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INSS

Direito Previdenciário
Salário de Contribuição

Livro Eletrônico
CASSIUS GARCIA

Bacharel em Direito pela Universidade Federal


de Pelotas – UFPel. Professor de Direito Previ-
denciário para concursos desde 2013. Auditor-
-Fiscal da Receita Federal do Brasil.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Salário de Contribuição
Prof. Cassius Garcia

SUMÁRIO
1. Salário de Contribuição.............................................................................5
1.1. Introdução...........................................................................................5
1.2. Conceito..............................................................................................6
2. Parcelas Integrantes e Não Integrantes..................................................... 19
2.1. Introdução......................................................................................... 19
2.2. Parcelas Integrantes do Salário de Contribuição...................................... 21
2.3 Parcelas Não Integrantes do Salário de Contribuição................................. 41
3. Limites Mínimo e Máximo, Proporcionalidade e Reajustamento..................... 76
Resumo.................................................................................................... 83
Questões Comentadas em Aula................................................................... 88
Questões de Concurso.............................................................................. 100
Gabarito................................................................................................. 114

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Salário de Contribuição
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Olá, aluno(a)!

Bom dia/boa tarde/boa noite/boa madrugada!

E então, como vão os estudos? Está conseguindo absorver a imensa quantidade

de informações? Estude com muita calma, revise, revise novamente, resolva todos

os exercícios, leia os COMENTÁRIOS... Este material foi pensado para evitar que

você precise recorrer a outros livros – faço uma única ressalva: A LEITURA DA

LEI SECA É INDISPENSÁVEL – mas não existe mágica... Estude, estude e estude,

ok?

E não se esqueça do principal: o professor aqui está sempre à disposição,

para tirar TODAS as dúvidas que surgirem. Pergunte sempre TUDO o que quiser,

por mais simples que possa parecer. Na preparação para concursos, não existe

dúvida boba. Qualquer pergunta é importante.

Nesta aula, trataremos do seguinte:


TÓPICO
1. Salário de Contribuição – Introdução
2. Salário de Contribuição – Conceito
3. Parcelas Integrantes e Não Integrantes
3.1. Introdução
3.2. Parcelas Integrantes do SC
3.3. Parcelas Não Integrantes do SC
4. Limites Mínimo e Máximo, Proporcionalidade Reajustamento
5. Resumo da Aula
6. Questões Comentadas em Aula
7. Questões Propostas
8. Gabarito

Agora chega de papo e vamos ao trabalho. Temos tempo de sobra, mas a

matéria não tem fim.

Um grande abraço. Bons estudos.

Que Deus permaneça conosco!

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Salário de Contribuição
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1. Salário de Contribuição

1.1. Introdução

Você sabia que aquele “maldito” desconto que aparece em nosso contracheque,

sob o título INSS ou Contribuição Previdenciária não é a única contribuição desti-

nada ao INSS?

Pô, professor! Tá de brincadeira? Claro que sei... já conheço de cor o art. 195

da Constituição, que diz que toda a sociedade financia a seguridade! Aí entram o

trabalhador, a empresa, o empregador, o importador...

Caramba! Que orgulho desse meu (minha) aluno(aluna)...

E não é só isso, prof... eu também sei que uma parte dessas contribuições (es-

pecificamente as do art. 195, inciso I, alínea ‘a’ e as do inciso II) só podem ser

destinadas à Previdência, por força do art. 167, X, também da Constituição.

PARABÉNS, prezado(a)... você já tem, com isso, as sólidas bases que nos per-

mitem ingressar agora no estudo do Salário de Contribuição, ou simplesmente SC.

Já sabemos, portanto, que em uma empresa há ao menos duas contribuições

diferentes. A da própria empresa, incidente sobre a folha de salários e demais ren-

dimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que

lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício (CF, art. 195, I, ‘a’) e a do

trabalhador (art. 195, II). A primeira, a Constituição já nos informa, incide sobre

a remuneração do trabalhador (folha de salários e demais rendimentos); mas a

Constituição não diz qual a base de cálculo da contribuição dos segurados. Se a

Constituição não diz, deixa essa tarefa para a Lei.

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Salário de Contribuição
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E a Lei então criou esse conceito, exclusivo do Direito Previdenciário, chamado

salário de contribuição. Concluímos, então, que salário de contribuição (SC) é o

nome dado à base de cálculo da contribuição previdenciária dos segurados.

“É o salário do segurado, professor?”

NÃO!! O salário é um dos componentes do SC. Há outras parcelas remuneratórias

que integram o SC; também há itens da remuneração que não podem ser conside-

rados SC.

E como saber diferenciá-las? Simples: é só prosseguir a leitura... o professor aqui

vai deixar tudo beeeeeeeeeeeeeem explicadinho para você.

Cuidado, no entanto, com o seguinte: a contribuição dos segurados não é a

única apurada com base no SC. O empregador doméstico também contribui com

8,8% sobre o SC do doméstico a seu serviço.

Merece destaque ainda o fato de que o segurado especial e o produtor rural

pessoa física também fogem à regra, pois a base de cálculo de sua contribuição não

é o SC, mas a receita bruta da comercialização de sua produção rural (LOCSS, art. 25).

1.2. Conceito

Acabamos de ver um conceito genérico de SC. No entanto, a legislação previ-

denciária – se você descobrir por que o legislador gosta tanto de complicar a vida

dos concurseiros, por favor, me explique – não podia ser tão simples. Há regras

distintas para as diferentes classes de segurado. Encontramos todas no art. 28 da

LOCSS ou no art. 214 do RPS.

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Então temos, na prática, pelo menos 4 (isso mesmo... QUATRO) conceitos

diferentes de salário de contribuição... Ou 6, se considerarmos as regras do RPS

relativas ao SC do dirigente sindical. É ou não é para enlouquecer os concursei-

ros(as)? Então, prezado(a), deixemos que os despreparados(as) enlouqueçam!

Você dominará todo o conteúdo, rapidinho.

Entende-se por SC:

• conceito 1 – para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida

em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos

pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a

retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os

ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes

de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo

tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da

lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou

sentença normativa;

1. (FCC/TRT 6ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2013) Exclusivamente para os casos

do segurado empregado e do segurado trabalhador avulso, o salário de contribui-

ção é a remuneração auferida em:

a) uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos,

devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir ape-

nas o trabalho sem vínculo empregatício, qual- quer que seja a sua forma, inclusi-

ve as gorjetas, os ganhos eventuais sob a forma de utilidades e os adiantamentos

decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer

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pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei

ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença

normativa.

b) uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos ou

creditados a qualquer título, durante a quinzena, destinados a retribuir o trabalho,

qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos eventuais sob a

forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos

serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou

tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou

acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.

c) uma empresa, assim entendida a totalidade dos rendimentos devidos ou credita-

dos a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir apenas o trabalho com

vínculo empregatício, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de

utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços

efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador

de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo

coletivo de trabalho ou sentença normativa.

d) uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos,

devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o tra-

balho e o capital investido, quaisquer que sejam as suas formas, inclusive as gorje-

tas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes

de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à

disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato

ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.

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e) uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos,


devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o
trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais
sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer
pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do emprega-
dor ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de conven-
ção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.

Letra e.
Essa questão GIGANTESCA não exigirá nem a análise de cada assertiva. Basta que
lembremos da disposição do art. 28, inciso I, da LOCSS:

Art. 28. Entende-se por salário de contribuição:


I – para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais
empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou credita-
dos a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que
seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades
e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente
prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos
termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou
sentença normativa;

Agora, meu(minha) caro(a), veja qual das assertivas corresponde à previsão legal.
Pode conferir, eu fico aqui, esperando.
Pronto? Já achou a resposta? Fácil, não? E estamos falando de um concurso para
Juiz do Trabalho. TODO CONCURSO tem questões fáceis, médias e difíceis... O
que diferencia um certame do outro é a quantidade de questões de cada nível.
Certamente concursos para cargos de nível médio têm mais questões fáceis; em
concursos ‘top’, como esse para Juiz do Trabalho, abundam as questões difíceis – e
algumas quase impossíveis. Mas garimpando bem encontramos algumas um tanto
simplórias, como essa.

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• conceito 2 – para o empregado doméstico: a remuneração registrada na CTPS;

• conceito 3 – para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma

ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, du-

rante o mês;

• conceito 4 – para o segurado facultativo: o valor por ele declarado;

• conceito 5 – para o dirigente sindical que for segurado empregado: a remu-

neração paga, devida ou creditada pela entidade sindical, pela empresa ou

por ambas;

• conceito 6 e, felizmente, último – para o dirigente sindical que for segurado

trabalhador avulso: a remuneração paga, devida ou creditada pela entidade

sindical.

2. (ESAF/RFB/AUDITOR-FISCAL/2012) Sobre o conceito de salário de contribuição,

analise os itens a seguir, classificando-os como corretos ou incorretos, para, a se-

guir, assinalar a assertiva que corresponda à sua opção.

I – Para os segurados empregado e trabalhador avulso, a remuneração auferida

em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos

que lhe são pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês,

destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as

gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos

decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados,

quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos

termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou de acordo coletivo de

trabalho ou de sentença normativa, observados os limites mínimo e máximo.

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II – Para o segurado empregado doméstico, a remuneração registrada em sua

CTPS ou comprovada mediante recibos de pagamento, observados os limites

mínimo e máximo.

III – Para o segurado contribuinte individual, independentemente da data de filia-

ção ao RGPS, considerando os fatos geradores ocorridos desde 1º de abril de

2003, a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício

de sua atividade por conta própria, durante o mês, observados os limites mí-

nimo e máximo do salário de contribuição.

IV – Para o segurado especial que usar da faculdade de contribuir individualmen-

te, o valor por ele declarado.

Estão corretos apenas os itens:

a) I, III e IV.

b) III e IV.

c) II, III e IV.

d) II e IV.

e) Todos os itens estão corretos.

Letra e.

Questão compriiiiiiiiiiiiiida, que exige apenas a memorização legislativa e a comple-

xa atividade denominada cara-crachá.

I – Correta. A proposição é cópia quase literal do art. 28, I, da LOCSS:

Art. 28. Entende-se por salário de contribuição:


I – para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais
empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou credita-
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e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente


prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos
termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou
sentença normativa;

E eis que com essa simples constatação já estamos ENTRE DUAS alternativas... “a”

e “e”.

II – Correta. É QUASE isso que prevê a LOCSS, no art. 28, II:

Art. 28. Entende-se por salário de contribuição: [...]


II – para o empregado doméstico: a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e
Previdência Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para
comprovação do vínculo empregatício e do valor da remuneração;

A menção aos comprovantes de pagamento foi extraída de uma Instrução Norma-

tiva, que normalmente não é cobrada nos concursos. Para comprovar, lá vai. IN n.

971/2009, da Receita Federal do Brasil:

Art. 55. Entende-se por salário de contribuição: [...]


II – para o segurado empregado doméstico a remuneração registrada em sua CTPS ou
comprovada mediante recibos de pagamento, observado o disposto no inciso II do § 1º
e nos §§ 2º e 3º do art. 54;

Na verdade, a viabilidade da aceitação dos recibos decorre de simples lógica. Nem

todos os empregadores adotam o cuidado de registrar na CTPS as alterações sa-

lariais dos empregados. Se só fosse válido o valor registrado na CTPS, alguns

domésticos seriam extremamente prejudicados no momento do cálculo de seus

benefícios, porque seus SC passariam ANOS congelados no mesmo valor.

Pronto. Já temos o gabarito, apenas UMA das alternativas abrange a possibilidade

de estarem corretas as proposições I e II. Logo, deduzimos que as demais asserti-

vas também estão corretas. Mas não se preocupem, apresentarei a você os funda-

mentos para isso.

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III – Correta. Mais uma vez a banca se vale de um trecho da Instrução Normativa.

Mais uma vez, isso é irrelevante para a questão. Em momento algum o que está aí

afirmado contraria a disposição do art. 28, III da LOCSS:

Art. 28. Entende-se por salário de contribuição: [...]


III – para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais empresas
ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite
máximo a que se refere o § 5º;

Mas se você gosta de tudo beeeeeeeeem detalhadinho, vamos à IN n. 971:

Art. 55. Entende-se por salário de contribuição: [...]


III – para o segurado contribuinte individual: [...]
d) independentemente da data de filiação, considerando os fatos geradores ocorridos
desde 1º de abril de 2003, a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo
exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observados os limites mí-
nimo e máximo do salário de contribuição;

Não vou me ater, neste momento, a registrar a evolução histórica das contribuições

do CI, porque isso não é relevante para nossa prova. Se você não conseguir resistir

à curiosidade, me pergunte, OK? Ou então acesse a IN n. 971 e leia as alíneas a,

b, c do inciso III do art. 55.

IV – Correta. A legislação previdenciária dá ao segurado especial a opção de

contribuir como se CI ou facultativo fosse. Assim, além da contribuição sobre a

receita bruta da comercialização de sua produção, deveria recolher a contribuição

previdenciária mensal.

Mas qual seria o SC usado como base para a contribuição? Por uma questão de ló-

gica, é inviável enquadrá-lo na regra de apuração de SC do Contribuinte Individual,

pois não há, efetivamente, ‘remuneração’ por serviços prestados. Mais razoável é

equipará-lo ao FACULTATIVO. Ele declara o quanto ganha e recolhe contribuição

com base nesse valor.

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Essa ideia, bastante razoável, é a aplicada no âmbito administrativo, como se ex-

trai da Instrução Normativa 971. Mais uma vez a banca usou uma IN na prova,

complicando nossa vida. E dessa vez, reconheço, o simples raciocínio lógico – que

nos ajudou na solução das assertivas II e III – não é suficiente. Mas por saber que

estavam corretas as 3 primeiras, só nos restava julgar correta também essa.

Veja a redação do art. 55, V, da IN 971:

Art. 55. Entende-se por salário de contribuição: [...]


V – para o segurado especial que optar por contribuir na forma do § 10 do art. 10, o
valor por ele declarado, observado o disposto nos §§ 8º e 9º.

Tudo entendido, meu(minha) amigo(a)? Se alguma dúvida restou, pergunte.

Professor... quase todos os conceitos falam em remuneração... devo entender

que a contribuição das empresas e dos trabalhadores incide sobre a mesma base

de cálculo?

NÃO, meu(minha) caro(a). Embora eu não possa negar que haja alguma se-

melhança entre remuneração e SC, não há como dizer que são a mesma coisa. A

principal diferença entre eles está na existência de limites mínimo e máximo, que

o SC tem, mas a remuneração, não.

3. (FCC/TRT 1ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2012) Entende-se por salário de con-

tribuição,

a) para contribuinte individual e segurado facultativo, o valor livremente declarado

no mês, observados os limites mínimo e máximo.

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b) para o empregado doméstico, a remuneração formalmente registrada na CTPS,

não incidindo contribuições sobre valores diretamente pagos em dinheiro, desde

que clara e inequivocamente assim tenha sido ajustado.

c) para empregado e autônomo, o salário auferido em uma ou mais empresas, a

qualquer título e valor, durante o mês, quer pelos serviços efetivamente prestados,

quer pelo tempo à disposição da empresa tomadora.

d) para empregado e avulso, a remuneração auferida em uma ou mais empresas,

a qualquer título, durante o mês, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer

pelo tempo à disposição da empresa.

e) para empregado e avulso, a remuneração auferida em uma ou mais empresas, a

qualquer título e valor, durante o mês, exclusivamente pelos serviços efetivamente

prestados.

Letra d.

a) Errada. De fato, para o segurado facultativo, o SC é o valor por ele declarado,

observando-se sempre os limites mínimo e máximo. Embora não haja, no conceito

específico do SC do facultativo (LOCSS, art. 28, IV) a menção ao limite mínimo,

sabemos que ele existe, por força do §3º do mesmo artigo 28. E se a legislação

impõe um limite mínimo (o salário mínimo nacional ou o piso salarial da categoria)

é ÓBVIO que ele deve ser observado pelos segurados.

O erro está, então, no CI. O Contribuinte Individual não pode (não deveria, ao me-

nos... sabe-se que, na prática, MUITOS contribuintes individuais declaram receber

bem menos que a realidade) declarar como SC o valor que bem entender. Seu SC

corresponde à remuneração auferida em uma ou mais empresas para as quais

preste serviços, e a decorrente de sua atividade por conta própria, respeitados

sempre os limites mínimo e máximo.

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b) Errada. O SC do doméstico é, conforme a previsão legal (art. 28, II da LOCSS),

a remuneração registrada em sua CTPS. Não interessa de que forma se dá o pa-

gamento. Se a remuneração decorre da prestação de serviço, incide contribuição

previdenciária. Se incide contribuição previdenciária, é salário de contribuição. A

criatividade do examinador nos surpreende às vezes.

c) Errada. Acho que essa é a assertiva com mais erros. Vamos ver...

1º erro – quem recebe salário é só o empregado, não o autônomo (que hoje faz

parte do grupo que conhecemos por CI). Colocá-los na mesma regra é inviável;

2º erro – o salário de contribuição não abrange – você PRECISA SE LEMBRAR disso

– apenas o “salário”, mas a remuneração, que é um conceito bem mais abrangente;

3º erro – ainda que consideremos tratar-se de remuneração, e não de salário, não

será aquela auferida a qualquer título e valor que integrará o SC. O SC tem limites

mínimo e máximo, lembra??

d) Correta. Assertiva extraída do art. 28, I, da LOCSS:

Art. 28. Entende-se por salário de contribuição:


I – para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou
mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou cre-
ditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer
que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilida-
des e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetiva-
mente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de
serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de
trabalho ou sentença normativa;

Grifei os trechos que compõem a assertiva. Alguma dúvida? Pergunte!

e) Errada. Basta a leitura do inciso I do at. 28, acima transcrito, para encontrar os

erros da assertiva.

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Não se esqueça de que o segurado especial e o produtor rural pessoa física,

como já adiantei, não contribuem, como regra geral, com base no SC. Sua con-

tribuição é sobre a receita bruta de sua produção rural (LOCSS, art. 25).

Masssssssssss o § 1º do mesmo art. 25 permite ao segurado especial contribuir

também (ou seja, não se trata de substituição da contribuição sobre a receita bruta,

mas de pagamento adicional) individualmente, como se fosse facultativo ou CI.

A contribuição sobre a receita bruta dá ao segurado especial direito apenas a

determinados benefícios, todos de valor mínimo. O recolhimento extra pode lhe

assegurar o direito a qualquer benefício do Regime Geral, em valor – dependendo,

logicamente, dos recolhimentos efetuados – superior ao mínimo. Nessa hipótese

a base de cálculo também é o SC, que corresponderá ao valor declarado pelo

segurado.

4. (ESAF/RFB/AUDITOR-FISCAL/2012) Assinale a opção incorreta.

a) A base de cálculo da contribuição social devida pela empresa é a soma da remu-

neração paga, devida ou creditada aos segurados e às demais pessoas físicas a seu

serviço, mesmo sem vínculo empregatício.

b) O salário de contribuição dos empregados domésticos é a base de cálculo da

contribuição social por eles devida.

c) No caso dos segurados especiais, sua contribuição social incide sobre a receita

bruta proveniente da comercialização da produção rural.

d) Os trabalhadores, de forma geral, contribuem com alíquota incidente sobre seu

salário de contribuição.

e) No caso do produtor rural registrado sob a forma de pessoa jurídica, sua contri-

buição social recairá sobre o total de sua receita líquida.

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Letra e.

Nessa questão, além de assertivas tratando do SC, temos algumas que vão exigir

que relembremos conceitos da aula anterior. Está pronto(a) para isso?

a) Correta. Veja a disposição do art. 195 do RPS:

Art. 195. No âmbito federal, o orçamento da seguridade social é composto de receitas


provenientes:
I – da União;
II – das contribuições sociais; e
III – de outras fontes.
Parágrafo único. Constituem contribuições sociais:
I – as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga, devida ou creditada
aos segurados e demais pessoas físicas a seu serviço, mesmo sem vínculo em-
pregatício;

Preciso dizer mais alguma coisa?

b) Correta. Ainda com base no art. 195 do RPS:

Art. 195. [...] Parágrafo único. Constituem contribuições sociais: [...]


