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23/03/2019 História da Nova Ordem Mundial

GLOBALIZAÇÃO

História da “Nova Ordem Mundial”

Por Pierre Hillard

Apresentamos a história de uma corrente ideológica e das poderosas pessoas que estão por detrás
de tudo isto. O seu objectivo não é impedir as guerras mas sim estender o seu poderio financeiro e
comercial no mundo inteiro. Os seus pensamentos reivindicam o projecto de uma «Nova Ordem
Mundial» que deve edificar-se sobre as ruinas dos Estados.

Com a ratificação do Tratado de Lisboa pelos 27 países europeus a 19 de Novembro de 2009 e a


eleição de Herman van Rompuy a presidência do Conselho Europeu, assim como a decisão de
eleger Catherine Ashton como Alta Representante da União Europeia para as Relações Exteriores e
a Política de Segurança, a União Europeia (UE) marcou um giro decisivo nas suas ambições
mundiais. Desta maneira o bloco comunitário de Estados europeus, isto quer dizer que a União
Europeia, vai-se dotando, pouco a pouco, de um novo rosto político e dá-se-lhe um «número de
telefone» para retomar a expressão de Henry Kissinger.

É verdade, há novos arranjos — assim como certos aperfeiçoamentos— indispensáveis afim de


assentar definitivamente esta união regional. Em efeito, as rivalidades continuam e perduram entre
o presidente do Conselho Europeu, o presidente da Comissão Europeia e a presidência de turnos
de seis meses que vai girando entre um país membro e outro país membro. Esta situação irrita a
administração Obama. Sem embargos, a EU adopta uma personalidade jurídica e uma completa
primazia de direito europeu sobre o direito nacional (nomeadamente o direito nacional de um país
membro passa a segundo plano, por isso a Suíça e outros Estados europeus não são membros (…)
a UE converteu-se em um poder supranacional), a união europeia pode pretender desta maneira
(será um modelo de sucesso?) converter-se em um actor em uma cena internacional.

Seria falso afirmar que esta nova vocação da UE terá uma completa independência em relação ao
resto do mundo. Desta feita, as elites europeístas apoiadas pela oligarquia financeira [mundial]
avançam unidas e em comunhão de espírito e alma com as outras uniões regionais em curso e em
formação neste planeta.

De facto, a União europeia é um componente a mais no vasto programa que conduz pouco a pouco
a Humanidade ao surgimento de blocos continentais [ou regionais] dotados de uma moeda, de
uma cidadania, de um parlamento único, etc. (…), e este conjunto de blocos está obrigado a
constituir um governo — ou regência— mundial.

Nós podemos revelar a situação das seguintes uniões regionais em formação ou já concretizadas:

– A Comunidade Económica Euroasiática (CEEA ou Eurasec por Eurasian Economic Community):


criada em Outubro de 2000 e reunindo vários países do antigo bloco soviético (Rússia,
Cazaquistão, Bielorrússia…), tenta atingir o objectivo de criar uma união aduaneira a partir de
2010 com a ideia de ter uma moeda comum neste conjunto territorial, moeda que poderia ser
chamada «evraz» ou «euras» ou talvez «eurasia» (o nome exacto desta moeda todavia não foi
decidido e pode até mesmo vir a ser alterado por outro nome não fornecido ainda.).

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23/03/2019 História da Nova Ordem Mundial

– A União de Nações Sul-americanas (UNASUR): união criada em Maio de 2008, este bloco prevê
passar de uma lógica sub-regional a uma identidade regional mediante a fusão em uma só
organização, nomeadamente unindo o Mercosul e o Pacto Andino, reunindo todos o Estados do
continente sul-americano (a excepção da Guiana francesa, das ilhas britânicas Sandwich e
Malvinas). O ideal é criar um parlamento e moeda única e uma cidadania [ou nacionalidade]
comum. A UNASUR mantem laços privilegiados com o modelo europeu devido a uma assembleia
parlamentaria Euro-Latino-americana chamada EUROLAT.

– O Sistema de Integração Centro-americano (SICA): criado em Dezembro de 1991, este grupo de


países centro americanos persegue os mesmos objectivos dos citados anteriormente
[nomeadamente os da América do Sul], particularmente procura a criação de uma moeda única e
comum neste bloco, especialmente depois da cimeira realizada em San Pedro do Sul (Honduras)
em Dezembro de 2008.

– O lançamento da Organização da Unidade Africana (OUA) em 1963 permitiu passar para uma
situação mais dinâmica, e a partir dos anos 1999-2000, com a criação da União Africana (a UA na
cidade de Durban, África do Sul em Julho de 2002) e da «Nova Associação para o desenvolvimento
de África» (NEPAD). Os objectivos traçados (comissão regional, parlamento pan-africano, corte
africana de direitos humanos, etc.) estão modelados sobre o modelo europeu.

– O Conselho de Cooperação do Golfo (Golf Cooperation Council, GCC): criado em 1981, tem
como objectivo de atingir uma união mais solida e estreita entre os países do Golfo (Bahrein,
Kuwait, Omã, Qatar, Arabia Saudita e Emiratos Árabes Unidos). Procura também conseguir uma
moeda comum que se prevê que faça a sua aparição nos anos 2010-2011. O nome que esta moeda
receberá — como tem sido afirmado por algumas personalidades — é o «Khaleeji».Porém, apesar
que a ideia de adoptar-se uma moeda comum tem sido validada, o seu nome não foi confirmado
oficialmente por agora.

– Uma União Asiática também está a tomar forma pouco a pouco sob a liderança de 3 actores
principais: o Japão (CEAT, Council on East Asian Community), a China (NEAT, the Network of
East Asian Think Tank) e a Coreia do Sul (EAF, the East Asia Forum). Desde do 1 de Janeiro de
2010, a China e a ASEAN (siglas em inglês para designar a «Associação de Nações do Sudeste
Asiático) criaram o maior espaço geográfico de câmbio de libras do mundo, ao qual se associaram
a Coreia, Japão, Austrália e a Nova Zelândia. Este espaço deve permitir «acelerar este processo de
regionalização» como disse com grande gosto o senhor Xu Ningning, Secretario Geral do Conselho
Económico China-ASEAN.

– Prosperity Partnership Of North America. Uma ideia de uma união Norte-Americana foi lançada
em Março de 2005 no Texas (Waco) entre os presidentes de Estados Unidos, do Canadá e México
sob a PSP (Prosperity Partnership Of North America), nomeadamente, Associação para a
Prosperidade e Segurança da América do Norte. O objectivo procurado é o de alcançar
teoricamente o curso do ano 2010, o estabelecimento de um perímetro político, económico e militar
unificado entre os três Estados.

Uma nova unidade monetária chamada «amero» o «dólar norte-americano» (a designação desta
nova moeda todavia não foi confirmada) e deverá substituir o dólar americano e canadiano como o
peso mexicano. Esta mutação passa pelo colapso do dólar americano actual e terá então uma
repercussão em todo o sistema financeiro e monetário mundial. Esta crise sistemática global
(política, financeira, monetária e geopolítica) deve agravar-se na primeira metade do ano 2010 para
que possa favorecer a chegada e implantação desta Nova Ordem Mundial, tanto desejada pelos
poderosos senhores do sistema oligárquico.

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Finalmente, está previsto teoricamente para 2015 a instauração de um bloco Euro-atlântico


unificado politicamente, economicamente e militarmente.

Nesse sentido podemos assinalar que o Parlamento Europeu adoptou uma resolução no dia 26 de
Março de 2009, tratando da «situação das relações transatlânticas, que ocorreram depois de ter
finalizado as últimas eleições presidenciais nos Estados Unidos (com a vitoria de Barack Obama)».
Esta resolução tem o mérito e a força de recordar todos os acordos políticos, económicos e militares
concluídos por ambas partes situadas em cada extremo do Oceano Atlântico, nomeadamente, por
um lado os EEUU e por outro lado a Europa (ou melhor, a União Europeia).

Para que esta lista de dados que menciono possa estar completa tenho que evocar um
acontecimento, um feito muito importante que ocorreu durante a Cimeira de Chefes de Governo
na cidade de Aquila, em Itália (8-10 de Julho de 2009), cimeira onde os presidentes falaram de
diversos temas muito importantes (crise económica, clima, etc.) e que a maior parte da imprensa
comercial foi silenciada deliberadamente, para a impedir de informar a opinião pública mundial.

Durante una entrevista com os periodistas, o presidente russo Medvedev, apresentou e


demonstrou um protótipo de moeda global, era uma moeda fabricada na Bélgica e na qual estava
gravada uma frase em inglês que dizia: «Unidade na Diversidade». Esta apresentação do
presidente russo constitui uma prova que uma mudança maior está em curso na gestão nos
círculos secretos do poder. Pela primeira vez, um presidente apresentava um exemplar de uma
moeda capaz de poder ser a referência monetária única de toda a humanidade.

