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VALORAÇÃO ECONÔMICA DA BIODIVERSIDADE NO

BRASIL: REVISÃO DA LITERATURA 1

Peter H. May, PhD (coord.) 2


Fernando C. Veiga Neto 3
Osmar V. Chévez Pozo 4

1. APRESENTAÇÃO METODOLÓGICA

Este trabalho foi realizado a pedido da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do


Ministério do Meio Ambiente (MMA), no âmbito dos estudos iniciais para subsidiar a
elaboração da Estratégia Nacional de Diversidade Biológica no Brasil e o Relatório
Nacional para o CDB.

Com base nos Termos de Referência, o trabalho fundamentou-se numa ampla revisão
da literatura especializada em economia de recursos naturais e do meio ambiente, tanto
nacional como internacional. Os estudos revisados para a seleção compreendem fontes
distintas, incluindo:

• Análises econômico-financeiras conduzidas para subsidiar investimentos em


empreendimentos visando o manejo sustentável de recursos naturais, eco-turismo e
implantação de unidades de conservação e uso indireto;
• Valores econômicos visando fortalecer argumentos para a preservação da riqueza
representada pela diversidade biológica dos distintos biomas do país;
• Estudos para justificar a transferência de recursos financeiros visando compensar os
benefícios globais obtidos pelos investimentos nacionais voltados à conservação da
biodiversidade;
• Critérios definidos como parte de uma política de recuperação de danos sofridos
com a degradação dos recursos naturais causados por atores econômicos; e
• Exercícios de valoração ambiental realizados como parte de pesquisas de pós-
graduação no país e no exterior.

A coletânea de estudos de caso foi selecionada com base numa listagem inicial
identificada pelo consultor, revisada pela equipe especializada do MMA, que apontou
áreas de particular interesse para a formulação da estratégia nacional. A equipe ainda

1
Apresentado no III Encontro da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica-ECO-ECO em Recife,
11-13 de novembro de 1999. Este trabalho foi elaborado como parte do estudo de “Valoração Econômica
da Biodiversidade: Estudos de Caso no Brasil”, componente do projeto BRA/97/G31/A/99, “Estratégia
Nacional de Diversidade Biológica”, do Ministério de Meio Ambiente, Depto. de Instrumentos e Normas
Ambientais. Quaisquer interpretações dos estudos revisados são a responsabilidade dos autores, e não da
entidade contratante.
2
Professor do Curso de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro (CPDA/UFRRJ). Av. Presidente Vargas, 417-8o andar, 20071-003, Rio,
RJ. (21) 224-8577. E-mail: pmay@pronatura.org.br.
3
Mestrando do Curso de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro (CPDA/UFRRJ).
4
Doutorando do Curso de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CPDA/UFRRJ).
sugeriu uma divisão de estudos entre aqueles que utilizam técnicas "tradicionais" de
valoração econômica fundamentados na microeconomia neoclássica (disposição de
pagar, fluxo de bens e serviços diretos e indiretos, custo de recuperação de danos, etc.)
e alternativas analíticas tais como a modelagem ecológico-econômica dinâmica, fluxos
energéticos ou a contabilidade ambiental macroeconômica.

Com base na seleção inicial, partiu-se para a preparação de resenhas detalhadas para
cada estudo selecionado, seguindo o roteiro incorporado nos termos de referência. Cabe
ressaltar que, após uma leitura aprofundada, alguns estudos previamente indicados para
incorporação na coletânea foram rejeitados, por não incorporar efetivamente uma
valoração econômica, seja monetária ou não. Uma bibliografia suplementar comentada
apresenta resumos de alguns estudos, que caracterizam aspectos de ecossistemas que
possuem importância econômica sem, no entanto, partir para uma tentativa de
efetivamente valorá-los. Também, apesar da importância de alguns biomas e
componentes da biodiversidade indicados como prioritários para análise econômica
(caatinga, recursos faunísticos, peixes ornamentais, etc.), a impossibilidade de
identificar estudos que incorporam uma valoração econômica destes recursos levou à
uma série de lacunas na coletânea, que servem para indicar prioridades para o
desenvolvimento de estudos futuros (ver seção 5, abaixo).

2. VALORAÇÃO DA BIODIVERSIDADE: CONCEITOS E MÉTODOS

O valor da biodiversidade representa um assunto polêmico na literatura teórica e


aplicada na economia de recursos naturais e do meio ambiente. Esta polêmica prolifera
no início dos anos 90, com a ampliação das preocupações nas ciências biológicas
quanto à velocidade da extinção de espécies provocada pelas ações do homem
(WILSON, 1988), particularmente relacionada com o desmatamento das florestas
tropicais, – habitat da maioria das espécies de flora e fauna no globo terrestre.

