Sie sind auf Seite 1von 14

O SUJEITO DE INTERESSE DA À luz de Geraldi (2010;

LINGUÍSTICA APLICADA 2010a); Miotello (2011)

1
Somos sempre inconclusos, de uma incompletude fundante
e não causal; no processo de nos compreendermos a nos
próprios apelamos para um conjunto aberto de
categorias, diferentemente articuladas no processo de
viver.
1. O sujeito responsável:
a) aquele que assina o ato, que deve responder por ele;
b) a face necessariamente real do evento é determinada
pelo próprio sujeito de seu lugar único: não álibi no Ser
(no ser: o sujeito não preexiste a seu próprio
acontecimento, a sua própria eventicidade. É o evento
que conta.) A racionalidade é apenas um momento da
responsabilidade.
2
2. O sujeito consciente:
a) a consciência se constitui na relação
com a alteridade, por meio do signo e
em uma perspectiva ideológica;
b) não é o ponto de partida, mas
pontos de estadas momentâneos,
incessante e ativamente instabilizados
pelo ato responsável.

3
3. O sujeito respondente:
a) a ‘respondibilidade’ orienta-se para o
passado e para o futuro, mas situa-se no
presente;
b) diferenças entre ‘silenciar’ e ‘calar’
(PONZIO, 2007).

4
4. O sujeito incompleto, inconcluso e insolúvel:
a) excedente de visão;
b) exotopia; Incompletude
fundante.
c) acabamento.

“[...] para viver preciso ser inacabado, aberto


para mim – ao menos em todos os momentos
essenciais – preciso ainda me antepor
axiologicamente a mim mesmo, não coincidir com
a minha existência presente.” (BAKHTIN, 2003
[1979])
5
5. O sujeito datado:
a) irreversibilidade X atemporalidade;
b) a humanidade se desenrola ao longo do
grande tempo;
c) indissociabilidade entre tempo e espaço
(metáfora da estrada da vida);
d) memória de futuro: o que define a
seleção dos atos é o que está por ser
lançado;

6
e) entrelaçamento entre passado, presente
e futuro – realizam-se em espaços
historicizados pelo tempo.

“Ser datado e situado limita as condições


de nossa constituição em sujeitos, mas, por
participarmos da construção do grande
tempo da humanidade, deixamos hoje
rastros do passado no que será futuro.”
(GERALDI, 2010)

7
SUBJETIVIDADE E ÉTICA
.Universalidade X singularidade.
.O ato de pensar atende a uma
necessidade ética.
.O lugar onde cada sujeito singular está é
único, irreproduzível, irrepetível, de onde
apenas esse sujeito singular vê o mundo, os
outros; neste lugar ele pensa.

8
.Desse lugar onde o sujeito singular está
ninguém pode fazer isso por ele.
.Só o sujeito singular pode pensar aquilo
que ele pensa. Ninguém mais.
.O lugar do sujeito singular não pode ser
ocupado por ninguém mais, por isso o
sujeito singular precisa pensar, porque, se
ele não o fizer, ninguém o fará NO LUGAR
dele.

9
.Somente o ato de pensar pode ser
ético porque é nele que o sujeito é
convocado. Nenhum outro ato instaura
a ética.
.Ato X ação; singularidade X
universalidade; eventicidade X
replicação.
.O sujeito singular é convocado pelo
outro a pensar, o que é indispensável
na relação entre subjetividade e
alteridade.
10
.E nessa relação com a alteridade o sujeito
tem de ser eticamente: só o ato de pensar
pode ser ético, pode exercer essa
obrigação, esse ato responsável.
.Ato de pensar é um ato responsável: o
sujeito singular deve responder por ele.
.O sujeito singular que pensa um
pensamento assume que pensa assim em
face a um outro.
.Respondibilidade e responsabilidade são
duas faces de uma mesma moeda.

11
.O ato de pensar é um gesto ético no
qual eu me revelo por inteiro. Não dá
para me esconder aos pedaços, é um
‘arriscamento’.
.O sujeito singular não tem álibi para
não pensar, para não responder, não
tem como se esconder; responsabiliza-
se inteiramente pelo seu pensamento.
.Viver é responder – e pensar é
responder; logo, há uma ‘necessitação’
de se arriscar.
12
.O universal: a coisa em si existe como objeto
[de mundo/de discurso]; a coisa existe para o
sujeito singular como sujeito [eticamente
cognoscente]: o sujeito põe no objeto o seu
olhar, o seu ponto de vista, a sua assinatura.
.O objeto que o sujeito singulariza como
humanizado, humaniza e humaniza os outros.
“Então, à medida que me relaciono com
esse universal individualizado, ele começa a
existir para mim; estou garantindo a ele a
existência, que é mais importante para mim
que a essência.” (MIOTELLO, 2011)

13
.As coisas começam a existir para o sujeito
singular porque esse sujeito atribui o seu ponto
de vista a elas.
.O sujeito singular, porém, não pensa sozinho, o
faz socialmente; logo, o pensamento é social: o
que é intrassubjetivo é social porque tem origem
na intersubjetividade.
.O outro: diferença indiferente X diferença não
indiferente.
.É na relação com a alteridade que emerge a
ética: o contrário é o obsoluto, o divino, a
exacerbação do individual.
14

Das könnte Ihnen auch gefallen