O gesto do presidente russo veio sustentar as palavras de Herman van Rompuy, que durante o seu
discurso de agradecimento, depois de ter sido nomeado Presidente do Conselho da União
Europeia, eu não duvido por um momento para dizer uma frase cheia de insinuações: «2009 é
também o primeiro ano de uma governação mundial com a instauração do G-20 em plena crise
financeira».

Esta afirmação, — vem da parte de um partidário da governação mundial— deve nos levar a
reflectir e formular a seguinte pergunta: Como chegamos a esta situação? De facto, a descrição
destas diversas uniões regionais, algumas em formação, outras já concretizadas, sob uma única
autoridade — com a implosão interna do Estado (governo) que o compõem — não é o fruto de
uma casualidade. De facto, esta mutação resulta de um largo trabalho, e esforço por parte das
oligarquias financeiras e grupos elitistas políticos que trabalharam por muito tempo e tendiam
pelo intermediário de think-tanks e outras fundações para chegar onde estamos.

A oligarquia anglo-saxona e os seus príncipes

O público francês é desagradavelmente ignorante e não conhece quem são os verdadeiros actores
[mestres] da política mundial (o autor sendo francês se dirige ao público do seu país, nota da
redacção). Estes actores da política mundial não mostram os seus rostos, preferem o anonimato ou
geralmente movem-se entre os bastidores, exercendo os seus talentos fora das telas da televisão,
fora de formações ou partidos políticos, mas impõem suas decisões e interesses.

Para poder compreender melhor a desastrosa situação em que se encontram os defensores da


causa nacional (do Estado-Nacional em cada país) neste começo do século XXI, basta recordar os
principais rasgos e o papel eminentemente importante que foi jogado e joga a poderosa elite
financeira e aristocrática anglo-saxona. Esta sempre constituiu um Estado dentro do Estado.

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Podemos situar no tempo o momento em que estas elites (barões, príncipes e outros nobres) se
aproveitaram para tomar influência e poder. Isto ocorreu durante a instauração da «Grande Carta»
a 15 de Junho de 1215. Depois da derrota do Rei Juan I de Inglaterra, mais conhecido como Juan
sem Terra, a 27 de Julho de 1214, na batalha de Bouvines, frente ao Rei Felipe II de França,
chamado também Augusto.

Nessas circunstâncias, os barões ingleses se aproveitaram para reivindicar privilégios políticos e


financeiros. Avante, a monarquia britânica, a Coroa inglesa estará obrigada a compor e colaborar
com uma casta social que usa a força, o poder financeiro e ambições comerciais. Foi nessa época
que nasceu uma elite ávida, reivindicativa e orgulhosa. Foi ela mesma que deu origem a existência
destes grupos de pressão, mais conhecidos como lobbies (lobbying) e por diversas vias,
nomeadamente pela finança, espionagem ou controle da média, colocou uma enorme pressão
sobre o poder político.

Este último, nomeadamente o poder político [os políticos mais precisamente], é dependente do
apoio e sobre todo o dinheiro contante e sonante para poder manter-se no poder – por isso está
obrigado a ter em conta os interesses e conselhos que emanam desta casta

Os think-tanks, fundações, grupos elitistas são os herdeiros e descendentes de um estado de


espírito elitista e mercantil, de um modo de vida selectivo exclusivo. Estas facções tornaram-se
centros exclusivos e os imperativos de uma minoria activa que as condições do mundo anglo-saxão
e, gradualmente, todo o universo.

Contrariamente ao conceito político francês que somente qualquer actividade ou interesse privado
para favorecer primeiramente o interesse do Estado nacional, prioritário em esse sentido,
nomeadamente, o interesse comum do povo, estas organizações político-comerciais não dependem
de nenhuma autoridade nacional. Desde o início, estes grupos elitistas exerceram os seus talentos
para cimentar os seus interesses da casta. Desde da Idade Media, companhias como a London
Staplers, a London Mercers Company, o incluso da British East India Company (a BEIC do século
XVII) tem sido as pontas da lança do imperialismo britânico.

Deve notar-se também que esta aristocracia comercial conseguiu passar o relevo aos seus herdeiros
e descendentes, levando sempre a tocha da conquista e do controlo das riquezas, de geração em
geração. «Sempre mais» para tomar una expressão dita por François de Closets (periodista e
realizador francês).

A derrota francesa na América do Norte conduziu a assinatura do Tratado de 10 de Fevereiro de


1763, este pode ser considerado como o acto do nascimento e a ascensão em potência da oligarquia
britânica. De facto, a perdida da Nova França (territórios do actual Canadá e EUA) outorga a Coroa
Britânica um continente inteiro pleno de riquezas, de fabulosas matérias-primas e praticamente
despovoado. A incapacidade da monarquia francesa para povoar estes vastos territórios e integra-
los na esfera da civilização greco-romana, inclina a balança, nomeadamente todo este espaço
geográfico passa sob a influência do mundo anglo-saxão. Incutiu uma crença messiânica,
conquistando elites anglo-americanas, em contacto com os seus homólogos britânicos e estavam
prontos e determinados a impor o seu modelo para o mundo.

Depois das guerras da Revolução [francesa] e a derrota de Napoleão I no ano 1815, o poderio
anglo-saxão não tem rival nos mares. Potência demográfica, a liquidação de vastos territórios na
América do Norte, na África austral, na Austrália e Nova Zelândia ajuda a implantar colonias e
controlar pontos estratégicos em diversas partes do mundo (Gibraltar, Hong Kong, …),
controlando assim territórios em vários continentes, implementação de tecnologia de ponta e um
sector bancário com bom rendimento permitem a estas aristocracias comerciais de Londres e de
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Nova York de começar a sonhar em um controlo do mundo, sob os auspícios da Cidade [centro de
negócios de Londres] e de Wall Street [bolsa de New York]. Um homem encarnou de maneira
emblemática este ideal: O senhor Cecil Rhodes.

Cecil Rhodes (1853-1902)

Cecil Rhodes foi um grande defensor do Imperio Britânico, emigra para a África austral onde a sua
personalidade e suas qualidades intelectuais excepcionais permitem-lhe fazer uma fortuna no
sector dos diamantes. Foi graças a ele que surgiu e se desenvolveu a indústria de diamantes
mediante a criação do grupo De Beers, com o apoio de Nathaniel Mayer Rothschild (1840-1915). A
Sua fortuna colossal abre-lhe as portas para a colonia britânica.

Cecil Rhodes prepara o terreno para que o Estado Sul-africano (domínio do Imperio Britânico)
tome forma e possa nascer como país, feito que se concretizará ano depois da sua morte em 1910.

A sua influência financeira e política permite-lhe controlar vastos territórios aos quais lhes dá o seu
nome: Rhodesia. Territórios divididos mais tarde na Rhodesia do Norte e Rhodesia do SuL, estes
países são hoje em dia as actuais repúblicas da Zâmbia e Zimbabué.

Trabalha febrilmente para realizar um projecto colonial, a sua ideia é a de construir uma imensa
linha de caminhos-de-ferro que parta da Cidade do Cabo até Cairo (Egipto). Em sua visão de
preservar e defender o Império Britânico, os canais de comunicação desempenharam um papel
importante na exploração de riquezas variadas. O desenvolvimento das vias de comunicação (sob
todas as suas formas) é a chave para o bom funcionamento do Imperio. Esta disposição é, neste
começo do século XXI de grande actualidade. As vias de comunicação constituem as artérias
irrigando o império comercial e político.

Além do bom funcionamento do Imperio Britânico, um ideal superior não concretizado mortifica
enormemente Cecil Rhodes. De facto, convencido da superioridade da «raça» anglo-saxónica, Cecil
Rhodes concebe uma [estratégia] política a fim de conservar esta supremacia: a união de todos os
países anglo-saxões ou, mais exactamente, a instauração de um bloco reunindo e Imperio Britânico
e os Estados Unidos da América.

Este conjunto deve converter-se, segundo Cecil Rhodes, na base, da fundação que permitirá o
nascimento de um Estado Mundial de princípios e da filosofia da aristocracia comercial anglo-
saxónica.

A fim de alcançar este objectivo, ele considera necessário recrutar personalidades destacadas e com
educação universitária superior, que incitadas pelo mesmo ideal, seriam apoiadas [por Cecil
Rhodes] para ocupar postos chave em diversos sectores, nomeadamente na economia, nas finanças,
no exército, na educação, na inteligência ligada a espionagem e mesmo no jornalismo e na média.

Assim, assemelhando-se a um exercito, estas diferentes pessoas, como se se tratassem de jesuítas


predicadores da globalização, convergindo um mesmo objectivo, a fim de formar e forjar os
espíritos e mentes de outros em seus respectivos países, desenvolvendo as estruturas político-
económicas que conduzem ao nascimento de um Estado Mundial do Comércio.

