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ISSN 1983-0157

SIMAVE
SISTEMA MINEIRO DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA

Revista do Sistema/2011
ISSN 1983-0157

SIMAVE 2011
Sistema mineiro de avaliação da educação pública
Revista do Sistema
Governador de Minas Gerais
Antônio Augusto Junho Anastasia

Secretária de Estado de Educação


Ana Lúcia Almeida Gazzola

Secretária Adjunta de Estado de Educação


Maria céres Pimenta Spínola castro

Chefe de Gabinete
Maria Sueli de Oliveira Pires

Subsecretária de Informações e Tecnologias Educacionais


Sônia Andère cruz

Superintendente de Avaliação Educacional


Maria Inez Barroso Simões
Caríssimo(a) Educador(a),
O Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública – Simave –
apresenta, em seis volumes, os resultados do desempenho dos
alunos no Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação
Básica – Proeb – 2011.

O Proeb, por meio de testes cognitivos, mede o desempenho


escolar e, através de questionários, coleta dados dos alunos (de
ordem socioeconômica/cultural e referentes à prática escolar),
dos professores (perfil e práticas pedagógicas) e dos diretores Ana Lúcia Gazolla
(perfil e prática de gestão).
Secretária de Estado de Educação
de Minas Gerais
Com base nessas informações, é possível identificar as caracte-
rísticas e problemas do ensino, bem como suas especificidades
de região para região, o que, além de proporcionar aos agentes
educacionais e à sociedade uma visão detalhada dos processos
de ensino e aprendizagem e das condições em que ocorrem,
permite uma melhor compreensão dos fatores que influenciam
o desempenho discente.

Processos de avaliação devem ser vistos como um dos recursos


mais eficazes, seja para a correção mais imediata dos rumos
educacionais e para o aperfeiçoamento das práticas correntes,
seja considerando o longo prazo, para a construção de políticas
públicas consequentes e duradouras.

Os dados do Simave constituem também efetivo material para


a análise dos cenários educacionais, colaborando assim para o
entendimento crescente dos fatores que incidem na qualidade
do ensino ministrado nas nossas escolas.

Estamos certos de que os resultados apresentados nas publi-


cações do Proeb 2011 servirão de instrumento para que todos
nós repensemos o nosso trabalho e para a contínua melhoria da
qualidade do ensino ofertado em cada uma das unidades escolares
de responsabilidade do Estado de Minas Gerais.

Que todos nós possamos dar sequência ao bom trabalho que vem
sendo realizado e que, juntos, enfrentemos os novos desafios para
a qualificação permanente da educação básica em nosso Estado.
8 A DIVULGAÇÃO DOS
RESULTADOS DO SIMAVE

11 O DIREITO A UMA EDUCAÇÃO


DE QUALIDADE
12
15
O sistema mineiro de avaliação
Com a palavra, o diretor

18 Elementos que compõem a matriz de referência

17 MATRIZES DE REFERÊNCIA
PARA A AVALIAÇÃO
20
26
Matriz de referência de Alfabetização
Matriz de referência de Língua Portuguesa
32 Matriz de referência de Matemática

46 Composição dos cadernos


47 Análise dos testes

45 METODOLOGIA E
ANÁLISE DOS TESTES
48
49
O propósito da avaliação
Padrões de desempenho
50 Com a palavra, a superintendente

52 O TRABALHO CONTINUA
8

REVISTA DO SISTEMA

As revistas de divulgação da edição ISSN 1983-0157


A revista do Simave
2011 do Sistema Mineiro de Ava- apresenta os objeti-
liação da Educação Pública (Sima- SIMAVE vos, alcances e meto-
SISTEMA MINEIRO DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA

ve) trazem os resultados da rede Revista do Sistema


dologias da avaliação.
municipal e estadual, das escolas A publicação traz in-
e, inclusive, de cada um dos estu- formações sobre as
dantes. De posse desse diagnóstico, matrizes de referên-
é possível uma dupla orientação: cia, a composição dos
referenciar, por parte da Secretaria testes e as técnicas de
de Estado de Educação de Minas análise adotadas. Além
Gerais (SEE/MG), a elaboração de disso, a edição publica
políticas públicas para o sistema artigos com importan-
educacional de Minas Gerais e, por tes discussões sobre as
parte das escolas, orientar a cons- áreas de conhecimento
trução da proposta pedagógica e a avaliadas.
elaboração de seu planejamento.

A DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS DO SIMAVE

P ara o cumprimento das metas


de melhoria da educação, pro-
postas para Minas Gerais, as ações
lítica de divulgação e apropriação
dos resultados do Proeb/Proalfa.

de monitoramento do sistema Revistas para os gestores e profes-


precisam contar com instrumen- sores, cartazes personalizados com
tos de divulgação que informem, os dados de cada unidade escolar,
da melhor maneira possível, os material para oficinas de estudo e
resultados alcançados. É preciso vídeos educativos compõem uma
assegurar que esses resultados série de produtos distribuídos às
sejam apropriados pelos gestores, escolas municipais e estaduais de
professores, alunos e comunidade Minas Gerais. Esses produtos foram
escolar como indicativos da quali- elaborados sob três importantes prin-
dade educacional. A apropriação, cípios: o de informar os resultados do
de forma crítica e autônoma, per- Simave, o de subsidiar as ações de
mite a esses agentes a utilização intervenção pedagógica e o de forne-
dos resultados para aperfeiçoar o cer indicadores para a elaboração de
próprio sistema. Com esse propó- ações de gestão.
sito, a SEE/MG, em parceria com o
Centro de Políticas Públicas e Ava- Com essa ação, a SEE/MG presta
liação da Educação da Universida- contas à sociedade acerca da quali-
de Federal de Juiz de Fora (CAEd/ dade dos serviços educacionais de-
UFJF), apresenta uma ampla po- senvolvidos em sua rede de ensino.
9

REVISTA DO GESTOR REVISTA PEDAGÓGICA

ISSN 1983-0157
Essa revista oferece in- ISSN 1983-0157
A revista pedagógica
SIMAVE
formações gerais sobre SIMAVE
apresenta os resultados
SISTEMA MINEIRO DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA
Revista do Gestor
a participação dos estu- PROEB 2011 por etapa e área do co-
dantes na avaliação e os Revista Pedagógica
Matemática
3º ano do Ensino Médio
nhecimento, para cada
resultados de proficiên- escola, com foco na
cia alcançados. Apresen- análise pedagógica dos
ta, de modo sintético, os resultados. Destaca-se
padrões de desempenho a interpretação da escala
estudantil definidos pela de proficiência, que traz
SEE/MG, além de discus- as competências e ha-
sões sobre políticas e bilidades desenvolvidas
metas para o alcance de pelos alunos situados em
uma educação de maior cada um dos padrões de
qualidade para todos. desempenho.

PORTAL DA AVALIAÇÃO

Aliado aos materiais de divulgação de resultados, o Portal da


Avaliação é o espaço interativo para a discussão e divulgação de
informações e dados. Pelo link www.simave.caedufjf.net é possível
ter acesso à coleção Simave 2011, às matrizes de referência, aos
roteiros das oficinas, aos vídeos instrucionais, aos fóruns e a muitas
outras informações sobre avaliação.
10
11

O DIREITO A UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE

O s debates sobre o acesso e per-


manência do aluno e a qualidade
do ensino vêm ganhando cada vez
mais destaque no âmbito da União,
dos estados e dos municípios. Isso
porque são esses entes que devem
garantir a educação formal com a
qualidade exigida pelo avanço social,
econômico, cultural e tecnológico da
sociedade. A Constituição Federal, a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB) e o Plano Nacional de
Educação (PNE) são algumas das refe-
rências que obrigam o poder público a
cumprir esse dever. Entretanto, se, até
o final do século passado, a ênfase era
no acesso, atualmente são as ques-
tões relacionadas à permanência e à
qualidade que mais preocupam, visto
que são prerrogativas fundamentais
de uma educação que prepare o estu-
dante, de forma plena, para a vida em
sociedade. Educação de qualidade e no
tempo certo é, portanto, um direito de
todos. As avaliações em larga escala
buscam aferir o quanto os sistemas
educacionais se aproximam ou se dis-
tanciam do cumprimento desse direito.

Ao produzir informações preci-


sas sobre o desempenho escolar,
as avaliações possibilitam, por
parte dos atores educacionais, a
execução de ações e estratégias
voltadas à redução das desigual-
dades e ampliação das oportuni-
dades educacionais. Dito de outra
forma, a garantia do direito a uma
educação de qualidade passa, ne-
cessariamente, pela avaliação dos
sistemas de ensino.

