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u OUTUbrO 2016
JÚLIO MEDAGLIA
Celebrando o cravista
Roberto de Regina
JORGE COLI
Dois teatros,
duas experiências
BRASIL MUSICAL
Alvaro Siviero
FERMATA
Wagner Polistchuck
PALCO
Vencedora do
Concurso Rainha
Elisabeth faz turnê
r$ 16,90
Carlos Gomes
ISSN 1413-2052 - ANO XXII - Nº 232
Prezado leitor,
Estreia neste mês, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, uma nova produção
da ópera Lo schiavo, de Antonio Carlos Gomes, compositor brasileiro que em 2016
é lembrado por duas efemérides: 180 anos de nascimento e 120 anos de morte. O
Municipal de São Paulo também programou Carlos Gomes em sua temporada, a ópera
Fosca, que será encenada em dezembro. É uma agenda auspiciosa; serão as duas
grandes homenagens a um dos mais geniais músicos brasileiros de todos os tempos.
Para matéria de capa desta edição da Revista CONCERTO (página 22), o editor
executivo João Luiz Sampaio revisitou a bibliografia de Carlos Gomes e se informou
sobre os novos projetos dedicados ao mestre – como a criação de um site que conterá
o catálogo geral de suas obras –, concluindo que há um esforço no sentido de recuperar
o verdadeiro valor de sua obra. Como escreve, “entre herói nacional, traidor da pátria, imagem: DIVULGAÇÃO / EDITORA SOLUTION
relíquia da monarquia, homem de vanguarda, passadista inveterado, Carlos Gomes já
foi de tudo um pouco – e, da soma disso, ainda está para surgir um retrato mais sóbrio
COLABORARAM NESTA EDIÇÃO
e menos apaixonado de sua trajetória”.
Camila Frésca, jornalista e pesquisadora
O cravista brasileiro Bruno Procópio, há muitos anos radicado na França, é hoje Irineu Franco Perpetuo, jornalista
um reconhecido especialista de música antiga, especialmente do repertório barroco e crítico musical
francês (assinantes da Revista CONCERTO se lembrarão do CD da série Música de João Luiz Sampaio, jornalista
CONCERTO, distribuído no ano de 2014, com Procópio dirigindo um grupo formado e crítico musical
por músicos da Orquestra Sinfônica Simón Bolívar em peças instrumentais de Jean- João Marcos Coelho, jornalista
-Philippe Rameau). No início deste mês, Bruno Procópio estará no Rio de Janeiro, e crítico musical
na Sala Cecília Meireles, coordenando a II Semana do Centro de Música Barroca de Jorge Coli, professor e crítico musical
Versalhes, na qual também se apresentará. Para falar desses concertos e de seus projetos José Pastore, professor da USP
e atividades, Procópio conversou com a jornalista Camila Frésca, conforme entrevista Júlio Medaglia, maestro
publicada na página 16.
Apesar da crise que vem comprometendo também a temporada musical – o
caso mais dramático parece ser a suspensão das atividades da Orquestra Sinfônica
Brasileira (leia mais na página 6) –, a programação de concertos segue com grandes
atrações, evidenciando a perseverança e a capacidade de organização de muitos teatros
e entidades promotoras. Orquestra Tonhalle de Zurique com Nelson Freire, Coro da
Rádio de Berlim, ópera Elektra de Richard Strauss, as temporadas da Osesp, da Opes memória musical
e da Orquestra Sinfônica Heliópolis e uma nova série sobre a música de câmara de Há 20 anos na Revista CONCERTO
Brahms no Espaço Promon em São Paulo são alguns dos destaques do Roteiro Musical
ATRÁS DA PAUTA, com Júlio Medaglia
ilustrado da Revista CONCERTO (a partir da página 32). E, na página 10, confira a rica
“Apesar de nossas leis de incentivo à
temporada 2017 que a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais acaba de lançar.
cultura serem as mais generosas do
Como em todos os meses, esta edição da Revista CONCERTO publica a seção mundo, o nosso empresário ainda não
parou para pensar nos reflexos desse lucro
Gramophone, com conteúdo da prestigiada revista britânica: na página 30, você
institucional. Enquanto isso não ocorrer,
saberá quem são os vencedores do Gramophone Awards 2016, a principal premiação o pobre do Beethoven vai ter que se
internacional do mercado fonográfico clássico; e na página 60 apresentamos a escolha digladiar com nossos barnabés, e contra
do editor dos melhores CDs do mês. eles não há força ou genialidade no
mundo capaz de vencer...”
Leia ainda nesta edição os textos de nossos colunistas Júlio Medaglia (sobre o
EM CONVERSA – Entrevista com
cravo e maestro Roberto de Regina), João Marcos Coelho (que enfoca a nova edição da o maestro Jamil Maluf
Bimesp, a Bienal Internacional de Música Eletroacústica) e Jorge Coli (refletindo sobre a
“É preciso lembrar que a interpretação
atuação dos dois teatros de ópera paulistanos, o Municipal e o São Pedro), bem como as do maestro vem, em grande parte, do
seções Palco (com Ji Young Lim, vencedora do Concurso Rainha Elisabeth de Bélgica), músico da orquestra, mais do que os
Opinião (o professor José Pastore comenta com entusiasmo o Baccarelli próprios maestros gostam de admitir. É
na Rua, novo projeto do Instituto Baccarelli), Brasil Musical (com preciso ouvir a orquestra com uma enorme
sabedoria. Tem maestro que rege ouvindo
o pianista Alvaro Siviero) e Fermata (focando o trombonista e
a interpretação dele e não o que a
regente Wagner Polistchuk, que será homenageado pela Osesp). orquestra está de fato tocando”
Leia a Revista CONCERTO e fique por dentro de tudo ROTEIRO MUSICAL DE OUTUBO DE 1996
o que se passa no mundo dos clássicos. Desejamos um ótimo • Theatro Municipal de São Paulo encena
mês musical! Turandot, de Puccini
• Mozarteum Brasileiro apresenta a
contralto Marilyn Horne
• Pierre Boulez rege o Ensemble
Nelson Rubens Kunze Intercontemporain no Teatro
diretor-editor Cultura Artística
61
u OutubrO 2016 nº 232
2 Editorial
4 Cartas
6 Contraponto
As notícias do mundo musical
10 Temporadas 2017
22 64 O maestro Fábio Mechetti apresenta a programação da
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais para o próximo ano
12 Atrás da Pauta
Roberto de Regina e o cravo, por Júlio Medaglia
14 Notas Soltas
As experiências do Theatro Municipal de São Paulo e do
Theatro São Pedro de São Paulo, por Jorge Coli
16 Em Conversa
O cravista e maestro Bruno Procópio comenta os concertos
14 que apresenta no Rio de Janeiro, por Camila Frésca
18 Palco
Vencedora do Concurso Rainha Elisabeth de 2015, a violinista
coreana Ji Young Lim realiza turnê e fala sobre sua visão da música
20 Opinião
O projeto Baccarelli na Rua, por José Pastore
22 Capa
Nos 120 anos da morte de Carlos Gomes, montagens e projetos
tentam recuperar o real valor de sua obra, por João Luiz Sampaio
16 26 Brasil Musical
O pianista Alvaro Siviero e o artista como instrumento
28 Música Viva
30 João Marcos Coelho escreve sobre os 20 anos da Bimesp, Bienal
Internacional de Música Eletroacústica de São Paulo
32 Roteiro Musical
Destaques da programação musical no Brasil
34 Roteiro Musical São Paulo
46 Roteiro Musical Rio de Janeiro
52 Roteiro Musical Brasil
61 Lançamentos de CDs e DVDs
Uma seleção exclusiva do melhor
Consulte os novos lançamentos e os títulos à venda
da revista Gramophone
62 Livros
30 Gramophone Awards 2016
Premiação anuncia vencedores 62 Outros Eventos
Parabéns pelos 21 anos contínuos de publicação Depois de ler a entrevista com Nathalie
OUTUBRO 2016
da Revista CONCERTO, trazendo a programação Stutzmann (Revista CONCERTO nº 231) e Ano XXII – Número 232
musical de todas as cidades brasileiras e notícias vê-la com a Osesp, devo dizer: que prazer Periodicidade mensal – ISSN 1413-2052
do mundo musical. A edição de setembro ouvir uma artista que rejeita a rotina!
Redação e Publicidade
chegou com as inovações anunciadas em seu Paula Andersen, por e-mail Rua João Álvares Soares, 1.404
editorial e elas são sempre bem-vindas. Porém, 04609-003 São Paulo, SP
senti muita falta da seção “Destaques do Tel. (11) 3539-0045 – Fax (11) 3539-0046
Roteiro Musical”, com a relação dos principais ue-mail: cartas@concerto.com.br e-mail: concerto@concerto.com.br
concertos/eventos musicais de cada cidade.
Cartas para esta seção devem ser remetidas por diretor-editor
Essa seção é muito útil para pronta referência e-mail: cartas@concerto.com.br, fax (11) 3539-0046 Nelson Rubens Kunze (MTb-32719)
e visualização dos principais concertos numa ou correio (Rua João Álvares Soares, 1.404 – CEP editor executivo
só página. Acho que outros leitores também 04609-003, São Paulo, SP), com nome e telefone. João Luiz Sampaio
devem ter sentido a falta dessa seção. (Em razão do espaço disponível, reservamo-nos coordenação editorial
Florisval Pedroso, por e-mail o direito de editar as cartas.) Cornelia Rosenthal
coordenação de produção
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revisão Thais Rimkus
editoração e produção gráfica
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Agenda de concertos de São Paulo, Rio para a sala de concertos digital da
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cancela temporada 2016 Os 120 anos da morte de Carlos Gomes renderam duas im-
portantes homenagens. A primeira é o lançamento do livro
Carlos Gomes – sou e sempre serei: o Tonico de Campinas,
Com dívidas que alcançam R$ 5 milhões e necessitando arreca- primeiro volume da biografia escrita por Jorge Alves de
dar mais R$ 10,5 milhões para fechar suas contas deste ano, a OSB Lima (editora Solution). O livro terá sessão de autógrafos
anunciou o cancelamento do resto de sua temporada de 2016. Em em São Paulo no dia 19 de outubro, às 19h30, no Centro
meados de junho, a orquestra já havia anunciado severos cortes, de Integração-Escola (CIEE). A segunda homenagem foi
mas não conseguiu reverter sua grave situação financeira. feita pela Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas. Sob
Em carta publicada no jornal O Globo, o Conselho Curador da regência de Victor Hugo Toro, o grupo gravou o disco Árias
e canções, com participação das sopranos Carla Domin-
Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira manifestou um pedido de
gues e Jayana Paiva e da pianista Elosande Camondá.
auxílio à Prefeitura da cidade: “A OSB é grata à Prefeitura do Rio de
Janeiro, mas precisa que esta renove seu apoio à orquestra de forma
permanente, como têm feito seus fiéis investidores BNDES, Carva- Duo Santoro Cury lança novo disco
lho Hosken, Bradesco e Brookfield, e todos os demais apoiadores O cravista Alessandro Santoro e o fagotista Fábio Cury
que permitiram à Fundação atravessar o ano até o momento”. E realizam um recital de lançamento, no dia 29 de outubro
finaliza em tom dramático: “A ausência de investimento dos setores na Sala do Conservatório, na Praça das Artes, do novo CD
público e privado na salvaguarda desse patrimônio brasileiro pode- Santoro inédito. O trabalho é dedicado a obras do com-
rá causar o desaparecimento de um dos maiores ícones da cultura positor Claudio Santoro: seis prelúdios, escritos entre os
nacional e carioca. Um conjunto único, que há mais de sete déca- anos 1930 e 1980; Seis peças para cravo, Homenagem a
das, representa a diversidade cultural brasileira e atua ativamente Couperin, obra de 1977; Introdução e dança para violon-
na educação desta sociedade”. celo e piano (1951) e Encantamento para violoncelo e
Eleazar de Carvalho Filho, presidente do conselho da Fundação piano (1982), em versão arranjada para fagote; Duo para
OSB, em entrevista concedida ao jornal, expôs os problemas da fagote e piano (1982); e a Fantasia Sul América para fa-
orquestra e pediu ajuda ao governo e à iniciativa privada: “A OSB gote solo (1983). O disco tem ainda a Sonatina para cravo
está com uma dificuldade financeira séria em função da redução e fagote, de Carlos dos Santos, fruto do desejo dos artistas
dramática de recursos disponíveis para este ano. Portanto, está cha- de fomentar a escrita para os dois instrumentos.
mando a sociedade para ajudar. Não vislumbramos novos recursos
entrando até o fim do ano. Precisamos levar à sociedade, de uma Vera Astrachan toca nos EUA
forma contundente, a situação que estamos enfrentando e propor
A pianista Vera Astrachan faz, no dia 30 de outubro, recital
uma reflexão: se a cidade, ou mesmo o país, deseja manter um con-
pela Sociedade Chopin de Connecticut, nos EUA. A apresen-
junto deste nível e com essa história.”
tação acontece no New Britain Museum of American Art.
No dia 18 de setembro, após uma assembleia, os músicos da
No programa, Mozart, Chopin e o brasileiro Francisco Mig-
orquestra propuseram à fundação a manutenção de alguns concer- none, em homenagem aos 30 anos de sua morte – o com-
tos na Cidade das Artes, para que o grupo pudesser continuar se positor, de quem a pianista estreou a Sonata nº 4, foi tema
apresentando. Até o fechamento desta edição, ainda não haviam de sua tese de mestrado pela Universidade de São Paulo.
sido divulgadas possíveis datas e propostas de programas.
SERVIÇO
Renovação de assinaturas: até 15 de outubro
Troca de assinaturas: de 18 de outubro a 5 de novembro
Novas assinaturas: de 8 de novembro a 28 de janeiro de 2017
Informações: www.filarmonica.art.br
ou pelo telefone (31) 3219-9009
divulgação
Na área das cordas, havia a família das friccionadas – violino,
viola, violoncelo e contrabaixo – e, na dos teclados, o instrumen-
to que mais se destacou foi o cravo. Com cordas paralelas dentro
de uma caixa acústica, pinçadas por uma pena de animal, ele fa- Com sua intensa atividade como cravista, regente do Coral
zia sucesso também por se tratar de um instrumento doméstico. Bach, da Camerata Antiqua de Curitiba, do conjunto que leva
Se os instrumentos fabricados por Stradivarius no início do seu nome e como construtor desse instrumento, ele não só reco-
século XVIII ainda estão em voga, não só encantando como há locou o interesse pelo cravo na movimentação cultural brasilei-
trezentos anos, mas valendo cada vez mais milhares de dólares, ra, como ajudou a revelar todo o universo artístico que o gerou.
no final do século XVIII o surgimento do “pianoforte” ou do Como uma das consequências dessa antiga atuação, temos
Hammerklavier, o teclado de martelos, como diziam os alemães, no Rio de Janeiro, de 3 a 5 de outubro, a XIII Semana do Cravo.
foi um xeque-mate na vida do delicado instrumento das cordi- Ela é coordenada por Marcelo Fagerlande, outro importante e
nhas pinçadas. competente batalhador pela divulgação da música e do universo
O piano, com volume e definição sonora muito maiores que cultural do instrumento. Haverá a presença de dezenas de
as do cravo e com possibilidades de diferentes intensidades – o autoridades no assunto, em mesas em que serão apresentados
forte e o piano –, tornou-se, ao lado do violino, o “rei dos instru- os tópicos que envolvem a execução da música do cravo, assim
mentos” do romantismo do século XIX em diante. como informações sobre sua fabricação e sua manutenção.
No segundo pós-guerra do século XX, porém, iniciou-se em Hoje o Brasil possui uma preciosa geração de cravistas e
todo o mundo uma redescoberta do cravo. A curiosidade daque- construtores do instrumento. Ficamos felizes em saber, porém,
le timbre e o desejo de ouvir obras para ele concebidas ganharam que, no encontro de outubro no Rio, os primeiros 90 anos de
cada vez mais interessados. Mesmo aqui no Brasil, tinham-se no- Roberto de Regina, a serem completados em 2017, não foram
tícias de um ou outro pianista que passou a se dedicar ao estudo esquecidos, já que ele será devidamente homenageado. Espera-
e à importação de cravos, alguns por apego à sonoridade exótica mos que, quando as cordas dos cravos espalhados pelo encontro
e outros por interesse meramente musicológico. estiverem vibrando, elas consigam fazer vibrar de emoção tam-
Creio que seria possível fixar um turning point na supera- bém seu coração por esse ato que revela a inesquecível gratidão
ção desse status quo. Isso se deu quando um médico anestesista por seu trabalho em prol da música em nosso país. t
nascido aqui em Bariri, no interior de São Paulo, optou por aban-
donar os aparelhos que desarmavam a percepção das pessoas
e lançar mão de outro para, ao contrário, excitar mentes e a AGENDA
sensibilidade humana por meio do timbre encantado do cravo: XIII Semana do Cravo
Roberto de Regina. De 3 a 5 de outubro, Escola de Música da UFRJ (Rio de Janeiro)
Dois teatros
O que podemos aprender com as experiências do Theatro Municipal e do Theatro São Pedro de São Paulo
C ravista e regente especializado em repertório antigo, Bruno Procópio é mineiro de Juiz de Fora e vive na
França desde 1994, quando foi aprovado em primeiro lugar no Conservatório de Paris, nas classes de Pierre
Hantaï e Christophe Rousset. Tendo iniciado sua formação com Marcelo Fagerlande no Rio de Janeiro, ele viu a
oportunidade surgir quando, ao participar do Festival de Música Antiga de Paraty, seu talento chamou a atenção
de Rousset. Mais de vinte anos depois, Procópio se firma como um dos maiores especialistas brasileiros em
repertório antigo francês, como cravista de carreira internacional, maestro em ascensão e criador do premiado
selo musical Paraty – homenagem à cidade onde tudo começou. Neste mês, Bruno Procópio estará no Rio de
Janeiro coordenando a II Semana do Centro de Música Barroca de Versalhes. Nesta entrevista, feita por Skype e
e-mail desde Paris, ele discute as especificidades do repertório francês e as transformações que a interpretação
da música antiga tem sofrido nas últimas décadas, além de adiantar algumas de suas próximas atividades.
