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Da Burocracia à Administração em Rede

O modelo do estado ocidental moderno, que constitui a base da nossa organização


político-administrativa, foi criado com base numa administração pública assente nos valores da
democracia e do estado de direito.

Reportamo-nos às principais transformações ocorridas durante o século XX, período em


que se assistiu à implantação de um modelo de estado intervencionista e à concomitante
alteração da morfologia dos sistemas administrativos. A multiplicação das missões da
administração pública, forçou-a a criar órgãos e mecanismos de ação, produzindo múltiplas
“organizações especializadas, vocacionadas para o preenchimento de funções individualizadas e
pré-determinadas”. Este tipo de organização ficou conhecido por burocracia, um modelo que
Weber considerou adaptado às organizações governamentais (enquanto tipo ideal de
organização), na medida em que considerava que a autoridade burocrática é a única forma de
lidar com as implicações administrativas dos grandes sistemas sociais.

Com a crise do estado providência, aliada à constatação de fenómenos de ineficiência e


disfuncionalidade na administração pública, esta passa a ser posta em causa discutindo-se o
seu peso na vida económica e social, o que força as entidades públicas a adquirir novos contornos
e a assumir novos papéis.

Foi este conjunto de razões que levou, a partir dos anos 1980, muitos países, com sistemas
político-administrativos diferentes, a adotar reformas do setor público. Nas últimas duas
décadas do século XX, as administrações públicas evoluíram muito em matéria de prestação
de serviços públicos.

Embora não seja provável que a organização burocrática desapareça, a verdade é que todas as
organizações modernas dependem do saber especializado e da transmissão da informação,
pelo que o aumento do uso das tecnologias aliado à
profissionalização, está a conduzir a uma
flexibilidade organizacional cada vez maior.

A governação eletrónica

O impacto da governação eletrónica na


administração publica, junto dos cidadãos, das
empresas e na sociedade em geral, está relacionado com:
A emergência de uma era de governação eletrónica, ou governação digital, que desde
o início deste século tem vindo a ser construída, através de um conjunto complexo de mudanças
centradas nas tecnologias e na virtualização, teve um impacto importante na organização global
da administração pública, nas suas estruturas, na engenharia dos vários tipos de processos
que nelas correm (estratégicos, operacionais e de apoio), no fornecimento de serviços
públicos e no relacionamento do estado com os cidadãos e a sociedade em geral.

Reforma nas Administrações Públicas

Foram imensas as iniciativas de reforma nas administrações públicas, sendo no caso de


Portugal elabora um Programa de Modernização Administrativa, com ênfase na
desburocratização e qualidade dos serviços, especial atenção à função pública.

As iniciativas de reforma da administração pública desenvolvidas nos últimos anos


apresentam-se como medidas de reforma complementares dos diferentes modelos de
modernização, e não um modelo único de reforma. Assim, em Portugal, a modernização
administrativa tem sido vista como mudança por pequenos passos, com mudança incremental de
melhorias contínuas.

Fases da Reforma da Administração Pública em Portugal

Várias medidas têm sido tentadas em ordem a melhorar o relacionamento entre a


Administração e os cidadãos. O objetivo destas medidas é recentralizar a produção de bens e
serviços a partir dos clientes para as organizações públicas e não o contrário.
Secretariado para a Modernização Administrativa (SMA)

O principal impulsionador foi o Secretariado para a Modernização Administrativa (SMA).


Criado em 1986, trata-se duma estrutura flexível, composta por pessoal destacado doutros
serviços.

O SMA foi encarregado de promover a inovação e a modernização. No contexto da sua


participação no processo de decisão, elabora sob a direção da Secretaria do Estado, diversas
possibilidades de ação e traduz em medidas concretas a política governamental em matéria de
modernização. Compete-lhe, nomeadamente:

- Promover a modernização administrativa;

- Proceder a avaliação das medidas de modernização.

E, na verdade, o SMA teve um papel fundamental no processo de modernização,


embora nem sempre tenha sido compreendido pelo próprio governo que, em muitos casos, adotou
políticas não convergentes com o paradigma managerial, mas suportadas pela teoria da escolha
pública. O mesmo foi extinto em novembro de 2001.

Política de “reiventing government”

Fala de ações do governo socialista em exigências de:

Quando se fala nos recursos humanos e modernização do Estado, são possíveis três
abordagens: a mais comum considera que para mudar o comportamento humano se torna
necessário mudar os incentivos e sanções que o determinam. A segunda abordagem à
mudança tem como suporte as ciências administrativas, isto é, basta modificar as estruturas e
as funções básicas para que a mudança aconteça. Finalmente, a visão comportamental
defende que a modernização supõe o envolvimento das pessoas, isto é, dos funcionários, bem
como a alteração da cultura organizacional.

No Decreto-Lei nº135/99 de 22 de abril denota-se a falta de conhecimento dos


meios tecnológicos para o processo administrativo. Com isto, qual a
importância que a Internet veio trazer para a Administração Pública, estando já
indicada no Decreto-Lei 73/2014 de 13 de maio que por sua vez revogou o
primeiro?

Num país como Portugal onde a Administração Pública tem um papel marcante em todas
as facetas do seu desenvolvimento, é particularmente importante a forma como essa mesma
administração participa na construção da Sociedade da Informação.

O peso do investimento público na aquisição de equipamentos, aplicações e serviços bem


como o esforço de construção dos meios de suporte à sociedade da informação compõem, sem
dúvida, uma dessas facetas com particular importância na dinamização dos mercados e da
economia. Uma outra faceta é o efeito demonstrador que têm as práticas e realidades da nossa
Administração Pública, em particular a forma como conduz os seus processos de modernização e
o conjunto de serviços que disponibiliza como resultado dessa renovação (número e sofisticação).

A visibilidade social e o empenho político que tem ocorrido nos últimos anos, torna
particularmente importante a perceção da
qualidade da presença na internet dos
organismos públicos, pois é nessa perceção que
se baseia, fundamentalmente, o juízo público
que determina o sucesso ou insucesso dos
esforços desenvolvidos.
Depois da análise de ambos os decretos-lei em questão pode-se concluir que no decreto
em vigor surge o suporte eletrónico na Administração Pública, enquanto que no revogado tem
como base a forma escrita. Como forma de fundamentar o que se referiu, segue-se o seguinte
artigo:

Decreto-Lei nº135/99 de 22 Decreto-Lei nº73/2014 de 13


de abril de maio
1 — Sempre que solicitado, 1 — Sempre que solicitado, é
é emitido recibo autenticado emitido recibo comprovativo
Artigo 19º - Receção de comprovativo da receção de da receção de documentos
documentos ou documentos ou fotocópia ou de cópia simples, em
fotocópia dos mesmos dos mesmos (…) suporte digital ou de papel
dos mesmos (…)

No que diz respeito às comunicações escritas na Administração, no Decreto-Lei nº


135/99 denota-se o vínculo que o papel tem nas funções exercidas pelos trabalhadores, sendo
este um meio preferencial no que diz respeito ao aceleramento do processamento do trabalho e
para a redução dos respetivos custos.

Outras situações onde ocorrem estas diferenças surgem:

- Quando há necessidade de recolher informações que dispense a presença do utente;

- Pagamentos de serviços públicos prestados; entre outras.

Surge outra questão nomeadamente quando é exigido o atestado de residência para


instrução de processos administrativos, este no Decreto-lei nº 135/99 seria substituído pelo
cartão do leitor, enquanto que nos dias de hoje é possível com o cartão de cidadão.

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