Sie sind auf Seite 1von 5

5ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS e CRIMINAIS DA

BAHIA

PROCESSO Nº 0011361-11.2014.8.05.0001
CLASSE: RECURSO INOMINADO
RECORRENTE: PAULO CEZAR PIRES DOS SANTOS
RECORRIDO(A): BANCO ITAUCARD S.A.
JUIZ PROLATOR: CRISTIANE MENEZES SANTOS BARRETO
JUIZ RELATOR: TAMARA LIBORIO DIAS TEIXEIRA DE FREITAS SILVA

EMENTA

RECURSO INOMINADO. RESPONSABILIDADE CIVIL.


COBRANÇA DE DÍVIDA SEM PROVA DA REGULAR
CONTRATAÇÃO. INSCRIÇÃO IMERECIDA EM ÓRGÃOS DE
RESTRIÇÕES CREDITÓRIAS. SENTENÇA QUE PROMOVEU O
CANCELAMENTO DO DÉBITO IMPUTADO, COM EXCLUSÃO
DEFINITIVA DA ANOTAÇÃO QUESTIONADA, NEGANDO, NO
ENTANTO, A INCIDÊNCIA DE DANOS MORAIS. PROVIMENTO
DO RECURSO OFERTADO PELO CONSUMIDOR PARA FIRMAR
CONDENAÇÃO A TÍTULO DE DANOS MORAIS,
CONFIGURADOS NA HIPÓTESE.

Dispensado o relatório nos termos do artigo 46 da Lei n.º 9.099/95.

Circunscrevendo a lide e a discussão recursal para efeito de registro,


saliento que o Recorrente, PAULO CEZAR PIRES DOS SANTOS. pretende a reforma
parcial da sentença lançada nos autos que ordenou o cancelamento da dívida imputada pelo
Recorrido, BANCO ITAUCARD S.A., com a exclusão definitiva da restrição creditória
realizada, negando, no entanto, a incidência de danos morais, buscando o Recorrente, assim,
o arbitramento de indenização a esse título.

Presentes as condições de admissibilidade do recurso, conheço-o,


apresentando voto com a fundamentação aqui expressa, o qual submeto aos demais
membros desta Egrégia Turma.

VOTO

O recurso merece acolhimento.

Como apenas a parte autora apresentou recurso, o julgado do primeiro grau


não pode ser modificado para excluir qualquer aspecto da demanda que lhe tenha sido
favorável, sob pena de reformatio in pejus.

Assim, face ao conformismo da parte recorrida com o resultado do


julgamento, apresenta-se imutável o reconhecimento da ilicitude de sua conduta no evento
apurado através desta ação, não mais se discutindo que ela promoveu a cobrança indevida de
dívida contraída por terceira pessoa em nome do Recorrente, sem sua participação ou
consentimento, sendo, portanto, irrefutável a declaração de inexistência do débito imputado
indevidamente, com ordem de exclusão definitiva da restrição creditória realizada
imerecidamente.

1
No entanto, ao contrário da MM. Juíza a quo, entendo que se impõe a
condenação do Recorrido ao pagamento de indenização pelos inegáveis prejuízos morais
impingidos ao Recorrente, sobretudo em função da inscrição imerecida de seu nome em
órgãos de restrições creditórias, evento apto por si só a gerar prejuízo de natureza moral1.

Encontrando previsão no sistema geral de proteção ao consumidor inserto


no art. 6º, inciso VI, do CDC, com recepção no art. 5º, inciso X, da Constituição Federal, e
repercussão no art. 186, do Código Civil, o dano eminentemente moral, sem consequência
patrimonial, não há como ser provado, nem se investiga a respeito do animus do ofensor.
Consistindo em lesão de bem personalíssimo, de caráter subjetivo, satisfaz-se a ordem
jurídica com a demonstração do fato que o ensejou. Ele existe simplesmente pela conduta
ofensiva, sendo dela presumido, tornando prescindível a demonstração do prejuízo concreto.

Com isso, uma vez constatada a conduta lesiva e definida objetivamente


pelo julgador, pela experiência comum, a repercussão negativa na esfera do lesado, surge a
obrigação de reparar o dano moral.

Na situação em análise, o Recorrente não precisava fazer prova da


ocorrência efetiva dos danos morais decorrentes dos fatos apurados. Os danos dessa natureza
se presumem pela inserção imerecida do nome no rol dos maus pagadores, conforme
ressaltado nos autos, não havendo como negar que, em razão desse evento, ele sofreu
angústia, desconforto e transtornos, tendo a esfera íntima agredida ante a atividade
negligente da Recorrida e/ou de seus parceiros comerciais.

