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Aula 11

1000 Questões de Direito Administrativo - Banca CESPE


Professor: Erick Alves

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Direito Administrativo - CESPE
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Olá pessoal!

Na aula de hoje iremos comentar questões sobre Controle da


Administração Pública.

Seguiremos o seguinte sumário:

SUMÁRIO

Lista de questões ............................................................................................................................................................... 3


Questões comentadas .................................................................................................................................................. 11
Gabarito ............................................................................................................................................................................... 37
RESUMÃO DA AULA ................................................................................................................................................ 38

Vamos então?

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LISTA DE QUESTÕES

1. (CESPE – Professor – SEDF 2017) O poder de fiscalização que a Secretaria de


Estado de Educação do DF exerce sobre fundação a ela vinculada configura controle
administrativo por subordinação.
2. (CESPE – Professor – SEDF 2017) É garantido ao Poder Judiciário o controle de
mérito administrativo dos atos administrativos, pois lesão ou ameaça a direito não
podem ser excluídas da apreciação de juiz.
3. (CESPE – Técnico – Anvisa 2016) A administração possui prerrogativas não
extensíveis às relações privadas, mas sua liberdade de ação encontra-se sujeita a
maiores restrições se comparada à dos atos praticados por particulares em suas
relações.
4. (CESPE – Técnico – Anvisa 2016) Uma ação ou omissão que, submetida a
controle administrativo quanto à legalidade, seja considerada correta não poderá ser
submetida a nenhuma outra medida de controle administrativo.
5. (CESPE – Técnico – Anvisa 2016) O controle judicial pode incidir sobre atividades
administrativas realizadas em todos os poderes do Estado.
6. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) As comissões parlamentares
de inquérito são instrumentos de controle externo destinados a investigar fato
determinado em prazo determinado, mas desprovidos de poder condenatório.
7. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) A CF atribui ao TCU a
competência para a apreciação dos atos de concessão e renovação de concessão de
emissoras de rádio e televisão.
8. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) O controle administrativo
interno é cabível apenas em relação a atividades de natureza administrativa, mesmo
quando exercido no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário.
9. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) O CNJ é órgão externo de
controle administrativo, financeiro e disciplinar do Poder Judiciário.
10. (CESPE – Analista – FUNPRESP-JUD 2016) Na administração pública, uma
forma de controle é o sistema de freios e contrapesos, cuja principal característica é
a divisão e a independência dos poderes da União.
11. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O órgão de controle administrativo que decidir
pelo cancelamento de ato válido, em virtude de considerações de natureza
administrativa, deverá realizá-lo por meio de ato de anulação.
12. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O sistema de contencioso administrativo
ocorre no âmbito de tribunais de competência especializada que não integram a
estrutura do Poder Judiciário, cujas sentenças são dotadas de força de coisa julgada.

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13. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Recursos administrativos constituem meios


hábeis para propiciar o reexame de decisão interna de um órgão da administração por
órgão correspondente de outro Poder ou de outra esfera.
14. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O controle exercido sobre as entidades da
administração indireta é de caráter essencialmente finalístico, pois elas não estão
sujeitas à subordinação hierárquica, embora tenham de se enquadrar nas políticas
governamentais e atuar em consonância com as disposições de seus estatutos.
15. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O tribunal de contas que executar atividades
de fiscalização sobre os atos de gestão financeira da administração pública exercerá
sua função jurisdicional.
16. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Na administração pública, o controle interno
deve restringir-se à fiscalização contábil, financeira e orçamentária.
17. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O controle interno situa-se no âmbito do
controle administrativo e é exercido, em cada Poder, sobre seus próprios órgãos e
entidades. Qualquer irregularidade que seja detectada e não comunicada ao
respectivo tribunal de contas acarreta pena de responsabilidade solidária.
18. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O Poder Legislativo, por exercer, nos limites
da Constituição Federal de 1988, controle sobre os demais Poderes, inclusive sobre
o Poder Judiciário, quando este executa função administrativa, tem a prerrogativa de
sustar atos normativos do Executivo e do Judiciário, quando exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites da delegação legislativa.
19. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) A função fiscalizatória exercida pelos tribunais
de contas dos estados constitui uma expressão de controle do Poder Legislativo sobre
os atos da administração pública.
20. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Os pareceres e as notas técnicas são
expressões da fase do processo administrativo denominada fase dispositiva ou de
julgamento.
21. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Exercerá controle do tipo legislativo
determinada casa legislativa que anular ato executado por uma de suas unidades
gestoras.
22. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) No caso de serviços públicos prestados por
meio de contratos de concessão, os tribunais de contas têm competência
constitucional para fiscalizar a atividade financeira e operacional das empresas
concessionárias.
23. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O controle exercido pelos tribunais de contas
sobre as casas legislativas é considerado controle interno, haja vista a posição dos
tribunais de contas no âmbito do Poder Legislativo.

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24. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) A nomeação de alguém, por gestor público
federal, para determinado cargo de provimento em comissão somente poderá ser
considerada definitiva se o Tribunal de Contas da União apreciar, aprovar e registrar
tal ato.
25. (CESPE – Auxiliar – TCE/PA 2016) A ação civil pública é instrumento válido de
controle judicial da atividade administrativa.
26. (CESPE – Auxiliar – TCE/PA 2016) No controle judicial da atividade
administrativa, notadamente no que se refere às políticas públicas, devem-se observar
limites que impeçam uma substituição do administrador pelo julgador, especialmente
no que envolva a discricionariedade.
27. (CESPE – Auxiliar – TCE/PA 2016) O controle interno instituído pela Constituição
Federal de 1988 foi mais um instrumento para a garantia da legalidade das ações nos
órgãos e nas entidades da administração pública federal.
28. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Caso o ato administrativo apresente vício, o
Poder Judiciário, quando for provocado, poderá anulá-lo, com efeitos ex tunc, ou
revogá-lo, com efeitos ex nunc.
29. (CESPE – Auditor – TCE/SC 2016) O Tribunal de Contas de determinado estado
da Federação, ao analisar as contas prestadas anualmente pelo governador do
estado, verificou que empresa de publicidade foi contratada, mediante inexigibilidade
de licitação, para divulgar ações do governo. Na campanha publicitária promovida pela
empresa contratada, constavam nomes, símbolos e imagens que promoviam a figura
do governador, que, em razão destes fatos, foi intimado por Whatsapp para apresentar
defesa. Na data de visualização da intimação, a referida autoridade encaminhou
resposta, via Whatsapp, declarando-se ciente. Ao final do procedimento, o Tribunal
de Contas não acolheu a defesa do governador e julgou irregular a prestação de
contas.

A partir da situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.

O julgamento proferido pelo Tribunal de Contas é nulo, por incompetência.

30. (CESPE – Auditor – TCE/SC 2016) As contas de toda e qualquer entidade da


administração indireta, independentemente de seu objeto e de sua forma jurídica,
estão sujeitas ao julgamento do tribunal de contas, inclusive ao procedimento de
tomada de contas especial, aplicável a quem deu causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.
31. (CESPE – Assessor Jurídico – TCE/RN 2015) O controle da administração
pública pela via da ação popular autoriza a condenação do agente público a ressarcir
valores ao erário quando, a despeito de falta de comprovação, for possível presumir
lesão oriunda do ato por aquele praticado.

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32. (CESPE – Inspetor – TCE/RN 2015) Situação hipotética: Foi constatado um


superfaturamento para a realização de concurso público para a contratação de
empregados de uma sociedade de economia mista.

Assertiva: Nessa situação, ainda que possuísse personalidade jurídica de direito


privado, a referida sociedade estaria sujeita ao controle pelo respectivo tribunal de
contas.

33. (CESPE – Auditor – TCE/RN 2015) Na análise de contas de determinado estado


da Federação no ano de 2012, o corpo técnico do tribunal de contas estadual (TCE)
deparou-se com erro de cálculo de reajuste de precatório e outras possíveis
irregularidades. O referido precatório foi reajustado de R$ 17 milhões, montante da
dívida calculado em 1997, para R$ 165 milhões, em 2010. O refazimento do cálculo
foi determinado pelo presidente do tribunal, mas o precatório não sofreu qualquer
impugnação, mesmo diante do reajuste de mais de 1.000%. Por fim, foi selado termo
de compromisso judicial para o pagamento parcelado de R$ 85 milhões, o que
ainda representava um reajuste superior a 500% do valor original. Ocorre que,
segundo os cálculos realizados pelo TCE, o reajuste aplicado ao valor original
alcançaria o montante de R$ 72 milhões em lugar dos R$ 165 milhões apontados pelo
setor de precatórios do respectivo tribunal de justiça. A situação foi levada para o
pleno do referido TCE para análise e decisão.

De acordo com a situação hipotética acima, julgue o seguinte item.


O TCE, nas suas ações de controle, não tem legitimidade para suspender o
pagamento, pois precatórios decorrem de decisão judicial, e a sua suspensão pelo
TCE ofenderia o princípio de separação dos poderes.

34. (CESPE – Advogado da União – AGU 2015) Em consonância com o


entendimento do STF, os serviços sociais autônomos estão sujeitos ao controle
finalístico do TCU no que se refere à aplicação de recursos públicos recebidos.
35. (CESPE – Analista – STJ 2015) A possibilidade de convocação, por qualquer
das casas do Congresso Nacional, de titulares de órgãos subordinados à Presidência
da República ilustra o controle político da administração pública, que abrange tanto
aspectos de legalidade quanto de mérito.
36. (CESPE – Técnico – MPOG 2015) Os casos de controle legislativo sobre o Poder
Executivo devem estar dispostos na Constituição Federal, pois constituem exceções
ao princípio constitucional da separação de poderes, razão pela qual não se admite a
sua ampliação por legislação infraconstitucional.
37. (CESPE – Técnico – MPOG 2015) O controle interno deriva do poder de
autotutela que a administração tem sobre seus próprios atos e agentes.

