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1ª Edição
Belo Horizonte
Poisson
2019
Editor Chefe: Dr. Darly Fernando Andrade
Conselho Editorial
Dr. Antônio Artur de Souza – Universidade Federal de Minas Gerais
Msc. Davilson Eduardo Andrade
Msc. Fabiane dos Santos Toledo
Dr. José Eduardo Ferreira Lopes – Universidade Federal de Uberlândia
Dr. Otaviano Francisco Neves – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Dr. Luiz Cláudio de Lima – Universidade FUMEC
Dr. Nelson Ferreira Filho – Faculdades Kennedy
Msc. Valdiney Alves de Oliveira – Universidade Federal de Uberlândia
Formato: PDF
ISBN: 978-85-7042-064-0
DOI: 10.5935/978-85-7042-064-0
CDD-658
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de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores.
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SUMÁRIO
Capítulo 1: O ensino da contabilidade gerencial no estado do Rio de Janeiro e
sua relação com o mercado: Percepções e sugestões de coordenadores e
professores........................................................................................................... 6
Aurea Lopes da Silva Paes, Roberta Lilian Steinbach Orru Viegas, Guilherme Teixeira Portugal,
Marcus Brauer
Valéria Cristina Gonçalves, Alexandre Finkler Haas, Gabriela Fernandes Anversi, Camila Ciello,
Vanessa Cristina Slongo
SUMÁRIO
Capítulo 9: Ponto de equilíbrio de uma empresa prestadora de serviços
automotivos: Uma abordagem com base no método de Monte Carlo ................ 103
Samuel Santos de Souza, Evandir Megliorini, Julio Francisco Blumetti Facó
Capítulo 14: Valor justo das ações da Petrobras com base no método de avaliação
por múltiplos ......................................................................................................... 165
Evandir Megliorini, Ian Miller, Osmar Domingues, José Roberto Tálamo
Capítulo15: Análise do preço médio mensal do óleo diesel no Rio Grande do Sul
utilizando combinações de previsões .................................................................. 175
Cleber Bisognin, Liane Werner
criação de valor através do uso efetivo dos positivismo “Zimmermaniano” e, ainda mais,
recursos empresariais". Para o autor, o no mainstream norte-americano.
relatório revisado pelo Comitê de
Ainda em seu trabalho, Frezatti, Nascimento e
Contabilidade Financeira e Gerencial da
Junqueira (2009, p. 21) esclarecem que estas
Federação Internacional de Contadores
discussões sobre a Contabilidade Gerencial
(International Federationof Accountants -
foram altamente benéficas para as pesquisas
IFAC) demonstra esta mudança a partir de
em CG, demonstrando que “o
quatro estágios que podem ser reconhecidos
monoparadigma é altamente limitador e
da seguinte forma: Estágio 1: antes de 1950,
nocivo ao crescimento da área, além de trazer
cujo foco era na utilização da Contabilidade
consequências políticas e de poder no mundo
de Custos (CC) para a determinação do custo
da pesquisa”. Finalizam mostrando que as
e controle financeiro; Estágio 2: 1965, foco na
opções e os métodos de pesquisas não
determinação de informação para o controle
devem ser resultantes de pressões, mas de
gerencial; Estágio 3: 1985, foco na redução
relevância para o ambiente de atuação.
de desperdício com o uso das tecnologias e
administração estratégica de custos; Estágio
4: após 1985, com o foco na geração de valor
2.2 A CONTABILIDADE GERENCIAL COMO
ao cliente, para o acionista com a inovação
DISCIPLINA NAS IES
organizacional.
Muitas são as questões que envolvem a
Para Horngren, Sundem e Stratton (2004, p.
Contabilidade Gerencial e a Contabilidade de
18) muitos gestores, até uma década atrás,
Custos (CC). Esta subseção mostrará as
achavam as informações contábeis
diferenças existentes entre elas e como são
irrelevantes, uma vez que seus negócios
tratadas no meio educacional.
haviam evoluído, mas os sistemas contábeis
não. Miranda, Riccio e Miranda (2013, p. 27) Para Pinheiro, Bonfim e Portugal (2013, p. 47),
destacam dois momentos que marcaram as a Contabilidade de Custo está contida no
discussões em torno da CG nos meios universo da Contabilidade Gerencial.
acadêmicos. A publicação da obra Relevance Destacam, ainda que:
Lost de Kaplan e Johnson, em 1987, e a
a contabilidade de custos é o ramo da
publicação de Zimmerman Conjectures
contabilidade que torna possível a alocação,
regarding emprirical managerial accounting
de forma criteriosa, dos custos aos produtos
research em 2001, que chama a atenção para
fabricados e serviços prestados com a
a falta de base sólida para a praticada CG.
finalidade de produzir informações aos níveis
Já Kaplan e Johnson (1987, p. 29) afirmam gerenciais de uma empresa. Por isso, o
que pesquisadores acadêmicos utilizaram conceito de contabilidade de custos está
abordagens elegantes e sofisticadas na inserido na contabilidade gerencial, que por
análise dos custos das empresas, com pouca sua vez é mais amplo.
relação com os modelos já antiquados
Para Pagotto e Costa (2003) a "contabilidade
utilizados pelas organizações, tornando-os
de custos é considerada como processador
inadequados para as novas realidades do
de informações, que recebe dados
mercado.
monetários e não monetários operacionais, de
Nas discussões que vieram após as engenharia, dados quantitativos para a
publicações de Zimmerman (2001), Frezatti, formação de indicadores de gestão", ou seja,
Nascimento e Junqueira (2009, p. 21) indicam para os autores ela é considerada
que: operacional, se tornando muito mais útil para
o processo decisório.
a agressiva abordagem de Zimmerman foi
muito útil para a comunidade da Padoveze (2010) entende que a CG não
Contabilidade Gerencial e alguns pontos de existe em uma entidade como existe a CC ou
reflexão e recomendações podem ser a Contabilidade Financeira, por exemplo. Em
indicados [...] Esse questionamento sala de aula, os conteúdos da CC são
proporciona reflexão que pode ir tanto para ensinados sem a preocupação com a
contestação sobre a existência de integração com as outras disciplinas, pois
crescimento do conhecimento como pela cabe à CG fazer o gerenciamento das
especificidade, ou seja, que o crescimento informações contábeis, de forma prática e
tem de ser visto de outras maneiras além do integradora.
Já Trevisan et al. (2008) indicam a CG como trabalho. Esta qualidade deve determinar,
necessária para atender as novas demandas entre outros a "docência, formação, produção,
da sociedade pública, principalmente a partir programas e cursos ofertados, aprendizagem,
da democratização e da transparência, gestão e planejamento, condições de
necessárias num momento de transição. infraestrutura, pesquisa, interface com a
comunidade, egressos".
Em 2004, a Resolução nº 10, do CNE/CES,
instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais Buscando um maior embasamento teórico
para o curso de graduação em Ciências sobre os conteúdos necessários, a pesquisa
Contábeis, bacharelado, objetivando de Pinheiro, Bonfim e Portugal (2013) traçou
uniformizar a organização e o um paralelo entre o Exame de Suficiência do
estabelecimento de condições para que CFC - exame cuja aprovação habilita o
competências e habilidades esperadas do profissional de Contabilidade a desempenhar
futuro contador possam ser trabalhadas suas funções no mercado de trabalho -, e
durante o período de estudo. Estas identificou que a CG é a segunda disciplina
competências devem ser discutidas e com maior peso aplicado, perdendo apenas
aplicadas pelas IES em seus projetos para a contabilidade geral. Entre os
pedagógicos. conteúdos exigidos, tem-se: 28% ponto de
equilíbrio; 27% margem de contribuição; 18%
De acordo com o Art 4º, inciso VII, cabe ainda
sistemas gerenciais e 9% margem de
a IES propiciar condições para que o futuro
segurança, orçamento e prazos de
profissional possa, entre outros: "desenvolver,
recebimentos. Os autores reforçam que o
analisar e implantar sistemas de informação
ponto de equilíbrio e margem de contribuição
contábil e de controle gerencial, revelando
fazem parte da disciplina sugerida pelo CFC
capacidade crítico analítica para avaliar as
nomeada como Apuração e análise de custos.
implicações organizacionais com a tecnologia
da informação" No que se refere a utilização de artefatos de
contabilidade gerencial, sejam eles
Cruz et al. (2013, p. 3) esclarecem que as IES
tradicionais ou modernos, Pinheiro, Bonfim e
no Brasil, com a constante preocupação em
Portugal (2013) constataram que em apenas
adequar suas bases curriculares aos padrões
uma edição do Exame de Suficiência, 2º
internacionais, já evidenciam similaridades a
exame de 2011, houve uma abordagem do
outros países como Portugal, Espanha,
Custeio Baseado em Atividade (ABC).
Uruguai, Paraguai e Argentina, principalmente
no sentido de "promover a preparação de Em sua pesquisa, Souza et al. (2007)
profissionais capazes não apenas de identificaram que, dentre professores
mensurar, analisar, avaliar o patrimônio e universitários dos departamentos de Ciências
redigir relatórios contábeis, mas, também, de Contábeis das Universidades Públicas do
gerir informações e auxiliar no seu processo Estado do Paraná, alguns conteúdos da CG
decisório." E concluem que: “a premissa foram considerados muito importantes. Entre
básica para a preparação profissional está na eles encontram-se: informações para tomada
articulação conjunta de disciplinas e de decisão; relação custo-volume-preço;
atividades que possam congregar os técnicas de contabilidade gerencial
conteúdos e competências que lhe possam estratégica e avaliação de desempenho. Por
agregar competências principalmente sua vez, planejamento e controle tributário;
voltadas ao processo de tomada de decisão.” avaliação de patrimônio; implicações
(CRUZ et al., 2013, p. 11) comportamentais e planejamento e controle
na administração pública foram considerados
Ainda sobre educação contábil, Almeida Jr e
de nenhuma importância.
Catani (2009, p. 562) utilizam a palavra
acreditação, similar ao termo certificação, que Outros temas importantes, como sistemas de
identifica o "processo baseado em padrões e acumulação de custos, sejam eles por ordem
critérios objetivos para assegurar [...] garantir de produção, por processo ou por operação
e reconhecer, a qualidade de uma instituição, (híbrido) não aparecem na pesquisa como
curso ou programa de um dado sistema conteúdos relevantes dentro da CG, apesar
educativo." Esta acreditação serve para de serem determinantes na atribuição de
assegurar a qualidade do ensino que, ainda custos a determinado objeto (SOUZA; CRUZ;
segundo os autores, deve atender aos PORTUGAL, 2016).
requisitos de qualidade na formação de
profissionais que ingressarão no mercado de
O roteiro das entrevistas foi estabelecido de docente ou como coordenador; a IES que
acordo com o escopo da pesquisa e envolveu atua e o melhor dia e horário para
seis fases: Fase 1: breve apresentação da agendamento da entrevista.
entrevistadora e do método de pesquisa;
As entrevistas foram conduzidas
Fase 2: percepção sobre a disciplina CG; presencialmente, gravadas e transcritas e o
roteiro das mesmas apresenta-se no
Fase 3: percepção sobre as ementas da CG;
Apêndice A.
Fase 4: percepção sobre a carga horária;
Para facilitar a identificação dos entrevistados
Fase 5: Percepção sobre metodologias, e a transcrição dos resultados, cada professor
avaliações e autores utilizados e Fase 6: e cada coordenador passou a ser
percepção sobre o mercado de trabalho da reconhecido através de uma sigla, conforme
CG. Quadro 3. O tempo médio de duração de
cada entrevista também está identificado
A ficha de controle dos participantes foi
neste quadro.
composta de apenas um bloco contendo
quatro questões: a identificação do
entrevistado; o tempo de atuação como
grande maioria associa a prática tão somente No Quadro 6, discorremos sobre o assunto
a resolução de exercícios. Segundo o carga horária, identificando os principais
respondente C3, o “nosso modelo de ensino é comentários sobre o assunto.
pautado em repetir exercícios. O mundo
mudou e o professor não”.
Quadro 6 - Percepções sobre a carga horária
PERCEPÇÕES SOBRE A CARGA HORÁRIA
SIGLA CARGA CONSEGUE MINISTRAR TODO O CONSEGUE DESENVOLVER
HORÁRIA CONTEÚDO DA EMENTA? HABILIDADES PRÁTICAS?
Sim, há condições, mas não em todas as
P1 60 horas Em condições normais sim aulas, com aplicação de estudos de caso
ou praticar tomada de decisão
Eu não trabalho com casos práticos não.
Nunca tive problema em não conseguir
P2 60 horas Foco mais na parte teórica. É algo para se
ministrar todo o conteúdo
fazer, é mais uma questão de adaptação
É complicado, pois o tempo é muito curto,
Para gerencial o tempo é curto. Estão
a ementa é muito grande e você não
P3 80 horas negociando jogar dois conteúdos para
consegue trabalhar mais do que dois dias
controladoria
numa mesma ferramenta
Normalmente é suficiente. Mas, quando
há muitos feriados, alocam os Sinto falta de um computador para simular
P4 60 horas conteúdos não contemplados na coisas do mundo real, onde os cálculos
disciplina seguinte, normalmente do pudessem ser feitos no Excel
mesmo professor
Sim, tudo que é previsto deve ser dado. Sim, acredito que sim. Somos orientados a
P5 80 horas Em caso de situações atípicas, as aulas fazer essa divisão com relação a teoria e a
podem ser compensadas no sábado prática
É suficiente. Mas em caso de muitos Habilidades específicas sim, todas elas.
feriados, fazem reposição aos sábados No primeiro tempo é dado a parte teórica e
P6 80 horas
ou alocam os conteúdos não no segundo tempo a aplicação de
contemplados na disciplina seguinte. exercícios
Sim, o tempo é adequado. Mas quando
Sim, pois o aluno de contábeis tem um
o professor não consegue ministrar
P7 72 horas perfil diferenciado e consegue enxergar no
tudo, temos uma flexibilidade para
curso uma oportunidade de crescimento
negociar mais prazos
Acredito que não. Eu acho que até o
Acredita que sim. O professor tem
modelo que se ensina é um modelo
P8 60 horas grande autonomia no desenvolvimento
arcaico, onde ficamos repetindo coisas de
das aulas
10, 20 anos atrás.
Fonte: Os autores (2017).
No quesito metodologia, foi identificada a duas edições. Mas se preocupa com a falta
utilização de aulas expositivas com o de profundidade dos seus alunos, que
desenvolvimento de exercícios. Um dos pensam mais em copiar e colar arquivos do
entrevistados sente por não conseguir fazer que em desenvolver um bom trabalho. Fora
eventos, mas pretende implementar uma visita isso, ainda destacou a dificuldade em avaliar
técnica pois “isso enriquece muito a esta participação e isso acaba levando para
percepção do aluno, ele observar e [ver] as aulas expositivas mesmo.
como é que é a engrenagem roda, como as
As avaliações seguem basicamente o mesmo
coisas funcionam e fazem com que a
critério, com a exigência de, no mínimo duas
empresa evolua”.
avaliações, sendo uma marcada pela própria
A respondente P4 já aplicou seminários em IE e a outra livre, onde os professores podem
outros anos, mas por falta de tempo ou por utilizar o estudo de caso, a aplicação de
falta de habilidade própria, não tem feito há trabalho, o teste oral ou o teste escrito.
Como um todo
eu acho que
sim, que estão Eu acho que a
Para uma pequena
mais faculdade tem
empresa é mais a
preparados. que se
parte tributária e
Na CG o cara Acho que a estruturar pra
legal, com rotinas de A faculdade só
é preparado faculdade não fazer
P8 abrir e fechar faz uma parte da
com uns entende o mercado laboratórios que
empresa, fazer a preparação.
exercícios e de trabalho. atendam [e
parte fiscal e cumprir
até que ponto compreendam]
com as obrigações
isso prepara o o mercado de
acessórias.
cara pro trabalho.
mercado de
trabalho?
Pode-se observar que os respondentes P1, P2 formação mais completa, falando a mesma
e P5 ressaltam que o mercado espera língua do mercado.
profissionais que atuem de forma
Para maior consistência dos dados avaliados
interdisciplinar, sendo mais interativo e com
o Quadro síntese 9 foi construído a partir do
conhecimento de outras áreas. Além disso,
objetivo da pesquisa e das perguntas feitas
nota-se a preocupação, por parte dos
pelas entrevistadoras, identificando a
respondentes, em minimizar o gap existente
percepção dos entrevistados sobre os pontos
entre o que é abordado em sala de aula e as
mais e menos importantes das ementas de
práticas de mercado, através de uma
CG.
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Capítulo 2
8%
Sim
92%
Não
8%
Sim
Não
92%
Ressalta-se que, apesar de 92% das Também ressalta-se que 1 (uma) delas não
cooperativas apresentarem esse apresentou o comparativo dos dois períodos
demonstrativo, apenas 2 (duas) dessas nesse demonstrativo, ou seja, de 2016 e 2017,
apresentam a segregação entre ato comprometendo a comparabilidade,
cooperativo e não cooperativo e 1 (uma) característica qualitativa de melhoria. Esse
divulga os valores dos atos separados em fato dificulta, por exemplo, que o cooperado
nota explicativa. realize a comparação entre os resultados dos
períodos.
Além disso, 1 (uma) delas fez uso da
denominação “Demonstrações dos No que se refere a Demonstração do
Resultados” para esse demonstrativo. Tal Resultado Abrangente, 50% das sociedades o
prática é incorreta, pois como determinado na apresentaram e 50% não apresentara, como
ITG 2004, o adequado é a utilização da exposto na Figura 3.
nomenclatura “Demonstração de Sobras ou
Perdas” quando trata-se de uma sociedade
cooperativa.
Sim
50% 50% Não
42% Sim
58% Não
17%
Sim
83%
Não
17%
Sim
Não
83%
17%
Sim
Não
83%
8%
Sim
Não
92%
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Cooperativismo, institui o regime jurídico das
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Capítulo 3
Luzia Zorzal
Georgete Medleg Rodrigues
Propicia a participação cidadã nos assuntos OECD, existem três princípios-chave a serem
públicos, o que fomenta a notoriedade do levados em consideração:
cidadão nos aspectos participativos da
a) accountability: é necessário que
democracia. Os governos de diversos países
existam mecanismos que possibilitem a
têm desenvolvido iniciativas direcionadas a
identificação e responsabilização dos
incrementar a abertura, a transparência e a
servidores públicos por suas ações;
colaboração entre o Estado e os cidadãos,
aproveitando-se dos avanços das TICs. b) transparência: disponibilização de
informações confiáveis, relevantes e
O governo aberto é uma dessas iniciativas.
tempestivas sobre as atividades do governo;
Oszlak e Kaufman (2014) o definem como
uma relação de mão dupla entre cidadania e c) participação social: o governo deve
Estado, possibilitada pela disponibilidade e levar em consideração os anseios dos
aplicação de TICs, que facilitam múltiplas cidadãos e das empresas tanto no desenho
interações entre atores sociais e estatais e se quanto na implementação das políticas
traduzem em vínculos mais transparentes, públicas.
participativos e colaborativos.
Um governo poderia ser aberto sem contar
Esses dois autores admitem que governo necessariamente com o auxílio da informática
aberto e governo eletrônico sejam conceitos e, por outro lado, um governo eletrônico
polissêmicos, cuja conotação possibilita poderia não ser necessariamente aberto.
diferentes significados e alcances. Sua Dizendo de outro modo, o governo aberto
complexidade aumenta quando se observam seria o fim e o governo eletrônico o meio ou
outros termos, como: governo 2.0, e- um dos meios. Isso não significa que um seja
democracia, ou dados abertos, surgidos para subalterno ao outro. Ambos se propõem
se referirem a esses mesmos conceitos ou a melhorar o desempenho do setor público,
alguns de seus conteúdos. Às vezes se simplificar sua gestão e facilitar a vinculação
sobrepõem. A polêmica entre os dois termos entre Estado e cidadania (OSZLAK;
parece bastante ampla. As definições KAUFMAN, 2014).
assumem sentidos diferentes, dependendo do
Na percepção de López (2013, p. 2, tradução
país. Outra questão é que os conceitos
nossa), “[...] o governo aberto transcende o
evoluem rapidamente, sobretudo na área das
governo eletrônico em um aspecto crucial:
TICs.
enquanto o governo eletrônico é uma questão
Governo aberto e dados abertos também são de gestão, o governo aberto é uma questão
termos que carregam ambiguidade e um de poder. Mas, ainda que o transcenda,
pode existir sem o outro, como ilustram Yu e necessariamente o inclui”.