Neste mês acontece no Rio a II Semana em 1808, e o segundo Concerto para piano e do século XIX, sempre guardou um só foco:
do Centro de Música Barroca de Versalhes orquestra de Hyacinthe Jadin, composto em o texto. A grande virtuosidade é a declama-
(CMBV). Qual é sua ligação com o centro? 1796. São obras muito pouco tocadas mesmo ção do texto, a grande dificuldade é a emissão
O Centro de Música Barroca de Versalhes se na França, e acredito que a maioria seja inédita clara do texto cantado.
dedica a difundir o repertório francês do século no Brasil. O concerto do dia 4, com músicos
XVIII e da primeira metade do XIX e é um dos franceses, tem como tema “Do período das lu- Que objetivo ou necessidade extra fez com
maiores editores desse repertório na Europa. As zes ao romantismo” e enfoca a efervescência que você, além de trabalhar como cravista,
edições, o acompanhamento musicológico e a artística do final da era Luís XV, quando o barro- passasse também para a regência?
presença de músicos especializados e maestros co cede espaço para um novo estilo, impregna- Eu já tinha uma carreira sólida como cravista,
afinados com o repertório barroco e com aber- do pela música alemã. Já no dia 7, com a OSB, tinha gravado vários discos, todos eles com
tura junto às formações sinfônicas tradicionais enfocaremos a efervescência musical e Paris às belas recompensas internacionais. Ao mesmo
são de fato um grande facilitador para a desco- vésperas da Revolução, quando o antigo estilo tempo, estudei regência ao cravo no conserva-
berta desse repertório. De uns tempos para cá, o barroco vive seus últimos dias. tório e tive a oportunidade de reger inúmeras
centro decidiu realizar não apenas esse trabalho formações internacionais em minha posição de
na França, mas o expandir para outros países. O público em geral pensa em “barroco maestro-continuísta. No entanto, dentro desse
Sabendo de minha ligação com orquestras da musical” de forma única. Quais repertório, quando o baixo contínuo desapa-
América do Sul, fui convidado para atuar como características mais distanciam o barroco rece, minha participação também desaparece.
uma espécie de embaixador deles junto a gran- francês do italiano, por exemplo? Foi a vontade de abordar o repertório tardio do
des instituições. Realizamos no ano passado, na No Brasil e no mundo, quando se pensa em século XVIII e, sobretudo, do século XIX que
Sala Cecília Meireles, a I Semana do Centro de barroco, se pensa na música italiana e na mú- me levou ao pódio. Transmitir com as mãos
Música Barroca de Versalhes no Rio, com a par- sica alemã que parte dos moldes da italiana. A uma regência clara e decodificada é de fato
ticipação da Orquestra Barroca da Unirio, com França tem uma especificidade de tradição que mais simples e natural que reger uma falange de
direção musical da flautista Laura Rónai e com vem desde Lully e que é baseada em dança, nas sessenta músicos atrás de um cravo! Continuo
master classes realizadas pelos franceses. Ago- suítes de dança. O concerto para instrumentos regendo formações vocais e orquestras com ins-
ra, para a segunda edição do evento, teremos a e a forma sonata não foram desenvolvidos na trumentos de época, mas a maioria dos convites
participação da Orquestra Sinfônica Brasileira, França, que se concentrou na música de baile, vêm das grandes formações sinfônicas. Acredi-
a qual terei o prazer de reger mais uma vez. de danças – que não era dançada, era antes to que o impulso dado por grandes maestros,
uma forma de composição. Além disso, há a como Nikolaus Harnoncourt, que passaram a
Você participa de dois concertos da questão da ornamentação. Enquanto a Europa reger também formações modernas, ajudou a
semana. No dia 4, toca cravo em um inteira desenvolveu uma música baseada na criar a curiosidade em busca de uma interpre-
programa de música de câmara. No dia 7, virtuosidade, com muitas notas, a França ficou tação historicamente informada e uma renova-
toca cravo e rege a OSB. Poderia falar do com um modelo de ornamentação que é um ção de repertório. Desde 2013, tenho levado
repertório e da concepção do programa elemento indissociável dessa linguagem. A novos repertórios a orquestras como a Simon
de cada um deles? música vocal italiana pouco a pouco buscou Bolívar da Venezuela, a OSB, a Filarmônica de
Os programas estão repletos de obras emblemá- uma estética instrumental, na qual a melodia e Liège, a Orchestre d’Auvergne, a Orchestre
ticas do repertório pré-romântico francês, como o virtuosismo foram o ponto principal. A mú- National des Pays de la Loire e a Orchestre La-
a Primeira Sinfonia de Étienne Méhul, escrita sica francesa, mesmo nas primeiras décadas moureux, entre outras. Essa dinâmica, lançada
junto às orquestras de El Sistema na Venezuela, entre especialistas. Isso indica uma de um disco. No entanto, vi que não era viável
culminou com a gravação do disco “Rameau in nova mudança de concepção dos manter a empresa apenas com meus projetos.
Caracas” com a emblemática orquestra regida dias atuais? Como “justificar” esse Ao mesmo tempo, havia o problema da distri-
pelo maestro Gustavo Dudamel e também nos tipo de postura? buição, era praticamente impossível conseguir
permitiu a posteriori a criação da Orquestra A discografia “historicamente informada” é um bom distribuidor sem uma estratégia de re-
Barroca Simon Bolívar, toda constituída de ins- vasta, cobriu praticamente todo o repertório pertório e com uma lista de músicos de dimen-
trumentos de época e que tive o prazer de reger sinfônico, até mesmo o do final do século XIX. são internacional. Assim, minha busca inicial
no concerto de lançamento, em 2013. Acredito que as formações sinfônicas percebe- foi por criar parcerias com músicos que procu-
ram a importância de rever seus paradigmas. ravam uma nova relação com o selo discográ-
Desde o início das preocupações sobre Como continuar interpretando sinfonias clás- fico. Hoje somos distribuídos em escala global
como interpretar o repertório “antigo” sicas e pré-românticas com o mesmo mode- pela Harmonia Mundi, representamos mais de
até os dias atuais, houve muitas lo dos anos 1970?! A presença de maestros cinquenta músicos, ensembles e orquestras,
mudanças e diferentes concepções. saídos dos universos barroco e clássico é como a Orquestra Simon Bolívar e a Filarmô-
Como você enxerga essa trajetória da muito salutar para essa renovação dentro das nica do Qatar. No final deste ano, gravaremos o
interpretação historicamente orientada e orquestras modernas, que hoje estão muito brilhante violinista canadense Corey Cerovsek
como acha que é hoje, em geral, a visão mais abertas a repertórios antes praticamen- e o violoncelista Adrian Brendel, filho do gran-
dos músicos que trabalham nessa área? te excluídos dos programas. Até mesmo para de pianista.
Hoje os músicos se especializam em instrumen- fidelizar o público cansado de escutar as
tos de época e, ao mesmo tempo, em instru- mesmas sinfonias, parece-me indispensável Poderia nos contar sobre suas próximas
mentos modernos e querem saber como tocar a proposição de novos programas. Eu sempre atividades?
corretamente segundo a interpretação histórica escuto dos músicos que abordar os repertórios Em 2017, vou reger pela primeira vez a Osesp
a totalidade do repertório. É muito comum tro- barroco e clássico com novos golpes de arco e em um repertório todo dedicado à musica fran-
car de instrumento e continuar tocando com ajustar a compreensão dos ornamentos ajuda cesa, em mais uma parceria realizada com o
fundamento em seus instrumentos respectivos no aprimoramento da orquestra para a execu- Centro de Música Barroca de Versalhes. Tam-
a música do século XVII e a do século XX. Não ção do grande repertório sinfônico do final do bém farei minha première com a Orquestra
vejo nenhum mal em abandonar o purismo que século XIX. Filarmônica de Minas Gerais. Participo, ainda,
reinou até pouco tempo atrás. O mercado está de uma turnê regendo a Orchestre National des
cada vez mais fechado, os subsídios diminuem Você também criou, há dez anos, o selo Pays de la Loire e serei maestro residente na
mesmo aqui na Europa – ser polivalente virou Paraty. Você lança gravações próprias e Orchestre d’Auvergne.
questão de sobrevivência. Essa dinâmica trou- produz trabalhos de outros músicos. Trata-
xe mais tecnicidade e mais exigência, e de certa -se de um novo modelo de negócios Obrigada pela entrevista. t
forma o nível de compreensão e execução au- dentro do mundo da música clássica?
mentou nesta última década. Logo no começo de minha vida musical, perce-
bi que era preciso investir para lançar um disco AGENDA
Você tem regido orquestras sinfônicas em esfera global. Assim, achei mais judicioso II Semana do Centro de Música Barroca
modernas em repertório barroco – algo criar meu próprio selo e controlar todos os pa- de Versalhes
que há certo tempo seria impensável râmetros que englobam a gravação e a difusão De 1º a 7, Sala Cecília Meireles (Rio de Janeiro)
Música e diálogo
Vencedora do Concurso Rainha Elisabeth em 2015, a violinista coreana Ji Young Lim
realiza apresentações em São Paulo, Belo Horizonte, Manaus, Belém e Curitiba
Música na rua
Iniciativa do Instituto Baccarelli se soma a um movimento de artistas
de todo o mundo: ir para as ruas, em busca do público
AGENDA
Baccarelli na Rua – Armazém da Cidade (São
Paulo)
Trio de cordas do Instituto Baccarelli (dia 1º)
Músicos do Instituto Baccarelli Quinteto de sopros do Instituto Baccarelli (dia 15)
tocam na Vila Madalena Quarteto de cordas do Instituto Baccarelli (dia 29)
O GRANDE ROMÂNTICO
Antes de todos os concertos, às 20:30h, conversa sobre as obras com a Prof. Yara Caznok
e no dia 06 de dezembro, às 21h, Painel “Tradição X Ruptura na Arte, a questão Brahms e Wagner”.
u CAPA
“Carlos Gomes foi o artista brasileiro mais atacado pelo mo- Medaglia, no final dos anos 1990, abriram uma nova era de pro-
vimento modernista, especialmente por figuras como Oswald de duções, com encenações de Fosca, O guarani e Maria Tudor, na
Andrade e Menotti del Picchia. A consequência foi a relativiza- Bulgária e depois no Brasil. Ao longo dos últimos vinte anos, o
ção de sua importância para a música brasileira e a desqualifica- Festival Amazonas de Ópera deu espaço a títulos como Condor,
ção de sua obra, que, pelo contexto histórico em que estava in- depois encenada no Theatro Municipal de São Paulo, onde Co-
serida, era devedora, sim, da tradição lírica italiana”, diz André lombo também foi ouvida. Em São Paulo, no Teatro Alfa, foi pro-
Cardoso. “Eu não tenho dúvidas de que a obra de Carlos Gomes duzida Joana de Flandres, a partir de uma nova edição feita por
pertence plenamente à tradição musical de nosso país. Curiosa- Achille Picchi e Fábio de Oliveira. Mas é indiscutível que Carlos
mente, as dúvidas que ainda parecem persistir sobre Carlos Go- Gomes, mais do que uma presença constante e natural nos pal-
mes não existem para artistas contemporâneos, como o escritor cos brasileiros, é fruto de montagens isoladas, sem que múltiplas
José de Alencar ou os pintores Pedro Américo e Vitor Meireles. produções de mesmas obras possibilitem a criação de uma tradi-
Ninguém questiona da mesma forma, por exemplo, a música de ção interpretativa capaz de jogar novas luzes sobre elas.
padre José Maurício Nunes Garcia, que também escrevia segun- Em parte, a vontade esbarra em uma questão prática: a qua-
do os cânones europeus. A meu modo de ver, pouco importa se lidade das partituras ainda deixa muito a desejar, com a falta de
Carlos Gomes escreveu ópera italiana. Ele foi o mais importante edições de referências de muitas das obras, preparadas a partir
compositor de nosso romantismo musical, com uma atuação in- dos manuscritos do compositor. “Eu me lembro, nos anos 1970,
ternacional até então inédita para qualquer artista brasileiro, que de fazer O guarani com uma cópia da partitura do Scala cain-
não se limitou à Itália, mas que se projetou também em outros do aos pedaços. Depois, fiz com uma cópia feita na Argentina.
países da Europa. Tal projeção não foi decorrência do fato de ser Fazer Lo schiavo, décadas atrás, era uma loucura”, diz Roberto
brasileiro, mas da qualidade de sua obra.” Duarte. A situação, ele explica, é um pouco melhor. Em parte,
O maestro Lutero Rodrigues, que trata do assunto no livro vale dizer, por conta de seu trabalho: para reger montagens de
Carlos Gomes: um tema em questão, concorda. Ainda que seja O guarani e Colombo, ele preparou novas edições das partituras
compreensível a leitura feita pelos modernistas, é preciso ir além – e o mesmo acontece agora com Lo schiavo.
dela. “A música brasileira sempre existiu, mas é com a norma- “Lo schiavo é um caso particularmente complicado, porque
tização de certos elementos e procedimentos composicionais é a única ópera dele cujo manuscrito está perdido. Isso é uma
proposta pelos modernistas que ela ganha existência oficial”, diz pena, porque você, ao ter o original em mãos, entende muito da
o maestro. “Na época de Gomes, não havia a preocupação em intenção do compositor”, explica. O desafio, então, é trabalhar
pensar a música por meio de uma conotação brasileira. Por causa com outras fontes – neste caso, uma versão para canto e piano
disso, é mais interessante pensar sua obra por meio da atualidade feita pelo próprio Gomes –, indo além da simples correção de
que teve em seu momento e pela qualidade intrínseca. Além do notas. “Você descobre coisas bem interessantes. Um exemplo:
mais, é discutível exigir de um compositor que ele se exprima de a última cena do último ato sempre me pareceu muito breve. E,
maneira diferente daquela pela qual optou se exprimir.” de fato, na redução para canto e piano, há 24 compassos a mais.
Da mesma forma, é preciso desvincular a imagem do com- Por isso, na edição que preparei, acrescentei essa alternativa,
positor de uma ideia de “herói nacional”, que pouco contribui à orquestrada por mim.”
percepção concreta de seu legado. O selvagem da ópera, o brilho Desafios também têm surgido para a equipe que trabalha no
da supernova, a força indômita, um gênio brasileiro – o modo catálogo, composta pelos musicólogos Maria Alice Volpe, Mário
como a bibliografia se refere a Gomes trai a ânsia por mistificar o Dantas e Marcos Virmond, liderados por Lutero Rodrigues. “O
autor, que, nas palavras de um biógrafo, “deu ao Brasil uma vida primeiro deles é a dispersão das obras, entre acervos brasileiros e
inteira de esforços, sem trégua”. Nesse sentido, o real e o lendário italianos. Ainda que boa parte dos autógrafos das óperas esteja na
se misturam, com histórias criadas muitas vezes para aumentar a Biblioteca Nacional, não houve instituição que aglutinasse a pro-
importância do compositor, “ignorando que o que ele de fato fez já dução dele. Além disso, no caso de canções ou peças menores, ele
foi mais do que suficiente”, como diz Roberto Duarte. pode ter dado vários manuscritos de presente, e aí é muito difícil
“Precisamos caminhar para uma posição mais ponderada encontrá-los”, explica Rodrigues. Ao mesmo tempo, novas obras
e nos livrar, por um lado, dos preconceitos modernistas e, por podem surgir a qualquer momento. “A vantagem do formato de
outro, do ufanismo. Do ponto de vista histórico, é preciso ter catálogo virtual é justamente poder atualizá-lo.”
clareza de que Carlos Gomes foi um homem de seu tempo e É a nova tecnologia reforçando uma máxima insuperável
entendê-lo a partir de tal perspectiva, sem colocar sobre seus sobre o compositor, feita por Luís da Câmara Cascudo, em 1978.
ombros responsabilidades que não poderia ter. Mas o importante “Carlos Gomes é um desses assuntos permanentemente incom-
mesmo é estudarmos e promovermos sua música. Não por na- pletos. Água do mar: tanto mais tira, mais tem.” t
cionalismos extemporâneos, mas simplesmente pelo fato de ser
boa”, resume Cardoso.
AGENDA
Ouvir. Mas como? Lo schiavo, de Carlos Gomes
Para Cardoso, é fundamental que Gomes não seja “episó- Roberto Duarte – regente
dico em nossas temporadas”. Tentativas nesse sentido têm sido Pier Francesco Maestrini – direção cênica
feitas, é verdade. Cleber Papa, Luiz Fernando Malheiro e Júlio Dias 21, 23, 25 e 27 de outubro, Theatro Municipal do Rio de Janeiro
quero ir cada vez mais longe na relação com uma peça. Talvez
seja paradoxal, mas, quando você se dá conta de que não sabe
tudo, não é tudo, surge o desejo de ser cada vez mais. A perfeição
em música é a busca. Parar é retroceder.” A segunda tem a ver com uma dinâmica entre artistas e público.
