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&
Carlos Benedito Martins
(organizadores)
isbn 978-85-7480-810-9
Vários autores.
Bibliografia.
18-19384 cdd-301
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2018
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I. SOCIOLOGIA POLÍTICA
Opostos Determinantes: A Sociologia Política Brasileira
no Século XXI – Renato Perissinotto, Adriano Codato &
Fernando Leite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Sociologia Política: História e Ator – Maria Alice Rezende
de Carvalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
V. SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Olhares sobre um Campo em Ascensão – Ana Maria Fonseca
de Almeida & Ana Paula Hey. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 253
Por uma Sociologia da Educação Diversificada e Abrangente –
Maria Ligia Barbosa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 311
2. Ver, a esse respeito, Forjaz, 1997; Keinert & Silva, 2010; Leite, Codato, & Pe-
rissinotto, 2018; Limongi, Almeida, & Freitas, 2016; Pereira de Queirós, 1976a;
E. P. Reis, 2002; Sallum Junior, 2002. Para um estudo bem específico da história
disciplinar da sociologia política na revista Dados, ver Botelho (2017).
3. Os quatro parágrafos seguintes foram retirados, com algumas mudanças, de Pe-
rissinotto (2004). Considerações similares encontram-se em Perissinotto e Leite
(2017).
4. Assim, a maior vantagem deste “híbrido interdisciplinar” é que ele permite pen-
sar como os conflitos sociais são traduzidos (e não puramente refletidos) nas e
pelas instituições políticas (Sartori, 1969, pp. 139-42). A ideia de “tradução” dos
conflitos sociais nas e pelas instituições políticas, como indica Sartori, foi ela-
borada inicialmente por Martin Seymour Lipset e Stein Rokkan no livro Party
System and Voter Alignments: Cross-National Perspectives (1967).
5. Para um exemplo de uma batalha teórica travada no interior desse mesmo espí-
rito analítico, ver as críticas recíprocas entre marxistas e teóricos sistêmicos da
política (cf. Easton, 1982; Therborn, 1989).
6. Nesse sentido, é interessante observar, por um lado, que na lista de grupos de
trabalho do XV Congresso organizado pela SBS (o mais recente disponível no site
da entidade) encontramos grupos dedicados à sociologia da arte, cultura, esporte,
conhecimento, imagem, juventude, economia, mas nenhum grupo dedicado à
sociologia política. Isso ocorre muito provavelmente porque a maioria dos tra-
7. Assim como os conceitos de “poder” e de “interesse”. Sobre esse ponto, ver Con-
nolly, 1993; Morris, 2002; Perissinotto, 2008.
8. Se quisermos tornar o conceito ainda mais complexo, podemos adicionar a ele
a distinção entre a dimensão interna, “eastoniana”, da política e sua dimensão
externa, “schmittiana”. Sobre este ponto, ver Poggi, 1978, cap. 1.
11. L. W. Vianna, Carvalho, Melo, & Burgos, 1998, já mostravam que, naquele ano de
1998, o número total de teses produzidas na área de ciências sociais foi de 494. Ape-
nas no triênio 2010-2012 os Programas de Pós-Graduação da área de ciência políti-
ca e Relações Internacionais produziram 1.021 trabalhos (229 teses de doutorado e
792 dissertações de mestrado). Ver Capes/MEC (2014a). Os números da Sociologia
são maiores ainda: 847 teses e 1.864 dissertações num total de 2.711 trabalhos (Ca-
pes/MEC. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, 2014b).
Se refinarmos a busca por área de concentração, em sociologia política teremos quase
trezentos trabalhos: 209 dissertações de mestrado e 69 doutorados. Ver http://ban-
codeteses.capes.gov.br/banco-teses/#!/ Acesso em 22 agosto 2017.
Dados 29 13,8
14. Por exemplo, Araújo & Borges, 2013; Bello, 2016; Costa, Costa, & Nunes, 2014;
Miguel, Marques, & Machado, 2015; Nicolau, 2014; Rodrigues & Fuks, 2015.
15. Por exemplo, D. R. de Almeida, 2014; Pinto, 2017; Pinzani, 2013.
16. Ver, para essa categoria, F. de Almeida, 2016; Codato, 2015; Coelho, Sento-Sé,
Fernandes, & Rios, 2016; Falcão & Oliveira, 2013; Possas & Rocha, 2014; Que-
ler, 2014; P. R. dos Santos & Gugliano, 2015, entre outros.
17. Uma lista apenas exemplificativa incluiria: Abers, Serafim, & Tatagiba, 2014;
Cesário, 2016; Gomide & Pires, 2014; Luna, 2014; Mancuso & Moreira, 2013;
Moreira & Cittadino, 2013; Nagem & Silva, 2013.
18. Dentre os 23 estudos desse tipo é difícil eleger os mais representativos. A título
de ilustração (ver: Campos, 2015; Mendonça & Ogando, 2013; Moschkovich
& Almeida, 2015; C. L. P. Oliveira & Oliveira, 2016; Romero & Kerstenetzky,
2015; G. G. da C. Santos, 2016).
19. Nesse sentido, é interessante ver o diálogo que Gabriel Almond e Sidney Verba
estabelecem, no primeiro capítulo do seu livro seminal, com a sociologia, a an-
tropologia e a psicanálise (cf. Almond & Verba, 1989). No corpus de artigos que
analisamos, poderiam ser listados os seguintes estudos de cultura política (Bo-
nifácio, 2013; Fuks, Casalecchi, Gonçalves, & David, 2016; Rennó & Turgeon,
2016; Ribeiro, Carreirão, & Borba, 2016; Silva & Ribeiro, 2016).
20. Ver Gómez & Perez, 2016; Manzur, 2014; Serbin, 2013.
21. Para um exemplo desse tipo de estudo ver: Biroli & Mantovani, 2014; Lattman-
-Weltman & Chagas, 2016; Marques, Aquino, & Miola, 2014; Mundim, 2014.
22. Foi-nos observado que a nossa definição de sociologia política seria mais ca-
racterística da ciência política que da Sociologia, o que levaria nossos dados a
revelarem uma presença significativa de áreas temáticas mais próximas da pri-
meira, como estudos legislativos e políticas públicas. Um indício desse viés seria
o uso de Harold Lasswell e David Easton, dois eminentes cientistas políticos,
para caracterizar os estudos de políticas públicas por nós analisados. A obser-
vação é pertinente, mas seria interessante comentar que o neoinstitucionalismo
histórico acusou a abordagem desses autores de ser excessivamente “centrada na
sociedade”. Quanto a esse ponto, cf. Skocpol, 1985. Vistos como excessivamente
politicistas por uns e exageradamente sociológicos por outros, Easton e Lasswel
parecem merecer o título de sociólogos políticos.
Quali-
Área temática Quali Quanti Total
quanti
Comunicação política 60,0 (6) 10,0 (1) 30,0 (3) 100,0 (10)
Cultura política 29,4 (5) 5,9 (1) 64,7 (11) 100,0 (17)
Eleições / partidos /
32,6 (14) 7,0 (3) 60,5 (26) 100,0 (43)
legislativo
Estudos de gênero
78,3 (18) ,0 (0) 21,7 (5) 100,0 (23)
e raça
Estudos judiciários /
70,0 (21) 10,0 (3) 20,0 (6) 100,0 (30)
sociologia do Estado
Políticas públicas 63,3 (38) 10,0 (6) 26,7 (16) 100,0 (60)
Relações internacionais
85,7 (6) ,0 (0) 14,3 (1) 100,0 (7)
/ política externa
Outras áreas 85,0 (17) ,0 (0) 15,0 (3) 100,0 (20)
23. Dos 210, 46,7% foram escritos por um único autor. Os demais, por dois ou mais
autores.
Referências bibliográficas
Abers, R., Serafim, L. & Tatagiba, L. (2014). “Repertórios de Intera-
ção Estado-Sociedade em um Estado Heterogêneo: A Experiência
na Era Lula”. Dados, 57(2), 325-357. http://doi.org/10.1590/0011-
5258201411
Almeida, D. R. de. (2014). “Pluralização da Representação Política e
Legitimidade Democrática: Lições das Instituições Participativas no
Brasil”. Opinião Pública, 20(1), 96-117.
Almeida, F. de. (2016). “Os Juristas e a Política no Brasil: Permanências
e Reposicionamentos”. Lua Nova: Revista de Cultura E Política, (97),
213-250. http://doi.org/10.1590/0102-6445213-250/97
Almond, G. A., & Verba, S. (1989). The Civic Culture: Political Attitudes
and Democracy in Five Nations. Sage Publications.
Araújo, C. M. de O. & Borges, D. (2013). “Trajetórias Políticas e
Chances Eleitorais: Analisando o ‘Gênero’ das Candidaturas em
2010”. Revista de Sociologia E Política, 21(46), 69-91. http://doi.
org/10.1590/S0104-44782013000200005