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Análise e Produção
Textual
Diretor Geral
Nildo Ferreira
HISTÓRICO A PARTIR DE SUA REGULAÇÃO:
Em 17/11/2004, inicialmente foi credenciada ‘EM CARÁTER ESPECIAL” para ofertar cursos de pós-
graduação Lato Sensu, por intermédio do Parecer CNE/CES nº 305/2004 e da Portaria MEC nº.
3.693/2004.
Portanto, desde 2004, mediante a oferta de diversos cursos lato sensu em várias áreas do saber, a
Instituição passou a promover a qualificação de profissionais que dispõem de tempo reduzido
para estudos e/ou que não podem se deslocar até os centros de formação. Essa oferta de cursos,
gradualmente, caracterizou-se como um processo dinâmico, empreendedor e compromissado
com a qualidade social da educação.
Em 2006, cumprindo o Marco de Regulação do MEC, a ESAB ingressou no Sapiens, atual e-MEC,
com a solicitação para oferta do curso de Pedagogia presencial.
Em 2009, a ESAB foi credenciada como Instituição de Ensino Superior (IES), por meio da
Portaria/MEC Nº 1.242, de 30 de dezembro de 2009 – Parecer CNE/CES nº 317/2009 para a oferta
do curso de pedagogia presencial.
Em 2010, e já regulada aos marcos do MEC, passou a ofertar Curso de Pedagogia na modalidade
presencial, sob o respaldo da Portaria 14/2010, de 08 de janeiro de 2010. Também em 2010,
ingressou com pedido via e-Mec para a oferta de 18.000 vagas distribuída em três cursos de
graduação na modalidade a distância: Administração, Sistemas de Informação e Pedagogia.
*Em Fevereiro de 2012, foi avaliada para credenciamento nestes três cursos em EAD, com not
máxima 5 (cinco), em todas as dimensões previstas e exigidas pelo MEC.
Em 23 de outubro de 2012, teve sua trajetória educacional coroada, ocasião em que recebeu da
Editora Segmento o PRÊMIO TOP EDUCAÇÃO/ 2012, sendo reconhecida pela sociedade brasileira
como a melhor instituição de formação docente de EaD do País.
Entre os anos 2011 e 2012 a ESAB, recebeu 19 comissões do MEC, para avaliações de seus polos de
apoio em 10 estados e foi credenciada em todos eles, sem que houvesse nenhuma diligência.
Em Agosto de 2013 a ESAB foi credenciada para a oferta de graduação em EAD através da Portaria
Nº 717 de 08 de agosto de 2013.
Em maio de 2014, a ESAB foi recredenciada institucionalmente pelo MEC, tendo uma avaliação
unânime pela comissão composta por três doutores, no quesito “Tecnologia para EAD” com
índices “Muito Além do mínimo do referencial exigido”.
*Nos dias 15,16 e 17/12/2015 – A ESAB teve seu curso de Sistema de Informação RECONHECIDO
também
com grande destaque em sua plataforma SGEI® onde conquistou nota máxima 5.
Em Setembro de 2017 A ESAB foi autorizada através da portaria nº 964 para ofertar o curso em
nível de tecnólogo de Gestão de Recursos Humanos.
Enfim, a ESAB pensa à frente de seu tempo, produz conhecimento e inovação e contribui para a
formação de seres humanos éticos e antenados com os avanços tecnológicos dos tempos atuais.
Copyright © Todos os direitos desta obra são da Escola Superior Aberta do Brasil.
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Av. Santa Leopoldina, nº 840
Coqueiral de Itaparica - Vila Velha, ES
CEP 29102-040
Apresentação
Caro estudante,
Sabemos que cada curso tem suas demandas específicas: Administração, Pedagogia
ou Sistemas de Informação são cursos bastante particulares, mas em qualquer área
são várias as teorias e os teóricos; os vieses e as perspectivas; os tipos de texto e
suas finalidades. Entretanto, em qualquer um deles você precisará lidar com
leituras, fichamentos, resumos, resenhas e desenvolver interpretações.
Disso, portanto, é que trata este material de Análise e Produção Textual. Nele
constam indicações, recomendações e exercícios para você aperfeiçoar a sua escrita e
a sua percepção de leitura. Este material foi concebido baseado nas referências Fiorin
e Savioli (2006), Faraco e Tezza (2008), Medeiros (2008) e Discini (2005).
A elaboração desta disciplina foi feita especialmente para você, tendo como base
uma compilação de livros de autores renomados, contendo conceitos, teorias,
fórum, estudos complementares, entre outros, todos com o intuito de ajudá-lo em
sua formação. Você verá que, por vezes, o texto será bastante pontual e objetivo; em
outras, no entanto, será necessário um esforço interpretativo e um olhar crítico
sobre suas próprias experiências de leitura e escrita para alcançarmos o propósito.
Bom estudo!
Competências e habilidades
• Perceber as diferentes formas da linguagem em sua peculiaridade, necessárias à
produção textual.
• Reconhecer os diferentes instrumentos e procedimentos para a organização e
produção de texto.
• Produzir textos com senso crítico e qualidade.
• Elaborar o pensamento por escrito, considerando as possíveis leituras
interpretativas.
Ementa
A leitura e a produção textual. A estrutura do texto. Textualidade e argumentação
na produção do texto. Linguagem. Gêneros textuais: tipos de textos. Estrutura de
texto. Aspectos gramaticais.
Sumário
1. Escrever bem: dom ou técnica?........................................................................................7
2. O que é texto?................................................................................................................12
3. A nova ortografia da Língua Portuguesa........................................................................17
4. O falado e o escrito.........................................................................................................21
5. Polissemia, metalinguagem, intertextualidade e recombinação...................................25
6. O esquema da comunicação e as funções da linguagem................................................32
7. O que define um bom texto...........................................................................................38
8. Os diferentes tipos de texto............................................................................................41
9. Texto descritivo..............................................................................................................47
10. Texto de informação......................................................................................................52
11. Texto de opinião.............................................................................................................56
12. Texto crítico....................................................................................................................61
13. A narrativa.....................................................................................................................68
14. Texto temático e texto figurativo...................................................................................73
15. Texto argumentativo......................................................................................................79
16. Texto explicativo............................................................................................................86
17. Texto dissertativo...........................................................................................................92
18. Texto dissertativo-argumentativo..................................................................................97
19. Como definir um título.................................................................................................103
20. Redação institucional/comercial..................................................................................107
21. O curriculum vitae........................................................................................................111
22. Parágrafos....................................................................................................................116
23. Pontuação....................................................................................................................121
24. Frase, oração, período..................................................................................................127
25. Coesão.........................................................................................................................133
26. Coerência.....................................................................................................................138
27. Estilo............................................................................................................................142
28. Denotação/conotação..................................................................................................146
29. Tropos de linguagem...................................................................................................150
30. O clichê........................................................................................................................155
31. Usos da crase................................................................................................................161
32. Usos dos porquês.........................................................................................................167
33. O dito “cujo”..................................................................................................................170
34. Usos do gerúndio.........................................................................................................174
35. Concordância...............................................................................................................177
36. Usos do adjetivo...........................................................................................................184
37. Estrangeirismos...........................................................................................................191
38. Ênclise, próclise, mesóclise...........................................................................................195
39. Dúvidas frequentes......................................................................................................200
40. Tautologias..................................................................................................................205
41. Pressuposto.................................................................................................................210
42. Pesquisa: como proceder..............................................................................................215
43. Paráfrase......................................................................................................................221
44. Fichamento e resumo...................................................................................................226
45. Interpretação textual...................................................................................................235
46. Comunicação e expressão............................................................................................241
47. As multimídias e a produção textual............................................................................247
48. Afinal, o que é um bom texto?.....................................................................................250
Glossário.............................................................................................................................256
Referências.........................................................................................................................268
1 Escrever bem: dom ou técnica?
Objetivo
Vislumbrar a escrita como técnica vinculada ao exercício constante da
leitura e construção de argumentos.
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periódicas de 8, 10, 12 repetições. Mas ainda não será o bastante: o
nosso organismo se habitua com os exercícios, de modo que,
gradualmente, será preciso que você exija mais de si mesmo para chegar a
um determinado resultado, adquirindo perfeição naquilo que está
fazendo e, ao mesmo tempo, resistência para a tarefa.
Mas, por outro lado, é possível, sim, aperfeiçoar o seu nado a partir da
teoria: você pode muito bem estudar como deve ser a sua respiração;
você pode ler um artigo, uma revista ou um livro que demonstre
graficamente como deve ser o movimento da braçada, que você deve
esticar os braços completamente, que, enquanto um está realizando a
braçada, o outro deve estar posicionado de modo a não oferecer
resistência ou que os pés devem reproduzir o movimento de um chute, e
não simplesmente um movimento qualquer, para que você possa
aproveitar todo o impulso
e a sua própria energia. E, se você estiver tomando aulas na autoescola
para tirar a carteira de motorista, certamente a teoria irá auxiliá-lo tanto
no conhecimento do veículo como nos procedimentos que você deve
desempenhar para dirigir com segurança.
Assim, para escrever bem, é preciso também se arriscar e “entrar na
piscina” ou “assumir o volante”. Não há como você desenvolver uma
técnica sem se submeter ao exercício diário e constante, adquirindo
consciência daquilo que está fazendo.
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Figura 1 – Para aprimorar a sua escrita, você precisa de variedade de leitura.
Fonte: <www.shutterstock.com>.
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que o habitual, pois do crawl você já dava conta. Passam-se dois dias, ou
na aula da semana seguinte, você se aquece, entra na água, começa em
modo crawl e logo passa à modalidade golfinho. Surpreendentemente,
você nota que, embora os movimentos ainda não estejam perfeitos, você
já os desenvolve com certa habilidade ou menos esforço.
Pois, é assim mesmo. Foi necessário que você se expusesse a algo que
ainda desconhecia ou não dominava, que tentasse desenvolver essa
tarefa conscientemente, e que também precisasse lidar com a impressão
momentânea de fracasso. É parte do processo, e não vale a pena pular a
etapa. Não tem como.
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Para encerrar esta unidade, acompanhe algumas dicas de Stephen
Kanitz, articulista da revista Veja, consultor de empresas e conferencista.
Resumidamente, Kanitz (2012) anota:
• por mais relativo que isto seja, escreva sempre considerando qual é o
seu público-alvo;
• deixe a vaidade de lado, escreva para narrar uma experiência ou
expor uma ideia;
• inicie pelo rascunho, deixe as ideias amadurecerem e revise ou
reescreva;
• não gaste tempo com ideias intransigentes ou pesadamente
ideológicas;
• repita de formas diferentes as ideias fundamentais do seu texto;
• seja conciso, direto e objetivo.
Estudo complementar
Vimos nesta unidade que para escrever bem
é preciso munir-se de um cardápio variado
de informações, dedicação e disciplina. Para
complementar o estudo, leia o texto completo
de Stephen Kanitz a que fizemos referência,
clicando aqui.
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2 O que é texto?
Objetivo
Desenvolver e explorar o conceito de texto, analisando suas
perspectivas de formação de sentido no processo de criação e
organização.
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conduta social, entendemos que a placa solicita bom senso a quem
se aproxima, para que produza o menor ruído possível. A unidade de
sentido, portanto, está concretizada. Mas e se em vez da frase escrita
estivesse apenas a figura de uma buzina com a tarja de proibido
sobreposta, seria um texto? Sim, pois o signo na placa, tal como as letras,
indica-nos algo cujo sentido é compreensível.
Por outro lado, digamos que você esteja caminhando pelo centro da
cidade e vê a mesma palavra, buzina, pichada num muro, ou mesmo o
desenho de uma buzina. Trata-se de um texto? Pergunte-se: a relação de
sentido se mantém?
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Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma,
creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água
quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias,
sapatos, telefone, agenda, copo com lápis, caneta, blocos de notas, espátula, pastas,
caixa de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja,
xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales,
cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros,
cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetos
de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório,
pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo.
Xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e
poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno,
gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de
cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres,
guardanapos. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro,
papéis, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro,
fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara,
jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó,
gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos,
guardanapos. Xícaras, cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor,
poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama,
espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.
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Figura 2 – Luxo, poema de Augusto de Campos, 1966.
Fonte: <www.cibercultura.org.br>.
Texto é uma unidade concreta que percebemos pela visão, pela audição
e até mesmo pelo tato (considere o sistema de Libras), e implica uma
situação de comunicação de uma mensagem cuja extensão é variável,
podendo formar-se por apenas uma palavra ou pela articulação de várias.
Em termos genéricos, contexto é uma coisa grande em que cabe uma
coisa pequena!
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Saiba mais
Expusemos aqui de modo bastante sintético os
conceitos de texto e contexto e suas implicações.
Para saber um pouco mais, clique aqui e assista ao
programa Palavra Puxa Palavra, produzido pela
Educopédia MultiRio, que tematiza os conceitos de
texto, contexto e intertexto.
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A nova ortografia da Língua
3 Portuguesa
Objetivo
Observar as principais alterações propostas pelo Novo Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa.
Já são vários os manuais impressos e online para saber a grafia correta dos
termos, mas ainda há muitas dúvidas e discussões.
Saiba mais
Para conhecer o decreto da Reforma Ortográfica
da Língua Portuguesa, clique aqui.
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Acompanhe a seguir um resumo das principais mudanças, a partir de
Silva (2009).
Usa-se o hífen:
Observação
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é que, ao mesmo tempo, a forma consagrada bem-querer permanece
ativa. Não há menção no Novo Acordo a quaisquer outros casos.
Saiba mais
Acesse o site UOL Notícias e assista a um bate-
papo com o professor Pasquale Cipro Neto a
respeito da reforma ortográfica clicando aqui.
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3.1.2 Outras mudanças importantes
Espera-se que este breve resumo tenha auxiliado você. Quando surgir
uma dúvida, retorne e consulte. Se não for o bastante, consulte o
Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), no site da
Academia Brasileira de Letras.
Fórum
Dirija-se ao Ambiente Virtual de Aprendizagem
(AVA) e participe do nosso primeiro fórum. Esta
atividade permite a interação entre você, seu tutor
e colegas de curso, contribuindo significativamente
para a construção do seu conhecimento.
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4 O falado e o escrito
Objetivo
Discutir a linguagem sob o viés de diferentes lugares de enunciação,
analisando as mudanças que devem ser levadas em consideração.
A língua não é uma coisa inerte; pelo contrário, trata-se de algo vivo e
dinâmico, usado pelos falantes de uma comunidade para a expressão de
necessidades, sentimentos e ideias. Justamente por isso, trata-se de um
código sujeito a constantes transformações e adaptações conforme as
necessidades comunicativas dos falantes (FARACO; TEZZA, 2008).
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A gente não sabemos
Escolher presidente
A gente não sabemos
Tomar conta da gente
A gente não sabemos
Nem escovar os dente
Tem gringo pensando
Que nóis é indigente...
Inútil
A gente somos inútil
Inútil
A gente somos inútil
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O mal da gíria está em adotá-la como forma permanente de
comunicação, desencadeando um processo não só de esquecimento,
mas de desprezo ao vocabulário oficial. Mas se for usada no
momento adequado, a gíria é um elemento de linguagem que denota
expressividade, espontaneidade e criatividade, desde que, naturalmente,
adequada à mensagem, ao meio e ao receptor (estudaremos esses
conceitos mais adiante).
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Para sua reflexão
Vimos que “fala” e “escrita” são diferentes
modalidades que apontam para usos distintos
da língua. Agora que você já passou pela leitura
da unidade, reflita: como se deve conduzir a
linguagem para uma apresentação, uma situação
formal em que você está sendo analisado por
outras pessoas?
As respostas a essas reflexões formam parte de sua
aprendizagem e são individuais, não precisando
ser comunicadas ou enviadas aos tutores.
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Polissemia, metalinguagem,
5 intertextualidade e recombinação
Objetivo
Vislumbrar a pluralidade de significados das palavras, sua
metalinguagem, bem como os conceitos da relação intertextual e da
recombinação como procedimentos básicos para a escrita.
5.1 Polissemia
Para começar, observe a raiz grega do termo polissemia: poli, muitos;
sema, significado. Refere-se à pluralidade lexical das palavras. Ou seja,
além do significado imediato que temos a respeito de uma palavra, ela
pode assumir diferentes sentidos conforme o contexto (PERINI, 2009).
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outra – ou mais – seja compreendida. É uma espécie de “negociação” do
sentido que o texto estabelece (FARACO; TEZZA, 2008).
5.2 Metalinguagem
Esse conceito trata da propriedade que a língua tem de voltar-se para
si mesma. O termo vem do grego, metá, e significa “depois, além de”.
Então, podemos entender a metalinguagem como aquilo que está além
da mera comunicação, quando problematizamos a linguagem utilizando
dela própria para fazer isso. É a forma de expressão dos dicionários e das
gramáticas, ou seja, de linguagens dedicadas ao estudo da linguagem
(PERINI, 2009).
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pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu
nascimento ou a minha morte”. Ou seja: o escritor discorre sobre o
modo como escreveu o próprio livro.
5.3 Intertextualidade
Temos aqui, talvez, o mais rico dos conceitos. Suas formas habituais são
a paródia e o pastiche (retornaremos a este conceito quando estudarmos
a paráfrase, mais adiante). Trata do diálogo entre os vários textos de uma
língua (MEDEIROS, 2008).
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“Admirável mundo novo”; ou que a reportagem “Yes, nós temos urânio!”,
da Revista Superinteressante, referencia a famosa frase “Yes, nós temos
banana!”, da cantora Carmen Miranda. A leitura já começa por aí.
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5.4 Recombinação
Por último, temos o conceito de recombinação. Habitualmente, não se
trata de um conceito estudado em Língua Portuguesa. Trata-se de um
viés mais vanguardista, e refere-se à ideia de que a produção criativa e
intelectual nunca é original, está sempre pautando-se pelo já feito, dando
novos sentidos àquilo cuja leitura estava estática.
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Figura 4 – A fonte, de Marcel Duchamp (1917).
Fonte: <commons.wikimedia.org>.
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Saiba mais
Para ampliar o seu conhecimento a respeito do
termo recombinação, leia o texto “Plágio utópico,
hipertextualidade e produção cultural eletrônica”
do grupo Critical Art Ensemble. O texto pode ser
acessado clicando aqui.
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O esquema da comunicação e as
6 funções da linguagem
Objetivo
Apresentar os fatores básicos que envolvem a comunicação,
estudando as seis funções da linguagem.