Siviero começou sua relação com o piano aos 4 anos. O Para que eu sou músico? Para me aprimorar e, com isso, ajudar
pai, ele diz, transferiu para os filhos a vontade de ser músico. a transformar os outros. O músico é um ser humano, com dú-
O começo foi promissor. Ele conquistou o Prêmio Governa- vidas, contradições, e ele precisa estar em contato com a sua
dor do Estado de São Paulo, e Souza Lima lhe ofereceu uma humanidade para falar com as plateias. Como o artista que se en-
bolsa para estudar na França. “Eu lembro de, com 9 anos, tende como exibicionista, como uma estrela, que não questiona
tocar para ele e caminhar pela sala em que ele guardava suas a si próprio, pode estabelecer uma relação espontânea com sua
partituras, que iam do chão ao teto. Era assustador”, lembra, arte e com as pessoas?”
divertindo-se. Os pais não acharam uma boa ideia deixar o Para Siviero, o artista é um instrumento. “Eu gosto de evo-
filho ainda tão pequeno mudar de país. “Para mim, a música car uma imagem: ninguém aplaude um piano sozinho no palco,
não era uma profissão.” ninguém aplaude um instrumento. E é isso que somos como
Tanto que, na hora da faculdade, Siviero foi estudar física. intérpretes. O artista é um envelope, carrega uma mensagem.
“Eu costumo dizer que eu não busquei a música, que foi ela Você abre a carta e o que faz com o envelope? Normalmente,
que me procurou. Eu sentia falta de tocar, então ia para o prédio joga fora. Eu passo, todos nós passamos, mas essa mensagem de
da ECA/USP e ficava ao piano, fazendo recitais involuntários.” transformação fica de alguma forma. O verdadeiro artista é como
Mudou-se para Curitiba e lá, entre a física e a música, fez duas uma vidraça: quanto mais limpa estiver, ou seja, quanto menos
apresentações com a Orquestra Sinfônica do Paraná, tocando você for capaz de vê-la, mais luz vai passar.” t
os Concertos nº 2 e nº 3 de Rachmaninov. “Aos poucos, saí da
física e entrei na música.” Siviero partiu para a Europa, estudou
em Viena, Milão, Londres. “Mas eu sentia alguma inseguran-
AGENDA
ça. Eu não tinha participado de festivais, desenvolvido relações
Alvaro Siviero e Orquestra de Câmara do Amazonas
com outros músicos, não estudava oito horas por dia. Até que
Dia 18 de outubro, Teatro Amazonas (Manaus)
alguém me disse: a paixão vai e volta; o amor é estável. Mesmo
Alvaro Siviero e Vienna Chamber Symphony
no mundo da física, minha relação com a música se manteve. E, Dia 21 de outubro, Teatro Guaíra (Curitiba)
por estar fora do meio musical, eu poderia contribuir com uma Alvaro Siviero – piano
visão menos encardida, mais isenta.” Dia 19 de outubro, Teatro Amazonas (Manaus)
Siviero entende a música por meio de seu poder de trans- Dia 25 de outubro, Teatro Ciee (Porto Alegre)
formar. “Isso se dá de duas maneiras, eu acho. A primeira é pela Dia 27 de outubro, Teatro Jorge Amado (Salvador)
música em si, ela desembrutece a gente, amplia a sensibilidade. Dia 8 de novembro, Teatro Universa (Brasília)
“
A música não é somente obra: ela é também modelo, exem-
plo avançado, fermento. Ser compositor não é (mais)
apenas produzir para o concerto. É também querer modelar,
Estamos falando de música de invenção em seu segmento
mais radicalmente livre de toda e qualquer pressão de mercado,
que foge da música como entretenimento como o diabo foge da
transformar, deixar sua marca no habitus sonoro (...), propor cruz. Por isso, não surpreende que Flo Menezes, idealizador e
novas ferramentas mais musicais, novos seres sonoros, novas diretor artístico do evento que comemora vinte anos de existên-
maneiras de transigir com o mundo do som, não se satisfazer cia, proclame que “a expansão do universo instrumental com as
com a moldura nem com os meios que estão aí, querer o que não novas tecnologias é irreversível e faz parte das poéticas contem-
é.” Essa bela e instigante profissão foi escrita pelo compositor porâneas da composição desde os anos 1940. Hoje, constitui
francês Jean-Claude Risset (1938) em 1985, em artigo para a uma obviedade nos países em que a música é levada a sério e o
revista Esprit. Sintetiza com rara felicidade o que é ser compo- compositor é respeitado”.
sitor no século XXI. Sobretudo os comprometidos com a fusão Flo, com certeza, não inclui o Brasil no rol dos países em
arte/ciência que vêm pesquisando as fronteiras e os limites entre que a música é levada a sério. E com razão. A música mais
música informática (feita por computador) e criação humana. experimental, aquela que é o “fermento” do futuro, segundo
Risset está com 78 anos e é o homenageado da XI Bienal Risset, por isso mesmo está acantonada nas universidades. Um
Internacional de Música Eletroacústica de São Paulo (Bimesp), dos principais, senão o mais representativo, é o Studio PANaroma
que se realiza neste mês, entre os dias 5 e 16. Ele percebeu de Música Eletroacústica da Unesp. Flo reconhece que “as
rapidamente que a evolução da informática é acelerada – muito tentativas que hoje existem no Brasil estão todas atreladas às
mais do que o lento aperfeiçoamento histórico-construtivo dos universidades. O financiamento depende sempre da correlação
instrumentos tradicionais –, a ponto de já ter reservas sobre a entre a competência do compositor que formula os projetos e os
música que a utiliza nos idos de 1992. Em artigo para uma pu- recursos disponíveis para as artes nos órgãos de fomento, em ge-
blicação coletiva inglesa, ele escreve: “Quero destacar minhas ral dominados pela comunidade científica que, no Brasil, aprecia
reservas sobre a composição por computador, da qual eu mesmo a arte mais como entretenimento do que como saber e produção
me aproximei com precaução. A música é tão sutil e tão com- da cultura erudita. Essa mentalidade há de ser transformada!”.
plexa, e a inteligência artificial é ainda tão primitiva. A compo- A força e a representatividade da Bimesp podem ser me-
sição por computador pode, de fato, ter desempenhado papel didas pela presença de compositores como Horacio Vaggione
substancial e visível na mudança de perspectiva por meio dos (Argentina/França), Ake Parmerud (Suécia), Elisabeth Schimana
processos altamente formalizados da composição. A invenção da e Thomas Gorbach (Áustria) e Francesco Giomi e Francesco
fotografia descartou a função de representação da pintura. Isso Cavanese (Itália). Além disso, obras de compositores residen-
ajudou provavelmente os pintores a se libertarem da imitação e a tes do Studio PANaroma – como Annette Vande Gorne, Gilles
estabelecerem um novo critério de invenção. Do mesmo modo, Gobeil e Hans Tutschku – serão executadas na Bienal (eles são,
nos casos em que o computador executa combinações extre- respectivamente, belga, canadense e alemão). Senti falta de ao
mamente complexas, elas podem ter contribuído para mudar a menos um compositor residente brasileiro. E, curiosamente, en-
visão do formalismo e para nos tornar capazes de considerar as tre os mais de quinze apoiadores do evento, não consta nenhum
soluções menos ingenuamente e de maneira mais avançada”. – eu disse nenhum – órgão oficial de cultura do Brasil.
Em seu monumental Cinquante ans de modernité musi- Por isso mesmo, Flo se dá ao direito de afirmar que o fato
cale: de Darmstadt à L’Ircam, Célestin Deliège reconhece em mais notório em relação à evolução da música eletroacústica
Risset “o único a conciliar arte e ciência, como compositor-pes- nesses vinte anos de Bimesp é, com justiça, “a evolução do dis-
quisador, em uma única pessoa”. Por isso, as citadas palavras positivo de difusão das obras em concerto. O PUTS (PANaroma/
de Risset bem podem servir de mote para os debates das mesas Unesp: Teatro Sonoro) constitui uma orquestra de alto-falantes
redondas e de motivo de reflexão para os que assistirem às 89 impressionante, com 52 dispositivos de alta qualidade, instala-
obras eletroacústicas nos 17 concertos do mais importante even- dos numa espécie de catedral sonora. Nunca se teve no Brasil
to de música eletroacústica do país. tal possibilidade de projeção dos sons no espaço!”. Único apoio:
Fapesp. Vale a pena ir, neste caso, “além do concerto”. Para
conhecer a música do futuro. t
divulgação
PARA LER
Cinquante ans de modernité musicale: de Darmstadt à L’Ircam,
de Célestin Deliège (Bélgica, Mardaga, 2003)
Composer le son. Écrits, vol. 1: Repères d’une exploration du monde
sonore numérique, de Jean-Claude Risset (Paris, Hermann, 2014)
Para ouvir
Risset: Songes, Passages, Computer Suite from Little Boy e Sud.
CD Wergo, 2011
AGENDA
Flo Menezes XI Bimesp, de 5 a 16 de outubro
Instituto de Artes da Unesp (São Paulo)
GRAVAÇÃO DO ANO
Instrumental
Bach. Beethoven. Rzewski Variations
VENCEDOR
O
Gramophone Awards deste ano teve Bach Goldberg Variations que vem. Suas Diabelli são imensamente profundas e
uma lista de finalistas particularmente Beethoven Diabelli instigantes. E se, na Variação 22, ele é menos selvagem
esplêndida, e o fato de nem o Ravel Variations e anárquico que Andreas Staier ou Piotr Anderszewski,
cintilante e de luzes sutis de Bertrand Rzewski The People United isso não quer dizer que sua interpretação é toda contida:
Chamayou nem o Scarlatti estrondoso e empolgante Will Never be Defeated! basta ouvir as Variações 17 e 19 para ter um gosto do
de Yevgeny Sudbin terem levado a palma dá uma ideia Igor Levit pn humor de Levit. E os momentos mais introspectivos
do nível. Igor Levit foi o vencedor, e com justiça. Esse Sony Classical B c são realmente especiais, em particular a sequência de
88875 06096-2 (11/15)
é um lançamento cheio de audácia – alguns poderiam variações lentas que levam à 33ª e última variação.
Produtor e engenheiro
argumentar que a ideia de colocar Rzewski ao lado das Levit se apropria das Goldberg de forma igualmente
Andreas Neubronner
grandes variações de Bach e Beethoven é um ato de poderosa, temperando-as com ornamentação generosa,
grande atrevimento. Só que eu não – adoro The 124 votos sem jamais subjugar o original de Bach. Passa muito a
People United desde a vibrante gravação de Marc- impressão de que esse é apenas um flash de sua concepção
-André Hamelin de 1999; “provavelmente, jamais será da obra; em outro dia, ele faria de forma diferente.
igualada”, disse a crítica da Gramophone, na época. Ele pode ir de brincalhão (a jubilosa Variação 5 ou a
Mas agora foi. Levit é diferente, porém tão empolgante impetuosa Variação 14) a delicado (brincando sutilmente
quanto, em cada detalhe, mostrando que grande música com o ritmo de Bach na Variação 13) em um instante.
pode receber abordagens múltiplas. Porém, o teste definitivo é o efeito da Ária, ao voltar, no
A confiança e a maturidade de seu fazer musical patrocinado por: final da jornada. Ela sofre uma mudança palpável com a
são tão grandes que você tem que ficar o tempo todo experiência, assim como o pianista e seus ouvintes. E aí
lembrando que Levit só vai completar 30 anos no ano reside o poder desse grande músico. Harriet Smith
Os vencedores
Igor Levit sobre Bach, Beethoven e Rzewski
Esse álbum é,
basicamente, a
culminação de minha
concentração nos três ARTISTA DO ANO CÂMARA
compositores mais DANIIL TRIFONOV, PIANO Tippett String
importantes de minha “Ele se estabeleceu em todos os Quartets
vida até agora: Bach, lugares como alguém que sempre Heath Quartet
vamos querer ouvir” Wigmore Hall Live
Beethoven e Frederic
Rzewski. A variação
sempre foi a forma REALIZAÇÃO DE UMA VIDA
CORAL
musical mais próxima CHRISTA LUDWIG, MEZZO
Schoenberg:
a mim. Tudo começou SOPRANO
Gurrelieder
“Nenhuma mezzo uniu
com obras menores beleza vocal e inteligência na
Soloists; choirs;
com a ideia de Cologne
caracterização como Ludwig fez
variação, de diferentes Gürzenich Orchestra
em mais de 80 personagens”
/Markus Stenz
tipos de personagens, Hyperion
estados de espírito, JOVEM ARTISTA
como as coisas mudam, como você, basicamente, se expressa. Sempre BENJAMIN APPL, BARÍTONO SOLO VOCAL
pensei nas variações como uma espécie de “obras de jornada”: você “Este jovem cantor tem enorme ‘Néère’
começa aqui, faz uma jornada, daí chega. Independentemente de potencial e estamos ansiosos para Mélodies de
quem você é no começo, você é outra pessoa no final. Pelo menos, é acompanhar a excitante jornada Chausson,
nisso que eu gostaria de acreditar. Dessas três, as que toquei primeiro que ele tem pela frente” Duparc, Hahn
foram as Variações Diabelli. E, nelas, a experiência, como intérprete Véronique Gens sop
ou ouvinte, é como “uma canção”: você não tem essas trinta pecinhas PRÊMIO ESPECIAL Susan Manoff pf
BBC RADIO 3 Alpha
incríveis ligadas. Você tem uma peça que é uma canção só – algumas
são attacca, outras não, mas é sempre a mesma obra. Você faz essa “Em seus 70 anos, a BBC Radio 3
jornada de 56 minutos a partir da valsa e, de repente, depois da fuga, tornou-se parte integral da vida RECITAL
cultural da nação” Mozart ‘The
há quatro compassos incríveis – uma espécie de “senza tempo”. E
Weber Sisters’
você pensa: “Espere aí, onde nós estamos?”. De repente você abre GRAVADORA DO ANO Sabine Devieilhe
os olhos, e toda a loucura acabou – a valsa se torna um minueto, é sop
WARNER CLASSICS
um momento incrível. Erato
Encontrei Frederic pela primeira vez depois de ter ouvido
MÚSICA ANTIGA
a gravação de Hamelin de The People United para a Hyperion. ÓPERA
‘Western Wind’
Ficamos amigos de verdade – o fato de tê-lo encontrado, o fato de tê-lo Verdi Aida
John Taverner
conhecido foi uma das melhores coisas de minha vida até agora, não Emily Van Evera sop Anja Harteros sop;
apenas como músico… Não apenas como músico, absolutamente. Charles Daniels ten Jonas Kaufmann
Então comecei a trabalhar em The People United – lá você também Andrew Parrott ten; Chorus and
faz uma jornada incrível, que começa com a marcha. Você faz a Avie Orchestra of
jornada, volta à marcha e segue em frente. Não estou lutando por the Accademia
BARROCO INSTRUMENTAL Nazionale di Santa Cecilia /
The People United. Acho que esse homem é um dos compositores
Sir Antonio Pappano
mais significativos de nossa época. Acho que essa obra é uma das Biber Rosary Warner Classics
mais importantes e, entre variações, acho que é uma das três Sonatas
maiores. Ela não precisa de um defensor; não precisa mesmo de Rachel Podger vn
David Miller
CONCERTO
um defensor! Trata-se simplesmente de uma obra-prima! Britten. Korngold
archlute
Eu poderia ficar horas e Channel Classics F Violin Concertos
horas falando da arquitetura Vilde Frang vn
outros finalistas
das Goldberg, da arquitetura BARROCO VOCAL Frankfurt Radio
Ravel Complete Works das Diabelli, de The People, Monteverdi Symphony Orchestra
for Solo Piano dos aspectos históricos, Madrigali, /James Gaffigan
Bertrand Chamayou pn de alguns aspectos de Les Arts Warner Classics
Erato S b 2564 60268-1 Florissants/
(3/16)
performance. A respeito do
cravo – você deve fazer ou Paul Agnew CONTEMPORÂNEO
122 votos Les Arts Florissants
não? Poderia falar por décadas. Abrahamsen
D Scarlatti 18 Sonatas Só que meu objetivo, como Let me tell you
ORQUESTRAL Barbara Hannigan
Yevgeny Sudbin pn músico, é levar música às
BIS F Í BIS2138 (4/16) Shostakovich sop
pessoas. Essa é minha tarefa,
fotografia: JB MILLOT
divulgação
divulgação
divulgação / Gustavo A. Bernasconi
Vienna Chamber Symphony
Curitiba, dia 21; Porto Alegre, dia 23; Cristian Budu
São Paulo, dia 24; Rio de Janeiro, dia 25 São Paulo, dias 2, 4, 16 e 30
Lionel Bringuier
Rio de Janeiro, dia 15;
São Paulo, dias 16 e 18
Coro da Rádio de Berlim
São Paulo, dias 24 e 25
divulgação / jack liebeck
divulgação
Paul Lewis
São Paulo, dias 7, 8 e 9
Outubro 2016
u ROTEIRO MUSICAL São Paulo (página 34)
u ROTEIRO MUSICAL Rio de Janeiro (página 46)
As programações são
u ROTEIRO MUSICAL Brasil (página 52) fornecidas pelas próprias
entidades promotoras.
Confirme pelo telefone
antes de sair de casa.
divulgação
divulgação
PANaroma 1. Programa: Rafael Hermés
21h00 Cristian Budu – piano e Solis- – Ec(h)o; Raphael Puccini – Genealogia;
tas Interarte. Série Brahms – O grande Rodolfo Valente – Espectro jasmim; Gus-
romântico. Pablo de León – violino, Horá- tavo Vellutini – 209P; e Angularis – Obra
cio Schaefer – viola e Roberto Ring – acusmática coletiva.
violoncelo. Programa: Brahms – Quartetos Instituto de Artes da Unesp – Teatro Maria
de Lourdes Sekeff. Entrada franca.
para piano e cordas op. 60 e op. 25. Leia
mais na pág. 39.
21h00 Musical My Fair Lady.
Espaço Promon. R$ 60. Antes do concerto,
às 20h30, haverá palestra com Yara Caznok.
Veja detalhes dia 1º às 17h.