Dada a necessidade de obter infor-


mações específicas de sua rede de
ensino, muitos estados e municípios
brasileiros criaram seus próprios sis-
temas de avaliação, aplicando testes
de forma censitária. Seguindo essa
tendência, o governo de Minas optou
por executar um sistema de avaliação
próprio, o Simave, que vem a assumir
o papel de prover um diagnóstico da
qualidade em nosso estado.
12

O SISTEMA MINEIRO DE AVALIAÇÃO


Com o firme propósito de criar alunos em diferentes áreas do rentes etapas de escolaridade da
um sistema de ensino mais justo conhecimento e níveis de esco- educação básica.
e inclusivo, no qual as chances laridade, bem como subsidiar a
de aprendizado sejam iguais para implementação, a (re)formulação Na linha do tempo do Simave, apre-
todos os estudantes, a SEE/MG sentada a seguir, você pode ter uma
e o monitoramento de políticas edu-
desenvolve, desde 2000, o seu
cacionais, contribuindo ativamente ideia da abrangência dos programas
programa de avaliação da rede de
para a melhoria da qualidade da de avaliação, conhecendo as etapas
educação pública, o Simave.
educação no estado. Desde que de escolaridade e os componentes
O Simave é um programa que visa foi instituído, o sistema já avaliou curriculares avaliados desde a sua
diagnosticar o desempenho dos milhares de estudantes em dife- primeira edição.

estrutura do traJetória do SIMAVE


sistema de PROALFA
SImave avaliação O Programa de Avaliação da Alfabe-
tização: avaliação em larga escala,
O Sistema Mineiro de Avalia-
verifica os níveis de alfabetização
ção da Educação Pública, atra-
alcançados pelos alunos da rede
vés das avaliações do Proalfa,
pública, e indica intervenções pe-
do Proeb e do PAAE, possi-
dagógicas necessárias para a cor-
bilita à Secretaria de Estado
reção dos problemas identificados.
da Educação de Minas Gerais
São avaliados o 2º, o 3º e o 4º anos
(SEE/MG) realizar diagnósti-
do Ensino Fundamental em Língua
cos educacionais para identi-
Portuguesa.
ficar necessidades, problemas
e demandas do sistema, das
escolas, dos professores e dos
alunos. De posse dos dados do

251.105
Simave, a SEE/MG estrutura
políticas e ações diretamen-
te vinculadas à melhoria da 143.327
aprendizagem, à qualificação
docente, à valorização da es-
cola pública e ao fortalecimen-
to da qualidade da educação
em Minas Gerais.
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Disciplina Disciplina Disciplina Disciplina Disciplina Disciplina Disciplina
Língua Língua Língua Língua Língua Língua Língua
Portuguesa Portuguesa Portuguesa Portuguesa Portuguesa Portuguesa Portuguesa

Etapas de Etapas de Etapas de Etapas de Etapas de Etapas de Etapas de


Escolaridade Escolaridade Escolaridade Escolaridade Escolaridade Escolaridade Escolaridade
2º EF 2º e 3º EF 2º, 3º e 2º, 3º e 2º, 3º e 2º, 3º e 2º, 3º,
4º EF e BD** 4º EF e BD** 4º EF e BD** 4º EF e BD** 4º EF e BD**

Abrangência Abrangência Abrangência Abrangência Abrangência Abrangência Abrangência


Rede Estadual Redes Estadual Redes Estadual Redes Estadual Redes Estadual Redes Estadual Redes Estadual
e Municipal e Municipal e Municipal e Municipal e Municipal e Municipal

** BD: Baixo Desempenho


13

traJetória do SIMAVE Número de alunos avaliados na Rede Estadual


Número de alunos avaliados na Rede Municipal

PROEB
O Programa de Avaliação da Rede
Pública de Educação Básica: ava-
liação em larga escala, verifica a
eficiência e a qualidade do ensino
no estado de Minas Gerais a par-
tir dos resultados do desempe-
nho das escolas nos anos finais
do Ensino Fundamental e Médio.
São avaliados o 5º e o 9º anos do
Ensino Fundamental e o 3º ano
do Ensino Médio em Língua Por-
tuguesa e Matemática.
458.890

422.542
238.455
237.274
77.290
4.737

2000 2001 2002 2003 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Disciplinas Disciplinas Disciplinas Disciplinas Disciplinas Disciplinas Disciplinas Disciplinas Disciplinas Disciplinas
Língua Ciências Língua Matemática Língua Língua Língua Língua Língua Língua
Portuguesa Humanas e Portuguesa Portuguesa e Portuguesa e Portuguesa e Portuguesa e Portuguesa e Portuguesa e
e Matemática Ciências da Matemática Matemática Matemática Matemática Matemática Matemática
Natureza

Etapas de Etapas de Etapas de Etapas de Etapas de Etapas de Etapas de Etapas de Etapas de Etapas de
Escolaridade Escolaridade Escolaridade Escolaridade Escolaridade Escolaridade Escolaridade Escolaridade Escolaridade Escolaridade
5º e 9º EF 5º e 9º EF 5º e 9º EF 5º e 9º EF 5º e 9º EF 5º e 9º EF 5º e 9º EF 5º e 9º EF 5º e 9º EF 5º e 9º EF
3º EM 3º EM 3º EM 3º EM 3º EM 3º EM 3º EM 3º EM 3º EM 3º EM

Abrangência Abrangência Abrangência Abrangência Abrangência Abrangência Abrangência Abrangência Abrangência Abrangência
Redes Estadual Redes Estadual Redes Estadual Redes Estadual Redes Estadual Redes Estadual Redes Estadual Redes Estadual Redes Estadual Redes Estadual
e Municipal e Municipal e Municipal e Municipal e Municipal e Municipal e Municipal e Municipal e Municipal e Municipal
14

traJetória do SIMAVE
PAAE
O Programa de Avaliação da Apren-
dizagem Escolar: é um sistema
online de geração de provas e
emissão de relatórios de desem-
penho dos alunos. Essa avaliação
interna focaliza a evolução da
aprendizagem numa abordagem
diagnóstico-formativa e identifica
o estágio de desenvolvimento do
aluno. Possibilita a auto avaliação
do professor bem como fornece
diagnóstico para subsidiar seu
planejamento de ensino e suas
intervenções pedagógicas na sala

250.941
de aula. São avaliados os alunos

226.286

221.396
do 1º ano do ensino médio da rede
216.718

estadual nas áreas de Linguagens,


Ciências da Natureza, Matemática
e Ciências Humanas.

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011


Escolas Escolas Escolas Escolas Escolas Escolas Escolas
Participantes* Participantes* Participantes* Participantes Participantes Participantes Participantes
72 223 223 1.900 2.100 2.100 2.150

Itens Itens Itens Itens Itens Itens Itens


Utilizados Utilizados Utilizados Utilizados Utilizados Utilizados Utilizados
- 3.169 9.468 10.014 11.682 15.008 20.632

Disciplina Disciplina Disciplina Disciplina Disciplina Disciplina Disciplina


Linguagens, Linguagens, Linguagens, Linguagens, Linguagens, Linguagens, Linguagens,
Ciências da Ciências da Ciências da Ciências da Ciências da Ciências da Ciências da
Natureza, Natureza, Natureza, Natureza, Natureza, Natureza, Natureza,
Matemática Matemática Matemática Matemática Matemática Matemática Matemática
e Ciências e Ciências e Ciências e Ciências e Ciências e Ciências e Ciências
Humanas Humanas Humanas Humanas Humanas Humanas Humanas

Etapas de Etapas de Etapas de Etapas de Etapas de Etapas de Etapas de


Escolaridade Escolaridade Escolaridade Escolaridade Escolaridade Escolaridade Escolaridade
1º EM 1º EM 1º EM 1º EM 1º EM 1º EM 1º EM

Abrangência Abrangência Abrangência Abrangência Abrangência Abrangência Abrangência


Rede Estadual Rede Estadual Rede Estadual Rede Estadual Rede Estadual Rede Estadual Rede Estadual

* Escolas referência
15

Com a palavra, o DIRETOR

Planejar é preciso
“Avaliação permite prever metas e melhorias”

H á oito anos atuando como dire-


tora de escola, Cleuza Lourenço
Linhares conhece bem os efeitos da
com o ser humano, individualmente,
e em sociedade.

avaliação externa sobre o planeja- Matriz de referência


mento escolar. Para ela, que lecio-
na em Belo Horizonte, a avaliação “Um conjunto de descritores com
é um instrumento importante para a função de focalizar dois pontos
promover um diagnóstico da situação básicos: conteúdo programático a
de ensino no país. Preocupada com ser avaliado em cada período de
a qualidade da educação, que ela escolarização e o nível de operação
define como aquela capaz de “pro- mental necessária para a realização
porcionar ao estudante a inserção de determinadas tarefas”. É desse
aos conhecimentos e habilidades modo preciso que Cleuza define a
que permitem o bom desempenho matriz de referência. Contudo, alerta
no mundo atual e condições para as que ela é, “como o próprio nome diz,
práticas de mudança de sua reali- apenas uma referência”.
dade”, Cleuza acredita no papel da
escola para a promoção da igualdade Nesse sentido, Cleuza admite que
Cleuza Lourenço Linhares seria um equívoco esperar que a
e construção de uma sociedade mais
matriz desse conta de todas as capa-
Diretora de escola justa.
cidades que devem ser trabalhadas
em sala de aula. “Devemos avaliar,
A avaliação, segundo a diretora,
então, quais são as habilidades que
ocupa um lugar de destaque nesse
nossos alunos já dominam, o que
ideal de ensino, já que, para ela, o
precisa ser conhecido por eles e o
domínio dos conhecimentos e das
que deverá ser reforçado”, recomen-
habilidades proporcionado pela es-
da. Para depois concluir: “isto garan-
cola é que leva à formação de um tirá o maior e melhor desempenho
cidadão “mais ativo na sociedade”. dos alunos nas avaliações futuras”.
Com o diagnóstico em mãos e, após
a análise dos resultados, Cleuza afir- Apesar da advertência, a diretora
ma que passa a ser possível traçar reafirma a importância da matriz,
metas e melhorias de acordo com uma vez que “ela pode colaborar,
as peculiaridades apresentadas e indicando qual o currículo a ser
comprovadas. seguido a fim de se obter os índi-
ces esperados”. Assim, preconiza:
Cleuza Lourenço acredita que seu “os professores devem conhecê-
papel como diretora traz como maior -la”, porque é a partir dela que
desafio “contribuir cada vez mais eles podem rever suas metodo-
para o aperfeiçoamento dos alunos” logias de ensino. Diante desse
e, como maior recompensa, “o pró- quadro, Cleuza propõe ainda aos
prio crescimento profissional e pes- educadores o “planejamento e
soal”. Em suas palavras, o trabalho desenvolvimento das atividades
como diretora lhe proporciona meios pedagógicas com a finalidade de
para lidar, de forma cada vez melhor, fortalecer o trabalho docente”.
16
17

MATRIZES DE REFERÊNCIA PARA A AVALIAÇÃO

N as avaliações em larga escala, as


matrizes de referência apresentam
o objeto dos testes. São formadas por
um conjunto de habilidades (descritores)
mínimas esperadas dos estudantes, em
seus diversos níveis de complexidade,
em cada área de conhecimento e etapa
de escolaridade.