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38. (CESPE – Analista – MPOG 2015) O direito de a administração anular seus


próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, implica a
desnecessidade de garantir o contraditório e a ampla defesa ao terceiro prejudicado.
39. (CESPE – Analista – MPOG 2015) Em relação ao controle administrativo, julgue
o item subsequente.
O controle interno pode ser definido como o exercido no âmbito do mesmo Poder,
ainda que por órgão diverso daquele que sofra a correição.
40. (CESPE – Auditor – FUB 2015) É incabível a ação popular em modalidade
preventiva, exigindo-se, para seu cabimento, lesão efetivamente já ocorrida.
41. (CESPE – Auditor – FUB 2015) No mandado de segurança impetrado em razão
de omissão do poder público, a autoridade coatora deve ser aquela competente para
rever ou corrigir o ato que deveria ter sido praticado.
42. (Cespe – TRT2 – Juiz – 2013) À luz da lei e da jurisprudência dominante nos
tribunais superiores, assinale a opção correta a respeito do controle da administração
pública.

a) Salvo disposição legal específica, é de cinco dias o prazo para a interposição de


recurso administrativo.
b) Prescreve em cinco anos, contados da data do ilícito ambiental, a pretensão da
administração pública de promover a execução de multa por infração ambiental.
c) O MP não tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio
público.
d) Segundo a jurisprudência do STF, é pacífico que o TCU, no exercício da
competência de controle externo da legalidade do ato de concessão inicial de
aposentadorias, reformas e pensões, não se submete ao prazo decadencial
estabelecido na Lei n.o 9.784/1999, iniciando-se o prazo quinquenal somente após a
publicação do registro na imprensa oficial.
e) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de
mérito, devendo ele ser interposto perante a autoridade imediatamente superior à que
tiver proferido a decisão recorrida, a qual poderá, se entender necessário, dar vistas
dos autos à autoridade que proferiu a decisão, a qual poderá se retratar no prazo de
cinco dias.
43. (Cespe – MPTCE/PB 2014) Acerca do controle da administração pública, assinale
a opção correta.

a) O TCU exerce uma função não judicial quando julga as contas dos administradores
e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos, nos processos de
tomada e prestação de contas anual.

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b) O sistema de controle da administração pública veda a aplicação da accountability


devido à inexistência de previsão legal para tal aplicação.
c) O controle da edição do ato administrativo deve ser sempre posterior à sua edição,
quando este relacionar-se à aplicação de recursos públicos.
d) Na estrutura do sistema de controle da administração pública federal, a CGU, órgão
de controle interno, é subordinada ao TCU, órgão de controle externo.
e) O tribunal de contas do estado está subordinado ao Poder Legislativo estadual, em
decorrência de delegação da própria CF e ratificação da constituição estadual.
44. (Cespe – TCE/AC 2009) Em conformidade com a CF, os atos relacionados a
pessoal que são apreciados pelo TCU para fins de registro ou reexame não incluem:

a) a admissão de pessoal nas empresas públicas.


b) a admissão de pessoal nas fundações instituídas e mantidas pelo poder público.
c) as nomeações para cargo de provimento em comissão na administração direta.
d) a concessão inicial de pensão.
e) as melhorias posteriores em aposentadorias que tenham alterado o fundamento
legal da concessão inicial.
45. (Cespe – MPTCE/PB 2014) No exercício do controle político da administração
pública, compete

a) às CPIs apurar irregularidades e determinar sanções.


b) ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar, sustando, se for o caso, seus efeitos
independentemente de prévia manifestação do Poder Judiciário.
c) ao Senado Federal ou à Câmara dos Deputados — excetuadas suas comissões —
convocar titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República.
d) privativamente ao Congresso Nacional e ao Senado Federal apreciar, a priori, os
atos do Poder Executivo.
e) ao Senado Federal dispor, por proposta do presidente da República, sobre limites
globais e condições para a operação de créditos externo e interno da União, dos
estados, dos municípios e do DF, exceto das autarquias.
46. (Cespe – Auditor TCE/PR 2016) Acerca da fiscalização contábil, financeira e
orçamentária e dos tribunais de contas, assinale a opção correta.

A) Compete ao TCU fiscalizar a aplicação de recursos repassados pela União aos


estados ou municípios, quando decorrentes da participação ou compensação no
resultado da exploração de petróleo, xisto betuminoso e gás natural.

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B) A Controladoria-Geral da União exerce, juntamente com o TCU, o controle externo


do Poder Executivo.
C) Compete ao TCU examinar, previamente, a validade de contratos administrativos
celebrados pelo poder público.
D) Não violará a CF a previsão contida em Constituição estadual que confira
competência exclusiva à assembleia legislativa para fiscalizar as contas do respectivo
tribunal de contas.
E) Compete ao tribunal de contas fiscalizar a administração direta, autárquica ou
fundacional, mas não as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
47. (Cespe – MDIC 2014) As formas de controle interno na administração pública
incluem o controle ministerial, exercido pelos ministérios sobre os órgãos de sua
estrutura interna, e a supervisão ministerial, exercida por determinado ministério sobre
as entidades da administração indireta a ele vinculadas.
48. (Cespe – PM/CE 2014) Considera-se controle por vinculação o poder de
fiscalização e correção que os órgãos da administração centralizada exercem sobre
as pessoas jurídicas que integram a administração indireta.
49. (Cespe – PM/CE 2014) O controle administrativo sobre os órgãos da
administração direta é um controle interno, que permite à administração pública anular
os próprios atos, quando ilegais, ou revogá-los, quando inoportunos ou
inconvenientes.
50. (Cespe – TCDF 2014) Na esfera federal, o controle administrativo é identificado
com a supervisão ministerial, que, no caso da administração indireta, caracteriza a
tutela. A sua autonomia, estabelecida nas próprias leis instituidoras, deve ser
assegurada, sem prejuízo da fiscalização na aplicação da receita pública e da atenção
com a eficiência e a eficácia no desempenho da administração.
51. (Cespe – Polícia Federal 2014) Recursos administrativos são todos os meios
utilizáveis pelos administrados para provocar o reexame do ato administrativo pela
administração pública e, pelo fato de o processo administrativo ter impulsão de ofício,
tais recursos não podem ter efeito suspensivo em hipótese alguma.
52. (Cespe – MPTCDF 2013) As comissões parlamentares de inquérito, que terão
poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, poderão, por autoridade
própria, determinar a busca e apreensão domiciliar de documentos.
53. (Cespe – TRT10 2013) Portaria de caráter normativo editada pelo Ministério da
Educação que seja ilegal poderá ser sustada pelo Congresso Nacional.
54. (Cespe – CNJ 2013) A decisão do Tribunal de Contas da União que, dentro de
suas atribuições constitucionais, julga ilegal a concessão de aposentadoria, negando-
lhe o registro, possui caráter impositivo e vinculante para a administração.

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55. (Cespe – MPTCDF 2013) O julgamento das contas dos administradores públicos
é exercido pela Controladoria Geral da União (CGU), órgão central de controle interno
do Poder Executivo, e seu resultado deve ser informado ao TCU, dentro dos prazos
estabelecidos na legislação vigente.
56. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) O controle externo, a cargo do Congresso
Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete, entre outras atribuições, fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos
repassados pela União, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos
congêneres, a estado, ao Distrito Federal ou a município.
57. (Cespe – CADE 2014) A função fiscalizatória exercida pelos tribunais de contas
dos estados inclui-se entre as hipóteses de controle do Poder Legislativo sobre os
atos da administração pública.
58. (Cespe – MPTCDF 2013) Segundo o entendimento firmado no âmbito do STJ,
quando se tratar de ato de demissão de servidor público, é permitido questionar o
Poder Judiciário acerca da legalidade da pena a ele imposta, até porque, em tais
circunstâncias, o controle jurisdicional é amplo, no sentido de verificar se há motivação
para o ato de demissão.
59. (Cespe – TRT10 2013) Conforme a jurisprudência, o ato administrativo que impõe
sanção disciplinar a servidor público vincula-se aos princípios da proporcionalidade,
dignidade da pessoa humana e culpabilidade. Dessa forma, o controle jurisdicional
desse ato é amplo, não se limitando aos aspectos formais do procedimento
sancionatório.
60. (Cespe – TRT10 2013) Os atos discricionários praticados pela administração
pública estão sujeitos ao controle pelo Poder Judiciário quanto à legalidade formal e
substancial, observada a vinculação da administração aos motivos embasadores dos
atos por ela praticados, os quais conferem a eles legitimidade e validade.
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1. (CESPE – Professor – SEDF 2017) O poder de fiscalização que a Secretaria de


Estado de Educação do DF exerce sobre fundação a ela vinculada configura controle
administrativo por subordinação.
Comentário: O controle exercido pela Administração Direta sobre a
Administração Indireta não é hierárquico; em outras palavras, a Administração
Indireta não está subordinada à Administração Direta, vale dizer, a fundação não
é subordinada à Secretaria de Educação. O que existe é apenas uma vinculação,
para fins de tutela administrativa, que configura no exercício de controle
finalístico da Administração Direta sobre a Indireta.
Gabarito: Errada
2. (CESPE – Professor – SEDF 2017) É garantido ao Poder Judiciário o controle de
mérito administrativo dos atos administrativos, pois lesão ou ameaça a direito não
podem ser excluídas da apreciação de juiz.
Comentário: O controle judicial dos atos administrativos é um controle de
legalidade, não incidindo no mérito administrativo. Assim, o Poder Judiciário,
no exercício do controle jurisdicional, não pode apreciar o mérito de atos
administrativos praticados no exercício da função administrativa, daí o gabarito.
Isso não impede, porém, que o Poder Judiciário, no exercício da função
administrativa (e não da jurisdicional), reveja seus próprios atos, inclusive no
controle de mérito. Nesse caso, o Judiciário estará agindo como Administração
Pública, e não como Poder Judiciário típico.
Gabarito: Errada
3. (CESPE – Técnico – Anvisa 2016) A administração possui prerrogativas não
extensíveis às relações privadas, mas sua liberdade de ação encontra-se sujeita a
maiores restrições se comparada à dos atos praticados por particulares em suas
relações.
Comentário: De fato, a liberdade de ação da Administração é mais restrita
que a dos particulares, pois, enquanto os particulares podem fazer tudo que a
lei não proíbe, a Administração só pode fazer aquilo que a lei expressamente
autoriza ou determina. Assim, ao contrário dos particulares, não basta que
determinado ato não seja proibido para que a Administração possa praticá-lo
livremente: mais que isso, em razão do princípio da legalidade, a Administração
necessita que uma lei a autorize ou a obrigue a praticar aquele ato.
Gabarito: Certa