Assim, a literatura especializada, que anteriormente tinha voltado suas atenções à


definição dos danos associados à perda de habitat devido, por exemplo, ao
represamento de rios cênicos nos EUA (KRUTILLA & FISHER, 1975), começa a se
preocupar com modificações nos ecossistemas em países em desenvolvimento.

A polêmica se intensifica com a ratificação da Convenção da Diversidade Biológica


(CDB), que faz uma distinção entre recursos associados à biodiversidade de benefício
global, e aqueles que geram bens e serviços importantes apenas para as economias
nacionais. O CDB define que uma parte da responsabilidade pela conservação dos
primeiros deve ser assumida pela comunidade global, enquanto os custos associados à
manutenção dos últimos cabe aos países interessados, critério mantido no mecanismo
de financiamento do Global Environment Facility (GEF).

As implicações desta distinção para a valoração econômica dos recursos associados à


biodiversidade se manifestam na tipologia a seguir, que discrimina entre os benefícios
gerados em nível local, internacional e global, assim como aqueles que são captados
por atores econômicos privados e aqueles que representam bens públicos, que precisam
de ação governamental para garantir a sua conservação.
Tabela 1- Tipologia de valores econômicos da biodiversidade

Benefício Bens privados Bens públicos


Local
Produtos ecossistêmicos (p.e., Valores culturais e religiosos
caça, madeira, medicinas atribuídos à vida selvagem e
tradicionais, forragens nativas) aos ecossistemas naturais
Internacional
Eco-turismo

Algumas medicinas e fontes


de germoplasma agrícola
Global
Valores derivados da existência
ou uso passivo da natureza

Valores de informação e
segurança

Fonte: Baseada em PEARCE et alii., 1999: 3.

As decisões quanto à gestão da biodiversidade nestes distintos níveis de agregação


territorial e categorias de bens e serviços são necessariamente igualmente distintos.
Para aqueles recursos que geram benefícios percebidos principalmente pelo usuário
direto, a decisão de conservá-los ou não é resultado de uma percepção de ganho
financeiro privado, quando comparado com outros usos do solo ou do meio aquático. O
problema neste caso é que a maioria destes benefícios não tem valor de mercado, ou
são realizáveis somente no longo prazo, não sendo capturáveis durante o horizonte
temporal do usuário, influenciado pelo imediatismo resultante de altas taxas de juros no
mercado. Também, as complexas interconexões entre os processos ecossistêmicos e a
geração de produtos comercializáveis ou de subsistência não são sempre evidentes ao
usuário dos recursos naturais, levando à sua exaustão ou degradação.

Os valores culturais ou religiosos associados à biodiversidade são particularmente


difíceis de atribuir benefício financeiro. A crescente integração de sociedades indígenas
e tradicionais no mercado, leva à homogenização progressiva das culturas em questão
com os valores da sociedade nas quais são inseridas – tipicamente antagônicas aos
valores anteriormente preservados.

Quanto aos benefícios auferidos pela manutenção dos ecossistemas no seu estado
intacto pelos interesses privados internacionais, o usuário nacional direto ou
proprietário dos recursos naturais associados não percebe incentivo imediato em
conservá-los, a não ser que seja compensado. O investimento internacional em
empreendimentos eco-turísticos pode modificar esta percepção, se os usuários locais
são contemplados com os benefícios assim gerados, e/ou se os empreendedores
"internalizam" os custos associados à proteção, adquirindo os direitos de propriedade
sobre os recursos em questão, passando a protegê-los de incursões por outros usuários.
A conservação de fontes in situ de recursos genéticos para fins medicinais ou
agropecuários sofre da mesma desvantagem, exigindo a criação de mecanismos de
compensação aos detentores destes atributos. O problema neste caso é a dificuldade de
identificar o potencial para a geração de benefícios econômicos, quando o recurso
natural de origem é difuso ou generalizado, e o potencial para efetivamente gerar
benefícios é incerto. No entanto, reconhece-se que a preservação da diversidade
biológica para estas finalidades representa um “seguro” para o futuro, de considerável
valor para a humanidade global.

Devido à incerteza associada aos benefícios futuros advindos destas descobertas, o


valor derivado da proteção dos recursos da biodiversidade associado a estas tem sido
chamado de "valores de opção" ou "quase-opção". Semelhante ao investimento numa
opção de compra de um ativo cujo valor futuro é incerto, estes valores refletem quanto
um usuário potencial dos produtos advindos de tais descobertas ganharia com sua
ampla disseminação. Estes valores advém da crescente disponibilidade de informação
sobre as espécies, que só pode ser obtida através de pesquisas futuras, e dependem da
proteção das mesmas e/ou dos ecossistemas de origem intactos, como fonte de
evolução.