As matrizes são construídas a partir de


estudos das propostas curriculares de
ensino sobre os currículos vigentes no
país, além de pesquisas em livros didáti-
cos e debates com educadores atuantes
e especialistas em educação. A partir
daí, são selecionadas habilidades pas-
síveis de aferição por meio de testes pa-
dronizados de desempenho que sejam,
ainda, relevantes e representativas de
cada etapa de escolaridade.

As matrizes de referência são elaboradas


sem a pretensão de esgotar o repertório
das habilidades necessárias ao pleno de-
senvolvimento do aluno. Portanto, não
devem ser entendidas como habilidades
únicas a serem trabalhadas em sala de
aula. Sua finalidade é balizar a criação
de itens dos testes, o que as distingue
das propostas curriculares, estratégias
de ensino e diretrizes pedagógicas.

No Brasil, as primeiras matrizes de


referência para avaliação foram apre-
sentadas pelo Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Básica (SAEB).
Desde então, essas matrizes vêm sendo
utilizadas como base para as avaliações
realizadas pelos estados e municípios
brasileiros que possuem seus próprios
programas de avaliação em larga es-
cala. Em Minas Gerais, as matrizes de
referência para avaliação do Simave/
Proeb também foram elaboradas tendo
por base as habilidades presentes nas
matrizes do SAEB.
18

elementos que compõem a matriz de referência

MATRIZ DE REFERÊNCIA

D0 Compreender frases ou partes que compõem um texto.

D1 Identificar um tema ou o sentido global de um texto.

D2 Localizar informações explícitas em um texto.


I – Procedimentos de leitura
D3 Inferir informações implícitas em um texto.

D5 Inferir o sentido de palavra ou expressão.

D10 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

D6 Identificar o gênero de um texto.

II – Implicações do suporte,
do gênero e/ou do enunciador D7 Identificar a função de textos de diferentes gêneros.
na compreensão do texto

D8 Interpretar texto que conjuga linguagem verbal e não verbal.

Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no


D11
texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.

Estabelecer a relação causa/consequência


D12
entre partes e elementos do texto.
III – Coerência e coesão no
processamento do texto
Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando
D15
repetições ou substituições que contribuem para sua continuidade.

Identificar o conflito gerador do enredo e os


D19
elementos que compõem a narrativa.

D23 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos.


IV – Relações entre recursos
expressivos e efeitos de sentido
Reconhecer o efeito de sentido decorrente do
D21
uso de pontuação e de outras notações.

Identificar marcas linguísticas que evidenciam


V – Variação linguística D13
o locutor e o interlocutor de um texto.
19

TÓPICO ou TEMA Descritores


O tópico ou tema representa uma
subdivisão de acordo com conteúdo, Os descritores têm origem na associação entre os conteúdos cur-
competências de área e habilidades. riculares e as operações mentais desenvolvidas pelo estudante,
que se traduzem em certas habilidades. É a matéria-prima para
Nas matrizes de referência para avalia- a elaboração dos itens. Como o próprio nome sugere, constituem
ção em Língua Portuguesa, por exem- uma sumária “descrição” das habilidades esperadas ao final de cada
plo, os tópicos são definidos a partir de período escolar avaliado. Implicam, como fundamento, aspectos
duas diferentes perspectivas de intera- conceituais ou teóricos relacionados às diferentes áreas do conhe-
ção do leitor com o texto: a macrotex- cimento a serem avaliadas. A função dos descritores é, portanto,
tual e a microtextual. Na perspectiva indicar as habilidades que serão objeto de avaliação, no conjunto
macrotextual, enfatizam-se a tipologia de itens que compõem o teste.
textual – narrativa, dissertação, descri-
ção etc. – e os gêneros discursivos. Já
na perspectiva microtextual, a ênfase
recai sobre as relações estabelecidas
D1 Identificar um tema ou o sentido global de um texto.
dentro de um mesmo período ou entre
períodos de um texto.

Nas matrizes de referência para ava-


liação em Matemática, os temas são
organizados a partir de blocos de con- ITEM
teúdos do ensino da Matemática para
a educação básica. Os temas selecio-
nados – Espaço e Forma, Grandezas
e Medidas, Números e Operações/
Leia o texto abaixo.
Álgebra e Funções, e Tratamento da
Línguas são assunto de Estado
Informação – representam conteúdos
com base nos quais são elaborados Diferentes nações escolhem diferentes soluções para o problema da
penetração do idioma estrangeiro, dependendo, entre outras coisas, da
descritores que expressam habilidades realidade social do país. Mas, em todas elas, a linguagem é tratada como
questão de Estado. As nações procuram normatizar e regular os idiomas
em Matemática. que utilizam, visando o processo de identidade nacional.
A França, por exemplo, possui, além do francês, algumas outras línguas
minoritárias faladas pela população como o bretão, o catalão e o basco.
Há, na França, várias organizações dedicadas à língua francesa e à
sua defesa contra os “estrangeirismos”. A legislação sobre o idioma francês
é bastante detalhada. [...]
Nos Estados Unidos, além do inglês, o espanhol é amplamente falado,
D0 Compreender frases ou partes que compõemem umdecorrência
texto. da forte presença de imigrantes hispano-americanos.[...]
O tratamento do tema nos Estados Unidos é bem mais fl exível que
na França. A Constituição norte-americana, por exemplo, não estabelece
D1 inglês como língua ofi cial [...] Isso não impede que haja tentativas de
Identificar um tema ou o sentido global de umo texto.
se adotar leis restritivas – como a proposição 227 na Califórnia, que, se
aprovada, obrigará todas as escolas daquele estado a ministrar as aulas
em inglês.
D2 Localizar informações explícitas em um texto.
I – Procedimentos de leitura O espanhol é hoje a segunda língua mais falada nos Estados Unidos.
[...] A mistura entre inglês e espanhol atingiu tal nível que já se cunhou um
D3 Inferir informações implícitas em um texto. novo termo para descrevê-la: o spanglish.

O tema desse texto é


D5 Inferir o sentido de palavra ou expressão. A) língua e identidade nacional.
B) invasão de idiomas estrangeiros.
C) normatização de idiomas ofi ciais.
D) quantidade de línguas minoritárias.
D10 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
20

MATRIZ DE REFERÊNCIA De ALFABETIZAÇÃO

A avaliação da alfabetização jus-


tifica-se pela possibilidade de
diagnosticar, de forma prévia, as ha-
bilidades consideradas básicas para
o desenvolvimento do processo de
alfabetização e, por consequência,
de escolarização.

No Simave, são avaliados os alunos


da rede pública no 2º, 3º e 4º ano
de escolaridade e os alunos que
apresentam baixo desempenho nos
anos anteriores em Língua Portu-
guesa. Para tanto, o sistema utiliza
uma matriz de referência para esta
etapa composta por cinco gran-
des tópicos: Reconhecimento de
convenções do sistema alfabético;
Apropriação do sistema alfabético;
Usos sociais da leitura e da escri-
ta; Leitura: compreensão, análise e
avaliação; Produção escrita.

No tópico Reconhecimento de
convenções do sistema alfabético,
avaliam-se princípios gráficos da
Língua Portuguesa, tais como a
identificação das letras do alfabeto
e sua diferenciação. Já no tópico
Apropriação do sistema alfabético,
avalia-se, por exemplo, a capacida-
de de o aluno localizar informações
explícitas contidas em frases e pe-
quenos textos. Em Usos sociais da
leitura e da escrita, avalia-se, entre
outros, a habilidade de reconhecer
a finalidade de gêneros diversos.
A capacidade do alfabetizando de
estabelecer relações lógico-discur-
sivas presentes no texto é avaliada
em Leitura: compreensão, análise
e avaliação. Em Produção escrita,
avalia-se, por exemplo, a produção
de textos.
21

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE LÍNGUA PORTUGUESA


CEALE/FaE/UFMG – SIMAVE/PROALFA - 2º ao 4º ano do Ensino Fundamental

Tópicos Competências Descritores

D1 – Reconhecer especificidades da linguagem


escrita.

D2 – Identificar letras do alfabeto.