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4. (CESPE – Técnico – Anvisa 2016) Uma ação ou omissão que, submetida a


controle administrativo quanto à legalidade, seja considerada correta não poderá ser
submetida a nenhuma outra medida de controle administrativo.
Comentário: Os atos praticados pela Administração estão sujeitos a
controle administrativo de legalidade e de mérito. No âmbito do controle de
mérito, é possível que atos considerados legais, ou seja, sem vícios, sejam
revogados, por razões de conveniência e oportunidade.
Gabarito: Errada
5. (CESPE – Técnico – Anvisa 2016) O controle judicial pode incidir sobre atividades
administrativas realizadas em todos os poderes do Estado.
Comentário: O controle judicial dos atos, realizado pelo Poder Judiciário,
incide sobre todos os atos praticados pela Administração Pública, em qualquer
dos Poderes. Isso se deve ao princípio da inafastabilidade da tutela
jurisdicional, pelo qual qualquer lesão ou ameaça a direito poderá ser levada à
apreciação do Poder Judiciário (art. 5º, XXXV da CF/88).
Gabarito: Certa
6. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) As comissões parlamentares
de inquérito são instrumentos de controle externo destinados a investigar fato
determinado em prazo determinado, mas desprovidos de poder condenatório.
Comentário: De acordo com o § 3º do art. 58 da CF/88, as comissões
parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas
Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em
conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus
membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
Portanto, as CPIs, de fato, são desprovidas de poder condenatório. Quem
promove a condenação das ilegalidades apuradas nas CPIs é o Judiciário,
mediante representação do Ministério Público.
Gabarito: Certa
7. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) A CF atribui ao TCU a
competência para a apreciação dos atos de concessão e renovação de concessão de
emissoras de rádio e televisão.
Comentário: De acordo com o art. 49, XII da CF/88, é competência do
Congresso Nacional apreciar os atos de concessão e renovação de emissoras
de rádio e televisão.
Gabarito: Errada

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8. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) O controle administrativo


interno é cabível apenas em relação a atividades de natureza administrativa, mesmo
quando exercido no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário.
Comentário: O controle interno é aquele exercido por órgão integrante da
estrutura do órgão que terá seus atos controlados. É o caso da Controladoria
Geral da União (atual Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-
Geral da União) no âmbito do Poder Executivo Federal, do CNJ no âmbito do
Poder Judiciário e dos órgãos de controle interno do Legislativo.
O controle interno administrativo recai, por definição, apenas sobre as
atividades de natureza administrativa (licitações, contratos, atos ligados à
execução orçamentária e financeira, por exemplo), não incidindo sobre atos
políticos, legislativos ou judiciais.
Gabarito: Certa
9. (CESPE – Procurador do Estado – PGE/AM 2016) O CNJ é órgão externo de
controle administrativo, financeiro e disciplinar do Poder Judiciário.
Comentário: O CNJ é órgão de controle interno do Poder Judiciário, e não
de controle externo, pois integra a estrutura do próprio Poder Judiciário.
Gabarito: Errada
10. (CESPE – Analista – FUNPRESP-JUD 2016) Na administração pública, uma
forma de controle é o sistema de freios e contrapesos, cuja principal característica é
a divisão e a independência dos poderes da União.
Comentário: O sistema de freios e contrapesos (check and balances) é uma
das formas de controle existentes na Administração Pública. Através dele, um
Poder exerce controle sobre o outro, sem interferir na independência prevista
no art. 2º da CF/88. Como exemplos de mecanismos de controle decorrentes do
sistema de freios e contrapesos podemos citar o julgamento das contas do
Presidente da República pelo Congresso Nacional, a possibilidade de o
Presidente da república vetar projetos de lei aprovados pelo Congresso
Nacional, a necessidade de aprovação pelo Senado Federal de nomes de
autoridades indicadas pelo Presidente da República, o controle de
constitucionalidade de leis pelo Poder Judiciário, dentre outros.
Gabarito: Certa
11. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O órgão de controle administrativo que
decidir pelo cancelamento de ato válido, em virtude de considerações de natureza
administrativa, deverá realizá-lo por meio de ato de anulação.
Comentário: A anulação constitui controle de legalidade, que incide sobre
atos ilegais, ou seja, inválidos. Para cancelar um ato válido (legal, sem vício), A

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Administração deverá utilizar a revogação, que constitui controle de mérito,


promovido por razões de conveniência e de oportunidade, e não de legalidade.
Gabarito: Errada
12. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O sistema de contencioso administrativo
ocorre no âmbito de tribunais de competência especializada que não integram a
estrutura do Poder Judiciário, cujas sentenças são dotadas de força de coisa julgada.
Comentário: O sistema de contencioso administrativo é aquele no qual os
conflitos que envolvem a atuação da Administração Pública não são
solucionados pelo Poder Judiciário, e sim por tribunais administrativos, que
possuem a prerrogativa de fazer coisa julgada nessas matérias, ou seja, as
decisões adotadas pelos tribunais administrativos sobre os conflitos
envolvendo a Administração não são passíveis de revisão por nenhuma outra
instância, nem mesmo pelo Poder Judiciário.
Gabarito: Certa
13. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Recursos administrativos constituem meios
hábeis para propiciar o reexame de decisão interna de um órgão da administração por
órgão correspondente de outro Poder ou de outra esfera.
Comentário: Recursos administrativos são interpostos perante a própria
Administração, no âmbito do mesmo órgão ou Poder que proferiu a decisão a
ser reexaminada
Gabarito: Errada
14. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O controle exercido sobre as entidades da
administração indireta é de caráter essencialmente finalístico, pois elas não estão
sujeitas à subordinação hierárquica, embora tenham de se enquadrar nas políticas
governamentais e atuar em consonância com as disposições de seus estatutos.
Comentário: A Administração Direta exerce a chamada tutela sobre as
entidades da Administração Indireta, que é uma espécie de controle finalístico,
não hierárquico. O objetivo da tutela é assegurar que a entidade descentralizada
cumpra os objetivos para os quais foi criada.
Gabarito: Certa
15. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O tribunal de contas que executar atividades
de fiscalização sobre os atos de gestão financeira da administração pública exercerá
sua função jurisdicional.
Comentário: Os tribunais de contas são órgão administrativos, e não
jurisdicionais (eles não integram o Poder Judiciário). Logo, suas decisões
possuem caráter administrativo. Assim, por exemplo, quando um Tribunal de

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Contas julga irregulares as contas de um gestor e lhe condena em débito e


multa, está proferindo decisões de natureza administrativa, e não jurisdicional.
Outra justificativa para o gabarito poderia ser dada com base na matéria
Controle Externo, onde estudamos que, quando o tribunal de contas executa
atividades de fiscalização, ele exerce sua função fiscalizatória, e não
jurisdicional. A função jurisdicional seria exercida apenas quando o tribunal
praticasse sua competência de julgar as contas dos gestores. Lembrando que
essa classificação dada em Controle Externo é apenas doutrinária, para fins de
sistematização das competências dos tribunais de contas; em qualquer
hipótese, suas decisões sempre possuem natureza administrativa.
Gabarito: Errada
16. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Na administração pública, o controle interno
deve restringir-se à fiscalização contábil, financeira e orçamentária.
Comentário: A resposta está no art. 70, caput, da Constituição Federal, que
diz o seguinte:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de
controle interno de cada Poder.
Portanto, o controle interno não se restringe à fiscalização contábil,
financeira e orçamentária, abrangendo também a fiscalização operacional e
patrimonial.
Gabarito: Errada
17. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O controle interno situa-se no âmbito do
controle administrativo e é exercido, em cada Poder, sobre seus próprios órgãos e
entidades. Qualquer irregularidade que seja detectada e não comunicada ao
respectivo tribunal de contas acarreta pena de responsabilidade solidária.
Comentário: O controle interno é aquele exercido pela Administração sobre
seus próprios atos. Como o controle interno é exercido pela Administração,
podemos afirmar que ele se situa no âmbito do controle administrativo. Uma das
finalidades do controle interno é apoiar o controle externo no exercício da sua
missão institucional (CF, art. 74, IV). Nesse sentido, o art. 74, §1º da CF preceitua
que os responsáveis pelo controle interno têm o dever de comunicar ao Tribunal
de Contas qualquer irregularidade ou ilegalidade de que tenham conhecimento,
sob pena de responsabilidade solidária.
Gabarito: Certo

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18. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O Poder Legislativo, por exercer, nos limites
da Constituição Federal de 1988, controle sobre os demais Poderes, inclusive sobre
o Poder Judiciário, quando este executa função administrativa, tem a prerrogativa de
sustar atos normativos do Executivo e do Judiciário, quando exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites da delegação legislativa.
Comentário: A resposta está no art. 49, inciso V da CF, que diz o seguinte:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;

Portanto, o Congresso Nacional (Poder Legislativo) possui competência


para sustar apenas os atos normativos praticados pelo Poder Executivo (e não
pelo Poder Judiciário) que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da
delegação legislativa.
Gabarito: Errada
19. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) A função fiscalizatória exercida pelos tribunais
de contas dos estados constitui uma expressão de controle do Poder Legislativo sobre
os atos da administração pública.
Comentário: Doutrinariamente, o controle exercido pelos tribunais de
contas sobre a Administração Pública se insere no âmbito do controle
legislativo, daí o gabarito. Tal classificação decorre do fato de que os tribunais
de contas, segundo o art. 71, caput da CF, possuem a atribuição de auxiliar o
Poder Legislativo no exercício do controle externo. Não obstante, recorde-se de
que os tribunais de contas não pertencem ao Poder Legislativo, vale dizer, os
tribunais de contas não estão inseridos na estrutura organizacional do Poder
Legislativo e, por conseguinte, não possuem relação de
hierarquia/subordinação com este Poder. Assim, por exemplo, o Presidente do
Tribunal de Contas da União (TCU) não está subordinado hierarquicamente ao
Presidente do Congresso Nacional, muito embora o TCU tenha a missão
constitucional de auxiliar o Congresso no controle externo da Administração
Pública Federal.
Gabarito: Certa
20. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Os pareceres e as notas técnicas são
expressões da fase do processo administrativo denominada fase dispositiva ou de
julgamento.
Comentário: Os pareceres e as notas técnicas são emitidos na fase de
instrução do processo administrativo, e não na fase de julgamento. Tais
documentos têm como objetivo oferecer elementos técnicos para subsidiar a

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decisão da autoridade competente. Ex: durante a instrução de um processo


administrativo que tenha por objeto a realização de uma despesa pública,
poderia ser emitido um parecer demonstrando a viabilidade jurídica da despesa,
a existência de dotação orçamentária e os resultados que seriam alcançados;
com base nessas informações, a autoridade competente teria melhores
condições para decidir se aprova ou não a despesa.
Gabarito: Errada
21. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Exercerá controle do tipo legislativo
determinada casa legislativa que anular ato executado por uma de suas unidades
gestoras.
Comentário: Ao anular ato executado por uma de suas unidades gestoras,
a casa legislativa estaria atuando como Administração Pública, exercendo de
maneira atípica a sua função administrativa, mais especificamente o seu poder
de autotutela. Assim, o caso configura hipótese de controle administrativo, e
não de controle legislativo.
Gabarito: Errada
22. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) No caso de serviços públicos prestados por
meio de contratos de concessão, os tribunais de contas têm competência
constitucional para fiscalizar a atividade financeira e operacional das empresas
concessionárias.
Comentário: Os tribunais de contas não detêm competência para fiscalizar
os atos de gestão internos das entidades privadas, mas apenas os atos ligados
à prestação do serviço público, verificando o cumprimento das regras
contratuais e de prestação do serviço.
Na verdade, em se tratando do controle de contratos de concessão, os
tribunais de contas atuam diretamente sobre as agências reguladoras, a quem
cumpre o papel de assegurar a observância dos termos do contrato por parte
das empresas e a consequente boa prestação dos serviços. O controle sobre as
concessionárias por parte dos tribunais de contas é apenas indireto. Ex: para
verificar o cumprimento dos contratos de concessão de telefonia, o TCU
fiscaliza a agência reguladora do setor (Anatel) ao invés de fiscalizar
diretamente as empresas privadas concessionárias (Tim, Oi, Claro etc).
Gabarito: Errada
23. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) O controle exercido pelos tribunais de contas
sobre as casas legislativas é considerado controle interno, haja vista a posição dos
tribunais de contas no âmbito do Poder Legislativo.

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Comentário: Os tribunais de contas não integram a estrutura


organizacional do Poder Legislativo, dada a sua característica de órgão
independente. Assim, o controle exercido pelos tribunais de contas sobre as
casas legislativas é considerado controle externo, e não interno.
Gabarito: Errada
24. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) A nomeação de alguém, por gestor público
federal, para determinado cargo de provimento em comissão somente poderá ser
considerada definitiva se o Tribunal de Contas da União apreciar, aprovar e registrar
tal ato.
Comentário: De acordo com o art. 71, III da CF/88, compete ao TCU apreciar,
para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de
provimento em comissão.
Gabarito: Errada
25. (CESPE – Auxiliar – TCE/PA 2016) A ação civil pública é instrumento válido de
controle judicial da atividade administrativa.
Comentário: Como instrumentos de controle judicial da atividade
administrativa, podemos mencionar a ação civil pública, a ação popular e o
mandado de segurança (individual e coletivo).
Gabarito: Certo
26. (CESPE – Auxiliar – TCE/PA 2016) No controle judicial da atividade
administrativa, notadamente no que se refere às políticas públicas, devem-se observar
limites que impeçam uma substituição do administrador pelo julgador, especialmente
no que envolva a discricionariedade.
Comentário: O controle judicial, em essência, é um controle de legalidade,
não podendo adentrar no mérito das políticas públicas, cuja definição se insere
no âmbito da discricionariedade da função administrativa. A substituição do
administrador pelo julgador caracteriza indevida inobservância do princípio da
separação entre os Poderes.
Gabarito: Certo
27. (CESPE – Auxiliar – TCE/PA 2016) O controle interno instituído pela Constituição
Federal de 1988 foi mais um instrumento para a garantia da legalidade das ações nos
órgãos e nas entidades da administração pública federal.
Comentário: A Constituição Federal, basicamente, instituiu dois sistemas
de controle da Administração Pública: o sistema de controle externo (art. 71) –

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exercido pelo Poder Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas – e o


sistema de controle interno (art. 74) – mantido de forma integrada por cada
Poder.
Gabarito: Certa
28. (CESPE – Auditor – TCE/PA 2016) Caso o ato administrativo apresente vício, o
Poder Judiciário, quando for provocado, poderá anulá-lo, com efeitos ex tunc, ou
revogá-lo, com efeitos ex nunc.
Comentário: Como o controle judicial é um controle de legalidade, ele só
pode resultar na anulação dos atos ilegais, jamais na revogação dos atos
inoportunos e inconvenientes, pois isso caracteriza controle de mérito,
3
insuscetível de ser praticado pelo Judiciário.
Gabarito: Errada
29. (CESPE – Auditor – TCE/SC 2016) O Tribunal de Contas de determinado estado
da Federação, ao analisar as contas prestadas anualmente pelo governador do
estado, verificou que empresa de publicidade foi contratada, mediante inexigibilidade
de licitação, para divulgar ações do governo. Na campanha publicitária promovida pela
empresa contratada, constavam nomes, símbolos e imagens que promoviam a figura
do governador, que, em razão destes fatos, foi intimado por Whatsapp para apresentar
defesa. Na data de visualização da intimação, a referida autoridade encaminhou
resposta, via Whatsapp, declarando-se ciente. Ao final do procedimento, o Tribunal
de Contas não acolheu a defesa do governador e julgou irregular a prestação de
contas.
A partir da situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.
O julgamento proferido pelo Tribunal de Contas é nulo, por incompetência.
Comentário: A competência para julgar as contas de governo apresentadas
pelos chefes do Poder Executivo é do Poder Legislativo correspondente. No
caso, as contas do Governador deveriam ser julgadas pela Assembleia
Legislativa do Estado, e não pelo Tribunal de Contas. Em relação às contas dos
chefes do Executivo, compete ao Tribunal de Contas apenas a emissão de
parecer prévio, que subsidia o julgamento a cargo do Legislativo, nos termos
do art. 71, I da CF.
Gabarito: Certa
30. (CESPE – Auditor – TCE/SC 2016) As contas de toda e qualquer entidade da
administração indireta, independentemente de seu objeto e de sua forma jurídica,
estão sujeitas ao julgamento do tribunal de contas, inclusive ao procedimento de
tomada de contas especial, aplicável a quem deu causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.

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Comentário: O quesito está correto, conforme o art. 71, II da CF:


Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e
valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas
daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte
prejuízo ao erário público;

Note que a CF não faz qualquer distinção em relação ao objeto ou à forma


jurídica da entidade da administração indireta. Assim, os gestores de qualquer
entidade administrativa (autarquias,b fundações, empresas públicas e
sociedades de economia mista) estão sujeitos ao julgamento do Tribunal de
Contas, tanto no que se refere às contas anuais ordinárias da entidade, como
às tomadas de contas especiais, instauradas na hipótese de perda, extravio ou
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário.
Gabarito: Certa
31. (CESPE – Assessor Jurídico – TCE/RN 2015) O controle da administração
pública pela via da ação popular autoriza a condenação do agente público a ressarcir
valores ao erário quando, a despeito de falta de comprovação, for possível presumir
lesão oriunda do ato por aquele praticado.
Comentário: A ação popular é preponderantemente desconstitutiva e
subsidiariamente condenatória. Significa que, pela ação popular, o cidadão
demandará do Judiciário a anulação do ato lesivo (sentença desconstitutiva) e,
subsidiariamente, a sentença poderá, ainda, resultar na condenação dos
responsáveis ao pagamento de eventuais perdas e danos comprovados no
processo, bem como na restituição de bens e valores indevidamente obtidos
(sentença condenatória). O erro do item é que, para que o réu seja condenado a
ressarcir ao erário, deve haver a efetiva comprovação do dano, e não apenas a
presunção.
Gabarito: Errada
32. (CESPE – Inspetor – TCE/RN 2015) Situação hipotética: Foi constatado um
superfaturamento para a realização de concurso público para a contratação de
empregados de uma sociedade de economia mista. Assertiva: Nessa situação, ainda
que possuísse personalidade jurídica de direito privado, a referida sociedade estaria
sujeita ao controle pelo respectivo tribunal de contas.
Comentário: As sociedades de economia mista, assim como qualquer
outra entidade da administração indireta, estão sujeitas ao controle do
respectivo tribunal de contas, uma vez que o Poder Público possui participação

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majoritária na formação de seu capital. Portanto, o fator preponderante para


atrair a jurisdição do Tribunal de Contas não é a natureza da personalidade
jurídica da entidade – se de direito público ou de direito privado – e sim a
presença majoritária de recursos públicos na formação do seu capital.
Gabarito: Certa
33. (CESPE – Auditor – TCE/RN 2015) Na análise de contas de determinado estado
da Federação no ano de 2012, o corpo técnico do tribunal de contas estadual (TCE)
deparou-se com erro de cálculo de reajuste de precatório e outras possíveis
irregularidades. O referido precatório foi reajustado de R$ 17 milhões, montante da
dívida calculado em 1997, para R$ 165 milhões, em 2010. O refazimento do cálculo
4
foi determinado pelo presidente do tribunal, mas o precatório não sofreu qualquer
impugnação, mesmo diante do reajuste de mais de 1.000%. Por fim, foi selado termo
de compromisso judicial para o pagamento parcelado de R$ 85 milhões, o que
ainda representava um reajuste superior a 500% do valor original. Ocorre que,
segundo os cálculos realizados pelo TCE, o reajuste aplicado ao valor original
alcançaria o montante de R$ 72 milhões em lugar dos R$ 165 milhões apontados pelo
setor de precatórios do respectivo tribunal de justiça. A situação foi levada para o
pleno do referido TCE para análise e decisão.
De acordo com a situação hipotética acima, julgue o seguinte item.
O TCE, nas suas ações de controle, não tem legitimidade para suspender o
pagamento, pois precatórios decorrem de decisão judicial, e a sua suspensão pelo
TCE ofenderia o princípio de separação dos poderes.
Comentário: O pagamento de precatórios por parte do Poder Judiciário é
atividade inserida na função administrativa exercida de forma atípica por este
Poder, estando, assim, na esfera do controle orçamentário e financeiro exercido
pelo Tribunal de Contas. Como não se trata de exercício da função jurisdicional
pelo Judiciário (e sim da função administrativa) não há ofensa ao princípio de
separação de poderes.
Gabarito: Errada
34. (CESPE – Advogado da União – AGU 2015) Em consonância com o
entendimento do STF, os serviços sociais autônomos estão sujeitos ao controle
finalístico do TCU no que se refere à aplicação de recursos públicos recebidos.
Comentário: De fato, os serviços sociais autônomos (ex: SESI, SENAC,
SENAI) estão sujeitos ao controle finalístico do TCU, uma vez que as atividades
desses serviços são custeadas por contribuições parafiscais arrecadadas de
maneira compulsória dos respectivos contribuintes, razão pela qual são
consideradas recursos de natureza pública.
Gabarito: Certa