Apesar das dificuldades de identificação dos benefícios globais concretos oriundos da


preservação da biodiversidade, estes valores são verídicos e não economicamente
insignificantes (SWANSON et al.,1998, citado em PEARCE et alii, 1999). Com base em
pesquisa junto às maiores empresas de biotecnologia de plantas, afirmam que estas
empresas fundamentam sua pesquisa em cultivares para lançamento numa renovação
anual em torno de 6,5% do estoque de germoplasma, com base em material genético
nativo e "landraces" (variedades evoluídas através de cruzamentos por parte de
produtores rurais tradicionais). Uma estimativa do investimento anual em P&D neste
setor, fundamentado nesta renovação de estoques oriundo de fontes naturais portanto,
monta potencialmente aos bilhões de dólares anuais.

A extinção de espécies nativas representa uma fonte de risco para futuras inovações no
setor de biotecnologia, que teria implicitamente uma disposição de pagar para a
proteção da biodiversidade remanescente equivalente às suas despesas em P&D,
fundamentadas em materiais genéticos nativos como fonte de material genético .
Somado a este valor, seria aquele derivado da redução nas perdas da produção
agropecuária devido à possibilidade de obtenção de material genético nativo resistente
ou de maior produtividade. A estimativa efetiva desta fonte de valor da biodiversidade
é complicada pela dificuldade de definir a origem específica dos atributos genéticos
aproveitados pelas empresas, e dos seus resultados marginais em termos da manutenção
ou incremento de produtividade obtida ( PEARCE et alii., 1999:51).

O envolvimento de empresas farmacêuticas e químicas em acordos de conservação e


acesso aos recursos genéticos, tais como aquele elaborado em Costa Rica
(Merck/INBio) e em outros países por Shaman Pharmaceuticals e Biotics Ltd., tem sido
polêmico e restrito. Este se deve à complexidade de definir o potencial de descobertas
("hits") oriundos da bioprospecção, e a captura dos retornos respectivos, devido ao
longo período necessário para a comprovação e registro dos princípios ativos oriundos
de compostos naturais. Devido a estes fatores, a estimativa dos benefícios oriundos de
descobertas farmacêuticas tem resultado em valores com consideráveis variações,
quando computados por unidade de área protegida. 5

O patenteamento da propriedade intelectual oriundo de tais descobertas é igualmente


polêmico, levando a críticas de "biopirataria" por parte de indivíduos ou firmas que
praticam a prospecção de compostos naturais, sem retribuir os ganhos percebidos para
as comunidades ou nações de origem. Sem a definição da lei e regulamentação
respectiva sobre esta matéria, não haverá a compensação necessária para conferir um
retorno adequado aos detentores de direitos de propriedade sobre os recursos em
questão para compensar o sacrifício associado à sua preservação.

Devido à complexidade da definição dos valores potenciais advindos da bioprospecção,


os estudiosos do tema têm recorrido a outras técnicas que indicam o valor atribuído aos
beneficiários da conservação dos ecossistemas, das espécies ou dos serviços oriundos
da natureza. O Método de Valoração Contingente (CVM) é uma das poucas
ferramentas amplamente aplicadas que, na ausência de mercados, lança mão dos
chamados “mercados de recorrência” para estimar quanto os consumidores estariam
dispostos a pagar em termos monetários para manter os fluxos de bens e serviços
ambientais. Tais métodos têm sido aplicados para definir o “valor de existência”
atribuído aos ecossistemas e espécies tropicais por pessoas de outros países que nunca
terão uso direto ou indireto de tais benefícios, mas que obtém satisfação sabendo que a
natureza está sendo protegida.

Várias dificuldades surgem na aplicação do CVM. Os consumidores tendem a exagerar


a sua verdadeira demanda pela qualidade ambiental, até que chegue o momento de
pagar de fato, em vez de simplesmente expressar vontade de fazê-lo. Outros podem
estar dispostos a pagar uma quantia declarada para um determinado bem, mas devido às
restrições no seu orçamento, não iriam expressar o mesmo valor se fossem solicitados a
pagar por um conjunto maior de benefícios ambientais. De forma semelhante, não se
pode esperar que as pessoas que vivem no limiar da pobreza retirem do seu bolso o
suficiente para que estejam garantidas de qualidade ambiental. (No entanto, os analistas
são freqüentemente surpreendidos: apesar da sua baixa renda estas pessoas, com
freqüência, se mostram dispostas a pagar para proteger valores naturais). Finalmente, as
pessoas são geralmente muito mais dispostas a aceitar compensação pelas perdas do
que pagar para receber serviços ambientais ( HANNEMAN, 1994).