Robinson (2012, p.181, tradução nossa):
Por outro lado, dados abertos, de acordo com
[...] um governo pode ser aberto no sentido a definição da Open Knowledge Foundation
de ser transparente, mesmo se não adotar (2012), são dados que qualquer pessoa pode
novas tecnologias. E um governo pode usar livremente, reutilizá-los e redistribuí-los,
fornecer dados abertos sobre temas respeitando a exigência de creditar a sua
politicamente neutros ao mesmo tempo em autoria e compartilhar pela mesma licença.
que continua profundamente opaco e não
Os dados abertos ampliam o alcance do
presta contas de suas ações.
governo aberto e do governo eletrônico para
Governo eletrônico, na visão de Jardim (2007, além da mera simplificação de trâmites e de
p. 29), “[...] insere-se num universo temático e maior transparência da informação
teórico que expressa configurações político- disponibilizada pelos gestores públicos. Os
informacionais emergentes, características da oito princípios sobre os quais se
contemporaneidade, plasmadas no desenho fundamentam os atuais modelos de dados
de políticas públicas governamentais”. abertos são os seguintes (OPEN
GOVERNMENT DATA PRINCIPLES, 2007):
A Organisation for Economic Co-operation
and Development (OECD) (2010), por a) completos: todos os dados públicos –
exemplo, definiu governo aberto como a que são aqueles que não estão sujeitos a
transparência de ações do governo, a restrições de privacidade, segurança ou
acessibilidade a seus serviços e informações outros privilégios – devem ser
e a receptividade do governo para novas disponibilizados;
ideias, demandas e necessidades. Para a
globalmente aceita de contabilidade para a governança corporativa que têm relação com
sustentabilidade, cunhada de Relato o modo como as empresas são administradas
Integrado. “Uma estrutura que reúna e controladas.
informações financeiras, ambientais, sociais e
A transparência teve lugar de destaque no
de governança em um formato claro, conciso,
discurso administrativo na América do Norte e
consistente e comparável – em síntese, em
na Europa ocidental, após os anos 1970.
um formato ‘integrado’” (CARVALHO; KASSAI,
Tornou-se, então, um dos valores essenciais
2014, p. 30). Supõe-se que o relato integrado
da Administração Pública, configurando-se
tornou-se o mainstream (tendência
como um eixo privilegiado do reformismo
dominante) para o futuro, do relato de
administrativo que fez da transparência o
informações institucionais, ao possibilitar uma
princípio, e do segredo a exceção (JARDIM,
visão global e de longo prazo sobre o
1999; RODRIGUES, 2013).
desempenho de uma organização e no
sentido de melhorar o conteúdo informativo Na literatura, encontram-se diversas
proveniente da contabilidade. definições para o termo transparência, com
variados graus de especificidades,
Gibbins, Richardson e Waterhouse (1990), por
dependendo do contexto. A argumentação de
sua vez, definem disclosure como qualquer
Michener e Bersch (2011), quando
divulgação intencional de informação
conceituam a qualidade da transparência,
financeira, tanto quantitativa quanto
está centrada em duas dimensões que a
qualitativa, obrigatória ou voluntária por meio
circundam: visibilidade e inferabilidade, que
de canais formais ou informais.
representam o grau no qual a informação é
Williams (2008) propõe uma definição mais completa e facilmente localizada (visível) e o
ampliada para considerar todos os tipos nível no qual a informação é útil e verificável
(social, ambiental e financeiro) e formas (inferível). Os conceitos foram apresentados
(obrigatória e voluntária) de disclosure e ainda de modo contínuo. A ideia de que algumas
se refere ao disclosure corporativo. Além informações são mais visíveis, ou inferíveis do
disso, segundo essa autora, destina-se a uma que outras, está em consonância com a
grande variedade de stakeholders. O noção de que alguns governos poderiam ser
disclosure corporativo é definido por Williams mais transparentes do que outros. Em razão
(2008, p. 237, tradução nossa) como: de a visibilidade e a inferabilidade
representarem partes constituintes da
[...] qualquer divulgação pública intencional
transparência, elas também, em algum grau,
de informação – financeira, social ou
são conceitos que se sobrepõem.
ambiental, obrigatória ou voluntária, qualitativa
ou quantitativa – que é susceptível de ter um Elementos de visibilidade podem ter
impacto no desempenho competitivo da relevância para inferabilidade. A visibilidade
empresa e na estratégica de tomada de da informação é uma das duas condições
decisões de seus públicos internos e necessárias para a transparência, mas não
externos. suficiente; a outra é a inferabilidade. Para ser
inferível, a informação deve ter qualidade, ou
Verifica-se que a contabilidade atinge seu
seja, ter acurácia e clareza, sem dúvida sobre
objetivo principal de fornecer informação útil
sua credibilidade. As duas condições são
aos usuários externos às instituições, por meio
necessárias e o uso do termo transparência
do disclosure, mitigando, dessa forma, a
frequentemente falha, quando aplicado
assimetria informacional. Entretanto, para isso,
apenas para satisfazer uma ou outra
a informação deve ser relevante e fielmente
condição. Informações incompreensíveis ou
representada.
não inteligíveis não são verificáveis e
Quanto ao termo transparência, com base em certamente não utilizáveis (MICHENER;
pesquisa da literatura sobre o tema, Michener BERSCH, 2011).
e Bersch (2011) concluíram que o primeiro
Na concepção de Scholtes (2012), existem
estudo a fazer uso da palavra transparência,
várias perspectivas para a noção de
com o sentido atual, data de 1962, quando o
transparência, pois esta compreende muitas
economista dinamarquês Knud Erik Svendsen
áreas e diferentes contextos: acesso público,
a utilizou em conexão com o problema de
legitimidade, participação, boa governança,
transparência em macroeconomia. O termo
confiança, accountability, comunicação,
assumiu novos significados e ganhou
reputação, privacidade, audibilidade, poder,
popularidade nas duas últimas décadas, com
entre outros. Essa autora considera
a disseminação das boas práticas de
transparência – aqui entendida quando há interpretação dos dados dos RGs das UFs
disclosure, clareza e acurácia – é o modo selecionadas foi com base nos procedimentos
pelo qual se alcança a accountability no setor da análise de conteúdo (ABELA, 2002;
público. Reforça-se, no entanto, que todos os BARDIN, 2004).
princípios são importantes e devem estar
No sentido de se determinar o nível de
sintonizados de uma forma global.
transparência dos RGs das UFs, foi utilizada
uma escala de intensidade (BARRAZA-
MACÍAS, 2008; MALDONADO-RADILLO et al.,
3 METODOLOGIA
2013) na qual é apresentada a relação de
Com a finalidade de verificar em que medida probabilidade de ocorrência dos eventos,
os RGs das UFs atendem aos padrões de conforme Tabela 1, com cinco graus de
disclosure e transparência, o presente estudo escala de valores. Essa escala foi construída
baseou-se nos princípios e padrões de boas em função dos percentuais de pontuação
práticas de governança estabelecidos para a máxima a serem atingidos pelas UFs, os quais
Administração Pública Federal, elaborados variarão entre 0 e 100% e classificam os
por instituições internacionais e brasileiras. De níveis de transparência em: baixo (0 a 20%),
natureza exploratória, descritiva e qualitativa, médio-baixo (21 a 40%), médio (41 a 60%),
apoiou-se em vasta bibliografia e médio-alto (61 a 80%) e alto (81 a 100%).
documentos, com recorte transversal; e a
21- 40 Médio-baixo
41- 60 Médio
61- 80 Médio-alto
81-100 Alto
Fonte: Adaptado de Barraza-Macías (2008) e Maldonado-Radillo et al. (2013).
dinheiro, bens e valores públicos, nos termos categorias fossem atendidas, considerar-se-
do art. 1°, § único, II da Instrução Normativa iam 100% de aderência à transparência nos
TCU n° 63/2010: RGs das universidades estudadas para as
categorias disclosure e dados abertos.
[...] documentos, informações e
demonstrativos de natureza contábil, Os resultados apontaram que a UFMG e a
financeira, orçamentária, operacional ou UFRGS, pertencentes às Regiões Sudeste e
patrimonial, organizado para permitir a visão Sul, respectivamente, foram as que
sistêmica do desempenho e da conformidade apresentaram melhor desempenho. Em
da gestão dos responsáveis por uma ou mais termos absolutos alcançaram 14 pontos (de
unidades jurisdicionadas durante um um total de 22) e em termos relativos 63,6%
exercício financeiro. (de um total de 100%), classificando-se no
nível de transparência médio-alto, conforme
especificado na Tabela 1. A UFBA e UnB,
4 RESULTADOS pertencentes às Regiões Nordeste e Centro-
Oeste, respectivamente, atingiram em termos
Os resultados e análises dos dados são
absolutos oito pontos cada uma e em termos
indicados na Tabela 2, com suas categorias
relativos 36,4%. A UFPA, pertencente à
de análise, tendo como base princípios e
Região Norte, conseguiu sete pontos em
padrões de boas práticas de governança da
termos absolutos e em termos relativos 31,8%
Administração Pública Federal e/ou
classificando-se essas três IES no nível de
identificação dessas práticas na literatura
transparência médio-baixo.
consultada, associados com o disclosure e a
transparência. O atendimento aos princípios de disclosure,
transparência e dados abertos nos RGs
Os dados dos RGs de cada uma das
dessas universidades ainda é insuficiente
universidades selecionadas foram
para se conseguir o nível mais alto de
confrontados com as categorias de análise de
transparência.
disclosure e dados abertos para se avaliar a
aderência dos RGs das universidades a essas Para a categoria acessibilidade, apesar de
categorias. considerar-se atendida, as IES necessitam
preocupar-se com a usabilidade nos sites,
Para a elaboração das categorias de análise,
uma vez que, das universidades analisadas,
adotou-se, como ponto de partida, o modelo
somente para a UFMG foi possível encontrar o
metodológico já utilizado por Bizerra, Alves e
seu RG com apenas um click e a UnB, foi a
Ribeiro (2012) e Zorzal (2015).
única que disponibilizou no seu próprio site o
Pontuou-se cada categoria, utilizando-se uma RG relativo a 2013 até a data-limite de envio
pontuação dicotômica [1 = atendido pelo RG ao TCU, 31 de março de 2014.
analisado, e 0 = quando não atendido] em
relação à análise dos relatórios de cada uma
das universidades pesquisadas. Se as 22
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Capítulo 4
Para Padovezi (2016), a controladoria tem por Padoveze (2016) complementa que o
objetivo monitorar a gestão empresarial, processo de controle deve ser mediado por
estabelecer diretrizes para a tomada de um padrão de qualidade cuja validade se
decisão, reunir diferentes conhecimentos efetiva entre recursos orçamentais e de
empresariais e fazer com que a empresa seja planejamento, a própria forma de controle é
avaliada adequadamente e periodicamente, feita pela controladoria, cuja autonomia deve
provendo lucratividade e prevenindo-se de ser significativa para que o trabalho se realize
prejuízos ou gargalos. da melhor maneira possível.
Assim, para Braga (2017), é importante Dos Santos et al (2014) enfatizam a
mostrar a importância de um profissional da necessidade de ação da controladoria a partir
controladoria, ou seja, que o Controller das mudanças no status competitivo das
consegue facilmente identificar erros, fazer instituições empresariais. Para eles, essa área
análises, organizar informações e monitorá-las é capaz de gerar resultados positivos, mas
para que seja cumprido o que foi determinado precisa ser valorizada na teoria e na prática.
nas diretrizes para a excelência
Outro trabalho inscrito nessa mesma linha de
organizacional, da melhor forma possível para
pensamento é o de Alectoridis et al (2018).
que alcance o lucro e o sucesso tão
Seu viés é por mostrar os aspectos de
desejado, cabe ao Controller garantir a
sociabilidade que a controladoria pode
eficácia dos processos por meio de controles
promover com outras áreas da empresa, na
e planejamentos, com uma visão ampla.
medida que consideram o diálogo como
Portanto, Controller atua para que as
melhor ferramenta para que haja diagnóstico
atividades desempenhadas alcancem
efetivo da situação e que a controladoria
resultados maiores do que já tem, com o
aponte as decisões necessárias a serem
poder de persuasão e influência.
tomadas.
Para responder o problema da pesquisa,
Nicolay e Neves (2016) enfatizam que a
estabeleceu-se como objetivo geral: Analisar
contabilidade gerencial e a controladoria
as principais características e a importância
ainda possuem importantes enlaces, como na
das atividades da controladoria dentro da
estrutura interna de controle de processos e
organização de acordo com as bases teóricas
na busca por estratégias para obtenção de
existentes no Brasil. E os objetivos
maior rentabilidade, assim como fluxo de
específicos, apresentar as principais
caixa.
características do profissional atuante na
controladoria, verificar as principais atividades Os conceitos de contabilidade gerencial, a
desenvolvidas pelo profissional da controladoria possui papel importante no
controladoria nas organizações e identificar processo de ação da contabilidade, como
os pontos convergentes e divergentes entre importante ferramenta de gestão. Além de
os principais autores brasileiros sobre assessorar e ser órgão consultor, a
controladoria. controladoria também atua no planejamento
estratégico, com objetivo de trabalhar pela
transparência e estruturação de suas ações
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA em princípios éticos e normativos legais
voltados a gestão da sustentabilidade
2.1 CONTABILIDADE GERENCIAL E
empresarial.
CONTROLADORIA
Balestrin (2016) ainda enaltece que a
As influências da contabilidade gerencial na
contabilidade gerencial articula conceitos de
controladoria são inúmeras, na visão de
ambas as áreas para articular as informações
Nicolay e Neves (2016) a tomada de decisão
obtidas na contabilidade com as futuras
dos gestores é mapeada pela controladoria,
ações da empresa. Balestrin (2016) ainda
de modo que as informações por ela
aponta que o trabalho ainda se foca em
diagnosticadas podem ser de grande valia
previsões e análise de mercado para
para elaboração de novas estratégias e
compreender potenciais riscos ao negócio.
formas de planejamento, desse modo, "a
Seu enfoque está em desenvolver
contabilidade gerencial permite identificar,
metodologias e tomar decisões focadas na
analisar, mensurar e gerar relatórios sobre as
otimização das produções, o que auxilia na
movimentações econômicas de uma
superação das dificuldades e superações de
empresa." (NICOLAY & NEVES, 2016, p.60).
concorrentes.
Segundo Padovezi (2016, p. 31), “a missão da promovendo mais vagas para o setor
controladoria é dar suporte à gestão de secundário.
negocio da empresa, de modo assegurar que
Lunkes et al (2010) aborda que as primeiras
está atingindo seus objetivos, cumprindo
empresas a adotar um sistema de
assim sua missão”. Na visão do autor, a
controladoria foram instituições norte-
Controladoria é um conjunto de princípios,
americanas. O conceito não era familiar para
procedimentos e métodos que está ligado a
empresários brasileiros, além de a própria
Administração, Economia, Psicologia,
industrialização do país não estar estruturada.
Estatística e Contabilidade. Ocupando a
Assim, a profissão do controller para a ser
gestão da empresa para ajudar na eficácia
mais frequente a partir da segunda metade de
Econômica.
década de 1940.
Balestrin (2016) ainda enaltece que a
Segundo Oliveira et al (2014), a partir da
contabilidade gerencial articula conceitos de
segunda metade do século XX, muitos
ambas as áreas para articular as informações
controllers passaram a incorporar
obtidas na contabilidade com as futuras
conhecimentos de outras áreas em suas
ações da empresa. O trabalho ainda se foca
práticas, tais como economia, administração e
em previsões e análise de mercado para
informática.
compreender potenciais riscos ao negócio.
Seu enfoque está em desenvolver Na visão de Oliveira et al (2014), as ideias
metodologias e tomar decisões focadas na provenientes da Europa que se relacionam ao
otimização das produções, o que auxilia na processo produtivo foram incorporadas à
superação das dificuldades e superações de realidade nacional e a figura de um
concorrentes. controlador passou a ser vista como
necessária dentro das instituições. Para o
Percebe-se que os conceitos de
autor, as crises produtivas veiculadas durante
contabilidade gerencial, a controladoria
todo o século XX trazem a necessidade de um
possui papel importante no processo de ação
profissional para pensar nas decisões futuras,
da contabilidade, como importante ferramenta
controlando os processos, os recursos e as
de gestão. Além de assessorar e ser órgão
ferramentas.
consultor, a controladoria também atua no
planejamento estratégico, com objetivo de A controladoria, inicialmente, é uma atividade
trabalhar pela transparência e estruturação de generalizada, atuante dentro de um sistema
suas ações em princípios éticos e normativos hierárquico com pouca flexibilidade e com
legais voltados a gestão da sustentabilidade diferentes limitações. Na Era Juscelino
empresarial. Kubitschek, Oliveira et al (2014) acrescenta
que a economia brasileira se abre para o
exterior, o que faz com que novas visões
2.2 EVOLUÇÃO DA CONTROLADORIA NO teóricas da controladoria cheguem ao país.
BRASIL
Tal abertura se mantém no regime militar, de
Oliveira et al (2014) argumenta que as modo que o capital estrangeiro continua
sociedades se encontram em constante trazendo novas formas de gestão, ainda que o
transformação e vislumbrar soluções país esteja comprometendo a autonomia para
empresariais é fundamental para que obter maior dependência econômica.
inovações possam surgir, assim como novas
Lima (2012) faz um breve relato sobre o
bases para o trabalho da controladoria. Na
surgimento da controladoria no Brasil
ótica de Fiirst et al (2018), a profissão do
enfocando que o
controller é relativamente antiga, no cenário
nacional. Em 1920, já há relatos e [...] surgimento da Controladoria foi o
organogramas em que essa profissão se faz resultado para atender a demanda de novas
presente. necessidades de uma sociedade e economia
em evolução, no Brasil também não foi
Para Lima (2012), a evolução da controladoria
diferente diante das peculiaridades
no Brasil se dá juntamente com as mudanças
econômicas, houve a necessidade do
econômicas presentes na era industrial
desenvolvimento dos processos da
varguista. Para Fausto (2003), a indústria
Controladoria. Para isso, pode se destacar
varguista se destaca por apresentar novos
três pontos principais no caso do Brasil em
bens de consumo e voltar-se para a produção
que houve uma influência qualitativa no
interna e externa, gerando mais empregos e
processo e surgimento da Controladoria, os
quais são: Sistema tributário altamente que podem ser melhorados, contribuindo
complexo, a chegada de empresas assim na lucratividade da empresa,
multinacionais e como ocorreu em outros identificando e monitorando possíveis riscos.
países e a evolução da própria contabilidade
Para Nicolay e Neves (2016), o controller tem
como ocorreu em outras nações.(LIMA, 2012,
a função de apoio, e não de responsável pela
p.30).
obtenção dos resultados, essa
Portanto, Lima (2012) afirma ainda que um responsabilidade cabe a seus gestores de
sistema tributário de alta complexidade, a cada setor, e a controladoria monitora esses
inserção da realidade empresarial estrangeira resultados. Lembrando que o foco é mostrar o
em solo nacional e as mudanças ocorridas caminho para se chegar aos resultados
internamente no campo da contabilidade esperados e não decidir por eles.
permitem maior diálogo para ampliação dos
Ainda segundo Nicolay e Neves (2016), o
conhecimentos em controladoria, o que
Controller deve conhecer o ramo de atividade
favorece maior organização empresarial e
da empresa onde atua, assim como o
possibilita mais atenção para a toma de
problema e as vantagens que afetam o setor.
decisões.
Conhecer o objetivo e as metas que a
empresa busca, seguindo suas estratégias.