C1 – Identificação de
T1 – Reconhecimento letras do alfabeto. D3 – Diferenciar letras de outros sinais gráficos,
de convenções do como os números, sinais de pontuação ou de
sistema alfabético. outros sistemas de representação.

D4 – Distinguir, como leitor, diferentes tipos


de letras.

C2 – Uso adequado D5 – Reconhecer as direções e o alinhamento


da página. da escrita da língua portuguesa.

C3 – Reconhecimento D6 – Compreender a função da segmentação de


da palavra como espaços em branco, na delimitação de palavras
unidade gráfica. em textos escritos (consciência de palavras).

D7 – Identificar, ao ouvir uma palavra, o número


de sílabas que ela contém (consciência silábica).

C4 – Aquisição
D8 – Identificar sílabas e sons (consciência
da consciência
silábica e consciência fonêmica).
T2 – Apropriação do fonológica.
sistema alfabético.
D9 – Identificar relações fonema/grafema, som/
letra (consciência fonêmica).

D10 – Ler palavras silenciosamente.


C5 – Leitura de
palavras, frases e
pequenos textos. D11 – Ler frases e pequenos textos, localizando
informações explícitas contidas neles.
22

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE LÍNGUA PORTUGUESA


CEALE/FaE/UFMG – SIMAVE/PROALFA - 2º ao 4º ano do Ensino Fundamental

Tópicos Competências Descritores

D12 – Reconhecer os usos sociais da ordem


alfabética.
C6 – Implicações do
T3 – Usos sociais da suporte e do gênero D13 – Identificar suportes e gêneros textuais
leitura e da escrita na compreensão diversos.
de textos.
D14 – Reconhecer a finalidade de gêneros
diversos.

D15 – Localizar informações explícitas em textos


de maior extensão ou em textos que apresentam
C7 – Localização dados.
de informações
explícitas em textos. D16 – Identificar elementos que constroem a
narrativa.

D17 – Inferir informações implícitas em textos.

D18 – Identificar assunto de frases e textos.


T4 – Leitura: C8 – Interpretação
compreensão, de informações
análise e avaliação implícitas em textos.
D19 – Formular hipóteses.

D20 – Identificar efeitos de humor ou ironia em


textos diversos.

D21 – Estabelecer relações lógico-discursivas


C9 – Coerência presentes no texto.
e coesão no
processamento D22 – Estabelecer relações de continuidade
de textos. temática, a partir da recuperação de elementos
da cadeia referencial do texto.
23

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE LÍNGUA PORTUGUESA


CEALE/FaE/UFMG – SIMAVE/PROALFA - 2º ao 4º ano do Ensino Fundamental

Tópicos Competências Descritores


D23 – Identificar o efeito de sentido decorrente
C9 – Coerência do uso de recursos gráficos, da pontuação, da
e coesão no seleção lexical e repetições.
processamento D24 – Identificar marcas linguísticas que
de textos. evidenciam o enunciador no discurso direto
ou indireto.
T4 – Leitura:
compreensão, D25 – Distinguir fato de opinião sobre o fato.
análise e avaliação
C10 – Avaliação do
leitor em relação D26 – Identificar tese e argumentos.
aos textos lidos.
D27 – Avaliar a adequação da linguagem usada
à situação, sobretudo a eficiência de um texto
ao seu objetivo ou finalidade.

D28 – Escrever palavras.


C11 – Escrita de
palavras e frases.
T5 – Produção escrita D29 – Escrever frases.

C12 – Produção
D30 – Produzir textos.
de textos.
24

Equidade e direito à alfabetização

U ma escola comprometida com a


promoção da equidade é aquela
que assegura o pleno acesso à lei-
além dessas definições, pois signi-
fica saber utilizar o código alfabé-
tico nos âmbitos mais amplos das
tura e à escrita. Afinal, é a alfabeti- práticas sociais.
zação que viabiliza o trânsito pelas
diversas esferas da vida social, Dimensionando nosso desafio
permitindo que crianças, jovens e
adultos se expressem e interajam Numa década, o analfabetismo no
no mundo em que vivem. país caiu quatro pontos percen-
tuais. Segundo o Censo 2010, do
Por isso, a democratização do Instituto Brasileiro de Geografia e
acesso à escola implica, neces- Estatística (IBGE), há 13,9 milhões
sariamente, a democratização do de analfabetos com 15 anos ou
acesso ao conhecimento sistemati- mais – 9,63% da população nessa
zado. Entretanto, as avaliações ex- faixa etária ante a 13,64% em 2000.
ternas evidenciam que, no Brasil, a A maior parcela está no Nordeste.
escola ainda encontra dificuldades
no cumprimento dessa que, prova- É verdade que a maior parte desse
velmente, é sua principal missão no contingente é de pessoas com mais
mundo contemporâneo. de 40 anos, mas ainda há muitos
analfabetos entre as crianças,
Uma pessoa analfabeta, segundo a adolescentes e jovens inseridos
definição aceita internacionalmen- no sistema escolar: em 2007, 2,1
te, é aquela que não sabe ler nem milhões dos estudantes entre 7 e
escrever um bilhete. Essa defini- 14 anos, embora frequentassem a
ção se refere a uma apropriação escola, não sabiam ler. Esse fato
da habilidade de codificação e de- evidencia que nossos sistemas de
codificação da escrita para fazer ensino ainda precisam consolidar
frente a uma demanda elementar o acesso à leitura e à escrita.
do cotidiano. Ela representa um
avanço em relação àquela ado- Outra indicação das lacunas do
tada anteriormente – na qual um sistema educacional em alfabetizar
indivíduo alfabetizado seria capaz plenamente as crianças, em especial,
de ler e escrever o próprio nome. diz respeito à discrepância entre o
Porém, ser alfabetizado, hoje, vai tempo de estudo esperado e aquele
25

efetivamente percebido. Por exem- Os anos iniciais de escolarização


plo, espera-se que uma criança de são cruciais para o sucesso da
11 anos tenha permanecido 4 anos aprendizagem. De um lado, mar-
na escola, mas a média é de 3,3 anos, cam as primeiras experiências dos
o que indica a persistência da evasão estudantes com o universo escolar;
no início do Ensino Fundamental. de outro, nessa etapa, crianças
encontram-se num momento es-
O Censo Escolar mostra que os três pecialmente propício ao desenvol-
primeiros anos de escolaridade – vimento de habilidades cognitivas
justamente o ciclo de alfabetização fundamentais.
– ainda representam um “funil” que
colabora fortemente para a distor- Projetos como o Estudo Longitu-
ção idade-série, com uma taxa de dinal sobre Qualidade e Equidade
reprovação de 23,9%, considerando no Ensino Fundamental Brasilei-
os três anos. Como esse percentual ro (Geres), que acompanhou um
tende a se concentrar nas cama- mesmo grupo, e avaliações em
das mais pobres da população, so- larga escala, como o Simave, têm
bretudo no Norte e no Nordeste, demonstrado que os primeiros anos
constata-se que a escola não tem de escolarização são aqueles em
sido igualmente eficaz para todas que os estudantes obtêm avanços
as crianças. mais significativos nos níveis de
proficiência.
É verdade que muitos fatores ex-
traescolares corroboram para a Embora esses ganhos perma-
construção desse cenário: de- neçam em etapas posteriores da
sigualdades na distribuição de escolarização, eles ocorrem num
renda repercutem no fraco aces- ritmo mais lento. Daí a necessida-
so de certos segmentos sociais a de de investimentos consistentes
bens culturais e na persistência do na primeira etapa estudantil, de
trabalho infantil, por exemplo. Mas modo a assegurar esses ganhos a
reconhecer essa complexidade não todos os estudantes. Nesse proces-
exime a escola de seu papel na pro- so, o Simave tem desempenhado
moção de condições mais equâni- o importante papel de oferecer
mes de acesso e permanência dos subsídios para a definição desses
estudantes no sistema de ensino. investimentos.
26

matriz de referência DE lÍngua portuguesa

A concepção que orienta a avaliação


em Língua Portuguesa é a de que
a linguagem é uma forma de interação
entre os falantes. É por meio de textos
verbais e não verbais, orais ou escri-
tos, que essa interação se estabelece.
Por isso, as habilidades consideradas
essenciais para um leitor/escritor capaz
de interagir ganham ênfase na avaliação,
com atenção maior às competências li-
gadas à produção textual e leitura nas
diferentes tipologias e gêneros.

O foco das matrizes de referência para


avaliação em Língua Portuguesa é a
Leitura. Nas matrizes, diversos descri-
tores se repetem em diferentes etapas
de escolaridade. Isso acontece porque é
necessário avaliar como se desenvolve
uma mesma habilidade, com diferentes
níveis de dificuldade, à medida que o
aluno avança em seu processo de es-
colarização. O que determina a avaliação
de um descritor em diferentes níveis de
dificuldade são os textos utilizados na
redação dos itens e o tipo de tarefa so-
licitada aos estudantes.

Tomemos como exemplo a habilidade


“localizar informações explícitas em
um texto”. Ela aparece nas matrizes de
todas as etapas de escolaridade avalia-
das. Espera-se que, ao término do 5º ano
de escolarização, os estudantes sejam
capazes de localizar informações em
textos pouco extensos, com vocabulário
simples e de temática familiar à faixa
etária avaliada. No 3º ano do Ensino
Médio, os alunos já devem ser capazes
de proceder à localização de informações
em textos de qualquer extensão, com te-
máticas, tipologia e gêneros variados, o
que indica outro nível de dificuldade de
uma mesma habilidade.
27

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE LÍNGUA PORTUGUESA - SIMAVE/PROEB


5º ano do Ensino Fundamental

Tópicos Descritores

D0 Compreender frases ou partes que compõem um texto.

