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Resumo
1. INTRODUÇÃO
Este estudo tem como base, o setor de restauração de Balneário Camboriú, por ser o
maior Balneário Turístico do Sul do Brasil e tem a intenção de identificar as
características empreendedoras presentes nos proprietários destes estabelecimentos.
Considera-se apenas como empreendedores os que estejam á frente dos restaurantes
por um período no mínimo ou igual a dois anos.
Miner (1998) faz uma análise do empreendedor considerando que este pode estar
enquadrado em quatro estilos diferentes, sendo o realizador; o supervendedor; o
autêntico gerente e o gerador de idéias. Nesta visão, o principal argumento levantado
pelo autor, está justamente na capacidade de realização de um empreendedor, que
consegue executar boa parte de seus planos. Além disso, para manter uma clientela fiel
e bem atendida, a característica de supervendedor deve estar constantemente presente
neste empreendedor.
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Já McClelland (1972), por sua vez, traz uma abordagem voltada para os
empreendedores com base na realização e que são aquelas pessoas que procuram
mudanças em suas vidas, estabelecem metas realistas e realizáveis e que se colocam
em situações competitivas. Os estudos de Mcclelland comprovam que a carência de
realização é a primeira a ser identificada entre os empreendedores mal sucedidos. A
necessidade de realização impulsiona as pessoas a iniciar e construir um
empreendimento. McClelland (1972, p. 253) defende que uma sociedade que tenha um
nível geralmente elevado de realização, produzirá um maior número de empresários
ativos, os quais, por sua vez, darão origem a um desenvolvimento econômico mais
rápido. E as características mais comuns identificadas por McClelland são a busca de
oportunidades e iniciativa, a persistência, o comprometimento a exigência de qualidade
e eficiência, a correr riscos calculados, o estabelecimento de metas, a busca de
informações, o planejamento e o monitoramento sistemático, a persuasão e a rede de
contados e por fim a independência e a auto confiança.
Por ser um objeto de estudo muito novo na comunidade científica vários autores
abordam com diferentes enfoques o tema do empreendedorismo. Para Lenzi (2002), é
importante considerar e conhecer estas diferentes visões antes de estudar mais
profundamente o pensamento de John Miner e David McClelland.
Para Dolabela (1999, p. 29) o empreendedorismo é uma livre tradução que se faz da
palavra entrepreneurship, que designa uma área de bastante abrangência e trata de
outros temas além da criação de empresas, assim como a geração do auto-emprego, o
empreendedorismo comunitário o intra-empreendedor e as políticas públicas para o
setor, retratando uma amplitude considerável de percepções acerca do tema
empreendedorismo que são reais e devem ser consideradas nas discussões sobre o
assunto.
alguém que exerce controle sobre uma produção que não seja só para seu consumo
pessoal. Já a Escola Positivo Funcional observa o empreendedor como agente de
mudança e iniciação de novos empreendimentos adaptado em seu contexto e
evoluindo com as mudanças de seu meio. Segundo Miner (1998), os empreendedores
podem ser vistos como um protótipo do ser social. Os seres humanos são produtos do
ambiente em que vivem. Do ponto de vista do comportamento empreendedor, o
empreendedorismo parece ser antes e acima de tudo um fenômeno regional.
Uma definição clássica de empreendedor está citada em Lima (2001, p. 4), conforme
aborda Filion.
Um empreendedor é uma pessoa imaginativa caracterizada pela capacidade de
estabelecer e atingir objetivos. Esta pessoa mantém um alto grau de vivacidade
de espírito para detectar oportunidades. Enquanto ele/ela se mantém
aprendendo sobre possíveis oportunidades e se mantém tomando decisões de
risco moderado, dirigidas à inovação continua, desempenhando um papel
empreendedor.
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O conceito de restaurante é por sua vez bastante simples, entretanto existem várias
abordagens, inclusive em relação ás suas classificações e características. Segundo o
dicionário Aurélio, a definição para restaurante é: “estabelecimento comercial onde se
prepara e servem refeições”, ou ainda, “lugar onde se servem refeições avulsas a certo
número de pessoas”. Assim sendo, o objetivo do restaurante é claro, de preparar e
servir alimentos e bebidas, dentro do conceito que se propõe a executar. (FONSECA
2000). Todo restaurante possui um conceito, do mais simples ao mais sofisticado,
pressupõe-se um público-alvo, um ambiente, um tipo de comida, um tipo de serviço e
diversos aspectos que compõem esse produto restaurante.
Para Fonseca (2000 p. 121), vários são os motivos que levam as pessoas a buscarem
um restaurante, e engana-se quem pensa que é só pela alimentação. Outras razões:
podem estar relacionados ao status de ser visto e freqüentar lugares onde pessoas
famosas costumam também freqüentar; a peculiaridade do ambiente, em relação a um
estilo ou a uma decoração; ao clima interno, como uma boa relação com os
funcionários e a composição perfeita entre ambiente e música; um cardápio elaborado,
com preparações interessantes, inovadoras; por curiosidade, que surge com a
indicação de amigos ou artigos jornalísticos; a própria questão do preço em relação aos
benefícios; também existe a figura do Chef, por ser famoso ou desenvolver um bom
trabalho e o estilo de serviço, diferenciado, como o barmen executando flair
(malabarismo com as garrafas). Em Grimal & Serra (1997, p. 19) restaurante é aquele
estabelecimento que oferece ao público, em troca de um pagamento, uma série de
ofertas gastronômicas para ser consumidas no local. Um restaurante Gastronômico,
segundo Fonseca (2000, p. 17) está associado a um Chef de cozinha de renome e pelo
cardápio com grande inventividade, normalmente apresentam ambientes decorados de
maneira muito elegante e com uma brigada de sala e cozinha muito bem treinada, além
disso, possui a figura do sommelier, que é um profissional responsável pela carta de
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2. METODOLOGIA DA PESQUISA
A maior parte dos empreendimentos, ou seja, 61% são resultado de uma sociedade,
sendo que o principal sócio possui normalmente o nível médio e apenas 29% dos
empreendedores concluíram um curso de graduação universitária. Constata-se também
uma predominância de empreendedores do sexo masculino, isto aparece em 81% das
empresas e em sua maioria são casados (74%) e com filhos (84%). Aproximadamente
65% dos entrevistados têm uma idade acima dos 41 anos.
4 CONCLUSÕES
Na análise segundo McClelland (1972) o resultado pode ser considerado muito próximo
do ponto de vista do equilíbrio, ou seja, o conjunto de características apresentadas
nesta abordagem, tais como comprometimento, o estabelecimento de metas, a
independência e autoconfiança dentre outras, mostra novamente a preocupação do
empreendedor com os aspectos administrativos de seu negócio. A necessidade de
estar envolvido com o trabalho e a independência de ação com visão de metas leva a
considerar uma forte tendência de organização e visão empreendedora por parte do
empresário. O fator que merece algum destaque de não coincidência é a baixa
intensidade de formação de relacionamentos por parte dos empreendedores na
concepção de McClelland, diferentemente do que foi identificado na abordagem de
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5 REFERÊNCIAS
BIOSCA, D. Cómo dirigir con éxito un restaurante en los 90`. México: Limusa, 1990.
OECH, R. V. Um “toc” na cuca: técnicas para quem quer ter mais criatividade na vida.
São Paulo: Cultura, 1995.