III – as dos trabalhadores, incidentes sobre seu salário de contribuição;

Mais claro, impossível.

c) Correta. Vamos correr uns artigos para baixo no RPS e chegar ao 200:

Art. 200. A contribuição do empregador rural pessoa física, em substituição à contri-


buição de que tratam o inciso I do art. 201 e o art.202, e a do segurado especial,
incidente sobre a receita bruta da comercialização da produção rural, é de: [...]

d) Correta. Meu comentário à letra ‘b’ é suficiente para responder a essa.

e) Errada. Até que enfim o gabarito! A contribuição do produtor rural pessoa jurí-

dica, a exemplo do que já ocorre com o produtor rural pessoa física e com o segu-

rado especial, incide sobre a receita bruta da comercialização:

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Art. 201-A. A contribuição devida pela agroindústria, definida como sendo o produtor


rural pessoa jurídica cuja atividade econômica seja a industrialização de produção
própria ou de produção própria e adquirida de terceiros, incidente sobre o valor da re-
ceita bruta proveniente da comercialização da produção, em substituição às previstas
no inciso I do art. 201 e art. 202, é de: [...]

2. Parcelas Integrantes e Não Integrantes

2.1. Introdução

Por parcelas integrantes devemos entender as verbas que integram o SC, ou

seja, aqueles valores sobre os quais deverá incidir a alíquota de contribuição previ-

denciária. E parcelas não integrantes são – adivinhe?? – verbas sobre as quais não

incide contribuição previdenciária.

Como regra geral integram o SC as parcelas de natureza remuneratória, assim

entendidos os pagamentos destinados a retribuir o trabalho.

A partir daí concluímos, logicamente, que as verbas que não se destinam a re-

munerar o trabalho não integram o SC, certo?

MAIS OU MENOS! Essa é, sem dúvida, a regra geral – verbas indenizatórias

ou de ressarcimento não integram o SC – mas há algumas exceções, expressamen-

te previstas na legislação e/ou reconhecidas nos Tribunais. Trataremos de todas

logo mais.

Como ficar imune a erros em questões sobre esse tema? Só com decoreba da

lei? NÃO, meu(minha) caro(a)... Aqui é mais importante a compreensão e raciocí-

nio do que a memorização propriamente dita. Se você conseguir caracterizar com

segurança uma verba como remuneratória ou não remuneratória, não há como er-

rar. Bastará decorar – aí sim, não há alternativa – as exceções a essa regra geral.

Mas não se assuste, são poucas.

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Embora seja um ramo jurídico autônomo, o Direito Previdenciário empresta al-

guns conceitos da seara trabalhista. Vamos, então, à CLT descobrir o que é remu-

neração?

Art. 457 – Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos


legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contrapres-
tação do serviço, as gorjetas que receber. [...]

Então tá, professor... salário e gorjetas? Só isso? Facinho!!

Muita calma nessa hora, aluno(a)! Não faz muito (é só subir umas linhas nesse

texto para ver) que eu apresentei a você o conceito de SC para o empregado e o

trabalhador avulso. Lembra?? Naquele conceito – que eu tirei do art. 28, I, da

LOCSS – havia referência à remuneração... e o que dizia ali? Que remuneração

deveria ser entendida como

a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante


o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as
gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorren-
tes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à
disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou,
ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.

Façamos agora um exercício de raciocínio lógico:

Remuneração = salário + gorjetas

Então, se tirarmos do art. 28, I da LOCSS as gorjetas, o que sobrar é salário,

certo? Assim sendo:

Salário = rendimentos destinados a retribuir o trabalho + utilidades +

adiantamentos

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O que seriam utilidades integrantes da remuneração? Vamos novamente à CLT:

Art. 458 – Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos


os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in
natura” que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habi-
tualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas
alcoólicas ou drogas nocivas.

Um último alerta IMPORTANTE, antes de prosseguirmos. Embora haja relevante

diferença entre remuneração e SC (tratamos disso há pouco, espero que não tenha

esquecido), as regras de classificação das verbas em integrantes e não inte-

grantes do SC também valem para a formação da base de cálculo da con-

tribuição da empresa.

Em suma, a remuneração considerada como base de cálculo da contribuição da

empresa não é, de forma abrangente, todo e qualquer valor pago ao trabalhador...

As mesmas verbas que não são passíveis de incidência da contribuição do

trabalhador também não serão objeto de contribuição da empresa.

Simplificando ao extremo, para facilitar a compreensão: a remuneração sobre a

qual incide a contribuição da empresa seria um “SC sem limite”. Simples assim.

2.2. Parcelas Integrantes do Salário de Contribuição

A única maneira de concluir quais são as parcelas integrantes do SC é por elimi-

nação... por estranho que possa parecer, é isso mesmo.

Excetuados o salário-maternidade e o 13º salário, que têm expressa previsão

legal de incidência de contribuição, a LOCSS (art. 28, § 9º) e o RPS (art. 214, §

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9º) arrolam as parcelas não integrantes do SC. O que não estiver nesses dispo-

sitivos, portanto, integra o SC, salvo se houver alguma decisão judicial – existem

algumas, das quais trataremos no momento oportuno – que afaste a incidência de

contribuição no caso.

Listarei agora, com pequenos COMENTÁRIO: (pois concurseiro(a) não tem tem-

po a perder) aquelas que consideramos as principais parcelas integrantes do SC,

além de outras que, embora não tão relevantes assim, foram cobradas em provas

de concurso em razão da crueldade dos examinadores.

Não tenho, de forma nenhuma, a intenção de esgotar o assunto; certamente

não citarei todas as parcelas integrantes, pois, como já disse, todos os valores

pagos aos trabalhadores e não expressamente excluídos pelos dispositivos legais

citados terão incidência de contribuição, então imaginem o tamanho da lista.

Mas com certeza darei a você todos os subsídios para acertarem qualquer

questão desse tema. Vamos lá?

2.2.1 Salário

Dispensa COMENTÁRIO:. Já tratei do salário anteriormente, na introdução ao

tópico em estudo. Salário é o valor pago pelo trabalho, ou seja, em contrapartida

ao serviço prestado. Não se deve confundir com o valor pago para o trabalho (di-

árias e ajudas de custo, destinadas a possibilitar a execução das tarefas) que, por

sua vez, não integra o SC (veremos logo mais).

Apenas não posso deixá-lo(a) esquecer que o pagamento em utilidades (ali-

mentação, habitação, vestuário) também é considerado salário, ok?

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2.2.2 13º Salário

Depois do mais óbvio, que era o salário, nos jogamos direto em um caso que

já foi objeto de polêmica. 13º salário pode ser considerado destinado a retribuir o

trabalho? Se sim, de que mês? Trezembro?

Justamente em razão da dificuldade de enquadrar o 13º nesse conceito geral

de remuneração o legislador previdenciário, cauteloso, previu expressamente a

incidência de contribuição sobre essa verba. Vejam a LOCSS:

Art. 28. [...] § 7º O décimo-terceiro salário (gratificação natalina) integra o salário


de contribuição, exceto para o cálculo de benefício, na forma estabelecida em
regulamento.

Já o RPS, nos §§ 6º e 7º do art. 214 traz algumas regrinhas a serem observadas

e anotadas, porque caem com frequência nas provas:

A contribuição sobre o 13º incidirá no momento do pagamento da última par-

cela ou então na rescisão do contrato de trabalho.

A contribuição sobre o 13º é calculada em separado da remuneração do mês, res-

peitando a tabela de incidência do art. 20 da LOCSS.

Isso significa que um trabalhador que ganhe R$ 1.400,00 terá descontada de

seu salário em dezembro a contribuição de 8% (R$ 112,00) e sobre o 13º outros

8% (R$ 112,00). Se a prática fosse a soma das verbas, o total de R$ 2.800,00 sub-

meteria o trabalhador ao desconto de 11% (R$ 308,00). Eis um caso raro em que

o governo morde menos do que poderia.

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Vamos retomar a polêmica a que me referi no primeiro parágrafo. O 13º é re-

muneratório ou não? E se não for, incide contribuição?

Como eu disse, está na lei, expressamente, que incide. Por vivermos em

um país que sofre de hipertrofia legislativa crônica – produzimos muito mais leis do

que seria razoável, muitas vezes regulando temas que poderiam perfeitamente ser

tratados por portarias, resoluções, instruções normativas –, sabemos que o simples

fato de estar na lei não quer dizer que uma regra seja legítima. Para colocar essas

coisas em ordem, é que existe o Judiciário. E o nosso bom e velho STJ e o STF já

se manifestaram sobre esse tema e sepultaram qualquer tese contrária à incidência

da contribuição.

Vejam a Súmula n. 688 do STF:

STF – Súmula 688 – É LEGÍTIMA A INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA


SOBRE O 13º SALÁRIO.

Depois de uma matéria ser sumulada pelo STF é difícil algum tribunal sustentar

posição contrária. Algumas vezes isso pode ocorrer, mas é algo excepcional. E não

ocorreu nesse caso. O mesmo entendimento exposto pelo STF na súmula acima

transcrita já era sustentado pelo STJ e até hoje se mantém, como podemos ver no

acórdão a seguir:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO OU CONTRADIÇÃO NO


ACÓRDÃO RECORRIDO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. EMPRESA. ART. 22, INC. I,
DA LEI N. 8.212/1991. BASE DE CÁLCULO. VERBA SALARIAL. AVISO PRÉVIO INDE-
NIZADO. NATUREZA INDENIZATÓRIA. NÃO INCIDÊNCIA. DÉCIMO-TERCEIRO SALÁ-
RIO (GRATIFICAÇÃO NATALINA). PREVISÃO EXPRESSA. ART. 28, § 7º, DA LEI N.
8.212/1991. INCIDÊNCIA. [...] 3. O décimo-terceiro salário (gratificação natalina) inte-
gra o salário de contribuição para fins de incidência de contribuição previdenciária. [...]

(STJ – RESP 812871/SC – Relator Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES – Segunda


Turma – Julgamento em 07/10/2010 – Publicação em 25/10/2010)

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2.2.3 Férias

Se remuneração é o pagamento pelo trabalho, o pagamento do mês de férias

não entra no cálculo da contribuição previdenciária, certo?

ERRADO!!!!

Por acaso a remuneração de férias está no § 9º dos artigos 28 da LOCSS e 214

do RPS? Não!! Se não está nesses parágrafos, que informam as parcelas não inte-

grantes do SC, então somos obrigados a concluir que a remuneração pelas férias

gozadas integra o SC.

CUIDADO! Só poderíamos pensar diferente do que foi exposto se houvesse

decisão judicial em sentido contrário, não é mesmo? E não é que o STJ, depois de

anos e anos decidindo favoravelmente à incidência de contribuição previdenci-

ária sobre a remuneração de férias resolveu mudar de ideia? Veja o que disse essa

Corte no julgamento do Recurso Especial 1322945. Intercalo alguns COMENTÁRIO:

meus, em azul.

RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. SALÁRIO-MA-


TERNIDADE E FÉRIAS USUFRUÍDAS. AUSÊNCIA DE EFETIVA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
PELO EMPREGADO. NATUREZA JURÍDICA DA VERBA QUE NÃO PODE SER ALTERADA
POR PRECEITO NORMATIVO. AUSÊNCIA DE CARÁTER RETRIBUTIVO. AUSÊNCIA DE IN-
CORPORAÇÃO AO SALÁRIO DO TRABALHADOR. NÃO INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA. PARECER DO MPF PELO PARCIAL PROVIMENTO DO RECURSO. RE-
CURSO ESPECIAL PROVIDO PARA AFASTAR A INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO PREVI-
DENCIÁRIA SOBRE O SALÁRIO-MATERNIDADE E AS FÉRIAS USUFRUÍDAS.

1. Conforme iterativa jurisprudência das Cortes Superiores, considera-se ilegítima a


incidência de Contribuição Previdenciária sobre verbas indenizatórias ou que não se
incorporem à remuneração do Trabalhador. [...] 5. O Pretório Excelso (STF, em juri-
diquês), quando do julgamento do AgRg no AI 727.958/MG, de relatoria do eminente
Ministro EROS GRAU, DJe 27.02.2009, firmou o entendimento de que o terço consti-
tucional de férias tem natureza indenizatória. (OK, até aqui, nada a acrescentar)
O terço constitucional constitui verba acessória à remuneração de férias e também
não se questiona que a prestação acessória segue a sorte das respectivas prestações
principais. Assim, não se pode entender que seja ilegítima a cobrança de Contribuição

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Previdenciária sobre o terço constitucional, de caráter acessório, e legítima sobre a


remuneração de férias, prestação principal, pervertendo a regra áurea acima aponta-
da. (é, de fato, regra geral no Direito, que ‘o acessório segue o principal’. Mas
penso que o eminente Relator – quem sou eu para questioná-lo? – aplicou à
decisão do STF a interpretação que mais lhe agradava. Em momento algum os
ministros do STF, no julgamento do processo mencionado, fizeram referência
à natureza do adicional de férias, se acessório ou principal. Minha opinião é de
que a decisão do STF pode ter duas interpretações distintas: uma, a realizada
pelo STJ neste acórdão; outra, no sentido da desvinculação do adicional e da
remuneração de férias. Eliminar-se-ia a ideia de prestação principal – a remu-
neração – e prestação acessória – o adicional. Teríamos simplesmente duas
verbas PRINCIPAIS, oriundas de um mesmo fato – a fruição das férias. Desse
modo, seria possível reconhecer a não incidência da contribuição sobre o terço,
mantendo-a em relação à remuneração de férias) [...] 9. Recurso Especial provido
para afastar a incidência de Contribuição Previdenciária sobre o salário-maternida-
de e as férias usufruídas.

(STJ – RESP 1322945/DF – Relator Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO – Primeira
Seção – Julgamento em 27/02/2013 – Publicação em 08.03.2013)

MUITO CUIDADO, meu(minha) amigo(a). Esse acórdão que transcrevi foi o

primeiro a reconhecer a não incidência de contribuição sobre as férias gozadas...

Primeiro e único até o momento... porque na nova oportunidade que aquela Cor-

te teve para tratar do tema, ratificou o posicionamento anterior. Não acredita???

Veja com seus próprios olhos. Tanto em relação ao salário-maternidade quanto às

férias usufruídas (os dois temas do acórdão que acabo de citar) houve revisão do

entendimento. Quem diria!?!?!

TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVOS REGIMENTAIS NO RECURSO ESPECIAL.


CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ADICIONAL DE 1/3 DE FÉRIAS E QUINZE PRIMEI-
ROS DIAS DO AUXÍLIO-DOENÇA. NÃO INCIDÊNCIA. FÉRIAS USUFRUÍDAS E SALÁRIO-
-MATERNIDADE. INCIDÊNCIA. RESP 1.230.957/RS SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-
C DO CPC. COMPENSAÇÃO DO INDÉBITO. JUROS DE MORA. CUMULAÇÃO COM A TAXA
SELIC. IMPOSSIBILIDADE. ART. 170-A. AGRAVOS REGIMENTAIS NÃO PROVIDOS.
1. A Primeira Seção desta Corte ao apreciar o REsp 1.230.957/RS, processado e julgado
sob o rito do art. 543-C do CPC, confirmou a não incidência da contribuição previdenci-
ária sobre os primeiros 15 dias do pagamento de auxílio-doença e sobre o adicional de

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férias, por configurarem verbas indenizatórias. Restou assentado, entretanto, que incide
a referida contribuição sobre o salário-maternidade, por configurar verba de natureza
salarial. 2. “O pagamento de férias gozadas possui natureza remuneratória e
salarial, nos termos do art. 148 da CLT, e integra o salário de contribuição. Sa-
liente-se que não se discute, no apelo, a incidência da contribuição sobre o terço cons-
titucional” (AgRg no Ag 1.426.580/DF, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, Segunda Turma,
DJe 12/4/12). [...] 6. Agravos regimentais não providos.

(STJ – AgRg no REsp 1251355/PR – Relator Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA – Primei-
ra Turma – Julgamento em 24/04/2014 – Publicação em 08/05/2014)

ESCLARECIMENTO de um ponto que certamente não cai em nossa prova, mas

penso ser importante falar. A decisão citada anteriormente fez menção ao rito do art.

543-C do CPC. Que raio é isso???? Trata-se de uma sistemática relativamente nova

inserida no art. 543-C do Código de Processo Civil que, embora não obrigue os tri-

bunais de instâncias inferiores a julgar da mesma forma, IMPEDE o recebimento de

Recursos Especiais se a decisão do tribunal for no mesmo sentido do acórdão do STJ.

Tal medida contribui sobremaneira para a celeridade processual e foi implantada

em homenagem ao princípio constitucional da razoável duração do processo.

Mais detalhes sobre isso daqui a pouco... Diante dessa instabilidade decisória,

meu conselho é: se alguma questão de concurso tratar do tema, marque que in-

cide contribuição sobre férias fruídas, pois é essa a linha reiteradamente aco-

lhida pelo STJ.

Se a banca, fundada naquele acórdão isolado, entender que não há incidência,

certamente recorreremos, com sólidos argumentos.

2.2.4 Terço Constitucional de Férias

Aquele valor que recebemos a mais quando gozamos nossas férias anuais é de-

nominado “terço constitucional”, porque foi previsto na Constituição, art. 7º, XVII.

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Responda: incide ou não incide contribuição?

Bem, professor... se o senhor está falando disso no capítulo das parcelas inte-

grantes, é claro que incide.

Raciocínio rápido, meu(minha) caro(a). Na prática, é exatamente essa a respos-

ta... para o INSS (e a Receita Federal, órgão responsável pela cobrança e fiscaliza-

ção das contribuições), há a incidência de contribuição previdenciária sobre

o terço de férias.

Mas CUIDADO. Se a questão exigir a resposta de acordo com o entendimento

do STJ ou de acordo com o entendimento do STF, aí a resposta é negativa. Já é

pacífica nesses tribunais a posição de que o terço constitucional de férias tem ca-

ráter indenizatório e, por conseguinte, não pode sofrer incidência de contribuição

previdenciária.

É muito provável que em pouco tempo haja alteração legislativa destinada a in-

cluir o terço de férias nas parcelas não integrantes do SC. Mas, enquanto isso não

ocorre, ficamos com essa dupla possibilidade de resposta:

• se a questão for baseada na lei, dizemos que INCIDE contribuição;

• se for baseada na jurisprudência, dizemos que NÃO INCIDE, ok?

Aqui vai a decisão mais recente do STJ acerca do tema, proferida em fevereiro

de 2014:

PROCESSUAL CIVIL. RECURSOS ESPECIAIS. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDEN-


CIÁRIA A CARGO DA EMPRESA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. DISCUS-
SÃO A RESPEITO DA INCIDÊNCIA OU NÃO SOBRE AS SEGUINTES VERBAS: TERÇO
CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS; SALÁRIO MATERNIDADE; SALÁRIO PATERNIDADE; AVI-
SO PRÉVIO INDENIZADO; IMPORTÂNCIA PAGA NOS QUINZE DIAS QUE ANTECEDEM O
AUXÍLIO-DOENÇA. [...] 1.2 Terço constitucional de férias. No que se refere ao adicional
de férias relativo às férias indenizadas, a não incidência de contribuição previdenciária
decorre de expressa previsão legal (art. 28, § 9º, “d”, da Lei n. 8.212/1991 – redação

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dada pela Lei n. 9.528/97). Em relação ao adicional de férias concernente às fé-


rias gozadas, tal importância possui natureza indenizatória/compensatória, e
não constitui ganho habitual do empregado, razão pela qual sobre ela não é
possível a incidência de contribuição previdenciária (a cargo da empresa). [...]
(STJ – RESP 1230957 – Relator Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES – Primeira Seção
– Julgamento em 26/02/2014 – Publicação em 18/03/2014)

5. (CESPE/TCE-BA/PROCURADOR/2010) Tendo como base a jurisprudência do STF

e o que dispõe a CF, julgue os itens a seguir, relativos à seguridade social do ser-

vidor público.

É ilegítima a incidência de contribuição previdenciária sobre o terço constitucional

de férias.

Certo.