D1 Identificar o tema ou o sentido global de um texto.

D2 Localizar informações explícitas em um texto.


I. Procedimentos
de Leitura
D3 Inferir informações implícitas em um texto.

D5 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

D10 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

D6 Identificar o gênero de um texto.


II. Implicações do
suporte, do gênero e/
D7 Identificar a função de textos de diferentes gêneros.
ou do enunciador na
compreensão do texto
D8 Interpretar texto que conjuga linguagem verbal e não verbal.

Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no


D11
texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
III. Coerência e coesão
Estabelecer a relação causa/consequência
no processamento D12
entre partes e elementos do texto.
do texto
Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando
D15
repetições ou substituições que contribuem para sua continuidade.
Identificar o conflito gerador do enredo e os
D19
elementos que compõem a narrativa.
IV. Relações entre
recursos expressivos D23 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos.
e efeitos de sentido
Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso
D21
de pontuação e de outras notações.
Identificar marcas linguísticas que evidenciam o
V. Variação linguística D13
locutor e o interlocutor de um texto.
28

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE LÍNGUA PORTUGUESA - SIMAVE/PROEB


9º ano do Ensino Fundamental e 3º ano do ensino médio

Tópicos Descritores

D1 Identificar o tema ou o sentido global de um texto.

D2 Localizar informações explícitas em um texto.

I. Procedimentos
D3 Inferir informações implícitas em um texto.
de Leitura

D5 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

D10 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

D6 Identificar o gênero de um texto.

II. Implicações do
suporte, do gênero e/
D7 Identificar a função de textos de diferentes gêneros.
ou do enunciador na
compreensão do texto

D8 Interpretar texto que conjuga linguagem verbal e não verbal.

Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões


D18
relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.
III. Relação entre textos
Reconhecer diferentes formas de abordar uma informação
D20
ao comparar textos que tratam do mesmo tema.

Reconhecer relações lógico-discursivas presentes no


D11
texto, marcadas por conjunções advérbios etc.
IV. Coerência e coesão no
processamento do texto
Estabelecer a relação causa/consequência
D12
entre partes e elementos do texto.
29

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE LÍNGUA PORTUGUESA - SIMAVE/PROEB


9º ano do Ensino Fundamental e 3º ano do ensino médio

Tópicos Descritores

Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando


D15
repetições ou substituições que contribuem para sua continuidade.

Estabelecer relações entre partes de um texto a partir


D16
de mecanismos de concordância verbal e nominal.

Identificar o conflito gerador do enredo e os


D19
elementos que compõem a narrativa.
IV. Coerência e coesão no
processamento do texto
D14 Identificar a tese de um texto.

Estabelecer relação entre a tese e os argumentos


D26
oferecidos para sustentá-la.

D27 Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.

D23 Identificar efeitos de ironia e humor em textos.

Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha


D28
V. Relações entre de uma determinada palavra ou expressão.
recursos expressivos
e efeitos de sentido Reconhecer o efeito de sentido decorrente do
D21
uso de pontuação e de outras notações.

Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso


D25
de recursos ortográficos e morfossintáticos.

Identificar as marcas linguísticas que evidenciam


VI. Variação linguística D13
o locutor e o interlocutor de um texto.
30

Da leitura ao letramento
Formando leitores proficientes

D esde 1989, quando Ângela Klei-


man, professora e pesquisadora
na área de Linguística, enfatizou a
no dia a dia da escola. Ao mesmo
tempo, é preciso ter clareza quanto
às concepções que norteiam o tra-
necessidade de repensarmos o balho em sala de aula, já que elas
ensino de leitura, algumas coisas são um dos fundamentos para os
já mudaram. Naquela época, já se objetivos e as metas.
constatava que muitas crianças e
jovens saíam da escola sem saber No campo do ensino de Língua
ler, problema atribuído à formação Portuguesa, para que as mudanças
do docente e ao desconhecimento ocorram, é fundamental ter duas
dos resultados de pesquisa na área. dimensões claras: de um lado, a
concepção da língua em seu âm-
De lá para cá, avançamos especial- bito social e interacional; de outro,
mente no campo das avaliações edu- é preciso considerar a criança e o
cacionais e no acesso aos resultados adolescente, que interagem pela
dos testes de Língua Portuguesa, língua, como sujeitos históricos e
centrados na proficiência em leitura. socialmente situados. Sendo assim,
A partir dos resultados das avalia- a língua é um instrumento de socia-
ções, é possível identificar e anali- lização e cidadania, pois é por meio
sar competências desenvolvidas e dela que o sujeito se forma cidadão,
habilidades alcançadas, traçando, vive, pensa, estuda, trabalha, convi-
a partir delas, metas para as ações ve, emociona-se.
escolares com a finalidade de me-
lhorar o ensino e a aprendizagem. A partir disso, é possível definir o que
torna o aluno um leitor proficiente,
No entanto, para que a transforma- norteando o trabalho da escola, as
ção educacional seja plena, é preci- estratégias e metodologias adotadas
so incidir nas práticas, nos agentes a fim de promover a aprendizagem.
e nas estruturas educacionais, ou
seja, é preciso que os dados e os Na sociedade contemporânea, imer-
resultados obtidos por meio das sa em tecnologia, a escola deve levar
avaliações sejam efetivamente uti- o aluno a práticas de linguagem ca-
lizados por gestores e professores pazes de fazê-lo lidar com uma di-
31

versidade de mídias, não apenas com fronte com práticas de linguagem


a palavra escrita. Nesse processo, é que o levem a entender o mundo.
preciso levar em conta sua cultura
e sua identidade. Por isso, a escola Para tanto, o ensino de Língua Por-
precisa alargar o chamado “letra- tuguesa deve caminhar na direção
mento da letra”, que envolve a pala- do desenvolvimento de habilidades
vra escrita; deve considerar as ações de leitura, respaldando-se na diver-
de linguagem com outros sistemas sidade de enunciados em circulação
semióticos, enfocando diferentes na sociedade – em textos, meios de
níveis e tipos de habilidades. Nesse comunicação, publicidade, literatu-
sentido, evocamos os “letramentos ra, músicas. Como consequência, o
múltiplos”, que abarcam diversos ato de ler deve transcender as cir-
veículos de comunicação – mate- cunstâncias didaticamente criadas
riais impressos, digitais, produções para a escola, ocorrendo nos cam-
de TV, músicas etc. – com sentidos pos onde acontecem as interações
múltiplos e híbridos. humanas efetivas.

O letramento é crucial para a inser- Ao mesmo tempo, não se pode es-


ção na vida cidadã, com respeito à quecer que, independente da área de
diversidade e ao ser humano. Em conhecimento, na escola, a apren-
outros termos, possibilita que o dizagem está bastante centrada na
aluno se torne um leitor proficiente leitura. Por isso, as questões re-
não apenas para se adaptar à so- lativas ao letramento devem estar
ciedade, mas para entendê-la, lidar presentes nas reflexões do corpo
com situações adversas e agir de docente como um todo, não só dos
forma consciente. professores da área de linguagem.
Essa perspectiva exige uma atitude
A escola ocupa um lugar central ativa do professor, partindo de uma
nesse processo, na medida em reflexão sobre seu fazer cotidiano
que se configura como espaço de e de uma postura que encara a
sistematização de conhecimento, interação social, perpassada pela
de circulação de cultura e ciência, linguagem, como meio de consti-
possibilitando que o aluno se con- tuição de sujeitos.
32

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE MATEMÁTICA

A s matrizes de referência para avalia-


ção em Matemática têm como foco a
habilidade de resolver problemas contex-
tualizados. Os temas selecionados – Es-
paço e Forma, Grandezas e Medidas, Nú-
meros e Operações/Álgebra e Funções,
e Tratamento da Informação – reúnem
descritores que expressam habilidades
em Matemática a serem avaliadas a cada
etapa de escolarização.

São objeto de avaliação as habilidades


que envolvem conceitos estruturadores
da Matemática, como a identificação de
regularidades, de relações e processos,
em situações cotidianas, visando a uma
abordagem mais contextualizada.

Os descritores considerados na elabora-


ção de itens para avaliação em Matemáti-
ca são construídos a partir de conteúdos
curriculares específicos das etapas de
escolaridade, que se repetem em dife-
rentes períodos de escolarização. O nível
de dificuldade é compatível com essas
diferentes etapas.

Tomemos como exemplo a habilidade


“calcular área de uma figura plana”. Nos
anos iniciais, o aluno calcula apenas a
área de figuras desenhadas em malha
quadriculada. Ao término do 9º ano do
Ensino Fundamental, espera-se que o
estudante seja capaz de calcular a área
de qualquer figura plana. Já no 3º ano
do Ensino Médio, os alunos devem ser
capazes de calcular a área dos sólidos.