Canal
Código
Contexto
Figura 5 – Esquema da comunicação.
Fonte: Elaborada pelo autor (2012).
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Detalhando os elementos, o emissor é quem emite a mensagem. É a
fonte da comunicação. Pode ser tanto uma pessoa como um grupo (uma
organização, por exemplo).
Canal, por sua vez, é a via de circulação das mensagens, seu meio físico,
permitindo o contato entre os envolvidos no processo. Conforme o
canal, as mensagens podem ser caracterizadas como visuais (imagem,
símbolo), sonoras (palavras, músicas, sons de modo geral), táteis
(pressões, choques), olfativas (odores em geral), gustativas (um tempero,
por exemplo). Um choque elétrico, um sinal com as mãos, um perfume
só constituem mensagens se veicularem, por vontade do emissor, uma ou
várias informações dirigidas ao receptor.
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Saiba que a primeira é a função emotiva (ou referencial) presente nos
textos que privilegiam o emissor da mensagem. Prevalece a primeira
pessoa do discurso – eu –, interjeições e exclamações. É a linguagem
das biografias, memórias, monólogos, poesias líricas e cartas íntimas.
Exprime, portanto, a atitude do emissor em relação ao conteúdo de sua
mensagem e situação, sua subjetividade, normalmente moldada por
sentimentos e emoções. Observe:
Decidi contar o que aconteceu comigo quando resolvi virar punk. Nem sabia direito
o que era punk e acho que ainda nem sei e por isso nem sei bem o que vou contar.
Talvez seja porque nem sei direito o que me aconteceu. Mas vou contar, sinto que
preciso contar, acho que me daria prazer. E vou contar. Também não sei muito bem
por que resolvi escrever sobre tudo isso. Se me tivessem perguntado antes acho que
teria respondido que gostaria de fazer um filme ou vídeo. Mas de repente a única
coisa que pintou mesmo foi um maço de papel que peguei do escritório e é isso que
vou usar. (COELHO, 1984, p. 7)
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falas telefônicas, saudações e similares (“alô”, “você está me ouvindo?”,
“um momento, por favor”, “vou desligar”). Há uma canção de Paulinho
da Viola, “Sinal fechado”, gravada por Chico Buarque, que emprega a
função fática:
– Levei bomba!
– Como assim, “levei bomba”?
– Fui mal na prova.
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linguagem poética o jogo linguístico, a escolha de tons, a musicalidade.
Acompanhe o poema a seguir, de W. B. Yeats, e atente para o modo
como cada palavra é cuidadosamente escolhida:
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Resumo
Já fizemos um bom trabalho até aqui. Como você pôde perceber, escrever
bem é algo que se pode alcançar com dedicação, disciplina e muito senso
crítico. É um processo longo, mas quanto antes você começar, mais
rápido será o retorno.
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7 O que define um bom texto
Objetivo
Estabelecer aspectos que permeiam a construção de texto com
qualidade.
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Essa ação da linguagem sobre o mundo – porque, afinal de contas, é
para isso que se escreve, destacam os autores (2005) – está presente tanto
no bilhete mais simples de alguém semialfabetizado quanto no mais
sofisticado texto científico.
Mas, dando uma volta de parafuso a mais, o que seria o mundo, afinal,
além de linguagem, quando mesmo para expressar o que sentimos (não
só que pensamos) é preciso falar ou escrever?
7.1 Pedantismo
Comunicar bem por escrito, muitas vezes, pode ser confundido com
certo apego à linguagem prolixa, à vigilância gramatical extrema ou ao
emprego de um vocabulário requintado. E não é bem assim.
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metrificado justamente pelos fatores que listamos no parágrafo anterior.
Conhecer um vocabulário amplo e saber gramática são fatores que auxiliam,
sem dúvida, mas não substituem o que é de fato essencial: organizar bem as
ideias, de forma clara e coerente, e defender bons argumentos.
7.2 Juridiquês
Trata-se de um neologismo relativamente recente, bastante em voga,
que indica o uso desnecessário e excessivo do jargão jurídico e de termos
técnicos de Direito.
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8 Os diferentes tipos de texto
Objetivo
Apresentar noções básicas que permitam reconhecer os diferentes
tipos de texto no contexto acadêmico.
8.1 Narração
A narração é um tipo de texto cuja peculiaridade reside em contar um
fato, ficcional ou não, que aconteceu (ou acontece) em tempo e lugar
específico, envolvendo personagens que desempenham ações. Assim,
“[...] o que define o componente narrativo é a mudança de situação, a
transformação” (FIORIN; SAVIOLI, 2006, p. 227).
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narrador-personagem, e em terceira, que indica um narrador-observador.
Observe o texto a seguir:
Foi na terceira semana de abril que o Embaixador de Sacramento tomou posse de sua
cadeira no Conselho da Organização dos Estados Americanos. Ao entrar no edifício da
União Pan-Americana foi logo atraído por vozes estrídulas que despertaram o menino
que dormia dentro dele. Afastou-se dos assessores que o acompanhavam e precipitou-
se para o Pátio Tropical, onde duas araras de cores tão rútilas que pareciam recender
ainda a tinta – escarlate, verde, azul, amarelo – gingavam e gritavam, assanhadas nos
seus poleiros [...].
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8.2 Descrição
A descrição, por sua vez, é um texto que utilizamos frequentemente em
nosso dia a dia. Sua característica é a de caracterizar pessoas, objetos e/ou
lugares, com ênfase naquilo que se quer fazer ver em detalhe. É como se
fosse uma imagem verbal.
Acha-se ali sozinha e sentada ao piano uma bela e nobre figura de moça. As linhas
do perfil desenham-se distintamente entre o ébano da caixa do piano, e as bastas
madeixas ainda mais negras do que ele. São tão puras e suaves essas linhas, que
fascinam os olhos, enlevam a mente, e paralisam toda análise. A tez é como o marfim
do teclado, alva que não deslumbra, embaçada por uma nuança delicada, que não
sabereis dizer se é leve palidez ou cor-de-rosa desmaiada. O colo donoso e do mais puro
lavor sustenta com graça inefável o busto maravilhoso. Os cabelos soltos e fortemente
ondulados se despenham caracolando pelos ombros em espessos e luzidios rolos, e
como franjas negras escondiam quase completamente o dorso da cadeira, a que se
achava recostada. Na fronte calma e lisa como mármore polido, a luz do ocaso esbatia
um róseo e suave reflexo; di-la-íeis misteriosa lâmpada de alabastro guardando no seio
diáfano o fogo celeste da inspiração. Tinha a face voltada para as janelas, e o olhar vago
pairava-lhe pelo espaço.
8.3 Dissertação
Já a dissertação “[...] é o tipo de texto que analisa, interpreta, explica e
avalia os dados da realidade” (FIORIN; SAVIOLI, 2006, p. 252).
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transmitido. Observe este caso retirado de “Viagens de Gulliver”, de
Jonathan Swift, utilizado por Fiorin e Savioli (2006, p. 251):
8.4 Exposição
A exposição consiste em apresentar informações a respeito de um
assunto, explicando, avaliando e analisando. Pode conter instruções,
descrições, definições, enumerações, comparações e contrastes.
Para fazer uma Análise SWOT, é necessário fazer previamente uma análise do mercado e
da empresa. O termo SWOT é uma sigla oriunda do inglês, traduzindo: Forças (Strengths),
Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).
Esta análise divide-se em 4 quadrantes: ameaças, oportunidades, pontos fracos
(fraquezas) e pontos fortes (forças). As ameaças e as oportunidades estão ligadas ao
mercado enquanto os pontos fracos e pontos fortes estão ligados à empresa. (COMO
FAZER, 2012, p. 1)
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8.5 Informação
Dando continuidade, a informação se limita a deixar o leitor a par
de um fato, sem expor ideias ou defender argumentos. Predomina a
linguagem clara e objetiva, a partir da terceira pessoa do discurso. É o
caso da notícia, como mostraremos no exemplo a seguir.
8.6 Injunção
Por fim, saiba que a injunção corresponde ao texto que indica o modo
como uma ação deve ser realizada. Em sua confecção, prevalecem os
termos no imperativo, com uso eventual do infinitivo e futuro do presente
do modo indicativo. Receitas, previsões do tempo, manuais, leis, questões
de prova, instruções de jogos são exemplos do texto injuntivo. Observe:
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Nas unidades seguintes, teremos uma exposição mais longa sobre alguns
dos tipos de texto que apresentamos aqui. Contudo, o que você viu até
agora é o bastante para saber diferenciar e fazer uso de cada um deles.
Estudo complementar
Para aprofundar o que estudamos rapidamente
nesta unidade, clique aqui e acesse o site Brasil
Escola, do Ministério da Educação, e no campo
de busca digita os termos ‘narração’, ‘descrição’ e
‘dissertação’. Confronte as informações que você
encontrar com as que você leu aqui.
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9 Texto descritivo
Objetivo
Apresentar os aspectos que caracterizam o texto descritivo.
Eis São Paulo às sete da noite. O trânsito caminha lento e nervoso. Nas ruas, pedestres
apressados se atropelam. Nos bares, bocas cansadas conversam, mastigam e bebem
em volta das mesas. Luzes de tons pálidos incidem sobre o cinza dos prédios. (FIORIN;
SAVIOLI, 2007, p. 297)
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Figura 5 – São Paulo, 19h.
Fonte: <www.sxc.hu>.
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Campo. Um velho santuário abandonado há muito tempo, tombado pra direita. Perto
de um poço, enormes pedras que devem ter sido lápides tumulares. Um velho banco.
Vê-se o caminho que leva à casa de Gaiév. De um lado muitos álamos, árvores escuras; é
nesse ponto que começa o cerejal. À distância vê-se uma enfiada de postes telegráficos
e longe, bem longe no horizonte, a silhueta esfumada de uma grande cidade que só
será visível em dias bem claros. É quase pôr do sol. Carlota, Iacha e Damiacha estão
sentados no banco. Epikodov está em pé, perto, tocando alguma coisa sombria numa
guitarra. Todos em atitude pensativa. Carlota usa um boné velho; tira uma espingarda
do ombro e aperta a fivela da correia. (TCHECOV, 1983, p. 31)
Luzes de tons pálidos incidem sobre o cinza dos prédios. Nos bares, bocas cansadas
conversam, mastigam e bebem em volta das mesas. O trânsito caminha lento e nervoso.
Nas ruas, pedestres apressados se atropelam. Eis São Paulo às sete da noite.
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momento da fala, e o segundo, em relação ao momento temporal pretérito
instalado no enunciado.
São Paulo às sete da noite. O trânsito caminhava lento e nervoso. Nas ruas, pedestres
apressados se atropelavam. Nos bares, bocas cansadas conversavam, mastigavam e
bebiam em volta das mesas. Luzes de tons pálidos incidiam sobre o cinza dos prédios.
São Paulo às sete da noite. O trânsito caminha lento e nervoso. Nas ruas, pedestres
apressados se atropelam. Às nove, nos bares, bocas cansadas conversam, mastigam e
bebem em volta das mesas. Luzes de tons pálidos incidem sobre o cinza dos prédios.
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Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidade 1 a 9. Para isso, dirija-se
ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
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10 Texto de informação
Objetivo
Apresentar os aspectos que caracterizam o texto informativo.
Por essa distribuição massiva em nossa vida, pode-se afirmar que o texto
de informação se tornou o referente mais adequado à sistematização
normativa da linguagem escrita. Isso parece óbvio, mas se pensarmos que
durante a maior parte do século XX os gramáticos tomaram por referência
a linguagem dos escritores de literatura não parece tão lógico assim.
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10.2 Analisando
Vamos analisar um caso, baseando-nos no conteúdo do site <gripe.org.br>.
O que é gripe
A gripe (influenza) é uma das doenças respiratórias que mais acometem o homem.
Trata-se de uma infecção do sistema respiratório cuja principal complicação são as
pneumonias, que são responsáveis por um grande número de internações hospitalares
no país.
Apesar de frequentemente apresentar a imagem de uma doença benigna, a gripe é
uma doença potencialmente grave, que mata milhares de pessoas todos os anos.
A gripe é causada por um vírus específico, chamado vírus influenza: Myxovirus
influenzae. Este vírus possui a capacidade de mudar constantemente suas
características, o que possibilita que um mesmo indivíduo tenha vários episódios de
gripe durante a vida.
Por causa das mutações e da rápida disseminação da doença, as epidemias e pandemias
são uma característica importante da gripe.
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Saiba mais: O vírus influenza
Desconhece-se a data do aparecimento do vírus influenza, embora a gripe seja
considerada uma das mais antigas doenças da humanidade. Em 412 a.C. foi descrita
uma epidemia de tosse seguida por pneumonia na Grécia – podendo ser o influenza
um dos prováveis causadores. Duzentos anos depois, houve uma doença infecciosa que
atingiu o exército romano.
Desde então, várias epidemias envolvendo o aparelho respiratório foram registradas,
mas somente a partir do século XVIII é que o número de infectados passou a ser
contabilizado.
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Para sua reflexão
A partir do que vimos até aqui sobre o texto
informativo, reflita: você concorda com a ideia de
que o texto de informação não expõe um ponto de
vista, ou seja, que ele é “neutro”? Ou, por outra: as
informações são repassadas de modo imparcial?
As respostas a essas reflexões formam parte de sua
aprendizagem e são individuais, não precisando
ser comunicadas ou enviadas aos tutores.
Mas ainda assim podemos destacar: uma coisa é expor quais são os
personagens da novela e mostrar suas relações ou dizer qual foi o
resultado do jogo da última quarta-feira e relatar os gols, as faltas etc.;
outra coisa é dizer “esta novela é muito interessante” ou “o time X não
está jogando nada”, pois aí já temos uma opinião direta e um juízo de
valor. Trata-se, no caso, do texto de opinião, como veremos na próxima
unidade.
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11 Texto de opinião
Objetivo
Apresentar os aspectos que caracterizam o texto opinativo.
11.2 Analisando
Vamos começar com um exemplo?
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A voz de Getúlio Vargas
O Brasil carrega em seu DNA institucional várias pequenas heranças de origem fascista.
Elas incluem a força despropositada das corporações profissionais, a estrutura sindical
baseada em contratos coletivos de trabalho e contribuições compulsórias.
Nenhuma, porém, se iguala ao programa radiofônico A Voz do Brasil, que todas as
emissoras do país estão obrigadas a transmitir, de segunda a sexta-feira, sempre às 19h,
ritual decrépito que se repete com poucas interrupções desde 22 de julho de 1935.
A iniciativa se inspira em ideologia das mais totalitárias. O indivíduo não existiria fora
do Estado, única instituição capaz de oferecer-lhe os valores de que necessita. O núcleo
do poder político se encarregaria de produzir diariamente noticiário de uma hora, com
difusão obrigatória. O cidadão até poderia desligar o rádio, mas, se quisesse ouvir algo,
não poderia fugir do oficialismo edificante.
A cartilha fascista se reproduz até na divisão do programa, que é meticulosamente
repartido entre os Poderes da República: o Executivo tem 25 minutos; o Judiciário, cinco;
senadores dispõem de dez minutos; deputados federais contam com 20.
Num detalhe que resume a essência do corporativismo mussoliniano – o Estado pode
resolver todos os conflitos integrando diferentes grupos num modelo colaborativo –, às
quartas-feiras o Tribunal de Contas da União ganha o seu minuto, cedido às vezes pelo
Executivo, às vezes pela Câmara.
É incrível que um arcaísmo dessa magnitude sobreviva em pleno século XXI. Além de
negar a liberdade de escolha a milhões de cidadãos brasileiros, A Voz do Brasil presta
um desserviço público, ao monopolizar as ondas de rádio no exato momento em que
elas são uma valiosa fonte de informações para o cidadão – por exemplo, sobre o
trânsito que assola tantas cidades do país.
É, portanto, uma boa notícia a de que a Câmara deverá colocar em votação um projeto
de lei que flexibiliza os horários de exibição de A Voz do Brasil. Melhor ainda seria se
o Congresso acabasse de vez com a obrigatoriedade e, por que não, com o próprio
programa, que custa caro aos cofres públicos.
Mas isso talvez seja pedir demais dos parlamentares, que se contam entre as
pouquíssimas pessoas beneficiadas por esse resquício dos tempos de Getúlio Vargas.
(FOLHA DE S. PAULO, 2012)
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Pergunte-se agora: o texto se limita a informar que A Voz do Brasil é um
programa radiofônico transmitido por todas as emissoras de rádio do
país, sempre às 19h ou ele faz algo além disso?
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detalhadas, apelo emotivo, acusações, sátira, ironia e fontes de
informações precisas.
Perceba, então, o uso da primeira pessoa (“Eu sou ouvinte desde 1969,
acompanhava meu pai na audiência, sentado no sofá de três lugares,
observando seus gestos de indignação diante de certas restrições de
liberdades”) e os motivos que justificam o ponto de vista (“a pressão
vem das empresas de comunicações, pelas transmissões do futebol. [...]
Não estão nem aí para os interesses dos cidadãos, quanto menos letrado
melhor, assim não há questionamentos. O interessante é que todas as
matérias editadas por A Voz do Brasil no dia seguinte estão estampadas
nos jornais diários de grande tiragem e matérias de rádios”).
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Para sua reflexão
A partir da leitura feita até aqui, reflita: você é
uma pessoa que manifesta abertamente os seus
pontos de vista ou que evita a discussão? Quando
você emite uma opinião, ela está embasada em
impressões ou você se ampara em informações
com que tomou contato previamente? Pense!
As respostas a essas reflexões formam parte de sua
aprendizagem e são individuais, não precisando
ser comunicadas ou enviadas aos tutores.
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12 Texto crítico
Objetivo
Apresentar os aspectos que caracterizam o texto crítico.
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O segundo “porém” é que o texto crítico vai além do texto opinativo.
Para o texto crítico, são necessários conhecimentos mais aprofundados
sobre o objeto de análise e sobre área onde esse objeto se contextualiza.
12.2 Atributos
Assim como para qualquer outro texto de qualidade, o texto crítico não
pode prescindir de alguns atributos. Vamos estipulá-los:
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multiplicidade de pontos de vista está presente em qualquer gênero da
linguagem (FARACO; TEZZA, 2005).
12.3 A resenha
A resenha é um texto crítico, como vimos, muito comum em
jornais, revistas e sites. Caracteriza-se por “[...] um relato minucioso
das propriedades de um objeto, ou de suas partes constitutivas”
(MEDEIROS, 2008, p. 158).