Ao tratar do terço de férias, estamos diante de uma verba com DUPLA possibilidade

de resposta. De acordo com a legislação, há a incidência; de acordo com a juris-

prudência, não há.

A banca, aqui, pede que nos embasemos na jurisprudência. Logo...

2.2.5 Salário-Maternidade

Eu disse que já ia falar dele. O salário-maternidade é aquele benefício previ-

denciário assegurado à mãe, em razão do parto, para possibilitar-lhe permanecer

perto do filho recém-nascido durante os primeiros meses. Bom para o bebê. Bom

para a mãe...

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“Ruim, só para o empregador, né, professor? Afinal, é ele que paga o salário-

-maternidade de sua empregada e não pode contar com o trabalho dela.”

Nem tanto, meu(minha) amigo(a)... nem tanto. É, realmente, o empregador

que paga, mas ele compensa o valor pago com suas contribuições previdenciárias

a recolher no mês. Ele ainda sofre algum prejuízo (permanece a obrigação de con-

tribuir com 20% sobre a remuneração da empregada afastada), mas sem dúvida é

muito menor do que sofreria se não houvesse o direito à compensação.

Estamos diante de situação semelhante às férias ou ao 13º... Durante o período

de licença-maternidade, não há prestação de serviço, não há trabalho. Então não

seria uma verba remuneratória e, por conseguinte, não haveria incidência de con-

tribuição. Nessas horas, eis que vem o legislador e diz, na LOCSS:

Art. 28. [...] § 2º O salário-maternidade é considerado salário de contribuição.

Essa é a previsão legal expressa. O entendimento pacífico nos tribunais supe-

riores, durante muitos anos, foi favorável à aplicação desse dispositivo. Em 2013,

contudo, o STJ, no RESP n. 1322945, mudou de ideia e resolveu que não incidia

contribuição. Já fiz a transcrição parcial desse acórdão ao tratar das férias fruídas.

No entanto, não há motivo para colá-lo novamente aqui, pois a mesma corte mu-

dou novamente de ideia, no começo de 2014. Em julgamento de recurso repre-

sentativo de controvérsia (art. 543-C, do Código de Processo Civil) disse que:

PROCESSUAL CIVIL. RECURSOS ESPECIAIS. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDEN-


CIÁRIA A CARGO DA EMPRESA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. DISCUSSÃO
A RESPEITO DA INCIDÊNCIA OU NÃO SOBRE AS SEGUINTES VERBAS: TERÇO CONSTI-
TUCIONAL DE FÉRIAS; SALÁRIO MATERNIDADE; SALÁRIO PATERNIDADE; AVISO PRÉ-
VIO INDENIZADO; IMPORTÂNCIA PAGA NOS QUINZE DIAS QUE ANTECEDEM O AUXÍ-
LIO-DOENÇA. [...]
1.3 Salário maternidade. O salário maternidade tem natureza salarial e a transfe-
rência do encargo à Previdência Social (pela Lei n. 6.136/1974) não tem o condão de
mudar sua natureza. Nos termos do art. 3º da Lei n. 8.212/1991, “a Previdência Social

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tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por
motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário,
encargos de família e reclusão ou morte daqueles de quem dependiam economicamen-
te”. O fato de não haver prestação de trabalho durante o período de afastamento da
segurada empregada, associado à circunstância de a maternidade ser amparada por
um benefício previdenciário, não autoriza conclusão no sentido de que o valor recebido
tenha natureza indenizatória ou compensatória, ou seja, em razão de uma contingência
(maternidade), paga-se à segurada empregada benefício previdenciário correspondente
ao seu salário, possuindo a verba evidente natureza salarial. Não é por outra razão que,
atualmente, o art. 28, § 2º, da Lei n. 8.212/1991 dispõe expressamente que o salário
maternidade é considerado salário de contribuição. Nesse contexto, a incidência de
contribuição previdenciária sobre o salário maternidade, no Regime Geral da Previdên-
cia Social, decorre de expressa previsão legal. Sem embargo das posições em sentido
contrário, não há indício de incompatibilidade entre a incidência da contribuição
previdenciária sobre o salário maternidade e a Constituição Federal. [...]

(STJ – RESP 1230957 – Relator Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES – Primeira Seção
– Julgamento em 26/02/2014 – Publicação em 18/03/2014)

Esse então fica fácil. Se a questão tratar da incidência de contribuição sob a ótica

legislativa, incide. Se tratar do entendimento dos tribunais, também incide. Barba-

da, pessoal!

6. (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2007) A respeito do custeio do RGPS e do

salário de contribuição, julgue o item subsequente.

Considere que Maria receba salário-maternidade. Nessa situação, não haverá des-

conto da contribuição previdenciária do valor desse benefício.

Errado.

Preciso comentar????? Acabamos de ver que o salário-maternidade é considerado

SC!

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2.2.6 Horas Extras

Vamos lá, meu(minha) amigo(a)... hora do cara-crachá. O valor pago pela pres-

tação de horas extras está no art. 28, § 9º da LOCSS? Não???? E no art. 214, § 9º

do RPS? Também não? Sendo assim, concluímos que incide contribuição previden-

ciária sobre o pagamento de horas extras. Em outras palavras, a remuneração de

horas extras é parcela integrante do SC.

Confessem, essa foi fácil, né? Ao contrário de algumas das verbas polêmicas

que estudamos anteriormente (que, de fato, não se destinam a retribuir o trabalho)

as horas extras, indiscutivelmente, pagam pelo trabalho prestado. São – e ai de

quem pensar diferente – remuneratórias.

Mas como no Brasil tudo, absolutamente tudo, vai parar no Judiciário (até roubo

de galinhas e briga de vizinhos), já houve quem questionasse a incidência de con-

tribuição. E levou pau nos Tribunais. Eis o que diz o STJ:

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DE CONTRI-


BUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE OS VALORES PAGOS A TÍTULO DE HORAS EXTRAS.
CARÁTER REMUNERATÓRIO. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.

1. Esta Corte possui a orientação de que é possível a incidência de contribuição


previdência sobre os valores pagos a título de horas extras, tendo em vista o
seu caráter remuneratório. [...]

(STJ – AGRESP 1270270 – Relator Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO – Primeira
Turma – Julgamento em 25/10/2011 – Publicação em 17/11/2011)

2.2.7 Diárias para Viagem

OPAAAAAAAAAAAAAAA!!! Essa verba podia integrar o SC até novembro de

2017, quando entrou em vigor a Lei n. 13.467, da reforma trabalhista.

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Antes, a fim de evitar que salários fossem pagos disfarçados de diárias, a LOCSS
previa que, caso essa rubrica excedesse a 50% da remuneração mensal, integraria
o SC por seu valor total – e não apenas o que excedesse aos 50%.
Desde novembro, no entanto, essa regra não mais existe; as diárias não integram
o SC em nenhum caso. Deixei este subitem no capítulo das parcelas integrantes, no
entanto, para alertá-los sobre a novidade legislativa, já que, sabemos bem, os
examinadores de concurso têm fascínio por cobrar alterações normativas nas provas.

7. (CESPE/DETRAN-ES/ADVOGADO/2010) Com relação ao salário de contribuição


e ao custeio do regime geral de previdência social, julgue o item subsequente.
As diárias pagas integram o salário de contribuição pelo seu valor total, quando
excedentes a 50% da remuneração mensal.

Errado.
Na data do concurso do qual esta questão foi extraída essa proposição estava CER-
TA. Com as alterações decorrentes da reforma trabalhista, contudo, só nos restou
alterar o gabarito oficial. Atualmente, as diárias não integram, em nenhuma hipó-
tese, o salário de contribuição.

2.2.8 Adicional de Insalubridade, Adicional de Periculosidade e Adicio-


nal Noturno

Não, aluno(a)... o professor não está com preguiça. Estou tratando dos 3 adi-
cionais em um mesmo subitem porque os fundamentos para considerá-los parcelas

integrantes do SC são rigorosamente os mesmos, e porque os tribunais repetidas

vezes tratam de todos eles de uma só vez em suas decisões.

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Você sabe em que condições são pagos esses adicionais? Vamos nos socorrer da

CLT para responder isso:

• adicional de insalubridade – corresponde a uma parcela adicional de 10, 20

ou 40% do salário mínimo, de acordo com o grau de insalubridade – res-

pectivamente mínimo, médio e máximo. Serão consideradas atividades ou

operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos

de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos

limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente

e do tempo de exposição aos seus efeitos (art. 189);

• adicional de periculosidade – é uma parcela adicional de 30% sobre o salário

do empregado, devida em razão do exercício de atividade perigosa. Ativida-

de perigosa é, nos termos do art. 193 da CLT, aquela que, por sua natureza

ou métodos de trabalho, implique risco acentuado em virtude de exposição

permanente do trabalhador a inflamáveis, explosivos ou energia elétrica, ou

a roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de

segurança pessoal ou patrimonial. Ou ainda – novidade de junho de 2014 – a

atividade de trabalhador em motocicleta;

• adicional noturno – o trabalhador que exercer atividade em período noturno

terá direito ao acréscimo de pelo menos 20% sobre a hora diurna. Por perí-

odo noturno entendemos aquele compreendido entre as 22h e as 5h do dia

seguinte (CLT, art. 73, § 2º).

Primeira pergunta que devemos fazer: alguma dessas verbas está excluída do

conceito de SC pelo § 9º do art. 28 da LOCSS? NÃO.

Segunda pergunta que devemos fazer: alguma dessas verbas está excluída do

conceito de SC pelo § 9º do art. 214 do RPS? TAMBÉM NÃO.

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Terceira pergunta que devemos fazer: O que pensam os tribunais? Vejamos...

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. OMISSÃO. ALEGAÇÕES GENÉRICAS. CONTRIBUI-


ÇÃO PREVIDENCIÁRIA. BASE DE CÁLCULO. TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS, HO-
RAS-EXTRAS E ADICIONAIS PERMANENTES.
1. Não se conhece de recurso especial por suposta violação do art. 535 do CPC se a par-
te não especifica o vício que inquina o aresto recorrido, limitando-se a alegações gené-
ricas de omissão no julgado, sob pena de tornar-se insuficiente a tutela jurisdicional. 2.
Integram o conceito de remuneração, sujeitando-se, portanto, à contribuição
previdenciária o adicional de horas-extras, adicional noturno, salário-maternidade,
adicionais de insalubridade e de periculosidade. Precedentes. 3. Agravo regimen-
tal não provido.
(STJ – AGARESP 69958 – Relator Ministro CASTRO MEIRA – Sexta Turma – Julgamento
em 12/06/2012 – Publicação em 20/06/2012)

2.2.9 Gorjetas

Essa está fácil... a LOCSS já diz, em seu art. 28, I, que as gorjetas integram o SC.

Devo então apenas alertá-lo(a) de que, nos termos da CLT (art. 457, § 3º),

gorjeta não é apenas a importância espontaneamente dada pelo cliente ao em-

pregado, mas também a cobrada pela empresa como adicional nas contas

e destinada à distribuição aos empregados. O exemplo mais clássico seria o paga-

mento de 10% dos garçons.

As gorjetas, portanto, têm nítida e inquestionável natureza remuneratória.

Não há como concluir de forma diversa... e o STJ segue essa mesma linha:

TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. CONTRIBUIÇÃO PRE-


VIDENCIÁRIA. TAXA DE SERVIÇO (GORJETAS). RECOLHIMENTO ATRIBUÍDO AO EM-
PREGADOR POR FORÇA DE ACORDO COLETIVO. INCIDÊNCIA. PRECEDENTES DO STJ.
AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. “A gorjeta, compulsória ou inserida na nota de serviço, tem natureza sala-
rial. Em consequência, há de ser incluída no cálculo de vantagens trabalhistas e deve
sofrer a incidência de, apenas, tributos e contribuições que incidem sobre o sa-
lário” (REsp 399.596/DF, Segunda Turma, Rel. Min. CASTRO MEIRA, DJ 5/5/04). 2.
Agravo regimental não provido.

(STJ – AGRESP 1099319 – Relator Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA – Primeira Turma
– Julgamento em 04/09/2012 – Publicação em 12/09/2012)

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2.2.10. Aviso Prévio

A CLT estabelece que, em se tratando de contrato de trabalho por prazo inde-

terminado, a parte que, sem justo motivo, quiser a sua rescisão, deverá comunicar

a outra a sua intenção com a devida antecedência. Não concedido o aviso prévio

pelo empregador, nasce para o empregado o direito aos salários correspondentes

ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de

serviço (art. 487, § 1º, da CLT). A isso chamamos aviso prévio indenizado.

Quando o prazo é regularmente cumprido, com a prestação de serviços pelo

empregado durante o prazo do aviso prévio, denominamos aviso prévio trabalhado.

Se você já correu na lei para ver se o aviso prévio está ou não excluído do SC,

a resposta é NÃO. Resta-nos, então, verificar o entendimento dos tribunais.

No Judiciário ninguém mais discute a incidência da contribuição previdenciária

sobre o aviso prévio trabalhado. Se há um pagamento em retribuição ao trabalho

executado, estamos diante de uma verba remuneratória. Sobre ela, portanto,

incide contribuição previdenciária.

Mas o mesmo raciocínio não se aplica ao aviso prévio INDENIZADO. De fato,

não há como negar que ele NÃO SE DESTINA a remunerar o trabalho – embora

o ex-empregado tenha direito ao cômputo do tempo de serviço assegurado pela

CLT –, mas a indenizá-lo em razão da imprevisibilidade da demissão e, com isso,

assegurar seu sustento por um curto período, durante o qual, espera-se, consiga

nova colocação no mercado. É exatamente esse o reiterado entendimento do STJ,

reforçado recentemente no julgamento do Recurso Especial n. 1230957/RS:

PROCESSUAL CIVIL. RECURSOS ESPECIAIS. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDEN-


CIÁRIA A CARGO DA EMPRESA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. DISCUSSÃO
A RESPEITO DA INCIDÊNCIA OU NÃO SOBRE AS SEGUINTES VERBAS: TERÇO CONSTI-

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TUCIONAL DE FÉRIAS; SALÁRIO MATERNIDADE; SALÁRIO PATERNIDADE; AVISO PRÉ-


VIO INDENIZADO; IMPORTÂNCIA PAGA NOS QUINZE DIAS QUE ANTECEDEM O AUXÍ-
LIO-DOENÇA. [...] 2.2 Aviso prévio indenizado. A despeito da atual moldura legislativa
(Lei n. 9.528/97 e Decreto n. 6.727/2009), as importâncias pagas a título de inde-
nização, que não correspondam a serviços prestados nem a tempo à disposição
do empregador, não ensejam a incidência de contribuição previdenciária. A CLT
estabelece que, em se tratando de contrato de trabalho por prazo indeterminado, a par-
te que, sem justo motivo, quiser a sua rescisão, deverá comunicar a outra a sua inten-
ção com a devida antecedência. Não concedido o aviso prévio pelo empregador, nasce
para o empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida
sempre a integração desse período no seu tempo de serviço (art. 487, § 1º, da CLT).
Desse modo, o pagamento decorrente da falta de aviso prévio, isto é, o aviso
prévio indenizado, visa a reparar o dano causado ao trabalhador que não fora
alertado sobre a futura rescisão contratual com a antecedência mínima estipu-
lada na Constituição Federal (atualmente regulamentada pela Lei n. 12.506/2011).
Dessarte, não há como se conferir à referida verba o caráter remuneratório pretendido
pela Fazenda Nacional, por não retribuir o trabalho, mas sim reparar um dano.
Ressalte-se que, “se o aviso prévio é indenizado, no período que lhe corresponderia o
empregado não presta trabalho algum, nem fica à disposição do empregador. Assim,
por ser ela estranha à hipótese de incidência, é irrelevante a circunstância de não haver
previsão legal de isenção em relação a tal verba” (REsp 1.221.665/PR, 1ª Turma, Rel.
Min. Teori Albino Zavascki, DJe de 23.2.2011). A corroborar a tese sobre a natureza
indenizatória do aviso prévio indenizado, destacam-se, na doutrina, as lições de Maurí-
cio Godinho Delgado e Amauri Mascaro Nascimento. Precedentes: REsp 1.198.964/PR,
2ª Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe de 4.10.2010; REsp 1.213.133/SC,
2ª Turma, Rel. Min. Castro Meira, DJe de 1º.12.2010; AgRg no REsp 1.205.593/PR, 2ª
Turma, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe de 4.2.2011; AgRg no REsp 1.218.883/SC, 1ª
Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe de 22.2.2011; AgRg no REsp 1.220.119/RS,
2ª Turma, Rel. Min. Cesar Asfor Rocha, DJe de 29/11/2011. [...]

(STJ – RESP 1230957 – Relator Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES – Primeira Seção
– Julgamento em 26/02/2014 – Publicação em 18/03/2014)

Então, meu(minha) amigo(a), voltamos àquela duplicidade de respostas:

Aviso prévio trabalhado – incide contribuição, sempre;

Aviso prévio indenizado – se a questão for baseada no entendimento judicial,

devemos responder que não incide contribuição. Se não houver, na questão, men-

ção expressa à jurisprudência, nossa resposta é pela incidência.

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2.2.11 Primeiros Quinze Dias do Auxílio-Doença

Você deve ter percebido que já falei mais de uma vez do Recurso Especial n.

1230957/RS, julgado pelo STJ no começo do ano de 2014. É que nesse mesmo

processo se discutia a incidência de contribuição em diversas verbas (terço consti-

tucional de férias; salário-maternidade; salário-paternidade; aviso prévio indeniza-

do; importância paga nos quinze dias que antecedem o auxílio-doença).

Já vimos quase todos esses pontos (falta a licença-paternidade, que será a pró-

xima). Nesse momento, trataremos dos primeiros quinze dias do auxílio-doença...

ou, para ser tecnicamente correto, nos quinze dias de afastamento que antece-

dem o auxílio-doença.

Você provavelmente já sabe que o auxílio-doença é um benefício previdenciário

devido ao segurado que permanecer incapacitado para o trabalho ou para sua ati-

vidade habitual por mais de quinze dias consecutivos. Quase todas as classes de

segurado têm direito, cumpridos os demais requisitos, ao referido benefício a con-

tar do início da incapacidade. Ao segurado empregado, contudo, a LBPS garante o

benefício a partir do 16º dia. Ela impõe ao empregador a responsabilidade pelo

pagamento dos primeiros quinze dias.

Aí é que surge a controvérsia. O segurado está, de fato, afastado de suas ativida-

des profissionais. Não se pode dizer, em princípio, que o pagamento seja uma con-

traprestação ao trabalho executado. Mas vejam o que diz o art. 60, § 3º da LBPS:

Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar do décimo


sexto dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais segurados, a contar
da data do início da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz. [...]
§ 3º Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por
motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu
salário integral.

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Com base na redação da lei, a Administração sustenta a exigibilidade da con-

tribuição. Se durante os primeiros quinze dias a empresa paga o salário integral,

não há como fugir da incidência de contribuição previdenciária. Ao menos não no

âmbito do INSS, que deve ter seus procedimentos pautados sempre pelas leis e

demais atos normativos.

Mas o que podemos fazer se o STJ firmou entendimento distinto? Naquele mes-

mo “super acórdão” que resolveu definitivamente (assim esperamos) boa parte dos

dilemas relativos ao SC o STJ disse que:

PROCESSUAL CIVIL. RECURSOS ESPECIAIS. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDEN-


CIÁRIA A CARGO DA EMPRESA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. DISCUS-
SÃO A RESPEITO DA INCIDÊNCIA OU NÃO SOBRE AS SEGUINTES VERBAS: TERÇO
CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS; SALÁRIO MATERNIDADE; SALÁRIO PATERNIDADE; AVI-
SO PRÉVIO INDENIZADO; IMPORTÂNCIA PAGA NOS QUINZE DIAS QUE ANTECEDEM O
AUXÍLIO-DOENÇA. [...] 2.3 Importância paga nos quinze dias que antecedem o auxí-
lio-doença. No que se refere ao segurado empregado, durante os primeiros quinze dias
consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença, incumbe ao empre-
gador efetuar o pagamento do seu salário integral (art. 60, § 3º, da Lei n. 8.213/1991
com redação dada pela Lei n. 9.876/1999). Não obstante nesse período haja o paga-
mento efetuado pelo empregador, a importância paga não é destinada a retribuir
o trabalho, sobretudo porque no intervalo dos quinze dias consecutivos ocorre
a interrupção do contrato de trabalho, ou seja, nenhum serviço é prestado pelo
empregado. Nesse contexto, a orientação das Turmas que integram a Primeira Seção/
STJ firmou-se no sentido de que sobre a importância paga pelo empregador ao empre-
gado durante os primeiros quinze dias de afastamento por motivo de doença não incide
a contribuição previdenciária, por não se enquadrar na hipótese de incidência
da exação, que exige verba de natureza remuneratória. [...]

