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=R HISTORICO DA MORAL Se por moral entendemos um conjunto de normas e regras d das a regular as relagGes dos individuos numa comunidade soci dada, 0 seu significado, fungao e validade nao podem deixar de variar historicamente nas diferentes sociedades. Assim como umas sociedades sucedem a outras, também as morais concretas, efetivas, se sucedem e substituem umas as outras. Por isso, pode-se falar da moral da Antiguidade, da moral feudal propria da Idade Média, da moral burguesa na sociedade moderna, etc. Portanto, a moral € um fato histérico e, por conseguinte, a ética, como ciéncia da moral, nado pode concebé-la como dada de uma vez para sempre, mas tem de considera-la como um aspecto da realidade humana mutavel com o tempo. Mas a moral é histdrica precisamente por- que é um modo de comportar-se de um ser — 0 homem — que por natureza é histérico, isto é, um ser cuja caracteristica é a de estar-se fazendo ou se autoproduzindo constantemente tanto no plano de sua existéncia material, pratica, como no de sua vida : €spiritual, incluida nesta a moral. A maioria das doutrinas éticas, sem excluir aquelas que se apre~ Sentam como uma reflexao sobre o factum da moral, procuram explicar esta a luz de principios absolutos € a priori, € fixam asta €ss€ncia e a sua fungdo sem levar em conta as morais s penstes. Mas, iia o carter hist6rico da mor: : as raizes da moral nao e acima dele. b) A natureza como O moral do homem nao seria biolégica. As qualidades n is lidariedade, etc. — teriam a sua poderiam ser encontradas nao s6 ser natural, biolégico, mas inclusive afirmar que os animais experimentam dos homens: amor, felicidade, lealdade, °) O Homem (ou bomem em geral) moral. O homem do qual se fala aqui é essencia eterna e imutavel inerente a todos guais forem as vicissitudes hist6ricas ou a situagao social. AMO" constituiria um aspecto desta maneira de ser, que permanest dura através das mudangas hist6ricas e sociaiss phconll Estas trés concepgdes coincidem quando procuram a ort < idem qua ca shoo * fone da moral fora do homem concreto, realy OU S81 fora”? —- hist6rico e social. No primeiro CaSO, procura ty goo" ae = Ser que 0 transcende; no segundo, aa ise? > ™enos, ndo especificamente humanos rome” Centro de pray; um eas de gravidade se desloca para o homem, mas para ™ pian destas oo Aah situado fora da sociedade € da histOH2) ot! Stas cc é i em cone, PeOe> € Preciso acentuar 6 carater do hom, bora... "2 40 proprio carater hist6He encont™ “Ja verdade que © comportamento moral 5© Emi 38 ética homem desde que existe como tal, ou seja, desde as sociedades mais primitivas, a moral muda e se desenvolve com a mudanga eo desenvolvimento das diversas sociedades concretas. £ 0 que provam a substituigao de certos principios e de certas normas por outros, de certos valores morais ou de certas virtudes por outras, a modificagao do contetido de uma mesma virtude através do tempo, etc. Mas 0 reconhecimento destas mudangas histéricas da moral levanta, por sua vez, dois problemas importantes: 0 das causas ou fatores que determinam estas mudangas e 0 do seu sentido ou diregdo. Para responder a primeira pergunta, teremos de olhar re- trospectivamente até as origens histéricas — ou, mais exatamente, pré-hist6ricas — da moral, ao mesmo tempo em que — baseados nos dados objetivos da histéria real — tentaremos encontrar a verdadeira correlagdo entre mudanga hist6rico-social e mudanga moral. A resposta a esta primeira pergunta nos permitira enfren- tar a segunda, isto €, a do sentido ou diregao da mudanga moral, ou, em outras palavras, o problema de se existe ou nao, através da mudanga histérica das morais concretas, um progresso moral. 2. ORIGENS DA MORAL A moral s6 pode surgir —e efetivamente surge — quando o homem supera a sua natureza puramente natural, instintiva, e possui uma natureza social: isto €é, quando j4 6 membro de uma coletivi- dade (gens, varias familias aparentadas entre si, ou tribo, consti- tuida por varias gens). Como regulamenta¢ao do comportamento dos individuos entre si e destes com a comunidade, a moral exige necessariamente ndo s6 que 0 homem esteja em relagao com os demais, mas também certa consciéncia — por limitada e imprecisa que seja — desta relacdo para que se possa comportar de acordo com as normas ou prescri¢Ges que o governam. Mas esta relagao de homem para homem, ou entre o individuo e a comunidade, é ; homens — para subsistir e defender-se — mantém com a natureza 39

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