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35. (CESPE – Analista – STJ 2015) A possibilidade de convocação, por qualquer das
casas do Congresso Nacional, de titulares de órgãos subordinados à Presidência da
República ilustra o controle político da administração pública, que abrange tanto
aspectos de legalidade quanto de mérito.
Comentário: O Congresso Nacional, diretamente ou por intermédio de suas
Casas e comissões, possui competências próprias relacionadas ao controle
legislativo de caráter político da Administração Pública. Uma dessas
competências está prevista no art.
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e
temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo
regimento ou no ato de que resultar7sua criação.
(...)
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos
inerentes a suas atribuições;
Gabarito: Certa
36. (CESPE – Técnico – MPOG 2015) Os casos de controle legislativo sobre o Poder
Executivo devem estar dispostos na Constituição Federal, pois constituem exceções
ao princípio constitucional da separação de poderes, razão pela qual não se admite a
sua ampliação por legislação infraconstitucional.
Comentário: O controle externo que o Poder Legislativo exerce sobre o
Poder Executivo está previsto na Constituição Federal (arts. 70 e 71). E não
poderia ser diferente, uma vez que esse controle constitui um dos mecanismos
de freios e contrapesos que nossa Constituição estabeleceu para assegurar a
separação dos Poderes e, ao mesmo tempo, evitar que um deles se sobressaia
sobre os demais.
Gabarito: Certa
37. (CESPE – Técnico – MPOG 2015) O controle interno deriva do poder de
autotutela que a administração tem sobre seus próprios atos e agentes.
Comentário: O controle interno constitui uma das expressões do poder de
autotutela que a Administração Pública exerce sobre seus próprios atos, que a
permite anular os atos ilegais e revogar os inoportunos e inconvenientes.
Gabarito: Certa
38. (CESPE – Analista – MPOG 2015) O direito de a administração anular seus
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, implica a
desnecessidade de garantir o contraditório e a ampla defesa ao terceiro prejudicado.

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Comentário: Qualquer ato administrativo que prejudique o interesse de


alguém deverá ser precedido do contraditório e da ampla defesa, inclusive os
atos dos quais resultem a anulação de outros atos ilegais.
Gabarito: Errada
39. (CESPE – Analista – MPOG 2015) Em relação ao controle administrativo, julgue
o item subsequente. O controle interno pode ser definido como o exercido no âmbito
do mesmo Poder, ainda que por órgão diverso daquele que sofra a correição.
Comentário: Uma definição amplamente aceita para controle interno é
aquela que o define como o controle exercido no âmbito de um mesmo Poder,
ainda que por órgão diverso. Seria o caso, por exemplo, do controle exercido
9
pela Controladoria-Geral da União sobre os Ministérios do Poder Executivo.
Tanto a CGU como os Ministérios estão dentro da estrutura do Poder Executivo,
razão pela qual estamos diante de um caso de controle interno.
Gabarito: Certa
40. (CESPE – Auditor – FUB 2015) É incabível a ação popular em modalidade
preventiva, exigindo-se, para seu cabimento, lesão efetivamente já ocorrida.
Comentário: A questão está errada. A ação popular poderá ser preventiva
– quando for ajuizada antes da prática do ato lesivo, com o fim de evita-lo – ou
repressiva – quando o intuito da ação for a anulação do ato lesivo já praticado.
Gabarito: Errada
41. (CESPE – Auditor – FUB 2015) No mandado de segurança impetrado em razão
de omissão do poder público, a autoridade coatora deve ser aquela competente para
rever ou corrigir o ato que deveria ter sido praticado.
Comentário: A autoridade coatora (quem responderá no MS), é a pessoa
responsável pela prática do ato que está sendo impugnado no mandado de
segurança, o polo passivo da ação. Como destacado na CF, a autoridade
impetrada deve ser agente público ou agente de pessoa jurídica privada no
exercício de atribuições do Poder Público. No caso de omissão, o MS deve ser
impetrado contra a autoridade que detinha a competência para praticar o ato e
não o praticou.
Gabarito: Errada

42. (Cespe – TRT2 – Juiz – 2013) À luz da lei e da jurisprudência dominante nos
tribunais superiores, assinale a opção correta a respeito do controle da administração
pública.

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a) Salvo disposição legal específica, é de cinco dias o prazo para a interposição de


recurso administrativo.
b) Prescreve em cinco anos, contados da data do ilícito ambiental, a pretensão da
administração pública de promover a execução de multa por infração ambiental.
c) O MP não tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa do patrimônio
público.
d) Segundo a jurisprudência do STF, é pacífico que o TCU, no exercício da
competência de controle externo da legalidade do ato de concessão inicial de
aposentadorias, reformas e pensões, não se submete ao prazo decadencial
estabelecido na Lei n.o 9.784/1999, iniciando-se o prazo quinquenal somente após a
publicação do registro na imprensa oficial.
e) Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de
mérito, devendo ele ser interposto perante a autoridade imediatamente superior à que
tiver proferido a decisão recorrida, a qual poderá, se entender necessário, dar vistas
dos autos à autoridade que proferiu a decisão, a qual poderá se retratar no prazo de
cinco dias.
Comentário: Vamos analisar cada alternativa:
a) ERRADA. Na esfera federal, o prazo para interposição de recurso
administrativo é de dez dias, conforme o art. 59 da Lei 9.784/99:
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de
recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão
recorrida.

b) ERRADA. Item bastante específico, retirado da Súmula 467 do STJ:


Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo, a
pretensão da Administração Pública de promover a execução da multa por infração
ambiental.
Portanto, o erro é que o prazo prescricional é contado do término do
processo administrativo, e não da data do ilícito.
c) ERRADA. O MP não tem legitimidade para propor ação popular. Já a ação
civil pública é sim da competência do MP, conforme art. 129 da Constituição:
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio
público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
d) CERTA. Segundo a jurisprudência do STF, o ato de concessão inicial de
aposentadoria, reforma ou pensão é um ato administrativo complexo, que só se
aperfeiçoa com o registro no Tribunal de Contas. Assim, antes do registro não

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há ato completo, acabado, razão pela qual não há que se falar em incidência do
prazo decadencial. Tal prazo só começa a contar a partir do registro. Dessa
forma, a manifestação do TCU – frisa-se, necessária para o aperfeiçoamento do
ato – não se sujeita a prescrição, vale dizer, o TCU pode analisar a legalidade do
ato para fins de registro a qualquer tempo. O único detalhe é que, se transcorrer
período superior a cinco anos desde a entrada do ato no TCU até a sua
apreciação, o beneficiário da aposentadoria, reforma ou pensão deverá ser
ouvido caso a decisão do Tribunal venha a lhe prejudicar. Ressalte-se, contudo,
que esse prazo de cinco anos não é prescricional, e sim um prazo razoável
estabelecido pelo STF para o TCU apreciar o ato.
e) ERRADA. O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão
(pedido de reconsideração), e não à autoridade superior. Apenas se o autor da
decisão recorrida não a reconsiderar é que o pleito será dirigido à consideração
superior.
Gabarito: alternativa “d”
43. (Cespe – MPTCE/PB 2014) Acerca do controle da administração pública, assinale
a opção correta.
a) O TCU exerce uma função não judicial quando julga as contas dos administradores
e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos, nos processos de
tomada e prestação de contas anual.
b) O sistema de controle da administração pública veda a aplicação da accountability
devido à inexistência de previsão legal para tal aplicação.
c) O controle da edição do ato administrativo deve ser sempre posterior à sua edição,
quando este relacionar-se à aplicação de recursos públicos.
d) Na estrutura do sistema de controle da administração pública federal, a CGU, órgão
de controle interno, é subordinada ao TCU, órgão de controle externo.
e) O tribunal de contas do estado está subordinado ao Poder Legislativo estadual, em
decorrência de delegação da própria CF e ratificação da constituição estadual.
Comentários: Vamos analisar cada alternativa:
a) CERTA. Existe certa polêmica na discussão sobre se o TCU exerce ou
não função judicial ou jurisdicional, com caráter de definitividade (coisa
julgada). A posição doutrinária e jurisprudencial dominante, contudo, é que o
Tribunal não exerce função judicial com força de coisa julgada, uma vez que em
nosso ordenamento jurídico impera o princípio da inafastabilidade da tutela
jurisdicional, ou sistema de jurisdição uma, no qual qualquer lesão ou ameaça
a direito poderá ser levada à apreciação do Poder Judiciário. Aliás, vale
relembrar que o Tribunal de Contas é um órgão de natureza administrativa, e

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não um órgão judicial. A polêmica existe porque o art. 71, II da CF atribui ao TCU
competência para “julgar” as contas dos administradores públicos (daí é que se
diz que o TCU exerce “função judicante”). Trata-se de competência própria e
privativa da Corte de Contas, que não poderá ser exercida nem mesmo pelo
Poder Judiciário. Este, em homenagem ao princípio da inafastabilidade da tutela
jurisdicional, apenas aprecia as formalidades da decisão e só pode se
pronunciar em caso de manifesta ilegalidade, mas nunca para julgar as contas
no lugar do TCU, e sim para anular a decisão do Tribunal. Se isso ocorrer, as
contas devem ser submetidas a novo julgamento pelo TCU.
b) ERRADA. Accountability, de forma rápida, significa “prestar contas”. O
dever de prestar contas, ao contrário do que afirma a assertiva, está previsto de
forma expressa na Constituição Federal (art. 70, parágrafo único):
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos
ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de
natureza pecuniária.

c) ERRADA. O controle pode ser prévio, concomitante ou posterior à


prática dos atos administrativos.
d) ERRADA. Os órgãos de controle interno não são subordinados aos
órgãos de controle externo. Por conseguinte, a CGU (atual MTFC) não é
subordinada ao TCU, embora o controle interno tenha a missão constitucional
de apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. Entre eles
há complementariedade.
e) ERRADA. Os tribunais de contas, em qualquer nível federativo, são
órgãos autônomos e independentes, não subordinados ao Poder Legislativo e
nem mesmo a outro órgão ou Poder.
Gabarito: alternativa “a”
44. (Cespe – TCE/AC 2009) Em conformidade com a CF, os atos relacionados a
pessoal que são apreciados pelo TCU para fins de registro ou reexame não incluem:
a) a admissão de pessoal nas empresas públicas.
b) a admissão de pessoal nas fundações instituídas e mantidas pelo poder público.
c) as nomeações para cargo de provimento em comissão na administração direta.
d) a concessão inicial de pensão.
e) as melhorias posteriores em aposentadorias que tenham alterado o fundamento
legal da concessão inicial.
Comentário: A CF atribuiu ao TCU a competência para apreciar, para fins
de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na