Alguns críticos deste método enfatizam que a atribuição de valores monetários a bens e
serviços que podem não ter valor de uso, mas significante importância emocional ou
simbólica, homogeniza e empobrece a sua designação cultural. Além disso, seria
injusto com aqueles ainda por nascer, atribuir valores avaliados por usuários atuais dos
benefícios de serviços de ecossistemas, tais como a biodiversidade que só pode gerar
valores de uso para a sociedade num prazo muito longo (MARTINEZ-ALIER, 1994).

Apesar dessas limitações, e os severos problemas estatísticos inerentes à estimação de


demanda hipotética, o CVM se encontra entre as técnicas mais freqüentemente usadas
para identificar valores dos bens e serviços ambientais sem valor de mercado. Os

5
Uma revisão da literatura recente sobre esta questão (PEARCE et alii., 1999:57-58) evidencia valores
associados aos benefícios sociais derivados de descobertas medicinais estimados entre $0,02 e $9.177
por hectare de terras em áreas críticas para conservação, faixa ampla demais para permitir uma valoração
confiável.
bancos de desenvolvimento multilaterais recorrem regularmente a este recurso para
avaliar projetos cujos fluxos de beneficios são obtidos principalmente através de
investimentos na melhoria de qualidade ambiental. Além disso, as penalidades judiciais
para compensar danos causados por desastres ambientais são, com frequência,
fundamentadas numa valoração contingente das perdas à sociedade, assim como dos
custos de recuperação do ecossistema em questão.

3. RESUMO COMPARATIVO DOS ESTUDOS DE CASO BRASILEIROS

A partir de uma revisão da recente literatura especializada, foram identificados 51


estudos de caso que contam com uma aplicação de valoração econômica da
biodiversidade e recursos associados no Brasil. A Tabela 2, a seguir, oferece um
resumo dos estudos analisados, em termos das bases metodológicas de estimação dos
valores encontrados. Na Tabela 3, resume-se de forma comparativa os valores
atribuídos aos recursos naturais em questão. As resenhas encontram-se em anexo,
organizadas por bioma, seguidas por resumos de estudos revisados que não incorporam
tentativas de valoração econômica.

4. Análise Comparada

Consta da Tabela 3 que existem grandes variações entre os valores encontrados na


literatura para bens e serviços de natureza semelhante, mesmo quando se trata de
valorações no mesmo bioma. Este fato é resultado da própria diversidade biológica
encontrada dentro dos extensos biomas brasileiros, mas é devido também às distintas
formulações do problema de valoração econômica do meio ambiente. Os valores que
mais se aproximam entre si são aqueles relacionados à disposição de pagar para
preservação de recursos naturais, e os benefícios globais, que dependem de dados de
fontes semelhantes (levantamentos dos consumidores). Em muitos casos, é difícil
proceder a uma comparação dos resultados, devido às distintas unidades de medição
utilizadas (por família, por hectare, por bioma como um todo, etc.). As informações
resumidas na tabela 3 representam dados apresentados pelos autores, unicamente com
modificações modestas, para evitar a distorção das informações.

O simples resumo tabular dos resultados em termos monetários dos valores econômicos
estimados não nos permite avaliar a sua real contribuição, o que requer uma leitura
detalhada das resenhas em anexo.

No que diz respeito à qualidade técnica das análises de valoração monetária, e à sua
seleção de metodologias econômicas pertinentes, considera-se que a maioria dos
estudos analisados é de boa qualidade, tanto pelos padrões nacionais como
internacionais.
TABELA 2. CLASSIFICAÇÃO POR BIOMA E METODOLOGIA DE ESTUDOS DE VALORAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

BIOMA
METODOLOGIA Brasil Floresta Mata Cerrado Manguezal Pantanal Estuário / Litoral /
Amazônica Atlântica Várzea Costeira
Análise financeira -ALMEIDA et al * -PIRES e -ANDERSON e -HANAZAKI et
comparativa -GILBERT * SCARDUA * IORIS * alii.
-HOMMA et al * -SAWYER et -CAMARA *
-HECHT al*

