Entendendo que o pecado é o estado mau da alma (ou personalidade), entendendo que o pecado se originou na abuso do direito de escolha; entendendo que o pecado te como fundamento o egoísmo humano, que é universal, embora sua condenação é individual; entendendo que o pecado transcende a essência humana, explique: a) A relação do homem pecador com Deus. Deus enxerga a humanidade de duas formas: antes de Adão, e depois de Adão. Antes, criador e criatura desfrutavam de uma comunhão perfeita no paraíso. Mas isso foi perdido. Agora, depois do pecado, o homem não mais pode ver ou estar na presença de Deus. O desespero de Adão quando ouve a voz de Deus é fazer roupas de folhas. O homem caído agora somente tem acesso a Deus através do seu mediador Jesus Cristo. Isso porque cada pessoa por ser um ser moral, e pecador, tem em sua própria consciência o conhecimento do pecado. Esta relação com Deus foi rompida, o homem abusou do seu direito de escolha, o Diabo pecou na eternidade, o homem pecou no cronos, ambos estão em situação de juízo. Resta porém ao homem, perdão por seus pecados através de Cristo. A relação do homem com Deus sempre foi baseado na lei moral de Deus. Agora a relação do homem pecador com Deus é a falta de conformidade com a Lei de Deus. Ou seja, o pecado. Este impede a comunhão. Mas somente em Cristo e somente nEle é que nós temos acesso ao Deus Pai, através de sua morte.
b) Relação do homem pecador com a criação.
Esta relação foi afetada com o abuso do direito de escolha (Gn 3.17- 19). A criação geme com dores de parto, as forças da natureza foram alteradas com a entrada do pecado no mundo, a natureza está produzindo “cardos e espinhos”. Haverá uma restauração futura, novos céus e nova terra. Um dia o homem retornará ao Éden. Antes porém, passará por dificuldades “do suor de seu rosto”.
c) A relação do homem pecador com sua descendência.
Como citei no primeiro tópico, A relação do homem pecador com Deus, Deus vê o homem antes e depois de Adão. Todos depois de Adão, receberam uma herança pecaminosa. Isto é uma doutrina que conhecemos como transmissão ou traducionismo. Adão pecou, teve filhos e filhas, todos nasceram com a capacidade de pecar. Até os filhos de Noé ao saírem da arca, depois de ver o mundo todo perecer (um juízo de Deus contra a maldade), voltaram a pecar. Ora, fica claro que por onde o homem for levará consigo o pecado. Somente Cristo foi concebido sem pecado, ele não pecou, mesmo em semelhança de carne, mas sem pecado. Foi o único que não pecou. Paulo nos informa em Romanos 3.23 que “todos pecaram”, em 5.12 “todos pecaram”.
d) A relação do homem pecador com a eternidade.
O homem pecador pode obter duas condições na eternidade: a vida eterna com Deus; ou a morte eterna, sem Deus. A morte eterna seria a ausência de Deus em um estado de sofrimento ou punição eterna. O homem pecador, não terá uma eternidade de Paz, e sim de tormento, ao passo que aqueles que lavaram suas vestiduras no sangue do Cordeiro que tira o pecado do mundo, passarão para a condição de bem-aventurança eterna. Há muitas especulações quanto a eternidade. Basicamente, haverá uma separação, as ovelhas dos bodes. Haverá eternamente um lugar de desprezo eterno aos que não reconheceram sus pecados. Mas, o pecador redimido, este sim, passará para a eternidade com um novo corpo, um novo estado. Pois a corrupção não pode herdar a incorrupção, porque a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus.