira de "siga o líder", e baseia-se numa série de
códigos e sinais corporais que as bailarinas aprendem, trupe a
trupe, que indicam qual será o próximo movimento a realizar,
quando haverá transições, trocas de liderança etc. Para a
audiência, ficará a impressão de que aquela trupe está
desenvolvendo uma coreografia diversas vezes ensaiada, mas ao
contrário, elas estão improvisando todas as seqüências na hora,
sem que com isso percam o sincronismo e a simetria em cena.
Ainda falando das inovações trazidas por Carolena, a nova
postura desenvolvida por suas bailarinas e as posições
corporais diferenciadas na execução dos passos dão amplitude
aos movimentos, sendo então melhor visualizados pelo público.
Nos anos 90, o Estilo Tribal, passou a demonstrar com mais
força a presença da Dança Indiana e ainda mais danças
folclóricas foram adaptadas ao Estilo, tudo representado de uma
forma simbólica e interpretativa, sem com isso querer traduzir
a realidade destas danças, já que estão totalmente fora de seu
contexto srcinal.

No Brasil, Shaide e a Cia. Halim , de São Paulo, capital, estão


desenvolvendo um trabalho baseado nestas inovações pelas quais
o Estilo passou, que acabaram por srcinar uma nova corrente
denominada Neo Tribal, que possibilita a mescla entre a
improvisação coordenada do Fat Chance e o estilo coreografado
do Bal Anat e sua dança teatralizada, ainda permitindo que
novos elementos folclórico-culturais e novas influências sejam
acolhidas pelo estilo.Shaide atualmente desenvolve um trabalho
de conscientização corporal em suas bailarinas, por meio do uso
da biomecâmica (cinesiologia) dos passos, aliados à postura e
com um trabalho paralelo de acompahamento fisioterapêutico
individualizado, bailarina por bailarina, desde o aquecimento,
alongamento, série de sequências ao relaxamento final das
aulas, ensaios e espetáculos. Este trabalho visa desenvolver
bailarinas ainda mais capacitadas, reestruturando não apenas a
parte muscular, mas também a respiratória, evitando que com
isso elas ganhem vícios posturais, até mesmo corrigindo as
patologias já existentes, e tornando-as mais aptas a
enfrentarem horas dançando sem causarem danos ao seu organismo,
com um melhor preparo físico.
Uma dança exótica, sensual. Tambores hipnóticos e os movimentos
convulsivos dos quadris das bailarinas causam sensações
difíceis de explicar. Algumas dizem que vicia. O próprio nome,
dança do ventre, foi um termo inventado no início do século XX,
por um empresário francês, para vender nos cabarets da época
uma atração diferente. Por causa disso, até hoje o estilo de
show que apresenta a bailarina coberta de brilhos, tecidos
finos e paetês é chamado estilo cabaret, para desespero das
puristas que praticam essa dança. Já o estilo tribal, muito em
voga desde os anos 90, resgata danças praticadas entre os
beduínos, Berbers e Tuaregs. Incorpora, também, elementos de
outras culturas, como o flamenco e a dança indiana. Apresenta
trajes mais sóbrios, maquiagem ritualística e uma dança onde as
bailarinas mantêm o foco em si mesmas e no grupo, em detrimento
do público. Por ter sido desenvolvido a partir de uma pesquisa
de um grupo dos Estados Unidos, é chamado “American Tribal
Belly Dance” (dança do ventre tribal americana).As mulheres que
praticam a dança do ventre no Brasil são, em sua grande
maioria, adeptas do estilo cabaret. Apenas no ano de 2002 o
estilo tribal chegou ao país. Ambos os estilos, em nosso país,
passaram pelo filtro das americanas. Nossa dança com véus segue
o padrão americano, com um tempero brasileiro, é claro, mas a
primeira influência sempre vem de lá. Apesar de termos uma
riqueza cultural inestimável, nossa baixa auto-estima nos
impede de exercermos uma autonomia de criação. Com o tribal, o
mesmo processo se repete, estamos embarcando na pesquisa
americana. Uma lástima! Qual o motivo de pegarmos carona nas
tribos alheias, se temos um referencial tão vasto de danças
femininas, como as dos orixás e outras tantas indígenas e
folclóricas?

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