Na sua mente, para concretizar esta ambição titânica e que exige muito esforço, o magnata pensa
que é indispensável criar «bolsas de estudo Cecil Rhodes» (Rhodes Scholarships em inglês). Cecil
Rhodes não teve a sorte de ver concretizar-se o seu ideal ainda vivo. Foi apenas no ano de 1904 que
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os seus mais íntimos colaboradores lançam as primeiras bolsas de estudo na Universidade de


Oxford. O sociólogo francês Auguste Comte dizia com ironia que «os mortos governam os vivos».
Esta frase pode aplicar-se a Cecil Rhodes.

Os seus conceitos moldaram o mundo do século XX e começos do século XXI.

Sem necessidade de dizer o nome de todos, podemos citar alguns beneficiários [ganhadores] destas
bolsas de estudo Cecil Rhodes: por exemplo o Primeiro-ministro australiano Bob Hawke
(1981/1993); James Woolsey, director da CIA (1993/1995); Wesley Clarke, patrão comandante
militar da OTAN (Aliança Atlântica) durante a década de 1990 e principal responsável da
destruição da Jugoslávia em Março de 1999; o presidente americano Bill Clinton (promoção 1968) e
mesmo James William Fullbright (senador do Arkansas, EEUU, grande figura da política
americana).

A política de Cecil Rhodes não conseguiu alcançar as dimensões que conhecemos sem o apoio dos
seus parceiros próximos e íntimos. Aqui também podemos citar a lista longa e consistente de
nomes listados na leitura [carta] do establishment anglo-americano criada por Carroll Quigley. Os
homens que rodeavam Cecil Rhodes caracterizavam-se por algo muito peculiar: eles ocupavam os
postos chaves nos diferentes sectores da sociedade britânica na segunda metade do século XIX.
Eles estavam determinados a prevenir o mundo implacavelmente. Nesta larga lista, que irá reter
três caracteres:

Uma das figuras mais representativas e emblemáticas do pensamento de Cecil Rhodes depois da
sua morte, considerado também como o seu sucessor e filho espiritual, foi Alfred Milner (1854-
1925, chamado também Lord Milner). Entre as suas numerosas actividades, podemos citar como
exemplo que foi director do London Joint Stock Bank, chefe do gabinete de guerra do Primeiro-
ministro inglês Lloyd George quando começa a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Durante este conflito bélico, um acontecimento determinante para as gerações futuras ocorreu em
Novembro de 1917. De facto, nessa altura aparece a «Declaración Balfour» (o nome de um homem
político inglês chamado Arthur James Balfour), quem afirmava sob os auspícios do governo
britânico a necessidade de criar uma pátria judaica na Palestina e o seu reconhecimento.

Este reconhecimento foi rapidamente formalizado numa carta para a atenção de Walther
Rothschild, que foi o intermediário do movimento sionista na Grã-Bretanha. Na realidade, o
verdadeiro redactor desta declaração foi Alfred Milner. Como explicou posteriormente Carroll
Quigley, a «Declaración Balfour» devia chamar-se «Declaración Milner».

Philipp Kerr (1882-1940, mais tarde lord Lothian) foi o secretário privado de Lloyd George. Deve-se
notar que Philipp Kerr era a correia de transmissão nos intercâmbios políticos a volta do Primeiro-
ministro inglês e era nesse sentido, o verdadeiro pivô por onde passavam os contactos e decisões
do conjunto do «grupo Milner». Posteriormente Philipp Kerr foi nomeado embaixador do Reino
Unido em Washington.

Finalmente, podemos evocar o papel jogado por Lionel Curtis (1872-1955). A parte da sua
participação nos trabalhos do Tratado de Versalhes, ele foi o autor [inventor] da expressão
«Commonwealth of Nations» cuja aplicação data de 1948. Como foi revelado por Carroll Quigley,
esta expressão foi encontrada durante os trabalhos e reuniões e cujo objectivo era encontrar a frase
adequada para preparar o Imperio Britânico as mutações políticas que conduziam a uma
reorganização mundial. Estas sessões de trabalho conduzindo a uma Commonwealth remontam ao

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ano de 1916. Recordemos igualmente para finalizar, que Lionel Curtis desempenhou um papel
fundamental em 1919, quando fundou o think-tank inglês, Royal Institute of International Affairs
(RIIA também conhecido como Chatham House).

Para compreender como funciona a mecânica da mundialização [globalização] e como ela se está
implantando pouco a pouco no mundo é necessário estuda-la como se fosse um enorme puzzle.
Você tem que analisar cada peça desse quebra-cabeças e para construí-lo tem que ter uma visão
definitiva do que ela representa. Por tal razão, para passar a outra escala deste sistema, nós
recordamos o leitor que deve guardar o espírito desses diferentes elementos e factores que
permitem que você, finalmente, possa ver toda a imagem deste conjunto. Só assim é que podemos
entender este “monstro”.

A Sociedade Fabiana (Fabian society)

A Sociedade Fabiana é um instituto que floresceu pela primeira vez em Londres no ano de 1884
sob a impulsão do político inglês Sydney Webb (1859-1947) e da sua esposa Beatrice Webb,
podemos incluir também o escritor irlandês George Bernard Shaw (1856-1950). A vanguarda desta
sociedade consolidou-se sob a influência de um promotor [divulgador activista] do socialismo
chamado Robert Owen (1771-1858), que por sua vez transmitiu as suas ideias e ensinanças a John
Ruskin (1819-1900), professor universitário de Oxford e terminou influenciando finalmente Cecil
Rhodes. Outras personalidades impregnadas do ideal socialista cristão como Frederik Derrison
Maurice (1805-1872) prepararam o terreno durante o século XIX para que a fundação da Sociedade
Fabiana acumule uma realidade. O nome de «Fabiana» (Fabian em inglês) foi tomado por
referência ao nome de um general romano da época das Guerras Púnicas chamado Quinto Fabio
Máximo (fazia 200 anos antes de Jesus cristo), conhecido também como Fabius Cunctator (o
«Temporizador» nomeadamente que atrasa).

Lutando contra o general cartaginês Aníbal, o militar romano praticava uma estratégia de
guerrilha que consistia em não acelerar as coisas (os ataques) a fim de esperar o desgaste do
inimigo e chegar assim ao seu objectivo (vitoria), poderíamos nomeadamente conseguir-lho a
«fogo lento».

É este método, é de um câmbio gradual, suave mas implacável que o caracteriza como marca de
fábrica da Sociedade Fabiana. Ela defende o princípio de uma sociedade sem classes, que deve
conduzir a síntese do socialismo (Estado beneficiário) e do capitalismo (leis do mercado), fusão que
deve conduzir a implantação de uma economia monopolística no marco de um Governo Estatal
Globalizado. E para que se concretizem as ambições da Sociedade Fabiana, os seus dirigentes
estimam que é necessário ir lentamente, passo a passo, ou pela expressão de “graduação”. A
influência desta sociedade é imensa, porque muitos políticos britânicos foram membros da
Sociedade Fabiana.

Porém, a sua influência teve mais repercussões e o seu pensamento alcançou maior auge quando a
Sociedade Fabiana se viu envolvida na criação da London School of Economics (LES) em 1895
graças ao trabalho pioneiro de Sydney Webb. Esta prestigiosa escola superior de ensino económico
que diversificou as suas disciplinas com o passar do tempo, formou num espírito fabiano, várias
gerações de dirigentes ingleses mas também numerosos estudantes do mundo inteiro. Estes
últimos, em grande parte, chegaram a ser importantes dirigentes na vida política ou económica do
seu país de origem.

Como exemplo podemos citar o ex-presidente da Comissão Europeia, o italiano Romano Prodi; o
antigo presidente John Kennedy; a rainha da Dinamarca Margarita II; Pierre Trudeau (Primeiro
Ministro canadiano); o especialista em fazer lobby, membro de numerosos think-tanks, refiro-me a
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Richard Perle (conhecido também sob o pseudónimo de «príncipe da escuridão»); o financeiro


Georges Soros (fundador dos institutos Open Society repartidos pelo mundo inteiro); o antigo
conselheiro do falecido presidente francês François Mi errand, nomeadamente o Sr. Erik Orsenna
e podemos incluir o vocalista dos Rolling stones, Mike Jagger (que entrou apenas há um ano
atrás!), toda esta gente tem-se sentado nas salas desta escola. A London School of Economics graças
a acção da Sociedade Fabiana que tem contribuído a formatar o espírito de numerosas
personalidades por todo o mundo. Mas a influência desta sociedade tem evoluído e isto graças ao
trabalho de um dos seus membros, o escritor Herbert George Wells (1866-1946).

Impregnado o ideal fabiano, H.G. Wells foi capaz de desenvolver o seu ponto de vista em muitos
livros que escreveu. Autor de best-seller como O homem invisível, A máquina do tempo, A guerra
dos mundos, este escritor inglês foi capaz de encontrar a maneira de propagar as suas convicções
em uma obra publicada em 1928: A conspiração aberta (Open conspiracy em inglês), obra que
defende a chegada de um estado (governo) mundial sem classes, capaz de controlar tudo «uma
nova comunidade humana» segundo a própria expressão de H.G. Wells).

Uma asa desta política [desta ideologia] procura um método para reduzir drasticamente a
população global e o uso de Eugeniana. De facto, desde o início, H.G Wells apresentou as suas
teorias em uma obra pouco conhecida e cujo título era: A Destruição libertadora (The World Set
Free em inglês), corresponde exactamente a expressão [da logica] maçónica Ordo ab Chao. Este
livro apareceu em 1914. Esta obra conta a história de uma guerra generalizada que vai conduzir [a
humanidade] a criação de um Estado (governo) Mundial constituído em dez blocos «10
eleitorados» segundo a frase do mesmo autor). É neste livro — recordamos novamente que foi
publicado em 1914— que encontramos pela primeira vez a expressão «Nova Ordem Mundial».
Muito mais tarde, em 1940, H.G. Wells repete as suas ideias, desta vez não deixa dúvidas aos que
duvidam, e publica um livro cujo título era: A Nova Ordem Mundial.

Todos estes membros e representantes fabianos frequentavam e colaboravam estreitamente com a


equipa de Cecil Rhodes e com Lord Milner. Assim foi-se formando um verdadeiro clã, uma
entidade, com um espírito e objectivo em comum: a concretização de um Estado (governo)
mundial, era isto que motivava estas diversas pessoas. Estas elites anglo-saxónicas, que são os
sucessores históricos e legítimos [assim como os continuadores] das aristocracias comerciais da
Idade Media, tem continuado a concentrar as suas forças dentro de vários clubes [e institutos]
como o Pilgrim Society fundado em 1902 em Londres e em New York. Mas o pensamento deste
movimento vai conhecer uma aceleração em 1910 com a criação da “Round Table”.

A “Round Table”e os seus «filhos»

A Round Table, é a herdeira de um passado multisecular de tradições místicas, financeiras e


elitistas, e marca uma etapa decisiva nos preparativos que levam a um Estado (governo) mundial.
De facto, sob os auspícios de Lord Milner e os seus seguidores, este instituto de alta gama foi
criado em estreita colaboração e comunicação com as elites financeiras americanas a fim de
assentar a predominância do mundo anglo-saxão e procurar assim o aventamento do Estado
(governo) mundial. Outras Round Tables foram criadas em todas as colonias do Imperio Britânico
e mesmo nos Estados Unidos. Querendo partilhar as ambições de Cecil Rhodes, financeiros de
renome começaram a integrar-se na equipa de Lord Milner, como por exemplo Alfred Beit (1853-
1906), Sir Abe Bailey (1864-1940) e a família Astor. Outros grupos vieram juntar-se a estes
iniciadores do mundialismo da Round Table, financeiros tais como J.P Morgan, o banco Lazard e
mesmo as familias Rockefeller e Whitney.

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Antes de continuar o estudo das «bondosas obras de caridade» da Round Table, é indispensável de
precisar do seguinte: estas conhecidas famílias da mundialização (ou globalização), apesar de
partilhar um ideal comum, não puderam evitar de lutar entre eles mesmos e pelos próprios
desacordos internos. Podemos constatar das causas: a primeira é tão velha como o mundo, chama-
se rivalidade. As rivalidades são por causa das ambições e das pessoas ambiciosas que procuram
cada vez mais poder, mais influências e mais riquezas, a fim de ocupar os melhores postos de
poder, desafortunadamente a historia desta aristocracia comercial está cheia destes factos. Este
fenómeno é tão velho como a mesma história do Homem.

De facto, sob a enganosa aparência para desfrutar de uma unidade monolítica, escondeu-se as duas
correntes rivais de pensamento. Ambas correntes, apesar de tudo, perseguiam [e perseguem] o
mesmo objectivo: a instauração de um Estado (governo) mundial. Porém, a primeira versão
defende a óptica da constituição de um bloco anglo-saxónico unificado (Imperio Britânico
associado aos Estados Unidos), nesta base, esta tomada anglo-americana seria para eles a coluna
vertebral permitindo ao resto do mundo de agregar-se, e associar-se.

A segunda corrente tem uma visão diferente. Estima que não é necessário privilegiar o nascimento
de um Imperio anglo-saxão de onde os países fiquem anexados. Ao invés defende o aventamento
de um mundo onde nenhum país tenha a capacidade de impor a sua lei ou filosofia política. Os
partidários desta segunda via tratam de criar uma espécie de «caldo de cultivo» generalizado
unificador da humanidade inteira em um só bloco sem nenhuma distinção. Estamos frente a um
diferendo de visões entre os partidários de um mundialismo [globalização] anglo-saxónico e os
partidários de um mundialismo [globalização] no planeta todo.

Durante a Primeira Guerra Mundial o tempo passou como se se tratasse de um baloiço, passando
de um mundo a outro mundo. Se é difícil de citar em detalhe os importantes papéis que
desempenharam as elites anglo-americanas durante este conflito mundial, podemos afirmar sem
equívocos a relevante missão cumprida pelo sueco Olof Aschberg (1877-1960) sendo a cabeça do
seu banco Nya Banken de Estocolmo. Ele foi o grande financeiro servindo de intermediário entre
as elites de Wall Street (New York) e da Cidade (Londres) de um lado e os dirigentes bolcheviques
do outro lado.

Seu apelido era «banqueiro da Revolução Mundial». Como nos recorda [o investigador] Antony
Su on, o banco de Olof Aschberg tinha uma filial em Londres — o Bank of North Commerce —,
cujo presidente era o Sr. Earl Grey, um importante membro da equipa de Cecil Rhodes e de Lord
Milner.

Este último [Lord Milner] desempenhou um papel fundamental dentro da oligarquia anglo-
saxónica. Foi o mesmo Lord Milner que soube convencer o Primeiro-ministro inglês Lloyd George
a apoiar incondicionalmente a revolução bolchevique [de Lenine].

Estes feitos históricos ocorridos são importantes para a evolução do mundo e concretizaram-se
depois da visita a Londres, em finais de 1917, de William Boyce Thompson (1869-1930),
acompanhado de um representante do banco JP Morgan, Thomas W. Lamont (1870-1948). Esta
pessoa, membro do directório executivo do Banco Federal US (EEUU), nomeadamente da Fed
[Reserva Federal], W.B Thompson era ao mesmo tempo um agente ao serviço da oligarquia dentro
dessa Cruz Vermelha Americana na cidade de Petrogrado [agora St. Petersburgo] em 1917.

Sob esta cobertura, William Boyce Thompson pode entrar em contacto com os revolucionários
russos bolcheviques e entregar-lhes o montante de um milhão de dólares [enorme montante de
dinheiro para essa época]. Na sua viagem de regresso a New York, fez uma escala em Londres para

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23/03/2019 História da Nova Ordem Mundial

emitir um memorando a Lloyd George recordando-lhe de seguir apoiando a revolução [russa]


bolchevique. Lord Milner, grande admirador de Karl Marx, apoiou William Boyce Thompson nas
suas negociações a fim de convencer mais a Lloyd George em esse sentido.

A revolução bolchevique não haveria visto o amanhecer sem o apoio determinante da oligarquia
comercial anglo-americana.

Após a conclusão da Primeira Guerra Mundial, as potencias comerciais anglo-saxónicas — que


saíram vitoriosas desta conflagração mundial— encontravam-se em boas condições, enquanto a
França saia da guerra demograficamente e financeiramente arruinada. O Tratado de Versalhes não
garantiu a seguridade da França frente a uma Alemanha sem armas e dependente em grande parte
dos empréstimos [bancários] anglo-saxões acordados na sua economia.

A França encontrou-se paralisada e impotente frente aos ricos tesoureiros anglo-saxões e a sua
situação agravou-se mais quando estes financeiros preferiram acordar os seus empréstimos —
mediante os planos de inversão de Dawes (1924) e Young (1928) — que colocava a economia alemã
sob a tutela dos bancos londrinos e nova-iorquino, e que foram determinantes para o
refortalecimento do poderio industrial germânico y nazi.

De facto, gigantescos complexos industriais de cera e químicos (IG Farben und Vereinigte
Stahlwerke), indispensáveis para fazer guerra, nasceram na Alemanha na década de 1920-1930. A
derrota francesa frente a Alemanha em 1940, nomeadamente no início da Segunda Guerra
Mundial, encontra as suas causas em parte na acção e comportamento financeiro-comercial dos
anglo-saxões a favor da recuperação económica e técnica da Alemanha nazi (sobretudo nos
sectores da cera, do combustível sintético e da borracha).

Paralelamente a esta política, as elites anglo-americanas decidiram de preparar desde os anos 1918-
1919 umas mutações na Round Table. De facto, para conseguir uma maior eficácia, decidiu criar
um think-tanks na costa do [oceano] Atlântico [nomeadamente um nos EUA e outro na Inglaterra]
cuja missão consistia em converter-se nos motores [propagandísticos] da política estrangeira destes
dois países. Do lado inglês foi a criado em 1919, sob o patrocínio de Lionel Curtis — um
colaborador de Lord Milner— do Royal Institute of International Affairs (RIIA, conhecido também
como Chatham House).

Era o mesmo Lionel Curtis que promovia uma Commonwealth federativa capaz de integrar pouco
a pouco os diferentes países do mundo. Estes objectivos eram defendidos e apoiados nos EUA por
Clarence Streit (1896-1986), um periodista do [diário] New York Times acreditado ante Sociedade
de Nações (e ganhador também de uma bolsa de estudos Cecil Rhodes, em 1920), e do outro lado,
o representante americano do «grupo Milner», o Sr. Frank Aydelo e.

Do lado americano foi a criação do Council on Foreign Relations (CFR) em 1921 sob o patrocínio de
uma personagem que desempenhou uma posição central, o coronel Edward Mandell House (1854-
1938). Conselheiro íntimo do presidente [americano] Wilson, este coronel foi o pivô entre o grupo
Milner e os «poderosos» de Wall Street (JP Morgan, Vanderlip, Rockefeller, Warburg, …). Nesta
lista incompleta, nós podemos citar um nome importante, Paul Warburg, que era a “cabeça” da
Reserva Federal US (a Fed) desde a sua criação em 1913.

Este banco oligárquico privado, independente e afastado do poder central governamental


[nomeadamente o governo dos EUA não tem controlo sobre as suas actividades] é responsável
pela emissão monetária nacional — do dólar americano—, é nomeadamente uma entidade privada

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que se comporta como um Estado dentro do Estado. Foi o mesmo Paul Warburg quem dirigiu o
CFR desde a sua fundação. Estamos ante um caso, ante um complicado entrelaçado de
responsabilidades de primeira magnitude entre o seio da oligarquia anglo-saxónica.

Falaremos mais de Sr. Paul Warburg quando abordarmos o capítulo dedicado a Pan-Europa.

A síntese de toda a tarefa realizada pelo coronel House, por assim dizer, quando este publicou o
seu livro — uma obra-mestra na mística mundial [ou global] —, livro que tem como título: Philip
Dru, administrador escrito em 1912. Esta novela evoca um Golpe de Estado conduzido por um
oficial [militar de carreira americano] da academia castrense de West Point (nomeadamente o
mesmo Philip Dru) que quer instaurar uma ditadura nos Estados Unidos da América e suprimir a
constituição do país.

De maneira semelhante a de Lord Milner, o coronel House não duvida em evocar as suas
convicções profundas quando afirma que o seu herói na novela (Philip Dru) impõe «um socialismo
tal como teria sonhado Karl Marx».

House descreve também no capítulo 52 do seu livro o sue ideal de unificação da totalidade do
bloco Norte-Americano, facto que já foi consolidado desde o lançamento oficial do projecto na
cidade de Waco (Texas, EUA) em Março de 2005 como já explicamos no início deste artigo. Só
podemos constatar [com surpresa] que estas elites anunciaram — Há mais de cem anos! — Como
se vão desenrolar os acontecimentos.

A web mundial [global] tem sabido reforçar a sua influência graças ao nascimento de um instituto
destinado a usar uma função de primeira ordem na construção europeia: a Pan-Europa.

A Pan-Europa, trampolim da globalização [mundialização]

A criação da Pan-Europa deve-se ao trabalho de um aristocrata austríaco de mãe japonesa,


chamado Richard de Coudenhove-Kalergi (1894-1972). O objectivo declarado de Coudenhove-
Kalergi erao de impedir que se voltassem a repetir as atrocidades da Primeira Guerra Mundial.
Esta boa intenção a primeira vista, escondia um plano secreto, a consolidação de um objectivo que
Coudenhove-Kalergi tinha em mente. De facto, o movimento de Coudenhove-Kalergi vai indicar
qual é a direcção a seguir e para convencer a os outros a seguir o seu rumo, a sua agrupação
apresenta uma denúncia a SDN em 1925 [a Sociedade das Nações foi a percursora da ONU]. O seu
objectivo é unificar toda Europa afim de integra-la em uma organização política mundial unificada.
E para consegui-lo, ele menciona na sua denúncia a necessidade de criar [primeiramente]
«continentes políticos», cujo conjunto deveria constituir [mais tarde], uma federação de federações,
este era o plano e pensamento de Coudenhove-Kalergi.

As suas afirmações federalistas correspondiam exactamente as aspirações e objectivos procurados


pela Sociedade Fabiana. Aproveitando-se do apoio destes aliados, Coudenhove-Kalergi organiza
em 1926 o primeiro congresso Pan-Europeu na cidade de Viena (Áustria), com os auspícios do seu
presidente de honra, o Sr. Aristide Briand (1862-1932) que era ao mesmo tempo presidente do
conselho de ministros do governo francês. Foi durante este congresso, que reunia e contava com
participantes de diversas nacionalidades, que se decidiu debater para eleger qual seria o hino
europeu. E foi nesse momento que se escolheu a Ode a Alegria de Beethoven, e que é hoje em dia o
hino da União Europeia.

Os objectivos da Pan-Europa foram revelados com grande pompa na sua carta de «Princípios
Fundamentais» que estipulam o seguinte:

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«(…) A união Pan-Europeia declara consagrar-se [e preservar] o patriotismo europeu, valor


supremo das identidades nacionais de todos os europeus. Em uma época de interdependências e
de desafios mundiais, somente uma Europa forte e politicamente unida pode garantir o futuro do
seu povo e entidades étnicas. A união Pan-Europeia reconhece a autodeterminação dos povos e o
direito dos grupos étnicos ao desenvolvimento cultural, económico e político (…)».

Durante o decurso da Segunda Guerra Mundial, Coudenhove-Kalergi, esteve refugiado nos


Estados Unidos dedicando-se ao ensino na New York University organizando seminários do tipo
—Research for a postwar european federation («investigações para uma federação europeia pós-
guerra»)—, favorável ao federalismo europeu.

De regresso a Europa em 1946, nomeadamente quando acabou a guerra, ele contribuiu


enormemente para a criação da União Parlamentaria Europeia, a qual favoreceu a sua vez e
posteriormente, em 1949, a criação do Conselho de Europa. Fortalecendo a sua influência em todos
os países (Estados), esta organização europeia tem sob seu mando diversas representações
nacionais encarregadas de difundir o ideal do seu pai fundador, que depois de ter recebido em
1950 a mais importante condecoração europeia, o Premio Carlomagno, passou a tocha da missão
ao Sr. O o de Habsbourg em 1972 e este por sua vez ao Sr. Alain Terrenoire.

Pode-se compreender melhor o impacto que tem esta agrupação, [o instituto] Pan-Europa, se
analisarmos por exemplo, qual é o verdadeiro motivo que move a guerra: o dinheiro.

As fontes de financiamento deste instituto nos deixam ver a insondável e vigorosa cumplicidade
do seu principal dirigente e líder máximo com os outros jogadores da globalização
[mundialização].

De facto, aparte de gozar do apoio de mecenas industriais e financeiros, o Sr. Coudenhove-Kalergi


beneficiou do patrocínio do banqueiro Max Warburg, representante do banco alemão em
Hamburgo. Como vimos anteriormente, o seu irmão Paul (trabalhando em uma filial americano)
encontrava-se a cabeça da Fed (Reserva Federal de EUA) e da CFR.

Agora podemos compreender porque Coudenhove-Kalergi tinha luz verde para cooperar e
negociar com os financeiros de Wall Street e sues sócios em Londres. Esta cumplicidade entre o
fundador da Pan-Europa e a média mundial [globais] tem aumentado, quando sabemos que Max
Warburg era membro do executivo de IG Farben Alemania enquanto o seu irmão Paul Warburg,
era membro do executivo da filial IG Farben Estados Unidos.

A chegada de Adolf Hitler ao poder, como explica o investigador Antony Su on, só se pode
compreender por causa da poderosa ajuda que recebeu o ditador alemão por parte das indústrias e
financeiros anglo-saxões por intermédio dos seus homólogos germanos. Neste assunto, o director
do Reichsbank, o Sr. Hjalmar Schacht (1877-1970), tinha um papel chave como intermediário. O seu
trabalho ganhava importância a medida que esta personagem subia nas escadas do poder, até o
posto de Ministro de Economia do III Reich [nazi de Adolf Hitler], posto que ocupou de 1934 a
1939.

O levantamento e progresso económico da Alemania [nazi] graças a estes apoios permitiu a Hitler
continuar com uma política [militarista bélica] que ele nunca pode começar ou aplicar numa
Alemanha arruinada, se não houvesse solucionado antes as essenciais necessidades básicas da
população alemã.

