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2019­4­12 STJ exclui ICMS do cálculo da CPRB; impacto pode chegar a R$ 10 bi

1ª SEÇÃO

STJ exclui ICMS do cálculo da CPRB; impacto ៱�scal pode


chegar a R$ 10 bi
Avança no STJ tese do STF de que valor destinado ao ICMS não é patrimônio da empresa

JAMILE RACANICCI

11/04/2019 07:25

Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, nesta quarta-feira (10/4), que o


Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deve ser excluído do
cálculo da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB).

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2019­4­12 STJ exclui ICMS do cálculo da CPRB; impacto pode chegar a R$ 10 bi

Por unanimidade, a 1ª Seção da Corte ퟷ�nalizou o julgamento de três recursos e


entendeu que a contribuição não incide sobre os valores que entram na empresa e
são destinados a quitar o imposto estadual, ퟷ�rmando tese semelhante àquela
proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao excluir o ICMS da base do PIS e da
Coퟷ�ns.

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) estima que o impacto do


resultado aos cofres públicos pode chegar a R$ 10 bilhões. Como a 1ª Seção julgou
o processo no rito dos recursos repetitivos, a decisão nos REsps nº 1.638.772,
1.624.297 e 1.629.001 tem efeito multiplicador nos casos semelhantes nas
instâncias inferiores.

A projeção de impacto ퟷ�scal depende de qual valor será excluído pelos contribuintes
da receita bruta: o ICMS destacado na nota ퟷ�scal ou o imposto efetivamente pago
pelas empresas. Se for excluído o valor destacado, o impacto pode chegar a R$ 10
bilhões. A cifra cairia substancialmente se for excluída a quantia efetivamente paga
pelos contribuintes, de forma a abater os eventuais créditos a serem compensados
pelas empresas.

Até o momento, nem o STJ nem o STF deퟷ�niram qual recorte deve ser utilizado nos
casos de exclusão do ICMS do cálculo de outros tributos.

A vitória unânime dos contribuintes faz avançar no STJ a tese acolhida pelo STF ao
julgar em 2017 o RE nº 574.706, leading case do tema nº 69. Na ocasião, o Supremo
retirou o ICMS do cálculo do PIS e da Coퟷ�ns por entender que os valores destinados
aos ퟷ�scos estaduais não constituem patrimônio das empresas, de maneira que não
poderiam compor a receita tributável pelas contribuições federais.

Teses ‘ퟷ�lhotes’
O avanço da tese no STJ pode afetar processos semelhantes que discutem a
inclusão do ICMS no cálculo de outros tributos.

Entretanto, ao votar acompanhando a relatora, o ministro Gurgel de Faria salientou


que a posição do STF não se estende indiscriminadamente a qualquer outro
processo. “Precisamos analisar caso a caso se essa situação na hipótese vai ser
aplicada”, ressaltou.

No ퟷ�nal de março a 1ª Seção afetou à sistemática dos repetitivos um caso que


discute se o imposto estadual entra na base do Imposto de Renda Pessoa Jurídica

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(IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para contribuintes


optantes do lucro presumido.

A controvérsia será paciퟷ�cada pela 1ª Seção ao analisar os REsps 1.767.631,


1.772.634, e 1.772.470. Ao se debruçar sobre o tema, a 2ª Turma se posicionou de
forma favorável à Fazenda Nacional por unanimidade. Já a 1ª Turma não proferiu
decisões sobre a controvérsia.

ICMS na CPRB
Pela sistemática instituída pela medida provisória nº 540/2011, convertida na lei nº
12.546/2011, as empresas que aderiram ao regime da CPRB devem calcular o valor
devido à Seguridade Social com base na receita bruta do exercício. Em geral, as
pessoas jurídicas recolhem a contribuição como um percentual sobre a folha de
salários.

De um lado, os contribuintes defendem que o valor gasto com o ICMS não constitui
receita da companhia, já que a quantia é destinada a pagar o ퟷ�sco estadual.
Portanto, os contribuintes entendem que os valores apenas transitam pela
contabilidade das empresas, mas não conퟷ�guram patrimônio, de forma que não
devem compor a base de cálculo da CPRB.

Por outro lado, a Fazenda Nacional argumenta que não há analogia deste caso com
o posicionamento adotado pelo Supremo na controvérsia relativa aos tributos
federais. Além de haver diferença entre as bases de cálculo, a procuradoria defende
que o contribuinte faz uma opção voluntária pela CPRB, por avaliar que as condições
do regime são mais vantajosas que o recolhimento pela folha de salários.

Segundo a procuradoria, quando calcula o custo-benefício de aderir à CPRB, a


empresa estaria ciente de que o ICMS será incluído na base da contribuição
previdenciária. Permitir a exclusão do ICMS criaria um regime híbrido, segundo a
PGFN.

JAMILE RACANICCI – Repórter

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