(STJ – RESP 1230957 – Relator Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES – Primeira Seção
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Com isso concluímos que, mais uma vez, temos dupla possibilidade de res-

posta acerca da incidência ou não de contribuição.

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Como regra geral, podemos dizer que INCIDE contribuição previdenciária sobre

o valor pago nos quinze dias de afastamento que antecedem o auxílio-doença.

Mas se a questão fizer referência à jurisprudência, devemos responder que

NÃO incide a contribuição. Tudo certo?

2.2.12 Salário-Paternidade

Mais uma prestação tratada no Recurso Especial n. 1230957/RS. No acórdão,

ela foi denominada salário-paternidade (mas seria mais adequado denominá-la

licença-paternidade) e corresponde ao período de afastamento concedido ao tra-

balhador do sexo masculino em razão do nascimento de um filho. Tal período é de

cinco dias, conforme prevê o art. 10, § 1º, do ADCT – Ato das Disposições Cons-

titucionais Transitórias:

Art. 10. [...] § 1º – Até que a lei venha a disciplinar o disposto no art. 7º, XIX, da
Constituição, o prazo da licença-paternidade a que se refere o inciso é de cinco dias.

 Obs.: a Lei n. 13.257/2016 alterou o Programa Empresa Cidadã, permitindo a

ampliação da licença-paternidade para 20 dias. Tal informação não é rele-

vante para nosso estudo, mas a apresento por apego à correção do que

ensino.

Agora pense comigo... estamos diante de uma licença, o empregado se afasta

de suas atividades. Não seria muito mais coerente que o pagamento referente a

esses 5 dias fosse parcela não integrante do SC? Eu penso que sim... mas o legis-

lador pensa de forma diferente (esse pagamento não está na lista do art. 28, § 9º

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da LOCSS e nem na do art. 214, § 9º do RPS) e o STJ também... acho que está na

hora de rever meus conceitos.

Vejam o que diz o STJ:

PROCESSUAL CIVIL. RECURSOS ESPECIAIS. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDEN-


CIÁRIA A CARGO DA EMPRESA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. DISCUSSÃO
A RESPEITO DA INCIDÊNCIA OU NÃO SOBRE AS SEGUINTES VERBAS: TERÇO CONSTI-
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1.4 Salário paternidade. O salário paternidade refere-se ao valor recebido pelo empre-
gado durante os cinco dias de afastamento em razão do nascimento de filho (art. 7º,
XIX, da CF/1988, c/c o art. 473, III, da CLT e o art. 10, § 1º, do ADCT). Ao contrário
do que ocorre com o salário maternidade, o salário paternidade constitui ônus da
empresa, ou seja, não se trata de benefício previdenciário. Desse modo, em se
tratando de verba de natureza salarial, é legítima a incidência de contribuição
previdenciária sobre o salário paternidade. Ressalte-se que “o salário-paternidade
deve ser tributado, por se tratar de licença remunerada prevista constitucional-
mente, não se incluindo no rol dos benefícios previdenciários” (AgRg nos EDcl no REsp
n. 1.098.218/SP, 2ª Turma, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe de 9/11/2009). [...]

(STJ – RESP 1230957 – Relator Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES – Primeira Seção
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Conclusão: incide contribuição sobre o valor pago durante a licença-paternida-

de, ou, para usar o nome dado pelo STJ, incide contribuição sobre o salário-pater-

nidade.

2.3 Parcelas Não Integrantes do Salário de Contribuição

Ao estudarmos as parcelas integrantes do SC já vimos algumas que tiveram

a não incidência de contribuição reconhecida JUDICIALMENTE (terço de férias, por

exemplo) mas, na via administrativa, ainda continuam sofrendo a incidência (se

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não fosse assim, não teriam sido estudadas no capítulo das parcelas INTEGRAN-

TES, não é mesmo?).

Por que a Administração desrespeita as decisões judiciais, professor?

Epa, epa, epa! Calma aí, aluno(a)! Não é isso que acontece, ok? Todas as deci-

sões judiciais que apresentei a você eram oriundas de Recurso Extraordinário (no

STF) ou de Recurso Especial (no STJ); esse tipo de recurso não tem eficácia erga

omnes – já estava com saudades do latim??? Dizer que uma decisão tem eficácia

erga omnes significa que seu alcance é geral, abrange as partes envolvidas e toda

a coletividade – mas inter partes – esse é mais fácil, né? A sentença só vale en-

tre as partes envolvidas no processo, sendo a União de um lado e de outro um

segurado, ou uma associação, ou uma empresa.

Sendo inter partes, não há extensão dos efeitos da decisão a todos os segura-

dos. Por isso não podemos dizer que a Administração está desrespeitando as deci-

sões judiciais; ela deve apenas assegurar o cumprimento da decisão em relação à

pessoa envolvida no processo. Ficou claro??

Mas professor... se já perderam tantas ações judiciais, por que não resolvem,

espontaneamente, deixar de exigir as contribuições? Evitariam assim uma enxur-

rada de ações.

Infelizmente, meu(minha) amigo(a), a coisa não é tão simples assim. Enquanto

à população em geral é permitido fazer tudo o que não for proibido por lei, a Ad-

ministração Pública só pode fazer o que estiver expressamente autorizado.

Enquanto a incidência da contribuição não for excluída por lei, só cabe à Receita

Federal do Brasil continuar cobrando. Simples assim.

Agora, se você me perguntar por que o legislador não cuida de inserir logo na

lei essas situações que já são mais que pacificadas nos tribunais, minha resposta é

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NÃO SEI. Talvez seja por faltarem letras no alfabeto, pois os casos já previstos no

§ 9º do art. 28 da LOCSS vão da alínea ‘a’ até a ‘y’. Ou então – hipótese mais pro-

vável – o volume de demandas judiciais ainda não é suficientemente alto a ponto

de justificar as alterações legislativas. Se a imensa maioria paga sem discutir, por

que mudar?

Vamos agora conhecer quais são as verbas que não integram o SC. Essa lista

é taxativa, ou seja, só são excluídos do SC os valores ali mencionados, não

se admitindo por parte da Administração interpretações extensivas ou analó-

gicas (decisões judiciais sim PODEM ampliar essa lista, e já o fizeram várias vezes,

como vimos). Como 99% das questões sobre esse tema exigem a literalidade da

lei, transcrevo, na íntegra, o dispositivo – art. 28, § 9º da LOCSS – com alguns

COMENTÁRIO: meus quando necessário. Divirtam-se.

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente:
a) os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o salário-ma-
ternidade;

O salário-maternidade, como vimos, é expressamente previsto como integran-

te do SC, pelo parágrafo 2º do mesmo art. 28 da LOCSS.

b) as ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos termos da Lei
n. 5.929, de 30 de outubro de 1973;

A Lei n. 5.929 seguramente não será cobrada em nenhuma prova de Previdenci-

ário, então você não tem a obrigação de saber em que consistem esses adicionais;

mas aos curiosos, lá vai. A ajuda de custo é prevista para indenização (palavra-

-chave relevante para o tema em estudo) de despesas de mudança no caso de

transferência permanente do aeronauta; seu valor é de no mínimo quatro meses

de salário.

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Já o adicional mensal se refere à hipótese de transferência provisória e corres-

ponde a um acréscimo não inferior a 25% do salário do aeronauta, enquanto durar

a transferência.

c) a parcela “in natura” recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados


pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, nos termos da Lei n. 6.321, de 14
de abril de 1976;

Sintetizando – a empresa que fornece refeições aos empregados, nos termos

do PAT – Programa de Alimentação do Trabalhador, não precisa incluir no salário de

contribuição o valor despendido;

De acordo com o STJ, não incide contribuição sobre o auxílio-alimentação pago

in natura, esteja ou não a empresa inscrita no PAT. Mas o auxílio-alimentação

pago em dinheiro não tem a mesma sorte... contribuição nele!

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO PAGO IN NA-


TURA. NÃO INCIDÊNCIA. PAGAMENTO EM PECÚNIA. INCIDÊNCIA. INSCRIÇÃO NO PRO-
GRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR – PAT. DESNECESSIDADE. SÚMULA 83/
STJ. DECISÃO MANTIDA. 1. Não incide contribuição previdenciária “em relação ao
auxílio-alimentação, que, pago in natura, não integra a base de cálculo da contribuição
previdenciária, esteja ou não a empresa inscrita no PAT. Ao revés, pago habitual-
mente e em pecúnia, há a incidência da referida exação” (REsp. 1.196.748/RJ, Rel.
Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, Segunda Turma, DJe 28/9/2010). 2. A Súmula 83/
STJ aplica-se aos recursos especiais interpostos tanto pela alínea “a” quanto pela alínea
“c” do permissivo constitucional. Agravo regimental improvido.

(STJ – AGRESP 1426319 – Relator Ministro HUMBERTO MARTINS – Segunda Turma –


Julgamento em 06/05/2014 – Publicação em 13/05/2014)

De volta à legislação...

d) as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional consti-


tucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata
o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho-CLT;

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Dispensa COMENTÁRIO:, não é? Lembro apenas que o pagamento das férias

fruídas integra o SC e que o terço constitucional a elas correspondente NÃO inte-

gra o SC, de acordo com o STJ (mas se a questão não se referir expressamente à

Jurisprudência, devemos responder que integra)

8. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO/2013) De acordo com as normas cons-

titucionais e legais acerca do financiamento da seguridade social, julgue o item

seguinte.

Integram o salário de contribuição que equivale à remuneração auferida pelo em-

pregado, as parcelas referentes ao salário e às férias, ainda que indenizadas.

Errado.

A palavrinha-chave indenizadas não nos deixa errar essa questão. O salário integra

o SC, como vimos na aula. As férias fruídas integram o SC, como vimos na aula. As

férias indenizadas NÃO INTEGRAM O SC, como acabamos de ver.

Além disso, não deve ter escapado aos seus olhos, a afirmação de que o salário

de contribuição “equivale à remuneração auferida pelo empregado.” Isso é uma

grande mentira, meu(minha) amigo(a)! A remuneração é muito semelhante ao

SC, mas não é equivalente. O principal ponto de diferenciação, você sabe tão bem

quanto eu, é a existência de limites mínimo e máximo ao SC, que não valem para

a remuneração.

RETOMANDO:

e) as importâncias:
1. previstas no inciso I do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;

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É a indenização (palavra-chave, mais uma vez) por demissão sem justa causa.

2. relativas à indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do


empregado não optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço-FGTS;

Hoje o empregado demitido sem justa causa tem direito ao saque do seu FGTS;

mas antes da Constituição de 1988 o FGTS não era de adesão compulsória, havia

quem não optasse por ele; a estes a CLT assegurava uma indenização correspon-

dente, regra geral, a 1 mês de salário por ano de serviço. Se é indenização (olha

a palavra-chave de novo), não integra o SC.

3. recebidas a título da indenização de que trata o art. 479 da CLT;

É a indenização devida pelo empregador que demite, sem justa causa, o emprega-

do contratado por prazo determinado, antes do decurso do prazo pactuado.

9. (ESAF/RFB/ANALISTA TRIBUTÁRIO/2012) Integra o salário de contribuição:

a) o valor recebido a título de indenização por despedida sem justa causa nos con-

tratos de trabalho por prazo determinado.

b) a parcela in natura recebida de acordo com programa de alimentação aprovado

pelo Ministério do Trabalho e Emprego, nos termos da Lei da Alimentação do Tra-

balhador.

c) a importância recebida a título de férias indenizadas e respectivo adicional cons-

titucional.

d) o valor recebido como indenização de 40% do montante depositado no FGTS,

como proteção à relação de emprego contra despedida arbitrária ou sem justa causa.

e) a remuneração auferida, a qualquer título, em uma ou mais empresas, por tra-

balhador avulso, durante o mês, destinado a retribuir o trabalho.

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Letra e.
item a item.
a) Errada. LOCSS, art. 28, § 9º, alínea e, item 3:

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
e) as importâncias: [...]
3. recebidas a título da indenização de que trata o art. 479 da CLT;

Ou, com redação mais compreensível, RPS, art. 214, § 9º, inciso V, alínea ‘c’:

Art. 214. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição, exclusivamente: [...]


V – as importâncias recebidas a título de: [...]
c) indenização por despedida sem justa causa do empregado nos contratos por prazo
determinado, conforme estabelecido no art. 479 da Consolidação das Leis do Trabalho;

b) Errada. LOCSS, art. 28, § 9º, c:

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
c) a parcela “in natura” recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados
pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, nos termos da Lei n. 6.321, de 14
de abril de 1976;

c) Errada. LOCSS, art. 28, § 9º, d;

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
d) as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional consti-
tucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata
o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho-CLT;

d) Errada. LOCSS, art. 28, § 9º, e, item 1:

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
e) as importâncias:
1. previstas no inciso I do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;

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Ou, com redação mais compreensível, RPS, art. 214, § 9º, inciso V, alínea ‘a’:

Art. 214. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição, exclusivamente: [...]


V – as importâncias recebidas a título de:
a) indenização compensatória de quarenta por cento do montante depositado no Fundo
de Garantia do Tempo de Serviço, como proteção à relação de emprego contra despe-
dida arbitrária ou sem justa causa, conforme disposto no inciso I do art. 10 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias;

e) Correta. Essa é o conceito por excelência de SC do Trabalhador Avulso, previsto

no art. 28, I, da LOCSS:

Art. 28. Entende-se por salário de contribuição:


I – para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais
empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou credita-
dos a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que
seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades
e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente
prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos
termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou
sentença normativa;

Voltando à LOCSS...

4. recebidas a título da indenização de que trata o art. 14 da Lei n. 5.889, de 8 de junho


de 1973;

Essa Lei trata do trabalho rural; a indenização mencionada é devida ao safrista

(trabalhador contratado no período de safra, quando ocorre aumento na atividade

agrícola) após a expiração normal do contrato. Vejam o que diz o art. 14: “Expirado

normalmente o contrato, a empresa pagará ao safrista, a título de indenização do

tempo de serviço, importância correspondente a 1/12 (um doze avos) do salário

mensal, por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias.”

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5. recebidas a título de incentivo à demissão;

O bom e velho PDV – Programa de Demissão Voluntária.

6. recebidas a título de abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da CLT;

Esse abono de férias do art. 143 é o que, no popular, denominamos “férias ven-

didas”. O empregado opta por “vender” 10 dias de suas férias, recebendo o valor

correspondente em dinheiro.

Já o art. 144 da CLT trata da possibilidade de pagamento de abono em virtude

de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de convenção ou

acordo coletivo; se tal abono não exceder a 20 dias do salário, não integra o SC.

7. recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do


salário;

Lembram o conceito mais básico de salário de contribuição? Rendimentos desti-

nados a retribuir o trabalho. Também entram no conceito as parcelas HABITUAIS

recebidas. Ganhos eventuais não são parcelas pagas com habitualidade, e não se

destinam a retribuir o trabalho... os abonos expressamente desvinculados do

salário também não integram o SC. Se são vinculados ao salário, integrarão o SC.

8. recebidas a título de licença-prêmio indenizada;

É a mesma lógica das férias indenizadas. Se não pode usufruir a licença-prêmio

e recebeu o equivalente em pecúnia, não há caráter remuneratório, mas indeniza-

tório. Tá fora do SC. Simples assim.

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10. (ESAF/MPOG/ANALISTA TÉCNICO DE POLÍTICAS SOCIAIS/2012) Não integram

o salário de contribuição, segundo o Regulamento da Previdência Social:

I – a ajuda de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta, nos termos

da legislação pertinente;

II – indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do em-

pregado optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;

III – indenização por despedida com justa causa do empregado nos contratos por

prazo determinado, conforme estabelecido no art. 479 da Consolidação das

Leis do Trabalho;

IV – incentivo à demissão.

Analisando as assertivas é correto afirmar:

a) Todas as opções atendem ao enunciado da questão.

b) Somente a opção II atende ao enunciado da questão.

c) Somente a opção IV não atende ao enunciado da questão.

d) As opções II e III não atendem ao enunciado da questão.

e) Somente a opção I não atende ao enunciado da questão.

Letra d.

Item a item.

Aqui vamos fugir um pouco da LOCSS, porque a banca nos direciona ao RPS. As

parcelas não integrantes do SC, no RPS, estão no art. 214, § 9º. Com isso em men-

te, vamos adiante.

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I – Correta. RPS, art. 214, § 9º, II;

II – Errada. Chamo a atenção para o detalhismo absurdo da banca. Isso não mede

conhecimento... acerta quem tem melhor memória. Leiam a previsão CORRETA do

RPS relativa à hipótese:

Art. 214. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição, exclusivamente: [...]


V – as importâncias recebidas a título de: [...]
b) indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do empregado
não optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;

A indenização paga aos OPTANTES pelo FGTS são os famosos 40%, objeto de OU-

TRA disposição regulamentar.

Agora eu pergunto: dá para dizer que um candidato que erra uma questão dessas

é menos preparado para o trabalho do que um que acerta? Penso, com respeito às

opiniões contrárias, que NÃO. Mas o que se pode fazer? Se as bancas fogem muito

da literalidade da lei acabam flertando com a excessiva subjetividade, dando mar-

gem a intermináveis recursos.

Blindar a questão com o uso exclusivo da letra da lei, embora não seja a melhor

ferramenta de avaliação, é o que garante a manutenção do gabarito. Não sei se re-

parou, mas já sabemos, agora, o gabarito. Com a assertiva I correta e a II errada,

só há UMA possibilidade de resposta. Legal, não é mesmo?

III – Errada. Veja o que diz o art. 214, § 9º, inciso V, alínea ‘c’ do RPS:

Art. 214. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição, exclusivamente: [...] V – as


importâncias recebidas a título de: [...]
c) indenização por despedida sem justa causa do empregado nos contratos por prazo
determinado, conforme estabelecido no art. 479 da Consolidação das Leis do Trabalho;

IV – Correta. RPS, Art. 214, § 9º, inciso V, alínea ‘e’.

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E vamos prosseguir, pois o tempo é curto, e a matéria é loooooooooooonga.

9. recebidas a título da indenização de que trata o art. 9º da Lei n. 7.238, de 29 de


outubro de 1984;

Lei n. 7.238/1984, art. 9º:

Art. 9º O empregado dispensado, sem justa causa, no período de 30 (trinta) dias


que antecede a data de sua correção salarial, terá direito à indenização adicional
equivalente a um salário mensal, seja ele optante ou não pelo Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço – FGTS.

f) a parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria;

POLÊMICA!! Durante um bom tempo entendeu-se que o vale-transporte

pago em dinheiro deveria ser objeto de incidência da contribuição previdenciá-

ria. Essa era a corrente judicial dominante, encabeçada pelo STJ. No entanto, em

14/05/2010, o STF, ao julgar o Recurso Extraordinário n. 478.410/SP, disse o que,

para qualquer leigo, soaria óbvio: pago ou não em dinheiro, vale-transporte

é vale-transporte, não é salário. A partir daí, o STJ revisou seu entendimento.

Desde então, vale-transporte não sofre incidência de contribuição, seja ou não

pago em dinheiro. Nos termos da Lei, no entanto, INCIDE contribuição so-

bre o VT pago em dinheiro.