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Por estas conivências, cumplicidade e irregularidades com o regime nazi Hjalmar Schacht deve ser
julgado e condenado a pena de morte durante o Processo de Nuremberga após a segunda guerra
mundial, processo que julgava todos os responsáveis nazis, mas curiosamente ele foi absolvido.

De facto, Hjalmar Schacht estava ligado solidamente a aristocracia comercial anglo-saxónica. O seu
pai, o americano William Schacht, tinha trabalhado 30 anos no seio da filial Equitable Life
Assurance de Berlim (Alemanha).

O seu filho era pois, desde o seu nascimento, um membro mais por herança, um socio mais por
assim dizer, trabalhando para o sistema mundial global.

Estas afirmações valem mais quando sabemos que o senhor Hjalmar Schacht era membro desde
1918, do comité executivo do Nationalbank für Deutschland (Banco Nacional da Alemanha), junto
ao banqueiro Emil Wi enberg, membro por sua vez do comité executivo do primeiro banco
soviético criado em 1922, nomeadamente o banco Ruskombank. O banco soviético estava a ser
dirigido por um banqueiro sueco … Olof Aschberg personagem que citamos no começo deste
artigo. Para continuar compreendendo este atoleiro de nomes e conexões, para seguir mais estes
nexos e círculos dos poderosos, podemos dizer que o director da filial estrangeira da Ruskombank,
nomeadamente o norte-americano Max May, ocupava o posto de vice-presidente da Guaranty
Trust Company, uma filial o banco JP Morgan que era a por sua vez um dos pilares financeiros de
Wall Street.

Neste assunto, um importante representante americano de Wall Street trabalhava no seio da elite
bancaria soviética. Nós também adicionaremos para concluir, que a colaboração de Hjalmar
Schacht com este sector se viu reforçada pelos laços de amizade com o patrão [proprietário] do
Banco de Inglaterra, o Sr. Norman Montagu. Agora podemos compreender melhor porque
Hjalmar Schacht nunca teve que preocupar-se de ser julgado pela sua participação no regime nazi
de Adolf Hitler.

O apoio que ofereceu a aristocracia comercial e a pátria anglo-saxónica, o comunismo, o nazismo


assim como o apoio para que Franklin Delano Roosevelt tomara o poder nos Estados Unidos, —
como explica na sua trilogia Wall Street o autor Antony Su on—, era uma forma de experimento
actuando num marco regional, nomeadamente, por um lado na União Soviética, por outro na
Alemanha nazi, e outro nos Estados Unidos.

Sob a forma de denominações diferentes, Antony Su on conclui que estas ideologias, chamadas de
maneiras diversas «socialismo soviético», «socialismo colectivo» (para o nacional-socialismo nazi) e
«socialismo do Novo tratado» (New Deal norte-americano), todos eram simplesmente as diferentes
caras de um socialismo monopolístico; ideal [o modelo] de organização que deve conquistar o
mundo a nível planetário neste amenizar do século XXI e a marca da «Nova Ordem Mundial».

A guerra de 1939-1945 é de certa forma o resultado de todo este trabalho de fundo que permitiu
que se foi torcendo, que se foi girando lentamente no caminho do outro mundo: a instauração e
surgimento dos blocos aparentemente antagonistas e obedecendo perfeitamente o principio
hegeliano da tese e antítese. No entanto, estes dois mundos estavam ligados pelas mesmas fontes
financeiras. Então, por tal motivo, era possível seguir preparando o terreno, a ordenação, devendo
permitir a chegada e realização [concretização] de um Estado [governo] mundial.

O período posterior a 1945, um futuro prometedor

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Podemos assinalar três momentos essenciais nos anos imediatamente posteriores a Segunda
Guerra Mundial: 1946, 1947 e 1948. Quem reactiva a ideia de unificar Europa é Winston Churchill e
fá-lo num discurso que pronuncia em Zurique, a 19 de Setembro de 1946:

«Temos que construir uma espécie de Estados Unidos de Europa», declara Churchill nesse
discurso. Palavras que regozijam a Richard de Coudenhove-Kalergi, que sabe que dispõe do apoio
de Churchill.

Trabalhando pela sua parte a favor da reactivação do ideal europeu, o fundador da Pan-Europa
expos a história da sua obra e os projectos a realizar num livro titulado Eu escolhi a Europa. O
autor do prefácio é… Winston Churchill.

Com a reunião de Montreux, que se deu na Suíça em Agosto de 1947, a segunda etapa constitui um
passo decisivo no sentido de preparar o reforço das bases do Estado Mundial. De facto, os
representantes europeus e americanos defensores do princípio de um federalismo mundial
decidem criar dois institutos, sob a direcção do jurista suíço Max Habicht, cuja eficácia se faz sentir:
o «Movimento Mundial Federalista» (World federalist movement, WFM) e a «União de
Federalistas Europeus» (Union of European Federalists, UEF).

Num marco da reunião de Montreux, o WFM apresentou a sua magna carta, favorável ao
estabelecimento de princípios fundamentais para a instauração de um Estado mundial com uma
base federativa. Há que reconhecer que 63 anos depois da formulação de aqueles princípios, os
seus desejos tem-se concretizado. De facto, o documento assinala:

«Nós, federalistas mundiais, estamos convencidos de que a criação da confederação mundial é o


problema fundamental da nossa época. Até que ele seja resolvido, todas as demais questões –
nacionais ou internacionais – ficaram sem respostas válidas. Não se trata de escolher entre a livre
empresa ou a economia dirigida, nem entre o capitalismo e o comunismo, mas sim entre o
federalismo e o imperialismo».

Entre outras coisas, esta Declaração propõe os seguintes princípios:

«Limitação das soberanias nacionais» com «o passar dos poderes legislativos, executivos e judiciais
a Confederação», «criação de uma força armada supranacional». E em particular algo que cobre
grande parte da actualidade neste principio do século XXI ao assinalar que «uma perspectiva
federalista justa deve integrar os esforços realizados nos âmbitos regional e funcional.

A formação de uniões regionais [sublinhado por nós] – na medida em que não constituíam um fim
em si mesmas e não existe o perigo de que dêem lugar a formação de blocos – pode e deve
contribuir ao bom funcionamento da Confederação mundial». No final dessa Declaração lê-se que
se deve favorecer a criação de uma «Assembleia Constituinte Mundial».

Paralelamente a criação da WFM, nasce em Montreux a União de Federalistas Europeus (UEF,


siglas em inglês). Sob a influência da Pan-Europa de Coudenhove-Kalergi, fundou-se em 1934 a
Europa Union, que defendia o ideal de uma Europa unificada segundo o princípio federal e
inspirada no modelo suíço. Quatro anos mais tarde, em Novembro de 1938, criou-se a Federal
Union, sob a influência dos fabianos Lord Lothian e Lionel Curtis.

A Federal Union é uma filial da UEF, igual como as «filiais» em países como França (UEF France),
Alemanha (Europa Union Deutschland), Itália (UEF Italia), etc. É importante dizer que, tal e qual
as bonecas russas que se metem uma dentro da outra, a UEF é uma filial do World Federalist
Movement (WFM).
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Estamos, portanto, diante de um instituto europeu que trabalha em favor do federalismo e da


adopção simultânea de trabalhos de WFM, mas em uma escala planetária.

Porque é então tão importante mencionar a missão da UEF?

Este instituto federalista encontra-se sob a direcção do inglês Andrew Duff, deputado do
Parlamento Europeu sob a etiqueta dos «liberal democratas». Também é membro do European
Council on Foreign Relations (ECFR, o «Conselho Europeu de Relações Exteriores») criado em
2007, é o “irmão” do CFR americano criado em 1921.

É também Andrew Duff que, em estreita colaboração com a Fundação Bertelsmann e com o
deputado Johannes Voggenhuber, tentou a reactivação do projecto da constituição europeia depois
do fracasso daquele texto nos referendos de França e Holanda e 2005.

O Tratado de Lisboa nunca teria visto a luz do dia – ou pelo menos teria sido muito mais difícil –
sem o apoio e as convicções de Andrew Duff. A sua força reside, por outro lado, em demostrar que
a influência dos já defuntos Cecil Rhodes e Lord Milner se fez sentir durante a elaboração da
constituição europeia (a chamada «Constituição Giscard», preludio do Tratado de Lisboa) em 2003
e 2004. De facto, o «Grupo Milner» e os fabianos sempre foram a favor da unificação da Europa, a
condição de que não podia ser sob direcção dos anglo-saxões.

Durante as duas guerras mundiais, Londres e Washington não podiam tolerar os intentos de
alcançar uma unidade europeia sob a direcção da Alemanha, que era una potência terrestre, já que
o governo anglo-saxónico se veria então marginada dos problemas do Velho Continente. Coisa que
Coudenhove-Kalergi, já tinha compreendido, como pode comprovar-se através da leitura do seu
discurso de 1950. Não é portanto, justificado o interesse do Secretário-Geral inglês John Kerr sobre
o tratado “ Constituição Giscard”. O currículo vitae de Kerr informa-nos que dirige una companhia
petroleira, a Royal Dutch Shell, e que foi o embaixador da Grã Bretanha nos Estados Unidos. Os
seus vínculos com a aristocracia comercial anglo-saxónica também revelam que é membro do
comité de direcção encarregado do recrutamento das elites das «bolsas de estudo Cecil Rhodes».
Como pode ver-se, o êxito dos objectivos mundiais é algo previsto a muito temo… mas que vai
concretizando-se.

E finalmente, o Congresso da La Haya, realizado de 7 a 10 de Maio de 1948, com Winston Churchill


como presidente de honra e com a participação de cerca de 800 militantes pan-europeus, deixou
assentadas as primeiras bases de uma Europa unificada. Os verdadeiros autores da história
movem-se frequentemente nos bastidores, como é o caso de Retinger, que trabalha para o CFR e o
RIIA, cuja acção foi determinante no desenvolvimento das estruturas mundiais.

Bilderberg, New age e Trilateral

A primeira reunião do Grupo Bilderberg teve lugar em Oosterbeck, Holanda, em Maio de 1954.
Diz-se que esse grupo elitista simplesmente adoptou o nome do hotel em que se alojavam os
participantes, embora haja dúvidas a este respeito. A sua criação deve-se, em todo o caso, ao
trabalho de Joseph Retinger, embora também há que mencionar vários «gatos gordos» do
mundialismo, como o inevitável David Rockefeller (presidente do CFR e do Chase Manha an
Bank, entre outras conhecidíssimas instituições).

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Os membros do Grupo Bilderberg constituem «o crema e a nata» da classe política, económica e


financeira do mundo atlântico. Os média ocidentais não mencionam muito as suas reuniões e, e
quando é que o Grupo seja tema de reportagem… nem vale a pena falar!

As regras que regem a sua organização e as intervenções dos participantes são uma cópia estrita
das que regem no Royal Institute of International Affairs (RIIA, principio conhecido como a «regra
de Chatham House»). Também neste caso a família Rhodes e Milner deixaram a sua marca. Na
realidade, as elites que se movem no Grupo Bilderberg impõem amplamente as suas próprias
condições na matéria de política, de economia e em questões financeiras. O caso do belga Etienne
Davignon é impressionante. Vice-presidente da Comissão Europeia de 1981 a 1985, Etienne
Davignon é o grande chefe desse grupo elitista. Foi ele que convidou o político belga Herman van
Rompuy a submeter-se a uma espécie de exame oral para o posto de presidente do Conselho
Europeu ante os representantes do Grupo Bilderberg, a 12 de Novembro de 2009, especialmente
ante o ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger, em Val Duchesse, na periferia de
Bruxelas.

Isso claramente, era para comprovar se Herman van Rompuy teria a capacidade necessária para
servir de algo no sistema. E parece que o exame foi satisfatório porque deram-lhe o posto, ou
reuniram-se as condições exigidas.

A designação do primeiro presidente do Grupo Bilderberg, príncipe Bernhard (1911-2004), por


Joseph Retinger e os sues seguidores, não é nenhum acaso. De facto, nos anos 1930 este príncipe
alemão foi membro das SS [nazis], mais exactamente, da Reiterkorp SS (cavalaria) e da Farben
Bilder, uma filial da IG Farben. Casado em 1937 com a herdeira do trono dos Países Baixos, a
princesa Juliana, a sua filha, a rainha Beatriz, é uma activa participante das reuniões do Grupo
Bilderberg.

O passado mais que nebuloso [para não dizer negro] o príncipe Bernhard e a sua nomeação para
cabeça do Grupo Bilderberg era também um meio de mante-lo sob controlo. De facto, é mais fácil
se dirigir a alguém para objectivos claros quando esse alguém tem alguns esqueletos no armário
[cadáveres no seu currículo]. A designação deste príncipe alemão convertido em cidadão holandês
era seguramente de grande importância já que também foi utilizado noutro sector. Temos que
abordar agora um tema ao que concedem grande importância os teóricos do mundialismo: a
ecologia.

A legítima protecção da flora e fauna adquire um carácter muito diferente sob a influência dos
partidários da Nova Ordem Mundial. De facto, estes desviam as mentes para uma deificação da
natureza que está associada com o movimento New Age. Trata-se do princípio que identifica a
«Gea» [também chamada Gaya. NdT.] como a «Mãe Natureza». Numerosos institutos se dedicam a
propagar essa tendência filosófica, em particular o WWF (World Wild Fund for nature), que
promove a protecção da natureza. A sua criação, em 1961, deveu-se ao trabalho de vários
personagens membros do movimento mundial.

Efectivamente, temos que mencionar aqui os irmãos Aldous e Julian Huxley. O primeiro é o autor
de um livro profético, Um mundo feliz (em inglês Brave New World), publicado em 1932,
verdadeiro programa político mundial sob a aparência de uma novela de ficção científica em que
fala de um Estado mundial reinante sobre uma humanidade submissa e hierárquico como um
resultado de manipulação genética.

O autor viveu toda a sua vida utilizando as drogas mais diversas para alcançar uma «forma de
misticismo». Tais delírios, também afectaram o seu irmão, Julian Huxley, partidário da eugenesia e
primeiro director general d UNESCO (a Organização das Nações Unidas para a Educação, a
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Ciência e a Cultura) em 1946. Esta mentalidade característica dos irmãos Huxley deve-se a
influência do seu avô por parte do pai, Thomas Huxley (1825-1895). Este biólogo e feroz defensor
dos princípios de Darwin transmitiu esses conceitos aos seus netos para que o mundo inteiro
beneficiasse com eles. Vamos adicionar a isto, a rede e os laços que unem a família mundial são
verdadeiramente estreitos já que um dos estudantes de Thomas Huxley se chamava nada mais e
nada menos que…. H.G. Wells.

A análise desta espécie de relevo de gerações permite uma melhor compreensão da permanência
do mundialismo e do progresso da sua influência.

Podemos ver agora o vínculo entre a passada acção de aqueles homens e a fundação da WWF em
1961. Esta última deve-se, de facto, a Julian Huxley. WWF contribui a divulgação desse ideal
panteísta e constitui um dos ramos de acção do mundialismo. Não é por acaso que o primeiro
presidente da WWF foi precisamente… o príncipe Bernard, também dirigente do Grupo
Bilderberg, que presidiu de 1962 a 1976. Entre as pessoas que presidiram a WWF encontra-se
também John Loudon, que, como John Kerr, foi também presidente daa companhia petroleira
Royal Dutch Shell.

Este conglomerado petroleiro anglo-holandês é um dos viveiros da Nova Ordem Mundial. Há que
saber também que o príncipe Felipe, esposo da rainha de Inglaterra Isabel II, também dirigiu a
WWF de 1981 a 1996.

A esta lista de actores proveniente de uma larga tradição político-comercial podemos agregar o
papel da Trilateral, criada em 1973 por David Rockefeller e Zbigniew Brzezinski (ambos membros
do CFR), este último mentos do actual presidente americano Barack Obama.

A Trilateral reagrupa três zonas geográficas economicamente desenvolvidas:

América do Norte, Europa e Japão. Brzezinski, que recorda que personalidades francesas como
Simone Veil, Robert Marjolin, Raymond Barre e mesmo Hubert Vedrine contribuíram no seu apoio
a Trilateral, agrega que os Estados se vão «ante problemas cada vez mais diversos – financeiros,
económicos e estratégicos – e que tem cada vez menos possibilidades de resolver, sem proceder a
pelo menos uma consulta mais estreita, do seu próprio interesse e no resto do mundo».

Como meio de enfrentar esses desafios, o autor diz mesmo que a Trilateral deu origem a criação do
G-7. A estreita relação da Trilateral com o mundo industrial e os thinks-tanks tem evidenciado em
particular com a Rede Política Transatlântica (a TPN, siglas em inglês).

De facto, o presidente do ramo europeu da Trilateral, Peter Sutherland, preside também o ramo
europeu da TPN. Este irlandês dirigiu também [o banco de inversão] Goldman Sachs, que por sua
vez determina por debaixo da mesa a política económica do presidente Obama, e foi também, entre
outras cosas, chefe da Comissão sobre a Competência (de 1985 a 1989) sob a presidência de Jacques
Delors.

Para rematar, Peter Sutherland também é o director da escola fabiana London School of Economics.
O ciclo acaba quando sabemos que John Kerr – já mencionado anteriormente – é também membro
do ramo europeu da Trilateral.

Como já temos podido comprovar, as elites políticas e económicas vêem convergindo desde há
muito tempo a instauração de uma Ordem Mundial Unificada. O panorama seria porém
incompleto se não mencionarmos aqui as declarações das autoridades da Igreja Católica.

