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• complementação
6. Principais propriedades formais das operações de reunião, interseção e complementação.
7. Exercı́cios.
Bibliografia básica: [3, 1.1 e 1.2], [1, Cap. 1.4], [2, 1.1].
a ∈ A.
Se, porém, a não é um dos elementos do conjunto A, dizemos que a não pertence a A e escrevemos
a∈
/ A.
2. Enunciando uma propriedade caracterı́stica que determina se um objeto dado é ou não um elemento
do conjunto.
Exemplo 4. O conjunto A, do exemplo 1, pode ser escrito como:
A = {x ∈ N | x < 3} = {x ∈ N | x ≤ 2}
Notação: A = B.
Notação: A ⊆ B ou B ⊇ A ou A ⊂ B ou B ⊃ A.
x∈A⇒x∈B
b) !a ∈ A
⇒ a ∈ B, pois A ⊆ B
⇒ a ∈ C, pois B ⊆ C
i.e. A ⊆ C
c) Trivial.
d) ∅ ⊆ A ⇔ x ∈ ∅ ⇒ x ∈ A, mas ∅ não tem elementos, logo não existem tais x para testar a afirmação, e
consequentemente é válida trivialmente.
Outra forma de provar d) é via contra-recı́proco (i.e., (“no p”⇒ “no q”) equivale a “q ⇒ p”)
!x ∈
/A⇒x∈ / ∅ pois ∅ não tem elementos.
Definição 5. Dados conjuntos A e B, dizemos que A (não vazio) é parte própria ou subconjunto próprio de
B no caso em que A ⊆ B e A 6= B.
Em termos de relação de pertinência, isto é expresso como:
• a ∈ A ⇒ a ∈ B, e
• ∃b ∈ B; b ∈
/ A.
P(X) = {∅, {1} , {2} , {3} , {1, 2} , {1, 3} , {2, 3} , {1, 2, 3}} .
Exercı́cio. Prove que o número de elementos do conjunto potência de X, quando X tem n elementos, é
2n1 . Pn Pn
Dica: Aplique a Fórmula binomial (a + b)n = k=0 (nk )ak bn−k com (a = 1 = b) para obter 2n = k=0 (nk ),
onde (nk ) é o número de combinações de k elementos em n elementos, ou seja, o número de formas possı́veis
de escolher k elementos num conjunto de n elementos.
1 Isto justifica que o conjunto das partes de X também seja chamado conjunto potência de X e, denotado 2X .
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3 Operações básicas.
Definição 7. Definiremos três operações básicas entre dois conjuntos A e B:
1. Reunião ou união dos conjuntos A e B: é o conjunto A ∪ B, formado pelos elementos de A mais os
elementos de B.
Em termos da relação de pertinência: x ∈ A ∪ B ⇔ x ∈ A ou x ∈ B.
i.e. A ∪ B = {x| x ∈ A ou x ∈ B}.
Observação: A palavra “ou”, em Matemática, é utilizada quando quer-se afirmar que pelo menos uma
dessas duas alternativas é verdadeira, sem ficar excluı́da a possibilidade de que ambas o sejam.
3. Complementar de A.
Frequentemente tem-se um conjunto E que contém todos os conjuntos que ocorrem numa certa dis-
cussão. Dito conjunto é muitas vezes chamado de “conjunto universo”.
O complemento de A em E, ou simplesmente o complemento de A, é o conjunto que consiste de todos
os elementos de E que não pertencem a A, também chamado diferença2 E menos A (E\A).
Notação: E\A ou Ac (em E) ou, simplesmente, Ac quando o não há dúvidas sobre o universo em
questão.
Em termos da relação de pertinência: x ∈ Ac ⇔ x ∈
/ A, (x ∈ E).
Ou seja,
Ac = {x ∈ E| x ∈
/ A}.
Exemplo 12. Seja o universo E = Z e A = {1, 2}, B = {x ∈ Z|x ≤ 0} então
Ac = {3, 4, 5, · · · } Bc = N Nc = ∅.