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. VALE-TRANSPORTE. PAGA-


MENTO EM PECÚNIA. NÃO INCIDÊNCIA. PRECEDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FE-
DERAL. REVISÃO DA JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE SUPERIOR.
1. Com a decisão tomada pela Excelsa Corte, no RE 478.410/SP, Rel. Min. Eros Grau, em
que se concluiu ser inconstitucional a incidência da contribuição previdenciária
sobre o vale-transporte pago em pecúnia, houve revisão da jurisprudência deste
Tribunal Superior, a fim de se adequar ao precedente citado. Assim, não merece acolhi-
da a pretensão da recorrente, de reconhecimento de que, “se pago em dinheiro o bene-
fício do vale-transporte ao empregado, deve este valor ser incluído na base de cálculo
das contribuições previdenciárias”. 2. Precedentes da Primeira Seção: EREsp 816.829/

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RJ, Rel. Min. Castro Meira, Primeira Seção, DJe 25/03/2011; e AR 3.394/RJ, Rel. Min.
Humberto Martins, Primeira Seção, DJe 22/09/2010. 3. Recurso especial não provido.

(STJ – RESP 1257192 – Relator Ministro CASTRO MEIRA – Segunda Turma – Julgamento
em 04/08/2011 – Publicação em 15/08/2011)

E novamente voltando à legislação, para não perder o fio da meada...

g) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mu-


dança de local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da CLT;

Se o empregador transferir compulsoriamente o empregado para localidade que

acarrete mudança de domicílio, as despesas resultantes da transferência correrão

por conta do empregador. Nítido o caráter indenizatório da parcela. Se é indeni-

zação, está fora do SC.

11. (FCC/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2012) José exerce a atividade de

garçom, na qualidade de empregado do Restaurante X, e recebeu no mês de de-

zembro, além do salário mensal, o décimo terceiro salário, gorjetas, vale-refeição,

de acordo com o programa do Ministério do Trabalho, horas extras, vale-transporte,

na forma da legislação própria, férias indenizadas e respectivo adicional constitu-

cional. Nessa situação, integram o salário de contribuição de José

a) o salário mensal, o décimo terceiro salário, as gorjetas e as horas extras.

b) o salário mensal, o vale-transporte, o décimo terceiro salário e o vale-refeição.

c) o salário mensal, as férias indenizadas e respectivo adicional e o vale-refeição.

d) o salário mensal, o décimo terceiro salário, as gorjetas e o vale-refeição.

e) o décimo terceiro salário, as gorjetas, o vale-refeição, as férias indenizadas e o

respectivo adicional.

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Letra a.

Aqui a FCC nos exige o conhecimento das parcelas integrantes e não integrantes

do SC. Vamos ver o que podemos dizer de cada uma das verbas mencionadas nas

assertivas?

Salário – integra o SC;

13º salário – integra o SC;

Gorjetas – integram o SC;

Horas extras – integram o SC;

Vale-transporte – não integra o SC;

Vale-refeição, de acordo com o programa do Ministério do Trabalho – não integra

o SC;

Férias indenizadas e adicional respectivo – não integram o SC.

E pronto. Como as assertivas “b”, “c”, “d” e “e” contêm, em sua lista, parcelas não

integrantes do SC, estão erradas.

Tudo entendido? Posso prosseguir?

h) as diárias para viagens;

Até o começo de novembro de 2017 havia um complemento ao texto desta alí-

nea – assegurando a isenção apenas quando o valor das diárias não ultrapassasse

50% do valor total da remuneração do segurado. A Lei n. 13.467/2017, no entanto,

suprimiu essa parte final. Sendo diárias, está isento. Não há incidência de contri-

buição previdenciária sobre as diárias para viagens em nenhuma hipótese. Ficou

claro???

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i) a importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiá-


rio, quando paga nos termos da Lei n. 6.494, de 7 de dezembro de 1977;

Essa lei foi revogada pela Lei n. 11.788/2008, mas a regra continua valendo. O

estagiário contratado nos termos da Lei n. 11.788/2008 não é segurado da Pre-

vidência Social; desse modo, nada mais lógico que afastar a incidência de contri-

buição sobre sua bolsa. Mas se os termos e condições da referida lei forem desres-

peitados, o estagiário se tornará segurado empregado e, desse modo, haverá a

incidência.

j) a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de


acordo com lei específica;

A Lei específica aí referida é a de n. 10.101/2000. Se a PLR for paga de acordo

com os termos nela prescritos, não integra o SC; caso contrário, será sim objeto de

incidência de contribuição.

Nos termos da Lei n. 10.101, é vedado o pagamento de qualquer antecipação

ou distribuição de valores a título de participação nos lucros ou resultados da em-

presa em mais de 2 (duas) vezes no mesmo ano civil e em periodicidade in-

ferior a 1 (um) trimestre civil.

Pagamentos de PLR que desobedeçam essas restrições que acabo de citar in-

tegrarão o SC.

l) o abono do Programa de Integração Social-PIS e do Programa de Assistência ao Ser-


vidor Público-PASEP;

O abono é assegurado anualmente aos trabalhadores cadastrados há pelo me-

nos 5 anos no PIS/PASEP que receberam até 2 (dois) salários mínimos médios de

remuneração mensal no período trabalhado e que tenham exercido atividade remu-

nerada pelo menos durante 30 (trinta) dias no ano-base.

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Tal abono não é pago pelo empregador... então não se destina a retribuir o tra-

balho. Se não se destina a retribuir o trabalho, não é remuneração. Se não é remu-

neração, ESTÁ FORA DO SC!

m) os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação fornecidos pela


empresa ao empregado contratado para trabalhar em localidade distante da de sua re-
sidência, em canteiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento
e estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho;

Lembram quando eu disse que remuneração é o valor pago pelo trabalho, e

que não deveríamos confundi-la com o valor pago para o trabalho? Aqui está o

exemplo perfeito disso. A empresa fornece transporte, alimentação e habitação não

como contraprestação ao trabalho executado – isso seria pagamento em utilidades,

que integra o SC, como você bem sabe – mas para assegurar as condições ne-

cessárias para a execução do trabalho.

n) a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxílio-


-doença, desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da
empresa;

Você conhece o benefício denominado auxílio-doença? É um dos mais co-

muns. Ele é devido ao segurado que se incapacitar para o trabalho ou sua atividade

habitual. Sua renda corresponde a 91% do salário de benefício. E é aí que entra

essa alínea em estudo. Um segurado empregado muito provavelmente receberá, a

título de auxílio-doença, menos do que recebia na empresa. Algumas empresas,

em função disso, asseguram aos seus empregados uma complementação de ren-

da, para que o empregado afastado em razão de auxílio-doença receba o mesmo

valor que recebia na ativa.

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Se essa complementação for extensiva a todos os funcionários da empresa,

estará FORA DO SC. Mas se, por exemplo, apenas gerentes e diretores têm direito

a esta parcela, ela integrará o SC.

12. (FCC/TRT 15ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2013) Integra o salário de con-

tribuição, devendo incidir contribuições previdenciárias:

a) o auxílio-doença e o auxílio-acidente pagos pela Previdência Social a emprega-

dos, nos termos e limites legais.

b) a parcela “in natura” recebida de acordo com os programas de alimentação

aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

c) a parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria.

d) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de

mudança de local de trabalho do empregado.

e) a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do au-

xílio-doença, quando este direito não seja extensivo à totalidade dos empregados.

Letra e.

Item a item.

a) Errada. LOCSS, art. 28, § 9º, a. Não integram o salário de contribuição os be-

nefícios previdenciários. A única exceção é o salário-maternidade:

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente:
a) os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o salário-ma-
ternidade;

b) Errada. LOCSS, art. 28, § 9º, c;

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Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
c) a parcela “in natura” recebida de acordo com os programas de alimentação aprovados
pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, nos termos da Lei n. 6.321, de 14
de abril de 1976;

c) Errada. LOCSS, art. 28, § 9º, f;

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
f) a parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria;

d) Errada. LOCSS, art. 28, § 9º, g;

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
g) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mu-
dança de local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da CLT;

e) Correta. Se a verba é disponibilizada à TOTALIDADE dos empregados, então

não integrará o SC. Caso contrário – não há previsão expressa nesse sentido, mas

é o que se subentende da disposição legal – integrará. Simples assim.

13. (TRT15R/TRT 15ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2012/ADAPTADA) A Lei n.

8212/1991 estipula quais são as verbas que não integram o salário de contribuição,

para os fins desta Lei. Analise as assertivas abaixo e, após, responda:

I – Não integram o salário de contribuição: a parcela recebida a título de vale-

-transporte, na forma da legislação própria; a ajuda de custo, em parcela

única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de tra-

balho do empregado, na forma do art. 470 da CLT; as diárias para viagens,

qualquer que seja o seu valor;

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II – Não integram o salário de contribuição: a importância recebida a título de

bolsa de complementação educacional de estagiário quando paga nos termos

da Lei n. 6.494/1977; a remuneração trezena ou 13º salário; a participação

nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo

com lei específica; o abono do Programa de Integração Social-PIS e do Pro-

grama de Assistência ao Servidor Público-PASEP.

III – Não integram o salário de contribuição: os valores correspondentes a trans-

porte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado con-

tratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em can-

teiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e

estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do

Trabalho; a importância paga à segurada, pelo INSS, a título de salário-ma-

ternidade.

IV – Não integra o salário de contribuição: a importância paga ao empregado a

título de complementação ao valor do auxílio-doença, desde que este direito,

seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa.

a) Todas as assertivas estão corretas.

b) Estão corretas somente as assertivas I e II.

c) Estão corretas somente as assertivas II e III.

d) Está correta somente a assertiva IV.

e) Estão corretas somente as assertivas I e IV.

Letra e.

Item a item.

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Vamos lá... mais uma vez, assertiva por assertiva. Todas as alíneas citadas são do

§ 9º do art. 28 da LOCSS, ok?

I – Correta.

Vale-transporte – não integra o SC. Alínea f;

Ajuda de custo – não integra o SC. Alínea g;

Diárias para viagens – não integram o SC. Alínea h.

II – Errada.

Bolsa de estágio – não integra o SC. Alínea i;

13º salário – integra o SC, exceto para cálculo do benefício; LOCSS, art. 28, §7º;

PLR de acordo com lei específica – não integra o SC. Alínea j;

Abono do PIS/PASEP – não integra o SC. Alínea l.

III – Errada.

Transporte, alimentação, habitação etc. – não integra o SC. Alínea m;

Salário-maternidade – integra o SC. LOCSS, art. 28, §2º.

IV – Correta.

Complementação do auxílio-doença – não integra o SC, quando extensivo à totali-

dade dos empregados da empresa. Alínea n.

E segue o enterro...

o) as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria canavieira, de


que trata o art. 36 da Lei n. 4.870, de 1º de dezembro de 1965;

Esse artigo da Lei n. 4.870 acima mencionado foi revogado em outubro de

2013, pela Lei n. 12.865; Portanto, não mais existem as parcelas de assistência.

O tal art. 36 obrigava os produtores de cana, açúcar e álcool a aplicar, em benefício

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dos trabalhadores industriais e agrícolas das usinas, em serviços de assistências

médica, hospitalar, farmacêutica e social:

a) de 1% (um por cento) sobre preço oficial de saco de açúcar de 60 (sessenta)

quilos, de qualquer tipo;

b) de 1% (um por cento) sobre o valor oficial da tonelada de cana entregue, a

qualquer título, às usinas, destilarias anexas ou autônomas;

c) de 2% (dois por cento) sobre o valor oficial do litro de álcool de qualquer tipo

produzido nas destilarias.

p) o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa
de previdência complementar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade
de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da
CLT;

Se o empregador contribui para o plano de previdência complementar de seus

funcionários – desde que tal plano esteja disponível para todos seus empregados

e dirigentes – essa parcela ESTÁ FORA DO SC.

q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio


da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamen-
tos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e
outras similares;

CUIDADO AQUI – NOVIDADE DO FINALZINHO DE 2017. A redação anterior

só excluía estes valores da incidência de contribuição se a cobertura abrangesse

a totalidade dos empregados e dirigentes da empresa. A Lei da Reforma Tra-

balhista (Lei n. 13.467/2017) ampliou o alcance (incluiu próteses e órteses, que

não constavam expressamente no dispositivo) e eliminou a exigência da abran-

gência total. Desde novembro de 2017, portanto, estes valores não integram o

SC em nenhuma hipótese.

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r) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao


empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços;

Ao dizer que o vestuário, equipamentos e acessórios são usados para a presta-

ção dos respectivos serviços o legislador já facilitou nossa vida. Se não é um paga-

mento pelo trabalho, mas para o trabalho, ESTÁ FORA DO SC. Moleza!

s) o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso creche


pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis
anos de idade, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas;

Se o objetivo da verba é RESSARCIR despesas, está fora do SC. Simples

assim.

t) o valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo, que vise à educação básica
de empregados e seus dependentes e, desde que vinculada às atividades desenvolvidas
pela empresa, à educação profissional e tecnológica de empregados, nos termos da Lei
n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e:
1. não seja utilizado em substituição de parcela salarial; e
2. o valor mensal do plano educacional ou bolsa de estudo, considerado individualmen-
te, não ultrapasse 5% (cinco por cento) da remuneração do segurado a que se destina
ou o valor correspondente a uma vez e meia o valor do limite mínimo mensal do salário
de contribuição, o que for maior;

O plano educacional ou bolsa de estudos da EDUCAÇÃO BÁSICA (ensino funda-

mental e médio, só), mesmo que extensível aos dependentes dos empregados, não

integra o SC. Já o apoio a educação profissional e tecnológica só será beneficiado

com a não incidência de contribuição se vinculada às atividades desenvolvidas

pela empresa. Simples, não?

Atenção para os limites estabelecidos no item 2:

Se o valor pago for igual ou inferior a R$ 1.431,00 (uma vez e meia o salário

mínimo nacional de 2018) ESTÁ FORA DO SC;

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Se for superior a tal limite, mas inferior a 5% da remuneração do segurado a

que se destina, ESTÁ FORA DO SC TAMBÉM;

Mas se for superior ao referido limite e superior a 5% da remuneração do segu-

rado a que se destina, aí já era... contribuição nele!

u) a importância recebida a título de bolsa de aprendizagem garantida ao adolescente


até quatorze anos de idade, de acordo com o disposto no art. 64 da Lei n. 8.069, de 13
de julho de 1990;

NÃO ACREDITO que caia uma questão sobre esse item. Isso porque a Cons-

tituição, desde o ano de 1998, proíbe qualquer trabalho ao menor de 14 anos.

Então não há que se falar em bolsa de aprendizagem até os 14 anos, se o menor

simplesmente não pode trabalhar. Mas vai que a banca cobre uma decoreba da

LOCSS, né? Por isso a alínea está transcrita aqui, pois você precisa saber que ela

existe.

v) os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais;

Dispensa comentários:

x) o valor da multa prevista no § 8º do art. 477 da CLT.

Multa cobrada se o empregador atrasar o pagamento das verbas rescisórias.

Está na cara que não se destina a retribuir o trabalho... então, ESTÁ FORA DO SC.

y) o valor correspondente ao vale-cultura.

Entrou na lista em dezembro de 2012, por meio da Lei n. 12.761, que criou o

vale-cultura. Esse vale-cultura corresponde ao valor de R$ 50,00 mensais, desti-

nados a fornecer aos trabalhadores meios para o exercício dos direitos culturais e

acesso às fontes da cultura. ESTÁ FORA DO SC, por expressa previsão legal.

z) os prêmios e os abonos.

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O caçula do grupo, entrou aqui por meio da Lei da Reforma Trabalhista, em no-

vembro de 2017.

14. (FCC/TRT 1ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2013) Integra o salário de contribui-

ção, devendo incidir as contribuições previdenciárias:

a) As importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional

constitucional.

b) A participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada

de acordo com lei específica.

c) O valor das contribuições vertidas pelo empregador a plano de previdência com-

plementar, aberto ou fechado, quando tal direito não seja disponível à totalidade

dos empregados.

d) O valor correspondente ao vale-cultura.

e) O valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios forneci-

dos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos

serviços.

Letra c.

Item a item.

O professor aqui não cansa de bater na mesma tecla: a decoreba é indispensável.

Leia quantas vezes puder a legislação. Leia quantas vezes puder o material da aula.

Porque há questões nas quais só a decoreba nos salva.

Nessa que ora estamos analisando, se você conhece a legislação, sente que há algo

estranho com uma das assertivas... vamos ver.

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a) Errada. As férias indenizadas e seu respectivo adicional constitucional não inte-

gram o SC, por expressa previsão do art. 28, § 9º, d da LOCSS:

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
d) as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional consti-
tucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata
o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho-CLT;

b) Errada. A participação nos lucros, quando paga ou creditada de acordo com lei

específica, não integra o SC, por expressa previsão do art. 28, § 9º, j da LOCSS:

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
j) a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de
acordo com lei específica;

c) Correta. Temos aqui nosso gabarito. Se você conhece ao menos um pouquinho

a legislação, ou leu com atenção a aula, matou a charada. A contribuição para o

plano de previdência complementar só é excluída do SC quando disponível à tota-

lidade dos empregados e dirigentes.

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
p) o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a programa
de previdência complementar, aberto ou fechado, desde que disponível à totalidade
de seus empregados e dirigentes, observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da
CLT;

Da leitura da disposição legal transcrita, resta óbvio que, se não disponível à tota-

lidade dos empregados e dirigentes, o montante integra o SC.

d) Errada. Quando digo que as bancas têm tara por inovações legislativas, é a isso

que me refiro. O vale-cultura foi criado em dezembro de 2012. A mesma lei que

o criou inseriu a alínea y no art. 28, § 9º da LOCSS, excluindo a verba referida do

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conceito de SC, e a FCC logo tratou de incluir essa novidade nas provas. O concurso

de onde a presente questão foi extraída ocorreu em 2013.

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
y) o valor correspondente ao vale-cultura.

e) Errada. As parcelas mencionadas não integram o SC, por expressa previsão do

art. 28, § 9º, r da LOCSS.

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
r) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos ao
empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços;

15. (ESAF/RFB/AUDITOR-FISCAL/2012) Sobre as verbas que não integram o sa-

lário de contribuição, analise os itens a seguir, classificando-os como corretos ou

incorretos, para, a seguir, assinalar a assertiva que corresponda à sua opção.

I – A ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência

de mudança de local de trabalho do empregado.

II – A importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de

estagiário quando paga nos termos da Lei n. 6.494/1977.

III – A participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou credi-

tada de acordo e nos limites de lei específica.

IV – O abono do Programa de Integração Social-PIS e do Programa de Assistência

ao Servidor Público-PASEP.

V – A importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do

auxílio-doença, desde que este direito seja extensivo aos demais emprega-

dos da empresa.

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Estão corretos apenas os itens:

a) I, II e IV.

b) II, IV e V.

c) II e V.

d) I e V.

e) Todos os itens estão corretos.

Letra e.

Item a item.

I – Correta. A verba mencionada não integra o SC, por força do art. 28, § 9º, g

da LOCSS:

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
g) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de mu-
dança de local de trabalho do empregado, na forma do art. 470 da CLT;

As alternativas “b” e “c” já estão eliminadas.

II – Correta. O examinador, por apego à literalidade da lei, não se dispôs a in-

serir a referência legislativa correta. Já sabemos que hoje a Lei do Estágio é de n.

11.788/08. Mas o que importa é sabermos que a bolsa referente a um estágio reali-

zado nos termos da legislação reguladora não integra o SC. LOCSS, art. 28, § 9º, i:

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
i) a importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de estagiá-
rio, quando paga nos termos da Lei n. 6.494, de 7 de dezembro de 1977;

Que interessante! A alternativa “d” também já era. Das 5 proposições para análise,

só precisaríamos avaliar mais UMA (a III ou a V, como preferirem) para chegar ao

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gabarito. Quanto tempo se ganha com isso na prova? Mas isso vale na prova. Aqui

tenho a obrigação de explicar TUDO a você.

III – Correta. LOCSS, art. 28, § 9º, ‘j’:

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
j) a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de
acordo com lei específica;

Pronto... já sei que a IV e a V estão corretas, porque a análise até agora realizada

só me deixa essa opção. Mas vamos atrás dos fundamentos para tanto.

IV – Correta. LOCSS, art. 28, § 9º, l;

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
l) o abono do Programa de Integração Social-PIS e do Programa de Assistência ao Ser-
vidor Público-PASEP;

V – Correta. LOCSS, art. 28, § 9º, n;

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
n) a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do auxílio-do-
ença, desde que este direito seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa;

Já estamos quase no fim, aluno(a)!