O que determinará que esses diferentes


níveis de dificuldades sejam contempla-
dos nas avaliações será o conhecimento
do processo de composição e decompo-
sição de figuras geométricas planas que
se formam, por esse processo, em um
plano bidimensional ou tridimensional,
representado pela figura geométrica
apresentada no item.
33

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE MATEMÁTICA – SIMAVE/PROEB


Temas e seus descritores – 5º ano do Ensino Fundamental

TEMAS Descritores

Identificar a localização de pessoa ou objeto em mapas,


D1
croquis e outras representações gráficas.

Identificar posições relativas de retas no


D2
plano (paralelas e concorrentes).

Relacionar figuras tridimensionais (cubo e bloco


I. Espaço e Forma D3
retangular) com suas planificações.

Reconhecer uma figura plana (triângulo, quadrilátero


D4
e pentágono) de acordo com o número de lados.

Identificar quadriláteros (quadrado, retângulo, trapézio, paralelogramo,


D5
losango), observando as posições relativas entre seus lados.

Estimar medidas de grandezas, utilizando unidades


D6
de medidas convencionais ou não.

Resolver situação-problema utilizando unidades de medida


D7 padronizadas, como Km, m, cm, mm, bem como as conversões
entre L e mL e asconversões entre tonelada e kg.
Estabelecer relações entre unidades de medida de tempo (milênio,
D8 século, década, ano, mês, semana, quinzena, dia, hora, minuto,
semestre,trimestre e bimestre) na resolução de situação-problema.

II. Grandezas e Medidas D9 Ler e interpretar horas em relógios digitais e de ponteiros.

Estabelecer relações entre o horário de início e término e/


D10
ou o intervalo da duração de um evento ou acontecimento.

Resolver situação-problema envolvendo o cálculo do perímetro


D11
de figuras planas, desenhadas em malhas quadriculadas.

Resolver situação-problema envolvendo o cálculo da área de


D12
figuras planas, desenhadas em malhas quadriculadas.
34

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE MATEMÁTICA – SIMAVE/PROEB


Temas e seus descritores – 5º ano do Ensino Fundamental

TEMAS Descritores
Reconhecer e utilizar características do sistema de
D13 numeração decimal, tais como agrupamentos e trocas
na base 10 e princípio do valorposicional.

D14 Reconhecer a escrita, por extenso, dos numerais.

D15 Identificar a localização de números naturais na reta numérica.

Resolver situação-problema com números naturais,


D16
envolvendo diferentes significados da adição.

Resolver situação-problema com números naturais,


D17
envolvendo diferentes significados da subtração.

Resolver situação-problema com números naturais,


D18
III. Números e envolvendo diferentes significados da multiplicação.
Operações/Álgebra
e Funções Resolver situação-problema com números naturais,
D19
envolvendo diferentes significados da divisão.

D20 Identificar diferentes representações de um mesmo número racional.

D21 Localizar números racionais na forma decimal na reta numérica.

D22 Estabelecer trocas entre cédulas e moedas em função de seus valores.

D23 Calcular adição de números racionais na forma decimal.

D24 Calcular a subtração de números racionais na forma decimal.


35

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE MATEMÁTICA – SIMAVE/PROEB


Temas e seus descritores – 5º ano do Ensino Fundamental

TEMAS Descritores

Resolver situação-problema com números racionais expressos na


D25
forma decimal, envolvendo diferentes significados da adição.

Resolver situação-problema com números racionais expressos na


D26
III. Números e forma decimal, envolvendo diferentes significados da subtração.
Operações/Álgebra
e Funções Resolver situação-problema com números racionais expressos
D27
na forma decimal, envolvendo adição e subtração.

Resolver situação-problema, envolvendo o quociente de um número


D28
racional na forma decimal, por um número natural não nulo.

D29 Ler e interpretar informações e dados apresentados em tabelas.


IV. Tratamento da
Informação
Ler e interpretar informações e dados
D30
apresentados em gráficos de coluna.
36

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE MATEMÁTICA – SIMAVE/PROEB


Temas e seus descritores – 9º ano do Ensino Fundamental

TEMAS Descritores

Identificar a localização/movimentação de pessoas e objetos


D1
em mapas, croquis e outras representações gráficas.

Identificar propriedades de figuras tridimensionais,


D2
relacionando-as com as suas planificações.

Identificar propriedades de triângulos pela


D3
comparação de medidas de lados e ângulos.

D4 Identificar relação entre quadriláteros por meio de suas propriedades.

Reconhecer a conservação ou modificação de medidas de


D5 lados, do perímetro, da área em ampliação e/ou redução
de figuras poligonais, usando malhas quadriculadas.

Reconhecer ângulo, como: mudança de direção ou giro, área


I. Espaço e Forma D6
delimitada por duas semi-retas de mesma origem.

Identificar propriedades de figuras semelhantes, construídas com


D7
transformações (redução, ampliação, translação e rotação).

Utilizar propriedades dos polígonos regulares (soma


D8 de seus ângulos internos, número de diagonais,
cálculo da medida de cada ângulo interno).

Identificar e localizar pontos no plano cartesiano


D9
e suas coordenadas e vice-versa.

Utilizar relações métricas do triângulo


D10
retângulo e o Teorema de Pitágoras.

Utilizar as propriedades e relações dos elementos


D11
do círculo e da circunferência.
37

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE MATEMÁTICA – SIMAVE/PROEB


Temas e seus descritores – 9º ano do Ensino Fundamental

TEMAS Descritores

Resolver situações-problema envolvendo o cálculo


D12
de perímetro e da área de figuras planas.

II. Grandezas e Medidas D13 Utilizar as noções de volume.

D14 Utilizar as relações entre diferentes unidades de medida.

D15 Identificar a localização de números inteiros na reta numérica.

D16 Identificar a localização de números racionais na reta numérica.

Resolver situações-problema com números naturais,


D17 envolvendo diferentes significados das operações
(adição, subtração, multiplicação, divisão,

Resolver situações-problema com números inteiros, envolvendo as


D18
III. Números e operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação).
Operações/Álgebra
e Funções
D19 Reconhecer as diferentes representações de um número racional.

Identificar fração como uma representação que pode


D20
estar associada a diferentes significados.

D21 Identificar frações equivalentes.

Reconhecer as representações decimais dos números racionais


D22 como uma extensão do sistema de numeração decimal, identificando
a existência de “ordens”, como décimos, centésimos e milésimos.
38

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE MATEMÁTICA – SIMAVE/PROEB


Temas e seus descritores – 9º ano do Ensino Fundamental

TEMAS Descritores

Resolver situações-problema com números racionais, envolvendo as


D23
operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação).

D24 Efetuar cálculos simples com valores aproximados de radicais.

D25 Resolver situações-problema que envolvam porcentagem.

Resolver situações-problema que envolvam variação


D26
III. Números e proporcional direta ou inversa entre grandezas.
Operações/Álgebra
e Funções Resolver situações-problema que envolvam
D27
equação do 1º grau ou do 2º grau.

Identificar uma equação ou inequação do 1º grau


D28 que expressa uma situação-problema e representar
geometricamente uma equação de 1º grau.

Resolver situações-problema envolvendo


D29
sistemas de equação do 1º grau.

Identificar a relação entre as representações algébrica e


D30
geométrica de um sistema de equações do 1º grau.

Interpretar e utilizar informações apresentadas


D31
em tabelas e/ou gráficos.
IV. Tratamento da
Informação
Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas
D32
simples aos gráficos que as representem e vice-versa.
39

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE MATEMÁTICA – SIMAVE/PROEB


Temas e seus descritores – 3º ano do Ensino Médio

TEMAS DESCRITORES

Reconhecer a planificação de figuras tridimensionais mais usuais


D1
(primas, pirâmides, paralelepípedo, cubo, cilindro e cone).

Resolver situações-problema, no plano, que envolvam razão


D2
trigonométrica no triângulo retângulo (seno, cosseno, tangente).

I. Espaço e Forma D3 Calcular a distância entre dois pontos no plano cartesiano.

Interpretar geometricamente os coeficientes


D4
da equação de uma reta.

D5 Construir a equação da reta que passa por dois pontos dados.

D6 Utilizar o cálculo de perímetro de figuras planas.

D7 Utilizar o cálculo de áreas de figuras planas.


II. Grandezas e Medidas
Resolver situações-problema envolvendo a área
D8 total de figuras tridimensionais (prisma, pirâmide,
cilindro, cone, esfera, paralelepípedo).
Resolver situações-problema envolvendo o volume de um sólido
D9
(prisma, pirâmide, cilindro, cone, esfera, paralelepípedo).

Estimar raiz quadrada não exata de um número natural, tendo


D10
como referência um intervalo de dois inteiros consecutivos.

D11 Localizar números racionais na reta numérica.


III. Números e
Operações/Álgebra
e Funções
D12 Diferenciar as variações proporcionais das não proporcionais.

Resolver situações-problema, envolvendo duas


D13
grandezas direta ou inversamente proporcionais.
40

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE MATEMÁTICA – SIMAVE/PROEB


Temas e seus descritores – 3º ano do Ensino Médio

TEMAS DESCRITORES

Resolver situações-problema, envolvendo


D14
o cálculo de porcentagens.

D15 Resolver situações-problema, envolvendo equação de 2º grau.

D16 Resolver inequação de 2º grau.

D17 Resolver situações-problema, envolvendo inequação de 2º grau.

D18 Representar graficamente uma função do 2º grau.

D19 Reconhecer uma função do 2º grau a partir de seu gráfico.