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conceito de texto que estudamos na unidade 2). Mas também pode ser
um longo texto, apresentando e criticando o conteúdo em uma revista,
jornal ou site.
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O livro de ouro da liderança segundo o Instituto Empreender Endeavor
O Livro de ouro da liderança é o mais recente lançamento do americano John C.
Maxwell, profissional apontado pela Leadership Gurus International como o mais
influente especialista sobre o tema do mundo. Autor de mais de 50 títulos sobre o
assunto e com 12 milhões de livros vendidos, Maxwell é fundador das organizações de
sociedade civil Injoy Stewardship e EQUIP, que têm como meta treinar mais de 1 milhão
de líderes em todo o mundo.
Editado pela Thomas Nelson Brasil, o lançamento traz no audiolivro as 21 irrefutáveis
leis da liderança, com toques exclusivos do guru. Nas 269 páginas da publicação,
Maxwell defende a ideia de que a liderança não se constrói de uma hora para outra e,
sim, durante a vida toda. Ao final de cada capítulo, os leitores encontram uma seção
com sugestões para colocar seus ensinamentos em prática, além de dicas que podem
ajudar no desenvolvimento da liderança em sua carreira.
O autor ainda desmistifica a tese de que o líder não pode se envolver pessoalmente com
a sua equipe. ‘Nenhum líder é bem-sucedido se não contar com a ajuda de alguém’,
diz. ‘Se a motivação for limitada a avançar na profissão, corre-se o risco de se tornar
aquele tipo de líder carreirista, que finge ser o rei da cocada preta diante dos colegas e
funcionários’, explica. (PASSOS, 2008)
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Saiba mais
Para verificar as considerações desta unidade, faça
uma pesquisa em jornais, revistas ou na internet
e busque por resenhas. Pesquise, por exemplo, o
site Resenha Brasil, disponível clicando aqui. Mãos
à obra!
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Resumo
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13 A narrativa
Objetivo
Apresentar os aspectos que caracterizam o texto de ficção dentro da
produção textual e problematizar esse conceito.
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Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram...
Enquanto Mônica tomava um conhaque, noutro canto da cidade, como eles disseram.
Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer, e conversaram muito mesmo pra
tentar se conhecer.
Foi um carinha do cursinho do Eduardo que disse:
– Tem uma festa legal e a gente quer se divertir.
Dica
Sugerimos que você pesquise e leia a letra toda.
Veja aqui.
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Antes disso, porém, saiba que ao conjunto de ações, descrições e
diálogos, que constituem a narrativa, chamamos diegese. É um conceito
importante porque ele é a base de uma série de outros: trata-se da
realidade própria da narrativa, à parte da realidade externa de quem lê.
Vamos lá.
Passando os olhos na série um tanto incoerente de casos com que procurei ilustrar
algumas das peculiaridades mentais de meu amigo Sherlock Holmes, impressionou-me
a dificuldade que tive em escolher exemplos que atendessem a meu propósito sob todos
os aspectos. Pois naqueles casos em que Holmes realizou algum raciocínio analítico e
demonstrou o valor de seus métodos peculiares de investigação, os próprios fatos foram
muitas vezes tão insignificantes ou banais que não pude me sentir justificado em expô-
los perante o público. (DOYLE, 2003, p. 252)
www.esab.edu.br 70
Recebi esta tarde a notícia do teu nascimento. Quis tanto ver-te. Fui até o aroporto mas
não tive coragem. Vais crescer sem saber quem sou. Talvez um dia venhas a ler isto [...].
(CARVALHO, 1995, p. 69)
Não tem ninguém em casa, preciso parar com isso. Medo do quê? Quem pode estar
aqui? Não tem ninguém em casa, bobagem, está tudo trancado.
Abro a porta do quarto. Tudo em ordem. Vou andando pelo corredor, pés descalços. Tudo
em ordem. Não há ninguém pela casa.
Dou meia-volta, o banheiro, tudo em ordem. Entro no quarto, tranco a porta.
Islands in the stream, 0h45. Deve acabar às 3h00. 1977, 110 minutos. Direção: Franklin
Schaffer. Claire Bloom, David Hemmings etcétera. O pesadelo aconteceu em dez
minutos, no intervalo, eu estava vendo a chamada de um filme policial, Charles Bronson
com o pé na garganta de um infeliz: “Diga adeus”. (MELO, 1995, p. 5)
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Perceba como a narrativa funde duas camadas, sonho e realidade.
Esta vem à tona pela informação do filme a que a personagem estava
assistindo.
Saiba, por fim, que estes e outros conceitos são parte de um estudo
mais aprofundado da narrativa, para quem se especializa no assunto. O
interessante para você – e que você precisa saber – é que diferentemente
dos outros tipos de texto, a narração se sustenta pela sucessão de
acontecimentos, e que esse tipo de texto se vale de outros como se fossem
recursos seus, tais como a descrição e a dissertação.
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14 Texto temático e texto figurativo
Objetivo
Analisar a produção textual sob os vieses concreto e abstrato.
14.1 Definições
Concreto é todo termo que remete a algo presente no mundo natural.
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realidade exterior, visível, sensível, mas as realidades criadas pelo discurso.
Nesse sentido, não há o menor propósito em perguntar se Deus, fada
ou saci são concretos ou não, e em responder que isso depende da
crença que se tenha neles. São concretos, sim, porque Deus é um ser
efetivamente presente no universo criado pelo discurso religioso, fada
existe na realidade gerada pelo conto maravilhoso, saci recebe o estatuto
de ser nas narrativas folclóricas (FIORIN; SAVIOLI, 2006).
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conforme a linha de raciocínio anterior, é que há textos (ou discursos)
predominantemente figurativos ou preponderantemente abstratos.
14.2 Casos
Vejamos dois exemplos de textos figurativos. O primeiro é uma clássica
fábula de La Fontaine. O segundo é um conto chinês do Soushenchi,
datado do século IV. Acompanhe.
A raposa e as uvas
Uma raposa faminta entrou num terreno onde havia uma parreira, cheia de uvas
maduras, cujos cachos se penduravam, muito alto, em cima de sua cabeça.
A raposa não podia resistir à tentação de chupar aquelas uvas mas, por mais que
pulasse, não conseguia abocanhá-las.
Cansada de pular, olhou mais uma vez os apetitosos cachos e disse:
– Estão verdes…
É fácil desdenhar daquilo que não se alcança.
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O homem que vendia fantasmas
Quando Sung Tingpo, de Nanyang, era ainda rapaz, estava passeando certa noite
quando se encontrou com um fantasma. Perguntou à aparição quem era e ela
respondeu que era um fantasma. – ‘Quem é você?’ perguntou por sua vez o fantasma.
Tingpo mentiu e respondeu – ‘Eu também sou um fantasma.’ O fantasma então quis
saber para onde ele ia e Tingpo informou – ‘Estou a caminho para a cidade de Wanshih.’
– ‘Também vou para lá’, afirmou a aparição. Assim puseram-se a caminhar juntos. Após
uma milha, se tanto, o fantasma disse que era estupidez estarem andando ambos
quando um podia carregar o outro, por turnos. – ‘ótima ideia’, achou Tingpo. O fantasma
pôs Tingpo às costas e depois de ter andado uma milha disse – ‘Você é pesado demais
para um fantasma. Tem certeza de que é um fantasma mesmo? ’ Tingpo explicou que
ainda era um fantasma novo e que, por conseguinte, ainda pesava um pouco. Tingpo,
por sua vez, pôs-se a carregar o fantasma, mas esse era tão leve que tinha a impressão
de não estar carregando nada. Assim foram caminhando, revezando-se, até que Tingpo
perguntou ao companheiro qual era a coisa que metia mais medo aos fantasmas. –
‘Os fantasmas têm um medo horrível da saliva humana’, afirmou o fantasma. Assim
foram andando, andando até que chegaram a um rio. Tingpo deixou que o fantasma
fosse adiante e observou que ele não fazia barulho algum ao nadar, mas quando ele
entrou n’água, o fantasma ouviu o estalar na água e pediu-lhe uma explicação. Tingpo
explicou novamente – ‘Não se surpreenda, pois ainda sou muito novo e não estou
ainda acostumado a atravessar a correnteza.’ No momento em que se aproximavam da
cidade, Tingpo começou a carregar o fantasma nas costas apertando-o fortemente. O
fantasma pôs-se a gritar e a chorar lutando para apear-se, porém Tingpo o apertou com
mais força ainda. Ao chegar às ruas da cidade, soltou-o e o fantasma se transformou
num bode. Tingpo cuspiu no animal a fim de que não pudesse transformar-se outra vez,
vendeu-o por mil e quinhentos dinheiros e foi para casa. Eis a razão do ditado de Shih
Tsung: ‘Tingpo vendeu um fantasma por mil e quinhentos dinheiros’.
Perceba que, embora ambos contenham uma base moral que fica
implícita na história (declarada, no caso de La Fontaine; subjacente
no caso do conto chinês), os dois textos são construídos com termos
concretos. O termo ‘fantasma’ utilizado no conto chinês pode nos pegar
desprevenidos e, em um primeiro momento, ser julgado como abstrato.
Mas como vimos há pouco, assim como ‘Deus’ ou ‘saci’, o fantasma é um
ser efetivamente presente na esfera das histórias fantásticas.
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É completamente diferente do texto a seguir, uma resposta do filósofo
Emmanuel Kant à pergunta “O que é o esclarecimento?”.
A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens,
depois que a natureza de há muito os libertou de uma direção estranha (naturaliter
maiorennes), continuem, no entanto de bom grado menores durante toda a vida. São
também as causas que explicam por que é tão fácil que os outros se constituam em
tutores deles. É tão cômodo ser menor. Se tenho um livro que faz as vezes de meu
entendimento, um diretor espiritual que por mim tem consciência, um médico que
por mim decide a respeito de minha dieta etc., então não preciso esforçar-me eu
mesmo. Não tenho necessidade de pensar, quando posso simplesmente pagar; outros
se encarregarão em meu lugar dos negócios desagradáveis. A imensa maioria da
humanidade (inclusive todo o belo sexo) considera a passagem à maioridade difícil e
além do mais perigosa, porque aqueles tutores de bom grado tomaram a seu cargo a
supervisão dela. Depois de terem primeiramente embrutecido seu gado doméstico e
preservado cuidadosamente essas tranquilas criaturas a fim de não ousarem dar um
passo fora do carrinho para aprender a andar, no qual as encerraram, mostram-lhes,
em seguida, o perigo que as ameaça se tentarem andar sozinhas. Ora, esse perigo na
verdade não é tão grande, pois aprenderiam muito bem a andar finalmente, depois
de algumas quedas. Basta um exemplo deste tipo para tornar tímido o indivíduo e
atemorizá-lo em geral para não fazer outras tentativas no futuro.
É difícil, portanto, para um homem em particular desvencilhar-se da menoridade que
para ele se tornou quase uma natureza. (KANT, 2012, p. 1)
www.esab.edu.br 77
Estudo complementar
Para ampliar as noções a respeito de abstrato e
concreto, faça uma pesquisa online com os termos
‘arte abstrata’ e ‘arte figurativa’ e confronte os
resultados com o que estudamos nesta unidade.
Sugestão: acesse a Enciclopédia de Artes Visuais
clicando aqui.
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15 Texto argumentativo
Objetivo
Analisar casos de textos argumentativos.
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15.1 Tipos de argumento
Argumento de autoridade
www.esab.edu.br 80
Argumentos baseados em provas concretas
Por outro viés, as afirmações que você realiza devem vir acompanhadas de
uma justificativa amparada em fatos apontados por fontes seguras (livros
de especialistas, jornais reconhecidos, sites de respaldo).
Você deve apontar causas e efeitos das afirmações que faz. Isso implica
em coerência: para chegarmos a determinada conclusão, é preciso, antes,
apresentarmos os dados, lê-los (interpretá-los), para que a conclusão seja,
assim, uma consequência.
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Além de ser mais chique, do ponto de vista ideológico, o seminário é mais cômodo para
ambos os lados: nem o professor prepara a aula, nem o aluno estuda, e ambos entram
com sua cota de ‘participação crítica’.
O mais grave é que onde esse processo se instalou não há como revertê-lo, pois as
facilidades se transformam em direito adquirido. (...)
Já que o mundo passa por uma histeria de volta ao passado, ao menos em relação ao
que parecia “futuro” nos anos 1960, talvez fizéssemos bem em rever grande parte das
mudanças do ensino neste 30 anos.
Porque os resultados, mesmo nas boas escolas, não parecem encorajadores. A ideologia
do ensino crítico está produzindo gerações de tontos. A lassidão, o vale-tudo, a falta de
autoridade professoral desestimula a própria rebeldia do estudante. (FIORIN; SAVOLI,
2006, p. 290)
www.esab.edu.br 82
15.2 Aspectos para elaborar textos argumentativos
O texto que você escreve deve ter um só objeto, uma só matéria. Isso é
importante para evitar que o texto se perca em si mesmo. Pergunte-se:
como você faz para começar a escrever um texto?
Você não deve perder de vista o objetivo central do seu texto. E não
confunda unidade com repetição ou redundância. Embora o texto deva
conter variedade, essa variedade deve estar formada da mesma matéria.
Deve-se começar, continuar e acabar dentro do mesmo tema.
Outro aspecto importante é que não devemos fazer de conta que não
existem pontos de vista divergentes dos nossos. Pelo contrário, devemos
mencioná-los estrategicamente, usando-os a nosso favor.
Por fim, deve-se utilizar a norma padrão, culta, da língua. O ideal é que
você mantenha a impessoalidade. Deixe que seu texto seja questionado
pelas ideias e não pelo modo como você as desenvolve.
www.esab.edu.br 83
FHC, o âncora do longa-metragem, viaja pelo mundo (leia-se Europa e Estados Unidos)
para conversar com usuários, médicos e ex-presidentes a respeito de diferentes
experiências na legislação de drogas. Ora o próprio FHC dá entrevistas enquanto
sociólogo, ora aparece como entrevistador, coletando depoimentos.
De 2008 para cá o ex-presidente brasileiro vem pautando a questão e posicionando-se
publicamente favorável à descriminalização da maconha e a políticas de redução de
danos para usuários. Durante seus anos de presidência (1994-2001), no entanto, não só
não tocou no tema como esteve alinhadíssimo com o modelo estadunidense de guerra
às drogas, com forte repressão aos usuários e vendedores e crescente encarceramento.
“Eu não sabia muita coisa”, se defende, “minha experiência pessoal sobre a questão de
drogas é nula. Eu aprendi ao fazer o filme, não sabia. Quando eu era presidente, menos
ainda. E também o Brasil vivia outro momento, não era um tema tão candente”.
Apesar de presidir a Comissão Global de Política Sobre Drogas, FHC afirma que se fosse
presidente da República hoje não garante que descriminalizaria a maconha: “Não sei
qual seria minha relação no congresso, não sei quais seriam os outros temas candentes,
não posso afirmar nada”.
Em “Quebrando o tabu”, não é só FHC que admite o fracasso da guerra às drogas: Bill
Clinton, presidente dos Estados Unidos de 1993 a 2001, também assume o “erro” da
política de drogas baseada na repressão. “Obviamente é mais fácil, uma pessoa que é
ex-presidente se sente mais a vontade para falar sobre uma série de temas”, comentou
Fernando Henrique. (MONCAU, 2011)
www.esab.edu.br 84
Estudo complementar
Complemente a leitura do texto “Quebrando
o tabu ou apenas deslocando-o de lugar?”,
de Gabriela Moncau, disponível aqui. Focalize
no modo de apresentação dos dados, que são
paulatinamente questionados pela autora. Veja
também que a discussão se mantém em torno
do mesmo assunto, do início ao fim do texto,
utilizando exemplos reais como comprovação da
ideia. Note como cada ponto conduz à conclusão,
que volta, indiretamente, a remeter ao título.
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16 Texto explicativo
Objetivo
Analisar casos de textos explicativos.
16.1 Conceito
Talvez você não tenha se dado conta, mas é exatamente o que fizemos até
aqui: cada unidade parte de uma proposição ampla (“Os diferentes tipos
de texto?”, por exemplo) e a ela atrelamos dados secundários (narração,
descrição, dissertação, exposição, informação e injunção), tentando
esclarecê-los um a um.
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Para fazer uma Análise SWOT, é necessário fazer previamente uma análise do mercado e
da empresa. O termo SWOT é uma sigla oriunda do inglês, traduzindo: Forças (Strengths),
Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).
Esta análise divide-se em 4 quadrantes: Ameaças, oportunidades, pontos fracos
(fraquezas) e pontos fortes (forças). As ameaças e as oportunidades estão ligadas ao
mercado enquanto os pontos fracos e pontos fortes estão ligados à empresa. [...]
A análise SWOT é de extrema importância, pois temos de conhecer mais
aprofundadamente os vários aspectos internos e externos da empresa para dar
resposta a eventuais problemas detectados ou atacar os concorrentes nas fragilidades
encontradas. Depois de analisados, todos esses fatores têm a sua análise concluída e
depois é só tirar as suas conclusões. Não se esqueça que as ameaças dos outros podem
ser oportunidades para si e as suas ameaças são oportunidades para os concorrentes.
(Como fazer uma análise SWOT, 2012, p. 1)
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16.2 Organização
Para que você alcance sucesso na montagem do texto explicativo, deve
organizá-lo coerentemente. Nesse sentido, é imprescindível:
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• roteirizar: elabore um roteiro, qual o ponto de partida e de chegada;
• fornecer suporte: ao final, você pode elencar outras referências sobre
o tema, caso o público deseje aprofundar o assunto em outras fontes.
16.3 Tipologia
Quanto a sua natureza, o texto explicativo pode ser:
Para fazer uma Análise SWOT, é necessário fazer previamente uma análise do mercado e
da empresa. O termo SWOT é uma sigla oriunda do inglês, traduzindo: Forças (Strengths),
Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).
Esta análise divide-se em 4 quadrantes: Ameaças, oportunidades, pontos fracos
(fraquezas) e pontos fortes (forças). As ameaças e as oportunidades estão ligadas ao
mercado enquanto os pontos fracos e pontos fortes estão ligados à empresa. [...]