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administração direta e indireta (CF, art. 71, III), incluídas então as empresas
públicas (letra “a”) e as fundações instituídas e mantidas pelo poder público
(letra “b”). Ainda que os servidores dessas entidades se submetam ao regime
celetista, somente podem ser admitidos mediante concurso público. A única
exceção em relação aos atos de admissão refere-se às nomeações para cargo
de provimento em comissão (letra “c”), que são de livre nomeação e
exoneração. Portanto, a alternativa “c” é a resposta da questão.
Em relação às concessões de aposentadorias, reformas e pensões, os atos
apreciados pelo TCU para fins de registro compreendem as concessões iniciais
(letra “d”), assim como as melhorias posteriores que tenham alterado o
fundamento legal da concessão inicial (letra “e”). A exceção, no caso, são as
melhorias posteriores que não tenham alterado o fundamento legal, assim como
as concessões que se submetem ao Regime Geral de Previdência Social
(empregados públicos).
Gabarito: alternativa “c”
45. (Cespe – MPTCE/PB 2014) No exercício do controle político da administração
pública, compete
a) às CPIs apurar irregularidades e determinar sanções.
b) ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar, sustando, se for o caso, seus efeitos
independentemente de prévia manifestação do Poder Judiciário.
c) ao Senado Federal ou à Câmara dos Deputados — excetuadas suas comissões —
convocar titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República.
d) privativamente ao Congresso Nacional e ao Senado Federal apreciar, a priori, os
atos do Poder Executivo.
e) ao Senado Federal dispor, por proposta do presidente da República, sobre limites
globais e condições para a operação de créditos externo e interno da União, dos
estados, dos municípios e do DF, exceto das autarquias.
Comentários: Vamos analisar cada alternativa:
a) ERRADA. As CPIs apuram irregularidades, mas não determinam
sanções. Suas conclusões, se for o caso, devem ser encaminhadas ao
Ministério Público, para que o órgão promova a responsabilidade civil ou
criminal dos infratores (CF, art. 58, §3º).
b) CERTA, nos termos do art. 49, V da CF:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

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V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder


regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;

Como é competência exclusiva do Congresso Nacional, a sustação


independe de manifestação prévia do Poder Judiciário.
c) ERRADA. Nos termos do art. 50 da CF:
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas
Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos
diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem,
pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime
de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.

Portanto, qualquer comissão da Câmara e do Senado também pode


convocar titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da
República, daí o erro.
d) ERRADA. Alternativa confusa, mas, como a opção “b” é manifestamente
correta, então esta só pode estar errada. E, de fato, é isso mesmo. Em regra, a
Casa que aprecia atos do Poder Executivo a priori é o Senado Federal,
especialmente quando aprova previamente a escolha de autoridades (CF, art.
52, III e IV) e autoriza operações de crédito externas (CF, art. 52, V). Mas nada
impede que o Congresso Nacional ou a Câmara dos Deputados também o façam.
Por exemplo, o próprio art. 49, XVI estabelece que é competência exclusiva do
Congresso Nacional “aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras
públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares”. Ademais, é da
competência do Congresso Nacional, diretamente, ou por qualquer de suas
Casas, fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da
administração indireta (CF, art. 49, X), controle que pode ser desenvolvida de
forma prévia, concomitante ou posterior.
e) ERRADA, pois o Senado também dispõe sobre limites globais e
condições para as operações de crédito das autarquias, nos termos do art. 52,
VII da CF:
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e
interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias
e demais entidades controladas pelo Poder Público federal;
Gabarito: alternativa “b”
46. (Cespe – Auditor TCE/PR 2016) Acerca da fiscalização contábil, financeira e
orçamentária e dos tribunais de contas, assinale a opção correta.

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A) Compete ao TCU fiscalizar a aplicação de recursos repassados pela União aos


estados ou municípios, quando decorrentes da participação ou compensação no
resultado da exploração de petróleo, xisto betuminoso e gás natural.
B) A Controladoria-Geral da União exerce, juntamente com o TCU, o controle externo
do Poder Executivo.
C) Compete ao TCU examinar, previamente, a validade de contratos administrativos
celebrados pelo poder público.
D) Não violará a CF a previsão contida em Constituição estadual que confira
competência exclusiva à assembleia legislativa para fiscalizar as contas do respectivo
tribunal de contas.
E) Compete ao tribunal de contas fiscalizar a administração direta, autárquica ou
fundacional, mas não as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
Comentário:
a) ERRADA. Os recursos decorrentes da participação ou compensação no
resultado da exploração de petróleo, xisto betuminoso e gás natural não são
federais, mas apenas são arrecadados pela União e repassados aos verdadeiros
donos, os Estados e Municípios. Logo, a fiscalização da aplicação desses
recursos compete aos respectivos tribunais de contas estaduais e municipais,
e não ao TCU.
b) ERRADA. A CGU é órgão de controle interno, e não de controle externo.
c) ERRADA. O TCU não tem competência para exercer controle prévio em
relação à validade de contratos administrativos, como condição para a eficácia
desses ajustes.
d) CERTA. Trata-se de entendimento pacificado na jurisprudência do STF
(ver ADI 1.178-8/DF).
e) ERRADA. O Tribunal de Contas tem sim competência para fiscalizar as
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
Gabarito: alternativa “d”
47. (Cespe – MDIC 2014) As formas de controle interno na administração pública
incluem o controle ministerial, exercido pelos ministérios sobre os órgãos de sua
estrutura interna, e a supervisão ministerial, exercida por determinado ministério sobre
as entidades da administração indireta a ele vinculadas.
Comentário: Questão bastante polêmica. A meu ver, para estar correta, sem
dúvida alguma, a expressão “controle interno” deveria ser substituída por
“controle administrativo”. Com efeito, conforme ensina Maria Sylvia Di Pietro, o
controle administrativo abrange a supervisão ministerial exercida sobre os
órgãos da Administração Direta (espécie de controle interno, fundamentada no
poder de autotutela), assim como a supervisão ministerial exercida sobre as

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entidades da Administração Indireta (espécie de controle externo,


fundamentada no poder de tutela). A polêmica da questão reside, portanto, em
classificar a tutela como uma espécie de controle “interno”, classificação que
não encontra eco na doutrina majoritária. De fato, além de Di Pietro, Carvalho
Filho também entende que a tutela consiste em controle externo. Já Celso
Antônio Bandeira de Mello diz que se trata de um controle “interno-exterior”, ou
seja, nem um nem outro.
O próprio Cespe, em questões anteriores, já considerou correta a
afirmativa de que a tutela é um controle externo. Vejamos:
(Cespe - TCE/RN 2009) Com referência ao controle externo e ao Poder Legislativo do
estado e dos municípios, julgue o item a seguir: entre os vários critérios adotados para
classificar as modalidades de controle, destaca-se o que o distingue entre interno e
externo, dependendo de o órgão que o exerça integrar ou não a própria estrutura em
que se insere o órgão controlado. Nesse sentido, o controle externo é exercido por
um poder sobre o outro, ou pela administração direta sobre a indireta.
Gabarito: Certo
(Cespe – DP/RR 2013) Assinale a opção correta quanto ao controle da administração
pública.
d) O controle exercido pela administração direta sobre as autarquias é finalístico,
externo e administrativo e não se baseia na subordinação hierárquica.
Gabarito: alternativa “d”
Portanto, a meu ver, a questão deveria ser considerada “Errada” ou, no
mínimo, anulada. Ressalte-se que, só por essa questão, não dá para concluir
que o Cespe mudou seu entendimento a respeito do assunto, até porque a
doutrina continua a mesma. Em questões futuras, acho mais prudente continuar
considerando que a tutela é um controle externo.
Gabarito: Certo

48. (Cespe – PM/CE 2014) Considera-se controle por vinculação o poder de


fiscalização e correção que os órgãos da administração centralizada exercem sobre
as pessoas jurídicas que integram a administração indireta.
Comentário: Entre os Ministérios da Administração Direta e as entidades
da Administração Indireta não há hierarquia, mas apenas vinculação. Daí porque
a supervisão ministerial sobre as entidades da Administração Indireta também
é chamada de controle por vinculação, de caráter finalístico, que busca
assegurar que as entidades cumpram os objetivos para os quais foram criadas,
sem prejuízo da sua autonomia característica.
Gabarito: Certo

49. (Cespe – PM/CE 2014) O controle administrativo sobre os órgãos da


administração direta é um controle interno, que permite à administração pública anular

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os próprios atos, quando ilegais, ou revogá-los, quando inoportunos ou


inconvenientes.
Comentário: De fato, o controle administrativo sobre os órgãos da
administração direta é um controle interno, pois é a própria administração direta
exercendo controle sobre si mesma, no exercício do poder de autotutela. É o
que ocorre, por exemplo, quando um Ministro de Estado anula um ato ilegal ou
revoga um ato inoportuno e inconveniente praticado por um servidor
subordinado ao Ministério.
Gabarito: Certo

50. (Cespe – TCDF 2014) Na esfera federal, o controle administrativo é identificado


com a supervisão ministerial, que, no caso da administração indireta, caracteriza a
tutela. A sua autonomia, estabelecida nas próprias leis instituidoras, deve ser
assegurada, sem prejuízo da fiscalização na aplicação da receita pública e da atenção
com a eficiência e a eficácia no desempenho da administração.
Comentário: Conforme ensina Maria Sylvia Di Pietro, o controle
administrativo abrange a supervisão ministerial exercida sobre os órgãos da
Administração Direta (espécie de controle interno, fundamentada no poder de
autotutela), assim como a supervisão ministerial exercida sobre as entidades da
Administração Indireta (espécie de controle externo, fundamentada no poder de
tutela). Ressalte-se que a tutela, como bem afirma o quesito, não retira a
autonomia das entidades da Administração Indireta, muito pelo contrário, serve
para assegurar essa autonomia.
Gabarito: Certo

