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Introdução
O solo é um meio formado por componentes químicos, físicos e biológicos, sob influência das
condições climáticas e das práticas de manejo adoptadas pelo homem, sofre constantes e profundas
transformações (Varaschini 2012, p. 10). Ainda para Varaschini (2012, p. 10), estas transformações
nos permitem entender um pouco da evolução dos níveis de fertilidade, bem como, explicar os
índices de produtividade obtidos nos últimos anos.
Tendo em conta que o solo é de grande importância para o homem não só na obtenção de matéria-
prima, mas bem como na produção de alimentos e o seu mau uso tem tornando-se uma questão de
grande preocupação para os agricultores tal como para toda sociedade, para não falar que
Moçambique apresenta uma grande variedade de solos, sob condições geológica e do tipo de climas
característicos do país, na qual existem zonas que apresentam solos com baixa retenção de nutriente
(Malua, 2012,p. 1). Ainda para Malua (2012, p. 1) temos como exemplo a zona Sul que
predominam solos arenosos de baixa fertilidade e baixo poder de retenção de água sendo
interrompidos de quando em vez por solos arenosos brancos fluviais e marinhos.
De acordo com Meert et al., 2009, citado por Eduane Pádua (2012, p. 12) o uso de pó de rocha
como fontes agrominerais com fins de fertilização do solo é conhecido como rochagem e, embora
possa parecer uma novidade, já é praticado há vários anos, tendo como exemplos as práticas
agrícolas da calagem e a fosfatagem.
Esta técnica está despertando atenção de pesquisadores em todo o mundo como uma das
alternativas às fontes convencionais de nutrientes. A rocha fosfatada moida (PR) pode tornarse uma
importante técnica de fertilização, complementar às práticas tradicionalmente utilizadas pelos
pequenos produtores, como ocorre com o calcário actualmente, destacando-se pela diversidade de
matérias-primas com potencial para uso como agrominerais e ampla distribuição geográfica (Pádua,
2012)
O presente trabalho irá abordar sobre a utilização do pó de rocha como alternativa sustentável para
o aumento da fertilidade do solo e aumento da utilização de fertilizante visto, que o solo apresenta
uma grande importância á sociedade, para não falar que Moçambique tem apresentado baixo
consumo de fertilizante oque tem vindo a comprometer a produtividade agrícola e qualidade do
solo. Por tanto é de suma importância a “utilização de novas tecnologias sustentáveis para
melhoraria da fertilidade dos solos com baixa retenção de nutrientes. (Niewinski, 2017)
1.1. Problematização
O uso de fertilizantes no sector agrário é ainda muito baixo em Moçambique e segundo dados
estatísticos mais recentes, o país está a aplicar menos de 5 quilogramas de adubo/por hectare, contra
o s 50 quilogramas/hectares estabelecidos pela declaração de Abuja, como meta a ser atingida por
cada país africanos pelo menos até ao presente ano (jornal Notícias, 2015 de Junho 17. Uma das
causas que leva a Moçambique a apresentar o baixo consumo de fertilizantes é o elevado custo de
aquisição que as mesmas possuem.
Segundo o Jornal Verdade (10 de Julho, 2015) Para Carlos Zandamela, presidente da agremiação
dos fertilizantes em Moçambique, não existe agricultor que compra fertilizantes sabendo que o seu
custo é maior que a produção projectada. “Quem investe um metical pretende ganhar outro metical
a mais e, no pior cenário, espera recuperar o valor investido”, o que nem sempre acontece na
agricultura familiar. “Quem compra insumos e fertilizantes com o seu próprio dinheiro (sem
subsídio nenhum) tem a expectativa de obter retorno”.
Por outro lado, os solos de Moçambique são na sua maioria ácidos e pobres em nutrientes. Na zona
sul em especial, é comum encontrar solos arenosos ácidos com baixa fertilidade física e química. O
melhoramento da fertilidade destes solos através da utilização de tecnologias locais e baratas terá
um impacto significativo sobre o pequeno agricultor (Ngôca, 2017).
Actualmente, tem-se registado uma necessidade de uso de fertilizante para melhorar a produtividade
agrária e elevar a produção, visto que o uso do mesmo é muito baixa no país. Sendo que uma das
causas deve-se ao elevado preço de importação e alto custo dos fertilizantes disponibilizados às
zonas rurais. Daí surge a necessidade de cria-se alternativas sustentável para a fertilização do solo.
Em Moçambique estão registadas 8 empresas de importação de fertilizantes, nomeadamente,
Soluções Rurais, Agrifocus, African Fertlizer Lda., Tecapo, que operam apenas nas províncias de
Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala e Nampula.(Jornal noticias, 2015,Julho 10) ”. E ainda para
jornal noticias (2015,Julho 10) “o uso de fertilizantes e sementes melhoradas, poderia aumentar a
produtividade no país e assim, consubstanciar à prática daquilo que é desiderato do governo, para o
presente quinquénio, na área de agricultura”.
Pergunta do problema
Como melhorar a fertilidade do solo com baixa retenção de nutrientes usando o Pó de basalto como
alternativa sustentável?
1.1.2. Hipótese
Se feito a analise química e o pó de basalto for rentável e de boa qualidade para fertilização
dos solos, então haverá maior aderência dos fertilizantes melhorando a produtividade e
qualidade do solo. Desse modo o uso de fertilizantes no sector agrário em Moçambique seria
elevado pois com o baixo custo haveria mais procura da parte dos pequenos e grandes
agricultores.
