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Socialismo Utópico

Robert Owen criticou a propriedade privada e o uso do trabalho com fins injustos.

Por Rainer Sousa

O progresso material e as questões sociais surgidas após a Revolução Industrial,


fizeram com que diferentes teóricos repensassem a sociedade e suas instituições. Por
um lado, os pensadores liberais acreditavam no progresso oferecido pela sociedade
industrial. Segundo eles, a razão, a ciência e o progresso, em concordância com a
manutenção da ordem burguesa, seriam suficientes para que as sociedades humanas
pudessem resolver seus problemas.

Em contrapartida, os problemas sociais emergiam em meio à riqueza e o


desenvolvimento da sociedade capitalista. Dessa forma, durante o século XIX, as
primeiras teorias do pensamento socialista começaram a ser desenvolvidas. Alguns
chamavam os primeiros pensadores socialistas de utópicos, por acreditarem ser
possível a concepção de uma sociedade onde as classes sociais estariam em harmonia.

Na obra “Cartas de um habitante de Genebra”, o conde francês Claude de Saint-Simon,


acreditava que uma sociedade estaria dividia entre os ociosos e produtores. Para que o
desequilíbrio social fosse superado todos os indivíduos deveriam contribuir com
trabalho, mantendo assim o progresso. No entanto, ele se opunha a qualquer tipo de
exploração entre as classes. Os capitalistas poderiam buscar o lucro, desde que se
comprometessem com as questões sociais.

A religião deveria ser renovada, com a proposição de uma fé que defendesse princípios
de igualdade. De forma geral, a sociedade idealizada por Saint-Simon estava dividia
entre sábios, proprietários e não-proprietários. Na visão de alguns pensadores, Saint-
Simon empreendeu concepções que não poderiam ser consideradas eminentemente
socialistas, mas um tipo de “liberalismo avançado”.

Charles Fourier (1772 – 1837) era filho de comerciantes e acreditava que o indivíduo
era bom, mas acabava sendo pervertido pela sociedade e as instituições. A sociedade
poderia organizar-se por meio de falanstérios, que consistiam em unidades
agroindustriais articuladas pelo trabalho coletivo e organização cooperativa. Mesmo
nunca tendo implantado este sistema, Fourier pregava que esse modelo poderia
superar as desigualdades do sistema capitalista.

Um último representante do socialismo utópico foi o administrador inglês Robert Owen


(1771 – 1858). Trabalhando em uma fábrica de algodão em Manchester, ele pôde
observar de perto o cotidiano da classe trabalhadora. Vendo a exploração como um
entrave à formação de uma sociedade formada por homens livres, Owen preocupou-se
em projetar uma sociedade ideal. Durante os anos em que viveu na Escócia, Robert
Owen buscou praticar suas idéias em um cotonifício por ele administrado.

Enxergando o comunismo como fim máximo do trabalho, Owen reduziu a carga horária
de seus trabalhadores e incentivou a instrução de seus empregados. O modelo por ele
empreendido alcançou sucesso, porém suas críticas à propriedade privada e à religião
o obrigaram a mudar-se para os Estados Unidos. Chegando ao continente americano,
criou uma comunidade chamada New Harmony. A falência de suas cooperativas na
Inglaterra e nos Estados Unidos o fez, no fim da vida, dedicar-se à formação de
cooperativas de trabalho chamadas trade-unions.

Ao mesmo tempo em que o socialismo utópico desenvolveu-se e contou com diversos


pensadores, uma outra corrente socialista surgiu no século XIX. O chamado socialismo
científico, principalmente representado por Karl Marx e Friedrich Engels, propunha um
estudo sistemático dos modelos econômicos e sociais do capitalismo. Por meio do
estudo e da reflexão sobre dados materiais, buscavam concebem a organização de
uma nova sociedade.

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