A ópera Elektra, de Richard Strauss, é o destaque da programação 10h30 Coral Paulistano Mário de
do mês do Theatro Municipal de São Paulo. Após elogiada produção de Andrade. Ensaios abertos. Série Mosaico
u 5 QUARTA-FEIRA Internacional. Naomi Munakata – regen-
Salomé, do mesmo compositor, apresentada em 2014, a diretora
te. Programa: música da América Latina.
Lívia Sabag volta a assinar a concepção cênica. O elenco terá as sopranos 20h30 XI BIMESP – Bienal Internacio-
Praça das Artes – Sala do Conservatório.
Catherine Foster e Eva Johansson, que se alternam no papel título ao longo nal de Música Eletroacústica de São Entrada franca. Apresentação dia 8 às 17h.
Paulo. Painel Histórico 1. Concerto de
das récitas, que acontecem nos dias 9, 12, 13, 15, 16, 18 e 20 de outubro. abertura. Programa: Dhomont – Novars; 18h00 XI BIMESP. Painel Histórico 2.
Elektra estreou em 1909 em Dresden e é simbólica de um momento Boulez – Estudos nº 1 e nº 2; Maderna – Programa: Pierre Henry – Spatiodyna-
de transição da história da música. O libreto é de Hugo von Hofmann- Noturno; Dashow – In winter shine; Ligeti misme; Eimert – Selektion nº 1; Tenney
sthal a partir de uma peça de sua autoria. O texto inspira-se na mito- – Artikulation; e Harvey – Mortuos plango, – Analog nº 1; Mandolini – Círculos fosfo-
logia grega, mas a adapta à luz da época do autor, com fortes cargas vivos vovo. Flo Menezes – direção artísti- rescentes en fondo negro; Parmegiani –
ca. Leia mais na pág. 41. Bidule em ré; e Wishart – Tongues of fire.
expressionistas. Também compõem o elenco as mezzo sopranos Natasha Instituto de Artes da Unesp – Teatro Maria Instituto de Artes da Unesp – Teatro Maria
Paremsky e Susanne Resmark, a soprano Emily Magee e os baixos Albert de Lourdes Sekeff. Continuidade até dia 16. de Lourdes Sekeff. Entrada franca.
Dohmen e Johmi Steinberg. O espetáculo tem acompanhamento musical Entrada franca.
da Orquestra Sinfônica Municipal. Com a demissão do maestro John 20h00 Coralusp – Grupo Sestina.
21h00 Orquestra Jazz Sinfônica.
Neschling (leia mais na página 8), a regência e direção do espetáculo será Projeto Amaral Vieira e Martín Palmeri.
Noite portenha. Fábio Prado – regente.
assumida pelo assistente Eduardo Strausser. Marcia Hentschel – regente. Programa:
Programa: Piazzolla – Introducción al
Palmeri – Misatango, missa a Buenos
A Orquestra Sinfônica Municipal volta a se apresentar nos dias 29 ángel, Fugata, Adiós Nonino, As quatro
Aires; e Amaral Vieira – Movimentos
e 30, quando será regido pelo maestro Hirofumi Yoshida. No programa, estações portenhas, Fuga nº 9, Oblivion,
concertantes op. 322.
Libertango, Soledad, Fuga e Mistério, La
o Prelúdio sinfônico, de Giacomo Puccini, Trinità sinfônica, de Yasushi Colégio Santa Cruz. Entrada franca.
Mufa e Years of Solitude; Diego Schissi – Reapresentação dia 22 às 20h na Catedral
Akutagawa, compositor japonês que se radicou, nos anos 1950, na União Líquido nº 3; e Gardel – Por una cabeza. Evangélica de São Paulo.
Soviética, e a Sinfonia nº 1, de Vasily Kalinnikov, autor russo do final do Sala São Paulo. R$ 50 a R$ 120.
século XIX. 20h30 XI BIMESP. Painel do Studio
PANaroma 2 – Compositores residentes.
OUTROS EVENTOS u 6 QUINTA-FEIRA Programa: Annette Vande Gorne – Délu-
ges et autres péripéties; Gilles Gobeil –
A Orquestra Experimental de Repertório sobe ao palco da Sala do 12h00 Sérgio Carvalho e Helena Un cercle hors de l’arbre; e Hans Tutschku
Conservatório, na Praça das Artes, no dia 24, quando interpreta, com o Jank – cravos. CoralUSP. Série Bach – Ano – Remembering Japan.
maestro Paulo Galvão, As quatro estações e o Concerto para violoncelo, II. Programa: obras de Bach e Couperin. Instituto de Artes da Unesp – Teatro Maria
de Vivaldi, tendo o violinista Richard Gonçalves e o violoncelista Claudio Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. de Lourdes Sekeff. Entrada franca.
Entrada franca.
Micheletti como solistas. Já no dia 31, também na Sala do Conservatório,
21h00 Orquestra Sinfônica do Esta-
a OER faz um programa especial: Carlos Moreno comanda a Sinfonia 20h00 Ensemble da Orquestra Sin- do de São Paulo. Marin Alsop – regente.
nº 4, de Mahler, com solos de uma das principais vozes da nova geração fônica Municipal. Música de Câmara no Paul Lewis – piano. Programa: Beethoven
do canto lírico nacional, a soprano Camila Titinger. Conservatório. Victor Bigai – violino, Tiago – Concerto para piano nº 2 e Concerto para
O Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, por sua vez, faz duas Vieira – viola, Moisés Ferreira – violonce- piano nº 3. Leia mais na pág. 34.
lo, Sanderson Cortez Paz – contrabaixo e Sala São Paulo. R$ 42 a R$ 194.
apresentações na Praça das Artes. A primeira é no dia 13, quando o grupo Cecília Moita – piano. Programa: Schubert Continuidade dia 8 às 16h30 e dia 9 às 20h.
recebe como convidado o pianista brasileiro Nahim Marun em um pro- – Quinteto A Truta D 667.
grama que tem como destaque o Quinteto para piano e cordas de Fauré. Praça das Artes – Sala do Conservatório. R$ 25. 21h00 Musical My Fair Lady.
Já no dia 27, dentro da série Olimpíadas, o quarteto homenageia a Itália, Veja detalhes dia 1º às 17h.
20h00 Miguel Laprano e Carla Cor-
com peças de Boccherini, Puccini e o raramente tocado Quarteto em mi
sino Paiva – piano a quatro mãos. Co- 21h00 Espetáculo 33 Variações.
menor, de Giuseppe Verdi. memoração dos 100 anos do Instituto de Veja detalhes dia 1º às 21h.
O Coral Paulistano dá continuidade a suas séries de apresentações Engenharia. Série Perspectivas Musicais.
em duas ocasiões: no dia 8, com regência de Naomi Munakata, é ofere- Programa: Fauré – Dolly op. 56; Piazzolla
cido um programa de música latino-americana na Praça das Artes; e, no – Quatro estações portenhas; Nazareth – u 8 SÁBADO
Zenite, Confidências, Escorregando, Faceira,
dia 21, no Salão Nobre do Theatro Municipal, é a vez do Réquiem, de 13h00 Madrigal Le Nuove Musiche.
Odeon e Apanhei-te cavaquinho.
Maurice Duruflé. O grupo também é o destaque do concerto do mês da Instituto de Engenharia – Auditório. Entrada Do Antigo ao Contemporâneo. Programa:
série Música Contemporânea no Conservatório, quando Maíra Ferreira franca, mediante reserva pelo site www. Thomas Tallis – If ye love me; Monteverdi
rege o programa Caleidoscópio da Música Coral Contemporânea. iengenharia.org.br. – Io mi sion giovinetta, A un giro sol e Si
CLÁssICos
O Magnum Mysterium; Gilberto Reapresentação às 21h. Veja detalhes Cursos CLÁSSICOS
Mendes – Poema sobre um quadro dia 1º às 17h.
da Revista CONCERTO
Cursos
de Orlando Marcucci; Taverner – The
Lamb; Breno Blauth – Belo belo; Pärt 18h30 Eduardo Klein – viola da gam-
– Bogoroditse Djevo; e György Óban – ba. Série Concertos Cordas Friccionadas. Loja CLÁSSICOS
Daemon irrepitcallidus. Violas de Shakespeare. Programa: Anôni-
Igreja das Chagas do Seráfico Pai São mo – Woodycock; Jacob van Eyck – Doen Sala São Paulo
Francisco. Entrada franca. Daphne d’over schooner maeght e Engels
nachtengale; Richard Sumarte – Daphne
15h00 Ópera Lucia di e The Nightingale; Tobias Hume – Beccus,
Lammermoor, de Donizetti. Ópera Sir Humphrey, Rossamond, I’m falling outubro DE 2016
Comentada. Orquestra e Coro do e Soldier’s Resolution, entre outros; e
Metropolitan Opera House de Nova Simon Ives – La cloche; entre outros.
York. Marco Armiliato – regente. Leia mais na pág. 42. INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA MÚSICA
Sesc Vila Mariana – Auditório. Entrada franca,
Com Anna Netrebko, Piotr Beczala e
retirada de ingressos às 17h30.
Por Leonardo Martinelli
Marius Kwicien. Mary Zimmerman –
direção cênica. Comentários: João Luiz Os aspectos estilísticos, sociais e históricos do grande
20h00 XI BIMESP. Painel do Person- repertório clássico, da Idade Média aos dias de hoje
Sampaio.
agem 1: Elisabeth Schimana e con-
Centro Brasileiro Britânico – Sala Cultura n Sábados, dias 1º, 8, 15 e 22 de outubro, das 15h às 17h
Inglesa. Entrada franca. vidados. Programa: Schimana – Weave,
Autopsy e Stardust; Klement – Brandung
nº 2; Profanter – Issue; e Hollinetz – Ver-
16h00 Banda Sinfônica Jovem do
milion bird. MÚSICA, DA CRIAÇÃO À PERCEPÇÃO
Estado. Movimento Mulheres Regentes.
Mônica Giardini – regente. Programa:
Instituto de Artes da Unesp – Teatro Maria Por João Maurício Galindo
de Lourdes Sekeff. Entrada franca.
Andrew Boysen – Kirkpatrick Fanfarre; Uma abordagem sensorial de descoberta do repertório
Daugherty – Brooklyn Bridge; e Mussor- 20h00 Celso Delneri – violão. Concer- da música clássica, sem jargões e análises técnicas
gsky – Quadros de uma exposição. tos Triade Vioesp. Programa: Inspiração, n Quintas-feiras, dias 6, 13, 20 e 27 de outubro, das 18h30 às 20h30
Masp – Auditório Unilever. R$ 20. Tristezas de um violão, Naqueles velhos
tempos, Mazurca nº 3, Debussyana e
16h30 Orquestra Sinfônica do
Estado de São Paulo. Marin Alsop –
Lamentos do morro, entre outros. MÚSICA E IMAGEM: POEMAS SINFÔNICOS
Triade Instituto Musical. R$ 15.
regente. Paul Lewis – piano. Programa: Por Yara Caznok
Beethoven – Concertos para piano nº 1 21h00 Espetáculo 33 Variações. Um diálogo entre artes plásticas, literatura e música,
e nº 4. Leia mais na pág. 34. Veja detalhes dia 1º às 21h.
Sala São Paulo. R$ 42 a R$ 194. Continuidade
com o papel da imaginação visual na escuta como tema
dia 9 às 20h. n Sábados, dias 8, 15, 22 e 29 de outubro, das 11h às 13h
u 9 DOMINGO
17h00 Ópera Onde vivem os mons-
tros, de Oliver Knussen. Orquestra 11h00 Orquestra Sinfônica Helió- OS GRANDES MITOS NA MÚSICA
polis e Academia de Regência da
do Theatro São Pedro. André dos
osesp. Concertos Matinais. Marin Alsop Por Irineu Franco Perpetuo
Santos – direção musical e regente.
Pedro Messias – regente (dias 9 e 15). – regente. Olga Kopylova – piano. Edson Como a música retratou e reinventou personagens
Cateano Pimentel e Giorgia Mas- Piza, Luís Fidelis, Mariana Menezes e como Don Quixote, Hamlet, Don Juan e Fausto
setani – concepção e direção cênica. William Coelho – alunos de regência. Pro- n Segundas-feiras, dias 10, 17 e 24 de outubro, das 14h às 17h
Rosea-ne Soares (Max) – soprano, grama: Prokofiev – Concerto para piano
Andréia Souza (Mama) e Cecília Massa nº 3 (andante, Allegro); Rachmaninov
(Tzippy e Wild Thing fêmea) – mezzo – Concerto para piano nº 2; e Beethoven –
sopranos, Daniel Umbelino (Moishe e Abertura Leonora nº 3.
Monstro com barba) – tenor, Eduardo Sala São Paulo. Entrada franca, quatro ingressos
por pessoa. A partir de cinco ingressos, R$ 2. Preço por curso: R$ 420,00
Fujita (Aaron e Monstro com chifres) –
barítono e André Rabello (Emile e n 5% de desconto para inscrições feitas até 10 dias antes
11h00 Banda Sinfônica do Estado
Monstro-galo) – barítonos, Gustavo
de São Paulo. Domingo Sinfônico. do início do respectivo curso
Lassen (Bernard e Monstro-boi) –
Marcos Sadao Shirakawa – regente. n 10% de desconto para assinantes da Revista CONCERTO e/ou
baixo e Edison Vigil (Alexander) – ator.
Programa: trilhas de filmes de John
Giorgia Massetani – cenografia. Laura
Williams – Super Homen, ET e Star Wars;
da temporada 2016 da Osesp, e para ex-alunos
Françozo – figurino. Kuka Batista – n 50% de desconto para universitários
Alan Menken – Beauty and the Beast;
desenho de luz. Leia mais na pág. 43.
Elton John – O rei leão; Michael Kamen/ (sujeito a disponibilidade de vagas
Theatro São Pedro. R$ 30 a R$ 80.
John Berry/John Williams/ – Cine Suíte (Os descontos não são acumulativos.)
Reapresentação dias 9, 15 e 16 às 17h
e dia 12 às 11h e às 17h. nº 1 (Robin Hood, Dança com lobos e
Jurassic Park); Deep Purple – Smoke on
the Water; e Cliff Friend – Looney Tunes Programação sujeita a alterações – Vagas limitadas
17h00 Coral Paulistano Mário de (A realização do curso está condicionada
closing theme.
Andrade. Série Mosaico Internacional. a um número mínimo de inscrições.)
Masp – Auditório Unilever. R$ 20.
Naomi Munakata – regente. Programa:
música da América Latina. 12h00 Trio Rose de Souza – soprano,
Praça das Artes – Sala do Conservatório. R$ 25. Raiff Dantas Barreto – violoncelo e Informações e inscrições:
Luiz Guello – percussão. Sesi Música – www.concerto.com.br/cursos
17h00 XI BIMESP. Åke Parmerud: “carte- Série Erudita. Certas canções. Telefone: (11) 3539-0048
-blanche”. Programa: Javier Álvarez – Mam- Calçada em frente ao Centro Cultural Fiesp –
bo a la Braque; Gilles Gobeil – Le Vertige Ruth Cardoso. Entrada franca.
Inconnu; Federico Schumacher – Pl@y; Local: Loja Clássicos Sala São Paulo / Praça Julio Prestes, 16
Dennis Smalley – Pentes; Ray Guilette – 16h00 Eudóxia de Barros – piano.
Vocali; e Pär Lindgren – Electric music. Recitais MuBE. Programa: Mozart – Fanta-
Instituto de Artes da Unesp – Teatro Maria sia em ré menor e Sonata K 331, Marcha
de Lourdes Sekeff. Entrada franca. Turca (3º movimento); Lacerda – Berceuse
u ROTEIRO MUSICAL São Paulo
menor; Chiquinha Gonzaga – Lua branca 11h00 Orquestra Sinfônica do Nelson Freire toca Schumann com
e Gaúcho; Schubert – Divertimento (1º Estado de São Paulo e Quarteto Bra-
movimento); Mário Tavares – Trio em
forma de choro; e Tom Jobim – Chovendo
sileiro de Violões. Concertos Matinais. a Orquestra Tonhalle de Zurique
Valentina Peleggi – regente. Everton
na roseira. Gloeden, Gustavo Costa, Tadeu do Ama- Em 2015, o jovem maestro Lio-
divulgação
20h30 XI BIMESP. Concerto do Justo Gutierrez – violino. Programa: tubro, novembro e dezembro,
Tempo Reale 2: “Itália – Opere acus- Villa-Lobos – Prelúdio das Bachianas o Espaço Promon vai abrigar
matiche”. Programa: Berio – Thema brasileiras nº 4; Bach – Concerto para
uma série de apresentações de-
(Omaggio a Joyce); Giomi – Con brio dois violinos BWV 1043 e Grieg –
e Scabro; Giusti – Que som é esse?; Suíte Holberg. Leia mais na pág. 41. dicadas à obra de Brahms. Este
Laitempergher – Otkaz; e Camilleri – Masp – Auditório Unilever. R$ 10. projeto, intitulado Brahms – O
Rock Around the Loop. Grande Romântico, tem recitais
Instituto de Artes da Unesp – Teatro Maria 16h00 Vana Bock – violoncelo e antecedidos de palestra da pro-
de Lourdes Sekeff. Entrada franca. Érika Ribeiro – piano. Programa:
fessora Yara Caznok.
Beethoven – Sonata nº 31 op. 110 Cristian Budu
20h30 Coralusp – Trupe de Passa- para piano; e Chopin – Sonata op. 65. O primeiro compromisso
rim. Projeto Outros Voos. Carmina Juarez Teatro MuBE Nova Cultural. R$ 30. da série é no dia 4 de outubro,
– direção. Programa: Canta Maria. quando o pianista Cristian Budu se une aos Solistas Interarte (Pablo
Casa de Cultura Dona Yayá. Entrada franca. 16h00 Musical My Fair Lady. de León, Horácio Schaefer e Roberto Ring) para interpretar os
Reapresentação com outro programa dias 21 Reapresentação às 20h. Veja detalhes
e 22 às 20h30. dia 1º às 17h.