1.1.3 Justificativa
Actualmente tem se registado uma necessidade crescente de uso de fertilizantes para a melhorar a
produtividade agrária e elevar a produção no nosso país, mas o custo elevado e o fraco acesso de
fertilizantes, mormente na agricultura familiar, um sector que ao longo de décadas é considerado
negligenciado em Moçambique Jornal verdade (2015). Dai surge a necessidade de criar-se
alternativas sustentável para a fertilização do solo no nosso país e com ajuda do pó de rocha prevê
se o aumento da produção agrária, com a disponibilidade de mais áreas de cultivo através da
fertilização dos solos desprovidos de nutrientes. Para além do grande benefício económico que
trará, pois quando comparado com os fertilizantes convencionais, os custos de aquisição do pó de
rocha é muito menor até porque seu efeito pode se estender por vários anos devido à lenta
dissolução dos minerais e disponibilização dos nutrientes (NIEWINSKI, 2017) e estes não
necessitam de uso de mecanismo sofisticado ou tecnologias poluentes oque seria de grande valia
para os pequenos ate mesmo grandes agricultores.
1.2. Objectivos
A área escolhida para o estudo situa-se na cordilheira dos Limbombos, a oeste da cidade de Maputo
e dentro dos distritos de Boane, Moamba, Namaacha e Matutuine (figura 1) Ministério de
administração Estatal, 2014. A cadeia Limbombos, de orientação norte-sul, faz parte da grande
província ígnea de Karoo, constituída por uma associação bimodal de tufos e ignimbritos riolíticos,
com fluxo de lava de composição andesítico-basáltica formada como consequência do
desmembramento do super continente Gondwana durante o Jurássico inferior e médio (Cruz &
Melgar, 2015 p3).
Na área aparece os basaltos da Formação de Movene (JrM), que representam a unidade litológica
mais superior do monoclinal dos Libombos, com uma extensão de mais de 400 Km’s, desde o rio
Maputo perto da fronteira com África do Sul até o rio Singuédzi, a Norte da Barragem de
Massingir. Esta formação é caracterizada por vulcanitos de composição máfica, intercalados por
vulcanitos riolíticos subordinados, evidenciados por sucessões de lavas basálticas intercaladas no
topo por lavas riolíticas dos pequenos Libombos (GTK, 2006).
A área de estudo é o distrito de Boane na província de Maputo região Sul de Moçambique, com as
seguintes coordenadas: S 26° 02’ 36” e E 32° 19’ 36” (figura 2) Ministério da administração
Estatal, 2014.
O clima da região é sub-húmido e com deficiência de chuva na estação fria, caracterizado por
alternância entre as condições secas, induzidas pela alta pressão subcontinental e as incursões de
ventos húmidos do oceano. Vagas de frio podem trazer tempestades violentas e chuvas torrenciais
de curta duração. Os cursos de água do distrito de Boane pertencem às bacias hidrográficas dos rios
Umbeluzi, Tembe e Matola. O distrito é, ainda, atravessado pelos rios Movene e Nwlate, de regime
periódico de afluentes do Umbeluzi (Ministério da administração Estatal, 2014).
Destes o mais importante é o rio Umbeluzi, que nasce na Suazilândia e após 70km de percurso
desemboca no Estuário do Espírito Santo, onde também têm a sua foz, os rios Matola e Tembe. O
rio Umbeluzi é a fonte de água potável das cidades de Maputo e Matola. Com o crescente aumento
da população, a quantidade de água tornou-se cada vez mais escassa pelo que foi necessária a
construção da Barragem dos Pequenos Libombos, que se integra numa estratégia de utilização dos
recursos naturais e de aproveitamento das potencialidades da região (Fernando, 2016).
Figura 2: mapa geológico da região de Boane
Fonte: Autora, 2018
5. Resultados esperados
Com a implementação do uso de pó de basalto como fertilizante para os solos com baixa retenção
de nutriente prevê de forma prática:
Beneduzzi,E.B (2011). Rochagem: agregação das rochas como alternativa sustentável para
fertilização e adubação do solo.
Cláudia Cristina da Silva (2014). Rochas na construção civil tipo aplicação e critério de
selecção.
Cruz.E.E. & Melgar.G.A.O. (2018). Pronostico de areas de ocurrencia de zeolita mediante
analisis espectral de imágenes en las aecuencias volcánicas de los pequenos limbombos
Mozambique.
Figueiredo. J.F (2018). Basalto
Gill, A.C. (2002). Como elaborar projecto de pesquisa
GTK CONSORTIUM. Map Explanation. Volume 1: Sheets 2032–2632. Geology of Degree
Sheets, Espungabera/ Chibabava, Nova/Mambone, Massangena, Chidoco, Save/Bazaruto,
Chicualacuala, Machaila, Chigubo, Mabote/Vi-lanculos, Rio Singuédzi/Massingir, Rio
Changana, Funhalouro/Inhambane, Chilembene, Chókwè, Zavala/Inhar-rime, Maputo, Xai-
Xai/Zavala and Bela-Vista, Mozambique. Direcção Nacional de Geologia (DNG), Maputo,
341 pages and 5 appendices. 2006.
Lakatos. M & Marconi.E. (2003). Fundamentos e Metodologia Cientifica
Malua, R.C.B (2012). Solos de Moçambique
Niewinski, F.D.S (2017). Do pó de basalto a rocha á fertilidade: uma experiencia nos solos
de Montanegros /RS
Pádua. E.J (2012). Rochagem como adubação complementar para culturas oleaginosas
(universidade Federal da Lavra)
Silva. E.L & Menezes. E.(2001). Metodologia de pesquisa e Elaboração de Dissertação
Varaschini, A.D.C (2012). Avaliação da fertilidade do solo na agricultura
Índice
1. Introdução .....................................................................................................................................1
1.1. Problematização.....................................................................................................................3
3. Metodologia ..................................................................................................................................9