A análise SWOT é de extrema importância, pois temos de conhecer mais
aprofundadamente os vários aspectos internos e externos da empresa para dar
resposta a eventuais problemas detectados ou atacar os concorrentes nas fragilidades
encontradas. Depois de analisados, todos esses fatores têm a sua análise concluída e
depois é só tirar as suas conclusões. Não se esqueça que as ameaças dos outros podem
ser oportunidades para si e as suas ameaças são oportunidades para os concorrentes.
(Como fazer uma análise SWOT, 2012, p. 1)
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Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as
formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem
sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e
angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade
ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de
forças ou poder.
O bullying se divide em [...].
O bullying é um problema mundial [...]
No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 [...]
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa
humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a
outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser
enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam
serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do
estabelecimento de ensino/trabalho. (O que é bullying, 2012)
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• vocabulário técnico específico. Utilizamos as nomenclaturas cabíveis,
que condensam as afirmações e garantem a progressão do texto;
• não utilizar adjetivos nem emitir julgamentos de valor.
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
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17 Texto dissertativo
Objetivo
Analisar casos de textos dissertativos.
17.1 Caso
Acompanhe o texto a seguir, uma típica dissertação produzida para o
vestibular.
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Livros desprezados
Grave problema presente no Brasil é o baixo nível cultural da população devido à falta
de leitura de boa qualidade. Segundo o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de
Alunos), que verifica a capacidade de leitura do jovem, dentre os 32 países envolvidos
na pesquisa de 2001, o nosso ficou com a última colocação.
Um dos fatores que provocam a falta de domínio da leitura na avaliação brasileira é a
escassez de livrarias: apenas uma para cada 84,4 mil habitantes. Porém, essa não é a
única razão: o brasileiro prefere ler futilidades que pouco ou nada acrescentam ao seu
intelecto a se dedicar aos grandes nomes da literatura.
Os políticos tentam suavizar a situação do semianalfabetismo gerada pela falta de
leitura com o discurso de que é perfeitamente normal que algumas pessoas alcancem o
final do ensino médio sem saber expressar suas ideias por meio da escrita. Obviamente,
é ‘perfeitamente normal’, visto que o sistema de repetência foi indevidamente abolido
nas escolas públicas.
É imprescindível que a leitura no Brasil seja estimulada desde a infância e que o sistema
de ensino sofra uma revisão. Nossa nação não pode aspirar ao desenvolvimento tendo
tão deficiente capital humano.
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No entanto, como já vimos em momentos anteriores, não há texto puro.
As modalidades se misturam, porque o que interessa é a comunicação.
Mas conforme a solicitação quando da produção de texto (em um
concurso vestibular, por exemplo), a não observância de critérios pode
levar a uma desvalorização do seu texto.
Introdução
Deve ser breve. Serve para anunciar ao leitor o tema a ser discutido no
texto. Pode ser uma afirmação genérica que será desdobrada no texto,
como se pode partir de uma citação: “’Precisamos ser persistentes.’ Essas
foram as palavras…”. Tudo depende da sua ideia e habilidade em armar a
argumentação para o efeito que deseja alcançar. Visualize a introdução do
texto citado anteriormente:
Grave problema presente no Brasil é o baixo nível cultural da população devido à falta
de leitura de boa qualidade. Segundo o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de
Alunos), que verifica a capacidade de leitura do jovem, dentre os 32 países envolvidos
na pesquisa de 2001, o nosso ficou com a última colocação.
Desenvolvimento
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A=I+F
em que:
• A = argumento
• I = ideia
• F = fundamentação.
Conclusão
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É imprescindível que a leitura no Brasil seja estimulada desde a infância e que o sistema
de ensino sofra uma revisão. Nossa nação não pode aspirar ao desenvolvimento tendo
tão deficiente capital humano.
Estudo complementar
Clique aqui e realize as atividades relacionadas à
produção de texto dissertativo.
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18 Texto dissertativo-argumentativo
Objetivo
Analisar casos de textos dissertativos-argumentativos.
a. explanação de ideias;
b. interpretação dos dados da realidade por conceitos abstratos e
genéricos.
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desenvolvimento deverão argumentá-la. Trata-se, como você pôde notar,
de um texto que busca a persuasão do leitor.
Saiba mais
Sugerimos que você assista ao programa Plantão
ENEM, produzido pela TV Minas, disponível
clicando aqui. O vídeo tematiza especificamente o
texto dissertativo-argumentativo.
18.1 Caso
O texto a seguir nos auxiliará a perceber as peculiaridades dessa tipologia.
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Vamos analisar o texto. Qual a ideia principal?
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Sermão da Sexagésima
O sermão há de ser duma só cor, há de ter um só objeto, um só assunto, uma só matéria.
Há de tomar o pregador uma só matéria, há de defini-la, para que se conheça, há de
dividi-la, para que se distinga, há de prová-la com a Escritura, há de declará-la com
a razão, há de confirmá-la com o exemplo, há de amplificá-la com as causas, com os
efeitos, com as circunstâncias, com as conveniências que se hão de seguir, com os
inconvenientes que se devem evitar, há de responder às dúvidas, há de satisfazer às
dificuldades, há de impugnar e refutar com toda a força da eloquência os argumentos
contrários, e depois disto há de colher, há de apertar, há de concluir, há de persuadir, há
de acabar. Isto é sermão, isto é pregar, e o que não é isto, é falar de mais alto. Não nego
nem quero dizer que o sermão não haja de ter variedade de discursos, mas esses hão de
nascer todos da mesma matéria, e continuar e acabar nela.
• para um ponto de vista ser bem armado, ele não deve se perder em
possibilidades. Mantenha o foco em uma única linha de raciocínio;
• para ganhar respaldo, prove a sua afirmação com outros autores que
pensaram a respeito do assunto e com dados respaldados (pesquisas
de instituições de confiança, por exemplo);
• na sequência, analise esses dados logicamente. Mostre quais são as
suas causas, relações e consequências;
• só a partir dos dados é que armamos a conclusão. Se você concluir
sem estar amparado em dados, não é conclusão. É uma nova tese
que, por sua vez, demandará nova comprovação;
• e como já vimos na unidade 15, não tenha receio de mostrar pontos
de vista contrários ao seu. Utilize-os a seu favor, como contraponto.
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Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidade 10 a 18. Para isso, dirija-se
ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
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Resumo
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19 Como definir um título
Objetivo
Definir estratégias para aperfeiçoar a elaboração de títulos que
encaminham adequadamente a leitura do texto produzido.
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19.2 Escrevendo on-line
Apenas para você saber a diferença, quando escrevemos para a internet
(em um blog, por exemplo), podemos nos comunicar mais naturalmente,
sem muita formalidade. E como a internet é um território vasto, a
demanda por “fisgar o leitor” é muito maior.
Assim, um título deve ser redigido com verbos que sugiram ações e
indiquem imagens impactantes (por exemplo, “12 passos para você
conquistar o seu amor” – é apelativo e constitui uma promessa que
deverá ser cumprida. Se você não souber como fazer isso, não prometa).
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Assim, uma boa dica para facilitar o seu trabalho, sem cair na armadilha
do “falar tudo”, é pensar o tema paralelamente a outro, a partir de uma
combinação do tipo “A e B”. Como funciona? Vejamos.
Por último, imagine que você está produzindo uma resenha ou artigo
para uma das disciplinas do curso que você está realizando. O artigo
trata sobre a recreação na escola e a base teórica são os estudos de
Lev Vygotsky. Seu título pode ser “Recreação na escola: a prática de
brincadeiras e jogos no ensino fundamental sob a ótica de Vygotsky”.
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É isso! Pratique a escrita tendo em mente títulos que parte de
combinações do tipo “A e B” ou “A em B” e comprove como você
produzirá com maior facilidade.
Fórum
Dirija-se ao Ambiente Virtual de Aprendizagem
(AVA) e participe do nosso fórum. Essa atividade
permite a interação entre você, seu tutor e colegas
de curso, contribuindo significativamente para a
construção do seu conhecimento.
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20 Redação institucional/comercial
Objetivo
Apresentar os cuidados essenciais que envolvem a redação de textos
institucionais.
20.1 Objetivo
Como vimos, de modo amplo, em unidades anteriores, ser conciso e
utilizar linguagem simples (não coloquial) é uma virtude. O sucesso
da comunicação corporativa passa por desenvolver a mensagem com
definição, sem desvios (ou digressões) e exageros.
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20.2 Vocabulário
É importante saber usar as palavras certas para desenvolver uma boa
argumentação, sem repetição de ideias e termos.
20.3 Gramática
Deve-se usar a norma culta da língua e evitar as gírias e estrangeirismos,
pleonasmos e expressões antiquadas. Deve-se tomar cuidado com a
ambiguidade que pode surgir em alguns momentos. Lembre-se de que,
muitas vezes, estamos dizendo muito mais do que imaginamos. Tente se
colocar no lugar do outro.
20.4 Canal
O que você está escrevendo é uma carta, um e-mail, uma circular, um
memorando? Atente para isso, pois há diferenças. Uma coisa é escrever
para alguém específico. Quando escrevemos para um grupo, o cuidado
deve ser redobrado. Perceba, no entanto, que esses cuidados não
invalidam a sua criatividade. Seja espontâneo, mas com cautela.
20.5 Paragrafação
Um dos aspectos que também devem ser observados é a paragrafação
(estudaremos esse tema, detalhadamente, na unidade 22). Luizari (2010)
destaca que os parágrafos garantem coesão sequencial. É necessário que
o texto seja contínuo e lógico, e isso implica em ser coerente. Nesse
quesito, a paragrafação desempenha um papel fundamental, já que por
meio dela organizamos o nosso pensamento em blocos de sentido.
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• tópico frasal: é a frase principal, que resume o pensamento
desenvolvido no parágrafo;
• desenvolvimento: é o momento em que você esclarece a afirmação
contida na introdução;
• conclusão: retome a ideia central e conclua o seu pensamento.
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Perceba como cada parágrafo está elaborado conforme a estrutura tópico
frasal – desenvolvimento – conclusão. Utilizando essa metodologia,
você certamente deixará o seu texto coeso e bem redigido. Perceba ainda
que o vocabulário, apesar de polido, não apresenta nenhum termo de
difícil compreensão. Trata-se de comunicar e ser claro e objetivo nessa
tarefa.
20.6 Tipos
Entre os tipos de correspondências mais frequentes na redação
institucional, atente para as seguintes:
Saiba mais
Para complementar o que você estudou nesta
unidade, sugerimos que você clique aqui e leia as
dicas relacionadas à redação empresarial.
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21 O curriculum vitae
Objetivo
Fornecer dicas para a elaboração de um bom currículo pessoal.
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21.1 O que não pode faltar
Dados pessoais: figuram na página principal ou primeira página. Deve
constar: nome completo (com destaque), endereço completo, telefone,
e-mail, nacionalidade, idade e estado civil. Caso você inclua um telefone
para recados, indique qual a pessoa responsável para recebê-los.
Objetivo: escreva uma frase que ilustre as atividades que você deseja
desenvolver na empresa, ou a que cargo está se candidatando. Por
exemplo: Atuar na área de editoração. (Observe que o verbo deve
aparecer no infinitivo.)
www.esab.edu.br 112
Informática: relacione todos os aplicativos e softwares que você domina.
Exemplo: domínio dos sistemas Windows, Mac, Linux, e dos programas
e aplicativos Microsoft Office, Plataforma Moodle, entre outros.
21.2 Recomendações
O fator preponderante ao elaborar o currículo é que os dados
nele expressos devem ser objetivos, ou seja, sem comentários ou
demonstrações intelectuais, julgamentos de valor e assim por diante. Não
se trata de um espaço para dissertar. É simples amostragem de dados. O
modo como você dispõe os dados já fornece informações a seu respeito:
quem realiza o processo seletivo verá se você é organizado e detalhista ou
displicente e desajeitado.
Aqui, já é necessário que você atente para não abreviar o nome das
instituições. Escreva por extenso e, caso queira, coloque a sigla entre
parênteses, no final.
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Em um patamar mais avançado, apresentar o currículo em outros
idiomas (inglês, espanhol) é interessante, mas somente em casos especiais,
conforme a exigência.
Dica
Você sabia que o governo brasileiro desenvolveu
um banco de dados denominado Plataforma
Lattes, que se tornou um padrão nacional no
registro da vida pregressa e atual dos estudantes
e pesquisadores do país, e é hoje adotado pela
maioria das instituições de fomento, universidades
e institutos de pesquisa do país? Por sua riqueza
de informações e sua crescente confiabilidade e
abrangência, se tornou elemento indispensável
e compulsório à análise de mérito e competência
dos pleitos de financiamentos na área de ciência e
tecnologia. Confira clicando aqui.
www.esab.edu.br 114
• Não coloque fotografia, salvo se solicitado.
• Não assine.
• Não coloque pretensão salarial, salvo se solicitado.
• Não faça uso de termos técnicos. Antes de alguém da área em que
você deseja atuar, os currículos normalmente passam por alguém do
setor de Recursos Humanos (RH).
• Não coloque quais são os seus hobbies. É desnecessário e pode
atrapalhar mais do que ajudar.
• Quanto ao histórico escolar, não é necessário mencionar Ensino
Fundamental. Prefira o seu último grau de instrução.
• Caso você tenha referências pessoais, não as coloque. Informe que,
caso necessário, estarão à disposição.
• Ao final, solicite a alguém mais experiente que leia e teça
comentários sobre o seu currículo.
• Observação: não faça fotocópias do seu currículo. Envie sempre
uma impressão única, fazendo entender que aquela empresa ou
instituição se trata de um caso especial. Não atire para todos os
lados, a esmo!
• Hoje em dia, como a comunicação se dá de forma digital,
fundamentalmente, e até por uma questão ecológica, o mais habitual
é enviar o currículo por e-mail.
• Por último, saiba que os currículos que vão direto ao ponto têm
maior índice de leitura.
Saiba mais
Assista a esta reportagem do jornal Hoje (2009),
em que um consultor de Recursos Humanos
dá dicas de como elaborar um bom currículo.
Disponível aqui.
www.esab.edu.br 115
22 Parágrafos
Objetivo
Perceber como se dá a construção dos parágrafos dentro da produção
textual.
Certamente, você já sabe o que são parágrafos. Mas sabe também utilizá-
los estrategicamente?
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PPPPPPPPPPPPPPPPPPPPP PPPPPPPPPPPPPPPP
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Figura 6 – O texto em bloco e o texto “arejado” pela paragrafação.
Fonte: Adaptado de Faraco e Tezza (2008).
[...] uma unidade do discurso que tem em vista atingir um objetivo. Essa unidade
apresenta inicialmente uma frase genérica, básica, denominada tópico frasal. A
ela são associadas, pelo sentido, outras secundárias. Portanto, um parágrafo não
comporta uma ideia-núcleo somente. Ideias diferentes, no entanto, cabem em
parágrafos diferentes.
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Os mesmos autores destacam, ainda, que boa parte dos manuais escolares
define parágrafo como um conjunto de orações, constituindo um
“pensamento completo”. Porém, a definição não é precisa, pois não há
problema algum em abrir um parágrafo para nele colocar apenas uma
palavra ou uma frase, como acontece muitas vezes no texto publicitário:
A JOLI é uma das maiores empresas químicas do mundo. Possuindo propução própria
em quase 40 países e mais de 100 empresas espalhadas pelos cinco continentes.
Desde 1911, está no Brasil. Crescendo, abrindo mercados e valorizando a qualidade de
vida de todos nós.
[...]
E o que representa tudo isso?
Melhores condições de trabalho, otimização de recursos e espaço, comunicação mais
eficiente, agilidade nas decisões, e, principalmente, maior concentração de esforços
para melhor atendimento ao cliente. (FARACO, TEZZA, 2008, p. 213)
Faraco e Tezza (2008) afirmam, nesse sentido, que se trata muito mais de
um ajuste às reações previstas do ouvinte ou do leitor. Quanto mais frágil
for esse ajuste, menos organizado será o discurso no que diz respeito à
construção dos parágrafos.
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22.1 Caso
Vejamos um exemplo trabalhado por Faraco e Tezza (2008, p. 170):
Pouco maior do que um par de ameixas secas, com formato semelhante ao de uma
gravata-borboleta e pesando entre 15 g e 25 g, ela comanda algumas das mais
importantes funções do corpo humano. Exemplos? A capacidade de respirar, de
mover as pernas, regular a temperatura corporal, manter o coração batendo no ritmo
certo, o raciocínio pronto para qualquer desafio... É preciso mais? Claro que não. Está
comprovadíssima a nobreza da pecinha de que estamos falando. E para não espichar
o assunto, vamos logo à ficha da moça. Trata-se da glândula tiroide (ou tireoide),
domiciliada à frente da traqueia, bem abaixo do pomo de adão, ou gogó, para os
íntimos.
O primeiro médico a descrevê-la foi o belga Vesalius, pai da anatomia moderna, em
1543. Ele observou que a pequena estrutura se movimenta para cima e para baixo
durante o ato de engolir, mas não chegou a descobrir as tarefas desempenhadas por
ela no organismo. Séculos depois, os cientistas perceberiam que, além de dançar no
pescoço, a glândula fabrica dois hormônios fundamentais: o T3 (triiodotironina) e o
T4 (tiroxina). Lançadas na corrente sanguínea, essas substâncias atingem, uma por
uma, todas as células do corpo, estimulando-as a produzir energia. Isso mesmo. O T3
e o T4 atuam como a gotinha mágica que induz o metabolismo celular a transformar
nutrientes em combustível vital. Assim, o organismo encontra forças para desempenhar
todas as suas funções – de piscar o olho a correr a mais disputada das maratonas.
www.esab.edu.br 119
Todavia, tenha em vista que a disposição dos parágrafos pode mudar
conforme o tipo de texto. Em um texto publicitário, por exemplo, nada
impede que se faça um parágrafo de uma única palavra. Trata-se de dar
ênfase. Já nos textos literários, pode ocorrer o oposto. José Saramago,
escritor português, faz uso em vários de seus romances de longos
períodos, que atravessam páginas e mais páginas. No entanto, aí se trata
claramente de um recurso de estilo, cuja intenção pode ser manter a
intensidade da descrição, da complexidade do pensamento ou de ilustrar
graficamente o peso da ação em si. Porém, como dissemos, aí se trata de
linguagem literária, poética, em que as licenças são bem-vindas e também
constituem uma estratégia. No texto acadêmico – não esqueça disso –
você deve sempre ter em vista a objetividade e a clareza, considerando o
conforto do seu interlocutor.
Dominar a prática dos parágrafos implica ter uma boa noção do efeito
que você deseja incutir ao texto. E, para refinar o uso, passe a observar
com bastante atenção os textos que você lê. Olhe para a estrutura, veja
qual a informação em destaque em cada um dos blocos. Você notará que
um texto confuso certamente o é também em função de uma subdivisão
inadequada dos parágrafos.
Estudo complementar
Sugerimos que você acesse o site Mundo Vestibular
clicando aqui. Você terá mais detalhes sobre a
elaboração do parágrafo.
www.esab.edu.br 120
23 Pontuação
Objetivo
Revisar questões básicas relacionadas ao uso adequado da
pontuação.
www.esab.edu.br 121
• predicado: articula-se ao sujeito por um verbo. Tradicionalmente,
entende-se como aquilo que se diz do sujeito. Modernamente,
entretanto, entende-se predicado apenas como uma instância
sintática com que se estabelece a concordância entre os termos. É
um termo essencial da oração, pois, sem o predicado, a oração não
existe. Outro aspecto importante é que predicado é apenas uma
nomenclatura genérica. Para explicitá-lo, é preciso definir o tipo (se
predicado nominal, verbal ou verbo-nominal). Veja o exemplo:
Cada uma das orações que compõem esse trecho traduz segmentos congelados da
linguagem.
Cada uma das orações que compõem esse trecho, traduz segmentos congelados da
linguagem.
www.esab.edu.br 122
Já quando se trata de oração explicativa não há dificuldade. Veja:
O maior estilista do país, que vinha exercendo seu talento para um rol reduzido e
milionário de clientes fiéis, resolveu mostrar-se ao vivo.
Sem comércio e sem dinheiro, voltados para a arte e para a natureza, os moradores de
Yuba vivem uma vida primitiva, negando as conquistas da civilização, mais ou menos de
acordo com os ensinamentos do polêmico filósofo Rousseau.
www.esab.edu.br 123
Os moradores de Yuba vivem uma vida primitiva.
Não é uma frase perfeitamente estruturada? Agora compare:
Voltados para a arte e para a natureza.
Sem comércio e sem dinheiro.
Mais ou menos de acordo com os ensinamentos do polêmico filósofo
Rousseau.
Negando as conquistas da civilização.
É fácil perceber que informações desse tipo são complementares, e em geral não
aparecem na escrita como orações avulsas. (FARACO; TEZZA, 2008, p. 237)
23.4 Ponto-final
Via de regra, usa-se o ponto-final para separar sentenças sintaticamente
independentes. Geralmente, em um período, o ponto final deve ser
usado sempre que um novo sujeito aparecer, seguido de uma informação
a seu respeito.
www.esab.edu.br 124
por uma vírgula. A pausa gerada pelo ponto é maior que a gerada pela
vírgula, e, portanto, ela não funciona como um bom substituto.
Observe apenas que, nesse caso, o último ponto e vírgula deve ser
substituído por um e. O que você deve atentar mesmo é para o uso desse
recurso gráfico no meio de uma sentença.
www.esab.edu.br 125
O problema não é exatamente o creme dental. O problema é a marca.
www.esab.edu.br 126
24 Frase, oração, período
Objetivo
Revisar as diferenças básicas entre os conceitos de frase, oração e
período.
24.1 Frase
De modo sucinto, frase é um enunciado linguístico que transmite uma
ideia completa. É, portanto, uma palavra ou um conjunto de palavras
com sentido completo. Perini (2009) acrescenta que, na escrita, a frase
é delimitada pelo uso de uma letra maiúscula no início e também por
certos sinais de pontuação (. ! ? …) no final.
www.esab.edu.br 127
É importante salientar que uma frase não depende de termos sintáticos
específicos (como veremos a seguir, no caso da oração). Ou seja, para
que uma frase caracterize-se como tal, ela não depende da existência de
sujeito, verbo, predicado.
Para entender isso, imagine uma placa de sinalização que diz “Perigo!”.
É uma frase! Basta olhar a placa e já temos noção de que no lugar
onde ela se encontra devemos manter cautela, de modo que o contexto
espacial nos explicitará com o que teremos de cuidar. Imagine uma cerca
elétrica e essa placa que mencionamos. No caso, trata-se de uma placa
sinalizando alta voltagem.
www.esab.edu.br 128
• Frases interrogativas: o emissor da mensagem elabora uma
pergunta: Vamos sair hoje?
• Frases imperativas: o emissor da mensagem dá uma ordem ou faz
um pedido: Ajude-me aqui. Vá embora!
• Frases exclamativas: o emissor esboça um estado afetivo: Que
dureza!
• Frases declarativas: o emissor constata um fato: O diretor acabou
de chegar.
A frase construída com verbo ou locução verbal é frase verbal (ou oração,
como veremos a seguir). Quando não apresenta verbo, denomina-se frase
nominal.
24.2 Oração
Perini (2009, p. 61) define oração como “[...] uma frase que apresenta
determinado tipo de estrutura interna, incluindo sempre um predicado
e frequentemente um sujeito”. Seria melhor, no entanto, estabelecermos
oração como um conjunto linguístico estruturado em função de um
verbo, que por sua vez demanda os outros termos sintáticos (sujeito e
predicado – ou complemento). Veja o exemplo:
Como você pode notar, temos: Aline (sujeito) sujou (verbo) o vestido (e
o complemento).
www.esab.edu.br 129
Saiba mais
Há vários tipos de orações (imperativas,
interrogativas, exclamativas, declarativas e
optativas). Clique aqui e veja mais exemplos de
cada uma delas.
24.3 Período
Quanto ao período, Perini (2009, p. 62) observa que a definição se
refere às “[...] orações que constituem uma frase”. Trata-se, portanto,
de um todo, com sentido completo. Pode ser classificado em período
simples e período composto.
O período composto, por sua vez, é formado por mais de uma oração:
Parece que a colheita vai ser ruim nesta temporada!
Observações:
www.esab.edu.br 130
• se num período composto de duas orações existir uma oração
principal (sintática e semanticamente completa, contendo sujeito,
verbo e complemento), a segunda será definida como uma oração
subordinada (Ele pretendia sair, assim que acabasse o serviço).
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Resumo
www.esab.edu.br 132
25 Coesão
Objetivo
Estudar a coesão como princípio fundamental para a construção de
um bom texto.
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25.1 Coesão por retomada ou por antecipação
O estudo desta modalidade de coesão textual se dá por dois tipos de
conectivos: os anafóricos (termos que servem para retomar outros
termos esboçados no texto) e os catafóricos (termos que antecipam
outros que serão mencionados na sequência textual).
Qualquer que tivesse sido seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de profissão
e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que sabíamos dele.
O professor era grande, gordo e silencioso, de ombros contraídos.
www.esab.edu.br 134
Saiba mais
Também é possível fazer a retomada de termos
do texto por meio de outros substantivos, verbos
ou adjetivos. É o caso quando utilizamos um
sinônimo, um hiperônimo ou um hipônimo. Para
aprofundar o estudo da coesão, sugerimos a
leitura do artigo disponível clicando aqui. Confira!
São exemplos: então, portanto, já que, com efeito, porque, ora, mas assim,
daí, dessa forma, isto é.
www.esab.edu.br 135
ser substituído por outros de mesmo valor, sem prejuízo de sentido:
porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, embora, ainda que,
mesmo que, apesar de que.
www.esab.edu.br 136
h. Generalização ou amplificação do que foi dito: de fato, realmente,
aliás, também, é verdade que. Exemplo: Mal tomou posse, o
presidente já tem problemas para resolver. Aliás, todos já sabíamos
que seria assim.
Perceba que fizemos aqui apenas um esquema para que você pudesse
visualizar a abrangência do uso dos conectores. Ao escrever um texto,
pense na relação de sentido que você está construindo e utilize o termo
adequado. Tenha muito cuidado nessa tarefa, pois o uso equivocado do
conector pode sinalizar uma contradição na formulação do argumento.
www.esab.edu.br 137
26 Coerência
Objetivo
Analisar os fatores que interferem no bom encadeamento
argumentativo da produção textual.
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Lembre-se: semântico = sentido; sintático = disposição das palavras nas frases, e
das frases dentro do discurso.
Lá dentro havia uma fumaça espessa que não deixava que víssemos ninguém. Meu
colega foi à cozinha, deixando-me sozinho. Fiquei encostado na parede da sala,
observando as pessoas que lá estavam. Na festa, havia pessoas de todos os tipos:
ruivas, brancas, pretas, amarelas, altas, baixas etc.
www.esab.edu.br 139
com o time, e saiu decepcionado. Pois a decepção implica na expectativa
de que algo aconteça e na frustração dessa expectativa. Se o personagem
já sabia que o jogo seria ruim, não faz sentido mostrar a sua decepção.
www.esab.edu.br 140
um quadro de Portinari e outras figuras do mesmo campo de significado.
Nesse cenário, constitui incoerência figurativa Agnaldo Timóteo
cantando na vitrola um bolero sentimental. Essa ruptura só se justifica se
a intenção é humorística, mostrando que o requinte é apenas superficial.
Será preciso desenvolver o texto até chegar a este ponto.
Estudo complementar
As três modalidades fundamentais da coerência
textual que vimos aqui (narrativa, figurativa,
argumentativa) podem ser desdobradas em mais
três variações, a elas relacionadas: coerência
temporal, coerência espacial e coerência no nível
de linguagem. Como estudo complementar,
sugerimos a leitura da seguinte resenha que
aborda o assunto clicando aqui.
www.esab.edu.br 141
27 Estilo
Objetivo
Refletir a respeito dos elementos que conformam e auxiliam no
desenvolvimento de uma escrita própria.
Sim e não. Sim, mas não sem arriscar. Vamos pensar sobre isso.
Esses são procedimentos básicos, mas que não colocam a escrita em uma
camisa de força, sem que você possa arriscar ser criativo. Por exemplo:
você leu, ao longo do nosso estudo, que a introdução deve conter uma
afirmação genérica, mostrando o seu ponto de vista sobre determinado
tema. Corroborando isso, viu também que um bom parágrafo inicia por
um tópico frasal que, por sua vez, constitui essa afirmação genérica, à
qual todas as demais, naquele parágrafo, estarão relacionadas.
www.esab.edu.br 142
Pois bem, isso não impede que você inicie o texto citando as palavras de
alguém. Para visualizar isso, acompanhe a forma deste parágrafo extraído
de Faraco e Tezza (2005, p. 239):
Isso não precisa ser assim, necessariamente. Você pode fazer de outras
formas:
Castro (1989) destaca que entender a leitura crítica como um privilégio de uma ou
de outra linguagem – da literária, por exemplo – pode representar um perigo. Isso,
segundo o autor, pressupõe nossas cabeças como blocos compartimentados, e que neles
existissem gavetas específicas para cada manifestação discursiva.
Pressupor que as nossas cabeças são blocos compartimentados, isto é, como se nelas
Hos, nem tus, cus consull abent.
existissem gavetas específicas para cada tipo de manifestação discursiva é uma forma
Apeciachil ublin te hus consci pondeni.
perigosa de se entender a leitura crítica, afirma Castro (1989).
www.esab.edu.br 143
O que muda é a informação – ou ação – que se quer destacar, e isso é
uma questão pessoal. Você, com habilidade, é quem irá decidir. É uma
questão de estilo.
Não é a ocasião para se fazer uso da primeira pessoa, uma vez que não
se trata de declarar a sua opinião em primeiro plano. Faça o seguinte:
posicione-se como um mediador das leituras que você fez. Mostre os
pontos de vista e confronte-os. Adquirindo habilidade, será possível
encontrar a forma e uma posição no discurso que mostre o modo como
você pensa.
www.esab.edu.br 144
fatos ou elencar os argumentos são aspectos que, quando dominados,
caracterizam o seu estilo.
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 19 a 27. Para isso, dirija-
se ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
www.esab.edu.br 145
28 Denotação/conotação
Objetivo
Estudar a linguagem discernindo os fatores denotativos e conotativos
na produção textual.
28.1 Particularidades
Devemos, no entanto, atentar para algumas particularidades.
www.esab.edu.br 146
• material para costurar;
• trilho do trem ou itinerário de um ônibus;
• conduta, postura.
Mas como saber, no caso da palavra linha, qual dos planos de conteúdo
está em questão? Ora, o contexto sempre esclarecerá qual o uso.
Exemplos:
www.esab.edu.br 147
28.2 Como funciona a conotação
Agora que você já conhece a polissemia e a significação contextual,
podemos partir para a conotação.
magro palito
adj (lat macru) 1 Que tem falta de tecido sm (cast palito) 1 Hastezinha pontiaguda,
adiposo, que tem poucas carnes, em que há em geral de madeira, para esgaravatar os
pouca ou nenhuma gordura ou sebo. dentes.
Cada uma das palavras (magro, palito) tem a sua significação própria,
distinta uma da outra.
• Paulo é um palito!
www.esab.edu.br 148
No caso do nosso exemplo, o signo ‘palito’ utiliza não o seu significado,
mas o de outro significante: ‘magro’. Em outros termos, conotar consiste
em retirar uma palavra de seu contexto convencional e transportá-la
para um novo campo de significação por meio de uma comparação
implícita, de uma similaridade existente entre as duas.
DENOTAÇÃO CONOTAÇÃO
Palavra com significação restrita Palavra com significação ampla
Palavra com sentido dicionarizado Palavra com sentido figurado, fora do comum
Palavra de uso automático Palavra com uso criativo
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
www.esab.edu.br 149
29 Tropos de linguagem
Objetivo
Abordar brevemente as figuras de linguagem mais comuns utilizadas
na produção textual.
29.1 Metáfora
De modo sucinto, a metáfora é uma figura de linguagem que estabelece
uma analogia dos significados entre duas palavras, ou expressões,
empregando uma no lugar da outra. Segundo Fiorin e Savioli (2006),
a alteração no sentido se dá quando, entre o sentido de base e o
acrescentado, há uma relação de semelhança, de intersecção, ou seja,
quando apresentam traços semânticos comuns.
www.esab.edu.br 150
Vejamos a seguinte frase: “A urbanização está acontecendo de modo
inconsequente, pois está destruindo todos os pulmões da cidade.”
Nestes últimos casos, perceba que fica a cargo do leitor atribuir o sentido
à associação, e que essa atribuição dependerá da sensibilidade de cada
um, podendo ser compreendida de modo distinto, mas em um mesmo
campo de significação.
www.esab.edu.br 151
Saiba, entretanto, que a metáfora pode caracterizar a leitura de
um texto como um todo. Em um episódio do seriado de televisão
“Lost”, intitulado “A metáfora da mariposa”, vemos dois personagens
fundamentais da trama logo na primeira temporada da série. São John
Locke e Charlie. Charlie tem um sério problema com consumo de
drogas, cometendo vários impropérios em função disso. Locke, por
sua vez, percebe o consumo de Charlie e esconde a droga. Charlie tem
crises de abstinência e pede de volta o pacote, pois ele “precisa” daquilo.
Locke então conta uma história, construindo uma alegoria: é a história
da mariposa, que, até nascer, fica dentro de um casulo, aguardando o
momento certo para tornar-se forte o bastante e conquistar o mundo.
Sem explicar o que isso significa, Locke está dizendo a Charlie, por
meio da história, que ele precisa se tornar forte o bastante para encarar o
mundo sozinho, sem depender do uso da droga.
29.2 Metonímia
A metonímia é uma figura de linguagem baseada no uso de um nome
no lugar de outro, pelo emprego da parte pelo todo, do efeito pela
causa, do autor pela obra, do continente pelo conteúdo, entre outras
possibilidades.
Vejamos:
www.esab.edu.br 152
Temos aqui o pão como alimento, e suor como trabalho.
• marca pelo produto: João usa Sorriso. (= João usa o creme dental
da marca Sorriso.);
• autor pela obra: Rodrigo gosta de ler Rubem Fonseca. (= Gosta de
ler a obra literária de Rubem Fonseca.);
• continente pelo conteúdo: Bebeu o copo todo. (= Bebeu todo o
líquido que estava no copo.);
• instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás das
celebridades. (= Os repórteres foram atrás das celebridades.);
• gênero pela espécie: Os mortais habitam este mundo. (= Os
homens habitam este mundo.);
• inventor pelo invento: Edson ilumina a cidade. (= As lâmpadas
iluminam a cidade.);
• símbolo pelo objeto simbolizado: Não te distancies da cruz. (= Não
te distancies da religião.);
• causa pelo efeito: Moro na fazenda e como do meu trabalho. (=
Moro na fazenda e como o alimento que produzo.);
• efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. (= Sócrates tomou
cicuta.);
• parte pelo todo: Várias pernas passavam correndo. (= Várias pessoas
passavam correndo.);
• singular pelo plural: O trabalhador foi convocado para ir às ruas na
luta por seus direitos. (= Os trabalhadores foram convocados, não
só um.);
• espécie pelo indivíduo: O homem tenta ir a Marte. (= Alguns
astronautas tentam ir a Marte.).
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29.3 Ironia
A ironia é outra figura de linguagem bastante utilizada e que consiste em
dizer o contrário daquilo que se está afirmando.
Estudo complementar
Para aprofundar o que vimos brevemente nesta
unidade, você pode assistir ao episódio “Decifra-
me ou te devoro” da série Palavra Puxa Palavra,
produzida pela MultiRio (Secretaria Municipal de
Educação do Rio de Janeiro), disponível clicando
aqui.
www.esab.edu.br 154
30 O clichê
Objetivo
Estudar a presença de lugares comuns na produção textual para saber
como evitá-los.
www.esab.edu.br 155
determinação e coragem haveremos de resolver nossos problemas. O que estraga o
Brasil são os políticos; sem eles estaríamos bem melhor, cada um fazendo a sua parte.
Hoje em dia, felizmente, as mulheres estão entrando no mercado de trabalho porque,
segundo pesquisadores americanos, elas são muito mais caprichosas que os homens.
Já os homens, conforme uma conclusão do conceituado Instituto de Psicologia de
Filadélfia, são muito mais desconfiados e estão sempre querendo mais. As pesquisas
eleitorais nunca acertam porque são todas compradas. Mas a verdade é que o amor,
quando autêntico, resolve tudo. O que não se pode esquecer jamais é que a esperança
existe – e sempre existirá! (FARACO; TEZZA, 2005, p. 211)
Assim, para saber como lidar com o pensamento clichê, é bom que você
saiba como evitá-lo.