51. (Cespe – Polícia Federal 2014) Recursos administrativos são todos os meios
utilizáveis pelos administrados para provocar o reexame do ato administrativo pela
administração pública e, pelo fato de o processo administrativo ter impulsão de ofício,
tais recursos não podem ter efeito suspensivo em hipótese alguma.
Comentário: O recurso administrativo é apenas um dos meios pelos quais
o administrado pode provocar o reexame de ato administrativo pela
Administração Pública. Outro instituto que possui a mesma finalidade é o
pedido de reconsideração. A questão também erra ao afirmar que os recursos
administrativos não podem ter efeito suspensivo em hipótese alguma. Segundo
o art. 61 da Lei 9.784/99, “salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem
efeito suspensivo”. Ou seja, a lei pode conferir efeito suspensivo ao recurso
administrativo. Ademais, conforme o parágrafo único do art. 61 da mesma Lei
9.784/99, a autoridade competente (ou aquela imediatamente superior) para
apreciação do recurso administrativo poderá, de ofício ou a pedido, de modo

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excepcional, conceder efeito suspensivo ao expediente recursal, se houver


justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da decisão
recorrida.
Gabarito: Errado

52. (Cespe – MPTCDF 2013) As comissões parlamentares de inquérito, que terão


poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, poderão, por autoridade
própria, determinar a busca e apreensão domiciliar de documentos.
Comentários: De fato, segundo o art. 58, §3º da CF, as comissões
parlamentares de inquérito (CPI) possuem poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, podendo, dentre outros, determinar a quebra do sigilo
==3b479==

bancário e fiscal de pessoas investigadas. Contudo, as CPI não podem, por


autoridade própria, determinar a busca e apreensão domiciliar de documentos.
Para fazer isso, as CPI necessitam de autorização judicial. Outras medidas que
as CPI não podem adotar sem autorização judicial são: determinar medidas
processuais de garantia, tais como sequestro e indisponibilidade de bens;
impedir que pessoa saia do país ou apreender passaporte; determinar a quebra
do sigilo telefônico para ter acesso ao conteúdo das conversas (a quebra do
sigilo telefônico pelas CPI se limita ao acesso à lista dos números
chamados/recebidos).
Gabarito: Errado

53. (Cespe – TRT10 2013) Portaria de caráter normativo editada pelo Ministério da
Educação que seja ilegal poderá ser sustada pelo Congresso Nacional.
Comentário: De fato, o Congresso Nacional teria competência para sustar
o referido ato normativo do Ministério da Educação, conforme o art. 49, V da CF:
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
(...)
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;

Repare que a competência é do Congresso Nacional, não é da Câmara dos


Deputados ou do Senado Federal, isoladamente.
Gabarito: Certo

54. (Cespe – CNJ 2013) A decisão do Tribunal de Contas da União que, dentro de
suas atribuições constitucionais, julga ilegal a concessão de aposentadoria, negando-
lhe o registro, possui caráter impositivo e vinculante para a administração.

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Comentário: As decisões do TCU tomadas no exercício das suas


competências constitucionais, dentre as quais efetuar o registro dos atos de
concessão de aposentadoria, possuem caráter impositivo e vinculante para a
Administração, significando que a Administração deve cumpri-las na forma e no
prazo determinado pelo Tribunal de Contas. Assim, por exemplo, se o TCU negar
o registro de determinada aposentadoria, a Administração deverá rever o ato,
adequando-o de acordo com as orientações do Tribunal de Contas, inclusive no
que tange à eventual necessidade de ressarcimento ao erário.
Gabarito: Certo

55. (Cespe – MPTCDF 2013) O julgamento das contas dos administradores públicos
é exercido pela Controladoria Geral da União (CGU), órgão central de controle interno
do Poder Executivo, e seu resultado deve ser informado ao TCU, dentro dos prazos
estabelecidos na legislação vigente.
Comentário: Nos termos do art. 71, II da CF, as contas dos administradores
públicos responsáveis pela gestão de recursos federais são julgadas pelo
Tribunal de Contas da União, e não pela CGU.
Gabarito: Errado

56. (Cespe – Ministério da Justiça 2013) O controle externo, a cargo do Congresso


Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete, entre outras atribuições, fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos
repassados pela União, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos
congêneres, a estado, ao Distrito Federal ou a município.
Comentário: O item está de acordo com o art. 71, VI da CF:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
(...)
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante
convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito
Federal ou a Município;

Gabarito: Certo
57. (Cespe – CADE 2014) A função fiscalizatória exercida pelos tribunais de contas
dos estados inclui-se entre as hipóteses de controle do Poder Legislativo sobre os
atos da administração pública.
Comentário: O controle legislativo, em todas as esferas de governo, pode
ser entendido como o controle exercido pelas casas legislativas (Câmaras

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Municipais, Assembleias Legislativas e Congresso Nacional) diretamente ou por


meio dos Tribunais de Contas.
Lembrando que cada esfera de governo está sob a jurisdição de um
Tribunal de Contas próprio. Assim, na esfera federal, o Tribunal de Contas
competente é o Tribunal de Contas da União. Na esfera estadual e distrital, existe
um tribunal de contas para cada Estado e para o DF. Já na esfera Municipal, o
controle pode exercido por um Tribunal de Contas Municipal (apenas nas
cidades Rio de Janeiro e São Paulo), por um Tribunal de Contas dos Municípios
(municípios dos Estados da Bahia, Ceará, Goiás e Pará) ou, nos demais casos,
pelo próprio Tribunal de Contas Estadual, o qual acumula o controle externo na
esfera estadual e municipal do respectivo Estado.
Gabarito: Certo
58. (Cespe – MPTCDF 2013) Segundo o entendimento firmado no âmbito do STJ,
quando se tratar de ato de demissão de servidor público, é permitido questionar o
Poder Judiciário acerca da legalidade da pena a ele imposta, até porque, em tais
circunstâncias, o controle jurisdicional é amplo, no sentido de verificar se há motivação
para o ato de demissão.
Comentário: A questão se refere ao seguinte julgado do STJ:
ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. PROCESSO ADMINISTRATIVO
DISCIPLINAR. NULIDADES. NÃO CARACTERIZADAS. CONTROLE JURISDICIONAL.
POSSIBILIDADE. UTILIZAÇÃO DE PROVA EMPRESTADA. PRECEDENTES.
ARGUIÇÃO QUANTO A EVENTUAIS ILEGALIDADES NA OBTENÇÃO DA
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA. SEDE ADEQUADA: AÇÃO PENAL. DEMISSÃO
DECORRENTE DE ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA NÃO
EXPRESSAMENTE TIPIFICADO NA LEI N.º 8.492/1992. PROCESSO JUDICIAL
PRÉVIO PARA APLICAÇÃO DA PENA DE DEMISSÃO. DESNECESSIDADE.
PREPONDERÂNCIA DA LEI N.º 8.112/90.
PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. OFENSA A ESSES
POSTULADOS. INEXISTENTE. SUPOSTAS NULIDADES NO PROCESSO
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PRINCÍPIO DO PAS DE NULLITÉ SANS GRIEF.
ALEGAÇÃO DE INOCÊNCIA QUANTO ÀS CONDUTAS IMPUTADAS. DILAÇÃO
PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE NA VIA DO WRIT OF MANDAMUS.
1. No caso de demissão imposta a servidor público submetido a processo administrativo
disciplinar, não há falar em juízo de conveniência e oportunidade da Administração,
visando restringir a atuação do Poder Judiciário à análise dos aspectos formais do
processo disciplinar. Nessas circunstâncias, o controle jurisdicional é amplo, no
sentido de verificar se há motivação para o ato demissório, pois trata-se de
providência necessária à correta observância dos aludidos postulados.

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2. É cabível a chamada "prova emprestada" no processo administrativo disciplinar,


desde que devidamente autorizada pelo Juízo Criminal.
Assim, não há impedimento da utilização da interceptação telefônica produzida no ação
penal, no processo administrativo disciplinar, desde que observadas as diretrizes da Lei
n.º 9.296/96. Precedentes.
(...)
(MS 14.140/DF, Rel. Ministra LAURITA VAZ, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
26/09/2012, DJe 08/11/2012)

Repare que, mesmo sem conhecer o aludido julgado do STJ, seria possível
resolver a questão apenas com o conhecimento de que nenhuma ilegalidade
pode ser furtada do exame pelo Poder Judiciário. Assim, a questão está
perfeita, pois afirma que é permitido questionar o Poder Judiciário acerca da
legalidade da pena imposta ao servidor. Detalhe é que, caso reconheça que a
sanção aplicada ao servidor é ilegal, o Judiciário poderá anular a aplicação da
pena, mas não poderá aplicar sanção menos gravosa, caso contrário, estaria
invadindo o campo de discricionariedade da Administração.
Gabarito: Certo
59. (Cespe – TRT10 2013) Conforme a jurisprudência, o ato administrativo que impõe
sanção disciplinar a servidor público vincula-se aos princípios da proporcionalidade,
dignidade da pessoa humana e culpabilidade. Dessa forma, o controle jurisdicional
desse ato é amplo, não se limitando aos aspectos formais do procedimento
sancionatório.
Comentário: A jurisprudência, especialmente a do STJ, firmou o
entendimento de que, no exercício do poder disciplinar, não se admite invocar
a discricionariedade do ato com o fim de afastar o controle jurisdicional. Sobre
o tema, vejamos o seguinte julgado do STJ:
MANDADO DE SEGURANÇA. PROCESSO DISCIPLINAR. DISCRICIONARIEDADE.
INOCORRÊNCIA. PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA AUSENTE. INADEQUAÇÃO DA VIA
ELEITA. ORDEM DENEGADA.
I - Tendo em vista o regime jurídico disciplinar, especialmente os princípios da
dignidade da pessoa humana, culpabilidade e proporcionalidade, inexiste aspecto
discricionário (juízo de conveniência e oportunidade) no ato administrativo que
impõe sanção disciplinar.
II - Inexistindo discricionariedade no ato disciplinar, o controle jurisdicional é
amplo e não se limita a aspectos formais.
III - A descrição minuciosa dos fatos se faz necessária apenas quando do indiciamento
do servidor, após a fase instrutória, na qual são efetivamente apurados, e não na
portaria de instauração ou na citação inicial.