2.3 CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS DE Nicolay e Neves (2016) arguem que o
UM CONTROLLER controller é uma das profissões ligadas à
contabilidade, é uma profissão que exige
Na visão de Figueiredo e Caggiano (2008,
amplo conhecimento, dedicação, e
p.12).
atualização nos conceitos contábeis, já que a
O controller é o gestor encarregado do contabilidade está sempre em mudança.
departamento de Controladoria; seu papel é,
Segundo Crepaldi (2012, p.28), “o controller
por meio do gerenciamento de um eficiente
participa nos processos de planejamento e
sistema de informação, zelar pela
controle empresarial, capacitando os gerentes
continuidade da empresa, viabilizando as
e os administradores a planejarem,
sinergias existentes, fazendo com que as
executarem e controlarem adequadamente as
atividades desenvolvidas conjuntamente
atividades da empresa”. Para Crepaldi (2012),
alcancem resultados superiores aos que
o Controller tem como função verificar,
alcançariam se trabalhassem
elaborar relatórios e analisar se são verídicas
independentemente.
as informações passadas pela empresa, para,
Padovezi (2016, p. 36), ressalta que “a no final, obter a decisão mais correta da
persuasão é fundamental para a influência e é continuidade da empresa.
uma característica pessoal que deve ser
desenvolvida pelo Controller”. O papel dele é
passar as informações necessárias para 2.4 O PAPEL DA CONTROLADORIA NAS
chegar nos resultados desejados. ORGANIZAÇÕES
Figueiredo (2008, p. 13) afirma que: “O Para Figueiredo e Caggiano (2008, p.48),
Controller tem como tarefa manter o executivo
A Controladoria tem uma nova dimensão na
principal da companhia informado sobre os
gestão das empresas. De uma função
rumos que ela deve tomar, onde pode ir e
contábil, evoluiu para elaborar modelos
quais os caminhos que devem ser seguidos”.
preditivos através de simulações de cenários
Dessa maneira, Figueiredo (2008) aponta que
futuros e identificar novas oportunidades de
um Controller é um profissional da área da
negócios. Na década de 50, o controller era
controladoria que tem a responsabilidade de
uma pessoa encarregada de preparar as
coordenar processos de gestão econômica,
demonstrações financeiras. Nos anos
financeira e patrimonial dentro de uma
recentes, com o aumento da complexidade na
empresa, realizando analises de relatórios de
organização das empresas, criou-se a
seu setor.
necessidade de um controle gerencial mais
Segundo Figueiredo (2008), é tarefa desse efetivo, o que provocou mudanças nas
profissional é extrair informações relacionadas funções do controller. Em vistas dessas
a orçamento em todos os setores da empresa, mudanças, existe uma carência de estudos
gerando relatórios para a tomada de decisões mais aprofundados, sobre o novo papel do
da diretoria, identificando pontos deficientes
saber como sendo heterogêneo, visto que há reforça que a pesquisa qualitativa produz
diferentes percepções da mesma realidade. A dados que podem ajudar a confirmar se há
pesquisa bibliográfica é formada por fontes unanimidade ou divergências no pensamento
secundárias, busca levantar em livros, dos autores selecionados, com base em suas
revistas e objetos de relevante interesse para discussões.
realização da pesquisa. Seu objetivo é
Nessa pesquisa, foram utilizados trabalhos
colocar o autor da pesquisa perante o assunto
entre 1997 a 2018, com contribuições
de seu interesse (MEDEIROS, 2000).
importantes para a área, em Língua
Para Gil (2002, p. 45), Portuguesa, com descritores como:
controladoria, controller, gestão, contabilidade
A principal vantagem da pesquisa
gerencial.
bibliográfica reside no fato de permitir ao
investigador a cobertura de uma gama de
fenômenos muito mais ampla de que aquela
4. ANÁLISE
que poderia pesquisar diretamente. Essa
vantagem torna-se particularmente importante A partir do quadro abaixo, vislumbra-se todos
quando o problema de pesquisa requer autores escolhidos, seus conceitos de
dados muito dispersos pelo espaço. controladoria e as atividades principais
realizadas pela controladoria nas empresas,
Quanto à abordagem do problema, tratou-se
na visão de cada um. Em seguida, explica-se
também de pesquisa qualitativa, porque
os pontos divergentes e convergentes entre
analisa a qualidade das informações,
os autores pesquisados.
verificando-as de modo individual. Gil (2002)
Tabela 1: Conceitos
Autores Conceitos Atividades principais
A controladoria é uma área que produz
Balestrin gerenciamento eficaz capaz de produzir bons
(2016) Ação estratégica que mobilize
resultados, da mesma forma como uma ação
colaboradores e equipe gestora.
gerencial deficitária pode acarretar problemas
para a instituição.
A Controladoria é um conjunto de princípios,
procedimentos e métodos que está ligado a
Padovezi Administração, Economia, Psicologia,
(2016) Estatística e Contabilidade. Ocupando a Estabelecer interdisciplinaridade com
gestão da empresa para ajudar na eficácia outras áreas.
Econômica.
Tabela 1: Conceitos
(continuação...)
Autores Conceitos Atividades principais
“A área de Controladoria passa a ser
um dos principais estimuladores e
pontos de controle do processo de
GR. A importância da Controladoria foi
Do Prado et reforçada com sua nova perspectiva, Perceber a existência de lacunas que ocasionam
al (2017) denominada Controladoria prejuízos para a empresa.
Estratégica, que leva esta área a
colaborar desde o planejamento
estratégico, execução e controle da
operação” (p.42).
“A Controladoria tem assumido
importantes responsabilidades, seja
estabelecendo um sistema de
controles que viabilize a ação
administrativa, seja
assessorando as decisões
Barreto Assessoramento da controladoria em outras
corporativas mais estratégicas. Os
(2017) áreas da empresa.
gestores das organizações
parecem ter despertado para a
importância do controle, uma das
funções mais destacadas
desde os primórdios da
administração”. (p.22)
A controladoria se efetiva mediante “a
interação entre profissionais das áreas
Alectoridis et de contabilidade gerencial e de Dialogar com outros setores e fornecer a eles o
al (2018) gestão de operações, sob a luz da suporte necessário para a tomada de decisão.
teoria da criação de conhecimento na
empresa”. (p.2)
“As empresas estão cada vez mais
competitivas, no entanto, para se
destacarem no mercado as
organizações buscaram amparo na Manutenção das ações produtivas a partir de
Dos Santos
área de controladoria, pois o objetivo diferentes mobilizações, integradas com outros
et al (2014)
da mesma é garantir informações setores.
adequadas ao processo decisório,
colaborando com os gestores na
busca da eficácia gerencial”. (p.498).
A controladoria é essencial para o
gerenciamento de compras e estoque
De Souza et Melhorar o potencial competitivo da empresa
de uma empresa, pois pode significar
al (2016) frente ao mercado e eficácia empresarial.
maior eficácia em um mercado cada
vez mais competitivo.
A partir do quadro acima, percebe-se que os Por mais que estes dois últimos autores
autores escolhidos apresentam pontos de citados também possuam divergências, visto
destaque que concentram suas abordagens. que Barreto (2017) pressupõe uma atividade
Enquanto De Souza et al (2016) e Dos Santos complementar e Alectoridis et al (2018) já
(2014) focam-se em um mercado competitivo enfoca sua centralidade, ambos permanecem
para estabelecer uma ação que se modifica atrelando a controladoria ao suporte. É o
constantemente, tendo de ser replanejada mesmo caso de outros autores, que se
para atingir metas cada vez maiores, Barreto diferenciam quanto às atividades, mas
(2017) e Alectoridis et al (2018) focam em buscam destacar uma funcionalidade ou
atividades mais exclusivas, de suporte. objetivo da controladoria.
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de Iniciação Científica de Ciências Contábeis, v. 5,
n. 1, p. 497-508, 2014.
Capítulo 5
relação ao impacto no PL, a receita pode ser líquida, baseado na restituição, devolução,
dividida em efetiva e não efetiva. desconto e abatimento de recursos cuja sua
aplicação não faz mais parte dos planos do
O mesmo Silva (2013) caracteriza a divisão da
ente arrecadador.
receita pública da seguinte forma: a receita
pública efetiva tem como característica o fato De acordo com o Manual de Demonstrativos
de que os ingressos de recursos que formam Fiscais (2014, pág. 170) as deduções
sua composição não possuem obrigações permitidas para que se realiza a apuração da
imediatas correspondente para aplicação, Receita Corrente Líquida, são:
desta forma ela vai representar uma alteração
Transferências Constitucionais e Legais;
no PL, por outro lado a não efetiva se
Contribuição do Empregador e Trabalhador
caracteriza, por já ter sido registrada e
para a Seguridade Social; Contribuição dos
reconhecida o direito, possuindo uma
Servidores para o RPPS; Compensação
obrigação a qual a mesma será aplicada, e
Financeira entre os Regimes de Previdência;
assim não provoca alteração no PL.
Contribuição para o Custeio das Pensões
O Manual de Procedimentos Sobre Receita Militares; Deduções para o FUNDEB e
Pública (2007) diz o seguinte sobre receita Contribuições para o PIS/PASEP. Bem como
efetiva e não efetiva: a efetiva é aquela que as multas, juros e outros encargos acessórios
possui o perfil de um fato modificativo, não que incidem sobre essas deduções e também
prevista anteriormente e que vai provocar um dos elementos da dívida ativa que são
aumento no PL, já a não efetiva apresenta, por dedutíveis da receita corrente.
sua vez, um perfil permutativo, pois já está
O Manual Técnico de Contabilidade Aplicada
registrada, bem como já possui um passivo
ao Setor Público (2008) destaca ainda que, o
designado para ela, anulando assim o seu
mesmo tratamento deve ser dado para
efeito sobre o PL.
renúncias de receitas, ou seja, devem elas ser
Quanto ao reconhecimento da receita tratadas como redutoras da receita.
orçamentaria, o Manual de Receita Nacional
O Manual de Demonstrativos Fiscais (2014, p.
(2008) define que a mesma deve ser
174) especifica que as deduções são:
reconhecida, conforme determinado pelo art.
35 da lei nº 4.320/64, no momento da sua a) a contribuição dos servidores para o
arrecadação, ou seja, pelo regime de caixa, custeio do seu sistema de previdência;
evitando que ocorra uma situação em que a
b) as receitas provenientes da compensação
execução das despesas ultrapasse a
financeira dos diversos regimes de
arrecadação efetivada.
previdência, na contagem recíproca do tempo
de contribuição na administração pública e na
atividade privada, rural e urbana. É
2.2 DEDUÇÕES DA RECEITA
imprescindível, para tanto, que as referidas
Como já definido anteriormente as receitas receitas estejam adequadamente
públicas representam recebimentos de contabilizadas em contas próprias que as
recursos financeiros ou disponibilidades. E identifiquem.
conforme disposto no Manual de
Estas deduções se referem as que podem ser
Procedimentos Sobre Receita (2006, p. 28), a
realizadas pelos municípios para a
receita:
determinação da Receita Corrente Líquida -
Se ao ser finalmente recebida pressupõe RCL.
transferências para outros entes, restituições,
devoluções, descontos e outros abatimentos,
esses fatos não devem ser tratados como 2.3 RECEITA CORRENTE LÍQUIDA
despesa, mas como dedução de receita. São
De acordo com a lei complementar nº 101/00
recursos arrecadados que não pertencem e
– Lei de Responsabilidade Fiscal, em seu art.
não são aplicáveis em programas e ações
2º, a Receita Corrente Líquida é representada
governamentais sob a responsabilidade do
pelo somatório das receitas correntes,
ente arrecadador.
tributárias, de contribuições, patrimoniais,
Segundo o Manual Técnico de Contabilidade industriais, agropecuárias, de serviços,
Aplicada ao Setor Público (2008) a dedução transferências correntes e outras receitas
da receita tem característica de conta correntes, diminuindo desse valor as devidas
redutora, e tem a finalidade de torná-la deduções de acordo com cada ente
O percentual referente ao limite que deve ser o mesmo exista, e poder executivo, de acordo
cumprido é determinado para a esfera com o art. 20 da lei complementar 101/00,
municipal, no poder legislativo considerando conforme apresentado tabela 2:
também o tribunal de contas municipal, caso
Ocorrendo de o ente não cumprir o limite acordo com seus objetivos, de acordo com
determinado a LRF em seu art. 23 delira que o seus procedimentos técnicos e de acordo
excedente deve ser ajustado no prazo de que com sua forma de abordagem do problema.
não ultrapasse os dois quadrimestres
Segundo a natureza a pesquisa é classificada
seguintes. Em seu art. 23, a lei complementar
como aplicada, tendo em vista que tem como
nº 101/00, regula que caso não seja cumprido
principal interesse uma população local.
o limite de despesa com pessoal
Conforme Prodanov (2013) a pesquisa de
determinado, no prazo estabelecido o
natureza aplicada, “objetiva gerar
município, não vai ainda:
conhecimentos para aplicação prática,
I – receber transferências voluntárias; dirigidos à solução de problemas específicos.
Envolve verdades e interesses locais”. No que
II – obter garantia direta ou indireta, de outro
se refere à classificação segundo os seus
ente;
objetivos, a pesquisa é classificada como
III – contratar operações de crédito, explicativa, pois ela busca explicar as causas
ressalvadas as destinadas ao refinanciamento do cumprimento ou descumprimento, por
da dívida mobiliária e as que visem à redução parte dos municípios pesquisados, referente
das despesas com pessoal. ao limite percentual da despesa com pessoal
em relação à Receita Corrente Líquida.
No que diz respeito ao cumprimento do limite
Quanto aos procedimentos técnicos utilizados
na despesa com pessoal determinado pela
a pesquisa é classificada como bibliográfica e
LRF, a Constituição Federal do Brasil de 1988,
documental. E com relação à abordagem do
em seu § 2 do art. 169, determina que no
problema a presente pesquisa é tida como
caso de o ente federativo não ajuste o
quantitativa.
excedente no prazo estabelecido, os recursos
de verba federais e estaduais serão O universo da pesquisa compreende os
imediatamente suspensos aos Estados, municípios paraibanos que possuem
Municípios e Distrito Federal. população superior a 20 mil habitantes,
determinados de acordo com a estimativa do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –
3 METODOLOGIA (IBGE), para o ano de 2015, sendo o total de
33 municípios.
Prodanov (2013) diz que a pesquisa pode ser
classificada mediante quatro pontos de vista Durante o procedimento de coleta de dados
que são: de acordo com sua natureza, de verificou-se que não constava no site do
Siconfi, relatórios (Balanço Anual, Relatório de fica impossibilitada, sendo assim ficando fora
Gestão Fiscal e Relatório Resumido de da pesquisa os seguintes municípios: Areia,
Execução Orçamentária) de alguns Mari, Princesa Isabel, São Bento e Sousa.
municípios e alguns relatórios continham Desta forma a análise foi realizada com a
informações incompletas, e sem esses amostra que consta na tabela a seguir.
relatórios a análise pretendida nesse trabalho
Enquanto a LRF determina 54%, o município evolução, nos próximos anos, a tendência é
de Cajazeiras, que foi o que mais extrapolou de que o limite seja cumprido. Já no município
esse limite, incorreu em 77,64% para o ano de de Catolé do Rocha ocorreu o contrário, ao
2013 e 76,71% para o ano de 2014, nessa invés de diminuir, o percentual aumentou,
relação, onde os outros municípios incorreram distanciando, apesar de em quantidade
com valores entre 54,42% do município de mínima, do limite.
Pombal no ano de 2015, sendo este o que
mais se aproximou do limite, ultrapassando
em apenas 0,42%, e 70,79% do município de 4.2 MESORREGIÃO DA BORBOREMA
patos em 2013.
A mesorregião da Borborema teve apenas um
Com relação à evolução dos percentuais no município que foi objeto de estudo nessa
decorrer do período, na mesorregião do pesquisa, que foi o município de Monteiro, e o
sertão, constatou-se que Cajazeiras, mesmo não obteve êxito quanto ao
Itaporanga, Patos e Pombal, diminuíram o cumprimento do limite percentual
percentual no decorrer dos anos, indicando determinado na LRF em nenhum dos anos do
que o município está evoluindo e ajustando período analisado.
suas contas e se for o caso de continuar essa
Nessa mesorregião merece destaque o margem de até 60%, onde todos os demais
município de Lagoa Seca, sendo o que mais ultrapassaram este limite, chegando até mais
ultrapassou o limite, incorrendo com valores, de 80%. Situação também bastante crítica
no ano de 2014, que representam 82,85% na dos municípios dessa região no que se refere
relação despesa com pessoal RCL, e onde o ao cumprimento do limite verificado, onde
que mais se aproximou do limite, foi o pode se observar que quando comparado à
município de Alagoa Nova no ano de 2015, mesorregião do sertão, os municípios do
ultrapassando em apenas 0,03%. Dentre os Agreste apresentam piores resultados.
demais municípios apenas Esperança em
Analisando a evolução dos percentuais no
2015 e Guarabira também em 2015,
decorrer dos anos a maioria dos municípios
obtiveram valores que ficaram dentro da
apresentou uma evolução, onde os
percentuais de despesa com pessoal em onde no decorrer dos anos o seu percentual
relação à RCL alteraram em sentido redução, se distanciou do limite.
indicando um possível esforço por parte dos
municípios para controle das contas e com a
continuidade desse esforço adentrar no limite. 4.4 MESORREGIÃO DO LITORAL
Válido destacar o município de Alagoa Nova, PARAIBANO
onde o percentual diminuiu de 81,79 em 2013
Na mesorregião do Litoral, o resultado não foi
para 54,03 em 2015, num período curto o
tão diferente dos obtidos nas outras
município conseguiu por questões mínimas,
mesorregiões, embora um município em um
incluir o seu percentual, no limite determinado
ano tenha respeitado o limite percentual da
pela LRF. Destacar ainda que os municípios
Despesa com Pessoal em Relação à Receita
de Araruna, Bananeiras e Campina Grande,
Corrente Líquida conforme a Tabela 7.
apresentaram evolução no sentido contrário,
Tabela 7 – Dados dos Municípios da Mesorregião do Litoral Paraibano
Deduções e Receita Corrente Despesa com %
Municípios Ano Receita Corrente
Abatimentos Líquida Pessoal Limite
2013 106.278.309,09 -8.952.888,73 97.325.420,36 87.427.676,96 89,83
Bayeux
2014 121.550.067,88 -9.881.683,89 111.668.383,99 95.351.145,49 85,39
2015 116.555.230,43 -9.881.683,89 106.673.546,54 80.414.478,30 75,38
2013 52.865.907,58 -5.551.341,85 47.314.565,73 34.093.486,66 72,06
Caaporã 2014 58.847.144,27 -6.127.429,45 52.719.714,82 37.077.169,08 70,33
2015 54.802.730,97 -2.250.627,98 52.552.102,99 32.412.854,95 61,68
2013 184.342.833,83 -21.945.568,84 162.397.264,99 120.591.114,93 74,26
Cabedelo 2014 226.486.173,94 -25.343.164,56 201.143.009,38 122.729.124,55 61,02
2015 206.997.478,68 -6.284.554,55 200.712.924,13 116.277.587,11 57,93
2013 56.113.439,35 -5.708.685,99 50.404.753,36 34.489.577,76 68,43
Conde 2014 57.921.907,26 -5.439.569,79 52.482.337,47 36.233.616,95 69,04
2015 62.334.781,43 -5.389.307,78 56.945.473,65 38.061.360,02 66,84
2013 1.610.494.167,31 -112.913.222,06 1.497.580.945,25 932.076.489,63 62,24
João Pessoa 2014 1.849.283.729,39 -128.220.650,71 1.721.063.078,68 1.020.310.197,26 59,28
2015 1.837.037.291,00 -174.994.769,58 1.662.042.521,42 888.273.407,05 53,44
Mamangua- 2013 59.723.391,97 -5.374.896,07 54.348.495,90 37.098.019,62 68,26
pe 2014 63.634.118,59 -5.414.132,50 58.219.986,09 40.879.505,84 70,22
2015 64.900.284,09 -5.467.122,49 59.433.161,60 37.917.535,85 63,80
2013 57.945.301,55 -6.019.705,74 51.925.595,81 37.173.162,25 71,59
Pedras de
2014 62.787.517,01 -5.364.085,77 57.423.431,24 41.933.633,66 73,03
Fogo
2015 64.605.530,73 -7.173.434,63 57.432.096,10 34.579.372,29 60,21
2013 38.061.360,02 -3.571.782,26 34.489.577,76 23.438.068,83 67,96
Rio Tinto 2014 41.503.153,87 -4.202.788,10 37.300.365,77 26.255.239,59 70,39
2015 43.522.898,06 -4.173.216,80 39.349.681,26 25.910.660,19 65,85
2013 175.365.940,30 -14.331.379,91 161.034.560,39 101.982.148,65 63,33
Santa Rita 2014 197.250.469,89 -16.421.410,95 180.829.058,94 127.532.079,13 70,53
2015 199.604.221,40 -25.844.076,65 173.760.144,75 104.626.598,68 60,21
2013 63.173.429,18 -5.293.757,22 57.879.671,96 42.228.667,68 72,96
Sapé 2014 75.442.111,40 -6.196.725,83 69.245.385,57 51.578.413,52 74,49
2015 79.482.724,00 -9.290.285,09 70.192.438,91 42.987.325,06 61,24
Fonte: Dados da Pesquisa
Nesta mesorregião o município de João o limite determinado pela LRF, um valor bem
Pessoa no ano de 2015 obteve um resultado elevado que pode gerar dificuldades para
satisfatório com valor da despesa com contornar a situação entrar no limite.
pessoal representando 53,44% do valor da
Quanto à evolução do índice percentual na
RCL do município, ficando abaixo do limite de
mesorregião do Litoral, constata-se que da
54%, sendo o único município dentre todos os
mesma forma que nas outras mesorregiões,
estudados que obedeceu ao limite, apesar de
os municípios também evoluíram, e no caso
ter sido apenas em um ano do período
dessa região, todos os municípios reduziram
estudado. O próximo município que mais se
o percentual, destacando o município de João
aproximou do limite foi Cabedelo, que obteve
Pessoa, o único analisado nesse trabalho que
despesa que representa um valor de 57,93%
obteve percentual dentro do limite, e quanto a
da RCL do município no ano de 2015. Merece
evolução ele passou de um percentual onde
destaque o município de Bayeux, com um
sua Despesa com pessoal representava em
valor que no ano de 2013 supera em 35,83%
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[8] BRASIL. Ministério da Fazenda.
Secretaria do Tesouro Nacional. Receitas
Capítulo 6
Tabela 01 – Totais de Profissionais (24 horas) e Custeio Mensal (Habilitação e Qualificação) das
Centrais de Regulação das Urgências por Porte Populacional
REPASSE DO MS
REPASSE DO MS
POPULAÇÃO MR TARM RO (HABILITADA E
(HABILITADA) R$
QUALIFICADA) R$
Até 350.000 2 3 2 42.000,00 52.605,00
350.001 a 700.000 4 5 2 68.600,00 85.921,50
700.001 a 1.500.000 5 8 2 89.600,00 112.224,00
1.500.001 a 2.000.000 7 11 2 110.600,00 138.526,50
2.000.001 a 2.500.000 9 13 3 131.600,00 164.829,00
2.500.001 a 3.000.000 11 15 4 152.600,00 191.131,50
3.000.001 a 3.750.000 12 17 5 173.600,00 217.434,00
3.750.001 a 4.500.000 14 22 7 194.600,00 243.736,50
4.500.001 a 5.250.000 16 26 8 215.600,00 270.039,00
5.250.001 a 6.000.000 18 30 10 236.600,00 296.341,50
6.000.001 a 7.000.000 20 35 12 257.600,00 322.644,00
7.000.001 a 8.000.000 22 40 14 278.600,00 348.946,50
8.000.001 a 9.000.000 24 45 16 299.600,00 375.249,00
maioria das vezes, é feito pela Unidade de casos, enquanto a Unidade de Suporte
Suporte Básico (USB), que tem como Básico (USB) teve uma quantidade bem maior
referência a Unidade Hospitalar Dr. Cleodon de atendimentos, contabilizada no total de
Carlos de Andrade (HCCA), em Pau dos 230. No entanto, apesar do número maior de
Ferros - RN. Caso haja necessidade de ocorrências atendidas pela Unidade de
transferência com maiores cuidados para Suporte Básico, o custo se torna menor por se
outra unidade hospitalar de referência no tratar de um atendimento com menor número
Estado do RN, é feita uma nova solicitação, de profissionais, e por ser um atendimento
que fica a cargo da USA, o que é local, sem que seja preciso o deslocamento
caracterizado como atendimento externo, para outra unidade de referência, ficando a
como também a solicitação por outro cargo apenas da Unidade de Suporte
município de abrangência regional, a exemplo Avançado (USA).
de: Apodi, Baraúna e Macau.
Tabela 02 - Custeio do município de Pau dos Ferros-RN, como Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU 192).
Exercício 2017 Folha Pagamento Aluguel Água Luz
Janeiro R$ 24.401,12 R$ 1450, 58 R$ 35,01 R$ 1.564,30
Fevereiro R$ 24.401,12 R$ 1450, 58 R$ 35,71 R$ 1.497,32
Março R$ 24.401,12 R$ 1450, 58 R$ 39,02 R$ 1.590,51
Abril R$ 24.401,12 R$ 1450, 58 R$ 39,02 R$ 1.303,73
Maio R$ 24.401,12 R$ 1450, 58 R$ 38,32 R$ 1.297,94
Junho R$ 24.401,12 R$ 1450, 58 R$ 39,08 R$ 1.235,31
Total R$ 146.406,72 R$ 8.703,48 R$ 226,16 R$ 8.489.11
Fonte: Elaboração Própria a partir dos dados da Secretaria Municipal de Saúde – Pau dos Ferros – RN - 2017.
Tabela 03 - Avaliar o Consumo médio e valor médio mensal e Manutenção de veículos da Unidade
do SAMU do município de Pau dos Ferros-RN
Consumo médio de Combustível Valor 3,24L x consumo Manutenção de Veículos
Exercício 2017
USA USB mensal USA USB em média da USA USB
Jan 1500 L 600 L 4.860,00 1.944,00 1.000,00 1.000,00
Fev 1500 L 600 L 4.860,00 1.944,00 1.000,00 1.000,00
Mar 1500 L 600 L 4.860,00 1.944,00 1.000,00 1.000,00
Abr 1500 L 600 L 4.860,00 1.944,00 1.000,00 1.000,00
Mai 1500 L 600 L 4.860,00 1.944,00 1.000,00 1.000,00
Jun 1500 L 600 L 4.860,00 1.944,00 1.000,00 1.000,00
Total 9000 L 3600 L 29.160,00 11.664,00 6.000,00 6.000,00
Fonte: Elaboração Própria a partir dos dados da SAMU 2017.
Mediante a análise da tabela 03, o consumo proporcional às duas unidades – USA e USB,
médio de combustível da USA é em torno de ficando em média R$ 1000,00 por mês para
1500 Litros por mês, levando em conta que ambas as unidades de resgates do SAMU.
todo dia existe uma cota de 50 Litros durante
De acordo com a tabela 04 abaixo, pode-se
30 dias. Quanto à USB, há uma redução no
constatar o custeamento de materiais diversos
consumo em virtude de ser um carro que não
e o consumo médio mensal para ambas as
faz deslocamento de pacientes para outras
Unidades USA e USB, que compõem a base
unidades que não seja a local, ficando em
de apoio do Serviço de Atendimento Móvel de
torno de três abastecimentos por semana, em
Urgência (SAMU) do município de Pau dos
média 150 Litros, e algo em torno de 600
Ferros.
Litros por mês. No caso da manutenção é
Soro p/ USB 20% 4,90 14,70 29,40 19,60 17,15 14,70 R$ 100,45
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da SAMU 2017.
Conforme os dados constantes na tabela 04, materiais é feito pela USA, tais como: álcool,
pode-se constatar que houve um número mais oxigênio, kit de transfusão e soros. Com
elevado nos atendimentos da USB e, embora exceção de gases, já que o seu uso é mais
tenha um percentual maior de ocorrências, o por parte da USB.
serviço mais oneroso fica a cargo da USA, por
Na tabela 05 vem formalizando o repasse feito
se tratar de um suporte mais avançado e
pela Fundação Nacional de Saúde (FNS), ao
exige que todos os atendimentos tenham a
Fundo Estadual de Saúde do Rio Grande do
presença de médico e enfermeiro. Ainda de
Norte no período de 6 meses. Embora esteja
acordo com a tabela 04, quanto aos materiais
referenciando o Município de Natal, mas no
de procedimentos que são utilizados no dia a
que se refere ao SAMU metropolitano está
dia, pelas equipes que compõem a USA e
incluso a Unidade de Pau dos Ferros, por se
USB, ainda não foi possível detalhar o
tratar de uma base descentralizada que
consumo médio de cada unidade, mas de
pertence à Região metropolitana, onde todo o
acordo com informações repassadas pelo
serviço do SAMU 192 é feito pela Central
coordenador da unidade, pode-se constatar
Regulação em Natal.
que o consumo da grande maioria desses
Tabela 05 - Valor repassado de janeiro a junho 2017 para o Fundo Estadual de Saúde do Rio
Grande do Norte, pela Fundação Nacional de Saúde (FNS), para o SAMU do município de Natal,
onde tema Central de Urgências e Emergências.
Mediante os dados da tabela 05, esses são os de custeio mensal do componente SAMU-192
repasses feitos pela Fundação Nacional de são de responsabilidade compartilhada de
Saúde (FNS) ao Fundo Estadual de Saúde do forma tripartite, entre a União, os Estados, o
RN para o Município de Natal, que servirão Distrito Federal e os Municípios, na seguinte
para o custeamento do SAMU metropolitano proporção:
da região, por mês: as ambulâncias USA E
I – União: 50% (cinquenta por cento) da
USB pertencem à Regional da Central
despesa;
Estadual do Rio Grande do Norte. Portanto,
todo recurso é destinado ao Estado e não II – Estado: no mínimo 25% (vinte e cinco por
para o Município. O valor total repassado ao cento) da despesa; e
Fundo Estadual do RN referente às duas
III – Município no máximo, 25% (vinte e cinco
unidades do Município de Pau dos Ferros, em
por cento) da despesa.
2017 foi: R$ 420.840,00 (jan./17 a jun./17),
sendo R$ 70.140,00 mensal. Parágrafo único. A complementação dos
recursos financeiros repassados pelo
Para justificar os valores citados anteriormente
Ministério da Saúde para o custeio mensal do
cita-se a portaria nº 1.010, de 21 de maio de
Componente SAMU-192 é de
2012, especificamente o art. 40. As despesas
responsabilidade conjunta dos Estados e dos
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da Rede de Atenção às Urgências. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, 30 de setembro de 2012.
Capítulo 7
N = 60
Diante do valor do Coeficiente de Spearman de 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011 é Não
de 0,568157822 ser positivo a Série referente Estacionária, sendo confirmada com o gráfico
ao IPTU arrecadado mensalmente pela 01.
prefeitura de Pau dos Ferros, durante os anos
Gráfico 01: Arrecadação mensal de IPTU durante os anos 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011
01 3.552,83 5,9780418 13.949,36 -0,231824 24.345,88 -0,676152 34.742,40 0,1626256 45.138,93 -0,49318002 0,947902255
02 4.419,21 -0,708527 14.815,73 -0,796084 25.212,26 -0,862443 35.608,78 -0,086066 46.005,30 -0,24149051 -0,538922381
03 5.285,59 -0,555065 15.682,11 -0,749631 26.078,63 -0,880423 36.475,16 -0,505097 46.871,68 -0,78515023 -0,695073554
04 6.151,96 -0,509533 16.548,49 -0,997251 26.945,01 -0,500936 37.341,53 -0,624128 47.738,06 0,04759580 -0,516850811
05 7.018,34 -0,709207 17.414,86 -0,797909 27.811,39 -0,657903 38.207,91 -0,661745 48.604,44 4,34309076 0,303264974
06 7.884,72 -0,936747 18.281,24 -0,710491 28.677,76 2,4362922 39.074,29 5,0268470 49.470,81 -0,62648986 1,03788208
07 8.751,09 -0,866655 19.147,62 -0,090581 29.544,14 0,3534070 39.940,67 0,8602281 50.337,19 -0,70231313 -0,08918297
08 9.617,47 0,4134973 20.013,99 0,1733544 30.410,52 0,5555104 40.807,04 -0,181826 51.203,57 -0,33385812 0,125335633
09 10.483,85 3,8464543 20.880,37 -0,769729 31.276,90 0,2740784 41.673,42 -0,387623 52.069,94 -0,62774647 0,467086671
10 11.350,22 1,5477460 21.746,75 -0,812057 32.143,27 0,5436356 42.539,80 -0,561664 52.936,32 -0,71428577 0,00067477
11 12.216,60 -0,483068 22.613,13 -0,806346 33.009,65 0,0781274 43.406,17 -0,644418 53.802,70 -0,38480556 -0,448102412
12 13.082,98 0,1426992 23.479,50 -0,546673 33.876,03 0,7356944 44.272,55 -0,484530 54.669,07 -0,22846105 -0,07625429
Após os cálculos o valor total somado de prefeitura de Pau dos Ferros corresponde a
previsão para arrecadação do IPTU pela R$ 753.822,81.
Gráfico 02: Arrecadação mensal de ISS durante os anos 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011
01 19.118,03 0,6298779 44.023,20 0,0825804 68.928,36 -0,052281 93.833,52 -0,202718 118.738,6 0,39234645 0,16996087
02 21.193,46 0,5234348 46.098,63 -0,145143 71.003,79 -0,414427 95.908,95 -0,182282 120.814,1 -0,37459328 -0,118602361
03 23.268,89 0,6521413 48.174,06 -0,151042 73.079,22 -0,372511 97.984,38 0,5343375 122.889,5 -0,31806267 0,068972431
04 25.344,32 0,3312736 50.249,49 -0,248672 75.154,65 -0,599812 100.059,8 -0,174473 124.964,9 -0,15502701 -0,169342358
05 27.419,75 0,3785061 52.324,92 0,1088592 77.230,08 -0,376186 102.135,2 0,6636277 127.040,4 -0,24860261 0,10524086
06 29.495,18 0,1802435 54.400,35 -0,089873 79.305,51 -0,088527 104.210,6 -0,002083 129.115,8 -0,13749776 -0,02754771
07 31.570,61 0,0328842 56.475,78 0,1660282 81.380,94 0,0727092 106.286,1 -0,367087 131.191,2 -0,12157889 -0,043408848
08 33.646,04 0,1785019 58.551,21 -0,109136 83.456,37 0,0600931 108.361,5 -0,289046 133.266,7 -0,10354244 -0,052626006
09 35.721,47 -0,016395 60.626,64 -0,076027 85.531,80 0,5825835 110.436,9 0,2214847 135.342,1 -0,12491136 0,11734682
10 37.796,91 0,0190725 62.702,07 -0,233546 87.607,23 0,3205977 112.512,4 -0,256230 137.417,5 1,5868285 0,287344333
11 39.872,34 0,0329886 64.777,50 -0,142540 89.682,66 0,6086014 114.587,8 -0,182742 139.492,9 -0,08573205 0,04611497
12 41.947,77 -0,230201 66.852,93 -0,056493 91.758,09 0,1964758 116.663,2 -0,193389 141.568,4 -0,21702071 -0,100125742
Diante da tabela 05 tem-se que a tendência que apresenta mais de um e meio da média
referente aos 05 (cinco) anos é crescente o dos cinco meses de outubro referentes aos
que influenciou para a previsão da tendência cinco anos.
ser também crescente bem como nos
3º Passo – Previsão dos valores do ISS para o
cálculos dos coeficientes de sazonalidade.
ano de 2012 = Yprev = Te + FS Média
Dentre os coeficientes de sazonalidade,
Previsão * Te.
destaca-se o mês de outubro do último ano
Após os cálculos o valor total somado de prefeitura de Pau dos Ferros corresponde a
previsão para arrecadação do ISS pela R$ 1.905.658,18.
N = 60
Gráfico 03: Arrecadação mensal de ITBI durante os anos 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011
A previsão de valores do ITBI, mediante o uso Quadráticos, para o ano de 2012, foi realizada
do Modelo de Regressão dos Mínimos mediante os seguintes passos.
01 - 4.258,36 -2,415613 2.403,15 0,3625583 9.064,66 -0,306537 15.726,17 -0,470427 22.387,69 0,29951473 -0,506101211
02 - 3.703,24 -1,265651 2.958,27 -0,564685 9.619,79 -0,782230 16.281,30 -0,126777 22.942,81 0,03025114 -0,541818612
03 - 3.148,11 -2,366304 3.513,40 -0,545870 10.174,91 -0,754987 16.836,43 -0,143360 23.497,94 0,13062082 -0,735980477
04 - 2.592,99 -2,430952 4.068,53 -0,213449 10.730,04 -0,824721 17.391,55 -0,400709 24.053,07 -0,0181891 -0,777604626
05 - 2.037,86 -3,189276 4.623,65 1,9875210 11.285,17 -0,826702 17.946,68 -0,351190 24.608,19 -0,0390740 -0,483744628
06 - 1.482,73 -2,197686 5.178,78 -0,309006 11.840,29 -0,061662 18.501,81 -0,017615 25.163,32 0,99042709 -0,319108854
07 - 927,61 -2,128041 5.733,90 -0,459187 12.395,42 -0,675315 19.056,93 -0,052629 25.718,44 0,40613560 -0,581807549
08 - 372,48 -7,706498 6.289,03 -0,395262 12.950,54 -0,177960 19.612,06 0,3028403 26.273,57 0,35885681 -1,523604948
09 182,64 14,432418 6.844,16 -0,695871 13.505,67 -0,371076 20.167,18 0,0324590 26.828,70 0,34488346 2,748562587
10 737,77 7,6119772 7.399,28 -0,708079 14.060,80 -0,296310 20.722,31 -0,426445 27.383,82 -0,1310814 1,210011981
11 1.292,90 0,1369744 7.954,41 -0,739682 14.615,92 0,4749421 21.277,44 -0,318665 27.938,95 -0,0991944 -0,109125136
12 1.848,02 -0,177580 8.509,54 -0,841577 15.171,05 0,0921486 21.832,56 -0,408298 28.494,07 0,30872507 -0,205316462
A tabela 08 demonstra que a tendência ano que apresenta quase quatorze vezes da
referente aos 05 (cinco) anos é crescente o média dos cinco meses de janeiro referentes
que influenciou para a previsão da tendência aos cinco anos.
ser também crescente bem como nos
3º Passo – Previsão dos valores do ITBI para o
cálculos dos coeficientes de sazonalidade.
ano de 2012 = Yprev = Te + FS Média
Dentre os coeficientes de sazonalidade,
Previsão * Te.
destaca-se o do mês de setembro do primeiro
Da tabela 11, visualiza-se que o município de sobre o próprio assunto de Séries Temporais,
Pau dos Ferros apresenta valores de projeção e que incorpore ao seu quadro de
dos impostos evidenciados representativos, funcionários o cargo de Auditor Fiscal de
para o ano de 2012. Isso se deve pelo motivo Tributos, devendo fazer parte do quadro
de os valores arrecadados serem efetivo através de concurso. Para assumirem
significativos. Pois a projeção ocorre tomando os cargos citados, devem exigir dos
por base os valores arrecadados. candidatos que tenham qualificação técnica,
como os profissionais graduados em Ciências
Sugere-se para o município de Pau dos Ferros
Contábeis ou áreas afins, pois eles
que forneçam treinamentos, capacitação para
proporcionarão um resultado ainda mais
os Agentes Fiscais de Tributos, inclusive,
satisfatório.
REFERÊNCIAS
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<http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Leis/L432
[2] BRASIL. Constituição (1988).
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Disponível em:
[7] LIMA, Bernadete Ractz. A Mudança
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da modalidade de lançamento do IPTU no
/Lcp101.htm>. Acesso em: 24 jul. 2010.
Município de Florianópolis: Implicações
Administrativas Fiscais. Mestrado em Gestão
Capítulo 8
Resumo: Este artigo possui como finalidade maximizar a receita de uma indústria
de uniformes no município de Medianeira, que confecciona diferentes produtos. A
coleta de dados foi realizada na forma de entrevista, levando em consideração os
principais problemas relacionados aos custos de produção. A Pesquisa
Operacional mostrou-se de grande importância na tomada de decisão, na qual,
após análise de dados e construção de tabelas, foi possível modelar, definir
restrições para o problema em questão e resolvê-lo através do software Microsoft
Excel com Solver. Os resultados obtidos definiram quanto de cada produto deverá
ser produzido para alcançar melhores índices lucrativos para a empresa, sendo de
500 unidades para calça, 500 unidades para camisa e 509 unidades para a blusa
de moletom, tendo como solução ótima para maximização da receita mensal de
R$ 34.124,54 mil reais. Conclui-se que os resultados foram viáveis e satisfatórios,
validando assim a modelagem utilizada.
Onde:
𝑓(𝑋1 ; 𝑋2 ; 𝑋3 ; … . . ; 𝑋𝑛 ) = 𝐶1 𝑋1 + 𝐶2 𝑋2 + 𝐶3 𝑋3 + ⋯ + 𝐶𝑛 𝑋𝑛
𝑔𝑖 (𝑋1 ; 𝑋2 ; 𝑋3 ; … . . ; 𝑋𝑛 ) = 𝑎𝑖1 𝑋1 + 𝑎𝑖2 𝑋2 + 𝑎𝑖3 𝑋3 + ⋯ + 𝑎𝑖𝑛 𝑋𝑛 , 𝑖 = 1, … , 𝑚
I é o índice de uma determinada restrição (i = não tão sofisticadas quanto estas, o uso de
1, 2 ... m); planilhas eletrônicas, associado ao conjunto
de programas para análise e formulação de
J é o índice de uma determinada variável (j =
problemas, apresenta-se como alternativa de
1, 2 ... n);
baixo custo e baixa complexidade para
Ci é o coeficiente (constante) da variável xi da solução de problemas gerenciais em
função-objetivo; pequenas empresas (EOM, KIM, 2006).
Aij é o coeficiente (constante) da variável xi da As planilhas eletrônicas são programas de
j-ésima restrição. computadores que possibilitam ao usuário
realizar cálculos e dispor rapidamente de
O planejamento agregado da produção é
visualizações gráficas a partir de simples
responsável por fazer a ligação entre a
manipulações de listas (LACHTERMACHER,
produção e as decisões estratégicas da
2002). O grande atrativo destas planilhas é a
empresa, ou seja, sua função principal é
facilidade de criar interfaces flexíveis para o
conciliar a capacidade de fornecimento da
usuário com um custo baixo (FERREIRA,
produção, com a demanda de mercado,
2007).
obtendo o menor custo possível, e atendendo
os objetivos e as estratégias gerais da
organização, combinando alternativas de
3. MATERIAL E MÉTODOS
custos, capacidades e estocagem, da melhor
maneira possível (TUBINO, 2000). Esse trabalho utilizou dois métodos de
pesquisa: o estudo de caso, para conhecer o
Segundo Stevenson (2001) no planejamento
fenômeno no contexto real de forma ampla e
agregado os produtos devem ser agregados
detalhada (YIN,2001). No qual realizou-se
em classes ou famílias, pois isto permite uma
uma coleta de dados na forma de entrevista
maior assertividade na previsão da demanda
com a proprietária abordando os principais
agregada em relação à previsão feita sobre
problemas relacionados aos custos de
itens específicos.
produção, utilizou-se também a Programação
Para a solução de problemas de Linear, que aborda quantitativamente o
planejamento agregado da produção existem problema para assim obter soluções e
várias técnicas disponíveis na literatura controlar as variáveis gerenciais em estudo.
(TECHAWIBOONWONG, 2002). Sendo que a Quanto a abordagem do problema, trata-se
escolha de uma técnica apropriada de uma pesquisa quantitativa, que segundo
dependerá do grau de complexidade do Kauark, Manhães e Medeiros (2010) é a
modelo, podendo ser do tipo bem- pesquisa que considera o que pode ser
estruturados ou mal estruturados, o primeiro quantificável.
tipo envolve os modelos mais rígidos em sua
A empresa estudada localiza-se na cidade de
formulação matemática, porém as soluções
Medianeira (PR) e atua no ramo de uniformes
geradas são precisas, já do tipo quantitativo
industriais, com a fabricação de diversos
mal estruturados são mais flexíveis na
produtos, porém para o estudo foram
formulação do modelo, no entanto requerem
selecionados apenas as calças, camisas e
heurísticas muitas vezes pouco precisas para
moletom, produtos com maior demanda no
solucionar o problema. Tais modelos
mercado. Para a solução do problema
representam uma gama significativa de
abordado no artigo foi utilizado o software
problemas gerenciais, cuja solução envolve o
Microsoft Excel com Solver
emprego de técnicas de programação
matemática, (MULA, 2006).
Tem-se hoje inúmeros ambientes 4. RESULTADOS
computacionais orientados à solução de
4.1 ESTRUTURAÇÃO DO MODELO
problemas de planejamento e
sequenciamento da produção, a maioria dos O modelo matemático de programação linear
quais baseados em algoritmos da é composto de uma função objetivo linear, e
programação matemática, sendo projetados de restrições técnicas representadas por um
para lidar com problemas de grande porte e grupo de inequações também lineares
requerendo altos investimentos em hardware (SILVA, 2010).
e software. Porém, para atender empresas
Em contato com a empresa obteve-se acesso
menores que convivem com problemas de
ao banco de dados, o que possibilitou
menor escala e disponibilizam ferramentas
identificar que a mesma possui três produtos sobre o custo de produção de cada item,
com uma maior demanda, sendo eles a calça impostos, custos com transporte e custos
de brim branca, a camisa de brim branca e a gerais da produção, realizou-se uma média
blusa de moletom flanelado branca. Para como esses dados e obteve-se os valores
estabelecer o preço de venda de cada um para cada produto, considerando um lucro de
dos itens, utilizou-se dados de três messes 20% como mostra a Tabela 1.
Ao observar a Figura 8, a quantidade ótima O método utilizado neste trabalho pode ser
em que cada produto deve ser produzido empregado como ferramenta de auxílio na
para que a empresa obtenha uma receita determinação das quantidades produzidas
máxima foi de: x1=500 unidades para as visando a maximização da receita, assim
camisas de brim branca, x2=500 unidades identifica-se que o ganho mensal que poderia
para as calças de brim brancas, e x3=509 ser obtido com o uso da Programação Linear
unidades para as blusas de moletons, é de R$ 34124,54 e a quantidade necessária
considerando essas quantidades produzidas a ser produzida de cada um dos produtos
em um mês de trabalho de empresa tem-se analisado para alcançar esse valor, sendo de
como resultado a solução ótima de 500 unidades para calça, 500 unidades para
R$ 34.124,54 mil reais de receita máxima camisa e 509 unidades para a blusa de
mensal, levando em consideração as moletom.
limitações da empresa.
Entretanto, para fins gerenciais torna-se
importante analisar os sistemas produtivos e
suas restrições através da Pesquisa
5. CONCLUSÕES
Operacional resultando na determinação de
Este artigo ressalta a importância da Pesquisa parâmetros de produção, como quantidade
Operacional que vem sendo desenvolvido produzida, eficiência, e horas trabalhadas,
para auxiliar administradores na tarefa de parâmetros estes que quando definidos
produzir planos ótimos agregados de inadequadamente podem acarretar em
produção, desenvolvido de forma objetiva e resultados indesejados.
apresentando aspectos de modelagem e
implementação de um ambiente de apoio à
decisão.
REFERÊNCIAS
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Introdução à pesquisa operacional. Rio de Janeiro: produtivo. Porto Alegre: SEBRAE/RS, 2007.
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Capítulo 9
Quadro 1. Quantidade Vendida, Preços Unitários e Custos Variáveis Unitários dos Produtos
Preço de
Custo Variável
Produtos Aplicação Qtd. Venda Unitário
Unitário (R$)
(R$)
Vidros laminados Passeio popular 50 323,00 180,00
Vidros laminados Passeio Luxo 6 417,50 250,00
Vidros laminados Caminhão 4 405,00 210,00
Vidros Temperados Laterais Passeio popular 5 130,00 60,00
Vidros Temperados Vigias Passeio popular 5 340,00 200,00
Vidros Temperados Laterais Passeio Luxo 5 235,00 130,00
Vidros Temperados Vigias Passeio Luxo 5 485,00 300,00
Maq. Elétricas Todos 60 121,00 45,00
Guarnições Passeio popular 40 52,50 25,00
Acessórios Aparelho de som 2 152,50 75,00
Acessórios Autos falantes 6 117,50 45,00
Acessórios Kit de trava elétrica 3 260,00 90,00
Acessórios Retrovisores 2 105,00 50,00
Acessórios Palhetas limpadoras de para-brisa 15 42,50 25,00
Acessórios Interruptores de vidros 20 52,50 25,00
Acessórios Automatização de vidros elétricos 10 220,00 60,00
Quadro 7. Limite inferior e superior dos demais custos variáveis e despesas variáveis
Total -10% +10%
R$ 410,00 R$ 369,00 R$ 451,00
Média 23562,95006
Mediana 23545,32316
Modo #N/D
Curtose -0,464863734
Assimetria 0,224217315
Intervalo 9271,112085
Mínimo 19847,01107
Máximo 29118,12315
Soma 11781475,03
Contagem 500
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São Paulo: Atlas, 2010.
Capítulo 10
Após fazer esse processo, restava então bruto, deduzindo as despesas da entidade
subtrair o custo das mercadorias vendidas decorrentes do exercício.
das receitas obtidas e chegava-se ao lucro
Com esse novo cenário econômico evoluindo,
as informações passaram a ter grande
importância, pois, além de atingir altos níveis décadas, de mera auxiliar na avaliação de
na administração e operação com os estoques e lucros globais para importante
relatórios sobre os custos, ajudam na arma de controle e decisão gerenciais”.
diminuição dos riscos e tomada de decisões.
Portanto, a contabilidade de custos com sua
Nesse sentido, Martins (2003) traz uma
influência passou a ser uma estratégica
abordagem sobre as duas funções relevantes
ferramenta de gestão das empresas, por
da contabilidade de custos, relacionadas a
suprir suas necessidades de informação.
controle, pois fornece dados para que sejam
estabelecidos alguns padrões, orçamento
dentre outras maneiras de previsão para que
3 TERMINOLOGIAS UTILIZADAS EM
não haja imprevistos no futuro, sempre com o
CUSTOS INDUSTRIAIS
intuito de comparar os dados e auxiliando na
tomada de decisões. É necessário o perfeito entendimento das
terminologias para todos os envolvidos, para
A Contabilidade de Custos era vista apenas
que não haja desavenças, seja para o pessoal
como uma simples auxiliar quando se tratava
da produção quanto para o contador, para
de avaliação dos estoques. Mas, para um
que não suscitem dúvidas do significado do
bom controle se faz necessária uma boa
vocabulário utilizado. O autor Martins (2003)
utilização dessas informações, e Martins
apresenta os seguintes conceitos:
(2003),apresenta que “Contabilidade de
Custos acabou por passar, nessas últimas
Quadro 2: Vocabulário
Todo valor relacionado a um bem ou serviço aplicado na produção de outros bens ou
Custo
serviços
Gasto É o sacrifício que a entidade faz para a aquisição de um produto ou serviço qualquer
São os demais gastos de produção, que não podem ser mensurados facilmente,
Custo Indireto também conhecidos como Custos Indiretos de Fabricação (CIF) ou Custo Indireto de
Produção (CIP). Ex: Mão-de-obra Indireta e Aluguel da fábrica
Os custos que não se alteram, independente do volume de produção. Ex: Mão de Obra
Custo Fixo
Indireta
O Quadro apresenta visualmente como De acordo com Bornia (2010), os custos totais
funciona o custeio variável, podendo ser de um determinado período são subdivididos
observado claramente o que o distingue do aos produtos. Com esse sistema temos uma
Custeio por Absorção que é o fato dos Custos correlação direta com os estoques.
Fixos seguirem diretamente para o resultado
Martins (2003) relata que o custeio por
do período.
absorção deriva da aplicação dos princípios
de contabilidade normalmente aceitos e
constitui-se na apropriação de todos os
5.1.2 CUSTEIO POR ABSORÇÃO INTEGRAL
custos de produção ao que foi feito, somente
O custeio por absorção integral é utilizado de os de produção, todos os gastos relacionados
forma a considerar todos os custos de ao esforço de produção são partilhados para
produção sendo eles diretos ou indiretos, todos os produtos ou serviços elaborados.
fixos ou variáveis.
O grau de detalhamento varia de acordo com que caracteriza um antigo instituto alemão.
as metas e objetivos esperados da empresa. Mas também pode-se chamar de método dos
A alocação dos custos às atividades está centros de custos ou mapa de localização.
relacionada à alocação dos custos indiretos
De acordo com Martins (2003), esse conceito
aos produtos. A redistribuição é feita dos
de fixar preço surgiu na Alemanha no ano de
custos das atividades aos produtos. No
1900, como uma forma de alocar custos e
cálculo, é utilizado o termo “direcionadores de
despesas. Ele compõe-se não unicamente do
custos", que define os custos das atividades,
custo de produção, mas também de
com o propósito de localizar os motivos que
despesas incluindo as financeiras, sendo
originaram os custos e fazer uma correta
assim distribuídos a todos os produtos.
distribuição.
Já Bornia (2010) aborda que esse método tem
um foco somente nos custos indiretos. Sua
5.2.2 REICHSKURATORIUM FÜR principal característica é separar na menor
WIRTSCHAFTLICHTKEIT (RKW) parte da departamentalização os centros de
custos.
Esse sistema é mais conhecido pelos
brasileiros pela sigla RKW, uma abreviação
de Reichskuratorium Für Wirtschaftlichtkeit,
Esse sistema exige a classificação dos custos Para poder distribuir corretamente os custos
em diretos e indiretos. Os diretos, são fáceis aos produtos, esse método nos proporciona
de alocar diretamente aos produtos, enquanto cinco etapas:
os indiretos concedem suporte aos centros
diretos.
Ao término desses passos, entende-se que foi De acordo com Bornia (2010), a distribuição
alocado os custos aos produtos. Na maioria primária e secundária pode ser identificada
das vezes esse método auxilia no por uma matriz de custos, conforme figura 2.
planejamento e no domínio dos custos.
Número de
17 4 4 12 28 65
Funcionários
Número de
3 0 5 21 20 49
Requisições
Sabe-se que todo critério de rateio possui Iniciando a demonstração dos itens de custo,
maior ou menor grau de arbitrariedade. o Quadro abaixo objetiva evidenciar a Matéria
Preocupados com esta questão, os Prima, destacada como item de maior
pesquisadores tanto pesquisaram como relevância entre todos.
identificaram na prática, que os critérios
propostos acima são os que mais se
aproximam para o contexto.
Matéria Direto ao
Madeira R$516.388,40 Custo Direto Variável
Prima Produto
Matéria Direto ao
Insumos R$31.386,45 Custo Direto Variável
Prima Produto
Matéria Direto ao
Frete s/ compra R$19.349,17 Custo Direto Variável
Prima Produto
Número de
Mão-de-Obra Indireta Pessoal R$28.150,00 Custo Indireto Fixo
Funcionários
Número de
Administração Pessoal R$47.567,06 Despesa N/A Fixo
Funcionários
Número de
Comercial (vendas) Pessoal R$10.760,00 Despesa N/A Fixo
Funcionários
Número de
Pro-labore Pessoal R$10.800,00 Despesa N/A Fixo
Funcionários
Desta forma, o Quadro sobre pessoal demonstra, além de tudo que, parte será considerada como
custo e parte como despesas.
Em seguida, o Quadro demonstra os critérios utilizados para distribuição dos gastos com materiais e
suas formas de distribuição.
Material
uso/consumo Materiais Número de Requisições R$4.926,39 Custo Direto Variável
fábrica
Materiais
gastos
Materiais Número de Requisições R$1.422,06 Custo Indireto Variável
caminhão
(cargo 2429)
Material de
Materiais Número de Requisições R$2.202,21 Despesa N/A Fixo
escritório
Material de
Materiais Número de Requisições R$1.631,87 Despesa N/A Fixo
limpeza/copa
Combustíveis
(administração Materiais Número de Requisições R$21.539,68 Despesa N/A Fixo
)
Os itens não classificados nos Quadros acima Da mesma forma que os anteriores, o Quadro
foram definidos no grupo “outros”, abaixo: acima demonstra a distribuição dos
classificados em “outros”.
Manutenção de prédios e
Outros Área construída R$6.692,19 Custo Indireto Fixo
instalações
Manutenção veículos produção Outros Volume de Vendas R$1.095,37 Custo Indireto Fixo
Aluguel de maquinas e
Outros Maquinários R$862,47 Despesa N/A Fixo
equipamentos
Número de
Veículos (administração) Outros R$15.766,38 Despesa N/A Fixo
Requisições
Número de
Aluguel de veículos Outros R$3.630,00 Despesa N/A Fixo
Requisições
Número de
Telefone Outros R$11.822,32 Despesa N/A Fixo
Funcionários
Número de
Lanches e refeições Outros R$1.708,88 Despesa N/A Fixo
Requisições
Outras despesas de menor valor Outros Volume de Vendas R$32.509,75 Despesa N/A Fixo
Por último, dentro dos itens de custo, abaixo apresenta-se o grupo “comerciais” e como foram
classificados:
Frete s/ vendas
Comerciais Direto Despesa Variável R$98.548,27 Despesa N/A Variável
(pessoa jurídica)
Frete s/ vendas -
Comerciais Direto Despesa Variável R$137.376,17 Despesa N/A Variável
autônomos
Comissões vendas
Comerciais Direto Despesa Variável R$10.546,32 Despesa N/A Variável
representantes SP
Despesas com
Comerciais Direto Despesa Variável R$3.756,54 Despesa N/A Variável
viagens
A tabela abaixo apresenta o custo total e por dos gastos, já sob o efeito das apropriações
unidade do PBR e do VARIADOS, após diretas e dos rateios.
conclusão de todos os cálculos e alocações
de cada custo. Além de elucidar estes pontos, Mediante o sistema implantado tornou-se
a presente pesquisa apresentou um estudo possível averiguar os custos do produto,
de caso em que a empresa estudada foi levando em consideração o antes, durante e
separada em centros de custos, os custos depois do processo, com informações
indiretos, diretos e as despesas fixas foram fidedignas e essenciais para a tomada de
alocados e integrados aos centros, e as decisão dos gestores, pois representa a
despesas variáveis foram direto para o realidade da indústria.
resultado, demonstrando assim o custo mais
acurado do produto.
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Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas 2003.
Guerra. Custos: Planejamento, Implantação e
Controle. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
Capítulo 11
Consumo mais inteligente e humano. Essa ideia espalhou-se por toda Europa, em
(MUNDOCOOP, 2017). especial Alemanha e Itália, permitindo que a
sociedade enxergasse outro meio de
consumo e consolidou os 7 princípios do
2.4 COOPERATIVISMO cooperativismo que são seguidos até hoje.
São eles:
É importante ressaltar que “a cooperação
entre pessoas sempre existiu, desde os ADESÃO LIVRE E VOLUNTÁRIA: As
tempos mais remotos, estando sempre cooperativas são organizações voluntárias,
associada à sobrevivência da humanidade. abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os
Existem exemplos de cooperação em relatos seus serviços e assumir as responsabilidades
bíblicos e entre diversos povos, desde o como membros, sem discriminação de sexo
Antigo Egito”. (CARVALHO, 2011, p. 22). ou gênero, social, racial, política e religiosa.
Sobre a definição de cooperação e sua ideia GESTÃO DEMOCRÁTICA: As cooperativas
de auxílio mútuo, a Organização das são organizações democráticas, controladas
Cooperativas Brasileiras definem o pelos seus membros, que
cooperativismo como um movimento participam ativamente na formulação das
econômico e social que proporciona uma suas políticas e na tomada de decisões. Os
reforma dentro do capitalismo, objetivando o homens e as mulheres, eleitos como
bem comum de forma mais democrática. representantes dos demais membros, são
responsáveis perante estes. Nas cooperativas
É um movimento econômico e social, entre
de primeiro grau, os membros têm igual
pessoas, em que a cooperação se baseia na
direito de voto (um membro, um voto); as
participação dos associados, nas atividades
cooperativas de grau superior são também
econômicas com vistas a atingir o bem
organizadas de maneira democrática.
comum e promover uma reforma social dentro
do capitalismo. PARTICIPAÇÃO ECONÔMICA: Os membros
contribuem equitativamente para o capital das
Por meio da cooperação, busca-se satisfazer
suas cooperativas e controlam-no
as necessidades humanas e resolver os
democraticamente. Parte desse capital
problemas comuns. O fim maior é o homem,
é, normalmente, propriedade comum da
não o lucro. Uma organização dessa natureza
cooperativa. Os membros podem receber,
se caracteriza por ser gerida de forma
habitualmente, havendo condições
democrática e participativa, de acordo com
econômico financeiras para tanto, uma
aquilo que pretendem seus associados.
remuneração sobre o capital integralizado,
(ORGANIZAÇÃO DAS COOPERATIVAS
como condição de sua adesão. Os
BRASILEIRAS (OCB), CRESUL, 2016).
membros destinam os excedentes a uma ou
De forma breve, é preciso entender como o mais das seguintes
cooperativismo ganhou forma. Foi com a finalidades: desenvolvimento da cooperativa,
Revolução Industrial, ainda no século XVIII na possibilitando a formação de reservas, em
Inglaterra que surgiu essa nova ideologia. parte indivisíveis; retorno aos sócios na
Nesse período marcado pela substituição da proporção de suas transações com as
mão de obra pelas máquinas e por uma cooperativas e apoio a outras atividades que
classe operária submetida a baixos salários e forem aprovadas pelos associados.
a longas jornadas de trabalho, que os autores
AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA: As
Charles Fourie, de origem francesa, e Robert
cooperativas são organizações autônomas,
Owen, de origem inglesa, se inspiraram e
de ajuda mútua, controladas pelos seus
deram inicio aos ideais cooperativistas. Em
membros. Se firmarem acordos com outras
1844, nasceu na Inglaterra, a primeira
organizações, incluindo instituições públicas,
cooperativa conhecida como Sociedade dos
ou recorrerem ao capital externo, devem fazê-
Probos Pioneiros de Rochdale foi fundada por
lo em condições que assegurem o
28 tecelões com o intuito de buscar
controle democrático pelos seus membros e
alternativas para a classe operária. Montaram
mantenham a autonomia da cooperativa.
um pequeno armazém para compra e
revenda de produtos a preços mais EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO E
competitivo, cada fundador contribuiu com INFORMAÇÃO: As cooperativas promovem a
uma libra para formar o capital inicial. educação e a formação dos seus membros,
(PORTAL DO COOPERATIVISMO dos representantes eleitos e dos
FINANCEIRO, 2017). trabalhadores, de forma que estes possam
de suas características mais significativas adquiriu durante os anos para manter-se forte
está na utilização de técnicas padronizadas diante de um mercado competitivo, com o
de coleta de dados”. intuito de escutar os responsáveis pela idônea
ideia de empreendimento e sustentabilidade.
As informações foram analisadas
As limitações que foram encontradas ao longo
qualitativamente para a pesquisa descritiva.
do estudo se remetem a bibliografia. O
De acordo com Freitas e Prodanov (2013, p.
assunto proposto, economia compartilhada, é
114) “nas analises qualitativas, o pesquisador
um tema respectivamente novo e quase não
faz uma abstração, além dos dados obtidos,
se encontra em livros. O estudo foi
buscando possíveis explicações (implícitas
parcialmente baseado em artigos e outros
nos discursos ou documentos), para
materiais disponibilizados.
estabelecer configurações e fluxos de causa
e efeito”. Ou seja, está relacionada com as
opiniões e conclusões sobre os fatos e não
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
com os fatos numéricos.
Os resultados apontam para um estudo bem
Os estudos foram realizados na empresa com
interessante e grande correlação com
a gerente de negócios e com o corpo diretor
aspectos da globalização da economia,
(presidente, diretor administrativo e diretor
paradigmas, estratégia empresarial e cultura
operacional). Essas pessoas possuem entre
organizacional. Inicialmente é importante
18 e 19 anos de empresa. São conhecedores
ressaltar diferenças existentes entre as
de todos os caminhos que a instituição de
cooperativas e os bancos:
crédito já percorreu e foram essenciais para a
formulação do conceito estratégico que ela
participação de resultados e corrige o capital Três pilares sustentam sua ideia frente ao
integralizado uma vez ao ano; os associados capitalismo tradicional como fora definida
são responsáveis pelas indicações, eleições e anteriormente e, podem ser alinhados e
controle da cooperativa, por isso, é observados dentro do contexto que o
independente e autônoma não dependente de cooperativismo sugere. O mercado de
terceiros; tem por prática capacitar e informar, redistribuição, na economia compartilhada é
visto que a informação num passado muito definido como a utilização de um determinado
próximo deixava a desejar, mas de acordo bem ou serviço, que em algum momento
com o grupo gestor, já está caminhando para perdeu sua utilidade, e neste novo ambiente
mudar essa impressão e promove rodadas de acaba por gerar uma renda extra. No
negócios com foco na educação financeira cooperativismo esse mercado de
para capacitar os associados e dependentes; redistribuição pode ser enxergado na
instala-se onde percebe o interesse da participação dos resultados financeiros
comunidade. De um modo geral, para o corpo creditados uma vez ao ano em conta corrente,
de representantes entrevistados, os princípios é o que ocorre nesta instituição. De uma
são atendidos com exatidão e procuram forma mais clara, ao associar-se o cooperado
sempre estar próximos da ideologia do fará uso de quase todos os produtos e
cooperativismo. serviços oferecidos por um banco, mas como
ele é um sócio, considerado “dono” desta
No cenário de globalização novos modelos de
instituição receberá a participação dos lucros
negócios ganham ênfase e com o
gerados. Ou seja, fará a utilização de um
cooperativismo não poderia ser diferente,
determinado produto ou serviço, que em
porém também é ameaçado de acordo com o
algum momento inviabilizou o seu negócio,
Presidente da instituição. Com as mudanças
principalmente pelas tarifas e taxas abusivas
propostas pela globalização o sistema
cobradas pelos bancos, enquanto nesse novo
cooperativo corre um grande risco de ter o
ambiente as taxas praticadas são menores e
seu discurso de 100 anos atrás modificado.
geram lucro a partir da reciprocidade.
Por isso, o cooperativismo deve ser forte a
ponto de não se perder dos seus sete O segundo pilar da economia compartilhada
princípios, pois no momento em que se é o estilo de vida colaborativo que propõe ao
afastam desta ideologia perdem o objetivo de indivíduo compartilhar o que tem de melhor
cooperativa. com seu grupo social. No cooperativismo a
vida colaborativa é colocada em prática
Diante dos fatos gerados a partir da
através da vivência de uma ideologia que visa
globalização, a sociedade passou a
o crescimento em conjunto e o bem comum,
preocupar-se com o futuro e praticar um
interessada em compartilhar com os seus
capitalismo mais consciente, sendo mais
membros e com a comunidade local soluções
cooperativa e sustentável, de tal modo que
financeiras e sustentáveis. O terceiro e último
novos paradigmas fossem formados, e de
pilar analisado é o sistema de produtos e
acordo com Medeiros (2017) nesse novo
serviços, que tem por foco a experiência e a
paradigma “não é apenas ter e acumular, mas
utilização do bem ou serviço e não mais a sua
ser e usufruir”. Ou seja, essa ideia é o alicerce
aquisição. Em uma analogia a este conceito,
da economia compartilhada, que visa
tem-se os bancos que cobram altas tarifas
compartilhar recursos humanos, financeiros,
por esses recursos, como se fossem
conhecimento intelectual, infraestrutura, entre
adquiridos/ comprados pelos seus
outros.
correntistas. Enquanto o interesse da
A economia compartilhada é considerada um cooperativa não é vender, mas compartilhar
novo paradigma, mas sempre esteve um serviço diferenciado capaz de agregar
intrínseco na ideologia das cooperativas de valor ao negócio do associado.
crédito, que são centenárias, sempre
Os conceitos do cooperativismo e da
objetivaram o compartilhamento de soluções.
economia compartilhada se cruzam em
De acordo com Barbosa (2017), é com esse
diversos momentos, e por isso, é notório por
novo cenário, proposto pelas mudanças
parte do conhecimento estratégico do corpo
tecnológicas, que as cooperativas ganharam
diretor que as premissas que definem esse
mais visibilidade e um destaque ainda maior.
novo paradigma estejam presentes também
Os representantes estratégicos da instituição
no cooperativismo. De forma sucinta Krupinsk
concordam que com essa estratégia as
(2016) define as premissas da economia
cooperativas ganharam mais ênfase.
compartilhada.
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[11] CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS
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COOPERATIVAS DE CRÉDITO – CONFEBRAS.
urbana: Uma proposta de marco legal. Brasília:
2017. Disponível em: http://confebras.coop.br
Capítulo 12
em empresas associadas junto aos serviços O delineamento da pesquisa foi feito pelo
de proteção de crédito (SPC, SERASA, etc.). levantamento de campo, que visa levantar
informações com base nos dados descritos
De acordo com Ruberto et al. (2013, p. 60) a
pelos respondentes do questionário e avaliar
inadimplência é uma “consequência natural
as respostas do grupo pesquisado de forma
do processo de endividamento”. Ou seja, a
com que seja possível, “obter as conclusões
partir da criação da dívida ocorre o
correspondentes dos dados coletados” (GIL,
endividamento, e, sem a sua quitação, inicia-
2012, p. 55). Dessa forma foi elaborado um
se o processo de acúmulo de cobranças de
questionário contendo perguntas
pagamento, instalando-se a inadimplência.
demográficas, nível de educação financeira e
Fernandes e Candido (2014) buscaram saúde financeira como variáveis para realizar
relacionar a educação financeira com o nível a coleta e análise dos dados,
de endividamento dos indivíduos e concluíram predominantemente com escala Likert, na
que a falta de informação recebida pela qual as “pessoas manifestam sua
criança sobre educação financeira tanto em concordância ou discordância em relação a
casa como nas escolas influência nas cada um dos enunciados” (GIL, 2012, p. 144).
decisões financeiras tomadas na vida adulta.
O questionário elaborado foi composto por 23
No estudo, relatou-se que parte dos
questões, das quais, as cinco primeiras se
entrevistados acreditam que a compra da
referiam a parte demográfica, englobando:
casa própria e do veículo são responsáveis
escolaridade, idades, sexo, estado civil e
diretos pelo endividamento, demonstrando
renda. As questões 6 a 14 abordavam sobre
que “estamos em uma economia voltada ao
educação financeira e saúde financeira, as
consumo” (FERNANDES; CANDIDO, 2014, p.
questões 17 e 18 tratavam sobre a utilização
909). Claudino, Nunes e Silva (2009) viram
de algum tipo de crédito, e qual foi o crédito
que as pessoas que possuem mais dívidas
utilizado. As questões 19 e 20 apresentavam
também são aquelas com menos
os conceitos de dois importantes termos da
conhecimento em educação financeira, sendo
matemática financeira, sendo eles
que 44% dos respondentes de sua pesquisa
amortização e juros, a questão 21 era sobre
relataram ter um conhecimento insuficiente de
qual o investimento a pessoa realiza, e por
educação financeira.
fim, as duas últimas questões eram cálculos
Dessa forma, observa-se que a abordagem sobre juros simples.
do tema finanças pessoais, e das variáveis
A população alvo da pesquisa foram as
educação financeira e saúde financeira são
pessoas residentes em Brasília ou entorno,
relevantes, pois se nota que a população não
que estão cursando o nível superior ou que já
adquiriu na infância, e não obtém na vida
o concluíram. Com isso, a amostra escolhida
adulta, conhecimentos sobre educação
foi a não probabilística por conveniência, já
financeira. Esse déficit influencia diretamente
que, segundo Navidi (2012, p. 14) é “aquela
no controle das próprias finanças, o que pode
que não pode ser obtida por um método
acarretar uma saúde financeira ruim e gerar
aleatório bem definido”, de forma com que os
consequências graves como a inadimplência.
respondentes são aqueles foi possível atingir.
Para coleta de dados foi criado um
3 MÉTODO DE PESQUISA questionário na plataforma Google Forms com
base nos conceitos encontrados nos livros de
O tipo de pesquisa escolhido foi a descritiva,
Ferreira (2014) e Gitman (2010). Os
que, de acordo com Gil (2002) é utilizada
respondentes obtiveram acesso por meio de
para fazer relações entre variáveis e verificar
link’s, os quais foram divulgados via e-mail,
se existe correlação entre elas; sendo assim,
WhatsApp e Facebook e aos respondentes foi
atende o que foi proposto no objetivo geral da
instruído que repassassem o link. Sendo
pesquisa que é verificar a existência de
assim, o instrumento de pesquisa foi
relação entre o nível de educação financeira
disponibilizado no período do dia 07/09/2017
de um indivíduo e a sua saúde financeira.
ao dia 20/09/2017, foram respondidos 334
Segundo Vergara (2015) a pesquisa também
questionários, porém apenas 279 foram
é quantitativa, pois tem como foco obter
considerados válidos, sendo
dados para análise, com base na repetição
desconsiderados 53 respondentes que
das respostas semelhantes de acordo com as
possuíam apenas o ensino médio e 2 com o
opções marcadas pelos respondentes da
ensino fundamental. A análise dos dados foi
pesquisa.
63%
0,487
50%
38%
0,247
25% 0,201
0,125 0,125 0,136
0,1 0,09
13% 0,061 0,04
0,007
0%
Ações CDBI DB Fundos Imóveis LCIA Poupança PP TD NDA Outros
90,00%0,818
67,50%
45,00%
0,417
0,303
0,212
22,50%
0,015
0,00%
Cartão de Cheque Crédito Empréstimo Outros
crédito especial consignado pessoal
O crédito com maior representação, conforme também de cálculo, foi 53,05% da amostra.
demonstrado na figura 2, foi o cartão de Deduz-se que não há a relação entre a saúde
crédito, utilizado por 81,80% dos financeira com o conhecimento que se tem, já
respondentes. Segundo o Banco Central do que quase metade das pessoas erram os
Brasil (2017), o cartão de crédito possui os cálculos o que se interpreta como falta de
juros de 13,85% a.m e 400,83% a.a, sendo a conhecimento financeiro, em contrapartida,
alternativa de crédito mais cara apresentada mais de 80% dos respondentes dizem não
no questionário. Infere-se que, apesar da alta está negativado o que infere-se que eles
taxa, o cartão de crédito é muito utilizado, já possuem saúde financeira.
que só ocorre a incidência de juros se a fatura
Relacionando-se a questão 8, na qual a
do cartão não for paga até a data de
pessoa considera ter conhecimento próprio
vencimento ou se não efetuar o pagamento
com a questão 19, sobre o conceito de
integral. Também se supõe que é muito
amortização, o total de respondentes que
utilizado pelos respondentes por ser um
concordam ter conhecimentos e acertaram a
crédito de fácil acesso, o que corrobora com
questão foi de 42,65%. Comparando-se a
Wisniewski (2001).
questão 8 com a questão 20, que abordava o
Dentre os respondentes, 63,08% disseram ter conceito de juros (FERREIRA, 2014), o
suas despesas menores que as receitas, número de respondentes que concordam ter
73,12% discordaram de não ter capacidade conhecimento e acertaram a questão foi um
de pagar suas dívidas,92,47% disseram não total de 71,68%. Assim, percebe-se um alto
estar negativado atualmente e 81,72% não nível de discrepância entre o conhecimento
estiveram negativados nos últimos dois anos. dos conceitos de amortização e os de juros,
Conclui-se que, segundo Ruberto et al (2013), sendo que eles são termos básicos de
os respondentes não estão inadimplentes, o educação financeira.
que conduz a aceitação de que esses
Ainda na questão 8, porém comparando-se
respondentes possuem uma boa saúde
com a questão 22, a qual aborda um cálculo
financeira. A partir de tais dados, percebe-se
de juros simples, 38,35% concordam em ter
que a afirmação dos respondentes vai de
conhecimento para gerir as próprias finanças
encontro aos dados do Serasa Experian
e acertaram a questão. Relacionando-se a
(2017), que demonstra um grande aumento
questão 8 com a questão 23, também um
no número de inadimplentes no Brasil.
cálculo de juros simples, os respondentes que
Os respondentes que afirmam não estar com concordam ter o conhecimento e acertaram a
o nome negativado nos últimos dois anos e ao questão representa 31,18%. Assim, percebe-
mesmo tempo erraram a questão 22, de se que as pessoas dizem ter o conhecimento,
cálculo, representaram 43,73% do total de entretanto na prática não o tem.
respondente. Já os que não estavam com o
Infere-se que os respondentes apresentaram
nome negativado e erraram a questão 23,
um baixo conhecimento em educação
financeira, em contrapartida, um alto nível de Claudino, Nunes e Silva (2009), já que eles
saúde financeira. O que acarreta a não concluíram existir a relação entre educação
existência de relação entre os dois fatores. financeira e saúde financeira.
Porém tais resultados vão de encontro as
Dessa forma, para sintetizar a análise
pesquisas de Fernandes e Candido (2014) e
elaborou-se a tabela 1.
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Acesso em: 1 ago. 2017.
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br/#!/c/noticias/122. Acesso em: 15 set. 2017. [9] FERNANDES, A. H. S. de; CANDIDO, J. G.
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relato de pesquisa entre os estudantes de uma
financeira do Banco Central. 2017. Disponível em:
instituição de ensino da cidade de São Paulo.
https://www.bcb.gov.br/pre/bcuniversidade/introdu
Revista Eletrônica Gestão e Serviços. v. 5, n.2,
cao PEF.asp. Acesso em: 8 ago. 2017.
p.894- 913 jul./dez. 2014.
APÊNDICE A
Questionário de pesquisa
O questionário a seguir é instrumento de pesquisa acadêmica do curso de administração do Centro
Universitário de Brasília, sendo assim, as informações fornecidas serão mantidas em sigilo, não
sendo necessária a identificação do respondente.
*Obrigatório
1. Escolaridade *
Ensino médio
Ensino técnico
Ensino superior (Cursando/ Concluído)
Pós-graduação
Mestrado
Doutorado
Outro:____________
2. Idade *
Até 20 anos.
De 21 a 30 anos.
De 31 a 40 anos.
De 41 a 50 anos.
Acima de 51anos.
3. Sexo *
Feminino
Masculino
4. Estado Civil *
Solteiro
Casado/União estável
Divorciado
Viúvo
5. Qual a sua renda familiar? *
Até R$1.874,00
R$1.874,01 até R$3.748,00
R$3.748,01 até R$9.370,00
R$9.370,01 até R$18.740,00
Acima de R$18.740,01
Marque apenas uma das alternativas.
6. Na escola aprendi sobre educação financeira. *
Concordo totalmente
Concordo parcialmente
Nem concordo, nem discordo
Discordo parcialmente
Discordo totalmente
7. Meus pais me ensinaram sobre educação financeira. *
Concordo totalmente
Concordo parcialmente
Nem concordo, nem discordo
Discordo parcialmente
Discordo totalmente
8. Considero que tenho conhecimento parar gerir minhas finanças pessoais. *
Concordo totalmente
Concordo parcialmente
Nem concordo, nem discordo
Discordo parcialmente
Discordo totalmente
9. Realizo algum tipo de investimento. *
Concordo totalmente
Concordo parcialmente
Nem concordo, nem discordo
Discordo parcialmente
Discordo totalmente
10. Tenho conhecimento sobre o meu fluxo de caixa. *
Concordo totalmente
Concordo parcialmente
Nem concordo, nem discordo
Discordo parcialmente
Discordo totalmente
11. Conheço o total das minhas despesas mensais. *
Concordo totalmente
Concordo parcialmente
Nem concordo, nem discordo
Discordo parcialmente
Discordo totalmente
12. As minhas despesas são inferiores as minhas receitas. *
Concordo totalmente
Concordo parcialmente
Nem concordo, nem discordo
Discordo parcialmente
Discordo totalmente
13. Realizo a amortização das minhas dívidas. *
Concordo totalmente
Concordo parcialmente
Nem concordo, nem discordo
Discordo parcialmente
Discordo totalmente
14. Não tenho capacidade para pagar minhas dívidas. *
Concordo totalmente
Concordo parcialmente
Nem concordo, nem discordo
Discordo parcialmente
Discordo totalmente
15. Estou com o nome negativado? *
Sim
Não
16. Estive com o nome negativado nos últimos dois anos? *
Sim
Não
17. No último ano utilizei algum tipo de crédito? *
Sim
Não
18. Quais? *
Cartão de crédito
Cheque especial
Crédito consignado
Empréstimos pessoal
Outro:____________
Marque as opções verdadeiras.
19. O que é amortização? *
Aumentar o montante da dívida.
Quitar a dívida.
Reduzir a dívida.
Pagamentos iguais e periódicos de empréstimos.
Pagamento de juros.
20. O que são juros? *
Quantia cobrada sobre empréstimo.
Remuneração do capital.
Quantia que se paga como pena.
Valor adicional pago pela a utilização do dinheiro.
Redução do valor do empréstimo.
Capítulo 13
Andressa Bender
Simone Minosso
André Luis Comunelo
55), o estudo de caso tem como objetivo da ferramenta Excel, os quais foram utilizados
“proporcionar uma visão global do problema para o cálculo da eficiência por meio da DEA
ou de identificar possíveis fatores que o e do nível de solvência pelo Termômetro de
influenciam ou são por ele influenciados”. Kanitz.
Muitos autores realizam pesquisas utilizando o O setor de distribuição de energia elétrica
estudo de caso, entre eles Almada Melo constitui-se como um segmento muito
(2008), que discutiu a administração importante a nível nacional. Por se tratar de
estratégica da empresa Varig por meio do empresas de capital aberto, atraem grande
estudo de caso. Assis e Martins (2017), número de investidores que necessitam
também realizaram estudo de caso em seu conhecimento de qual a realidade econômico-
trabalho intitulado Aplicação do Termômetro financeira da empresa, bem como se esta é
de Kanitz a partir da evidenciação de solvente ou não para a realização dos
indicadores econômico-financeiros de melhores investimentos.
empresas listadas na BM&FBOVESPA.
Os índices utilizados para o cálculo da DEA
A pesquisa documental ocorreu através da foram: receita líquida, endividamento geral,
coleta de informações das demonstrações patrimônio líquido e ativo total como imputs;
contábeis do Balanço Patrimonial e da retorno sobre o patrimônio líquido,
Demonstração do Resultado do Exercício das rentabilidade do patrimônio líquido, retorno do
empresas selecionadas. Os dados foram investimento, margem líquida e giro do ativo
posteriormente analisados por meio do como outputs. Já para o cálculo do índice de
método quantitativo. Este método consiste na solvência pelo Termômetro de Kanitz utilizou-
utilização de instrumentos estatísticos para a se os índices de retorno sobre o patrimônio
coleta e processamento dos dados através de líquido, liquidez geral, liquidez seca, liquidez
técnicas estatísticas. corrente e endividamento geral do período de
2014 a 2017.