Quartetos op. 60 e op. 25 para piano e cordas. Já no dia 19, a
violinista holandesa Liza Ferschtman e o pianista israelense Roman
21h00 Orquestra Sinfônica de 17h00 Ópera ELEKTRA, de Richard Rabinovich realizam a integral da sonatas para violino e piano.
Xalapa (México). Lanfranco Marcel- Strauss. Orquestra Sinfônica Munici- No texto de apresentação da série, o jornalista e crítico musical
letti Jr. – regente. Programa: Marlos pal de São Paulo e Coro Lírico Munici-
Nobre – Passacaglia; Revueltas – Redes;
Irineu Franco Perpetuo ajuda a compreender a importância do re-
pal de São Paulo. Veja detalhes dia 9
Debussy – Prelúdio de L’après-midi d’un às 17h.
pertório camerístico na carreira de Brahms. “A música de câmara
Faune; e R. Strauss – Suíte de O cavalei- representa a essência criativa da obra do compositor. Mesmo ao es-
ro da rosa. 17h00 Ópera Onde vivem os mons- crever para grande orquestra, Brahms conservava o apuro formal e
Sala São Paulo. tros, de Oliver Knussen. Orquestra do o refinamento das obras para formação menor, produzindo, sempre,
Theatro São Pedro. André dos Santos –
21h00 Espetáculo 33 Variações.
música de câmara da mais elevada qualidade.”
direção musical e regente. Veja detalhes
Veja detalhes dia 1º às 21h. dia 8 às 17h.
divulgação
Andrade. Festival de Oratórios. Naomi Rossetti – piano. Concerto de câmara.
XVI Semana Della Lingua Italiana Nel nica Heliópolis na Sala São Paulo é no fim
Munakata – regente. Programa: Maurice
Duruflé – Réquiem. Mondo. Programa: Bach – Sonata BWV do mês, no dia 30, quando será regida pelo
Theatro Municipal – Salão Nobre. R$ 25.
1021; Mozart – Sonata K 304; Schubert – seu titular, o maestro Isaac Karabtcehsvky.
Sonatina nº 1 op. 137; Brahms – Scherzo
O programa é todo dedicado à música
20h00 Duo Pianístico Souza Lima. da Sonata F.A.E; Rachmaninov – Vocalise;
e Bartók – Dança popular romena. de Maurice Ravel, um dos mais impor-
Ana Maria Vieira de Melo e Sandra
Abrão – piano a quatro mãos. Participação: Theatro São Pedro. Entrada franca. tantes autores do século XX. Dele, serão
Rafael Justiniano – piano. Comentários: interpretadas a Pavana para uma princesa
17h00 Musical My Fair Lady. Reapre- Julia Wasmund
Eduardo Escalante. Programa: obras de defunta, La valse, a Suíte nº 2 de Daphnis
sentação às 21h. Veja detalhes dia 1º às
Diabelli, Beethoven, Schubert, Dvorák, et Chloé e o Bolero.
Moszkowski, Rachmaninov, Bizet, Debussy, 17h.
Outros grupos do Instituto Baccarelli também se apresentam em
Mignone, Lacerda, Abrão e Escalante.
18h30 Rafael Cesário – violoncelo e outubro. No dia 16, no Auditório do Masp, a Orquestra Juvenil Helió-
Souza Lima Music Hall. Entrada franca.
Yuri Pingo – piano. Série Concertos Cor- polis recebe a violoncelista Julia Wasmund, primeiro prêmio do Concur-
20h30 Coralusp – Trupe de Passa- das Friccionadas. Integral das Sonatas de so David Popper, para interpretar o Concerto para violoncelo do inglês
Beethoven para violoncelo e piano – parte
rim. Projeto Outros Voos. Carmina Juarez Edward Elgar, ao lado da Sinfonia nº 8, de Dvorák. A regência é de Edil-
– direção. Programa: Núcleo. II. Programa: Beethoven – Sete variações
de A flauta mágica, de Mozart e Sonatas son Ventureli. Também no dia 16, no Masp, apresenta-se a Camerata
Casa de Cultura Dona Yayá. Entrada franca.
Reapresentação com outro programa dia 22 nº 4 e nº 5. Leia mais na pág. 42. Heliópolis, sob regência do violinista e maestro Matthew Thorpe.
às 20h30. Sesc Vila Mariana – Auditório. Entrada franca, A série Baccarelli na Rua, no Armazém da Cidade, terá duas datas: no
retirada de ingressos às 17h30. dia 1º, a atração é o Trio de Cordas do Instituto Baccarelli e, no dia 29, o
21h00 Orquestra Sinfônica do
Quarteto de Cordas do Instituto (leia mais na página 20).
Estado de São Paulo. Carlos Miguel 20h00 Festival Antonio Ribeiro.
Prieto – regente. Jorge Federico Osorio – Centro de Música Brasileira. 1ª parte:
piano. Veja detalhes dia 20 às 21h. Cristiane da Costa – violino e Valdilice
de Carvalho – piano. Programa: Nilcéia
21h00 Musical My Fair Lady. Baroncelli – Elegia; Savino De Bene- De 5 a 16, Instituto de Artes da Unesp
Veja detalhes dia 1º às 17h. dictis – Serenata Nostálgica; Silas de
16h00 Coral Jovem do Estado. Tiago Everton Gloeden, Gustavo Costa, Tadeu
Dias 1º, 8, 15, 22 e 29, Sesc Vila Mariana Pinheiro – regente. do Amaral e Francisco Luz – violões.
Everton Gloeden – palestrante. Progra-
Série investiga possibilidades MASP – Auditório Unilever. R$ 20.
ma: De Falla – Quatro peças espanholas;
16h00 Luiz Guilherme Pozzi – piano. Villa-Lobos – Quarteto de cordas nº 5;
expressivas das cordas Recitais MuBE. Programa: Beethoven – Guarnieri – Dança negra e Dança brasi-
Sonata nº 3; e Chopin – Baladas nº 1 leira; e Mignone – Lundu e Congada.
O repertório de cordas friccio- e nº 4.
divulgação
Masp – Auditório Unilever. R$ 50.
nadas, da viela de roda, do século Teatro MuBE Nova Cultural. R$ 30.
21h00 Coro da Rádio de Berlim e
XI, até os instrumentos modernos Orquestra Arte Del Mondo. Mozarteum
16h00 Musical My Fair Lady.
de arco, como violino, viola e vio- Reapresentação às 20h. Veja detalhes Brasileiro. Gijs Leenaars e Werner Ehrhardt
loncelo, é o tema da série de con- dia 1º às 17h. – direção artística e regentes. Programa: R.
certos que o Sesc Vila Mariana re- Strauss – Der Abend para coro a cappella;
aliza este mês. São, ao todo, cinco 17h00 Ópera Monsieur Choufleuri, Mahler – Adagietto da Sinfonia nº 5, versão
de Offenbach. Projeto Academia de para coro a cappella; e Mozart – Réquiem.
apresentações. Na primeira, logo Leia mais na pág. 40.
Ópera Theatro São Pedro.
no dia 1º, músicos como Claudia Theatro São Pedro. R$ 10. Sala São Paulo. R$ 160 a R$ 500.
Freixedas (flautas doces) e Rosi-
21h00 Andrey Lebedev – violão. Cultu-
mary Parra (cordas) interpretam o 18h00 Ballet Stagium. Veja detalhes
ra Artística. Movimento Violão. Programa:
programa Tramas, que se dedica ao Trio Puelli dia 22 às 21h.
Alonso Mudarra – Duas peças para vihue-
universo da música antiga. la; John Dowland – Duas peças para alaú-
19h00 Orquestra Jovem Tom Jobim
No dia 8, a atração é a viola da gamba de Eduardo Klein, que e Músicos da Juilliard School. Veja
de; Harrison Birtwistle – Construction with
toca peças de ingleses do século XVII, relacionando-as com as guitar player; Takemitsu – Muir Woods; e
detalhes dia 22 às 21h.
Brouwer – Sonata nº 5, Ars Combinatoria.
peças de Shakespeare. O Ensemble SP, no dia 15, apresenta as múlti- Espaço Promon. R$ 70.
plas possibilidades de combinação entre instrumentos, em peças de 19h00 Espetáculo 33 Variações.
Veja detalhes dia 1º às 21h.
Leclair, Beethoven, Dvorák e Dohnányi. Rafael Cesário, ao violonce-
lo, e Yuri Pingo, ao piano, complementam dia 22 a integral da obra
u 26 QUARTA-FEIRA
20h00 Cia. Mimulus. Veja detalhes
para piano e violoncelo de Beethoven, iniciada em setembro. E o últi- dia 22 às 20h. 18h00 Quarteto de Cordas da
mo concerto, dia 29, intitulado O compositor é vivo!, tem como des- Cidade de São Paulo. Ensaio aberto.
taque obras de Leonardo Martinelli, com a participação do Trio Puelli. Betina Stegmann e Nelson Rios – violi-
u 24 SEGUNDA-FEIRA nos, Marcelo Jaffé – viola e Robert Sue-
tholz – violoncelo. Programa: Boccherini
20h00 Orquestra Experimental de – Quartettino op. 6; Puccini – Crisantemi;
Repertório. OER e a Música de Câmara. e Verdi – Quarteto em mi menor.
Paulo Galvão – regente. Cláudio Mi- Praça das Artes – Sala do Conservatório.
20h30 Coralusp – Trupe de Passa- Johan de Meij – Continental Overture; cheletti – violino e Richard Gonçalves – Entrada franca. Apresentação dia 27 às 20h,
rim. Projeto Outros Voos. Carmina Juarez Vittorio Giannini – Sinfonia nº 3; e Frigyes violoncelo. Programa: Vivaldi – As quatro pela série Olímpiadas 2016.
– direção. Programa: Borandá I. Hidas – Save the Sea. estações e Concerto para violoncelo.
Casa de Cultura Dona Yayá. Entrada franca. Sala São Paulo. Entrada franca, quatro ingressos Praça das Artes – Sala do Conservatório. 20h30 Duo Flutuart. Série Erudita.
por pessoa. A partir de cinco ingressos, R$ 2. R$ 25. Paula Pascheto – flauta e Júlia Tygel
21h00 Orquestra Jovem Tom Jobim – piano. Programa: obras de Chiquinha
e Músicos da Juilliard School. 11h00 Guri Santa Marcelina 21h00 Coro da Rádio de Berlim e Gonzaga.
Concerto Encontro Moacir Santos e Duke cultura. Concertos especiais para as Orquestra Arte Del Mondo. Mozar- Sesc Pinheiros – Auditório. R$ 25.
Ellington. Nelson Ayres e Tiago Cos- crianças. 1ª parte: Banda Sinfônica Juvenil teum Brasileiro. Gijs Leenaars e Werner
ta – regentes. Elio Villafranca – piano. do Guri. Marcos Sadao Shirakawa – Ehrhardt – direção artística e regentes. 20h30 Opera in corso. Carmo
Juilliard Jazz Artist Diploma Ensemble: regente. 2ª parte: Coral Infantil e Coral Programa: Brahms – Um réquiem alemão. Barbosa – direção artística. Ariadne
Samuel Dillion – saxofone tenor, David de Familiares do Guri. Ana Yara Campos Leia mais na pág. 40. Menegon – soprano, Publio Gimenez
Neves – trompete, Eric Miller – trombo- e Giuliana Frozoni – regentes. Sala São Paulo. R$ 160 a R$ 500. e Eli Lobato – tenores, André Hery-
ne, Douglas Marriner – bateria, Martin Masp – Auditório Unilever. Entrada franca. Reapresentação com outro programa, son – barítono e Daniel Gonçalves
Jaffe – contrabaixo e David Meder – dia 25 às 21h. – piano. Programa: obras de Mozart,
12h00 Quarteto L’Arianna. Sesi Verdi e Lehár.
piano. Programa: Moacir Santos – Felipe,
Música – Série Erudita. Literatura e 21h00 Vienna Chamber Symphony Musicalis Núcleo de Música.
Coisa nº 5 e nº 10, Suk Cha, Amphibious,
Romantismo. Cláudio Micheletti e Karen – quinteto de cordas. Sérgio Mastro –
Kathy, Outra coisa e April Child; e Duke 21h00 Coral Audi Coelum e Con-
Micheletti – violinos, William Rodrigues direção artística e violoncelo, Vera Zhuk
Ellington – Um novo mundo está che- junto de Música Antiga da USP.
– viola e André Micheletti – violoncelo. e Maximilian Bratt – violinos, Wolfram
gando e Três reis negros. Série Bach: Tema & Contratema. William
Programa: Brahms – Quarteto em dó Fortin – viola e Felipe Medina – con-
Auditório Ibirapuera. R$ 20. Reapresentação
menor op. 51; e Schubert – Quartettsatz. trabaixo. Programa: Mozart – Abertura e Coleho – viola e regente. Rose Moreira
dia 23 às 19h.
Calçada em frente ao Centro Cultural Fiesp – árias de A flauta mágica; Korngold – Qua- – soprano, Monica Lucas – flauta doce,
Ruth Cardoso. Entrada franca. Reapresentação dros de fantasia; e Beethoven – Sinfonia Bernardo Toledo Piza – flauta doce e
21h00 Ballet Stagium. Espetáculo dia 29 às 20h no Teatro do Sesi Mogi das Cruzes. nº 7. Leia mais na pág. 44. traverso e Clara Sawada – violino barroco.
Preludiando, inspirado na obra de Claudio
Teatro Bradesco. R$ 100 a R$ 200. Programa: Bach – Cantata nº 51 e Concer-
Santoro. Marika Gidai – direção. Décio 16h00 CORO DA OSESP. Naomi Muna- to de Brandemburgo nº 4.
Otero – direção e coreografia. kata – regente. Fernando Tomimura – Espaço Cachuera!. R$ 30.
Sesc Bom Retiro. Reapresentação dia 23 às
18h.
piano. Programa: Schubert – Hymne an
den Unendlichen D 232, Des Tages Weihe
u 25 TERÇA-FEIRA
D 763, Gott ist mein Hirt D 706, An die 19h00 Quinta Essentia – quarteto de u 27 QUINTA-FEIRA
21h00 Espetáculo 33 Variações. Sonne D 439, Ständchen, D 920, Gott im flautas. Música de Câmara na Biblioteca.
Veja detalhes dia 1º às 21h. Ungewitter D 985 e Der Tanz D 826; Rach- Felipe Araújo, Gustavo de Francisco, 10h00 Orquestra Sinfônica do
maninov – Ave Maria; Grieg – Ave Maria Fernanda de Castro e Renata Pereira. Estado de São Paulo. Ensaio aberto.
Stella; Liszt – Pater Noster; Rheinberger – Programa: Bach – A arte da fuga. Thierry Fischer – regente. Sol Gabetta –
u 23 DOMINGO Abendlied nº 3 op. 69; Saint-Saëns – Calme Memorial da América Latina – Biblioteca violoncelo. Programa: Berlioz – O rei Lear
des Nuits nº 1 op. 68; Max Reger – Na- Victor Civita. R$ 2. op. 4; Elgar – Concerto para violoncelo; e
10h00 Banda Sinfônica do Estado chtlied nº 3 op. 138; César Franck – Hym- Dvorák – Sinfonia nº 9, Do Novo Mundo.
de São Paulo. Concertos matinais. ne; e Elgar – Spanish Serenade op. 23. 20h00 Quarteto Brasileiro de Sala São Paulo. R$ 10. Apresentação às 21h,
Mônica Giardini – regente. Programa: Sala São Paulo. R$ 43,50. Violões. Osesp Masp. Raízes da Terra. dia 28 às 21h e dia 29 às 16h30.
divulgação
u 29 SÁBADO descobrindo suas personalidades
19h00 CORO ACADÊMICO DA OSESP. individuais, envolvendo-se nas
Solistas da Osesp Nova Geração. Marcos 11h00 Série Aprendiz de Maestro. mais diferentes confusões. Um
Thadeu – regente. Programa: Dvorák – Projeto Tucca Música pela Cura. A volta
No reino da natureza op. 63; Schubert – ao mundo em 80 compassos. Sinfo- detalhe: são todos pequenos
Die Nacht D 983c, Ständchen, D 920 e An nieta Tucca Fortíssima. João Maurício monstrinhos. Com esse ponto de
Sylvia D 891; Rossini – I Gondolieri e La Pas- Galindo – direção musical e regente. partida, o escritor Maurice Sendak
segiatta; e Grayston Ives – Name that Tune. Paulo Rogério Lopes – direção artística e criou uma trupe de personagens de
Sala São Paulo. R$ 63. Reapresentação dia 29 textos. Paulo Goulart Filho e Carlos More- animação que logo ganhou o mun- Oliver Knussen
às 14h45. no – atores. Programa: Uma viagem pela
música do mundo, com trechos de obras do. E acabou na ópera, por meio
de Khachaturian, Kabalevsky, Mozart, das mãos do compositor Oliver
20h00 Quarteto de Cordas da Cidade
de São Paulo. Série Olimpíadas 2016 – Vivaldi, John Philip Souza e Villa-Lobos, Knussen, autor de Onde vivem os monstros, que sobe ao palco do
Itália. Betina Stegmann e Nelson Rios entre outros. Ângela Dória – direção-geral Theatro São Pedro em nova montagem no dia 8 de outubro.
– violinos, Marcelo Jaffé – viola e Robert e de produção. A regência e a direção musical são do maestro André dos Santos (dias
Suetholz – violoncelo. Programa: Boccheri- Sala São Paulo. R$ 70 a R$ 80. Vendas: Tucca –
Tel. (11) 2344-1051 e www.ingressorapido.com. 8, 12 e 16), que divide o pódio com Pedro Messias (dias 9 e 15). No elenco
ni – Quartettino op. 6; Puccini – Crisantemi; br. Venda revertida para a Tucca. estão os cantores da Academia de Ópera e do elenco estável do Theatro São
e Verdi – Quarteto em mi menor.