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IV - Inviável a apreciação do pedido da impetrante, já que não consta, neste writ, o


processo administrativo disciplinar, o qual é indispensável para o exame da adequação
ou não da pena de demissão aplicada, considerando, especialmente, a indicação pela
Comissão Disciplinar de uma série de elementos probatórios constantes do PAD, os
quais foram considerados no ato disciplinar.
V - A decisão que determinou o trancamento de ação penal, pendente o trânsito em
julgado, não vincula, necessariamente, a decisão administrativa disciplinar. Seja como
for, a revisão administrativa poderá ser provocada desde que preenchidos os requisitos
para tanto.
Ordem denegada, sem prejuízo das vias ordinárias.
(MS 12.927/DF, Rel. Ministro FELIX FISCHER, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
12/12/2007, DJ 12/02/2008, p. 1)

Gabarito: Certo
60. (Cespe – TRT10 2013) Os atos discricionários praticados pela administração
pública estão sujeitos ao controle pelo Poder Judiciário quanto à legalidade formal e
substancial, observada a vinculação da administração aos motivos embasadores dos
atos por ela praticados, os quais conferem a eles legitimidade e validade.
Comentário: Em regra, o controle judicial se restringe ao controle de
legalidade, não se pronunciando sobre a conveniência e oportunidade do ato
em exame, ou seja, sobre o mérito administrativo. Os elementos que perfazem
o mérito do ato administrativo (motivo e objeto) somente poderão ser objeto de
análise pelo Poder Judiciário nos casos em que contrariarem princípios legais
(como moralidade, imparcialidade e eficiência) ou que forem desproporcionais
ou não pautados em critérios previstos em lei. Por exemplo, pela teoria dos
motivos determinantes, a ausência ou falsidade do motivo, isto é, dos fatos que
precedem a elaboração do ato, caracteriza ilegalidade, suscetível de invalidação
pelo Poder Judiciário, não constituindo invasão do mérito administrativo.
Gabarito: Certo

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Gabarito

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E E C E C C E C E C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E C E C E E C E C E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E E E E C C C E C C
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
E C E C C C C E C E
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
E D A C B D C C C C
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
E E C C E C C C C C

(61) 99170 1432


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Erick Alves

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RESUMÃO DA AULA
➢ CLASSIFICAÇÕES DO CONTROLE:
Externo: exercido por um ente que não integra a mesma estrutura organizacional
do órgão fiscalizado (na CF, somente o exercido pelo Legislativo).
Quanto ao
Interno: exercido por órgão especializado, porém pertencente à mesma estrutura
alcance
do fiscalizado (Ex: MTFC ex CGU).

Legalidade: conformidade às normas;


Quanto à
Mérito: conveniência e oportunidade; não pode ser feito pelo Judiciário.
natureza

Prévio (a priori): preventivo, orientador.


Quanto ao Concomitante (pari passu): tempestivo, preventivo.
momento Posterior (a posteriori): corretivo e sancionador.

Administrativo: exercido pela própria Administração (autotutela e tutela);


Legislativo: exercido diretamente pelo órgão legislativo ou pelos TCs, abrangendo:
Quanto ao (i) controle político: feito sobre atos administrativos, por critérios políticos e
órgão discricionários; (ii) controle financeiro: feito sobre atos de que resultem receitas e
despesas.
Judicial: exercido pelos juízes e tribunais do Poder Judiciário.

➢ CONTROLE ADMINISTRATIVO:

Hierárquico = poder de autotutela. Ex: recursos administrativos, processos disciplinares etc.


Anulação refere-se a controle de legalidade: anulam-se atos ilegais. Revogação refere-se a
controle de mérito: revogam-se atos inconvenientes ou inoportunos.
Não hierárquico = tutela e órgãos especializados de controle (ex: CGU)

▪ Direito de petição:
✓ Representação: denúncia de irregularidades à Administração;
✓ Reclamação administrativa: contra atos da Adm. que afetem os direitos do administrado;
✓ Pedido de reconsideração: solicitação de reexame de um ato administrativo pela mesma
autoridade que o editou;
✓ Recurso hierárquico próprio: pedido de reexame do ato dirigido à autoridade
hierarquicamente superior à que proferiu o ato;
✓ Recurso hierárquico impróprio: dirigido à autoridade que não se insere na mesma estrutura
hierárquica do agente que proferiu o ato. Só quando houver previsão em lei.

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➢ CONTROLE JUDICIAL:

Exercido pelos órgãos do Poder Judiciário sobre os atos administrativos do Poder Executivo, do
Legislativo e do próprio Judiciário, quando realiza atividades administrativas. Necessariamente
provocado. Controle a posteriori (regra). Restrito ao controle de legalidade, adentrando no mérito
do ato administrativo apenas em caso de ilegalidade ou ilegitimidade. Pode anular, mas não
revogar o ato.
▪ Contra ato ou omissão que importar lesão ou ameaça de lesão a direito subjetivo líquido
e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data.
▪ Contra ato ou omissão de autoridade pública, ou de particular no exercício de funções
públicas.
▪ O ato ou omissão deve importar ilegalidade ou abuso de poder
Mandado de
▪ É sempre uma ação de natureza civil
segurança
▪ Pode ser repressivo ou preventivo
▪ Prazo: 120 dias contados da ciência do ato impugnado.
▪ Não poderá ser utilizado: contra lei em tese; contra atos de gestão comercial; decisão
judicial transitada em julgado; atos internos; ato do qual caiba recurso com efeito
suspensivo; substituto da ação de cobrança.

▪ Legitimados:
✓ Partidos políticos com representação no Congresso Nacional.
✓ Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e
Mandado de em funcionamento há pelo menos um ano.
segurança
coletivo ▪ Não é necessária autorização expressa dos associados.
▪ Pode ser impetrado para defender parte dos associados.
▪ Não beneficia o impetrante de MS individual que tenha o mesmo objeto, a menos que
haja desistência da ação individual no prazo de 30 dias da impetração da ação coletiva.

▪ Contra lesão a interesses difusos: patrimônio público, moralidade administrativa,


patrimônio histórico-cultural, meio ambiente.
Ação popular
▪ Legitimados: qualquer cidadão no pleno gozo dos direitos políticos.
▪ Ação preponderantemente desconstitutiva e subsidiariamente condenatória.

▪ Proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses


difusos e coletivos.
Ação civil
▪ Legitimados: Ministério Público, Defensoria Pública, Administração, associação
pública
constituída há pelo menos um ano no pleno gozo dos direitos políticos.
▪ Ação preponderantemente mandamental e preponderantemente condenatória.

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➢ CONTROLE LEGISLATIVO:

Responsabilidade pelo controle externo: depende da origem orçamentária primária dos recursos.

Esfera Titular do controle externo Órgão técnico que presta auxílio


União Congresso Nacional TCU
Estados Assembleias Legislativas TCE
Distrito Federal Câmara Legislativa TCDF
Municípios da BA, CE, GO e PA Câmaras Municipais TC dos Municípios (órgãos estaduais)
Municípios do RJ e SP Câmaras Municipais TCM-RJ e TCM-SP (órgãos municipais)
Demais Municípios Câmaras Municipais TCE

 Repartição constitucional de funções de controle externo:


Congresso: julgar as contas do PR; sustar atos normativos que exorbitem
do poder regulamentar; sustar contratos ilegais.
Senado Federal: aprovar as indicações de nomes indicados pelo PR; julgar
autoridades nos crimes de responsabilidade; aprovar operações de crédito
Controle exercido
externas
diretamente pelo Congresso,
suas Casas e Comissões Câmara dos Deputados: tomar as contas do Presidente da República, caso
(controle parlamentar) não apresentadas no prazo.
CPI: investigar fato determinado.
CMO: examinar e emitir parecer sobre as contas do PR; acompanhar a
fiscalizar a execução orçamentária.

Competências do art. 71 da CF que podem ser divididas em:


Controle exercido pelo TCU - Exame e julgamento das prestações de contas (no caso das contas do
(controle técnico) Presidente da República, o TCU emite parecer prévio);
- Atividades de fiscalização (auditorias e inspeções; registro de atos de
pessoal; sustar atos administrativos).

ABRANGÊNCIA DO CONTROLE EXERCIDO PELO TCU


CF, art. 70. caput
Natureza das fiscalizações: Aspectos a serem verificados:
• Contábil • Legalidade
• Financeira • Legitimidade
• Orçamentária • Economicidade
• Operacional • Aplicação das subvenções
• Patrimonial • Renúncia de receitas

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➢ Principais competências constitucionais do TCU:

Competências do art. 71, próprias e privativas Observações

Apreciar as contas anuais prestadas pelo Presidente O parecer prévio é conclusivo, mas não vinculante. O
da República, mediante parecer prévio. julgamento é a cargo do Congresso Nacional.

Julgar as contas dos responsáveis por recursos Examina e julga contas de gestão. Única atribuição na
públicos e dos causadores de prejuízo ao erário. qual o TCU profere um julgamento.

Exceções: (i) admissão: cargos em comissão;


Apreciar, para fins de registro, a legalidade de atos de
(ii) aposentadorias, reformas e pensões: melhorias
pessoal (atos complexos = antes do registro, o ato não
posteriores que não alterem o fundamento legal da
está completo)
concessão; aposentadorias à conta do RGPS.

Realizar inspeções e auditorias, por iniciativa própria Em qualquer unidade da administração pública direta e
ou por solicitação do Congresso Nacional. indireta, de todos os Poderes.

Comunica a decisão ao Senado e à Câmara,


separadamente; no caso de contrato, a decisão é
Sustar, se não atendido, a execução do ato comunicada ao Congresso Nacional.
impugnado. O TCU só decide pela sustação do contrato se o
Congresso ou o Poder Executivo não adotarem as
medidas cabíveis no prazo de 90 dias.

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Referências:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São Paulo:
Método, 2014.
Bandeira de Mello, C. A. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Malheiros,
2010.
Borges, C. Curso de Direito Administrativo para AFRB 2014: teoria e questões comentadas.
Estratégia Concursos, 2014.
Carvalho Filho, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009.
Furtado, L. R. Curso de Direito Administrativo. 4ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2013.
Knoplock, G. M. Manual de Direito Administrativo: teoria e questões. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2013.
Justen Filho, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2014.
Marrara, Thiago. As fontes do direito administrativo e o princípio da legalidade. Revista
Digital de Direito Administrativo. Ribeirão Preto. V. 1, n. 1, p. 23-51, 2014.
Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 34ª ed. São Paulo: Malheiros, 2008.
Scatolino, G. Trindade, J. Manual de Direito Administrativo. 2ª ed. JusPODIVM, 2014.

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