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1ª SEÇÃO
JAMILE RACANICCI
11/04/2019 07:25
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no STF, STJ e Carf
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2019412 STJ exclui ICMS do cálculo da CPRB; impacto pode chegar a R$ 10 bi
A projeção de impacto ퟷ�scal depende de qual valor será excluído pelos contribuintes
da receita bruta: o ICMS destacado na nota ퟷ�scal ou o imposto efetivamente pago
pelas empresas. Se for excluído o valor destacado, o impacto pode chegar a R$ 10
bilhões. A cifra cairia substancialmente se for excluída a quantia efetivamente paga
pelos contribuintes, de forma a abater os eventuais créditos a serem compensados
pelas empresas.
Até o momento, nem o STJ nem o STF deퟷ�niram qual recorte deve ser utilizado nos
casos de exclusão do ICMS do cálculo de outros tributos.
A vitória unânime dos contribuintes faz avançar no STJ a tese acolhida pelo STF ao
julgar em 2017 o RE nº 574.706, leading case do tema nº 69. Na ocasião, o Supremo
retirou o ICMS do cálculo do PIS e da Coퟷ�ns por entender que os valores destinados
aos ퟷ�scos estaduais não constituem patrimônio das empresas, de maneira que não
poderiam compor a receita tributável pelas contribuições federais.
Teses ‘ퟷ�lhotes’
O avanço da tese no STJ pode afetar processos semelhantes que discutem a
inclusão do ICMS no cálculo de outros tributos.
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2019412 STJ exclui ICMS do cálculo da CPRB; impacto pode chegar a R$ 10 bi
ICMS na CPRB
Pela sistemática instituída pela medida provisória nº 540/2011, convertida na lei nº
12.546/2011, as empresas que aderiram ao regime da CPRB devem calcular o valor
devido à Seguridade Social com base na receita bruta do exercício. Em geral, as
pessoas jurídicas recolhem a contribuição como um percentual sobre a folha de
salários.
De um lado, os contribuintes defendem que o valor gasto com o ICMS não constitui
receita da companhia, já que a quantia é destinada a pagar o ퟷ�sco estadual.
Portanto, os contribuintes entendem que os valores apenas transitam pela
contabilidade das empresas, mas não conퟷ�guram patrimônio, de forma que não
devem compor a base de cálculo da CPRB.
Por outro lado, a Fazenda Nacional argumenta que não há analogia deste caso com
o posicionamento adotado pelo Supremo na controvérsia relativa aos tributos
federais. Além de haver diferença entre as bases de cálculo, a procuradoria defende
que o contribuinte faz uma opção voluntária pela CPRB, por avaliar que as condições
do regime são mais vantajosas que o recolhimento pela folha de salários.
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