Vale ressaltar que, segundo interpretação dada pelo próprio STJ2, o


1
– APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – Negativação indevida do nome do apelado junto
ao serviço de proteção ao crédito - Dano moral configurado passível de indenização - Ato ilícito e nexo comprovados -
Arbitramento do quantum indenizatório - Diminuição - Recurso conhecido e provido em parte. (TJSE – AC 2006213583 –
(1308/2008) – 1ª C.Cív. – Relª Desª Maria Aparecida Santos Gama da Silva – J. 31.03.2008)
– RECURSOS SIMULTÂNEOS – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – NEGATIVAÇÃO DO
DEVEDOR NO SPC E SERASA – DANO MORAL CARACTERIZADO – DESNECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DOS
PREJUÍZOS – APELOS IMPROVIDOS – "Na concepção moderna da reparação do dano moral, prevalece a orientação de que a
responsabilidade do agente se opera por força do simples fato da violação, de modo a tornar-se desnecessária a prova do prejuízo
concreto. Comprovada a conduta ilícita, impõe o arbitramento do quantum indenizatório, que deverá levar em conta o prestígio da
vítima no meio social, a capacidade financeira do autor do dano, bem como os princípios da razoabilidade e proporcionalidade ".
(TJBA – AC 31.644-0/2003 – (52727) – 1ª C.Cív. – Rel. Des. Robério Braga – J. 03.12.2003)
2
- PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL - DANOS MORAIS - INSCRIÇÃO
INDEVIDA EM CADASTRO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - FRAUDE - TERCEIRO - RESPONSABILIDADE DA
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA - DEVER DE INDENIZAR CONFIGURADO - EXISTÊNCIA DE INSCRIÇÕES ANTERIORES
- IRRELEVÂNCIA - HIPÓTESE EM QUE NÃO SE APLICA A SÚMULA 385/STJ - JUROS MORATÓRIOS - TERMO
INICIAL - RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL - INCIDÊNCIA DA SÚMULA 54/STJ - 1- A incidência da Súmula
385 do Superior Tribunal de Justiça somente é aplicável às hipóteses em que a indenização é pleiteada em face do órgão
mantenedor do cadastro de proteção ao crédito, que deixa de providenciar a notificação prevista no art. 43, § 2º, do CDC , antes de
efetivar a anotação do nome do devedor no cadastro. 2- "Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de
responsabilidade extracontratual" ( Súmula 54/STJ ). 3- Agravo regimental a que se nega provimento. (STJ - AgRg-REsp
1.360.338 - (2012/0272870-4) - 4ª T. - Rel. Min. Raul Araújo - DJe 24.06.2013 - p. 1009)
- PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL - DANOS MORAIS -
INSCRIÇÃO INDEVIDA EM CADASTRO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - NOTIFICAÇÃO PRÉVIA -
RESPONSABILIDADE DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA - DEVER DE INDENIZAR CONFIGURADO - FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO - SÚMULA Nº 211/STJ - EXISTÊNCIA DE INSCRIÇÕES ANTERIORES - IRRELEVÂNCIA -
NÃO APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 385/STJ - 1- Aplica-se o óbice previsto na Súmula nº 211/STJ quando a questão suscitada
no recurso especial, não obstante a oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pela Corte a quo. 2- O acesso à via
excepcional, nos casos em que o Tribunal a quo, a despeito da oposição de embargos de declaração, não regulariza a omissão
apontada, depende da veiculação, nas razões do recurso especial, de ofensa ao art. 535 do CPC . 3- A Súmula nº 385/STJ somente é
aplicável às hipóteses em que a indenização é pleiteada contra o órgão mantenedor do cadastro de proteção ao crédito que deixa de
proceder à notificação prevista no art. 43, § 2º, do CDC antes de efetivar a anotação do nome do devedor. 4- Agravo regimental
desprovido. (STJ - AgRg-AG-REsp. 355.468 - (2013/0175265-3) - 3ª T. - Rel. Min. João Otávio de Noronha - DJe 29.11.2013 - p.
791)
- RECLAMAÇÃO - JUIZADOS ESPECIAIS - DIVERGÊNCIA ENTRE ACÓRDÃO PROLATADO POR TURMA
RECURSAL ESTADUAL E A SÚMULA 385/STJ - AUSÊNCIA DE SILIMITUDE ENTRE AS HIPÓTESES - 1- A Súmula
385/STJ foi editada a partir de precedentes que reputavam indevida a inscrição do nome do devedor em cadastros de
inadimplentes, na hipótese em que: (i) não há questionamento do débito, mas mera alegação de falta de prévia notificação; (ii) há,
anteriormente, outros apontamentos legítimos em nome do devedor. 2- No caso concreto há apenas um apontamento anterior e o
2
conteúdo da Súmula 3853 somente é aplicável às hipóteses em que a indenização é pleiteada
em face do próprio órgão mantenedor do cadastro de proteção ao crédito, que nele inscreve o
nome do devedor sem providenciar a notificação prevista no art. 43, § 2º, do CDC 4, não
sendo extensiva ao falso credor que enseja a inscrição indevida.