Praça das Artes – Sala do Conservatório.
Pedro, como a soprano Roseane Soares, as mezzo sopranos Andréia Souza
R$ 25. 14h45 CORO ACADÊMICO DA OSESP. e Cecília Massa, o tenor Daniel Umbelino e o baixo Gustavo Lassen. Caeta-
Solistas da Osesp Nova Geração. Marcos
no Pimentel e Giorgia Massetani assinam a concepção cênica da versão bra-
Thadeu – regente. Veja detalhes dia 27
20h30 Teatro Experimental de às 19h. sileira, traduzida e adaptada por Henrique Villas-Boas e José Inácio Coelho.
Ópera de São Paulo. Aluísio de Alma- A Orquestra do Theatro São Pedro volta a se apresentar no dia 30, com
da Horta Boaretto – regente. Luiza Ett, 15h00 Quarteto de Cordas do trechos de óperas consagradas. Antes, porém, no dia 23, alunos da Acade-
Fernanda Meyer e Claudia Neves – sopra- Instituto Baccarelli. Projeto Baccarelli
nos, Enrico Vanucci, Ronaldo Gobbatto, na Rua. Ericson dos Santos e Justo Gutier- mia de Ópera do teatro interpretam Monsieur Choufleuri, de Offenbach.
Tomasino Castelli e Alberto Morgado – rez Quiñones – violinos, Rodrigo Poggian
tenores e João Duarte – baixo. Programa: Lopes – viola e Mayara Marques Rogeri
ária de óperas e cançonetas napolitanas – violoncelo.
e italianas. Armazém da Cidade. Entrada franca. Dia 4, Sala São Paulo
Circolo Italiano di San Paolo. Entrada franca.
15h00 Ópera Turandot, de Puccini.
Orquestra e Coro do Metropolitan Opera
Bachiana Sesi-SP e Jean William
20h30 Coralusp – Grupo Sul Fiato.
Projeto Alma Brasileira – Redescobrindo
o Brasil através da música coral. Paula
House de Nova York. James Levine – re-
gente. Com Placido Domingo, Eva Marton
interpretam peças italianas
Christina Monteiro – regente. Programa: e Leona Mitchell. Franco Zeffirelli – direção A música italiana domina a apresen-
divulgação
música brasileira de diversas épocas e cênica. Comentários: João Luiz Sampaio. tação do dia 4 de outubro da Bachiana
estilos. Centro Brasileiro Britânico – Sala Cultura
Inglesa. Entrada franca. Filarmônica Sesi-SP, na Sala São Paulo.
Teatro Décio de Almeida Prado.
Entrada franca. A regência é do maestro João Carlos
16h00 Estefan Iatcekiw – piano. Martins e de seu assistente, Edson Bel-
21h00 Orquestra Sinfônica do Recital Aronne. Programa: Mozart – trami. Também participa do concerto o
Estado de São Paulo. Thierry Fischer Sonata K 280; Tchaikovsky – Estações do tenor Jean William, antigo parceiro de
ano: Fevereiro (Carnaval) e Dezembro
– regente. Sol Gabetta – violoncelo. Martins e um versátil cantor lírico com
Programa: Berlioz – O rei Lear op. 4; (Valsa de Natal); Mendelsosohn – Rondó Jean William
Caprichoso op. 14; Chopin – Noturno em intensa carreira.
Elgar – Concerto para violoncelo; e
dó sustenido menor op. Posth, Fantasia O programa tem canções e árias de
Dvorák – Sinfonia nº 9, Do novo mundo.
Leia mais na pág. 34. Improviso op. 66, Estudo op. 25 nº 1, óperas. No primeiro grupo, destaque para O sole mio, Funiculi
Mazurca op. 7 nº 1 e Valsa Minuto funicula e Caruso. No segundo, merece atenção especial Nessun
Sala São Paulo. R$ 42 a R$ 194. Reapresentação
op. 64 nº 1; e Rachmaninov – Prelúdio
dia 28 às 21h e dia 29 às 16h30. dorma, célebre ária da ópera Turandot, de Puccini. Para encerrar,
op. 3 nº 2 e Barcarola op. 10 nº 3.
Aronne Pianos – Sala Giovanni Aronne.
o concerto terá, de Tchaikovsky, a Suíte quebra-nozes.
21h00 Musical My Fair Lady. Entrada franca.
Veja detalhes dia 1º às 17h.
16h00 Orquestra Antunes Câmara.
Diálogo Musical. Série Alunos Recitalistas. Dia 1º, Sala São Paulo
u 28 SEXTA-FEIRA Ênio Antunes – direção artística e musical.
Rafael Amadeu Barbosa Luperi e Rodri- Mexicanos são convidados da Osusp
14h00 Grupo de Poetas, Cantores go Felicissimo – coordenação cultural e
e Declamadores de São Paulo. regente. Pablo de Morais – coordenador A Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo traz dois olha-
Veja detalhes dia 1º às 14h. pedagógico. Programa: Händel – Seis res distintos sobre a música mexicana em seu concerto no dia 1º, na
Biblioteca Municipal Nuto Sant’Anna. sonatas para violino; Domenico Drago- Sala São Paulo. O maestro Jesus Medina rege a apresentação que se
Entrada franca. netti – Solo em ré para contrabaixo e inicia com Fanfarra para metais e percussão e Jarabe, do composi-
piano; Corelli – Adágio e Sarabanda para
contrabaixo; Telemann – Sonatas metó-
tor Eduardo Gamboa, que flerta em sua obra com a música popular
21h00 Orquestra Sinfônica do
Estado de São Paulo. Thierry Fischer – dicas para violino, Seis sonatas para duas mexicana. Em seguida, três peças de Eduardo Ângulo que, nascido na
regente. Sol Gabetta – violoncelo. violas e Sonata nº 3 para dois violoncelos. Cidade do México, radicou-se na Alemanha: Concerto para flauta nº 2
Veja detalhes dia 27 às 21h. Livraria Nove.Sete. Entrada franca. (com solos de Miguel Ángel Villanueva), Pacífico e Suíte mexicana.
Dia 24, Teatro Bradesco 16h30 Orquestra Sinfônica do Sala São Paulo. Entrada franca, quatro ingressos
Estado de São Paulo. Thierry Fischer por pessoa. A partir de cinco ingressos, R$ 2.
Quinteto austríaco toca peças de – regente. Sol Gabetta – violoncelo. Veja
11h00 Orquestra Kodomô.
detalhes dia 27 às 21h.
Mozart, Korngold e Beethoven 17h00 ALESSANDRO SANTORO – piano e
Veja detalhes dia 22 às 15h.
Teatro Santo Agostinho. Entrada franca.
cravo e Fábio Cury – fagote. Lançamento
O quinteto de cordas austríaco 16h00 Orquestra Sinfônica Helió-
do CD “Santoro Inédito”. Programa: obras
Vienna Chamber Symphony, criado de Claudio Santoro e Carlos dos Santos. polis. Isaac Karabtchevsky – regente.
em 2006 por jovens músicos radica-
Vencedora da edição de 2015 do Concurso Rainha Elizabeth, a nº 1. Leia mais na pág. 36.
16h00 Adélia Issa – soprano.
Theatro Municipal. R$ 25 a R$ 90.
violinista coreana Ji Young Lim faz uma apresentação em São Paulo, Reapresentação dia 30 às 17h. Série Vespertino.
no dia 17. No Theatro São Pedro, ela vai interpretar o Concerto nº Paróquia Sant’Ana. Entrada franca.
5, de Mozart, com a Orquestra do Instituto Fukuda, regida por Clau- 20h00 Orquestra Sinfônica de Santo
André, Coro da Cidade de Santo André 16h00 Musical My Fair Lady.
dio Micheletti. Lim também se apresenta em Minas Gerais, no Pará, e Collegium Musicum. Abel Rocha – Reapresentação às 20h.
no Amazonas e no Paraná (leia mais sobre a artista na página 56). regente. Gisele Sales – oboé, Otinilo Pache- Veja detalhes dia 1º às 17h.
co – clarinete, Ronaldo Pacheco – fagote,
Abel Rocha rege Sinfônica de Santo André Mário Rocha – trompa e Jader Cruz – viola. 17h00 Orquestra Sinfônica
Programa: Copland – Fanfarra para um Municipal de São Paulo. Hirofumi
No dia 29, no Teatro Municipal de Santo André, e no dia 30, homem comum; Tower – Fanfarra para uma Yoshida – regente. Veja detalhes dia
na Paróquia Santo Antonio, a Orquestra Sinfônica de Santo André mulher incomum; Hindemith – Música fúne- 29 às 20h.
bre; Mozart – Sinfonia Concertante K 297b;
abre o seu programa do mês com duas fanfarras: a Fanfarra para um Guarnieri – Missa Diligite; e Villa-Lobos – 17h00 Orquestra do Theatro
homem comum, de Copland, e a Fanfarra para uma mulher inco- Magnificat W 553. Leia mais ao lado. São Pedro. Programa: trechos
mum, de Joan Tower. Em seguida, um diálogo estimulante entre Teatro Municipal de Santo André. Entrada de óperas.
dois autores, separados pela geografia e o tempo: Mozart, com a franca. Reapresentação dia 30 às 19h30 na Theatro São Pedro. R$ 20.
Paróquia Santo Antônio de Santo André.
Sinfonia concertante, e Villa-Lobos e seu Magnificat, com a partici-
20h00 Quarteto L’Arianna. 19h00 Orquestra Sinfônica Carlos
pação do coro Collegium Musicum. A regência é do diretor artístico Gomes. Ricardo Rosseto Mielli – regen-
Veja detalhes dia 23 às 12h.
e maestro titular da orquestra, o maestro Abel Rocha. te. Programa: obras de Händel, Pergolesi,
Teatro do Sesi Mogi das Cruzes. Entrada franca.
Haydn, Beethoven, Bizet e Offenbach,
Camerata Cantareira segue na Pinacoteca 20h00 Quinteto Bachiana Sesi-SP.
Sesi Música – Série Erudita. Programa:
entre outros.
Teatro Arthur Azevedo. Entrada franca, retirada
Com direção artística do violista Marcelo Jaffé, a Camerata Puccini – Mio babbino caro e Nessun de ingressos às 18h.
dorma; Bach – Jesus, alegria dos homens;
Cantareira realiza, no dia 30, o sétimo concerto de sua série na 19h00 Espetáculo 33 Variações.
Villa-Lobos – Melodia sentimental; e Di
Pinacoteca do Estado. Desta vez, o programa tem obras de Vivaldi Capua – O sole mio. Veja detalhes dia 1º às 21h.
(Abertura Olimpíada e Concerto para dois violinos e violoncelos), Teatro do Sesi Osasco. Entrada franca.
Bottesini (Elegia) e Telemann (Concerto para duas violas). Atuam 19h30 Orquestra Sinfônica de San-
20h00 Quarteto Rapsódia. Sesi Música to André, Coro da Cidade de Santo
como solistas na apresentação o contrabaixista Webster Silas, os – Série Erudita. Eder Giaretta – piano, André e Collegium Musicum. Abel
violistas Dimas Venâncio e Samuel Dionísio, os violinistas Samuel Anselmo Pereira – flauta, Fernando Rocha – regente. Veja detalhes dia 29
Mello e Lucas Braga e o violoncelista Giuliano Dal Medico. Barbosa – contrabaixo e Osvaldo Martins às 20h.
– bateria. Programa: Bolling – Suítes Paróquia Santo Antônio de Santo André.
nº 1 e n° 2; Villani-Côrtes – Pretensioso;
FMLOA recebe pianista Cristian Budu e Zequinha de Abreu – Tico-tico no fubá.
Entrada franca.
Theatro Municipal
u 1 Sábado Sala. Programa: Rameau – Trechos da
Nouvelles Suites de Pièces de clavecin;
Hyacinthe Jadin – Sonata para pianoforte
Ópera de Carlos Gomes é 20h00 Ópera Mozart & Salieri e Balé
Sheherazade, de Rimsky-Korsakov. nº 3 op. 4; Henri-Joseph Rigel – Duo para
cravo e pianoforte nº 1; Antoine Dau-
destaque do Theatro Municipal Balé, Coro e Orquestra Sinfônica do
Theatro Municipal. Tobias Volkmann vergne – Canções para soprano, violino,
pianoforte e cravo; Mozart – Sonata em
– regente. Flávio Leite (Mozart) – tenor
O mês de outubro terá muita sol maior; e André-Ernest-Modest Grétry
divulgação
Cláudio Cruz
tor da Orquestra Jovem do Estado
de São Paulo, é o regente convi- u 4 Terça-feira
dado da primeira apresentação da
u 7 Sexta-feira
12h30 Monica Kudiess – piano.
Orquestra Petrobras Sinfônica em Música no Museu. Programa: Bach – 15h00 Ricardo Mac Cord – piano.
outubro. No dia 8, no Theatro Mu- Concerto italiano BWV 971; e Debussy Música no Museu. Homenagem aos
nicipal, ele comanda um programa – Suíte Bergamasque. 80 anos da Rádio Nacional. Programa:
Museu da República. Entrada franca. composições próprias.
inteiramente dedicado à música
Palácio Pedro Ernesto – Câmara dos
brasileira, em toda sua multiplicida- 17h30 XIII Semana do Cravo. Vereadores. Entrada franca.
de. A primeira peça é a mozartiana Marcelo Fagerlande – coordenação.
Abertura concertante, de Camargo Veja detalhes dia 3 às 17h30. 18h30 Midori Maeshiro, Harley
Guarnieri; a última, um dos ex- Elbert, José Wellington, Sonia Maria
19h30 Banda Sinfônica da Polícia Vieira e Nadge Breide – pianos. Lan-
perimentos barroco/brasileiro de Villa-Lobos, as Bachianas brasileiras Militar do Rio de Janeiro. Série Retre- çamento de CD e livro de Miriam Ramos.
nº 7. Entre elas, uma evocação da música popular, com a Suíte das águas, ta Sinfônica. Ronaldo Almeida – regente. Programa: obras do CD Páginas do Piano
inspirada em Dorival Caymmi, e Violão vadio, com temas de Baden Escola de Música da UFRJ – Salão Leopoldo Brasileiro.
Powell. Ambas as peças são de autoria de Marco Pereira, que atua tam- Miguez. Entrada franca. Escola de Música da UFRJ – Salão Leopoldo
Miguez. Entrada franca.
bém como solista ao violão. 20h00 Kátia Velletaz – soprano,
A orquestra volta a se apresentar nos dias 15, 16, 22 e 23, no Impera- Stéphanie-Marie Degand – violino, 20h00 Orquestra Sinfônica Bra-
tor, com o espetáculo Saltimbancos sinfônico, a partir do célebre musical Natalia Valentin – pianoforte e sileira. II Semana do Centro de Música
infantil de Sergio Bardotti, Luis Bacalov e Chico Buarque. A regência é Bruno Procópio – cravo. II Semana Barroca de Versalhes no Rio. Bruno
de Felipe Prazeres, com a participação da soprano Juliana Franco e do do Centro de Música Barroca de Versa- Procópio – regente e cravo. Stéphanie-
lhes no Rio. Série Missão Francesa na -Marie Degand – violino barroco e
barítono Marcelo Coutinho. E, no dia 30, pela série Mestre Athayde.
divulgação
Jorge Federico Kátia Velletaz Rameau – Suíte de Castor et Pollux; Jose- Miguez. Entrada franca. Reapresentação dias
Osorio ph Bologne de Saint-George – Concerto 13 e 14 às 14h30 e dias 15 e 16 às 16h.
para violino nº 2 op. 2; Hyacinthe Jadin
– Concerto para piano e orquestra nº 2; e
Nicolas-Étienne Méhul – Sinfonia nº 1. u 13 quinta-feira
Sala Cecília Meireles. R$ 40.
14h30 Ópera João e Maria, de Hum-
divulgação / TODD ROSENBERG
brasileiros, interpreta uma seleção de obras de Liszt, acompanhada do detalhes dia 7 às 20h. 15h00 Pedro Flores – piano. Música
pianista Flávio Augusto. no Museu. Programa: obras de Bach,
Já a série Piano na Sala tem compromissos no dia 6, quando Diego Beethoven, Nazareth, Chopin e Gershwin.
Caetano interpreta Scriabin, Liszt e Schumann; e no dia 15, com Jorge u 11 Terça-feira Centro Cultural Justiça Federal. Entrada franca.
Federico Osorio, mexicano com expressiva carreira internacional, que 19h00 UFRJazz Ensemble. Série Música 20h00 Edinho Santa Cruz – cantor
toca Beethoven (Sonata ao luar), Schubert (Sonata D 960) e Debussy no Palácio. José Rua – regente. e compositor, Orquestra Sinfônica
(segundo caderno dos Prelúdios). Ele também se apresenta este mês em Centro Cultural do Poder Judiciário – Sala Cesgranrio e Convidados. Lançamen-
Multiuso. Entrada franca.
São Paulo, com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (leia mais to do CD e DVD “Jogo do silêncio”. Eder
na página 34). Outro pianista a tocar na série é o brasileiro Braz Velloso, 19h30 Quarteto Françaix. Recreio
Paolozzi – regente. Programa: obras de
que faz homenagem a Leopoldo Miguez no dia 25. Edinho Santa Cruz.
in Concert. Maria Fernanda Gonçalves
Sala Cecília Meireles. R$ 40.
O piano também é destaque da série Missão Francesa na Sala. No dia – oboé, Aline Pascutti – violino, Samuel
26, o jovem pianista francês Jean-Frédéric Neuburger oferece um recital Passos – viola e Raúl Andueza – violon-
celo. Programa: Mozart – Quarteto K 370;
que é retrato da sua busca atual por repertório: após o Concerto italiano
Britten – Phantasy Quartet; Jean Françaix
u 15 Sábado
de Bach, ele interpreta Gaspard de la nuit, de Ravel, e a Sonata nº 2, de – Quarteto para corne inglês, violino, viola
Pierre Boulez, estabelecendo um diálogo entre o barroco e o século XX. 16h00 Orquestra Petrobras
e violoncelo; David Johnstone – Nicht
Sinfônica. Saltimbancos Sinfônico.
Um dia depois, mais uma “conversa” interessante: o pianista e ma- Music of the Witches,; Moeran – Fantasy
Felipe Prazeres – regente. Juliana
estro francês Jean-François Heisser realiza a estreia latino-americana de Quartett; Robert Broemel – Marion’s
Franco – soprano e Marcelo Coutinho –
Prayer; e Piazzolla – Quatro estações
Veränderungen, de Philippe Manoury, e, em seguida se volta às Varia- barítono. Programa: Sergio Bardotti/
porteñas.
ções Diabelli, de Beethoven. Teatro da UFF. R$ 10.
Luiz Bacalov/Chico Buarque – Bicharia,
Três orquestras também sobem ao palco da sala. A primeira, no dia O jumento, Um dia de cão, A galinha,
História de uma gata, A cidade ideal,
14, é a Sinfônica Cesgranrio, que faz concerto de lançamento do novo Minha canção, A pousada do bom barão,
trabalho do compositor Edinho Santa Cruz. No dia 16, Daniel Guedes, u 12 Quarta-feira A batalha, Todos juntos e Esconde escon-
violinista que tem se aprofundado também no trabalho de regente, co- de. Leia mais na pág. 46.
12h30 Sila Malaguti – piano. Música
manda a Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, em programa todo dedi- no Museu. Programa: obras de Mignone
Imperator – Centro Cultural João Nogueira.
R$ 20. Reapresentação dia 16 às 11h e dias
cado a Bach. E, no dia 23, o maestro titular da Orquestra Sinfônica do e Villa-Lobos. 22 e 23 às 11h no Teatro Bradesco Rio.
Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Tobias Volkmann, rege a Orquestra Centro Cultural Banco do Brasil. Entrada
franca.
Sinfônica Nacional da UFF na a apresentação que marca o lançamento do 16h00 Ópera João e Maria, de Hum-
disco do grupo, dedicado a compositores de hoje: Marisa Rezende, Rami perdinck. Ernani Aguiar e Vilane Trin-
16h00 Ópera João e Maria, de Hum-
dade – regentes. Veja detalhes dia 12
Levin, Gentil-Nunes, Alexandre Schubert e Sergio Roberto de Oliveira. perdinck. Ernani Aguiar e Vilane Trindade
às 16h.
A Sala também abriga, em outubro, a XIII Mostra de Violão Fred – regentes. Maria José Chevitarese – direção
Escola de Música da UFRJ – Salão Leopoldo
Schneiter, reunindo, entre os dias 19 e 22, artistas como o violonista geral, Alessandra Vannucci – direção cênica Miguez. Entrada franca. Reapresentação dia
e Andrea Adour – direção musical. 16 às 16h.
Roberto Brito e a flautista Rachel Castro.
divulgação
Saint Paul nº 2 op. 29; Sarasate – Capricho Marisa Rezende, Sergio Kafejian, Lionel
basco op. 24; e Mendelssohn – Sinfonia
rique, um dos mais tradicionais Bringuier
Sergio Rodrigo e Silvio Ferraz.
para cordas nº 2. Espaço Cultural BNDES. Entrada franca. t conjuntos da Europa, dirigida pelo
Basílica Nossa Senhora de Lourdes. jovem francês Lionel Bringuier, de
Entrada franca. 31 anos, se apresenta no dia 15
17h00 Orquestra Sinfônica do
no Theatro Municipal, na série
A Revista CONCERTO
Estado de São Paulo. Thierry Fischer – Dell’Arte/O Globo. E com um atra-
continua aqui:
regente. Sol Gabetta – violoncelo. tivo a mais: a presença do pianista
Programa: Berlioz – O Rei Lear op. 4; www.concerto.com.br Nelson Freire, que toca o Concerto
Elgar – Concerto para violoncelo; e de Schumann. A orquestra também
Dvorák – Sinfonia nº 9, Do Novo Mundo. Notícias, textos e atualizações
Leia mais na pág. 34. diárias do roteiro musical estará em São Paulo, nos dias 16 e
Theatro Municipal. R$ 90 a R$ 190. 18 (leia mais na página 39).
Belém, dia 13 / Curitiba, dia 18 / Manaus, dia 20 dos 15 anos da Universidade do Estado 10/10 20h30 Orquestra de Câmara
do Amazonas. Luiz Fernando Malheiro de Ouro Branco. Giovanni Martins
Violinista Ji Young Lim faz turnê – regente. Programa: Santoro – Hino do – oboé, Theodora Geraets – violino e
Estado do Amazonas; Borodin – Danças Matias de Oliveira Pinto – violoncelo.
com concertos e recital com piano Polovetsianas, da ópera Príncipe Igor;
e Shchedrin – Suíte Carmen.
Programa: Schubert – Abertura em dó
menor D 8; Cimarosa – Concerto para
Vencedora do Concurso Rainha Teatro Amazonas – Tel. (92) 3622-1880. oboé; Berlioz – Rêverie et Caprice; e
divulgação
Helena Dutra e Rosana Fontolan – Ensemble
Mimo Festival coordenação. Entrada franca.
De 14 a 16 de outubro
Programação completa: 25/10 19h30 Orquestra de Câmara.
http://mimofestival.com/brasil/paraty/ Ernst Mahle – regente. Entrada franca.
divulgação
nha, Hamilton de Holanda e Miguel
Ljungar-Chapelon (Alemanha) e Elena edição, leva o pianista Miguel Proença
Chico Buarque, entre outros. Cecconi (Itália) – flauta. Programa: Proença
este mês a Belém, no Pará (dia 19, Arte
Palco Praça da Matriz. Mercandante – Concerto para flauta;
Devienne – Concerto para flauta nº 7;
Doce Hall), e Goiânia, em Goiás (dia 25,
e Rimsky-Korsakov – Sheherazade. Teatro do Sesi). Nas duas ocasiões, ele
u PIRACICABA, SP UFRGS – Salão de Atos – Tel. (51) 3308-4303. interpreta o mesmo programa que já le-
01/10 20h00 Camerata Filarmônica.
R$ 20. vou a dezenas de cidades brasileiras, em
Projeto Jovens Músicos. Anderson um projeto pioneiro: os Três Interme-
22/10 20h00 Orquestra Sinfônica
de Oliveira – regente. Luís Rabello –
de Porto Alegre. Série Serenata Sinfô-
zzos op. 117 e a Rapsódia op. 119, de
piano. Programa: Villa-Lobos – Prelúdio Brahms; Saudades das selvas brasileiras
nica. Evandro Matté – regetnte.
das Bachianas brasileiras nº 1; e obras e Valsa da dor, de Villa-Lobos; La soirée dans Grende e L’isle joyeuse,
Parque Farroupilha – Av. João Pessoa, s/nº –
de Mahle e Gnattali.
Teatro Unimep – Tel. (14) 3533-6000.
Cidade Baixa. Entrada franca. de Debussy; e a Sonata op. 58 nº 2, de Chopin. Proença também reali-
Entrada franca.
23/10 19h00 Vienna Chamber Sym-
za ensaios abertos e master classes, para estudantes e jovens pianistas.
16/10 14h00 Orquestra Sinfônica phony – quinteto de cordas. Sérgio
de Piracicaba, Coro Infantojuvenil Mastro – direção artística e violoncelo,
do Projeto Guri e Cia. Imago. Concer- Vira Zhuk e Maximilian Bratt – violinos, Tiradentes, Ouro Preto, Paraty, de 7 a 16
to das Crianças. Jamil Maluf – regente. Wolfran Fortin – viola e Felipe Medina –
Vanessa Zambão – regente do coro. contrabaixo. Programa: Mozart – Abertura
e árias de A flauta mágica; Dimitri Cervo
MIMO oferece elenco variado
Fernando Anhê – direção. Programa:
canções populares e folclóricas brasileiras; – Elegia fantasia; e Korngold – Quadros
de fantasia.
de artistas e tendências estéticas
e Espetáculo Sol, Lá, Cidade (estreia), com
Instituto Ling – Tel. (51) 3533-5700. Criado em Olinda, o Mimo, festival dedicado à música instrumental,
trilha sonora baseada no Guia orquestral
para a juventude, de Benjamin Britten. cresceu e se espalhou por outras cidades do país. Este mês, por exemplo,
Leia mais na pág. 59. 25/10 14h30 João Pedro Germano
Pagliosa – flauta transversal. Recital de chega a Tiradentes e Ouro Preto, em Minas Gerais, e a Paraty, no Rio de Ja-
Teatro Municipal Erotídes de Campos –
Tel. (19) 3413-5212. Entrada franca. conclusão de mestrado. Dimitri Cervo – neiro, apresentando um elenco variado de artistas e tendências. O harpista
regente. Rayssa Cruz e Ângelo Mello – vio- colombiano Edmar Castañeda, por exemplo, que levou seu instrumento
Escola de Música de Piracicaba linos, Israel Mello – viola, Priscila Smanioto ao mundo do jazz, apresenta-se na Igreja Matriz de Tiradentes (dia 7) e na
Maestro Ernst Mahle – violoncelo, Gabriel Nunes – contrabaixo e
Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto (dia 8). Pelas duas cidades
Sala de Concertos Dr. Mahle – Daniel Benitz – piano. Programa: Reinecke
Tel. (19) 3422-2464. – Sonata Undine; André Jolivet – Chant passa também a Orquestra Sinfônica Cesgranrio, nos dias 7 e 9, respectiva-
de Linos; Eugène Bozza – Image; Dimitri mente, para concerto com solos do gaitista José Staneck.
01/10 19h30 Cecília Bellato e Cervo – Pattapiana. Outro destaque é o Quarteto Dakhabrakha, da Ucrânia, que olha
alunos – piano a quatro mãos. UFRGS – Instituto de Artes – Tel. (51) 3308- para a música tradicional de seu país em diálogo com novas estéticas e
Entrada franca. 4320. Entrada franca.
faz concertos em Ouro Preto, no dia 8, e em Paraty, no dia 14, onde se
06/10 19h30 Recital Jovens 25/10 20h30 Alvaro Siviero – apresenta ainda o Ana Oliveira Quarteto, dedicado a obras de composito-
Solistas. Professoras: Luciane Penati piano. Programa: Chopin – Noturno res latinos. Também em Paraty, o violinista Ricardo Herz, no dia 15, toca
e Rosélys Alleoni. Entrada franca. op. 48 nº 1 e Polonaise op. 53, Heróica; com Samuca do Acordeão.
Schubert/Liszt – Ave Maria; Liszt – São Calandreli (Leoporello) e Luís Felipe Concerto. Electropera e a música de nosso 13/10 15h00 Cameratas Infanto-
Francisco de Paula caminhando sobre Souza (comendador) – baixo-barítonos; tempo. Programa: Leo Kupper – Rezas juvenil, Juvenil e Jovem de Violões.
as ondas e Après une lecture de Dante; Mariana Cunha (Dona Anna), Isabela populares do Brasil; Conrado Silva – Márcia Braga – regente. Às 20h00:
Rachmaninov – Elegia e Prelúdio nº 5; Mestriner (Dona Elvira) e Gabriela Espaço lúdico, Espaço da memória e Final; Grupo de Saxofones e Conjunto
Brahms – Dança Húngara nº 5; e Strauss Momesso (Zerlina) – sopranos e Pedro Kieffer/Lucentini – Encenação da morte de Metais. Marcos Pedroso e Edmilson
– O morcego. Coelho (Don Ottavio) – tenor. Lucas de e Xandó, música para Niobe. Curadoria: Baía – coordenação. Entrada franca.
Teatro CIEE – Tel. (51) 3363-1111. Paula – piano. Camila Frésca. Leia mais na pág. 59.
Teatro Minaz – Tel. (16) 3941-2722. R$ 20. Sesc – Tel. (16) 3373-2300. Entrada franca. 14/10 14h00 Grupo de Percussão
Reapresentação dia 23 às 19h. Vendas www. Jovem. Agnaldo Silva – coordenação.
u RECIFE, PE ingressorapido.com.br ou na Cia Minaz – Rua Às 20h00: Camerata Jovem de Cordas
Carlos Chagas, 259. u SÃO JOSÉ DO e Orquestra de Violoncelos. Elen
25/10 10h00 Orquestra Sinfônica Ramos Pires e Túlio Pires – coordenação.
do Recife. Concertos para a Juventude. VII Encontro de Musicologia RIO PRETO, SP Entrada franca.
Marlos Nobre – direção artística e regen- de Ribeirão Preto
te. Programa: Marlos Nobre – Elegia e Viola caipira na universidade: local, 07/10 20h00 Quarteto Zimmer. 15/10 10h00 Banda Sinfônica
Canticum para cordas; Mozart – Abertura regional, universal Sesi Música – Série Internacional. Infantil. Marco Antonio de Almeida
de Don Giovanni; e Beethoven – Sinfonia De 19 a 21 de outubro Labirinto em cordas. Ana Cavalheiro e Jr. – regente. Às 20h00: Orquestra de
nº 2. Leia mais na pág. 59. Sala de Concertos da Tulha – Gabriela Fogo – violinos, Jennifer Cardoso Cordas Juvenil. Dario Sotelo – regente.
Campus USP – Tel. (16) 3315-3136 – viola e Patrícia Rezende Vanuci – vio- Entrada franca.
Teatro de Santa Isabel – Tel. (81) 3355-3326.
Entrada franca. Reapresentação dia 26 às 20h, Entrada franca loncelo. Programa: Haydn – Quarteto de
pela série Concerto Oficial. cordas nº 2; e Lacerda – Quarteto nº 1. 15/10 19h00 Fábio Cury – fagote.
Teatro do Sesi – Tel. (17) 3224-6611. Salão Villa-Lobos. Entrada franca.
26/10 19h00 V Virtuosi Século XXI. u RIO CLARO, SP Entrada franca.
Camilla Hoitenga – flauta. Dia 27 às 16/10 10h00 Orquestra de Cordas
19h: Abstrai Ensemble. Dia 28 às 19h: 29/10 20h00 Wadaiko Sho. Sesi
Ensemble U. Leia mais na pág. 57. Música – Série Erudita. Tokinonagare. u SÃO JOSÉ DOS Infantil e Infantojuvenil. Eduardo
Augusto e Daniel Lazala – regentes.
Mitsue Iwamoto – voz e taiko e
Ordem Terceira de São Francisco – Tel. (81)
3224-0530. Entrada franca. Setsuo Kinoshita – flautas e taiko.
CAMPOS, SP Entrada franca.
Programa: Tokinonagare, Tanjyo, 08/10 20h00 Orquestra Filarmô- 18/10 20h00 Big Band Jovem. O real
Yataibayashi, Minyo, Futebol, Hyuga nica do Senai-SP. Sesi Música – Série baile da saudade. Joseval Paes – coorde-
u RIBEIRÃO PRETO, SP e Taiko de samba. Erudita. Thomaz Ferreira Martins – nação. Entrada franca.
Teatro do Sesi – Tel. (19) 3522-5650.
direção artística e regente.
3º Festival Minaz de Ópera Entrada franca.
19/10 13h30 Orquestra Sinfônica
Teatro do Sesi – Tel. (12) 3919-2000.
De 8 a 23 de outubro Entrada franca. Jovem. Juliano de Arruda Campos –
www.minaz.com.br
u SALVADOR, BA 29/10 20h00 Danilo Brito – bando-
regente. Às 20h00: Banda Sinfônica
Jovem. José Antonio Pereira – regente.
08/10 20h30 Ópera Dido e Eneas, de lim e André Mehmari – piano.
27/10 20h30 Alvaro Siviero – Entrada franca
Purcell. Madrigal Minaz. Mítia D’Acol Sociedade de Cultura e Educação Musical –
– direção artística e regente. André Cruz – piano. Programa: Chopin – Noturno
Rua Pandiá Calógeras, 60 – Jardim Esplanada. 20/10 20h00 Banda Sinfônica.
direção cênica. Juliano Buosi, Letizia Roa, op. 48 nº 1 e Polonaise op. 53, Heróica; R$ 80. Dario Sotelo – regente. R$ 12.
Roger Larg e Clara Sawada – violinos, Schubert/Liszt – Ave Maria; Liszt – São
Carlos Martins – viola, João Guilheme Francisco de Paula caminhando sobre 21/10 13h00 Recital-Palestra.
Figueiredo – violoncelo, Fábio Vianna as ondas e Après une lecture de Dante; u SOROCABA, SP A expressividade da palavra cantada,
Peres – teorba e Alessandro Santoro – Rachmaninov – Elegia e Prelúdio nº 5; com Juliana Starling. Salão Villa-Lobos.
cravo. Camilo Calandrei (Eneas), Gisele Brahms – Dança Húngara nº 5; e Strauss 06/10 20h00 Orquestra Sinfônica Entrada franca.
Ganade (Dido), Lilian Giovanini (Belinda), – O morcego. de Sorocaba e Grupo de Choro da
Mariana Cunha (primeira bruxa), Isabela Teatro Jorge Amado – Tel. (71) 3525-9720. Fundec. Eduardo Ostergren – regente. 21/10 20h00 Orquestra Sinfônica.
Mestriner (segunda mulher), Claudia Programa: Gnattali – Suíte Retratos; e João Maurício Galindo – regente. R$ 12.
Leppe (feiticeira), Paulo Mestre (segunda Guerra-Peixe – Museu da Inconfidência.
bruxa), Sasha Ganade (marinheiro) e u SANTOS, SP Sala Fundec – Tel. (15) 3233-2220. R$ 20. 23/10 20h00 Coro Sinfônico.
Anita Furlan (espírito). Reapresentação dia 9 às 19h. Robson Gonçalves – regente. R$ 12.
Teatro Minaz – Tel. (16) 3941-2722. R$ 20. 09/10 18h00 Banda Sinfônica Jovem
do Estado. Mônica Giardini – regente. 29/10 20h00 Orquestra Filarmô- 25/10 20h00 Big Band. Celso Veagnoli
Reapresentação dia 9 às 19h. Vendas www.
ingressorapido.com.br ou na Cia Minaz – Programa: Andrew Boysen – Kirkpatrick nica do Senai-SP. Sesi Música – Série – coordenação. R$ 12.
Rua Carlos Chagas, 259. Fanfarre; Michael Daugherty – Brooklyn Erudita. Thomaz Ferreira Martins –
Bridge; e Mussorgsky – Quadros de uma 26/10 20h00 Míriam Braga – piano.
direção artística e regente.
15/10 20h30 Ópera A solteirona exposição. Entrada franca.
Teatro do Sesi – Tel. (15) 3388-0444.
e o ladrão, de Menotti. Fábrica de Sesc – Tel. (13) 3278-9800. R$ 17. Entrada franca.
27/10 20h00 Recital de Pianistas
Óperas do Instituto de Artes da Unesp.
Correpetidores. Juliano Kerber –
Abel Rocha – direção musical e regente. 28/10 20h00 Quarteto Villani. Sesi coordenação. Entrada franca.
Marília Campos – direção cênica. An- Música – Série Erudita. Encantos do Brasil. u TATUÍ, SP
dressa Thiemi Braga e Érica Hots (Dona Janaína Gargiulo – piano, Cláudio Dias –
Jô), Carolina Janson e Karol Campanelli violino, Boaz de Oliveira – violoncelo e Conservatório de Tatuí u TAUBATÉ, SP
(Dona Úrsula), Andressa Reis e Isis Cunha Marco André dos Santos – flauta. Progra- Teatro Procópio Ferreira –
(Letícia), Vicente Sampaio e Caio Guima- ma: Escalante – Rondó a quatro; Hansen – Tel. (15) 3205-8444. 09/10 19h00 Ópera O elixir do
rães (Zé) e Pedro Falco (guarda). Luisa Painéis sonoros; Tygel – Estado de árvore; amor, de Donizetti. Coro do Ópera
Almeida – cenografia. e Villani-Côrtes – Valsa das rosas, Frevo 04/10 20h00 Grupo de Percussão. Studio do Vale – Núcleo Funac Unitau.
Teatro Minaz – Tel. (16) 3941-2722. paulista, Royati, Prelúdio e Baião. Luís Marcos Caldana – coordenação. Juliana Christmann – direção musical.
Entrada franca. Teatro do Sesi – Tel. (13) 3209-8210. R$ 12. Mere Oliveira – direção artística.
Entrada franca. Museu Histórico de Taubaté – Tel. (12)
21/10 20h30 Ópera Don Giovanni, 05/10 20h00 Recital de Canto Lírico. 3631-2928. Entrada franca.
de Mozart. Orquestra Sinfônica de Gala Lírica. Cristine Bello Guse –
Ribeirão Preto, Coral Juvenil Minaz e u SÃO CARLOS, SP coordenação. Entrada franca.
Solistas Cia Minaz. Abel Rocha – direção u TIRADENTES, MG
musical e regente. André Cruz – direção 28/10 20h00 Anna Maria Kieffer 11/10 20h00 Coro Infantil, Coro
cênica. Gisele Ganade – regente do coro. – mezzo soprano, Eduardo Janho- de Câmara e Coro Sinfônico Jovem. 07/10 19h30 Mimo Festival. Edmar
Vinicius Atique (Don Giovanni) e Marcos -Abumrad – baixo e Vanderlei Lucen- Míriam Cândido e Cibele Sabioni – Castañeda (Colômbia) – harpa. Às 21h00:
Pinafo (Masetto) – barítonos; Camilo tini – meios eletroacústicos. Série Em regentes. Entrada franca. Orquestra Sinfônica Cesgranrio. Eder
Gravação do mês
Baseado nas Essa é uma Décima de Mahler
resenhas deste muito impressionante. Os
Mahler
mês, Martin Symphony No 10 músicos tocam o tempo todo
Cullingford Seattle Symphony no mais alto nível, porém, de
Orchestra
apresenta forma crucial nessa obra, a
Thomas Dausgaard
as melhores Seattle Symphony Media visão de Dausgaard é atraente,
gravações e realizada de forma linda.
O segundo disco da série de Copland por A BIS continua sua defesa do compositor O Parker Quartet continua a explorar
Wilson nos leva a obras menos conhecidas, australiano, ex-violista da Filarmônica de Mendelssohn com uma aula magna de
mas com o rigor de convicção e entendimento Berlim, com um disco cativante de obras que colaboração conjunta, rica em ideias e unidade
absolutos que são as marcas deste regente. datam na maioria da última década. de visão. Um disco muito bom de um grupo
que impressiona.
O jovem pianista russo – membro do A continuação gradual dessa série de O compositor britânico já tem uma
programa BBC New Generation Artist, e antigo Scarlatti apresenta mais uma gravação discografia crescente; esse acréscimo do selo
vencedor do Honens Prize – demonstra notável pensada com profundidade, tão eloquente Regent está focado em sua versão substancial
domínio e originalidade nesse soberbo disco quanto divertida, e com uma execução de e imaginativa do hino mariano, profundamente
de Chopin. habilidade extraordinária. emocionante.
O barítono Florian Boesch – comunicativo Performances verdadeiramente sinceras Uma obra que já foi bastante popular,
e cativante o tempo todo – canta Lieder de do repertório russo, gravadas na acústica e hoje é raramente ouvida (menos ainda
forma excepcional, em parceria perfeita com atmosférica da vasta catedral que é sede gravada), a ópera de Goldmark recebe uma
o pianista Roger Vignoles. do coro. interpretação soberba, em mais um empolgante
lançamento da CPO.
Uma chance de ver a poderosa resposta Um retrato impressionante Ouça diversas das
da diretora Fiona Shaw à ópera de Britten – seu da primeira fase da carreira gravações da Escolha
primeiro retorno a Glyndebourne desde a estreia de um dos artistas mais do Editor online em
de 1946 –, cantada e tocada de forma excelente. extraordinários de hoje. qobuz.com
JOSÉ CARRERAS: THE LEGENDARY TENOR Dvorák ou o Concerto para clarinete de Mozart, com
José Carreras – tenor letras escritas para a ocasião. No segundo disco, ele se
Várias orquestras e maestros mostra à vontade no universo de canções espanholas e
Lançamento Warner Classics. Nacional. 3 CDs. R$ 55,00 italianas, como Granada e Musica proibita. Para terminar,
A trajetória do tenor José Carreras foi, em alguns uma seleção de trechos de óperas como Turandot, La
momentos, eclipsada pela fama de seus colegas Plácido bohème, Carmen, Manon Lescaut e I pagliacci. Basta
Domingo e Luciano Pavarotti. Essa coletânea revela ouvir a delicadeza da ária L’amour, de Romeu e Julieta,
não apenas a riqueza do timbre do espanhol, como a de Gounod, ou o ímpeto heroico de O figli o figli miei, de
diversidade de seu repertório. O primeiro disco tem Macbeth, para ter certeza de que estamos diante de uma
proposta interessante: canções que nascem da união de das vozes mais belas da segunda metade do século XX,
trechos orquestrais de obras como a Sinfonia nº 9 de muito mais do que do “terceiro dos três tenores”.
O novo livro do musicólogo Sylvio Lago refaz o percurso da violão. Na música de câmara, um olhar sobre duos, trios,
história da música brasileira por meio das formas e gêneros quartetos, quintetos, sextetos. Na parte sobre ópera,
praticados por nossos principais compositores. Após um uma divisão cronológica, do século XVIII ao século XX.
breve panorama dos autores nacionais, a obra está dividida “É admirável como Sylvio Lago conseguiu produzir um
por universos específicos – e é este o aspecto principal livro tão sistematizado, com assuntos tão diferentes,
do trabalho pioneiro de Lago. O primeiro capítulo, por realizando de forma concisa um inventário abrangente de
exemplo, dedica-se à música coral – e, dentro dele, Lago formas, termos e gêneros musicais brasileiros”, escreve na
aborda a presença de peças a cappella, hinos, magnificats, introdução o musicólogo Vasco Mariz, definindo o livro
missas, matinas, motetos, e assim por diante. Em seguida, como presença fundamental “na estante de musicófilos e
a música vocal, subdividida em canções, ciclos, lundus, musicistas”. O pesquisador também é autor de A arte da
modinhas etc. Na música orquestral, aberturas, batuques, regência e A arte do piano, lançados pela Algol Editora e
divertimentos, sinfonias, suítes. A composição pianística dedicados a investigar duas facetas fundamentais do fazer
ganha capítulo à parte, assim como as obras escritas para musical ao longo dos séculos XIX e XX.
u OUTROS EVENTOS
u SÃO PAULO XX CONCURSO NACIONAL DE VIOLÃO MUSICALIS. estéticos, contextuais e históricos. Aulas ilustradas
Dias 14 e 15 de novembro. Dividido em cinco com gravações e DVDs. Sábado, das 16h às 19h.
AMACORDAS – 1º Encontro de Música de Câmara turnos, a partir de 7 anos, sem limite de idade, e Dia 1º de outubro: Richard Strauss – Ópera Elektra
para Amadores. De 21 a 23 de abril de 2017. de música de câmara com violão. Direção artística: (apresentações de 9 a 20 de outubro; Theatro
Para instrumentistas de cordas de diversas idades, Giacomo Bartoloni. Inscrições abertas. Informa- Municipal de São Paulo). Valor: R$ 100 por aula; 50%
habilidades e formações. Participação de: Edgar Lei- ções e inscrições: Musicalis Núcleo de Música – Rua de desconto para alunos novos. Local e informações:
te, Denise Fukuda, Vana Bock, Maria Elisa Risarto Dr. Sodré, 38 – Itaim-Bibi – Tel. (11) 3845-1514 – Espaço Cultural É Realizações – Rua França Pinto, 498
e Emerson Biaggi. Direção artística: Gretchen Mil- musicalis@ig.com.br. – Vila Mariana – Tel. (11) 5572-5363 – eventos@
ler. Local: Instituto Fukuda – Rua Brás Cubas, 258 – erealizacoes.com.br – www.erealizacoes.com.br.
Aclimação – Tel. (11) 5083-4913. Informações e ins- XXVII CONCURSO DE VIOLÃO SOUZA LIMA. Dias
crições: www.amacordas.com.br. 12 e 13 de novembro. Categorias por idade; sem CURSO: Mozart – Música de câmara. Com Sidival
restrição de nacionalidade. Inscrições até 1º de Siqueira. Leitura da obra homônima de Alec Hyatt
AULA DE MESTRES. Palestras sobre música. Com novembro. Prêmios em instrumentos. Coordenação King. Evento comemorativo dos 260 anos de nasci-
Anna Maria Kieffer. Cancioneiro da Imigração – artística: Sidney Molina. Coordenação geral: Antonio mento do compositor. Até 25 de novembro, sextas-
Música em comunidades de imigrantes na cidade Mario da Silva Cunha. Informações: tel. (11) 3884- -feiras, das 10h às 12h. Em outubro: Dia 7: Obras
de São Paulo. Quintas-feiras, às 19h30. Dia 20 de 9149. Inscrições: www.souzalima.com.br. para cordas e um instrumento de sopro; Quartetos
outubro: alemães, armênios, poloneses. Dia 24 de
Haydn (I). Dia 14: Arranjos para obras de Bach; Duos
novembro: russos, espanhóis e nordestinos. Parti- Coral Musicalis. Com o maestro Júlio Maluf.
para violino e viola; Quartetos Haydn (II). Dia 21:
cipação gratuita. Local, informações e inscrições: Ensaios terças-feiras. Local e informações: Musicalis
Quinteto para piano e sopros; Quartetos para piano
Fundação Ema Klabin – Rua Portugal, 43 – Jardim Núcleo de Música – Rua Dr. Sodré, 38 – Itaim-Bibi –
e cordas; Trio para piano, clarinete e viola; Duetos
Europa – Tel. (11) 3062-5245. Tel. (11) 3845-1514 – musicalis@ig.com.br.
para trompas; Quarteto para flauta e cordas K 298;
XI BIMESP – Bienal Internacional de Música CPF SESC – CENTRO DE PESQUISA E FORMAÇÃO. Trios para piano e cordas. Local: Biblioteca Municipal
Eletroacústica de São Paulo. De 5 a 16 de outu- Lançamento de livro: Práticas sociais e processos Oliria de Campos Barros – Av. Sete de Setembro, 470
bro. Concertos: veja no Roteiro Musical. Conferên- educativos em música. De Ilza Zenker e Natália – Centro – Diadema. Inscrições gratuitas: tel. (11)
cias: dia 6 de outubro às 17h: Ake Parmerud: Hyper Búrigo Severino. Quinta-feira 20 de outubro, das 4055-9205.
space – ferramenta em Max para a espacialização 19h30 às 21h30. Entrada franca. Cursos: 1) Diás-
em 3D. Dia 11 de outubro às 17h: Thomas Gorbach: poras musicais centro-africanas e a formação de CURSO: Nova viagem pelos países da ópera. Com
Interpretação com o Akusmoninium de Viena; Eliza- musicalidades do Atlântico. Com Rafael Galante. Sergio Casoy. Exibição de óperas completas em
beth Schimana: Som como partitura. Dia 13 de ou- Quintas e sextas-feiras 6, 7, 13, 14, 20, 27 e 28 de DVD, com comentários. Sextas-feiras das 14h às
tubro às 17h: Horacio Vaggione: Minha linguagem outubro, das 14h às 17h. R$ 80. 2) Curso de consci- 16h30. Até 25 de novembro. Valor: R$ 110 (aula
musical. Dia 14 de outubro às 17: Francesco Giomi: ência corporal para músicos. Com Eleni Vosniadou. avulsa). Local: MuBE – Rua Alemanha, 221 – Jardim
Tempo Reale: de Berio a nossos dias. Mesa redon- Sábados 22 e 29 de outubro e 5 e 12 de novembro, Europa. Inscrições: tel. (11) 3887-1243 e 99973-
da: dia 10 de outubro às 17h: Atualidade e futuro da das 10h30 às 13h. R$ 50. 3) Genealogia da música 4079 – www.litaprojetosculturais.com.br.
música eletroacústica, com Horacio Vaggione, Ake eletrônica. Com Jovem Palerosi. Quinta e sexta-
-feira 13 e 14 de outubro, das 14h às 17h. R$ 30. CURSOS CLÁSSICOS. Cursos de música e ópera na
Parmerud, Elizabeth Schimana, Thomas Gorbach
4) Mulheres na música: uma história sob o ponto Sala São Paulo. 1) Introdução à história da música.
e Flo Menezes. Local: Instituto de Artes da Unesp –
de vista do gênero. Com Camila Frésca. Quintas- Por Leonardo Martinelli. Sábados, dias 1, 8, 15 e 22
Teatro Reynúncio Lima – Rua Dr. Bento Teobaldo Ferraz,
-feiras 27 de outubro e 3, 10, 17 e 24 de novem- de outubro, das 15h às 17h. 2) Música, da criação
271 – Barra Funda – Tel. (11) 3393-8611. Realização:
bro, das 17h às 19h30. R$ 60. Palestra: Mario de à percepção. Por João Maurício Galindo. Quintas-
Studio PANaroma de Música Eletroacústica da Unesp.
Andrade: os sons do ensaio. Com Sérgio Lisboa. -feiras, dias 6, 13, 20 e 27 de outubro, das 18h30 às
Direção artística e curadoria: Flo Menezes. Realiza-
Segunda-feira 17 de outubro, das 19h às 21h30. 20h30. 3) Música e imagens: poemas sinfônicos.
ção técnica: PUTS: PANaroma/Unesp - Teatro Sonoro.
R$ 15. Local: CPF Sesc – Centro de Pesquisa e Forma- Por Yara Caznok. Sábados, dias 8, 15, 22 e 29 de
Informações: studio_panaroma@ia.unesp.br.
ção – Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – Bela Vista – Tel. outubro, das 11h às 13h. 4) Os grandes mitos na
XXV CONCURSO DE PIANO SOUZA LIMA. De 2 a 4 de (11) 3254-5600. Informações e inscrições: www. música. Por Irineu Franco Perpetuo. Segundas-
dezembro. Categorias por idade; sem restrição de sesc.org.br/cpf ou nas unidades do Sesc. -feiras, dias 10, 17 e 24 de outubro, das 14h às 17h.
nacionalidade. Inscrições até 25 de novembro. Coor- Preço por curso: R$ 420; R$ 399 para inscrições até
denação artística: Marisa Lacorte. Coordenação geral: CURSO DE DEGUSTAÇÃO MUSICAL. Com Sergio Mo- 10 dias antes do início; R$ 378 para assinantes da
Antonio Mario da Silva Cunha. Informações: tel. (11) lina. São apresentados os compositores e/ou intér- Revista CONCERTO e da Temporada 2016 da Osesp.
3884-9149. Inscrições: www.souzalima.com.br. pretes e suas respectivas obras, abordando aspectos Local: Loja CLÁSSICOS Sala São Paulo – Telefone (11)
divulgação
Trombonista e maestro, Wagner Polistchuk celebra
com concerto seus trinta anos no grupo
AGENDA
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo / Wagner Polistchuk e Marin Alsop – regentes
Dias 13, 14 e 15 de outubro, Sala São Paulo