Análise financeira -ANDERSON et -ANDERSEN e


(uma única espécie) alii. (babaçu) * JARDIM *
-NOGEIRA e
HOMMA *

Valor total -ANDERSON * -MEDEIROS *


econômico-
ambiental

Valoração -HOLMES et -MORAN & -MAY (Pro-


contingente (DAP) al* MORAES Guaíba) *

Custo de viagem -RIBEMBOIM -GRASSO & -SEIDL & -MAY (Pro-


(“Travel Cost”) SHAEFFER- MORAN * Guaíba) *
NOVELLI *

Perda de bens e -MAY (contas -ANDERSEN * -DENARDIN* -GLASER e -BUCHER e -CETESB *


serviços ambientais florestais) * -FEARNSIDE * GRASSO * HUSZAR *
-SERÔA DA -FUJISAKA et al. -PANAYO-
MOTTA TOU *
BIOMA
METODOLOGIA Brasil Floresta Mata Cerrado Manguezal Pantanal Estuário / Litoral /
Amazônica Atlântica Várzea Costeira
Custo de -AZZONI &
oportunidade ISAI *
-PARAÍSO *
Custos evitados SCHWARTZMAN

Custo de -PARAÍSO *
recuperação
ambiental
Custo-eficácia -PERES &
TERBORGH

Renda ecoturística -ANDERSEN * -SEIDL & - FARIA *


-BODMER MORAES *
-MUNN
Modelagem -DALE et alii. -GRASSO *
dinâmica ecológico- -SHERRILL *
econômica
Fluxo energético / -ABDALA * -BEGOSSI /
consumo calorífico RICHERSON*

Métodos -MIRANDA & -PAULA -GRASSO e S.- -FARIA *


combinados / MATTOS (coord.) NOVELLI *
Multidisciplinares -TOMICH et alii. -SANTOS et
-YOUNG alii. *

OBS: Os estudos que efetivamente contam com uma valoração econômica da biodiversidade e recursos naturais associados que foram avaliados em detalhes,
com resenhas em anexo, estão marcados com asterisco. Os demais estudos notados foram revisados, e incluídos em forma de resumo, no anexo.
TABELA 3. VALORES ATRIBUÍDOS POR BIOMA E BENS E/OU
SERVIÇOS NATURAIS VALORADOS

BENS E BIOMA VALORES ATRIBUÍDOS / OBSERVAÇÕES


SERVIÇOS AUTORES
Eco-turismo e Pesca esportiva

Floresta US$ 26 / ha (Andersen) Amazônia Legal, VPL


Amazônica a 6% desconto

Mata Atlântica US$ 22,08 – US$ 86,21 p/ DAP, Reserva de Una,


pessoa (Holmes et alii) sul da BA

US$ 2,10 / ha / ano (Santos et DAP, Estação


alii) Ecológica Jataí-SP

Manguezal US$3.583 / ha / ano (Grasso & DAP, Pesca esport.,


Shaeffer-Novelli) Cananéia-SP

Pantanal US$ 970 despesas / pessoa / Pesca esportiva, 46 mil


visita (Seidl/Moraes) visitas (1994-95)

Estuário Sul US$ 30,24 / pessoa / ano (May, DAP, visitantes a dois
recuperação
turístico da

Pró-Guaíba) parques–RS
ambiental
Benefício

Litoral Sudeste US$ 7,82 / pessoa / mês DAP, residentes–ES


US$ 3,31 / pessoa / dia (Faria) DAP, turistas

Pantanal US$ 52,75 - $ 137,51 / licença / DAP, pescadores


ano (Moran, Moran & Moraes) esportivos

Noroeste da US$ 13,34 / mês / pessoa DAP, ampla gama de


recursos naturais

Amazônia (Pessoa & Ramos) bens naturais RR


Preservação de

Mata Atlântica US$ 9,08 por pessoa (Holmes et DAP, para proteger
2
alii) 7.000 km no sul BA

US$ 5 / ha / ano (Santos et alii) DAP, existência +


opção, Est. Ecol.-SP

Manguezal-SP US$ 230 – $710 / ha / ano DAP, existência,


(Grasso & Shaeffer-Novelli) Cananéia-SP

Amazônia US$30 - $36 / família / ano Agricultores de


Pesca artesanal ou comercial

Oriental (Muchagata) Marabá-PA

Manguezal-SP US$ 228 / ha / ano Pesca artesanal


US$ 470 / ha / ano (Grasso & Pesca comercial –
Shaeffer-Novelli) Cananéia, SP

Manguezal-PA 66% a 84% da renda monetária Agricultores, leste do


familiar (Glaser & Grasso) PA

Várzea US$ 909 / família / ano (Câmara) Pescadores de lago,


amazônica Santarém-PA

Litoral Sul US$ 559 / ano / pescador Perdas à poluição e


68% da renda (Denardin) sobrepesca-RS
BENS E BIOMA VALORES ATRIBUÍDOS / OBSERVAÇÕES
SERVIÇOS AUTORES

locais / regionais
ecossistêmicos Amazônia US$ 1.133 / ha (Andersen) VPL a 6% - ciclos
Legal hidrológicos, nutrientes
Serviços