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1) Evite as noções de totalidade indeterminada
O jovem...
O homem...
O mundo...
Os políticos...
As mulheres...
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Figura 8 – A sabedoria incontestável do lugar-comum.
Fonte: <parachoquedecaminhao.com.br>.
• O problema dos sem-terra e sua luta não tem sentido, pois perturba
a ordem estabelecida.
• Deve-se respeitar o professor, pois na escola ele é uma autoridade.
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Uma coisa é o que queremos dizer; outra pode ser o que de fato dizemos,
sem perceber. Repare que as afirmações citadas são fruto de noções
apressadas, descuidadas, e que possibilitam um contra-argumento
imediato. São um defeito grave no texto.
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Resumo
www.esab.edu.br 160
31 Usos da crase
Objetivo
Revisar os principais usos da crase.
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crase é apenas uma questão de regência. Perguntas: o antecedente exige a
preposição a? O artigo também está presente?”.
www.esab.edu.br 162
• quando estiverem subentendidas as expressões à moda de, à
maneira de (arroz à grega, trajes à esportiva);
• diante de numerais, apenas quando houver referência a horas (A
aula começa às nove e dez);
• diante de nomes de lugares que admitem o artigo (Estou pronto para
ir à Bahia).
Dica
Observe o macete: se vou a e volto da, crase há. Se
vou a e volto de, crase pra quê?
Em outras palavras, se o termo regente for
um verbo, substitua-o por uma das formas do
verbo voltar – volto, voltarei etc. Ocorrendo
a contração da ou das depois do verbo voltar, é
necessário colocar a crase no a que antecede a
palavra feminina.
José viajou a Bahia. > José voltou da Bahia.
Logo: José foi à Bahia. (com crase)
Otávio viajou a Florianópolis. > Otávio voltou de
Florianópolis.
Logo: Otávio foi a Florianópolis. (sem crase)
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Detalhe: há pronomes que admitem artigo, ocorrendo a crase:
www.esab.edu.br 164
Dica
Um macete simples para identificar a necessidade
de crase é substituir a palavra feminina por uma
masculina. Essa alteração desvendará a fusão
a+a: se o resultado da palavra masculina apontar
a preposição ao (derivada de a+o). Nesta frase
ocorre a crase:
Ex.: Pedro dirigiu-se ao clube.
Pedro dirigiu-se à praça.
Vendo a vista.
Vendo à vista.
www.esab.edu.br 165
A moça cheira a rosa. (aspira)
A moça cheira à rosa. (exala)
Ricardo correu as cortinas. (percorreu)
Ricardo correu às cortinas. (seguiu em direção a)
Aderbal pinta a máquina. (usa pincel nela)
Aderbal pinta à máquina. (usa uma máquina para pintar)
Referia-se a outra mulher. (conversava com ela)
Referia-se à outra mulher, (falava dela)
Fórum
Dirija-se ao Ambiente Virtual de Aprendizagem
(AVA) e participe do nosso fórum. Essa atividade
permite a interação entre você, seu tutor e colegas
de curso, contribuindo significativamente para a
construção do seu conhecimento.
www.esab.edu.br 166
32 Usos dos porquês
Objetivo
Revisar os principais usos dos porquês.
Esta unidade será bem esquemática e breve, para que você visualize o uso
diferenciado na língua portuguesa destes termos: quê, por quê, por que,
porquê e porque. Vamos lá!
32.1 Quê
O quê leva acento gráfico circunflexo sempre que for utilizado nas
seguintes situações:
www.esab.edu.br 167
Não foi à festa, por quê?
Orlando foi excluído do grupo sem saber por quê.
32.4 Porquê
Utilizamos porquê, junto e com acento gráfico circunflexo, quando se
trata de substantivo com sentido de causa, motivo ou razão:
32.5. Porque
Utilizamos porque, junto e sem acento gráfico, quando se trata de
conjunção:
www.esab.edu.br 168
Ele não fez a leitura porque estava cansado. (conjunção causal)
Ele foi muito bem na prova porque estudou muito. (conjunção explicativa, equivalente
a pois)
Bem, esses são os usos dos porquês (note que, nessa frase, o porquê é um
substantivo!). Assim como no estudo da crase, retorne a esta unidade
sempre que estiver em dúvida.
Estudo complementar
No site do Brasil Escola você encontra exercícios
para testar o que aprendeu. Clique aqui e confira!
www.esab.edu.br 169
33 O dito “cujo”
Objetivo
Revisar o uso adequado do pronome relativo cujo.
[...] essas são formas coloquiais cujo emprego praticamente não se encontra no nosso
padrão escrito. Além disso, são formas ‘estigmatizadas’, isto é, representam aquela
diversidade que ‘pega mal’ na escrita, embora todo mundo fale assim. (FARACO;
TEZZA, 2005, p. 285)
Por isso, é bom você estar ciente das suas particularidades, e assim exercer
sua competência linguística de forma efetiva.
www.esab.edu.br 170
33.1 Indicação de posse
A base do pronome relativo cujo é indicar posse (algo de alguém). É
fundamental observar que os pronomes cujo(s) e cuja(s) concordam
em gênero e número com o substantivo que substituem, podendo estar
precedidos de preposição.
www.esab.edu.br 171
Pode até soar esquisito, mas gramaticalmente falando, é assim mesmo!
Saiba mais
Consulte o site clicando aqui e aprimore o seu
conhecimento a respeito dos verbos e sua relação
com as preposições.
Por fim, um bom modo de saber usar o cujo e suas variações é substituir
pelos equivalentes de que, do qual, da qual, dos quais, das quais, de
quem.
O homem, cujo casaco estava sujo, é que pegou o táxi. (de quem o, do qual o)
A fábrica, cujas paredes desabaram, foi construída no século passado. (da qual as, de
que as)
33.2 Desuso
Mas qual será o motivo pelo qual o pronome cujo está em desuso?
www.esab.edu.br 172
Imagine uma frase como “Cuja é esta cadeira?”, que equivale,
atualmente, a “De quem é esta cadeira?”. Estranhíssimo, não?
Em suma: pode-se usar o cujo à vontade. Você não estará sendo elitista
nem cafona, basta usar de forma correta e saber dosar.
Saiba mais
Aprimore o que você estudou nesta unidade.
Consulte o site Brasil Escola e amplie os seus
conhecimentos sobre os pronomes relativos.
Clique aqui.
www.esab.edu.br 173
34 Usos do gerúndio
Objetivo
Revisar o uso adequado do gerúndio para evitar o gerundismo.
34.1 O problema
Concebendo então o gerúndio como a forma verbal que exprime
uma ação em curso, ou durativa, como identificar a sua distorção, o
gerundismo?
www.esab.edu.br 174
O gerundismo se constitui de uma estrutura verbal mais longa, só
que vazia. Observe essas inadequações:
Saiba, ainda, que o gerúndio é apenas uma das três formas nominais
dos verbos da língua portuguesa. As outras são o infinitivo (pessoal e
impessoal) e o particípio.
www.esab.edu.br 175
É bom lembrar que os verbos também podem ser flexionados por modos
(indicativo, subjuntivo e imperativo) e por tempos (passado, presente e
futuro).
Saiba mais
Revise o seu conhecimento a respeito do
gerundismo. Consulte o endereço clicando
aqui e veja como utilizar os verbos no gerúndio
corretamente.
www.esab.edu.br 176
35 Concordância
Objetivo
Revisar os princípios básicos da concordância verbal e nominal.
Regra geral
www.esab.edu.br 177
O denso (adjetivo) mar (substantivo) cobre-se de raios iluminados (adjetivo).
A menina (substantivo) que vi era muito elegante (adjetivo) e educada (adjetivo).
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Substantivos de gêneros diferentes
www.esab.edu.br 179
As exceções
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35.2 Concordância verbal
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Sujeitos especiais
Em caso de sujeitos ligados por ‘não só… mas também’, ‘tanto… quanto’
e ‘não só… como’, o verbo deve ir para o plural ou concordar com o
núcleo mais próximo.
www.esab.edu.br 182
A fé, assim como a perspicácia, fizeram dela a candidata ideal.
Por fim, saiba que esses foram apenas alguns aspectos relacionados à
concordância nominal e verbal. Há muitos outros casos aos quais você
deve dar atenção. Para refinar o uso, consulte as gramáticas e também,
quando estiver lendo, repare no modo como a concordância é realizada.
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
www.esab.edu.br 183
36 Usos do adjetivo
Objetivo
Revisar o estudo dos adjetivos para usá-los na medida certa ao
escrever um texto.
www.esab.edu.br 184
Dito isso, atente para outro aspecto. Pense em um caso como ‘menino
alegre’: sabemos que ‘alegre’ é o termo que modifica o substantivo,
atribuindo-lhe uma característica. Porém, se tivéssemos a palavra ‘alegre’
separada do ser, ela se transforma em um substantivo abstrato.
www.esab.edu.br 185
36.2 Colocação do adjetivo
Há adjetivos cuja significação muda conforme a posição em que
aparecem. Acompanhe:
Dada essa particularidade, tenha bastante atenção: você pode querer expressar uma
coisa e dizer/escrever outra!
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36.4 Flexão do adjetivo
Os adjetivos podem ser flexionados em gênero, número e grau.
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No superlativo absoluto, considera-se a característica sem compará-la à
de qualquer outro ser:
Poderemos, enfim, assistir em full hd às mais novas versões de Jornada nas Estrelas.
Estes filmes foram os menos interessantes que já vimos.
www.esab.edu.br 188
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidade 28 a 36. Para isso, dirija-se
ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
www.esab.edu.br 189
Resumo
www.esab.edu.br 190
37 Estrangeirismos
Objetivo
Saber lidar com as palavras estrangeiras no texto.
• buquê = ramalhete
• chance = oportunidade
• chofer = motorista
• comitê = comissão
• enquete = pesquisa
• gafe = disparate
www.esab.edu.br 191
• marcante = notável
• menu = cardápio
www.esab.edu.br 192
e-book inglês informática livro eletrônico
e-mail inglês informática correio eletrônico
Expert inglês especialista
Feedback inglês retorno
Feeling inglês percepção; sensação
Gaffe francês gafe deslize; descuido
Input inglês entrada
Insight inglês intuição
Karate japonês esporte caratê
Knockout inglês nocaute
Layout inglês leiaute esboço
Network inglês rede; cadeia
Outdoor inglês cartaz
Password inglês senha
Ranking inglês classificação
Ticket inglês bilhete
Underwear inglês roupa de baixo
Volley inglês esporte vôlei
Quadro 3 – Estrangeirismos.
Fonte: <portaldalinguaportuguesa.org>.
É claro que chamar ‘intervalo para o café’ de coffee break é uma bobagem completa;
não é apenas uma má escolha de vocabulário, mas sinal de uma atitude que
atribui a palavras estrangeiras, em geral de origem inglesa, uma superioridade
intrínseca. É exatamente a mesma atitude que leva as empresas a escolher
sistematicamente nomes ingleses para seus produtos, de cigarros a chocolates, de
carros a brinquedos (embora os donos de motéis preferiram dar nomes franceses para
seus estabelecimentos…) – e essa é uma questão universal, não apenas brasileira.
(FARACO; TEZZA, 2008, p. 35-36)
www.esab.edu.br 193
Por isso, aja com bom senso: prefira as expressões em português, quando
houver. Palavras e expressões estrangeiras são usadas quando não existe
equivalente em nosso idioma, ou quando o uso corrente consagrou seu
uso (tais como blitz, lobby, on-line, pop, rock, show, réveillon, status etc.).
Afinal, é muito mais tranquilo referir-se a um ‘abajur’ do que a um
‘quebra-luz’, não?
www.esab.edu.br 194
38 Ênclise, próclise, mesóclise
Objetivo
Revisar as principais regras de colocação pronominal.
www.esab.edu.br 195
38.1 Próclise
Posição: o pronome oblíquo átono aparece antes do verbo.
Emprego
• Lá se vê muita discórdia.
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e. Conjunção subordinativa:
g. O numeral ‘ambos’:
Uso facultativo
• Alberto se machucou.
• Alberto machucou-se.
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38.2 Ênclise
Posição: o pronome oblíquo átono aparece depois do verbo.
Emprego
b. Orações imperativas:
d. Infinitivo:
• Viver é arriscar-se.
e. Gerúndio:
www.esab.edu.br 198
f. Verbo auxiliar + gerúndio:
• Vou-me debatendo.
• Vou me debatendo.
38.3 Mesóclise
Posição: o pronome oblíquo átono aparece no meio do verbo.
• Convocar-te-ia à palestra.
• Convocar-te-ei à palestra
• Dar-te-ia um beliscão.
• Dar-te-ei um beliscão.
Estudo complementar
Complemente o estudo da colocação pronominal
do site Brasil Escola, disponível clicando aqui.
www.esab.edu.br 199
39 Dúvidas frequentes
Objetivo
Revisar a aplicação de elementos como onde/aonde, através/por
meio de, ao invés de/em vez de, à medida que/na medida em que,
este/esse, isto/isso, entre outros.
39.1 Onde/aonde
A palavra onde indica permanência, o lugar em que se está ou em que
se passa algum fato (FARACO; TEZZA, 2008). Complementa verbos
que exprimem estado ou permanência e que normalmente pedem a
preposição em.
O vocábulo aonde, por sua vez, conta com a preposição a, que indica
movimento, destino. Por isso, só pode ser utilizado quando a frase
exprimir alguma ideia de destino.
www.esab.edu.br 200
39.2 Através de/por meio de
A diferença entre através de e por meio de é bem simples de entender.
Imagine: “O ladrão assalta a casa através da janela ou por meio dela?”
www.esab.edu.br 201
39.4 À medida que/na medida em que
As expressões à medida que e na medida em que são locuções
conjuntivas, ou seja, possuem valor de conjunção. Sua função é ligar duas
orações. Mas há diferenças importantes no uso.
À medida que convivemos com os animais, somos mais felizes e menos estressados.
Na medida em que convivemos com os animais, somos mais felizes e menos
estressados.
À medida que convivemos com os animais, somos mais felizes e menos estressados.
www.esab.edu.br 202
Significado: Tornamo-nos mais felizes e menos estressados porque
convivemos com os animais.
Em relação ao lugar
Em relação ao tempo
a. Presente: este/isto
b. Passado ou futuro próximo: esse/isso
www.esab.edu.br 203
c. Passado distante: aquele
Em relação ao discurso
www.esab.edu.br 204
40 Tautologias
Objetivo
Estudar os principais vícios de linguagem para saber como evitá-los.
www.esab.edu.br 205
40.1 Casos
Observe:
• amanhecer o dia
• certeza absoluta
• detalhes minuciosos
• elo de ligação
• fato real
• há anos atrás
• relações bilaterais entre dois países
• surpresa inesperada
• vereador da cidade
• vítima fatal
www.esab.edu.br 206
40.2 Relações
Note, no exemplo, que a frase possui duas afirmativas: uma das premissas
é dada como verdadeira (‘Nudez pública é imoral’), mas não se explica
a sua conclusão (‘porque é uma ofensa evidente’). Ou seja, as duas
afirmações dizem a mesma coisa. Para você visualizar melhor, separe as
duas orações:
40.3 Pleonasmo
Se você buscar em alguma gramática a definição de pleonasmo,
encontrará algo muito semelhante ao que chamamos aqui de tautologia:
consiste na repetição desnecessária de uma ideia. Mas qual será a
diferença?
www.esab.edu.br 207
constituem uma redundância agressiva. É possível detectar muitos casos
de pleonasmo na literatura:
• a razão é porque
• a seu critério pessoal
• a última versão definitiva
• abertura inaugural
• acabamento final
• anexo junto à carta
• comparecer em pessoa
• continua a permanecer
• conviver junto
• criação nova
• demasiadamente excessivo
• empréstimo temporário
• encarar de frente
• escolha opcional
• expressamente proibido
• gritar bem alto
• juntamente com
• multidão de pessoas
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• planejar antecipadamente
• possivelmente poderá ocorrer
• propriedade característica
• retornar de novo
• superávit positivo
• todos foram unânimes
Como tantos outros aspectos que já estudamos até aqui, a melhor forma
de evitar as tautologias é prestar muita atenção e ser um crítico do
próprio texto.
Saiba mais
Para revisar esta unidade e se divertir um pouco,
clique aqui e assista à esquete “Tautologias” da
dupla Leandro Hassum e Marcius Melhem.
www.esab.edu.br 209
41 Pressuposto
Objetivo
Estudar os níveis de leitura do texto.
Está explícito nessa frase que a ministra é muito inteligente, não temos
dúvida disso. Porém, há algo a mais.
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Está implícito que, de modo geral, as mulheres não são inteligentes, e
que a ministra Dorothéa Werneck é uma exceção.
Ou seja: para que você seja um leitor eficaz, precisa saber ler nas
entrelinhas e captar aquilo que está subjacente no texto.
Como autor, você pode fazer uso desta ‘camada secundária’ do texto de
forma astuta. Vejamos isso em detalhe.
41.1 Pressupostos
“Pressupostos são ideias não expressas de maneira explícita, que decorrem
logicamente do sentido de certas palavras ou expressões contidas na frase”
(FIORIN; SAVIOLI, 2006, p. 307).
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A informação explícita é a de que Maria é uma estudante relapsa,
desatenta. Porém, do verbo tornar-se se extrai a ideia de que em algum
momento antes ela não era assim. Pois se ela já fosse relapsa antes, não
caberia o verbo que foi utilizado.
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• existem países do primeiro mundo que se desenvolvem com base
num setor estatal muito forte, que ainda é mantido;
• há países do primeiro mundo, como o Japão, que mantêm uma
economia muito protegida da concorrência externa;
• na maioria dos países do primeiro mundo, os trabalhadores têm mais
direitos que no Brasil, e as empresas e o Estado, mais encargos com
os trabalhadores.
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41.2 Principais marcadores de pressuposição
Há uma série de termos que funcionam para marcar um pressuposto. Vejamos.
a. Determinados advérbios
• O professor ainda não divulgou as notas.
• Pressuposto: O professor já deveria ter divulgado as notas ou O
professor divulgará as notas mais tarde.
b. Determinados verbos
• O desvio de dinheiro tornou-se público.
• Pressuposto: O desvio de dinheiro não era público antes.
c. Orações adjetivas
• Os vendedores, que só pensam no lucro, não se preocupam com
os consumidores.
• Pressuposto: Todos os vendedores só pensam no lucro e não se
preocupam com os consumidores.
Temos agora uma oração adjetiva restritiva: não se trata mais de todos
os vendedores, mas só daqueles que só pensam no lucro.
d. Os adjetivos
• Os políticos mal-intencionados são a praga do Brasil.
• Pressuposto: Existem políticos mal-intencionados no Brasil.
Assim encerramos esta unidade. Preste muita atenção naquilo que você lê
e analise tudo o que pode estar sendo dito, sem ser escrito. Olho!
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42 Pesquisa: como proceder
Objetivo
Estudar os principais passos que envolvem a pesquisa bibliográfica e
eletrônica para a elaboração de texto.
Mas não é bem assim. Por quê? Porque ao iniciar uma pesquisa temos
uma ideia ainda vaga ou pouco fundamentada sobre aquilo do que
queremos aprofundar nosso conhecimento. Conforme vamos estudando,
o assunto se desdobra, e aquilo que antes parecia simples e certo se
amplia e se complica.
Para lidar com isso é que existe algo chamado metodologia de pesquisa
(e você já sabe dessa importância porque está estudando seu significado
em Metodologia do Trabalho Científico). Ela nos mantém atentos ao que
estamos buscando, de forma a selecionar e ordenar adequadamente os
dados que surgem.
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42.1 Pesquisa bibliográfica
A pesquisa bibliográfica é a forma mais tradicional e convencional
de pesquisa. Quando desenvolvemos uma pesquisa bibliográfica,
trabalhamos a partir de fontes escritas.
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dificuldades de distribuição, a maior parte hoje existe principalmente –
senão apenas – em versão eletrônica.
Saiba mais
Clique aqui e conheça um dos principais banco de
dados acadêmico para pesquisa bibliográfica.
42.2 Cuidados
Um trabalho de pesquisa nunca deve ser absoluto, ou seja, não se deve
estudar um assunto de modo a querer esgotar a discussão, pois ninguém
é capaz disso. A linguagem é mutante, as ideias trabalham, e tudo o que
fazemos é fruto da interpretação.
Uma leitura é sempre parcial, e isso é bom, pois assim sempre poderemos
aprender mais sobre algo e modificar as ideias que talvez julgássemos
finalizadas. É uma espécie de ética para com o saber e com a verdade: a
verdade nunca é definitiva. E a história mostra que sempre que se julgou
ser dono de uma verdade, muitas injustiças foram cometidas (basta
pensar na série de guerras protagonizadas no século XX). Portanto, tome
cuidado com aquilo que você julga líquido e certo! Certamente, se você
pensar um pouco mais, pesquisar um pouco mais, verá que há mais
pontos de vista a considerar.
Uma dica para facilitar o seu trabalho, sem cair na armadilha do “falar
tudo” sobre um assunto, é pensá-lo paralelamente a outro assunto,
www.esab.edu.br 217
numa combinação do tipo “A e B”. Vimos isso na unidade 19. Vamos
recapitular.
Estudo complementar
Você sabe pesquisar on-line com eficiência? Qual
o seu procedimento padrão? Será que ele pode ser
aperfeiçoado? Clique aqui e leia o artigo “Aprenda
o básico sobre o Google”. Nesse documento, você
encontra uma série de combinações e macetes que
ajudarão a refinar a sua pesquisa e fazer com que
você chegue nos sites certos.
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tipo “quero partir deste ponto, que se divide em tais e tais aspectos, que
por sua vez estão implicados nos fatores X e Y, para enfim chegar aqui”.
Mas tenha em vista também que, para concluir algo, é preciso antes
apresentar os dados e problematizá-los. Caso contrário, qualquer
um pode perguntar: “Como você pôde afirmar isso? Não está
fundamentado!”
Não esqueça também que, como todo e qualquer texto, a pesquisa é uma
narrativa, com começo, meio e fim. Tente ter claros esses momentos
da produção. Algumas coisas só podem ser ditas se antes tomarmos a
precaução de explicar outras.
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Resumo
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43 Paráfrase
Objetivo
Estudar a constituição da paráfrase para saber como fazê-la
adequadamente.
43.1 Paráfrase
Em termos objetivos, parafrasear é reafirmar, em palavras distintas,
o sentido de um texto. Daí o seu vínculo com o conceito de
intertextualidade. Medeiros (2008) define que a paráfrase pode ser
ideológica ou estrutural. Vejamos.
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No caso de paráfrase ideológica, as ideias permanecem as mesmas, o
que varia é a sintaxe. Em se tratando desse viés, o que interessa é manter
o modo como determinado autor, em um texto específico, pensa a
respeito de algo, registrando-se “[...] o menor desvio possível em relação
ao texto original.” (MEDEIROS, 2008, p. 139). Para visualizar isso,
vamos analisar uma passagem do mesmo autor que estamos utilizando,
Medeiros (2008), em outro capítulo de seu livro:
Antes de tudo, é preciso ter motivação para o estudo. Indivíduos desmotivados para
aprender, por exemplo, uma língua qualquer, dificilmente chegarão a falar e escrever
nessa língua. E a motivação parece estar ligada a interesses internos ao indivíduo,
independendo de estímulos externos. (MEDEIROS, 2008, p. 18, grifo do autor)
Medeiros (2008) afirma que a motivação é fundamental para o estudo. Quem não
dispõe de motivação para aprender um novo idioma, por exemplo, dificilmente
conseguirá uma boa performance na fala ou na escrita. E como alcançar a motivação?
Trata-se de um processo interno e particular, que depende do interesse e esforço de
cada um.
Para visualizar isso, vamos visitar o site de uma livraria on-line e procurar
pelo comentário ao livro de Medeiros, “Redação científica”, que estamos
utilizando para conceituar esta unidade. Vejamos.
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Todo profissional ou estudante precisa, nos dias atuais, saber comunicar-se com clareza.
A capacidade para redigir textos de qualquer extensão é característica distintiva quer
na faculdade, quer no ambiente de trabalho. Este livro ocupa-se de pré-requisitos para
a redação científica. Apresenta técnicas para tornar o estudo e a aprendizagem mais
eficazes, orienta a pesquisa científica, detendo-se em suas etapas, esclarece sobre as
qualidades das fontes de pesquisa, bem como informa sobre estratégias de leitura.
Ao ingressar em um curso superior, frequentemente o aluno revela desconhecimento
de algumas normas de elaboração de trabalhos de grau, bem como despreparo para a
leitura de texto de várias modalidades.
Professores de todas as disciplinas salientam as dificuldades do alunado na elaboração
de fichamentos, resumos, resenhas. Todos esses tipos de trabalho são examinados neste
livro, que objetiva levar ao conhecimento do leitor informações que vão favorecê-lo
no estudo, tornar sua leitura eficaz, indicar-lhe caminhos para a pesquisa e a redação
de trabalhos com embasamento científico, elaborados segundo técnicas de pesquisa
bibliográfica.
A obra preocupa-se com os primeiros passos do estudante em uma faculdade. Ensina a
fazer fichamentos de textos; apresenta estratégias para o aprimoramento do estudo e
da prática da leitura; mostra os procedimentos adequados para a realização de resumos
e resenhas e discorre sobre a pesquisa bibliográfica, que constitui a base de todos os
trabalhos científicos. (SARAIVA, 2012, p. 1)
Perceba agora que o comentário da loja on-line apresenta uma visão geral
da obra, utilizando as ideias do próprio autor. Pontua-se a necessidade,
para qualquer profissional, de se redigir textos com clareza, e como este
livro desenvolve tais habilidades. Trata-se de um comentário apreciativo,
cujo objetivo é convencer o leitor a comprar a obra, e que para isso
parafraseia alguns de seus trechos. Assim,
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43.2 Outros procedimentos intertextuais
Diferente da paráfrase, portanto, que retoma um texto utilizando suas
palavras ou ideias, a paródia e o pastiche têm outras funções.
Se posso prever tudo o que uma pessoa Quando se pode prever tudo aquilo que
vai me dizer, a mensagem é totalmente uma pessoa vai falar, o conteúdo de sua
redundante e eu posso abster-me de a exposição é inteiramente redundante e eu
ouvir ou ela de o dizer; ao contrário, se posso deixar de prestar-lhe atenção ou ela
nada posso prever do que ela vai me dizer de o dizer; diferentemente, se não posso
– caso alguém que se dirigisse a mim numa conjecturar nada do que ela vai falar-me –
língua que desconheço completamente – a caso alguma pessoa se dirigisse a mim num
comunicação também é impossível. Em idioma que não conheço totalmente – a
ambos os casos não há possibilidade de comunicação também não é possível. Nos
intercâmbio de informação. (PIGNATARI dois casos, é impossível o intercâmbio de
apud MEDEIROS, 2008, p. 183-184) informação. (MEDEIROS, 2008, p. 184)
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É muito importante que você conheça esses conceitos e saiba utilizar
bem os procedimentos, pois saber usar a paráfrase adequadamente,
mantendo a referência às fontes, evita que você cometa o plágio, que é
a apropriação indevida do texto de outra pessoa, e constitui crime. No
Brasil, a principal referência ao plágio é a Lei n° 9.610, voltada para a
proteção de obras de caráter comercial.
Por isso, tenha este cuidado: utilize os autores de que você necessitar, mas
cite a fonte!
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44 Fichamento e resumo
Objetivo
Estudar as características do fichamento e resumo de texto.
44.1 Fichamento
A função do fichamento varia conforme a intenção do pesquisador.
Sua premissa é destacar informações básicas que serão utilizadas no
desenvolvimento do trabalho.
Trata-se, assim, de uma fase anterior à escrita do trabalho, pois caso você
deseje iniciar a escrita sem um fichamento, seu trabalho já começará
errante, pois você realizará a empreitada sem saber aonde irá chegar.
Todo o trabalho de fichamento é precedido por uma leitura atenta do texto. Leitura
que se afasta da categoria emocional (subjetiva) e alcança o nível da racionalidade, e
compreende: capacidade de analisar o texto, separar suas partes e examinar como se
inter-relacionam e como o texto se relaciona com outros, e competência para resumir
as ideias do texto. (MEDEIROS, 2008, p. 115)
www.esab.edu.br 226
O autor ainda anota que o primeiro nível dessa leitura é o denotativo,
parafrástico. Já estudamos ambos os conceitos em unidades anteriores:
denotativo se refere ao sentido literal; parafrástico vem de paráfrase,
ou seja, diz respeito ao pensamento do autor em questão. Esse nível de
leitura também implica em vocabulário atento, apurado, informações a
respeito do autor e seu objetivo.
www.esab.edu.br 227
44.2 Dados básicos
Ao realizar um trabalho de pesquisa, não deixe para reunir os dados
bibliográficos no final, pois isso dá muito mais trabalho!
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MEDEIROS, J. B. Capítulo 7 – Prática da leitura. Redação científica: a prática de
fichamentos, resumos, resenhas. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2008, p. 67-74.
Notas:
– O autor é Licenciado em Filosofia, Mestre em Letras pela USP e Pós-graduado em
Literatura Brasileira pela USP.
– A linguagem não pode ser estudada separadamente da sociedade que a produz. Não
pode ser considerada um produto (p. 67).
– Todo texto tem um caráter de incompletude, dada a sua relação com outros textos e sua
capacidade de produzir novos sentidos (p. 68).
– A leitura é seletiva e há vários modos de realizá-la: a) o ponto de vista do autor; b) a
relação do texto com outros textos; c) relação do texto com o seu referente; d) relação do
texto com o leitor (p. 68).
– Para a compreensão de um texto, é fundamental reconhecer a sua ideologia (p. 69).
– Há diversos fatores que constituem as condições de produção da leitura (pressupostos,
subentendidos) (p. 70).
– Pressupostos são...
– Subentendidos são...
– etc.
Crítica: Bom parâmetro para sistematizar estratégias de leitura analítica.
Problematização: Pode ser relacionado com o livro de Barthes, Da obra ao texto (2003).
Local onde se encontra a obra: Biblioteca ESAB.
www.esab.edu.br 229
Em suma, quem define o que deve conter no seu fichamento é você.
Medeiros (2008), entretanto, destaca a necessidade de:
44.3 Resumo
Na unidade 2, estudamos o conceito de texto como “[...] um tecido
verbal estruturado de tal forma que as ideias formam um todo coeso, uno
coerente.” (MEDEIROS, 2008, p. 137). Em outros termos, por mais
que um texto trabalhe diferentes ideias, estas devem estar conectadas em
função de um mesmo direcionamento.
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que ela pode ser melhorada. Diz, então, que “[...] o resumo é uma
apresentação sintética e seletiva das ideias de um texto, ressaltando a
progressão e a articulação delas.” (MEDEIROS, 2008, p. 142).
Deve, ainda:
Em suma, resumo é:
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Finalizamos esta unidade com dois exemplos de resumo. Observe:
Resumo indicativo
ROCCO, M. T. F. Crise na linguagem: a redação no vestibular. São Paulo: Mestre Jou,
1981. 184 p.
Estudo realizado sobre redações de vestibulandos da FUVEST. Examina os textos com
base nas novas tendências dos estudos da linguagem, que buscam erigir uma gramática
do texto, uma teoria do texto. São objetos de seu estudo a coesão, o clichê, a frase feita,
o “não-texto” e o discurso indefinido. Parte de conjecturas e indagações, apresenta os
critérios para a análise, o candidato, o texto e farta exemplificação.
www.esab.edu.br 232
Resumo informativo
ROCCO, M. T. F. Crise na linguagem: a redação no vestibular. São Paulo: Mestre Jou,
1981. 184 p.
Examina 1500 redações de candidatos a vestibulares (1978), obtidas da FUVEST. O livro
resultou de uma tese de doutoramento apresentada à USP em maio de 1981. Objetiva
caracterizar a linguagem escrita dos vestibulandos e a existência de uma crise na
linguagem escrita, particularmente desses indivíduos. Escolheu redações de vestibulandos
pela oportunidade de obtenção de um corpus homogêneo. Sua hipótese inicial é a da
existência de uma possível crise na linguagem e, através do estudo, estabelece relações
entre os textos e o nível de estruturação mental de seus produtores. Entre os problemas,
ressaltam-se a carência de nexos, de continuidade e quantidade de informações, ausência
de originalidade. Também foram objeto de análise condições externas como família,
escola, cultura, fatores sociais e econômicos. Um dos critérios utilizados para a análise
é a utilização do conceito de coesão. A autora preocupa-se ainda com a progressão
discursiva, com o discurso tautológico, as contradições lógicas evidentes, o nonsense, os
clichês, as frases feitas. Chegou à conclusão de que 34,85 dos vestibulandos demonstram
incapacidade de domínio dos termos relacionais: 16,95 apresentam problemas de
contradições lógicas evidentes. A redundância ocorreu em 15,25 dos textos. O uso
excessivo de clichês e frases feitas aparece em 69,05 dos textos. Somente em 40 textos
verificou-se a presença de linguagem criativa. Às vezes o discurso estrutura-se com frases
bombásticas, pretensamente de efeito. Recomenda a autora que uma das formas de
combater a crise estaria em se ensinar a refazer o discurso falho e a buscar a originalidade,
valorizando o devaneio.
Atente para o que lhe for solicitado, basta usar o modelo que melhor se
adapte.
www.esab.edu.br 233
Saiba mais
Sugerimos que você clique aqui. Trata-se de um
objeto educacional proposto pelo MEC, dedicado
a estabelecer as diferenças entre resumo,
fichamento e resenha. Para complementar o que
vimos nesta unidade, abra o objeto educacional e
faça os exercícios.
www.esab.edu.br 234
45 Interpretação textual
Objetivo
Destacar procedimentos de leitura interpretativa. Como produzir
sentido?
Vamos começar com uma reflexão: quando lê, você apenas recebe a
mensagem do autor/emissor do texto? O conteúdo dessa mensagem será
idêntico para qualquer leitor/receptor?
Vocabulário
www.esab.edu.br 235
qual o texto faz parte ou ao qual a mensagem se vincula. Medeiros (2008,
p. 91) destaca que esse tipo de leitura se dá por meio das palavras-chaves:
“A seleção de palavras-chaves deve ser feita em todos os parágrafos. Elas
possibilitam a elaboração de um resumo do texto.”
Por isso, saiba que quanto mais amplo for o seu vocabulário, mais eficaz
será a sua leitura.
Saiba mais
Há vários dicionários on-line de acesso gratuito.
Experimente acessá-los:
Michaelis
Priberam
www.esab.edu.br 236
Tópico frasal
Perceba que dessa frase dependem todas as demais, que a ela estão direta
ou indiretamente relacionadas e que constituem o desenvolvimento
da ideia. Assim, portanto, o tópico frasal encabeça e resume o que se
quer dizer no parágrafo em questão. E se por acaso você não conseguir
localizar no parágrafo este componente, trata-se de um texto mal escrito!
Se você compreende as palavras que estão no texto, sabe buscar pelas que
não entende de imediato (que muitas vezes se referem a termos técnicos)
www.esab.edu.br 237
e, além disso, consegue localizar o tópico frasal de cada parágrafo, você
está apto a captar a informação e ir para a etapa seguinte.
45.2 Interpretando
Segundo Medeiros (2008, p. 105), interpretação “[...] é processo, num
primeiro momento, de dizer o que o autor disse, parafraseando o texto,
resumindo-o; é reproduzir as ideias do texto.”
Por isso, agora entra em questão lidar com o que vimos na unidade 41,
a respeito dos pressupostos. Vamos relembrar: “[...] pressupostos são
ideias não expressas de maneira explícita, que decorrem logicamente do
sentido de certas palavras ou expressões contidas na frase.” (FIORIN;
SAVIOLI, 2006, p. 307).
O que isso quer dizer? Que captar os sentidos de um texto vai além do
que está escrito. Reveja o exemplo tratado por Fiorin e Savioli (2006):
Para que o Brasil se torne um país do primeiro mundo será preciso privatizar as
empresas estatais, abrir a economia ao ingresso de produtos estrangeiros e terminar
com os direitos trabalhistas que oneram a folha de pagamento e a Previdência Social.
(FIORIN, SAVIOLI, 2006, p. 307-308)
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45.3 Analisando
Vejamos o que nos diz Medeiros (2008):
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No processo de análise do texto está o espaço para você se manifestar,
ponderar, discutir, avaliar e questionar. É o espaço da crítica (que pode
ser positiva ou não).
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
www.esab.edu.br 240
46 Comunicação e expressão
Objetivo
Revisar técnicas que conduzem à boa apresentação de trabalhos.