2 Dados dois conjuntos A e B quaisquer, a diferença A menos B, denotada A\B ou A − B, é o complementar de A em A ∪ B.
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U2) a ∈ A ∪ A ⇔ a ∈ A ou a ∈ A ⇔ a ∈ A
U3) a ∈ A ∪ B ⇔ a ∈ A ou a ∈ B
⇔ a ∈ B ou a ∈ A ⇔ a ∈ B ∪ A
U4) a ∈ (A ∪ B) ∪ C ⇔ a ∈ A ∪ B ou a ∈ C
⇔ a ∈ A ou a ∈ B ou a ∈ C
⇔ a ∈ A ou a ∈ (B ∪ C)
⇔ a ∈ A ∪ (B ∪ C)
U5) ! A ∪ B = A. Queremos provar que B ⊂ A.
!b ∈ B (Basta provar que b ∈ A) ⇒ b ∈ B ∪ A = A ∪ B = A.
!B ⊂ A. Queremos provar que A ∪ B = A.
Provemos primeiro A ∪ B ⊆ A.
!x ∈ A ∪ B ⇒ x ∈ A ou x
|∈{z B} ⇒ x ∈ A ou x ∈ A ⇒ x ∈ A.
⇒x∈A, poisB⊂A
Provemos, agora, A ⊆ A ∪ B, mas isto é trivial. Assim, A ∪ B ⊆ A e A ⊆ A ∪ B. Logo, da Proposição
1, A ∪ B = A.
0
U6) !x ∈ A ∪ A0 ⇒ x ∈ A} ou x
| {z |∈
0
{zA} ⇒ x ∈ B ou x ∈ B ⇒ x ∈ B ∪ B
0
⇒x∈B ⇒x∈B 0
1o . x ∈ A ⇒ x ∈ A ∪ B e x ∈ A ∪ C ⇒ x ∈ (A ∪ B) ∩ (A ∪ C)
2o . x ∈ B ∩ C ⇒ x ∈ B e x ∈ C ⇒ x ∈ A ∪ B e x ∈ A ∪ C ⇒ x ∈ (A ∪ B) ∩ (A ∪ C).
C3) Ac = E ⇔ A = ∅
C4) (A ∪ B)c = Ac ∩ B c
C5) (A ∩ B)c = Ac ∪ B c
Prova. C1) x ∈ (Ac )c ⇔ x ∈
/ Ac ⇔ x ∈ A
C2) !x ∈ B c ⇒ x ∈ / A, pois B ⊇ A ⇒ x ∈ Ac
/B⇒x∈
/ A ∀x ∈ E ⇔ x ∈ Ac ∀x ∈ E ⇔ Ac = E
C3) A = ∅ ⇔ x ∈
C4) x ∈
/ A∪B ⇔x∈ / B ⇔ x ∈ Ac ∩ B c
/Aex∈
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A ∪ B ∪ C = {1, 2, 3} A ∩ B ∩ C = ∅.
5 Produto Cartesiano
Definição 8 (Produto Cartesiano). Dados os objetos a e b o par ordenado (a, b) fica formado quando se
escolhe um desses objetos (a saber, a) para ser a primeira coordenada do par e o objeto b para ser a segunda
coordenada do par. Os pares ordenados (a,b) e (a’, b’) serão chamados iguais se, e somento se, a = a0 e
b = b0 . O produto cartesiano dos conjuntos A e B é o conjunto A × B cujos elementos são todos os pares
ordenados (a,b) cuja primeira coordenada pertence a A e a segunda a B.
A × B = {(a, b) | a ∈ A, b ∈ B}.
Referências
[1] Cysne, R.P. e Moreira, H. Curso de Matemática para Economistas. Atlas, 2000.
[2] Kitchen, J. Calculus of one variable. Addisson-Wesley, 1968.
[3] Lages Lima, E. Curso de Análise. V1, terceira ed. IMPA, 1989.