US$ 390,40 / ha (Fearnside) VPL a 5% - ciclo


hidrológico

Mata Atlântica US$ 621,70 / ha / ano (Santos et Prevenção inundações


alii) erosão, Est. Ecol.-SP

Brasil Média US$ 46,7 milhões / ano Perdas do desmata-


(May – contas florestais) mento, 6 produtos

Amazônia US$ 167 / ha (Andersen) VPL a 6%


Extrativismo vegetal sustentável

Legal

Amazônia US$ 621,96 – $795,77 / família / Incl. pesca e caça,


oriental ano (Muchagata) Marabá-PA

US$ 352/ ano-Castanha do Pará Lote de 50 ha


US$ 900 / ano-Cupuaçu nativo Lote de 30 ha
(Homma et al) Castanhais do sul PA

Meio-Norte Babaçu: US$ 133,64 / ano / Renda monetária e


família (Anderson et al) não-monetária – MA

Várzea estuário US$ 3.171,55 / família / ano Açaí, Cacau, Borracha


Amazônico (Anderson & Ioris) leste do PA

Amazônia US$ 1.520 - $2.500 / ano / Castanha do Pará e


ocidental seringueiro (Hecht) Borracha, AC
Carvão da

Cerrado US$ 271,30 / ha / ano (Abdala) Resultado financeiro


nativa
mata

líquido carvoeiro, DF

US$ 418,97 / ha / ano (Medeiros) Perdas ambientais do


desmatamento, MG
Manejo sustentável

Brasil Média US$ 255 milhões / ano Perdas do desmata-


(May, 1999) mento
de madeira

Amazônia US$1.733 / ha (Andersen) VPL a 6%


Legal

Amazônia US$ 92 / ha / ano Resultado financeiro


oriental US$ 379 – $458 / ha (Almeida & VPL a 6%
Uhl) Paragominas-PA
Oportunidade

Mata Atlântica US$ 434 – 752 milhões (Azzoni VPL a 12%, ICMS
Custos de

& Isai) Verde, SP

US$ 5.638 / ha média (Paraíso) Valor bruto hortaliças,


área empréstimo de
barragem, SP
BENS E BIOMA VALORES ATRIBUÍDOS / OBSERVAÇÕES
SERVIÇOS AUTORES
Recuperação de
Mata Atlântica US$ 6.400 / ha (Paraíso) Área de empréstimo de
ambientais barragem, SP
danos

(4,5 + x)
Litoral / US$ 10 por derramamento Fatores x: volume,
Costeira de petróleo (CETESB) vulnerabilidade,
toxicidade,
mortalidade, etc.

Amazônia US$ 198 - $803 / ha (Schneider) Seqüestro de carbono


Benefícios

Legal
Globais

US$1.422 / ha (Andersen) VPL a 6%, carbono,


biodiversidade

US$1.819 / ha (Fearnside) VPL a 5%, carbono,


biodiversidade
Valor Econômico

Amazônia US$ 4.481 / ha (Andersen) VPL a 6%, custo do


Legal desmatamento
Total

Mata Atlântica US$ 762,40 /ha / ano (Santos et Estação Ecológica, SP


al)
Manguezal Pesca + recreação +
US$ 4.751 / ha / ano (Grasso & existência, Cananéia-
Schaeffer-Novelli) SP

A maioria dos trabalhos foram destinados principalmente a sugerir caminhos para a


melhor alocação de recursos públicos e privados para a conservação e uso sustentável
dos recursos naturais. Entre estes, constam as seguintes finalidades:

Unidades de conservação nacionais e estaduais. Tais estudos (p.e., HOLMES et alii;


MAY, 1993; PERES & TERBROGH; SANTOS et alii) servem como argumento para o
investimento na manutenção e fiscalização adequada, em pesquisa e facilidades de
visitação, e para justificar seu aumento e/ou a criação de outras unidades.

Zoneamento e comparação de possibilidades de uso da terra. As valorações


comparativas entre distintos usos do solo (p.e., ALMEIDA & UHL; HECHT; HOMMA et
alii.; MEDEIROS; SCHNEIDER, etc.) permitem uma avaliação econômica de alternativas
na busca do uso sustentável da terra. Embora frequentemente elaborado com o intuito
de demonstrar a superioridade de usos sustentáveis, terminam confirmando que os
custos iniciais na “re-engenharia” dos sistemas de manejo associados à conversão
para tais usos requer uma revisão nos sinais econômicos prevalecentes (internalização
dos benefícios ambientais), para motivar os atores econômicos a mudar de rumo.

Recursos extrativistas e de pesca sustentável. Estas análises frequentemente limitam-


se a contabilizar os fluxos de renda familiar oriundos da coleta de produtos não-
madeireiros ou pesqueiros (ANDERSON et alii; ANDERSON & IORIS; BEGOSSI &
RICHERSON; CÂMARA; DENARDIN; GLASER & GRASSO; HECHT; MUCHAGATA , etc.). Os
serviços ambientais proporcionados por tais sistemas são considerados evidentes ou
são apenas apresentados qualitativamente. Tais estudos fornecem subsídios para
nortear investimentos na melhoria de sistemas de manejo de recursos naturais, e na
definição de opções de gestão de Reservas Extrativistas e de Lago.

Serviços ecossistêmicos. Diversos trabalhos (p.e., ANDERSEN; FEARNSIDE; SANTOS et


alii.; SCHNEIDER, etc.) apontam a importância dos serviços reguladores do ambiente
como justificativa fundamental para a manutenção e conservação da biodiversidade.
Apesar das dificuldades em determinar os benefícios monetários de serviços off-site
(pe., regulação hidrológica e climática, controle de erosão e inundações, etc.) estes
estudos indicam que tais valores são significativos, e servem como argumentos para a
conservação e uso sustentável dos recursos naturais.

Custos de oportunidade e de recuperação de danos. Embora mais fáceis de estimar,


devido ao fato de representarem custos que tem valor de mercado (AZZONI & ISAI;
PARAÍSO), não se recomenda limitar uma valoração da biodiversidade a tais custos.
No primeiro caso, os substitutos dos recursos naturais (usos “de oportunidade”),
mesmo tendo um alto valor de rendimento em potencial, não refletem as perdas de
serviços ecossistêmicos. No segundo, os custos da recuperação do ecossistema só
podem ser considerados como uma estimativa mínima das perdas associadas à sua
substituição. Os ecossistemas “recuperados” (pe., reflorestamento com espécies
exóticas) raramente têm a mesma capacidade de gerar bens e serviços que aqueles
substituídos. A regeneração completa de ecossistemas, mesmo se for viável, constitue
um processo muito mais prolongado e, consequentemente, custoso.

Benefícios globais. Sem dúvida, estes benefícios são os mais difíceis de estimar,
apesar dos avanços recentes na mensuração, e no investimento e criação de mercados
para o seqüestro do carbono (ver SCHNEIDER; FEARNSIDE). O valor da biodiversidade
em nível de bioma, ou mesmo ecossistema, pode ser captado através de tentativas de
valoração de existência e de opção (p.e., ANDERSEN; GRASSO & SHAEFFER-NOVELLI).
As dificuldades em prever usos econômicos potenciais da base genética levam à
consequente primazia do valor dos serviços ambientais gerados, cujos benefícios são
principalmente locais e não globais. Os problemas conceituais e práticos de agregar
valores oriundos de distintas fontes e formas de medição provoca dificuldades na
consistência e credibilidade de tais estimativas.

Modelagem dinâmica ecológico-econômica. Estas experiências (p.e., GRASSO;


SHERRILL) estão ainda longe de servir como ferramentas para tomada de decisões,
mas servem para sugerir pistas para entrada de instrumentos de gestão e controle,
quando certas variáveis (sobrepesca, desmatamento, migração, etc.) indicam o
potencial para colapso no funcionamento de ecossistemas críticos.

5. Lacunas Encontradas e Recomendações para Estudos Futuros

Muito mais do que lacunas a preencher, o que esta pesquisa aponta é que existem
apenas pontos iniciais na construção de um inventário do valor de biomas e seus
serviços ambientais respectivos.

Alguns biomas, por atraírem maior atenção, principalmente da comunidade científica


internacional, possuem um maior número de trabalhos publicados, como é o caso da
Amazônia. Outros, como a Mata Atlântica, mesmo sendo reconhecida
internacionalmente como uma das florestas tropicais mais importantes do mundo,
ainda não possuem um número significativo de trabalhos de valoração, exigindo
maior atenção, por exemplo, às cadeias de morros na região Sudeste.