No caso, a conduta ilícita reconhecida no primeiro grau não se amolda à


situação sumulada, já que, em relação ao Recorrido afastou-se a exigibilidade da dívida,
sendo irrelevante, assim, a existência de outras restrições creditórias para impor o dever de
indenizar pela inscrição indevida patrocinada por ela.

Buscando o arbitramento dos danos morais vislumbrados, observo que são


parcos os elementos coligidos para efeito de sua precisa quantificação, sendo certo apenas
que o Recorrente nada contribuiu para o evento. A existência de outras inscrições do nome
do Recorrente em órgãos de restrições creditórias, embora não sirva para excluir o pedido de
indenização, conforme já ressaltado, representa, no entanto, uma situação peculiar que deve
refletir no valor indenizatório. É que, conforme salientado, houve o ajuizamento de outras
ações individuais contra o próprio Recorrido. Assim, se houver condenação em valor
expressivo, conforme pleiteado, ele pode receber soma total extremamente elevada, capaz de
gerar um acréscimo patrimonial injusto, sobretudo quando se observa que os fatos que
causaram os danos morais admitidos estão interligados, consubstanciado um único evento
causador dos danos.

Assim, e usando como parâmetro os valores que têm sido fixados por esta
Turma Recursal em casos da espécie, entendo que emerge a quantia de R$ 2.000,00 (dois
mil reais), como o valor próximo do justo, a qual se mostra capaz de compensar,
indiretamente, os desgastes emocionais advindos ao Recorrente, e trazer à punição suficiente
ao agente causador, sem observar apenas a sua inegável capacidade econômica.

Assim sendo, ante ao exposto, voto no sentido de CONHECER e DAR


PROVIMENTO ao recurso interposto pelo Recorrente, PAULO CEZAR PIRES DOS
SANTOS, para, mantendo todos os demais termos da sentença hostilizada, condenar o
Recorrido, BANCO ITAUCARD S.A., a lhe pagar indenização por danos morais, ora fixada
na quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais), com correção monetária a partir da prolação do
acórdão, e juros, incidentes a partir do evento danoso (data da negativação indevida), por
envolver responsabilidade extracontratual, consoante posição consolidada na jurisprudência,
sobretudo na Súmula 54 do STJ 5, que tem encontrado seguidas homenagens 6, entendimento
devedor questiona ambos em juízo, alegando inexistência do débito. Assim, a controvérsia se encontra fora do âmbito da Súmula
385/STJ. 3- Reclamação não conhecida. (STJ - RCL 4.574 - (2010/0143529-7) - 2ª S. - Relª Minª Nancy Andrighi - DJe 20.05.2011
- p. 447)

3
Súmula 385 do STJ, que reza: “Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano moral,
quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento.”

4
§ 2º. A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito ao consumidor,
quando não solicitada por ele.

54 - Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual.


6

- AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL - INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - INSCRIÇÃO


INDEVIDA EM CADASTRO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - QUANTUM INDENIZATÓRIO MAJORADO PELA DECISÃO
AGRAVADA - MANUTENÇÃO - RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL - JUROS MORATÓRIOS - TERMO A QUO
- EVENTO DANOSO - SÚMULA 54/STJ - PRECEDENTES - AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO - 1- A decisão ora
impugnada, ao aumentar a verba indenizatória de R$ 2.000,00 (dois mil reais) para R$ 10.000,00 (dez mil reais), em razão da
inscrição indevida do nome do agravado nos cadastros de proteção ao crédito, adequou a quantia fixada pela Corte de origem aos
patamares estabelecidos pelo Superior Tribunal de Justiça e às peculiaridades do caso concreto, não merecendo acolhida a
pretensão do ora agravante de que seja restabelecido o valor arbitrado pelo Tribunal a quo por ocasião do julgamento do recurso de
apelação, razão pela qual o decisum ora agravado deve ser mantido por seus próprios fundamentos. 2- A jurisprudência do Superior
3
que não sofre abalo pelo julgamento do REsp 903258, por não ter efeito vinculante, não
tendo o voto da Ministra Maria Isabel Gallotti pacificado o assunto nem mesmo na ocasião
do julgamento pela 4ª Turma do STJ, onde o Ministro Luis Felipe Salomão votou divergente.

Não se destinando a regra inserta na segunda parte do art. 55, caput, da Lei
9.099/95, ao recorrido, mas ao recorrente vencido, deixo de condenar a Recorrida ao
pagamento de custas e honorários advocatícios.

Salvador, Sala das Sessões, 26 de maio de 2015.