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23/03/2019 História da Nova Ordem Mundial

Uma Igreja Católica ao serviço da Nova Ordem Mundial

Sejamos crentes ou não, o certo é que o estudo dos princípios de base de qualquer confissão deve
realizar-se com toda objectividade. Há que estudar os preceitos que defende e observar se o seu
discurso e acção correspondem ou não a sua doutrina. No caso da Igreja Católica, o conceito
defendido desde há 2000 anos se baseia na supremacia de Deus sobre o homem.

As Escrituras e a tradição constituem a fundação intocável, a mesma base da fé segundo os


términos consagrados, definidos pelo sucessor de São Pedro, o Papa.

Marcado pelo pecado original, o homem deve aceitar submeter-se a uma autoridade superior e
obedecer o conjunto de preceitos que a Igreja Católica defende. É esse o caso de numerosas igrejas
protestantes.

Uma mudança fundamental ocorre, porém, com o II Concilio do Vaticano (1962-1965). Este concilio
é o resultado de uma larga corrente de reflexões provenientes de numerosos homens de igreja, mas
também de personagens exteriores a ela, desde o século XIX.

Ao cabo de uma larga luta entre os defensores da tradição e dos progressistas, estes últimos
conseguiram impor sua própria visão para a grande reforma do Vaticano II. Tratava-se, para eles,
de adaptar a igreja a múltiplas inovações políticas, técnicas e sociais que marcam a evolução do
mundo. Para os defensores da tradição é tudo ao contrário. É o mundo que tem que adaptar-se aos
princípios da igreja. A humanização, que devia implicar a promoção dos direitos humanos, e a sua
colaboração com as instâncias internacionais, foram claramente expressadas em 1963 na encíclica
Pacem in Terris do Papa Juan XXIII. Recordando os progressos da ciência e a técnica que levam a
«intensificar a sua colaboração e a fortalecer a sua união» dentro do género humano, trata-se de
fortalecer o «bem comum universal» que os Estados deixam de garantir, enciclicamente.

É por ele que o documento se agrega, muito logicamente, que «Na nossa época, o bem comum
universal planta problemas de dimensões mundiais. Só podem ser feitos por uma autoridade
pública cujo poder, constituição e meios de acção tenham também dimensões mundiais e que
possa exercer a sua acção sobre o planeta em toda a sua extensão. É por tanto a ordem moral em si
que exige a constituição de uma autoridade pública com competência universal».

Depois de expressar o seu desejo de que esse «poder supranacional» não seja instaurado pela força,
a encíclica, aprova a Declaração dos Direitos Humanos de 1948, com excepção de algumas
objecções. Agrega que «Consideramos essa Declaração como um passo em direcçao a um
estabelecimento de uma organização jurídico-política da comunidade mundial».

Esta mudança de rumo da Igreja Católica é a marca da fábrica de todos os Papas desde Vaticano II.
Na sua mensagem de natal de 2005, o actual Papa Benedito XVI exorta os homens a empreender «a
edificação de uma Nova Ordem Mundial».

É, por conseguinte totalmente lógico que Benedito XVI lançou um apelo para a criação de uma
“autoridade política mundial” em seus Veritas encíclica em caritate, em Julho de 2009. Recordando
a interdependência mundial, o Papa chama «com urgência a reformar a ONU como a arquitectura
económica e financeira internacional com vistas a converter em uma realidade concreta do conceito
de família de nações (…).

Para uma Assembleia Parlamentar Mundial


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23/03/2019 História da Nova Ordem Mundial

A criação de grandes uniões políticas regionais que se regem por leis comuns como diferentes
componentes do Estado mundial tenderia que estar representada no seio de uma assembleia única.
Esse é o objectivo da «Assembleia Parlamentaria das Nações Unidas» (APNU).

Essa ambição é a lógica continuação dos sonhos de unificação mundial que defendem os teóricos
do mundialismo (fabianos e associados).

Nada aparece por acaso. Os acontecimentos, personagens e institutos do passado dão os seus
frutos, que conduzem a construção dessa espécie de torre de Babel. Por conseguinte, o accionar do
WFN (World Federalist Movement), criado como já vimos em 1947 em Montreux, se inscreve na
lógica do trabalho que já vinha sendo realizado.

Da mesma maneira, o WFN dá origem, em 1992, a elaboração do primeiro grande documento que
exorta o estabelecimento de uma assembleia parlamentária mundial no seio das Nações Unidas:
The case for a United Nations Parliamentary Assembly (O objectivo de uma assembleia
parlamentaria das Nações Unidas) por parte do canadiano Dieter Heinrich.

Numerosos trabalhos e cabalas têm-se desenvolvido posteriormente no senado canadiano, no


Parlamento Europeu, durante o Foro do Milénio do ano 2000 em Nova York, no 12º congresso da
Internacional Socialista, etc., para terminar, em Setembro de 2003, com a criação de um «Comité
por uma ONU democrática». Remitimos aqui a versão em alemão já que, como veremos, as
autoridades políticas alemãs desempenham nisto um papel de primeiro plano: Komitee für eine
Demokratische UNO (KDUN).

O KDUN é a figura de um comité executivo que trabalha pela criação de um Parlamento Mundial.
Os seus trabalhos contam com a participação de outro instituto já mencionado anteriormente: o
WFM.

Resta acrescentar que o referido, a «Sociedade de Povos Ameaçados» (Gesellschaft für bedrohte
Völcker), instituto alemão que trabalha pela emancipação de grupos étnicos e colabora
estreitamente com a UFCE (União Federalista de Comunidades Étnicas Europeias) e com uma
ONG inglesa, a 2020 Vision Ltd.

O KDUN, que tem a sua sede em Berlim, anuncia as suas aspirações quando estipula nos seus
estatutos a sua vontade de construir uma sociedade cosmopolítica que favoreça as integrações
continentais. No seu comité de direcção encontramos representantes provenientes dos meios
políticos e científicos.

Há que sublinhar todas as correntes políticas alemãs estão representadas nesse comité de direcção,
com excepção dos ex-comunistas (die Linke).

Também encontramos nesse comité a um personagem chave, Armin Laschet. Este político deu
origem a denuncia elaborada em 2003, em que é chamado a dar à União Europeia uma permanente
sede após a adopção do “Tratado de Giscard”» (agora conhecido como o “Tratado de Lisboa”).
Exerce uma influência decisiva e que também preside o comité gestor do Prémio Carlos Magno.

Por outra parte, a presença do eurodeputado alemão Jo Leinen desempenhou um papel


determinante na adopção do Tratado de Lisboa.

Foi em Abril de 2007 que o KDUN lançou a sua campanha a favor de um Parlamento Mundial, sob
a direcção do seu presidente, Andreas Bummel. Autor de um livro intitulado Internationale
Demokratie Entwickeln (Desenvolver a democracia internacional, Bummel é um ex-membro do
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partido liberal alemão, o FDP, cujo presidente, Guido Westerwelle, é ministro das Relações
Exteriores do governo de Angela Merkel desde Setembro de 2009. É também colaborador da
«Sociedade dos Povos Ameaçados», que é dirigida por Tilman Zulch (membro do comité de
direcção do KDUN) e do World Federalist Movement (WFM) de Nova York.

Todas estas personagens trabalham para alcançar a criação desta nova organização mundial. Como
é dito nos textos oficiais:

«(…) A APNU poderia conformar-se numa primeira etapa com delegados de parlamentos
nacionais e regionais que reflectem as suas posições políticas. Uma APNU incluiria portanto
membros de partidos minoritários que não fazem parte do governo. Numa etapa posterior, a
APNU poderia ser eleita directamente. Uma APNU seria assim um órgão único e legítimo que
representaria a voz da cidadania sobre questões de ordem internacional. Os participantes da
campanha consideram que uma APNU, depois de criada, evoluiria para, de um simples órgão de
consulta, para converter-se num parlamento mundial com verdadeiro direito de informação,
participação e controlo» (…).

Essas ambiciosas perspectivas para a APNU, expostas abertamente, ampliam-se mais quando é
lembrado o apoio que Bento XVI trouxe ao estabelecimento de uma «autoridade política mundial».
Obviamente, os dirigentes da APNU saudaram de forma entusiasta o ciclo papal.

Conclusão

Esta rápida descrição da história dos promotores do mundialismo, desde da idade Media ao
começo do século XXI, demonstra que se trata de uma corrente muito antiga. Que se baseia na
avarícia ilimitada e pela busca de um ideal de controlo total das riquezas do planeta.

A sua evolução tem vindo a acelerar a medida que os «sacerdotes» do mundialismo, sucessores de
Nimrod, conseguiram impor sua maneira de pensar a favor da Nova Ordem Mundial.

Desde da queda do muro de Berlim, os acontecimentos tem acelerado, tal e qual a crise. A década
que começamos neste ano de 2010 será decisivo para a humanidade já que o mundialismo,
segundo a doutrina destas elites, é um messianismo [que já está] apurado.

Por Pierre Hillard

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