Como assim, “quase”, professor? Acabaram as hipóteses da LOCSS!

Exato, meu(minha) amigo(a)... mas o RPS nos reserva ainda algumas surpre-

sas. Vamos ver??

Ele contém as parcelas não integrantes do SC no art. 214, § 9º. Não vou trans-

crevê-lo na íntegra porque quase tudo o que ali está nós acabamos de estudar.

Fiquemos apenas com as novidades.

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RPS – Art. 214. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição, exclusivamente: [...]
IV – as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional cons-
titucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de
que trata o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho;

Das férias indenizadas, com seu adicional, já falamos. Mas e a dobra da remu-

neração de férias, o que seria? Veja o art. 137 da CLT:

Art. 137. Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134,
o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração.

O prazo do art. 134 é de 12 meses após a data da aquisição do direito às férias.

Exemplo:

José foi contratado em 1º de abril de 2012. Em 1º de abril de 2013 completou seu

primeiro ano de trabalho e, em consequência, adquiriu direito a férias; seu empre-

gador tem até março de 2014 para conceder-lhe as férias, sob pena de pagar

em dobro a remuneração a elas correspondente.

Sobre esse valor pago em dobro é que não incide contribuição.

Retornando...

V – as importâncias recebidas a título de: [...]


m) outras indenizações, desde que expressamente previstas em lei; [...]

Essa disposição visa evitar enxurradas de demandas judiciais. Se não houvesse

essa previsão genérica, novas parcelas de caráter indenizatório que viessem a ser

criadas sofreriam incidência de contribuição previdenciária, porque a adminis-

tração só pode se pautar pelo que estiver expressamente previsto em lei ou ato

normativo.

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A previsão ora em estudo age de forma preventiva, antecipando-se a eventuais

criações legislativas que resultem em novas verbas indenizatórias. A não incidência

previdenciária já está assegurada.

XXIV – o reembolso babá, limitado ao menor salário de contribuição mensal e condi-


cionado à comprovação do registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social da em-
pregada, do pagamento da remuneração e do recolhimento da contribuição previdenci-
ária, pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de
seis anos de idade da criança; e

Se destina a reembolsar despesas... então é nítido o caráter indenizatório,

e não remuneratório. O reembolso babá é irmão do reembolso-creche, destinado

àqueles que optam por contratar babá para cuidar de seus filhos, ao invés de colo-

cá-los na creche. Simples assim.

Este reembolso será limitado ao salário mínimo nacional.

XXV – o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo a prê-
mio de seguro de vida em grupo, desde que previsto em acordo ou convenção
coletiva de trabalho e disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes,
observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da Consolidação das Leis do Trabalho.

Se a empresa paga previdência complementar para todos, o valor desse paga-

mento está fora do SC, como já vimos; e se paga seguro de vida em grupo, tam-

bém para TODOS os seus empregados e dirigentes? Bem... também ESTÁ FORA

DO SC. Simples assim.

Vamos exercitar mais um pouco??

16. (ESAF/PGFN/PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL/2015) Segundo a legisla-

ção e a jurisprudência dos tribunais superiores, integra o salário de contribuição:

a) o auxílio-creche.

b) o aviso-prévio indenizado.

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c) o vale transporte pago em pecúnia ao empregado.

d) a verba paga a título de incentivo à demissão.

e) a verba paga pelo empregador ao pai nos primeiros cinco dias após o nascimen-

to do filho (salário-paternidade).

Letra e.

O enunciado nos pede a resposta com base na legislação e na jurisprudência. Como

pode ver, todas as verbas ali mencionadas foram estudadas nesta aula. Vamos ana-

lisar, uma a uma, as proposições?

a) Errada. Eis uma verba sobre a qual a incidência de contribuição é afastada, ex-

pressamente, pela legislação. Na LOCSS diz:

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, ex-
clusivamente: [...]
s) o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso cre-
che pago em conformidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de
seis anos de idade, quando devidamente comprovadas as despesas realizadas;

b) Errada. O aviso prévio indenizado é uma verba que nos submete à dupla res-

posta. Se respondermos com base na lei, sobre ela incide contribuição. Se o fun-

damento for a jurisprudência, não incide, como podemos ver do seguinte acórdão

do STJ:

PROCESSUAL CIVIL. RECURSOS ESPECIAIS. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDEN-


CIÁRIA A CARGO DA EMPRESA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. DISCUSSÃO
A RESPEITO DA INCIDÊNCIA OU NÃO SOBRE AS SEGUINTES VERBAS: TERÇO CONSTI-
TUCIONAL DE FÉRIAS; SALÁRIO MATERNIDADE; SALÁRIO PATERNIDADE; AVISO PRÉ-
VIO INDENIZADO; IMPORTÂNCIA PAGA NOS QUINZE DIAS QUE ANTECEDEM O AUXÍ-
LIO-DOENÇA. [...] 2.2 Aviso prévio indenizado. A despeito da atual moldura legislativa
(Lei n. 9.528/97 e Decreto 6.727/2009), as importâncias pagas a título de indeni-
zação, que não correspondam a serviços prestados nem a tempo à disposição
do empregador, não ensejam a incidência de contribuição previdenciária. A CLT

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estabelece que, em se tratando de contrato de trabalho por prazo indeterminado, a par-


te que, sem justo motivo, quiser a sua rescisão, deverá comunicar a outra a sua inten-
ção com a devida antecedência. Não concedido o aviso prévio pelo empregador, nasce
para o empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida
sempre a integração desse período no seu tempo de serviço (art. 487, § 1º, da CLT).
Desse modo, o pagamento decorrente da falta de aviso prévio, isto é, o aviso
prévio indenizado, visa a reparar o dano causado ao trabalhador que não fora
alertado sobre a futura rescisão contratual com a antecedência mínima estipu-
lada na Constituição Federal (atualmente regulamentada pela Lei n. 12.506/2011).
Dessarte, não há como se conferir à referida verba o caráter remuneratório pretendido
pela Fazenda Nacional, por não retribuir o trabalho, mas sim reparar um dano.
[...]
(STJ – RESP 1230957 – Relator Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES – Primeira Seção
– Julgamento em 26/02/2014 – Publicação em 18/03/2014)

O enunciado pede que respondamos à questão com base na lei e na jurisprudên-

cia. Portanto, ainda não é esse o gabarito, pois de acordo com os tribunais não

incide contribuição sobre o aviso prévio indenizado. Simples assim.

c) Errada. Novamente dupla resposta. A legislação só afasta a incidência de con-

tribuição previdenciária sobre o VT pago na forma da legislação própria. E a tal le-

gislação própria proíbe o pagamento em dinheiro. Logo, segundo os estritos termos

da Lei, sobre o VT em dinheiro incide contribuição.

Mas o que podemos fazer se o STJ pensa diferente?

TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. VALE-TRANSPORTE. PAGA-


MENTO EM PECÚNIA. NÃO INCIDÊNCIA. PRECEDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FE-
DERAL. REVISÃO DA JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE SUPERIOR.
1. Com a decisão tomada pela Excelsa Corte, no RE 478.410/SP, Rel. Min. Eros Grau,
em que se concluiu ser inconstitucional a incidência da contribuição previden-
ciária sobre o vale-transporte pago em pecúnia, houve revisão da jurisprudência
deste Tribunal Superior, a fim de se adequar ao precedente citado. Assim, não merece
acolhida a pretensão da recorrente, de reconhecimento de que, “se pago em dinheiro
o benefício do vale-transporte ao empregado, deve este valor ser incluído na base de
cálculo das contribuições previdenciárias”. [...]
(STJ – RESP 1257192 – Relator Ministro CASTRO MEIRA – Segunda Turma – Julgamento
em 04/08/2011 – Publicação em 15/08/2011)

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d) Errada. O incentivo à demissão (PDV) é expressamente afastado da base de

incidência de contribuição pela LOCSS:

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, ex-
clusivamente: [...]
e) as importâncias: [...]
5. recebidas a título de incentivo à demissão;

e) Correta. Ufa! Achei que não teríamos gabarito nessa.

O salário-paternidade (o valor pago durante os dias de afastamento do trabalhador

após o nascimento de seu filho) não é expressamente dispensado da contribuição

previdenciária pela legislação. Logo, só poderia ser parcela não integrante do SC

se assim decidido pelos tribunais. Mas eis que o STJ joga por terra a pretensão dos

papais de se liberarem desse desconto:

PROCESSUAL CIVIL. RECURSOS ESPECIAIS. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDEN-


CIÁRIA A CARGO DA EMPRESA. REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. DISCUSSÃO
A RESPEITO DA INCIDÊNCIA OU NÃO SOBRE AS SEGUINTES VERBAS: TERÇO CONSTI-
TUCIONAL DE FÉRIAS; SALÁRIO MATERNIDADE; SALÁRIO PATERNIDADE; AVISO PRÉ-
VIO INDENIZADO; IMPORTÂNCIA PAGA NOS QUINZE DIAS QUE ANTECEDEM O AUXÍ-
LIO-DOENÇA. [...]
1.4 Salário paternidade. O salário paternidade refere-se ao valor recebido pelo empre-
gado durante os cinco dias de afastamento em razão do nascimento de filho (art. 7º,
XIX, da CF/1988, c/c o art. 473, III, da CLT e o art. 10, § 1º, do ADCT). Ao contrário
do que ocorre com o salário maternidade, o salário paternidade constitui ônus da
empresa, ou seja, não se trata de benefício previdenciário. Desse modo, em se
tratando de verba de natureza salarial, é legítima a incidência de contribuição
previdenciária sobre o salário paternidade. Ressalte-se que “o salário-paternidade
deve ser tributado, por se tratar de licença remunerada prevista constitucional-
mente, não se incluindo no rol dos benefícios previdenciários” (AgRg nos EDcl no REsp
1.098.218/SP, 2ª Turma, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe de 9/11/2009). [...]
(STJ – RESP 1230957 – Relator Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES – Primeira Seção
– Julgamento em 26/02/2014 – Publicação em 18/03/2014)

Mais claro, impossível.

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17. (FCC/SERGAS/ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/2010 – ADAPTADA)

Integram o salário de contribuição pelo seu valor total

a) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, pró-

prio da empresa ou por ela conveniado.

b) o salário-maternidade.

c) as importâncias recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressa-

mente desvinculados do salário.

d) as importâncias recebidas a título de licença-prêmio indenizada.

e) o total das diárias pagas, quando excedente a cinquenta por cento da remune-

ração mensal.

Letra b.

Mais uma questãozinha estilo cara-crachá. Vambora?

a) Errada. LOCSS, art. 28, § 9º, q:

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio
da empresa ou por ela conveniado, inclusive o reembolso de despesas com medicamen-
tos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e
outras similares;

b) Certa. LOCSS, art. 28, § 2º:

Art. 28. [...] § 2º O salário-maternidade é considerado salário de contribuição.

c) Errada. LOCSS, art.28, § 9º, e, item 7;

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
e) as importâncias: [...]
7. recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente desvinculados do
salário;

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d) Errada. LOCSS, art.28, § 9º, e, item 8;

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
e) as importâncias: [...]
8. recebidas a título de licença-prêmio indenizada;

e) Errada. LOCSS, art. 28, § 9º, h:

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
h) as diárias para viagens;

18. (CESPE/TRT 5ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2013) Assinale a opção corres-

pondente a remuneração considerada para o cálculo do salário de contribuição.

a) importâncias recebidas a título de adicional constitucional de férias

b) importâncias recebidas a título de incentivo à demissão

c) salário-maternidade

d) benefícios da previdência social

e) importâncias recebidas a título de férias indenizadas

Letra c.

Qual das verbas descritas nas alternativas é integrante do salário de contribuição?

Vejam o que diz a LOCSS:

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente:
a) os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o salário-ma-
ternidade;

Portanto, o salário-maternidade é salário de contribuição. Simples assim.

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E as demais assertivas, são excluídas por qual dispositivo legal?

a) NENHUM. Ocorre que a prova da qual essa questão foi extraída é para o cargo

de Juiz do Trabalho, que precisa dominar em profundidade o entendimento dos Tri-

bunais. E para o STJ já é pacífica a não incidência de contribuição sobre o adicional

de férias.

b) LOCSS, art. 28, § 9º, e, item 5:

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
e) as importâncias: [...]
5. recebidas a título de incentivo à demissão;

d) LOCSS, art. 28, § 9º, a;

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente:
a) os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o salário-ma-
ternidade;

e) LOCSS, art. 28, § 9º, d.

Art. 28. [...] § 9º Não integram o salário de contribuição para os fins desta Lei, exclu-
sivamente: [...]
d) as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional consti-
tucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias de que trata
o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho-CLT;

3. Limites Mínimo e Máximo, Proporcionalidade e Reajustamento

Como limite mínimo temos o piso salarial, legal ou normativo, da categoria ou,

inexistindo este, o salário mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou horário,

conforme o ajustado e o tempo de trabalho efetivo durante o mês (LOCSS, art. 28,

§ 3º).

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Logicamente a previsão de piso salarial se aplica apenas aos empregados,

trabalhadores avulsos e domésticos, já que não há como falar em piso salarial

da categoria em relação a contribuintes individuais (exercem atividade por conta

própria e sua remuneração deriva, logicamente, da quantidade de serviços pres-

tados) e segurados facultativos (não exercem atividade de vinculação obrigatória,

por conseguinte não integram uma ‘categoria profissional’ sujeita a piso salarial).

Por dedução, a estes se aplica a parte final do dispositivo, que impõe como limite

mínimo do SC o salário mínimo nacional (R$ 954,00 em 2018).

No entanto, é possível que seja recolhida contribuição sobre um valor inferior

ao mínimo nacional. Isso pode ocorrer quando a admissão, a dispensa, o afasta-

mento ou a falta do empregado ocorrer no curso do mês pois, nessa hipótese, o

salário de contribuição será proporcional ao número de dias de trabalho efe-

tivo. É isso que determina a LOCSS, em seu art. 28, § 1º. Ainda nessa hipótese o

salário mínimo continuará sendo referência, mas tomado em seu valor diário ou

horário, conforme o caso.

Ainda sobre limite mínimo, diz a LOCSS:

§ 4º O limite mínimo do salário de contribuição do menor aprendiz corresponde à sua


remuneração mínima definida em lei.

Trago isso só para preveni-lo(a) caso a banca cobre a literalidade do texto legal,

pois, na prática, nada muda, já que a CLT garante ao menor aprendiz o “salário

mínimo hora”.

A LOCSS fixou, no § 5º do mesmo art. 28, um limite máximo do SC e determi-

nou que tal valor fosse reajustado a partir da entrada em vigor da Lei, na mesma

época e com os mesmos índices que os do reajustamento dos benefícios de

prestação continuada da Previdência Social. Isso foi seguido desde então e, acres-

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cidos dois reajustamentos extraordinários com origem constitucional (em 1998 e

2003... não vêm ao caso agora), o limite máximo vigente atualmente (2018) é de

R$ 5.645,80.

Exemplo:

José ganha R$ 20.000,00 por mês como empregado em uma indústria. A alíquota

de sua contribuição é de 11%.

a) Quanto a empresa desconta de José a título de contribuição previden-

ciária?

A empresa desconta exatamente R$ 621,03. Como a base de cálculo da contribui-

ção do segurado empregado é o seu salário de contribuição (SC), deve-se respeitar

o limite máximo. Portanto, temos a incidência de 11% apenas sobre o teto do SC,

que é, atualmente, R$ 5.645,80. Facinho, né?

b) E qual o valor da contribuição da empresa?

Já a empresa deverá recolher, além dos R$ 621,03 que descontou de José (é res-

ponsabilidade da empresa arrecadar e recolher a contribuição de seus emprega-

dos) outros R$ 4.000,00.

Caramba, professor... não tem ‘zeros’ a mais aí nesse valor?

Não, meu(minha) amigo(a). A contribuição da empresa é de 20% sobre o va-

lor da remuneração dos empregados a seu serviço. José recebe R$ 20.000,00...

então a empresa contribui com R$ 4.000,00. Simples assim.

Acho que agora está mais do que entendida a importância de saber diferenciar

SC e remuneração, não é?

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19. (CESPE/SEGER-ES/ANALISTA EXECUTIVO/2013 – Adaptada) Em relação às

normas que regulam o salário de contribuição do RGPS, assinale a opção correta.

a) Aplica-se o limite máximo do salário de contribuição às contribuições do empre-

gado e do empregador.

b) Conforme jurisprudência do STJ, incide contribuição previdenciária sobre o valor

relativo às férias gozadas durante a vigência do contrato de trabalho, bem como

sobre o terço constitucional de férias.

c) As parcelas de natureza remuneratória integram o salário de contribuição, mas

não o salário-maternidade, que tem natureza indenizatória.

d) O décimo terceiro salário integra o salário de contribuição, inclusive para o cál-

culo de benefício.

e) Nenhum valor de diária, destinado a indenizar despesas do empregado com

alimentação, hospedagem e deslocamento, quando este precisar se deslocar tran-

sitoriamente a serviço da empresa, integra o salário de contribuição.

Letra e.

Questãozinha fácil para caramba! Vamos partir direto para a análise de cada alter-

nativa?

a) Errada. A contribuição do empregado incide sobre o SC; a contribuição da em-

presa incide sobre a REMUNERAÇÃO. Creio que deixei bem clara a diferença entre

SC e remuneração. Você sabe, também, que a remuneração considerada para fins

de contribuição previdenciária seria uma espécie de “SC sem limite”. Portanto, não

se aplica o limite máximo do SC às contribuições da empresa.

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b) Errada. O STJ andou pisando um pouco fora da faixa, mudou de ideia por um

curtíssimo período, mas o fato é que voltou atrás e, atualmente, vigora plenamente

seu entendimento que já vem, há anos, firmado. A remuneração de férias é sim

passível de incidência da contribuição previdenciária; o terço constitucional, por ter

caráter indenizatório, não.

c) Errada. As parcelas de natureza remuneratória integram o SC. Até aí, tudo cer-

to. Mas o salário-maternidade não tem natureza indenizatória, e sim REMUNERA-

TÓRIA. E se é remuneração, incide contribuição. Integra o SC.

d) Errada. Veja o que diz a LOCSS e prestem atenção, pois farei um discreto des-

taque na parte que interessa:

Art. 28. [...] § 7º O décimo-terceiro salário (gratificação natalina) integra o salário


de contribuição, exceto para o cálculo de benefício, na forma estabelecida em
regulamento.

Preciso dizer mais alguma coisa?

e) Correta. Essa é a nova regra, em vigor desde novembro de 2017. As diárias,

atualmente, não integram o salário de contribuição em nenhuma hipótese.

20. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2016) No próximo item é apre-

sentada uma situação hipotética acerca de salário de contribuição, seguida de uma

assertiva a ser julgada.

Gustavo inscreveu-se na previdência social na condição de segurado facultativo.

Nessa situação, o salário de contribuição de Gustavo deverá variar entre um salário

mínimo e o teto máximo fixado em portaria interministerial.

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Certo.

Vamos ver, então, qual é o conceito de SC do segurado facultativo, categoria na

qual o Gustavo se inscreveu? Vamos com base no RPS, cuja redação é muito mais

clara:

Art. 214. Entende-se por salário de contribuição: [...]


VI – para o segurado facultativo: o valor por ele declarado, observados os limites a
que se referem os §§ 3º e 5º; [...]
§ 3º O limite mínimo do salário de contribuição corresponde:
I – para os segurados contribuinte individual e facultativo, ao salário mínimo; [...]
§ 5º O valor do limite máximo do salário de contribuição será publicado mediante por-
taria do Ministério da Previdência e Assistência Social, sempre que ocorrer alteração do
valor dos benefícios.

Uma única ressalva – o enunciado fala em Portaria Interministerial. O RPS, em

portaria do Ministério da Previdência. É que a redação do dispositivo do RPS é de

1999, quando a Receita Federal ainda não havia absorvido toda a parte de custeio

previdenciária. Hoje temos o INSS cuidando dos benefícios e a Receita Federal cui-

dando das contribuições. Então a portaria que reajusta o salário de contribuição

é conjunta entre os dois ministérios. Atualmente (2018), a responsabilidade seria

dos ministros do Desenvolvimento Social e Agrário (ao qual está, hoje, vinculado o

INSS) e da Fazenda (por causa da Receita Federal).

Tudo entendido, meu(minha) caro(a)?

E com isso, meu(minha) amigo(a), encerramos essa aula, curtinha, mas im-

portantíssima. Você vai ver que os temas aqui tratados são MUITO cobrados em

provas.

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Ficamos agora com o RESUMO da aula e, a seguir, com as tradicionais questões.

Você deve ter percebido, no decorrer da aula, que o Cespe pouco apareceu até

agora. É que realmente o tema aqui abordado não é uma das grandes preferências

dessa prestigiosa banca. Há, de fato, POUCAS questões do Cespe disponíveis sobre

o assunto. Algumas, intercalamos na teoria. Outras serão apresentadas em segui-

da. E, para garantir a você a MELHOR preparação, acrescentamos MAIS algumas

questões de outras bancas, ok?

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RESUMO

Salário de contribuição (SC) é a base de cálculo da contribuição previdenciá-

ria dos segurados (exceto o segurado especial) e do empregador doméstico.

Salário de contribuição é:

1) para o empregado e o avulso – a remuneração auferida + gorjetas + utili-

dades;

2) para o doméstico – a remuneração registrada na CTPS;

3) para o contribuinte individual – a remuneração auferida;

4) para o facultativo – o valor que ele declarar;

5) para o dirigente sindical – a remuneração auferida.

Faltou o segurado especial? É porque ele NÃO contribui com base no SC. Sim-

ples assim.

Limites Mínimo e Máximo, Proporcionalidade, Reajustamento

LIMITE MÍNIMO DO SC – o piso salarial da categoria ou, em sua inexistência,

o salário mínimo nacional (R$ 954,00 em 2018). Em caso de pagamento propor-

cional em razão de admissão, dispensa ou falta no curso do mês deve ser respei-

tado o limite mínimo, tomado em seu valor diário ou horário, conforme o caso.

LIMITE MÁXIMO DO SC – deve ser reajustado na mesma data e com os mes-

mos índices aplicados aos benefícios previdenciários. Em 2018 corresponde a R$

5.645,80.

Parcelas Integrantes e Não Integrantes do SC

O Salário de contribuição é composto, principalmente, pelas parcelas remune-

ratórias.

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Remuneração é para fins previdenciários = rendimentos destinados a retribuir o

trabalho + utilidades + adiantamentos + gorjetas.

Utilidades são a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in na-

tura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente

ao empregado.

São parcelas integrantes do SC:

1) SALÁRIO – não esqueça que o pagamento em utilidades também é salário;

2) 13º SALÁRIO – a contribuição incide no momento do pagamento da última

parcela e é calculada em separado da remuneração do mês;

STF – Súmula n. 688: É LEGÍTIMA A INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA


SOBRE O 13º SALÁRIO.

3) FÉRIAS – o STJ chegou a sinalizar mudança de entendimento, mas posterior-

mente voltou atrás. Sobre as férias gozadas incide contribuição previdenciária;

ou seja, tal verba integra o SC;

4) TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS – se a questão for fundamentada na

Lei – é parcela integrante. Se a questão for fundamentada na Jurisprudência –

é parcela NÃO integrante;

5) SALÁRIO-MATERNIDADE – é um dos poucos casos de previsão expressa de

incidência; é o único benefício previdenciário do RGPS sobre o qual incide

contribuição;

6) HORAS EXTRAS;

7) ADICIONAL DE INSALUBRIDADE; ADICIONAL DE PERICULOSIDADE; ADI-

CIONAL NOTURNO;

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8) GORJETAS – não é apenas a importância espontaneamente dada pelo cliente

ao empregado, mas também a cobrada pela empresa como adicional nas contas

e destinada à distribuição aos empregados. O exemplo mais clássico seria o paga-

mento de 10% dos garçons;

9) AVISO PRÉVIO – Aviso prévio trabalhado – incide contribuição, sempre;

Aviso prévio indenizado – se a questão for fundamentada na Lei – é parcela

integrante. Se a questão for fundamentada na Jurisprudência – é parcela NÃO

integrante;

10) PRIMEIROS QUINZE DIAS DO AUXÍLIO-DOENÇA – se a questão for funda-

mentada na Lei – é parcela integrante. Se a questão for fundamentada na Juris-

prudência – é parcela NÃO integrante;

11) SALÁRIO-PATERNIDADE.

NÃO ESQUEÇA que as diárias para viagem não integram o SC, independentemente

de seu valor.

São parcelas não integrantes do SC:

1) BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS – exceto o Salário-Maternidade, que é in-

tegrante do SC;

2) AJUDAS DE CUSTO E ADICIONAL DO AERONAUTA;

3) ALIMENTAÇÃO – Refeições fornecidas aos empregados, nos termos do PAT.

Obs.: Segundo o STJ a não incidência ocorre mesmo que a empresa não esteja ins-

crita no PAT;

4) FÉRIAS INDENIZADAS + 1/3 E DOBRA DE FÉRIAS;

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5) INDENIZAÇÃO DE 40% DO FGTS NA DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA;

6) INDENIZAÇÃO POR TEMPO DE SERVIÇO ANTES DO FGTS;

7) INDENIZAÇÃO PELO TÉRMINO PREMATURO DO CONTRATO POR PRAZO DE-

TERMINADO;

8) INDENIZAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO DO SAFRISTA;

9) PDV;

10) FÉRIAS VENDIDAS E ABONO CONTRATUAL DO ART. 144 DA CLT;

11) GANHOS EVENTUAIS E ABONOS DESVINCULADOS DO SALÁRIO;

12) LICENÇA-PRÊMIO INDENIZADA;

13) INDENIZAÇÃO ADICIONAL POR DEMISSÃO 30 DIAS ANTES DA CORREÇÃO

SALARIAL;

14) VALE-TRANSPORTE – EM DINHEIRO – se a questão for fundamentada na

lei é parcela integrante; se for na jurisprudência, não integrante;

Se pago na forma da legislação própria – é parcela não integrante do SC,

de acordo com a Lei e com a Jurisprudência.

15) AJUDA DE CUSTO PARA MUDANÇA;

16) DIÁRIAS PARA VIAGENS;

17) BOLSA DE COMPLEMENTAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTAGIÁRIO – para que

a bolsa seja excluída do conceito de SC, o estágio deve se dar nos termos da Lei

n. 11.788/08;

18) PLR;

19) ABONO DO PIS/PASEP;

20) UTILIDADES FORNECIDAS PARA O TRABALHO;

21) COMPLEMENTAÇÃO DO AUXÍLIO-DOENÇA, DESDE QUE EXTENSIVO A

TODOS DA EMPRESA;

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22) PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR OU SEGURO DE VIDA EM GRUPO, PAGO

PELA EMPRESA, DESDE QUE DISPONÍVEL A TODOS OS EMPREGADOS E DIRI-

GENTES;

23) ASSISTÊNCIA MÉDICA E ODONTOLÓGICA E REEMBOLSO DE DESPESAS

MÉDICAS;

24) VESTUÁRIOS, EQUIPAMENTOS E OUTROS ACESSÓRIOS USADOS PARA

PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS – se não é um pagamento pelo trabalho, mas para o

trabalho, ESTÁ FORA DO SC. Moleza!

25) RESSARCIMENTO DE DESPESAS PELO USO DO VEÍCULO;

26) REEMBOLSO-CRECHE E REEMBOLSO-BABÁ;

27) PLANO EDUCACIONAL/BOLSA DE ESTUDO PARA EDUCAÇÃO BÁSICA, PRO-

FISSIONAL E TECNOLÓGICA – Se o valor pago for igual ou inferior a R$ 1.431,00

(uma vez e meia o salário mínimo nacional) TÁ FORA DO SC. Se for superior

a tal limite, mas inferior a 5% da remuneração do segurado a que se destina,

ESTÁ FORA DO SC TAMBÉM! Mas se for superior ao referido limite e também supe-

rior a 5% da remuneração do segurado a que se destina, aí já era... contribuição

nele!

28) CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS;

29) MULTA PELO PAGAMENTO EM ATRASO DE VERBAS RESCISÓRIAS;

30) VALE-CULTURA;

31) PRÊMIOS E ABONOS;

32) OUTRAS INDENIZAÇÕES PREVISTAS EM LEI.

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

1. (FCC/TRT 6ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2013) Exclusivamente para os casos

do segurado empregado e do segurado trabalhador avulso, o salário de contribui-

ção é a remuneração auferida em:

a) uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos,

devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir ape-

nas o trabalho sem vínculo empregatício, qual- quer que seja a sua forma, inclusi-

ve as gorjetas, os ganhos eventuais sob a forma de utilidades e os adiantamentos

decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer

pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei

ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença

normativa.

b) uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos ou

creditados a qualquer título, durante a quinzena, destinados a retribuir o trabalho,

qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos eventuais sob a

forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos

serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou

tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou

acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.

c) uma empresa, assim entendida a totalidade dos rendimentos devidos ou credita-

dos a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir apenas o trabalho com

vínculo empregatício, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de

utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços

efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador

de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo

coletivo de trabalho ou sentença normativa.

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d) uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos,


devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o tra-
balho e o capital investido, quaisquer que sejam as suas formas, inclusive as gorje-
tas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes
de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à
disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato
ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.
e) uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos,
devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o
trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais
sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer
pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do emprega-
dor ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de conven-
ção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.

2. (ESAF/RFB/AUDITOR-FISCAL/2012) Sobre o conceito de salário de contribuição,


analise os itens a seguir, classificando-os como corretos ou incorretos, para, a se-
guir, assinalar a assertiva que corresponda à sua opção.
I – Para os segurados empregado e trabalhador avulso, a remuneração auferida
em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos
que lhe são pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês,
destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as
gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos
decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados,
quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos

termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou de acordo coletivo de

trabalho ou de sentença normativa, observados os limites mínimo e máximo.

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II – Para o segurado empregado doméstico, a remuneração registrada em sua

CTPS ou comprovada mediante recibos de pagamento, observados os limites

mínimo e máximo.

III – Para o segurado contribuinte individual, independentemente da data de filia-

ção ao RGPS, considerando os fatos geradores ocorridos desde 1º de abril de

2003, a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício

de sua atividade por conta própria, durante o mês, observados os limites mí-

nimo e máximo do salário de contribuição.

IV – Para o segurado especial que usar da faculdade de contribuir individualmen-

te, o valor por ele declarado.

Estão corretos apenas os itens:

a) I, III e IV.

b) III e IV.

c) II, III e IV.

d) II e IV.

e) Todos os itens estão corretos.

3. (FCC/TRT 1ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2012) Entende-se por salário de con-

tribuição,

a) para contribuinte individual e segurado facultativo, o valor livremente declarado

no mês, observados os limites mínimo e máximo.

b) para o empregado doméstico, a remuneração formalmente registrada na CTPS,

não incidindo contribuições sobre valores diretamente pagos em dinheiro, desde

que clara e inequivocamente assim tenha sido ajustado.

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c) para empregado e autônomo, o salário auferido em uma ou mais empresas, a


qualquer título e valor, durante o mês, quer pelos serviços efetivamente prestados,
quer pelo tempo à disposição da empresa tomadora.
d) para empregado e avulso, a remuneração auferida em uma ou mais empresas,
a qualquer título, durante o mês, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer
pelo tempo à disposição da empresa.
e) para empregado e avulso, a remuneração auferida em uma ou mais empresas, a
qualquer título e valor, durante o mês, exclusivamente pelos serviços efetivamente
prestados.

4. (ESAF/RFB/AUDITOR-FISCAL/2012) Assinale a opção incorreta.


a) A base de cálculo da contribuição social devida pela empresa é a soma da remu-
neração paga, devida ou creditada aos segurados e às demais pessoas físicas a seu
serviço, mesmo sem vínculo empregatício.
b) O salário de contribuição dos empregados domésticos é a base de cálculo da
contribuição social por eles devida.
c) No caso dos segurados especiais, sua contribuição social incide sobre a receita
bruta proveniente da comercialização da produção rural.
d) Os trabalhadores, de forma geral, contribuem com alíquota incidente sobre seu
salário de contribuição.
e) No caso do produtor rural registrado sob a forma de pessoa jurídica, sua contri-
buição social recairá sobre o total de sua receita líquida.

5. (CESPE/TCE-BA/PROCURADOR/2010) Tendo como base a jurisprudência do STF


e o que dispõe a CF, julgue os itens a seguir, relativos à seguridade social do ser-
vidor público.
É ilegítima a incidência de contribuição previdenciária sobre o terço constitucional
de férias.

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6. (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2007) A respeito do custeio do RGPS e do

salário de contribuição, julgue o item subsequente.


Considere que Maria receba salário-maternidade. Nessa situação, não haverá des-
conto da contribuição previdenciária do valor desse benefício.

7. (CESPE/DETRAN-ES/ADVOGADO/2010) Com relação ao salário de contribuição


e ao custeio do regime geral de previdência social, julgue o item subsequente.
As diárias pagas integram o salário de contribuição pelo seu valor total, quando
excedentes a 50% da remuneração mensal.

8. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO/2013) De acordo com as normas cons-


titucionais e legais acerca do financiamento da seguridade social, julgue o item
seguinte.
Integram o salário de contribuição que equivale à remuneração auferida pelo em-
pregado, as parcelas referentes ao salário e às férias, ainda que indenizadas.

9. (ESAF/RFB/ANALISTA TRIBUTÁRIO/2012) Integra o salário de contribuição:


a) o valor recebido a título de indenização por despedida sem justa causa nos con-
tratos de trabalho por prazo determinado.
b) a parcela in natura recebida de acordo com programa de alimentação aprovado
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, nos termos da Lei da Alimentação do Tra-
balhador.
c) a importância recebida a título de férias indenizadas e respectivo adicional cons-
titucional.
d) o valor recebido como indenização de 40% do montante depositado no FGTS,
como proteção à relação de emprego contra despedida arbitrária ou sem justa causa.

e) a remuneração auferida, a qualquer título, em uma ou mais empresas, por tra-

balhador avulso, durante o mês, destinado a retribuir o trabalho.

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10. (ESAF/MPOG/ANALISTA TÉCNICO DE POLÍTICAS SOCIAIS/2012) Não integram

o salário de contribuição, segundo o Regulamento da Previdência Social:

I – a ajuda de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta, nos termos

da legislação pertinente;

II – indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de 1988, do em-

pregado optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;

III – indenização por despedida com justa causa do empregado nos contratos por

prazo determinado, conforme estabelecido no art. 479 da Consolidação das

Leis do Trabalho;

IV – incentivo à demissão.

Analisando as assertivas é correto afirmar:

a) Todas as opções atendem ao enunciado da questão.

b) Somente a opção II atende ao enunciado da questão.

c) Somente a opção IV não atende ao enunciado da questão.

d) As opções II e III não atendem ao enunciado da questão.

e) Somente a opção I não atende ao enunciado da questão.

11. (FCC/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2012) José exerce a atividade de

garçom, na qualidade de empregado do Restaurante X, e recebeu no mês de de-

zembro, além do salário mensal, o décimo terceiro salário, gorjetas, vale-refeição,

de acordo com o programa do Ministério do Trabalho, horas extras, vale-transporte,

na forma da legislação própria, férias indenizadas e respectivo adicional constitu-

cional. Nessa situação, integram o salário de contribuição de José

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a) o salário mensal, o décimo terceiro salário, as gorjetas e as horas extras.

b) o salário mensal, o vale-transporte, o décimo terceiro salário e o vale-refeição.

c) o salário mensal, as férias indenizadas e respectivo adicional e o vale-refeição.

d) o salário mensal, o décimo terceiro salário, as gorjetas e o vale-refeição.

e) o décimo terceiro salário, as gorjetas, o vale-refeição, as férias indenizadas e o

respectivo adicional.

12. (FCC/TRT 15ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2013) Integra o salário de con-

tribuição, devendo incidir contribuições previdenciárias:

a) o auxílio-doença e o auxílio-acidente pagos pela Previdência Social a emprega-

dos, nos termos e limites legais.

b) a parcela “in natura” recebida de acordo com os programas de alimentação

aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

c) a parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação própria.

d) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência de

mudança de local de trabalho do empregado.

e) a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do au-

xílio-doença, quando este direito não seja extensivo à totalidade dos empregados.

13. (TRT15R/TRT 15ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2012/ADAPTADA) A Lei n.

8212/1991 estipula quais são as verbas que não integram o salário de contribuição,

para os fins desta Lei. Analise as assertivas abaixo e, após, responda:

I – Não integram o salário de contribuição: a parcela recebida a título de vale-

-transporte, na forma da legislação própria; a ajuda de custo, em parcela

única, recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de tra-

balho do empregado, na forma do art. 470 da CLT; as diárias para viagens,

qualquer que seja o seu valor;

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I – integram o salário de contribuição: a importância recebida a título de bolsa

de complementação educacional de estagiário quando paga nos termos da

Lei n. 6.494/1977; a remuneração trezena ou 13º salário; a participação nos

lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com

lei específica; o abono do Programa de Integração Social-PIS e do Programa

de Assistência ao Servidor Público-PASEP.

II – Não integram o salário de contribuição: os valores correspondentes a trans-

porte, alimentação e habitação fornecidos pela empresa ao empregado con-

tratado para trabalhar em localidade distante da de sua residência, em can-

teiro de obras ou local que, por força da atividade, exija deslocamento e

estada, observadas as normas de proteção estabelecidas pelo Ministério do

Trabalho; a importância paga à segurada, pelo INSS, a título de salário-ma-

ternidade.

III – Não integra o salário de contribuição: a importância paga ao empregado a

título de complementação ao valor do auxílio-doença, desde que este direito,

seja extensivo à totalidade dos empregados da empresa.

a) Todas as assertivas estão corretas.

b) Estão corretas somente as assertivas I e II.

c) Estão corretas somente as assertivas II e III.

d) Está correta somente a assertiva IV.

e) Estão corretas somente as assertivas I e IV.

14. (FCC/TRT 1ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2013) Integra o salário de contribui-

ção, devendo incidir as contribuições previdenciárias:

a) As importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional

constitucional.

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b) A participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada

de acordo com lei específica.

c) O valor das contribuições vertidas pelo empregador a plano de previdência com-

plementar, aberto ou fechado, quando tal direito não seja disponível à totalidade

dos empregados.

d) O valor correspondente ao vale-cultura.

e) O valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios forneci-

dos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos

serviços.

15. (ESAF/RFB/AUDITOR-FISCAL/2012) Sobre as verbas que não integram o sa-

lário de contribuição, analise os itens a seguir, classificando-os como corretos ou

incorretos, para, a seguir, assinalar a assertiva que corresponda à sua opção.

I – A ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em decorrência

de mudança de local de trabalho do empregado.

II – A importância recebida a título de bolsa de complementação educacional de

estagiário quando paga nos termos da Lei n. 6.494/1977.

III – A participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou credi-

tada de acordo e nos limites de lei específica.

IV – O abono do Programa de Integração Social-PIS e do Programa de Assistência

ao Servidor Público-PASEP.

V – A importância paga ao empregado a título de complementação ao valor do

auxílio-doença, desde que este direito seja extensivo aos demais emprega-

dos da empresa.

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Estão corretos apenas os itens:

a) I, II e IV.

b) II, IV e V.

c) II e V.

d) I e V.

e) Todos os itens estão corretos.

16. (ESAF/PGFN/PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL/2015) Segundo a legisla-

ção e a jurisprudência dos tribunais superiores, integra o salário de contribuição:

a) o auxílio-creche.

b) o aviso-prévio indenizado.

c) o vale transporte pago em pecúnia ao empregado.

d) a verba paga a título de incentivo à demissão.

e) a verba paga pelo empregador ao pai nos primeiros cinco dias após o nascimen-

to do filho (salário-paternidade).

17. (FCC/SERGAS/ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/2010/ADAPTADA) In-

tegram o salário de contribuição pelo seu valor total

a) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, pró-

prio da empresa ou por ela conveniado.

b) o salário-maternidade.

c) as importâncias recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressa-

mente desvinculados do salário.

d) as importâncias recebidas a título de licença-prêmio indenizada.

e) o total das diárias pagas, quando excedente a cinquenta por cento da remune-

ração mensal.

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18. (CESPE/TRT 5ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2013 Assinale a opção correspon-

dente a remuneração considerada para o cálculo do salário de contribuição.

a) importâncias recebidas a título de adicional constitucional de férias

b) importâncias recebidas a título de incentivo à demissão

c) salário-maternidade

d) benefícios da previdência social

e) importâncias recebidas a título de férias indenizadas

19. (CESPE/SEGER-ES/ANALISTA EXECUTIVO/2013/ADAPTADA) Em relação às

normas que regulam o salário de contribuição do RGPS, assinale a opção correta.

a) Aplica-se o limite máximo do salário de contribuição às contribuições do empre-

gado e do empregador.

b) Conforme jurisprudência do STJ, incide contribuição previdenciária sobre o valor

relativo às férias gozadas durante a vigência do contrato de trabalho, bem como

sobre o terço constitucional de férias.

c) As parcelas de natureza remuneratória integram o salário de contribuição, mas

não o salário-maternidade, que tem natureza indenizatória.

d) O décimo terceiro salário integra o salário de contribuição, inclusive para o cál-

culo de benefício.

e) Nenhum valor de diária, destinado a indenizar despesas do empregado com

alimentação, hospedagem e deslocamento, quando este precisar se deslocar tran-

sitoriamente a serviço da empresa, integra o salário de contribuição.

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20. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2016) No próximo item é apre-

sentada uma situação hipotética acerca de salário de contribuição, seguida de uma

assertiva a ser julgada.

Gustavo inscreveu-se na previdência social na condição de segurado facultativo.

Nessa situação, o salário de contribuição de Gustavo deverá variar entre um salário

mínimo e o teto máximo fixado em portaria interministerial.

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QUESTÕES DE CONCURSO

21. (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2007) A respeito do custeio do RGPS e

do salário de contribuição, julgue o item subsequente.

Os valores do salário de contribuição serão reajustados na mesma época e com os

mesmos índices que os do reajustamento dos benefícios de prestação continuada

da previdência social.

22. (CESPE/AGU/PROCURADOR FEDERAL/2013) Julgue o item abaixo, relativo à

seguridade social.

As gorjetas não integram o salário de contribuição do segurado empregado filiado

ao RGPS, assim como também não o integra a parcela recebida a título de vale-

-transporte.

23. (CESPE/TCE-RO/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2013) Acerca do financia-

mento dos RPPSs e do RGPS, julgue o próximo item.

De acordo com a legislação previdenciária que rege o RGPS, haverá incidência de

contribuição previdenciária sobre a indenização compensatória de quarenta por

cento do montante depositado no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço devida a

empregado demitido sem justa.

24. (CESPE/PREVIC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2011) Com relação às normas

constitucionais que regem a previdência social, julgue o item a seguir.

Os ganhos habituais do empregado, inclusive o valor pago, em dinheiro, a título de

vale-transporte, incorporam-se ao seu salário para efeito de contribuição previden-

ciária e consequente repercussão em benefícios.

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25. (CESPE/DETRAN-ES/ADVOGADO/2010) Com relação ao salário de contribuição

e ao custeio do regime geral de previdência social, julgue os itens subsequentes.

O salário de contribuição é um instituto de direito previdenciário inaplicável ao se-

gurado facultativo que não exerce atividade remunerada.

26. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2016) No próximo item é apre-

sentada uma situação hipotética acerca de salário de contribuição, seguida de uma

assertiva a ser julgada.

O contrato de trabalho de Carlos, empregado da empresa L & M Ltda., foi rescin-

dido antes que ele pudesse usufruir de férias vencidas. Nessa situação, haverá a

incidência de contribuição previdenciária sobre a importância paga a título de inde-

nização das férias vencidas e sobre o respectivo adicional constitucional.

27. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2016) No próximo item é apre-

sentada uma situação hipotética acerca de salário de contribuição, seguida de uma

assertiva a ser julgada.

Zilda mantém vínculo empregatício com a empresa Y e com a empresa Z, das quais

recebe remuneração mensal equivalente a dois e três salários mínimos, respectiva-

mente. Nessa situação, a contribuição previdenciária de Zilda deverá incidir sobre

os valores recebidos de ambos os empregos.

28. (CESPE/TC-DF/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2014) No que se refere ao

Regime Geral de Previdência Social (RGPS), julgue o item seguinte.

Para o empregado doméstico, considera-se salário de contribuição a remuneração

registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social, observadas as disposições

normativas pertinentes.

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29. (CESPE/TC-DF/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2014) No que se refere ao

Regime Geral de Previdência Social (RGPS), julgue o item seguinte.

Não é considerado salário de contribuição o salário-maternidade.

30. (CESPE/PGE-PI/PROCURADOR DO ESTADO/2014) Em relação ao salário de

contribuição, assinale a opção correta.

a) Consoante o entendimento do STJ, a verba denominada hora repouso alimen-

tação não tem natureza remuneratória, não compondo, portanto, o salário de con-

tribuição.

b) O salário de contribuição de empregado que, vinculado ao RGPS, integre catego-

ria cuja remuneração mensal mínima seja fixada em R$ 800,00 por acordo coletivo

é o salário mínimo.

c) Compõem o salário de contribuição do empregado vinculado ao RGPS as parce-

las remuneratórias decorrentes do seu trabalho, ressalvada a gratificação natalina

(décimo terceiro salário), conforme entendimento do STF.

d) A quantia paga a título de um terço de férias integra o salário de contribuição.

e) Segundo entendimento do STF, a indenização de transporte paga em dinheiro

não integra o salário de contribuição.

31. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2003) Cláudio, contador de uma

empresa atacadista, está elaborando um manual de orientação para as pessoas

que o ajudam a confeccionar a folha de pagamento da empresa.

A respeito dessa situação hipotética, julgue o item, correspondente às orientações

que Cláudio está redigindo para incluir no manual.

Sobre o aviso prévio trabalhado incide contribuição previdenciária.

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32. (CESPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2006) Julgue o item que se segue, relati-

vo ao regime geral de previdência social.

Considere a seguinte situação hipotética.

Estêvão pediu demissão da empresa em que trabalhava, concordando em trabalhar

durante o período de aviso prévio equivalente a 30 dias, prazo concedido para que

o empregador providenciasse a contratação de um novo empregado. Nessa situ-

ação, sobre o valor pago durante o último mês que Estêvão trabalhou não incide

contribuição previdenciária, pois se trata de verba indenizatória.

33. (CESPE/DPU/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/2016) No que se refere ao

financiamento da seguridade social, julgue o item a seguir.

Segundo a legislação vigente, deve haver incidência de contribuição previdenciária

sobre importância recebida a título de incentivo a demissão voluntária e abono de

férias.

34. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/2016) A segurida-

de social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes

públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à

previdência e à assistência social. Acerca da seguridade social, julgue o item sub-

sequente.

De modo geral, a base de cálculo da contribuição previdenciária do empregado é o

salário de contribuição. Conforme o STJ, no caso de a empregada estar recebendo

o benefício do salário-maternidade, a base de cálculo passa a ser o salário-mater-

nidade.

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35. (CESPE/INSS/ANALISTA DO SEGURO SOCIAL/2016) Julgue o próximo item,

relativo ao custeio da seguridade social.

A contribuição do segurado empregado e a do trabalhador doméstico recaem sobre

o valor dos seus salários de contribuição, até um teto máximo fixado por lei.

36. (CESPE/INSS/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL/2016) No próximo item, é apre-

sentada uma situação hipotética acerca de salário de contribuição, seguida de uma

assertiva a ser julgada.

Bruna, empregada da empresa Vargas & Vargas Cia. Ltda., entrou em gozo de li-

cença-maternidade. Nessa situação, haverá incidência da contribuição previdenciá-

ria sobre o valor recebido por Bruna a título de salário-maternidade.

37. (CESPE/AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2015) Acerca do RGPS, julgue o item sub-

sequente.

Conforme entendimento do STF, não há incidência de contribuição previdenciária

nos benefícios do RGPS, incluído o salário-maternidade.

38. (TRT2R/TRT 2ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2011/ADAPTADA) Assinale a al-

ternativa incorreta, com base na Lei n. 8.212/1991:

a) O total das diárias pagas, independentemente de seu valor, não integra o salário

de contribuição para a Previdência Social.

b) Os benefícios pagos pela Previdência Social, nos termos e limites legais, salvo

o salário-maternidade, não integram o salário de-contribuição para a Previdência

Social.

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c) As ajudas de custo e o adicional mensal, recebidos pelo aeronauta, nos termos

da Lei n. 5.929, de 30 de outubro de 1973, integram o salário de contribuição para

a Previdência Social.

d) A parcela “in natura”, recebida de acordo com os programas de alimentação

aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, nos termos da Lei n.

6.321, de 14 de abril de 1976, não integra o salário de contribuição para a Previ-

dência Social.

e) As importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo adicional

constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da remuneração de férias

de que trata o art. 137 da Consolidação das Leis do Trabalho, não integram o salário

de contribuição para a Previdência Social.

39. (TRT21R/TRT 21ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2012) Dentre as receitas des-

tinadas ao custeio da Seguridade Social, estão as contribuições sobre o trabalho

assalariado. Assinale a alternativa que contém a parcela que sempre integra o sa-

lário de contribuição:

a) os valores relativos às ajudas de custo;

b) os valores percebidos a título de indenização pela supressão do intervalo intra-

jornada;

c) as parcelas relativas ao FGTS;

d) as parcelas relativas às férias e o seu terço constitucional, gozadas ou indeni-

zadas;

e) as parcelas relativas à participação nos lucros e resultados.

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40. (TRT15R/TRT 15ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2012) A respeito do salário de

contribuição, para fins de recolhimento das contribuições devidas à Seguridade So-

cial, analise as seguintes assertivas e, após, responda.

I – Considera-se salário de contribuição, para o empregado e trabalhador avul-

so: a remuneração auferida na sua principal atividade profissional, assim

entendida os rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título,

durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua

forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e

os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efeti-

vamente prestados, quer pelo, tempo à disposição do empregador ou toma-

dor de serviços nos termos da lei ou do contrato ou ainda de convenção ou

acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.

II – Entende-se por salário de contribuição para o empregado doméstico: a re-

muneração registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social, observa-

das as normas a serem estabelecidas em regulamento para comprovação do

vínculo empregatício e do valor da remuneração. Assim, para a Seguridade

Social, se o empregado doméstico tiver registrado um salário mínimo legal

em CTPS, este será o seu salário de contribuição, ainda que de fato perceba

salário maior que o mínimo legal.

III – Considera-se salário de contribuição, para o contribuinte individual: a remu-

neração auferida na principal empresa para a qual presta serviços ou pelo

exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o

limite máximo do salário de contribuição.

IV – Para o segurado facultativo: o valor de um salário mínimo legal.

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a) todas as assertivas estão corretas;

b) todas as assertivas estão erradas;

c) estão corretas apenas as assertivas II e III;

d) apenas a assertiva III está correta;

e) estão corretas as assertivas I e IV, apenas.

41. (ESAF/MF/ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/2009) Maria Clara, con-

tribuinte empregada pelo Regime Geral de Previdência Social desde 1994, deseja

contribuir acima do valor máximo permitido pela previdência social. Assim, propõe

na justiça ação contra o Instituto Nacional do Seguro Social − INSS, alegando que

tem direito de contribuir acima do limite legal, pois deseja se aposentar com um

valor acima do valor máximo pago pelo INSS. Assim, é correto afirmar, perante a

legislação previdenciária de Custeio, que o pedido de Maria

a) pode ser aceito, desde que ela contribua até 10% do valor máximo.

b) não pode ser aceito, pois não cabe a Maria a escolha do montante a ser pago.

c) pode ser aceito, desde que ela comprove ter despesas familiares acima do valor

máximo.

d) pode ser aceito, pois o pagamento da contribuição social tem natureza jurídica

privada de forma contratual.

e) pode ou não ser aceito, dependendo do número de dependentes que ela possua.

42. (TRT23R/TRT 23ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2011) Integra o salário de con-

tribuição:

a) o salário-maternidade;

b) a parcela “in natura” concedida pelo empregador de acordo com os programas

de alimentação aprovados pelo órgão competente, segundo as normas de regência;

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c) a importância recebida pelo empregado a título de abono de férias;

d) o valor recebido em decorrência da cessão de direitos autorais;

e) a importância recebida pelo empregado a título da indenização pela rescisão

antecipada do contrato a termo de que trata o art. 479 da CLT.

43. (TRT3R/TRT 3ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2014/ADAPTADA) A partir da dis-

posição literal do art. 28 da Lei n. 8.212/1991, é correto afirmar que não integram

o salário de contribuição, EXCETO:

a) As parcelas recebidas a título de incentivo à demissão.

b) Os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais.

c) As diárias para viagens.

d) O aviso prévio indenizado.

e) As ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos termos da

Lei n. 5.929, de 30 de outubro de 1973.

44. (TRT23R/TRT 23ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2014) O artigo 28 da Lei n.

8.212/1991 define o salário de contribuição de cada categoria especifica de segu-

rado, aduzindo que “Entende-se por salário de contribuição a remuneração auferida

em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos,

devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o

trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais

sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de ajuste salarial, quer

pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do emprega-

dor ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de conven-

ção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa”. Tal definição refere-se:

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a) Ao trabalhador eventual.

b) Ao empregado e ao trabalhador avulso.

c) Ao trabalhador avulso.

d) Ao empregado.

e) Ao empregado e ao trabalhador eventual.

45. (FCC/DPE-CE/DEFENSOR PÚBLICO/2014/ADAPTADA) Considere as seguintes

assertivas a respeito do salário de contribuição:

I – O salário-maternidade não é considerado salário de contribuição, por expres-

sa determinação legal e constitucional.

II – O décimo terceiro salário (gratificação natalina) integra o salário de contri-

buição, exceto para o cálculo de benefício previdenciário.

III – Integra o salário de contribuição pelo seu valor total: o total das diárias pa-

gas, quando excedente a cinquenta por cento da remuneração mensal do

empregado.

IV – Quando a dispensa sem justa causa do empregado ocorrer no curso do mês,

o salário de contribuição será recolhido na sua integralidade não havendo

proporcionalidade relativa ao número de dias de trabalho efetivo.

De acordo com a Lei n. 8.212/1991, está correto o que se afirma APENAS em

a) III.

b) II.

c) I, II e III.

d) II, III e IV.

e) I e IV.

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46. (IESES/TJ-MS/TITULAR DE NOTAS E REGISTROS/2014) Não integram o salário

de contribuição para os fins Previdenciários, exclusivamente, com EXCEÇÃO:

a) Das importâncias recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressa-

mente desvinculados do salário.

b) Do salário-maternidade.

c) Das importâncias recebidas a título de incentivo à demissão.

d) Das importâncias relativas à indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de

outubro de 1988, do empregado não optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de

Serviço-FGTS.

47. (IDECAN/BANDES/TÉCNICO BANCÁRIO DE NÍVEL SUPERIOR/2012) A Lei n.

8.212/1991 dispõe, entre outros dispositivos, sobre o salário de contribuição. Acer-

ca desse tema, é correto afirmar que integram o salário de contribuição

a) ajuda de custo e adicional mensal recebidos pelo aeronauta.

b) todos os benefícios da previdência social, sem considerar termos ou limites le-

gais.

c) o valor recebido a título de férias indenizadas e respectivo adicional constitucio-

nal.

d) o benefício da previdência social recebido a título de salário-maternidade, pois

este é considerado salário de contribuição.

e) parcela in natura recebida de acordo com programas de alimentação aprovados

pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social.

48. (FCC/TRT 1ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2015) A respeito do salário de con-

tribuição, conforme estabelecido pela Lei n. 8.212/1991, é correto afirmar:

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a) Não integram o salário de contribuição os benefícios da previdência social, nos


termos e limites legais, salvo o salário-maternidade.
b) Integram o salário de contribuição, pelo seu valor total, as diárias pagas, mesmo
quando o montante não exceder a 50% da remuneração mensal.
c) Integram o salário de contribuição as importâncias recebidas a título de incen-
tivo à demissão.
d) O décimo terceiro salário (gratificação natalina) integra o salário de contribui-
ção, inclusive para o cálculo de benefício.
e) Integram o salário de contribuição as importâncias recebidas a título de férias
indenizadas e respectivo adicional constitucional.

49. (FCC/TRT 20ª REGIÃO/JUIZ DO TRABALHO/2012/ADAPTADA) NÃO incide con-


tribuição social previdenciária sobre a ajuda de custo, paga em
a) duas parcelas e recebida por conta do desgaste do automóvel do empregado,
além das diárias para viagens, desde que não excedam a 50% da remuneração
mensal.
b) duas parcelas e recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local
de trabalho do empregado, além das diárias para viagens, desde que não excedam
a 50% da remuneração mensal.
c) parcela única e recebida por conta do desgaste do automóvel do empregado,
além das diárias para viagens, ainda que excedam a 50% da remuneração mensal.
d) parcela única e recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local de
trabalho do empregado, além das diárias para viagens, ainda que excedam a 50%
da remuneração mensal.

e) duas parcelas e recebida exclusivamente em decorrência de mudança de local

de trabalho do empregado, além das diárias para viagens, ainda que excedam a

50% da remuneração mensal.

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50. (FMP/CGE-MT/AUDITOR DO ESTADO/2015/ADAPTADA) Entende-se por salário


de contribuição para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida
em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos,
devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o
trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais
sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer
pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do emprega-
dor ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de con-
venção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; para o empregado
doméstico: a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social,
observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para comprovação
do vínculo empregatício e do valor da remuneração; para o contribuinte individual:
a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua ativi-
dade por conta própria, durante o mês, observado o limite máximo a que se refere
o § 5º do artigo 28 da Lei n. 8.212/1991; para o segurado facultativo: o valor por
ele declarado, observado o limite máximo a que se refere o § 5º do artigo 28 da Lei
n. 8.212/1991.
Considerando o disposto na Lei n. 8.212/1991 no que se refere a salário de contri-
buição, é correto afirmar:
a) Quando a admissão, a dispensa, o afastamento ou a falta do empregado ocorrer
no curso do mês, o salário de contribuição será proporcional ao número de dias de
trabalho efetivo ou não, na forma estabelecida em lei.
b) O salário-maternidade não é considerado salário de contribuição.

c) O limite mínimo do salário de contribuição corresponde ao piso salarial, legal

ou normativo, da categoria ou, inexistindo este, ao salário mínimo, tomado no seu

valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo de trabalho efetivo

durante o mês.

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d) O décimo terceiro salário (gratificação natalina) integra o salário de contribui-

ção, inclusive para o cálculo de benefício, na forma estabelecida em lei.

e) Integram o salário de contribuição pelo seu valor total, o total das diárias pagas,

quando excedente a cinquenta por cento da remuneração mensal.

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Salário de Contribuição
Prof. Cassius Garcia

GABARITO

1. e 26. E
2. e 27. C
3. d 28. C
4. e 29. E
5. C 30. e
6. E 31. C
7. E 32. E
8. E 33. E
9. e 34. C
10. d 35. C
11. a 36. C
12. e 37. E
13. e 38. c
14. c 39. b
15. e 40. b
16. e 41. b
17. b 42. a
18. c 43. d
19. e 44. b
20. c 45. b
21. C 46. b
22. E 47. d
23. E 48. a
24. E 49. d
25. E 50. c

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Eis que chegamos ao final de mais uma aula. Estamos indo MUITO BEM. En-

quanto espera a liberação da próxima, revise todo o conteúdo, refaça os exercí-

cios e tire todas as dúvidas comigo, certo?

Seguimos juntos neste árduo caminho até a aprovação. Quero comemorar com

você a leitura de seu nome no Diário Oficial da União!

Até a próxima, meu(minha) amigo(a).

Um grande abraço. Bons estudos.

Que Deus permaneça conosco.!

“Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei.” (Mt 11, 28)

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