As empresas selecionadas para o estudo
consistem em Sociedades Anônimas,
pertencentes à classificação setorial Utilidade
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Pública – Energia Elétrica e estão listadas na
BM&FBOVESPA. Como forma de limitar o Esta pesquisa busca evidenciar a eficiência
tamanho da amostra, foram selecionadas econômico-financeira das 13 empresas
dentre o rol de empresas do setor somente distribuidoras de energia elétrica que
aquelas que possuem como atividade obtiveram lucro nos quatro períodos
principal a distribuição de energia elétrica e analisados (2014 a 2017). Após a tabulação
que apresentaram lucro líquido no período de dos dados, os índices de liquidez,
2014 a 2017. Portanto, a amostra conta com rentabilidade e endividamento foram
13 empresas que atenderam aos requisitos utilizados como base para o cálculo do nível
para a pesquisa. de solvência das empresas utilizando o
Termômetro de Kanitz, bem como do nível de
A coleta de dados no site da BM&FBOVESPA
eficiência destas, por meio da DEA.
ocorreu em junho/julho de 2018, sendo
utilizadas a Demonstração do Resultado do Na tabela 1 é apresentada a classificação das
Exercício e o Balanço Patrimonial como base empresas por período de acordo com o
para a coleta dos dados necessários à “Termômetro de Kanitz”.
realização dos cálculos dos índices por meio
Tendo como base o “Termômetro de Kanitz” O período em que as empresas foram mais
para medir o nível de solvência das solventes foi o ano de 2015, seguido de 2014
empresas, constatou-se que todas as 13 e 2016, e tendo o ano de 2017 o período em
empresas são solventes. que as empresas apresentaram a menor
média de solvência.
A empresa CIA Energética do Maranhão –
CEMAR, foi a que apresentou maiores valores Já a análise dos resultados apresentados pelo
de solvência, superior às demais em todos os modelo DEA, baseou-se na classificação dos
04 períodos analisados. Já a empresa CIA resultados obtidos após a aplicação do
Eletricidade Estadual da Bahia – COELBA, foi cálculo, sendo que na tabela 2 estão
a que apresentou os mais baixos valores de descritos os níveis de eficiência econômico-
solvência, sendo a menos solvente das financeira utilizados como base para a
empresas estudadas. classificação:
Constata-se que das 13 empresas que demais nos 04 períodos analisados, mas
tiveram seus dados utilizados para o estudo, superiores, em média, aos valores
todas estas apresentaram eficiência máxima, apresentados pela empresa Energisa Mato
média alta e média, sendo consideradas Grosso- Distribuidora Energia S/A. Ambas as
empresas com adequada eficiência dos empresas não obtiveram eficiência máxima
indicadores econômico-financeiros. Destas, em nenhum período analisado.
05 apresentaram eficiência máxima nos 04
O ano de 2015 foi o que apresentou maior
períodos analisados, sendo elas: EDP São
média dos valores de eficiência e maior
Paulo Distribuição de Energia S/A.; CIA
número de empresas que obtiveram eficiência
Energética do Maranhão – CEMAR; CIA
máxima entre os períodos estudados, 10
Energética do Ceará – COELCE; CIA
empresas. No ano de 2014, 10 empresas
Piratininga de Força e Luz e CIA Energética
também alcançaram eficiência máxima.
do Rio Grande do Norte – COSERN.
Ressalta-se que no ano de 2014 a empresa
A empresa Energisa Mato Grosso - Energisa Mato Grosso - Distribuidora Energia
Distribuidora Energia S/A, foi a que S/A, apresentou o menor valor de eficiência
apresentou os piores valores de eficiência dentre as empresas em todos os períodos. No
econômico-financeira em 02 períodos: 2017 e ano de 2017, 09 empresas alcançaram
2014, comparando com as demais empresas. eficiência máxima, enquanto só 06 empresas
No ano de 2016, a empresa apresentou 9º obtiveram eficiência máxima no ano de 2016.
melhor valor em eficiência, em 2015, o 12º
Conforme resultados apresentados após o
melhor valor. Portanto, conclui-se que a
cálculo dos imputs e outputs pelo modelo
empresa Energisa Mato Grosso- Distribuidora
DEA, as empresas foram classificadas de
Energia S/A possui menor eficiência
acordo com seu nível de eficiência (tabela 2).
econômico-financeira entre as 13 empresas
analisadas, sendo esta menos atraente a A tabela 4 apresenta a classificação do nível
novos investimentos. de eficiência bem como o nível de solvência
das 13 empresas fonte deste estudo nos
A empresa Rio Grande Energia S/A
quatro períodos analisados.
apresentou valores baixos em relação às
Como descrito nos resultados da tabela 1, Ao que se refere à empresa Energisa Mato
todas as 13 empresas fonte deste estudo Grosso - Distribuidora Energia S/A, que
apresentam nível de solvência superior a +3, apresentou os piores valores na classificação
sendo consideradas solventes e de eficiência, essa apresentou o 5º maior
apresentando possibilidade baixa de falência. valor de solvência. Já a empresa Rio Grande
Energia S.A., 2ª pior empresa em relação aos
As empresas EDP São Paulo Distribuição de
valores do índice de eficiência, obteve a
Energia S/A.; CIA Energética do Maranhão –
classificação 7º em relação à solvência.
CEMAR; CIA Energética do Ceará – COELCE;
CIA Piratininga de Força e Luz e CIA Constata-se que das 05 empresas que
Energética do Rio Grande do Norte – obtiveram eficiência máxima, apenas 03 delas
COSERN, obtiveram classificação máxima nos tiveram bons resultados quanto ao nível de
04 períodos. solvência: EDP São Paulo Distribuição de
Energia S/A.; CIA Energética do Maranhão –
A empresa CIA Energética do Maranhão –
CEMAR e CIA Energética do Ceará –
CEMAR apresentou eficiência máxima nos 04
COELCE, enquanto as outras duas
períodos, bem como os maiores valores de
presentaram valores de solvência menores,
solvência dentre as 13 empresas estudadas,
figurando entre as menos solventes.
podendo ser considerada a melhor empresa
para a realização de investimento e a O que chama a atenção é o fato das duas
empresa com menor probabilidade de empresas menos eficientes nos indicadores
falência. econômico-financeiros, de acordo com a DEA
- Energisa Mato Grosso- Distribuidora Energia
A empresa EDP São Paulo Distribuição de
S/A e Rio Grande Energia S/A., apresentarem
Energia S/A apresentou o 6º maior valor de
o 5º e 7º melhores níveis de solvência,
solvência, enquanto a CIA Energética do
respectivamente, valores superiores ao das
Ceará – COELCE o 3º; CIA Piratininga de
empresas CIA Piratininga de Força e Luz o
Força e Luz o 11º e CIA Energética do Rio
11º e CIA Energética do Rio Grande do Norte
Grande do Norte – COSERN o 9º maior valor
– COSERN, 11º e 9º que obtivera eficiência
de solvência, respectivamente.
máxima na DEA.
Os períodos que apresentaram maior número Das 05 que obtiveram eficiência máxima em
de empresas com eficiência máxima de relação aos indicadores econômico-
acordo com a DEA foram 2015 e 2014, sendo financeiros, apenas 03 delas tiveram bons
o período de 2016 o que apresentou menor resultados quanto ao nível de solvência: EDP
número de vezes empresas com eficiência São Paulo Distribuição de Energia S/A.; CIA
máxima. Em relação ao nível de solvência das Energética do Maranhão – CEMAR e CIA
empresas, os anos em que as empresas Energética do Ceará – COELCE.
estiveram mais solventes foi 2015 e 2014,
A empresa Energisa Mato Grosso-
sendo o ano de 2017 aquele em que as
Distribuidora Energia S/A, de acordo com o
empresas apresentaram menores valores de
nível de eficiência obtido pelo cálculo da DEA,
solvência.
foi considerada a menos eficiente das 13
empresas, seguida pela empresa Rio Grande
Energia S/A. Em relação ao nível de solvência,
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
estas empresas figuraram entre as empresas
O presente estudo teve como objetivo com maiores valores de solvência. Se
identificar a situação econômico-financeira observada somente o nível de eficiência
das empresas distribuidoras de energia econômico-financeira, estas duas empresas
elétrica nacionais listadas na BM&FBOVESPA seriam as menos atrativas aos investimentos,
no período de 2014 a 2017, por meio da mas se observarmos o nível de solvência
Análise Envoltória de Dados (DEA) e do desta, estas seriam empresas atrativas a
Termômetro de Kanitz, de modo a constatar novos investimentos.
se as empresas que apresentam melhores
A empresa CIA Energética do Maranhão –
índices no DEA são também as empresas
CEMAR pode ser considerada a melhor
mais solventes.
empresa para investimento, pois além de
Por meio da divulgação das informações apresentar eficiência máxima nos 04 períodos
econômico-financeiras pelas empresas que estudados foi a empresa que obteve maior
possuem capital aberto, estas demonstram nível de solvência nos 04 períodos analisados.
aos usuários da informação os resultados das
O estudo demonstrou que as 13 empresas
suas atividades, seu patrimônio e sua
que compuseram a amostra apresentam-se
capacidade de manter-se atuante no
solventes nos 04 períodos analisados, sendo
mercado, possibilitando ao usuário,
que o ano de 2015 foi o período em que o
principalmente o investidor, informações
maior número de empresas apresentou
corretas e relevantes para que este possa
eficiência máxima, bem como o período em
tomar a melhor decisão em relação aos
que as empresas se encontraram mais
investimentos.
solventes.
Pela análise dos resultados obtidos na
Portanto, conclui-se que as empresas mais
pesquisa, constatou-se que as 13 empresas
eficientes em relação aos indicadores
que tiveram seus dados utilizados para o
econômico-financeiros são também as que
estudo, apresentaram eficiência máxima,
apresentam mais solventes, sendo atrativas a
média alta e média, sendo consideradas
novos investimentos, com bons retornos e
empresas eficientes. Destas, apenas 05 das
com perspectivas de manterem-se no
13 empresas analisadas obtiveram eficiência
mercado por um longo período.
máxima em relação aos indicadores
econômico-financeiros nos 04 períodos Recomenda-se que mais trabalhos nesta área
analisados (2014 a 2017), sendo elas: EDP sejam realizados, com o intuito de fornecer
São Paulo Distribuição de Energia S/A.; CIA maior número de informações úteis possíveis
Energética do Maranhão – CEMAR; CIA aos usuários da informação, principalmente
Energética do Ceará – COELCE; CIA aos investidores, de modo que estes possam
Piratininga de Força e Luz e CIA Energética realizar os investimentos mais acertados e
do Rio Grande do Norte – COSERN. que obtenham os melhores retornos.
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de Minas Gerais. Tese (Doutorado). Universidade
Capítulo 14
Evandir Megliorini
Ian Miller
Osmar Domingues
José Roberto Tálamo
set-09
abr-09
fev-10
dez-10
out-11
jun-13
set-14
out-16
jul-10
abr-14
fev-15
dez-15
jan-08
nov-08
mai-11
ago-12
mar-12
jul-15
jan-13
nov-13
mai-16
mar-17
Fonte: Elaboração própria a partir de dados obtidos na plataforma Bloomberg.
Jul-15
Apr-09
Jan-13
Jan-08
Jun-08
Sep-09
Feb-10
Nov-08
Dec-10
Oct-11
Mar-12
Jun-13
Apr-14
Sep-14
Feb-15
Dec-15
Oct-16
Mar-17
May-11
Aug-12
Nov-13
May-16
Gráfico 3 – Múltiplo EV/EBITDA para empresas do setor e média simples dos valores.
10,5
8,9
7,9 7,6 7,3 7,2 7,1
7,0 6,9
6,1 5,9
5,2 5,1 5,1 4,9
4,2 4,2 4,1 4,1 3,8 3,5 3,5 3,3 5,69
3,1
Neste caso, para que as ações da Petrobras mercado deveria apresentar um aumento de
fossem negociadas com um múltiplo 39,8%, passando de US$58,6 bilhões para
equivalente à média histórica das empresas US$81,94 bilhões, mantendo-se os demais
do setor o valor da sua capitalização de valores constantes.
Nessa condição, mantendo-se o prêmio entre Portanto, pode-se deduzir a partir destas
ações ordinárias e preferenciais também em constatações que os preços das ações da
4,6%, seria necessário um aumento de 39,8% Petrobras tem sido negociados por um valor
no preço das ações, conforme apresentado menor frente à sua média histórica e também
no cenário hipotético 2 da Tabela 2. frente às petroleiras similares em uma
perspectiva de EV/EBITDA.
4,00x
P/B
3,00x
2,00x
P/B Médio
1,00x1,16x
0,75x
0,00x
nov-…
mai-…
nov-…
ago-…
mar-…
mai-…
mar-…
out-16
jun-08
set-09
dez-10
out-11
jun-13
set-14
abr-09
fev-10
jul-10
abr-14
fev-15
dez-15
jul-15
jan-08
jan-13
Fonte: Elaboração própria a partir de dados obtidos na plataforma Bloomberg.
58,6
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑎çã𝑜 ( )
6,522
𝑃/𝐵 = = = 0,75
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑎çã𝑜 77,8
( )
6,522
𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑀𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜
( )
6,522
0,82 = = 𝑈𝑆$ 63,8 𝑏𝑖𝑙ℎõ𝑒𝑠
77,8
( )
6,522
Mantendo-se o prêmio de 4,6% entre o valor preço das ações da Petrobras fosse
das ações ordinárias e preferenciais apurado negociado ao nível da média das companhias
no último ponto da série analisada do setor.
(27/03/2017), o preço atual das ações deveria
Mantendo-se o prêmio de 4,6% entre os
apresentar um aumento de 8,8% (ver cenário
valores das ações preferenciais e ordinárias
hipotético na Tabela 2).
igual ao da data analisada, o preço das ações
Analisando-se o múltiplo P/B também para a deveria sofrer um aumento de 79%, conforme
lista das empresas do setor obteve-se uma apresentado no cenário hipotético 2 na Tabela
média igual a 1,35, superior à média histórica 3.
e a mediana da Petrobras. O Gráfico 5
Percebe-se, portanto, que as ações da
apresenta os valores em 27/03/2017 para
Petrobras encontram-se desvalorizadas frente
estas companhias. Neste caso, a
aos seus dados históricos e também em
capitalização de mercado deveria apresentar
relação à indústria da qual faz parte, em uma
um aumento de 79%, passando de US$58,6
perspectiva de múltiplo P/B.
bilhões para US$104,98 bilhões, para que o
Gráfico 5 – Múltiplo P/B para empresas do setor e média simples dos valores.
3,9
2,2 2,2 2,0 1,9
1,8 1,6 1,6 1,5
1,4 1,3 1,2 1,2 1,1 1,1 1,1 1,35
1,0 1,0 0,9 0,9 0,8 0,8 0,7
0,3 0,3
EOG…
Oil and…
Occidental…
Anadarko…
Royal Dutch…
Surgutnefte…
Canadian…
BP
Chevron
Ecopetrol
CNOOC
Total
Eni
Gazprom
PetroChina
Lukoil
Sinopec
Suncor Energy
Devon Energy
ExxonMobil
Statoil
Rosneft
Petrobrás
Repsol
Fonte: Elaboração própria a partir de dados obtidos na plataforma Bloomberg. ConocoPhilips
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Capítulo 15
Cleber Bisognin
Liane Werner
𝑝 𝑞
Tt ( Lt Lt 1 ) (1 )Tt 1 (5)
FIGURA 1 - Preço Médio Mensal do Óleo Diesel no Estado do Rio Grande do Sul, no período de
julho de 2001 a maio de 2018: (a) gráfico da série temporal; (b) função de autocorrerlação amostral.
(a) (b)
Fonte: Elaborada pelos Autores (2018).
Iremos utilizar o período de julho de 2001 a testes de raiz unitária comprovam a não
dezembro de 2017 para ajuste dos modelos e estacionariedade da série temporal.
obter as combinações. Podemos perceber, Analisando a função de autocorrelação
pelo gráfico da série temporal (Figura 1(a)) amostral (ver Figura 1(b)) também nos leva a
que trata-se de uma série não estacionária. concluir que a série temporal é não
Foram aplicados os testes de raiz unitária de estacionária.
Dickey-Fuller [p-valor=0,4103] e de Phillips-
Por tratar-se de uma série temporal não
Perron [p-valor=0,5772]. Os testes foram
estacionária, e como o objetivo deste trabalho
realizados utilizando, respectivamente, as
é prever os futuros valores dos preços deste
rotinas adf.test e pp.test, do pacote tseries do
combustível, iremos tratar a tendência desta
software Microsoft R. Open. Os resultados dos
série temporal como estocástica, utilizando os
TABELA 1 - Resultado do ajuste do Modelo ARIMA (1,1,0) a série temporal do Preço Médio Mensal
Óleo Diesel - Modelo 1.
Erro
Parâmetro Estimativa Estat. z P(>|z|)
Padrão
1 0,3578 0,0667 5,3643 8.127E-08
FIGURA 2 - Função de autocorrelação amostral da série temporal do Preço Médio Mensal do Óleo
Diesel no RS, entre jul/2001 a dez/2017, após retirada da tendência determinística.
A seguir, foi ajustado um modelo ARFIMA (𝜎𝜀2=0,03847 ) são não correlacionados, sendo
(1,d,2), cujos coeficientes encontram-se na assim, o modelo proposto é adequado aos
Tabela 2. Pelo Teste de Ljung-Box [p- dados.
valor=0,7272], os resíduos do modelo
TABELA 2 - Resultado do ajuste do Modelo ARFIMA (1,d,2) a série temporal do Preço Médio Mensal
Óleo Diesel - Modelo 2.
Parâmetro Estimativa Erro Padrão Estat. z P(>|z|)
d 0,0676 0,0058 11,609 <2E-16
TABELA 4 - Modelos de combinação de previsão por regressão (MQO e MM): estimativas dos
coeficientes e R2 ajustado.
Combinação de Previsão 𝛽̂1 𝛽̂2 𝛽̂3 R2 ajustado
Regressão MQO 0,11579 -0,02161 0,90572 0,99970
Regressão MM -0,03119 0,91639 0,11425 0,99981
Fonte: Elaborada pelos Autores (2018).
TABELA 5 - Modelo de combinação de previsão por variância mínima: estimativas dos pesos.
Combinação de Previsão 𝑤
̂1 𝑤
̂2 𝑤
̂3
Variância Mínima 0,2814062 0,338022 0,3805717
Fonte: Elaborada pelos Autores (2018).
De posse dos parâmetros dos modelos foram calculadas todas as predições (que
individuais e os pesos das combinações consistem nas estimativas obtidas um passo à
A Tabela 8 apresenta as previsões para a médio mensal do óleo diesel no Rio Grande
série temporal do Preço Médio Mensal do do Sul. O Modelo 2 e a combinação de
Óleo Diesel no Estado do Rio Grande do Sul, previsões por regressão MQO indicam que o
no período de janeiro a dezembro de 2018, preço médio mensal pode passar de R$ 3,75
calculada utilizando os modelos e em dezembro de 2018. A previsão gerada
combinações de previsões que obtiveram pela combinação por regressão MM indica o
pelo menos uma das menores medidas de preço médio do óleo diesel será de R$ 3,348
acurácia nos períodos de junho de 2001 a para dezembro de 2018, enquanto que a
dezembro de 2018 e de janeiro a maio de previsão gerada pelo método de variância
2018. Podemos perceber que com exceção mínima indica um preço médio de R$ 3,489
das previsões geradas pelo Modelo 1, todas para o mesmo mês.
as previsões indicam um aumento no preço
Tabela 8 – Previsão para a série temporal do Preço Médio Mensal do Óleo Diesel no Estado do Rio
Grande do Sul, no período de janeiro a dezembro de 2018.
Método
01/18 02/18 03/18 04/18 05/18 06/18 07/18 08/18 09/18 10/18 11/18 12/18
de Previsão
Modelo 1 3,280 3,288 3,291 3,292 3,292 3,292 3,292 3,292 3,292 3,292 3,292 3,292
Modelo 2 3,311 3,360 3,406 3,452 3,497 3,541 3,585 3,629 3,672 3,715 3,759 3,802
Regressão MM 3,282 3,294 3,303 3,309 3,315 3,320 3,325 3,330 3,335 3,339 3,344 3,348
Regressão MQO 3,306 3,353 3,392 3,432 3,473 3,511 3,551 3,593 3,632 3,672 3,713 3,755
Variância Mínima 3,288 3,316 3,328 3,342 3,360 3,372 3,388 3,412 3,427 3,447 3,466 3,489
FIGURA 3 – Previsão para a série temporal do Preço Médio Mensal do Óleo Diesel no Estado do Rio
Grande do Sul, no período de janeiro a maio de 2018.