Para ajudá-lo nesse processo, vamos elencar 10 pontos que você deve
levar em conta sempre que necessário. Acompanhe.
46.1 Pontualidade
O primeiro item a ser observado é o horário. Se você tem uma
apresentação agendada para as 19h, esteja certo de estar no local, à
disposição, ao menos meia hora antes. Imprevistos acontecem a todo
momento, é normal, mas é muito chato ter de resolver problemas com
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questões técnicas na frente das pessoas que estão ali para assistir ou
avaliar a sua apresentação.
46.2 Equipamentos
Hoje em dia dispomos de uma série de recursos para uma apresentação,
desde o quadro com giz até a lousa mágica, o projetor e recursos
audiovisuais em geral. Sendo assim, prepare a sua apresentação tendo
em vista os recursos que você terá à disposição. Não é necessário utilizar
todos; são recursos, e não o objeto do seu trabalho.
46.3 Conexão
Se a sua apresentação depende de rede de acesso à internet, certifique-se
de que ela esteja funcionando, de que você detém a senha de acesso e de
que o sinal é confiável. Por segurança, tenha todas as mídias que você
pretende utilizar em modo off-line.
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Daí a importância de você ter tudo o que necessita em modo off-line,
gravado no seu computador ou pen drive.
46.4 Linguagem
Como já frisado em diversas unidades anteriores, a fala difere da escrita.
Na fala, podemos nos colocar mais à vontade; porém, a apresentação de
um trabalho é uma ocasião formal. Utilize a linguagem adequada (tendo
em vista a clareza e objetividade), e se for necessário utilizar termos
técnicos, explique do que se trata, quando necessário.
Por último, atente para o tom de voz: fale pausadamente, para ser
entendido, e um pouco mais alto que o seu tom habitual. Mantenha a
dialogicidade: converse com as pessoas que estão ali para lhe ouvir.
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46.5 Equipe
Em se tratando de um trabalho de equipe, todos os pontos anteriores são
igualmente válidos.
46.6 Ansiedade
Por isso, ensaie a sua apresentação, cronometre o tempo e veja se está ok.
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46.7 Conclusão
Assim como em um texto, conclua tendo em vista os dados pesquisados.
Novos dados requerem nova análise.
46.8 Perguntas
Defina as regras no início do jogo. Informe que ao final da apresentação
haverá espaço para perguntas, ou que o público poderá fazê-las ao longo
da exposição. A segunda opção é mais arriscada, pois você pode perder o
controle do debate.
No caso de alguma pergunta que você não possa responder, agradeça pela
colaboração e seja sincero. Diga: “Interessante! Não havia pensado nisso.
Considerarei este aspecto na próxima etapa do trabalho.”
46.9 Vestuário
Em uma apresentação, você já está em foco. Não queira parecer diferente
do seu habitual. Vista-se sobriamente, evite estampas ou tecidos
muito chamativos. Não se apresenta um trabalho vestindo bermuda
ou minissaia. Não desvie a atenção do público. Não deixe brechas que
possam atrapalhar na avaliação do seu trabalho. Não use chapéu ou boné
e não abuse no perfume!
46.10 Finalizando
Não esqueça de agradecer pela atenção de todos.
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Para sua reflexão
Agora, pare e reflita: de que modo a apresentação
de trabalhos e o exercício de interpretação
e análise textual preparam você para a vida
profissional?
As respostas a essas reflexões formam parte de sua
aprendizagem e são individuais, não precisando
ser comunicadas ou enviadas aos tutores.
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As multimídias e a produção
47 textual
Objetivo
Discutir o modo como elementos – imagens, vídeos, áudios, gráficos
e infográficos – influenciam na elaboração dos textos.
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que o conhecimento transmite ou gera vem exatamente das fontes que
utilizamos e de nossas pesquisas.
Nesse sentido, a cultura digital deixou nossa vida mais rica e complexa,
pois há uma infinidade de posições e de propostas que precisam ser
revistas ou revisitadas constantemente. Não se deve pensar a cultura
digital como um advento meramente tecnológico; ela produz muitas
alterações no comportamento do consumidor, principalmente no público
jovem, que vive amparado por uma série de ferramentas que auxiliam nas
mais diferentes formas de mediação e apreensão de conteúdo.
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O detalhe é que, ao utilizarmos algum recurso audiovisual, por exemplo,
não se trata de apenas um adereço em nosso texto; ele se torna um
componente do nosso discurso. Tanto pode servir para ilustrar uma
ideia exposta textualmente, como pode ser o ponto de partida ou parte
fundamental de uma argumentação.
Portanto, use e abuse dos recursos, mas não perca de vista a clareza e
objetividade.
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48 Afinal, o que é um bom texto?
Objetivo
Revisar o conteúdo abordado ao longo do caderno.
Vamos, agora, rever em tópicos, por ordem de unidades, uma síntese dos
principais pontos abordados na disciplina:
www.esab.edu.br 250
• fala e escrita constituem diferentes modalidades de uso da
linguagem. Na fala, principalmente, manifestam-se os regionalismos,
e hoje dispomos de concepção de linguagem que não parte da noção
de certo ou errado;
• o significado das palavras varia conforme o contexto: trata-se do
conceito de polissemia. Todo texto se relaciona com outros textos
(intertextualidade). Metalinguagem é a linguagem que estuda a
própria linguagem. Recombinação é um procedimento que atualiza
o sentido das interpretações;
• o esquema da comunicação está pautado por seis elementos: emissor,
receptor, mensagem, canal, código e contexto. Esse esquema está
atrelado ao estudo das funções da linguagem (emotiva, conativa,
denotativa, fática, metalinguística e poética);
• o bom texto evita o pedantismo e o uso de expressões clichês
(também conhecidas como “lugares-comuns”);
• os diferentes tipos de texto são: narração (trabalha com cenários
e personagens e tem por base a passagem de tempo), descrição
(mostra um objeto ou pessoa em um momento específico, sem
alteração de tempo), dissertação (em que predomina a utilização de
termos abstratos, a fim de se expor determinado assunto), exposição
(que transmite dados hierarquizados, a fim de fazer compreender
fenômenos específicos), informação (que busca fornecer dados
legítimos a respeito de algo para alguém) e injunção (que indica o
modo como uma ação deve ser realizada);
• ao redigir um título, utilize a fórmula A + B (Cultura digital e
educação, por exemplo), pois isso facilita a definição do foco;
• a redação institucional caracteriza-se pela linguagem simples
e objetiva. Ao redigir o seu currículo pessoal, seja honesto no
fornecimento de dados a respeito da sua experiência profissional;
• parágrafos são subunidades de sentido do texto caracterizadas pelo
que chamamos tópico frasal, que constitui a informação básica à
qual todas as demais se vinculam;
• muita atenção no uso da pontuação correta;
www.esab.edu.br 251
• frase é uma unidade de sentido, que pode conter um única palavra;
para que uma oração se constitua, é preciso que nela apareça
um verbo; quando temos mais de um verbo, trata-se de período
composto;
• a coesão é um dos principais aspectos do bom texto, e se refere ao
uso adequado dos conectivos (ou relatores);
• a coerência está atrelada à coesão. Um texto coerente encaminha
a uma boa conclusão. Para concluir, é preciso antes apresentar os
dados – essa é uma relação de coerência textual;
• o estilo caracteriza um modo pessoal de escrever e expor argumentos;
• denotação se refere ao sentido imediato de cada palavra; conotação é
o sentido figurado, criativo;
• figuras de linguagem são recursos de estilo. Entre as mais utilizadas
estão a metáfora e a metonímia;
• a crase é um dos pontos de maior dúvida entre os estudantes. Saber
utilizá-la adequadamente valoriza muito a sua escrita e define a
clareza da mensagem que você deseja transmitir;
• há diferenças sutis no uso dos porquês. É bastante importante que
você saiba fazer as distinções;
• evite o gerundismo (nada de “vou estar falando com o senhor”,
por exemplo), e saiba que, embora em desuso, o pronome relativo
“cujo”, se empregado corretamente, deixa o seu texto mais elegante;
• a concordância é outro dos pontos de equívoco entre a maior parte
dos estudantes. Ajustar os termos da oração para que concordem em
gênero, número e grau com o substantivo é função da concordância
nominal; já a concordância verbal trata das alterações no verbo para
deixá-lo em perfeita sincronia com o sujeito;
• não utilize adjetivos em excesso;
• estrangeirismos são palavras de outro idioma que passam a integrar a
rotina do nosso e devem ser grafados com destaque;
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• saiba colocar adequadamente os pronomes átonos: próclise (antes do
verbo), ênclise (depois do verbo) e mesóclise (no meio do verbo);
• cuidado com as tautologias, os famosos vícios de linguagem;
• pressupostos são conteúdos não expressos de forma explícita.
Carecem de leitura atenta para serem interpretados;
• a pesquisa é a base de todo texto;
• parafrasear é um dos recursos disponíveis para relatar as ideias de um
autor;
• o fichamento constitui uma etapa fundamental da leitura de um
texto e atua como uma ótima forma de organização. O resumo
deve ser claro e objetivo, podendo prescindir ou não da leitura do
original;
• a interpretação textual possui etapas (captação de informações,
interpretação da mensagem e análise);
• comunicar e expressar-se bem na apresentação de trabalhos exige
uma série de cuidados, tais como pontualidade, clareza, utilização
adequada de recursos, postura;
• as multimídias desempenham um papel fundamental no
desenvolvimento da argumentação, não devem ser um adereço, mas
parte do discurso.
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Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidade 37 a 48. Para isso, dirija-se
ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
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Resumo
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Glossário
Alegoria
Expressão de uma ideia através de uma imagem, um quadro, um ser vivo
etc. R
Analogia
Relação, semelhança de uma coisa com outra: analogia de formas, de
gostos. R
Anterioridade
Prioridade de tempo, de data; precedência: a anterioridade de um
pedido, de uma descoberta. R
Astuto
Esperto, perspicaz. R
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Blogspot
Aplicativo de sistema de gerenciamento de conteúdo para web (http://
www.blogspot.com). R
Cavalgamento
Recurso de estilo frequente na confecção de poemas, quando um verso
tem a sua complementação sintática pela junção com o verso seguinte. R
Coloquial
Informal, cotidiano. R
Competência
Ter um poder ou um saber para realizar aquilo que se deve. R
Concomitância
Coexistência, simultaneidade de dois ou de diversos fatos. R
Contemporâneo
Que é da época atual; do tempo em que se fala. R
Corpus
Conjunto de documentos que servem de base para a descrição ou o
estudo de um fenômeno. R
Corroborar
Confirmar; apresentar argumento ou informação que acompanha ou dá
força a determinada afirmação ou ideia. R
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Crônica
Relato de um ou mais acontecimentos em um determinado espaço de
tempo. A quantidade de personagens é reduzida, podendo inclusive
não haver personagens. É a narração de um fato do cotidiano, algo que
naturalmente acontece com muitas pessoas. R
Cumplicidade
Apoiar o outro em suas decisões, sem tentar interferir em suas ideias. R
Destoar
Sair do tom, da uniformidade. Discordar. R
Desuso
O que não está mais em uso. R
Dialógica
Que pretende provocar discussão, debate, diálogo. R
Diegese
Conjunto de ações, descrições e diálogos, que constituem a narrativa. R
Digressão
Efeito de romper a continuidade de um discurso com uma mudança de
tema intencionada. R
Dirimir
Anular, extinguir. R
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Distorção (de distorcer)
Mudar o sentido de algo. R
Eivado
Que tem eiva; manchado. Contaminado, viciado. R
Escopia
Trata-se de um vocábulo da psicanálise, aqui empregado como “o modo
como enxergamos o mundo”. R
Estado
Quando grafado com maiúscula, personifica a entidade de direito
público administrativo ou o conceito filosófico de poder. R
Estratégia
Ação ou caminho mais adequado a ser executado para alcançar um
objetivo ou meta. R
Explícito
Que se deixa transparecer diretamente. R
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Figurativizar
Refere-se à figurativização, quando se associa outros significados ao
sentido próprio (ou literal) da palavra. R
Fonema
A menor unidade sonora de uma língua. R
Hobby
Passatempo. Aquilo a que uma pessoa dedica seu tempo sem fins
profissionais. R
Implícito
Que está subentendido, ao invés de explicitamente expresso. R
Inferência
Operação mental pela qual obtemos de uma ou mais proposições outra
ou outras que nela(s) estava(m) já implicitamente contida(s). R
Infinitivo
Refere-se ao modo em que o verbo não aparece conjugado. R
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Interjeição
Palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito,
ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo
comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas
linguísticas mais elaboradas. R
Interpretante
Aquilo que o próprio signo, ao ser percebido por alguém, cria na mente
deste alguém. R
Intransigente
Intolerante. R
José Saramago
(1922-1910) escritor português com ampla bibliografia publicada.
Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998, e ganhou, em
1995, o Prêmio Camões, o mais importante prêmio literário da Língua
Portuguesa. R
Lastro
Base, fundamento: lastro cultural. R
Lev Vygotsky
(1896-1934) pensador russo, pioneiro na noção de que o
desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações
sociais e condições de vida. R
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Lexical (de léxico)
O acervo de palavras de um determinado idioma; todo o universo de
palavras que as pessoas de uma determinada língua têm à disposição para
expressar-se, oralmente ou por escrito. R
Lobby
Atividade de pressão de grupos, ostensiva ou velada, com o objetivo
de interferir diretamente nas decisões do Poder Público em favor de
interesses privados. R
Menoridade
Estado da pessoa que ainda não atingiu a idade que a lei considera
suficiente para essa pessoa se reger a si própria e administrar os seus
bens (18 anos). Tal como está utilizado no texto, o termo, em sentido
figurado, refere-se a uma etapa da vida em que o homem ainda não
passou a uma etapa mais avançada do desenvolvimento do caráter. R
Movimento concretista
Trata-se de uma das mais importantes correntes de vanguarda de nossa
literatura que influenciou poetas, artistas plásticos e músicos. O grupo
concretista de São Paulo, na década de 1950, era liderado pelos irmãos
Augusto de Campos e Haroldo de Campos, Décio Pignatari e José Lino
Grunewaldt. R
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Mussoliniano (de Mussolini)
Referente a Mussolini, político italiano que liderou o Partido Nacional
Fascista e é creditado como uma das figuras-chave na criação do
Fascismo. R
Mutante
Que se transforma. R
Nouvelle Vague
Movimento estético que, além de Jean-Luc Godard, contava com os
cineastas François Truffaut, Alain Resnais e Claude Chabrol. Satirizava
a própria linguagem cinematográfica, mostrando na psicologia dos
personagens suas impressões cotidianas e banais, quase sem moral, em
diálogos inesperados. R
Oração subordinada
Oração que exerce função sintática em relação a outra oração, sendo dela
dependente. R
Paper
Artigo científico. R
Paródia
Transformação de um texto conhecido pelo público em geral, consagrado,
em um novo texto, de cunho humorístico ou contestatário. R
Pastiche
Trabalho intelectual ou artístico forjado com tal perícia imitativa que
pode ser confundido com o original. Trata-se, também, de uma imitação
do estilo de determinado artista. R
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Pe. Antônio Vieira
Nascido em Lisboa (1608-1697). Foi um religioso, escritor e orador
português da Companhia de Jesus. R
Performance
Quando de fato se realiza uma ação; o desempenho da ação. R
Pleonasmo
Uso de expressões redundantes com a finalidade de reforçar uma ideia. R
Ponderar
Estudar, considerar. R
Posteridade
Referente àquilo que está no futuro; gerações futuras. R
Predicativo
Termo ou expressão que complementa o objeto direto ou o objeto
indireto, conferindo-lhes um atributo. R
Preposição
Palavra invariável que estabelece uma relação entre dois ou mais termos
da oração. Essa relação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os
elementos ligados pela preposição não há sentido dissociado, separado,
individualizado; ao contrário, o sentido da expressão é dependente da
união de todos os elementos que a preposição vincula. R
Pressuposto
Que se pressupõe; que se supõe antecipadamente. Conjetura. R
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Prolixo
Demasiadamente longo, extenso ou demorado; enfadonho, fastidioso,
que usa palavras e frases além do necessário. R
Pronome relativo
Classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e
estabelecem relação entre duas orações. R
Punk
Movimento cultural de atitude agressiva, surgido no fim da década de
1970, e marcado pelo tédio cultural e pelo apontamento da decadência
social do século XX. R
Referente
Que se refere, relativo a, que diz respeito a. R
Repertório de referências
Utiliza-se a expressão no sentido de que o aluno precisa conhecer diversas
fontes de leitura, com pontos de vista diferentes, por exemplo. R
Signo
Resultante da relação entre um conceito e uma imagem sonora. Por
exemplo, a palavra “árvore” e sua imagem mental. R
Sintático
Relativo à sintaxe: regras sintáticas. Sistema de leis que permite estudar
uma linguagem puramente sob o seu aspecto formal, sem referência à
significação ou ao uso que dela se faz. R
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Subjacente
Que está ou jaz por baixo. R
Superlativo
Grau de significação do adjetivo, que traduz uma qualidade elevada à sua
maior intensidade. R
Teoria da comunicação
São estudos acadêmicos que pesquisam os efeitos, as origens e o
funcionamento do fenômeno da comunicação social em seus aspectos
tecnológicos, sociais, econômicos, políticos e cognitivos. R
Verbo de ligação
Verbo que não indica ação, geralmente tendo o significado de
permanência (como nos verbos ser, estar, continuar, permanecer, ficar,
fazer). Realiza a conexão entre dois termos na Língua Portuguesa, o
sujeito e o predicativo do sujeito. R
Viés
Comporta a ideia de obliquidade, indiretamente. É importante perceber
que, conforme a perspectiva com que olhamos para algo, o sentido pode
variar ou apresentar dados antes não vistos. R
Vimeo
Site de compartilhamento de vídeos, no qual os usuários podem fazer
upload, partilhar e ver vídeos (http://www.vimeo.com). R
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Wordpress
Aplicativo de sistema de gerenciamento de conteúdo para web (http://
www.wordpress.com). R
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Referências
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FIORIN, J. L.; SAVIOLI, F. P. Lições de texto: leitura e redação. 5. ed. São
Paulo: Ática, 2006.
______. Para entender o texto. 17. ed. São Paulo: Ática, 2007.
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TCHECOV, A. O jardim das cerejeiras. Trad. M. Fernandes. Porto Alegre:
L&PM, 1983.
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