III. Números e
Reconhecer um polinômio do 2º grau através
Operações/Álgebra D20
de sua fatoração em fatores do 1º grau.
e Funções
Calcular os pontos de máximo ou mínimo
D21
de uma função de 2º grau.

Resolver situações-problema que envolvam os pontos


D22
de máximo ou de mínimo de uma função do 2º grau.

Construir, a partir de uma situação-problema, um


D23
sistema linear com três equações e três incógnitas.

Resolver um sistema de equações lineares


D24
com três equações e três incógnitas.

Analisar crescimento/decrescimento, zeros e


D25
funções reais apresentadas em gráficos.

D26 Resolver situações-problema, envolvendo progressão aritmética.


41

MATRIZ DE REFERÊNCIA DE MATEMÁTICA – SIMAVE/PROEB


Temas e seus descritores – 3º ano do Ensino Médio

TEMAS DESCRITORES

D27 Resolver situações-problema, envolvendo progressão geométrica.

D28 Identificar arcos no círculo trigonométrico.

D29 Relacionar medidas em graus e em radianos.

Aplicar relações entre as razões trigonométricas


D30
no círculo trigonométrico.
Resolver problema de contagem, utilizando o princípio
D31 multiplicativo ou noções de permutação simples,
arranjo simples ou combinação simples.
III. Números e
Operações/Álgebra D32 Calcular a probabilidade de um evento.
e Funções

Reconhecer a representação gráfica de


D33
uma função exponencial (y = ax).

D34 Resolver equações exponenciais.

Reconhecer a representação gráfica de


D35
uma função logarítmica (y = logbx).

D36 Utilizar as propriedades operatórias da função logarítmica.

Calcular as raízes de uma equação polinomial dada


D37
por um produto de fatores do 1º e/ou 2º grau.

Interpretar e utilizar dados apresentados em tabelas


D38
e/ou gráficos (segmentos, colunas, setores).

IV. Tratamento da Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas


D39
Informação simples aos gráficos que as representam e vice-versa.

D40 Utilizar as médias aritmética e ponderada.


42

A AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA


E O ENSINO DE MATEMÁTICA

A o final do último ano do Ensino


Fundamental, quase metade
dos estudantes de escolas públicas
É importante que as escolas e, em
especial, os professores, conheçam
e saibam utilizar os resultados
brasileiras – 40% (estaduais) e 49% das avaliações. É a análise desses
(municipais) – situam-se no nível dados que possibilitará um diag-
baixo na escala de habilidades em nóstico capaz de contribuir para o
Matemática, segundo o Sistema empoderamento do professor, de
de Avaliação da Educação Básica forma consciente e crítica, am-
(SAEB) de 2005. Na rede privada, o pliando seu olhar sobre a escola
cenário não difere muito: cerca de e, sobretudo, sobre seus estudantes
50% destes alunos encontram-se e o próprio ensino de Matemática.
nos níveis mais baixos da escala
de proficiência. Os obstáculos relacionados ao
ensino de Matemática decorrem,
Os dados são alarmantes, pois em parte, de um ensino baseado
evidenciam que grandes parcelas na transmissão mecanizada de
dos estudantes apenas iniciaram conteúdos descontextualizados e
a sistematização e o domínio de pouco desafiadores ao pensamento
habilidades matemáticas básicas e à inteligência dos alunos.
e essenciais ao Ensino Funda-
mental. Esse quadro repercute Outra dificuldade relacionada aos
no Ensino Médio: em 2009, a currículos e às metodologias de
proficiência dos alunos do 3º ano ensino é a ausência de valorização
foi menor que em 1995 – 265,5 e da Matemática como parte de uma
272,1, respectivamente. cultura universal, o que levaria a
uma abordagem dos conheci-
O cenário ganha contornos mais mentos matemáticos como meios
graves à luz do substancial cres- para compreender e transformar
cimento das matrículas do Ensino a realidade.
Fundamental, que repercutiu favo-
ravelmente na taxa de escolariza- Essa perspectiva exige uma renova-
ção, mas não acarretou na melhoria ção do ensino e da aprendizagem,
da qualidade de ensino ofertado. de modo que os alunos sejam
43

conduzidos a fazer observações soluções aos problemas propostos,


sistemáticas de aspectos qualita- que valoriza seus processos de pen-
tivos e quantitativos da realidade. samento. Incentiva-os, ainda, a se
Paralelamente, no contexto da so- comunicarem matematicamente,
ciedade da informação, onde a todo envolvendo-os em tarefas ricas e
o momento as pessoas se deparam significativas do ponto de vista in-
com dados e fatos representados telectual e social.
em gráficos e tabelas, é imprescin-
dível que a escola capacite os indi- Fica claro, então, que no ensino de
víduos para selecionar, organizar e Matemática – e de outras discipli-
produzir informações relevantes ao nas –, a escola não pode se con-
uso social da Matemática. centrar apenas na transmissão de
fatos ou informações. Ela precisa,
A Matemática deve, nesse senti- além disso, promover o desenvol-
do, contribuir para que o sujeito vimento das competências básicas
participe do processo de produção tanto para o exercício da cidadania
do conhecimento e usufrua dele. quanto para o desempenho de ati-
O aluno deve ser incentivado a se vidades profissionais.
adaptar a novas situações, a reco-
nhecer suas habilidades lógico- A garantia de que todos desenvol-
-matemáticas e a empregá-las em vam e ampliem suas capacidades
situações-problema. A Matemática é indispensável para se comba-
deve ser apresentada ao estudante ter as desigualdades. Por isso,
como ciência aberta e ativa. dentre as funções do ensino de
Matemática, destacam-se ensinar
Nessa dinâmica, renovam-se os a abstrair, criticar, avaliar, deci-
papéis de estudantes e professo- dir, inovar, planejar, fazer cálculos
res: entram em cena o trabalho em aproximados, usar o raciocínio
equipe, a construção do conheci- matemático para compreensão
mento e a comunicação em sala do mundo. Cabe superar, então,
de aula. O professor atua como um a ênfase do ensino de técnicas em
organizador da aprendizagem, que detrimento das aplicações em si-
encoraja seus alunos na busca de tuações do dia a dia.
44
45

METODOLOGIA E ANÁLISE DOS TESTES

N a avaliação interna, realizada em sala


de aula, o professor, com base no
planejamento pedagógico, pode utilizar
vários instrumentos para avaliar o pro-
cesso de aprendizagem dos alunos. Em
geral, a nota atribuída a cada estudante
resulta dos acertos e erros às questões
propostas. Esse procedimento é próprio
do que se denomina Teoria Clássica dos
Testes (TCT).

No Proeb e no Proalfa, diferente da ava-


liação interna, os testes são aplicados
a um grande número de estudantes e
os resultados levam em consideração
cada uma das habilidades presentes
nas matrizes de referência para a ava-
liação. Outra diferença marcante são
as unidades básicas componentes dos
testes, os itens. Em sala de aula, cada
questão de uma prova pode mobilizar
diversas habilidades em sua resolução.
Em um teste de proficiência, no entanto,
cada item tem o objetivo de avaliar uma
única habilidade.

Os itens que compõem o teste do Proeb


e do Proalfa são elaborados dentro de
critérios técnicos e pré-testados, ou
seja, previamente aplicados a amostras
de estudantes. Somente os itens que
apresentaram boa qualidade pedagógica
e estatística constituem a prova.

A definição do número de itens é um


ponto importante na composição dos
testes. Os instrumentos cognitivos devem
conter tantos itens quantos forem neces-
sários para que se produza uma medida
abrangente de habilidades essenciais
ao período de escolaridade avaliado. Os
testes não podem ser excessivamente
longos, pois isso inviabilizaria sua reso-
lução pelo aluno. Para solucionar essa
dificuldade, tem-se utilizado um tipo
de planejamento de testes denominado
Blocos Incompletos Balanceados (BIB).
46

composição dos cadernos

i i i i i i i i i i i i i i
i i i i i i i i i i i i i i
i i i i i i i i i i i i i i
i i i i i i i i i i i i i i = 1 item
i i i i i i i i i i i i i i
i i i i i i i i i i i i i i
i i i i i i i

No 3º ano do Ensino Médio, por exemplo,


são 169 itens divididos em 13 blocos, com 13 itens cada.

3 blocos aleatórios formam um modelo de caderno.