3,9
3,7
3,5
3,3
3,1
2,9
2,7
2,5
17
18
17
17
18
18
17
17
18
18
7
8
7
8
7
8
7
8
7
8
7
8
17
18
l/1
l/1
t/1
t/1
r/1
r/1
/1
/1
t/1
t/1
/1
/1
n/
n/
v/
z/
v/
z/
n/
v/
n/
v/
o/
o/
ar
ar
ai
ai
ju
ju
ou
ou
se
se
ab
ab
ju
ju
no
de
no
de
ja
fe
ja
fe
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UFRJ / Escola Politécnica, 2016. Annals of Statistics, v.15, p. 642-656, 1987.
Capítulo 16
Resumo: Este artigo tem por tema um assunto muito importante da Contabilidade
Pública: o Pregão, em especial o eletrônico. Este é objeto de poucos estudos e aqui
serão desenvolvidas, de forma objetiva, as finalidades do pregão eletrônico como
modalidade licitatória para as compras públicas, os tipos de pregão (presencial e
eletrônico) e suas fases e, por fim, os recursos públicos que são otimizados com a
utilização do pregão eletrônico. Todos os pontos aqui estudados estão embasados
nos princípios legais da Lei 8.666/93, que regulamentam as licitações, e na sua
própria lei regulamentadora, a 10.520/02, que está vinculada à anterior. Este artigo
tem o objetivo de agregar conhecimentos aos leitores sobre o respectivo tema e de
ser uma ferramenta valiosa à sociedade em geral, gerar um posicionamento na
sociedade como um agente fiscalizador das compras realizadas pela administração
pública, uma vez que nos dias atuais é de extrema importância a transparência dos
atos públicos e a evidência do que se gasta, onde e como se gasta os impostos
arrecadados e o retorno à população dos bens e serviços públicos. É um artigo de
caráter descritivo que, por sua metodologia adota-se a pesquisa bibliográfica.
modalidade que vem sendo a mais utilizada Essa modalidade pode ser utilizada para bens
em todas as esferas administrativas. e serviços comuns, independentemente do
valor estimado, diferenciando da licitação
tradicional em a escolha da modalidade
2.3 A NECESSIDADE DE EVOLUÇÃO DAS depende do valor, no pregão o que define a
LICITAÇÕES: SURGE O PREGÃO sua escolha é a característica do objeto. A
forma de disputa também é diferente na
As licitações, através da lei 8.666/93 estavam
modalidade pregão, é realizada através da
regulamentadas. Avançamos gradativamente
proposta escrita, complementada com a
no campo das compras públicas, mas ainda
possibilidade de ofertas através de lances
tínhamos problemas para resolver e
verbais, pelos representantes legais das
transformá-las em potencialidades. Um
empresas licitantes, em sessão pública
desses problemas era a burocratização
previamente convocada. Nas modalidades de
existente na elaboração dos processos
licitação tradicionais somente se admite a
licitatórios. Processos esses que demoravam
proposta escrita.
cerca de 120 dias e, muitas vezes, contribuía
para um alto custo nos processos para a Outra característica do pregão é a inversão
administração pública. Cabe ressaltar que das fases da licitação, que no primeiro
todas as modalidades de licitação visam à momento serão abertos os envelopes
compra de bens e serviços ao menor preço. contendo as propostas comerciais dos
Como resolver esta situação? De quais licitantes, classificando as três propostas de
maneiras, as compras de bens e serviços menor preço, após os lances verbais é
comuns podem ser ainda mais vantajosas? classificada a melhor empresa considerada a
De quais maneiras podem ser otimizados os proposta mais vantajosa para a
recursos disponíveis? Administração, em seguida é aberto o
envelope da documentação somente da
Conforme citado na introdução deste artigo, o
empresa vencedora do certame.
pregão foi criado através da Medida
Provisória 2026/00. Incialmente, o pregão só O pregão não pode ser usado nas
se aplicava na esfera federal, sendo a contratações de obras e serviços de
ANATEL (Agência Nacional de engenharia, as locações imobiliárias e as
Telecomunicações), o primeiro órgão a fazer alienações em geral e demais serviços cujas
uso desta modalidade. Em Julho de 2002, especificações dependem de avaliação
através da Medida Provisória 2182 que técnica, porque escapam do conceito “bens e
sucedeu a 2026/00, foi convertida em Lei, que serviços comuns”. O pregão permite ainda o
é a Lei 10.520/02. Com a conversão em lei, o uso das tecnologias eletrônicas para a sua
Pregão foi ampliado a todas as esferas da realização, através da internet, qualquer
administração pública, ou seja, Federal, cidadão pode acompanhar o processo
Estadual e Municipal. Através do Decreto licitatório em andamento, seus lances, o
5.450/05, o pregão torna-se uso de caráter vencedor, duração da disputa, dentre outras
obrigatório pela união e, de preferência, o informações, isto de qualquer lugar do Brasil
pregão eletrônico. Para as esferas estaduais e ou mundo. Isso aumenta a transparência e o
municipais, o pregão é opcional. E com a controle das compras públicas. Outro ponto a
criação do pregão, as mudanças foram ser destacado é que as compras com o
significativas. Suas principais marcas de pregão envolvem um menor número de
sucesso são a redução de 120 dias para 20 servidores e simplificam o processo
dias no processo de aquisição e pela burocrático nas aquisições de bens e
economia em função da forma de disputa, serviços, ou seja, para a realização do
economia essa que na implantação do pregão pregão, participam o pregoeiro e mais uma
ficou na ordem de 20%. Segundo a visão de equipe de apoio composta por três
Tolosa Filho (2009), o pregão destina-se à servidores. Ao pregoeiro compete: coordenar
contratação de bens e serviços comuns, o procedimento licitatório; analisar a
aqueles cujos padrões de desempenho e conformidade das propostas; classificar as
qualidade possam ser objetivamente propostas; prestar as informações e os
definidos pelo edital, com especificações esclarecimentos sobre o edital; examinar a
usuais de mercado conforme estabelecidas habilitação dos participantes; negociar com o
pela ABNT – Associação Brasileira de Normas licitante que ofereceu menor lance; decidir
Técnicas. sobre a aceitabilidade da proposta; adjudicar
o objeto ao vencedor; receber, examinar e
propostas; lançamento das propostas dos Procuradoria ou por serviço de apoio jurídico
licitantes; o pregoeiro classifica as propostas do órgão para verificar se o edital está de
de acordo com o edital; o sistema usado deve acordo com a legalidade.
disponibilizar um meio de comunicação entre
Após análise do edital, designa-se o
o pregoeiro e os licitantes, além de colocar
pregoeiro e a equipe de apoio, podendo ser
em ordem as propostas classificadas pelo
por simples portaria ou ato administrativo
pregoeiro; após classificação, inicia-se a fase
interno, que por obrigatoriedade deverá ser
de lances; durante a sessão, os licitantes
juntado ao processo. A fase externa inicia-se
serão informados da proposta de menor valor,
com a publicação do aviso do edital onde
sem a identificação do licitante que fez tal
fica, de forma pública, evidenciado o
proposta, os d
interesse por parte da administração pública
Quando a etapa de lances terminar, o a contratação do serviço ou a compra do bem
pregoeiro deverá emitir um comunicado à especificado no edital. No caso do pregão, o
todos os licitantes que, em um determinado prazo pra realização da sessão pública se dá
momento, será encerrada essa etapa. Após o em prazo não inferior à 08 (oito) dias úteis à
prazo estabelecido pelo pregoeiro, publicação, excluindo o dia da publicação e
automaticamente o sistema bloqueará toda e incluído o dia do vencimento. Devem constar
qualquer proposta feita. O pregoeiro analisa a na publicação do edital: identificação do
proposta vencedora e, se assim julgar órgão ou entidade, o objeto, a data prevista
conveniente, fazer uma contraproposta à para encerramento e abertura dos envelopes
empresa vencedora, através do sistema e (no caso de presencial), ou data da realização
podendo os demais licitantes acompanharem da sessão eletrônica, local no qual o edital
os registros. No julgamento da habilitação e poderá ser adquirido e outras informações
das propostas, assim como no presencial, o que possam ser julgadas como necessárias
pregoeiro será o responsável pela validade constar na publicação. O edital deverá ser
jurídica dos documentos e propostas publicado em Diário Oficial, em jornais de
apresentados, com o seu devido registro em grande circulação, e em site próprio, num
ata e de acesso a todos. campo designado Editais de Licitações ou
algo que evidencie tais publicações. Cabe
ressaltar que tanto os interessados em
2.5 AS FASES DO PREGÃO participar da licitação quanto qualquer
cidadão pode impugnar o edital caso queiram
Ambos os tipos, presencial e eletrônico,
impugná-lo ou pedir esclarecimentos, com
apresentam duas fases: a fase interna e
pedido protocolado e num prazo máximo de
externa da licitação. Na fase interna, segundo
05 (cinco) dias úteis para cidadãos e 02 (dois)
Tolosa Filho (2009, p.13), o administrador
dias úteis para licitantes antes da data
público no exercício regular de sua
prevista da sessão pública.
competência define a oportunidade e a
conveniência, o objeto a ser contratado e a A fase externa finaliza com a execução da
justificativa da contratação. A definição do sessão pública em dia e hora previstos em
objeto deve estar estabelecida no parágrafo edital, o que obedece aquilo que já falamos
único do art. 1º da Lei nº 10.520/02, ou seja, anteriormente: o pregoeiro recebe as
bens e serviços comuns. Após a definição do propostas dos licitantes participantes e as
objeto o administrador fixará as exigências de documentações; verifica e classifica os
habilitação, também os critérios de aceitação lances; inicia os lances dos licitantes
e prazos de validade das propostas, bem objetivando a contratação do menor valor;
como as condições de pagamentos, a forma após os lances, analisa e classifica as
de execução do contrato, os parâmetros propostas; julga e classifica a oferta
mínimos de desempenho e de qualidade. vencedora; analisa as documentação do(s)
licitante(s) vencedor(es); lavra a ata da
Conforme estabelecidos pelo parágrafo único
licitação e, se não houver recursos, adjudica e
do art. 38 da Lei de Licitações e Contratos
homologa o vencedor do processo licitatório.
Administrativos: “As minutas de editais de
Mais uma vez cabe ressaltar que, em todas as
licitação, bem como as dos contratos,
etapas do processo licitatório, a
acordos, convênios ou ajustes devem ser
responsabilidade dos procedimentos e atos
previamente examinadas e aprovadas por
praticados é do pregoeiro e de sua equipe de
assessoria jurídica da Administração”, ou
apoio.
seja, é exigido pela legislação que todo
processo licitatório seja acompanhado pela
Precisamos considerar também que em função do objeto, todos esses são os fatores
modalidades como concorrências, leilões e que interferem diretamente no tempo das
concursos, o edital requer uma especificação licitações.
maior, o que necessita de maior observação
Cabe a cada departamento, gestor, organizar
quanto ao objeto, prazos de contratação e
melhor seus fluxos internos em atendimento a
fornecimento, documentações necessárias e
este princípio de celeridade para que assim
estipuladas pelos órgãos para fins de análise
se tenha um ganho de produtividade
técnica e jurídica. De qualquer forma, o tempo
operacional, tanto nos pregões que são os
é muito inferior e vai de encontro com outro
mais céleres quanto nas demais modalidades
princípio, o da celeridade, que é dar maior
sempre observando a legalidade dos atos
rapidez na publicação dos editais, bem como
praticados em cada etapa.
na análise dos recursos eventuais durante o
certame e homologação do vencedor. Hoje, o Por fim, diante de inúmeras vantagens na sua
que tem mais afetado o recurso tempo em aplicação, o pregão tem sido a modalidade
uma licitação é a fase interna. O fluxo interno mais aplicada nas compras públicas.
das licitações, quanto tempo um processo Conforme tabela abaixo, com dados de 2014
fica em cada departamento para elaboração segundo o Ministério do Planejamento, o
do edital, levantamento de dotação pregão é a modalidade mais aplicada e
orçamentária, indicação do pregoeiro e conforme Decreto 5.450/05, ela tem
equipe de apoio, os pareceres jurídicos preferência de utilização no âmbito Federal.
indicando a base legal da modalidade em
Na tabela acima, nota-se um alto número de (dezesseis mil reais) que se enquadram como
compras como Dispensa de Licitação e Inexigibilidade. O que vai definir se é
Inexigibilidade de Licitação, mas que não são dispensável ou inexigível licitar é o objeto da
levados em consideração comparados ao compra e o seu valor dentro dessas faixas
pregão, pois, como seus próprios nomes adotadas.
dizem, são compras com valores até
Se considerarmos somente o pregão
R$ 8.000,00 (oito mil reais) que se enquadram
eletrônico e os valores das compras
como Dispensa de Licitação e R$ 16.000,00
realizadas nessa modalidade têm-se:
REFERÊNCIAS <http://carogestor.com.br/opiniao/o_pregao_breves
_consideracoes_sobre_o_procedimento,_a_aplicab
[1] Licitações Públicas: verdadeiros desafios ilidade,_a_
de Gestão. CURRIEL, Alexandre. Disponível em: necessidade_e_as_vantagens_do_pregao_presenc
<http://www.administradores.com.br/artigos/econo ial_e_eletronico#sthash.Jr9B16rc.dpuf. Acesso: 25
mia-e-financas/licitacoes-publicas-verdadeiros- mai. 2015.
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Ministério do Planejamento.
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(Especialização em Gestão Pública Municipal). mai. 2015.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná,
Curitiba, 2011. [9] Vade Mecum Universitário de Direito
Rideel / Anne Joyce Angher, organização. – 12. ed.
[3] Meireles, Hely Lopes. Licitação e contrato – São Paulo: Rideel, 2012. – (Série Vade Mecum).
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Tribunais, 1990. [10] Novidades nas compras do Governo.
Portal do SERPRO. Disponível em:
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2002. Institui, no âmbito a União, Estados, Distrito ma-
Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso 1/antigas%20temas/tema_177/materias/novidades-
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Brasília. Disponível em www.planalto.gov.br. [11] Origem da Licitação. Delano, Franklin.
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[5] Brasil. Lei nº 8.666, de junho de 1993. em-da-licitacao.html>. Acesso em: 11 jun.
Regulamenta o art.37, inciso XXI, da Constituição 2015.em:
Federal, institui normas para licitações e contratos
da Administração Pública e dá outras providências. [12] Informações Gerenciais de Contratações e
Brasília. Disponível em www.planalto.gov.br . Compras Públicas. Ministério do Planejamento,
Acesso: 22 mai. 2015. Orçamento e Gestão. Disponível em:
<http://www.comprasnet.gov.br/ajuda/BrasilEcono
[6] Tolosa Filho, Benedicto de. Pregão: uma mico.htm#>. Acesso em: 29 mai.2015.
nova modalidade de licitação. 3. ed. Rio de
Janeiro: Forense, 2009. [13] Andrade, Wlademir de Oliveira. Curso de
Formação: Pregoeiros, Pregão Eletrônico e
[7] pregão: breves considerações sobre o Presencial.
procedimento, a aplicabilidade, a necessidade e
as vantagens do pregão presencial e eletrônico. [14] Joinville: Auditório da Amunesc, 2008.
Disponível em:
ANDRESSA BENDER
Possui graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Paranaense (2016). Pós
graduada em Finanças e Controladoria pela Universidade Paranaense (2018). Autora do livro
"Relação dos gastos públicos com educação e os royalties de Itaipu" (2018). Funcionaria
Pública.
AUTORES
CLEBER BISOGNIN
Possui graduação em Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade Federal de Santa
Maria (1999). Possui Mestrado (2003) e Doutorado (2007) em Matemática pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Probabilidade e Estatística, com ênfase em
AUTORES
EVANDIR MEGLIORINI
Possui graduação em Ciências Administrativas pela Faculdade de Ciências Econômicas e
Administrativas de Osasco (1977), mestrado em Administração pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (1997) e doutorado em Controladoria e Contabilidade pela
Universidade de São Paulo (2003). Atualmente é Professor Associado da Universidade
Federal do ABC - UFABC, vinculado ao Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais
Aplicadas - CECS (2009-Atual) - Curso de Engenharia de Gestão.
JORGE SOISTAK
Mestre em gestão de Cooperativas pela PUC-PR, pós-graduado em gestão e Auditoria de
Negócios pela Unicentro e Marketing pela Universidade Positivo. Graduado em Ciências
Contábeis pela UEPG e Administração pela Unicesumar. Professor universitário com atuação
nas áreas de empreendedorismo, gestão da qualidade, gerenciamento de projetos,
planejamento tributário, contabilidade gerencial e contabilidade financeira, e pós-graduação
em contabilidade estratégica. As atividades profissionais contemplam atuação nas áreas de
gestão administrativa, financeira, responsabilidade social e gerenciamento de projetos.
Principais habilidades voltadas a negociação, revisão e mapeamento de processos, gestão
de custos e visão sistêmica. Atualmente gestor hospitalar com ampla experiência em
AUTORES
LIANE WERNER
Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2005) e
Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1996),
possui graduação em Estatística pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Bacharelado em 1988 e Licenciatura em 1999. É professora associada da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Atua junto ao curso de estatística na graduação e nos cursos
de engenharia. Atua também na Pós-graduação da Engenharia de Produção como
professora e orientadora de mestrado e doutorado. É avaliadora de periódicos e congressos
nacionais e internacionais. As áreas de interesse são: Controle Estatístico de Qualidade,
Estatística aplicada à indústria; Técnicas de Previsão, Previsão de Demanda, Pesquisa e
análise de mercado.
LUZIA ZORZAL
Doutora em Ciência da Informação pela UnB (2015). Mestre em Ciências Contábeis pela
FGV-RJ (1993). Pós-graduação lato sensu em Administração Universitária pela Ufes (1987).
Graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Vila Velha - UVV (1982) e Graduação
AUTORES
MARCUS BRAUER
Pós-doutorado e doutorado em Administração de Empresas na FGV-EAESP, mestrado em
Administração Pública pela FGV-EBAPE e graduação em Administração Industrial pelo
CEFET-RJ. Professor adjunto do Mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial
da Universidade Estácio de Sá (MADE/UNESA), professor adjunto da UERJ e da UNIRIO.
Membro da Academy of Management, da Associação Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa em Administração (ANPAD) e do Clube da Ciência. Ex-professor da UFF, do
IBMEC, do SENAI CETIQT, da FGV Online e da Universidade Católica de Petrópolis. Ex
coordenador de curso de pós graduação a distância do PNAP - Programa Nacional de
Formação em Administração Pública. Avaliador de congressos e revistas científicas na área
de Administração. Ex-superintendente de Recursos Humanos da FINEP - Financiadora de
Inovação e Pesquisa, Ex-analista executivo de RH do INMETRO - Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia, tendo trabalhado também na Eletrobrás e na Petrobras
Distribuidora S. A.. Fundador e ex-presidente da empresa júnior Cefet Jr Consultoria. Estágio
na Lufthansa (Munique, Alemanha). Vencedor do II Prêmio Docência Dedicada ao Ensino
Anísio Teixeira - UERJ. Bolsista Pesquisa Produtividade da UNESA
MARIO JUK
Coordenador de Controladoria-Especialista em Gerência Empresarial e Planejamento
Estratégico-Professor Universitário nas áreas de Custos e Administração Financeira-Personal
& Professional Coaching.
OSMAR DOMINGUES
Possui Doutorado (2008) e Mestrado (2001) em Administração pela FEA - Faculdade de
Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo e Graduação em
Ciências Econômicas pelo Instituto Municipal de Ensino Superior de São Caetano do Sul -
IMES/USCS (1978). Atualmente é Professor Associado da Universidade Federal do ABC,
vinculado ao Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas - CECS (2009-
Atual) - Curso de Engenharia de Gestão.
RAPHAEL LEON PERES THOMAZINE BROCCHI
Professor do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB). Bacharel em administração. Mestre
em administração na área de concentração de finanças e métodos quantitativos.
Coordenador do MBA em Finanças do UniCEUB.
SIMONE MINOSSO
Formada em Ciências Contábeis, pela Universidade Paranaense- Francisco Beltrão – PR.
Este ano de 2018 conclui o MBA em Gestão Financeira e Controladoria, também pela
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