Tâmara Libório Dias Teixeira de Freitas Silva


Juiz Relator

COJE – COORDENAÇÃO DOS JUIZADOS ESPECIAIS


TURMAS RECURSAIS CÍVEIS E CRIMINAIS

PROCESSO Nº 0011361-11.2014.8.05.0001
CLASSE: RECURSO INOMINADO
RECORRENTE: PAULO CEZAR PIRES DOS SANTOS
RECORRIDO(A): BANCO ITAUCARD S.A.
JUIZ PROLATOR: CRISTIANE MENEZES SANTOS BARRETO
JUIZ RELATOR: TAMARA LIBORIO DIAS TEIXEIRA DE FREITAS SILVA

EMENTA

RECURSO INOMINADO. RESPONSABILIDADE CIVIL.


COBRANÇA DE DÍVIDA SEM PROVA DA REGULAR
CONTRATAÇÃO. INSCRIÇÃO IMERECIDA EM ÓRGÃOS DE
RESTRIÇÕES CREDITÓRIAS. SENTENÇA QUE PROMOVEU O
CANCELAMENTO DO DÉBITO IMPUTADO, COM EXCLUSÃO
DEFINITIVA DA ANOTAÇÃO QUESTIONADA, NEGANDO, NO
ENTANTO, A INCIDÊNCIA DE DANOS MORAIS. PROVIMENTO
DO RECURSO OFERTADO PELO CONSUMIDOR PARA FIRMAR
CONDENAÇÃO A TÍTULO DE DANOS MORAIS,
CONFIGURADOS NA HIPÓTESE.

ACÓRDÃO

Realizado julgamento do Recurso do processo acima epigrafado, a


QUINTA TURMA, composta dos Juízes de Direito, WALTER AMÉRICO CALDAS,
EDSON PEREIRA FILHO e TAMARA LIBORIO DIAS TEIXEIRA DE FREITAS SILVA
decidiu, à unanimidade de votos, CONHECER e DAR PROVIMENTO ao recurso

Tribunal de Justiça é pacífica no sentido de que, em se tratando de responsabilidade extracontratual, como no caso, os juros de
mora fluem a partir do evento danoso, nos termos da Súmula 54/STJ. 3- Agravo regimental a que se nega provimento. (STJ - AgRg-
REsp 1.218.638 - (2010/0196831-1) - 4ª T. - Rel. Min. Raul Araújo - DJe 01.02.2012 - p. 2693)
- PROCESSO CIVIL - AGRAVO REGIMENTAL - RECURSO ESPECIAL - CADASTROS DE PROTEÇÃO AO
CRÉDITO - INSCRIÇÃO INDEVIDA - AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO - COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS - VALOR
- INCIDÊNCIA JUROS DE MORA - 1- O STJ já firmou entendimento de que é razoável a condenação a até 50 (cinqüenta)
salários mínimos por indenização decorrente de inscrição indevida em órgãos de proteção ao crédito. 2- Em se tratando de danos
morais, o termo a quo da correção monetária é a data da prolação da decisão que fixou o quantum da indenização, devendo incidir
os juros de mora a partir do evento danoso em caso de responsabilidade extracontratual. 3- Agravo regimental desprovido. (STJ -
AgRg-REsp 1.202.806 - (2010/0126647-2) - 3ª T. - Relª Minª Nancy Andrighi - DJe 09.12.2011 - p. 745)

4
interposto pelo Recorrente, PAULO CEZAR PIRES DOS SANTOS, para, mantendo
todos os demais termos da sentença hostilizada, condenar o Recorrido, BANCO
ITAUCARD S.A., a lhe pagar indenização por danos morais, ora fixada na quantia de
R$ 2.000,00 (dois mil reais), com correção monetária a partir da prolação do acórdão, e
juros, incidentes a partir do evento danoso (data da negativação indevida), por envolver
responsabilidade extracontratual, consoante posição consolidada na jurisprudência,
sobretudo na Súmula 54 do STJ, que tem encontrado seguidas homenagens,
entendimento que não sofre abalo pelo julgamento do REsp 903258, por não ter efeito
vinculante, não tendo o voto da Ministra Maria Isabel Gallotti pacificado o assunto
nem mesmo na ocasião do julgamento pela 4ª Turma do STJ, onde o Ministro Luis
Felipe Salomão votou divergente. Não se destinando a regra inserta na segunda parte
do art. 55, caput, da Lei 9.099/95, ao recorrido, mas ao recorrente vencido, deixo de
condenar a Recorrida ao pagamento de custas e honorários advocatícios.

Salvador, Sala das Sessões, 26 de maio de 2015.

JUIZ WALTER AMÉRICO CALDAS


Presidente

JUIZ TAMARA LIBORIO DIAS TEIXEIRA DE FREITAS SILVA


Relator

Das könnte Ihnen auch gefallen