No 5º e 9º anos do Ensino Funda-
mental e no 3º ano do Ensino Médio
são 26 modelos de caderno,
distribuídos em 13 blocos for-
mados por 13 itens cada um.
Cada caderno é formado por
3 blocos, totalizando 39 itens
por caderno.
Ao todo, são 26 modelos diferentes de cadernos.
47

análise dos testes

A proficiência é uma medida do (TRI) Teoria da Resposta ao Item


conhecimento não observável de
maneira direta. No Simave/Proeb/
Proalfa, essa medida é obtida por
meio da análise dos resultados dos
itens dos testes. Para analisá-los,
são utilizados os procedimentos da
Teoria da Resposta ao Item (TRI),
parâmetro
por meio de softwares específicos.
A TRI é um modelo estatístico capaz
de produzir informações sobre as
Discriminação
características dos itens utilizados
nos testes, ou seja, o grau de di-
A Capacidade do item de discriminar, entre
os alunos, aqueles que desenvolveram
ficuldade de cada item, a capaci- habilidades e os que não desenvolveram.
dade que ele tem de discriminar
diferentes grupos de alunos que o
acertaram ou não e a possibilidade
de acerto ao acaso. Denominamos
essas características de parâme-
tros. parâmetro
A análise dos testes por meio da TRI
permite colocar, em uma mesma
escala, a proficiência dos estudan- Dificuldade
B
tes e comparar os resultados entre Está relacionado ao percentual de alunos
diferentes programas avaliativos que respondem corretamente ao item.
(SAEB, Prova Brasil, Simave) e de Assim, quanto menor o percentual de
um mesmo programa ao longo de acerto, maior a dificuldade do item.
suas edições.

parâmetro

Probabilidade de acerto ao acaso


C Leva em consideração a probabilidade
de o aluno “chutar” e acertar o item.
48

o propósito da avaliação

O propósito da avaliação é con-


tribuir para a garantia do direito
fundamental de todo estudante:
o direito de aprender. Para tanto,
ela deve estar relacionada aos
objetivos de desenvolvimento cog-
nitivo dos alunos, estabelecidos
pelo estado. Esses objetivos, por
sua vez, devem levar em conta o
cumprimento mínimo do currí-
culo proposto para cada área do
conhecimento e etapa escolar.
Logo, devem existir metas, tradu-
zidas em perfis e características
de desempenho dos estudantes,
assumidas como um verdadeiro
compromisso e que sejam co-
nhecidas por todos: gestores,
professores e sociedade em geral.
Cumprem esse papel os padrões
de desempenho estudantil traça-
dos pela SEE/MG. Os padrões, ao
mesmo tempo em que apresen-
tam o ponto em que se encontra
o desenvolvimento acadêmico dos
alunos avaliados, também indi-
cam o horizonte de metas acerca
do que se espera em termos de
qualidade educacional.
49

padrões de
desempenho
RECOMENDADO
Os padrões são cortes impor-
tantes das escalas de profi- Os estudantes que apresentam este padrão de desempe-
ciência e representam uma nho revelam ser capazes de realizar tarefas que exigem
caracterização do desempe- habilidades mais sofisticadas. Eles desenvolveram habili-
nho dos estudantes com base dades esperadas para o período de escolaridade em que
no perfil das habilidades que se encontram.
eles demonstram nos testes.
São um referencial para a in-
terpretação dos resultados
do Simave com base em três
categorias: BAIXO, INTERME-
DIÁRIO e RECOMENDADO.

Estar nos padrões mais bai-


xos de desempenho significa
maiores probabilidades de
repetência, evasão, abando-
no e consequente fracasso
escolar, caso não sejam im-
plementadas ações imediatas
de intervenção pedagógica.
Ao contrário, os padrões mais
altos de desempenho indi- INTERMEDIÁRIO
cam maiores possibilidades
de cumprir, com sucesso, a Os estudantes que apresentam este padrão de desem-
trajetória escolar e determi- penho demonstram ter ampliado o leque de habilidades
nam, para todo o sistema, a tanto no que diz respeito à quantidade quanto no que
grande meta de qualidade a se refere à complexidade dessas habilidades, as quais
ser perseguida. exigem um maior refinamento dos processos cognitivos
nelas envolvidos.

BAIXO
Os estudantes que apresentam este padrão de desempe-
nho revelam ter desenvolvido competências e habilidades
muito aquém do que seria esperado para o período de es-
colarização em que se encontram. Por isso, este grupo de
alunos necessita de uma intervenção focada, de modo a
progredirem com sucesso em seu processo de escolariza-
ção. Para esse grupo de estudantes, é importante o investi-
mento de esforços, para que possam desenvolver habilida-
des mais elaboradas.
50

Com a palavra, a superintendente

Um amigo à mão
Para Maria Inez, boletins ajudam os
professores no processo avaliativo

O Sistema Mineiro de Avaliação da


Educação Pública (Simave) tem
possibilitado à Secretaria de Estado
da pelo estado e municípios, mas
também produzem indicadores que
vão servir de base para os projetos
de Educação atingir seu principal pedagógicos de cada escola.
objetivo, o de elevar os indicadores
educacionais do estado. A afirmação Maria Inez elogia o trabalho dos
é da superintendente de Avaliação educadores envolvidos nessa ação:
Educacional Maria Inez Barroso “eles atuam com muita seriedade,
Simões, que enumera os projetos compromisso e responsabilida-
vinculados à avaliação em Minas de, como também atendem às
Gerais: o Programa de Avaliação da condições estabelecidas para a
Rede Pública de Educação Básica realização dos testes; convidam a
(Proeb), o Programa de Avaliação da comunidade para participar. Enfim,
Alfabetização (Proalfa) e o Progra- acreditam no processo de avalia-
ma de Avaliação da Aprendizagem ção como uma ação que promove
Escolar (Paae). Maria Inez argumen- mudanças efetivas na rede de en-
ta que os resultados da avaliação sino”. Ela afirma que o professor,
subsidiam as políticas públicas, à que conta com alta credibilidade,
medida que avaliam e monitoram, já percebe a avaliação como uma
desde 2000, os avanços da educação política educacional importante e
Maria Inez Barroso Simões no estado. relevante para o monitoramento da
Superintendente de Avaliação Educacional aprendizagem do aluno.
Para a superintendente, os dire-
tores têm a difícil tarefa de bus- Divulgação de resultados
car o equilíbrio entre os aspectos
pedagógicos e administrativos da Maria Inez destaca a importância
escola. As avaliações não servem dos boletins para que o professor
somente à política pública efetua- consiga ser um agente ainda mais
51

fundamental no processo: “como A superintendente afirma que, em


nem todo professor domina a Minas, existem instrumentos que
escala de proficiência utilizada estabelecem, por meio de indica-
para divulgação dos resultados dores, as metas que as escolas
da avaliação”, aquelas publica- estaduais, subsecretarias e su-
ções auxiliam na compreensão perintendências devem cumprir.
dos dados pelos profissionais Em contrapartida, é concedido
da educação. aos servidores, como incentivo, o
pagamento de prêmio de produti-
Um dos fatores que validam e vidade, proporcional ao alcance dos
contribuem para o sucesso da resultados de cada escola, SRE e
avaliação – quanto à fidedignida- Órgão Central.
de dos dados – é a participação
Para o sucesso da avaliação,
efetiva dos alunos, professores,
recomenda Maria Inez, é neces-
diretores e comunidade escolar
sário o envolvimento de todos os
no dia da aplicação. Mas isso só é profissionais da educação, desde
possível com uma estratégia efi- o Órgão Central até as escolas.
ciente de comunicação. “A divul- Os dados devem ser analisados e
gação pública dos resultados das apropriados pelos gestores e pro-
avaliações, através dos boletins fessores para o planejamento de
disponibilizados com os resulta- ações específicas que promovam
dos para cada escola participante uma educação de qualidade. A su-
do processo, constitui um retorno perintendente lembra ainda que “a
importante para que os gestores validade e a fidedignidade do pro-
e professores se apropriarem dos cesso avaliativo são consequência
resultados”, explica. de uma construção coletiva”.
É crucial assegurar que, juntamente
com as informações que a avaliação
fornece, sejam implementadas
ações que contribuam para
a solução dos problemas
educacionais que nos afetam.
A avaliação, sob esse prisma, deve
ser entendida como um importante
instrumento a ser utilizado para
corrigir rumos e (re)pensar o futuro.
As informações fornecidas pelo
Simave, portanto, ganham força
ao serem divulgadas, discutidas
e entendidas como necessárias à
edificação de uma educação mais
justa e com qualidade para todos.
DIRETORIA DE AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS EDUCACIONAIS Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora
Diretora Henrique Duque de Miranda chaves Filho
rosana Mol Lana
Coordenação Geral do CAEd
Equipe Técnica Lina Kátia Mesquita Oliveira
Ana Silvéria nascimento Bicalho
Gislaine Aparecida da conceição Coordenação Técnica do Projeto
Maria Guadalupe cordeiro Manuel Fernando Palácios da cunha Melo
roseney Gonçalves de Melo
Coordenação da Unidade de Pesquisa
DIRETORIA DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM Tufi Machado Soares
Diretora
Coordenação de Análises e Publicações
Marineide costa de Almeida de Toledo Wagner Silveira rezende

Equipe Técnica Coordenação de Instrumentos de Avaliação


carmelita Antônia Pereira Verônica Mendes Vieira
Lilia Borges rego
Lucienne de castro Silva Coordenação de Medidas Educacionais
Suely da Piedade Alves Wellington Silva

Coordenação de Operações de Avaliação


rafael de Oliveira

Coordenação de Processamento de Documentos


Benito Delage

Coordenação de Produção Visual


Hamilton Ferreira

Responsável pelo Projeto Gráfico


Edna rezende S. de Alcântara

Ficha Catalográfica
VOLUME 1
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação.
SIMAVE/PROEB – 2011/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd. v. 1 (jan/dez. 2011), Juiz de Fora, 2011 –
Anual

MELO, Manuel Fernando Palácios da Cunha e; OLIVEIRA, Camila Fonseca de; OLIVEIRA, Lina Kátia Mesquita; REZENDE, Wagner Silvei-
ra; SILVA, Wellington; VIEIRA, Verônica Mendes.

ISSN 1983-0157
CDU 373.3+373.5:371.26(05)
ISSN 1983-0157

SIMAVE
SISTEMA MINEIRO DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA

Revista do Sistema/2011

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