A situação é mais séria ainda naqueles biomas menos comentados, tais como a
caatinga nordestina, ou os Pampas riograndenses. Assuntos críticos para a perda da
biodiversidade, tais como a desertificação no noroeste do Rio Grande do Sul e na
região nordestina, não têm sido alvo de estudo econômico. Também considera-se que
a representatividade dos valores econômicos associados com a caça e/ou manejo de
fauna silvestre além dos recursos pesqueiros seja insuficiente.

Algumas possibilidades de trabalhos a serem realizados são apontados pelos próprios


autores na coletânea. Dada a riqueza dos ecossistemas nacionais, para todos eles
cabem os temas propostos, por exemplo:

• Valoração das unidades de conservação nacionais, estaduais e eventualmente


municipais e unidades particulares de conservação. Além do trabalho pioneiro de
RIBEMBOIM (em preparação), verificou-se que não houve estudo de valoração
realizado em parques nacionais brasileiros. 6

• Análises comparativas de usos do solo alternativos. Estudos que incorporam o


manejo sustentável de recursos naturais, tais como o realizado por ALMEIDA &
UHL em Paragominas, devem ser realizados em diversas regiões do país. Estes
podem subsidiar fortemente os formuladores de políticas e os atores privados das
diversas regiões do país na determinação de formas mais sustentáveis de uso do
solo.

• Produção sustentável de produtos florestais ou pesqueiros. Considerando o grande


interesse despertado pelas Reservas Extrativistas, Indígena e de Lago, como
modelos para uso do solo e águas interiores, aponta-se a importância de proceder à
agregação dos valores dos serviços ambientais atribuídos a estes sistemas, como
justificativa para sua criação e investimento na proteção e melhoria dos mesmos.
Tais estudos são uma progressão lógica dos estudos sobre a geração de renda
revisados nesta coletânea, a exemplo dos trabalhos mais recentes de GRASSO sobre
as funções ecossistêmicas mais amplas dos manguezais.

• Internalização de benefícios ambientais. Como os benefícios prestados pelo


ambiente à comunidade global podem ser internalizados para servir de incentivo
para aqueles que efetivamente poderiam proteger os recursos. Isto implica numa
discussão da redistribuição de créditos de emissão nos mercados de carbono e de
mecanismos para capturar os valores genéticos da biodiversidade para o benefício
de comunidades locais. Outra área urgente para pesquisa é relacionada à avaliação
de mecanismos de incentivo aos atores econômicos, para que estes sejam
motivados a mudar seu uso dos recursos naturais para melhor conservar a
biodiversidade (p.e., ICMS “verde”, RPPN, etc.).

6
Fomos informados pela equipe do MMA da existência de um estudo de valoração do Parque
Nacional de Itatiaia (RJ), mas os autores do mesmo não foram localizados a tempo para inclusão deste
estudo no presente trabalho, se de fato existir.
• Análise de projetos de impacto. Pelas próprias dimensões do país, vários projetos
de infra-estrutura, a exemplo daqueles incorporados no PPA/”Brasil em Ação”,
podem trazer consigo problemas ambientais significativos. Avaliá-los de forma
isenta, sob a ótica da valoração ambiental das potenciais perdas e custos de
mitigação dos danos, é recomendável como linha de trabalho. Exemplo deste tipo
de trabalho foi aquele realizado por BUCHER e sugerido por PANAYOTOU para a
hidrovia Paraguai-Paraná.

• Estímulo às competências regionais para o levantamento de propostas de critério


de valoração econômica. Em todo o território nacional, existem diversos órgãos
regionais, estaduais ou municipais que tratam da gestão ambiental nos limites de
sua abrangência territorial, tratando diretamente com especificidades locais
certamente mais conhecidas por eles. Um bom exemplo deste tipo de trabalho é
aquele realizado pela CETESB para definir critérios para compensar os danos
causados por derramamentos de petróleo no litoral paulista, já em processo de
reavaliação com novos conhecimentos adquiridos na sua aplicação prática.

• Crescimento do conhecimento das interações sociedade - ecossistemas. É preciso


atentar para o fato de que as avaliações, principalmente as que envolvem a
construção de modelos hipotéticos, levam em consideração um atual estágio de
conhecimento das implicações ambientais de cada questão levantada. Este
conhecimento tende a ser aumentado com o próprio desenvolvimento científico,
além de uma maior disseminação da educação ambiental e da percepção dos
problemas ambientais pela população. Isto, aliado à progressiva escassez e/ou
degradação dos recursos ambientais, muito provavelmente levará a um incremento
nos valores econômicos destes recursos, conforme apontado por KRUTILLA &
FISHER (1975) décadas atrás. Acompanhar a evolução destes valores deve ser
tema de estudos contínuos.

Referências

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Obs: As referências completas para os estudos revisados se encontram no anexo.


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