Informativo mensal do Solar Bezerra de Menezes – Julho de 2008
PRINCIPAL A Análise do Amor
Normalmente se pensa no amor como
um sentimento único, uma meta a ser
atingida num futuro remoto. Entretanto,
o amor é multifacetado e apresenta-se em
diversos níveis, estando ao alcance de to-
dos os seres. Entre os animais, a fêmea
que zela pelos filhotes, tendo unicamente
o instinto como fio condutor, pratica um
tipo de amor. Os animais gregários es-
tabelecem esquemas de defesa baseados
ainda nesse nível de amor primário.
A confusão em torno da palavra fez-se
tão grande que já é comum dizer-se
“fazer amor”. Não se faz amor, se faz
sexo, que é também um tipo de amor.
O corpo carnal é veículo de sensações.
Prazer e dor são sensações conduzidas
pelo sistema nervoso ao cérebro e daí
a informação segue para o Espírito via
perispírito. As emoções, os sentimentos,
são atributos do ser espiritual. A alegria e o
sofrimento moral não são propriedades da
matéria, embora possam ter, e freqüente-
mente têm seus reflexos no corpo carnal.
Todos os sentimentos mais elevados tais
como a amizade, simpatia, consideração,
generosidade e altruísmo, são manifesta-
ções desse amor multifacetado a que nos
referimos. O próprio ato sexual pode ser
praticado com ou sem amor em suas di-
ferentes nuances. O mais comum ainda
é o sexo feito unicamente como me-
canismo de vazão de exigências vitais.
Uma descarga nervosa e emocional que
contribui para o (re)equilíbrio do psi-
quismo humano, dada nossa condição
evolutiva.
Jesus amou incondicionalmente a huma-
nidade e igualmente a todos, exercendo o
Amor-síntese, só possível a uma criatura
que reúne em si todos os sentimentos
nobres. Amou também a Maria Madalena,
a cortesã iludida pelos prazeres munda-
nos, cuja alma migrou do amor sensual
para o amor espiritual sob a influência
do Cristo.
MENSAGEM DE CONFORTO
Allan Kardec abordou a questão in-
serindo-a em O Evangelho Segundo
o Espiritismo (Introdução, item XVI)
apoiando-se em Sócrates e Platão: “O
amor, que deve unir os homens por um
laço fraternal, é uma conseqüência dessa
teoria de Platão sobre o amor universal
como lei natural. Sócrates, tendo dito
que “o amor não é um deus nem um
mortal, mas um grande demônio” quis
dizer que um grande Espírito preside
ao amor universal. Esta afirmação lhe
foi sobretudo imputada como crime.
Como se vê, por amor e pelo amor
muitos já deram a vida.
Não nos parece razoável buscar o amor
crístico sem antes nos exercitarmos nos
níveis menores do amor, praticando-o
nas pequenas coisas ao ponto de, como
Francisco de Assis, integrar-se no todo
chamado o sol, a lua, a estrela, a água
e o fogo de irmãos. Deveremos ainda
lutar contra o exagerado egocentrismo,
tão profundo e comum como há dois
mil anos. Este é o trabalho do tempo
e do esforço pessoal. Os filósofos e
os poetas têm o poder de superar as
barreiras do convencionalismo e dos
preconceitos enxergando ao longe e
em profundidade, tal como Thiago de
Melo ao escrever seu Arabesco:
“Já próximo escutamos o rumor dos cavalos
que correm pela treva.
Até agora, porém, nada aprendemos:
Não conquistamos nem a paz dos loucos, nem
a mudez das fragas solitárias.
E enquanto a noite enorme nos ronda estende
suas mão para afagar-nos, na areia das pa-
lavras desenhamos o arabesco invisível desta
mágoa: Somos frágeis demais e não sabemos
sequer o que nos falta para sermos completos
como um deus - ou como um pássaro”
(Thiago de Melo, Narciso Cego, página 31).
Paulo Roberto dos Santos
(Portal Panorama Espírita)
Perante os doentes
Criar em torno dos doentes uma
atmosfera de positiva confiança, através
de preces, vibrações e palavras de
carinho, fortaleza e bom ânimo.
O trabalho de recuperação do corpo
fundamenta-se na reabilitação do
Espírito.
Mesmo quando sejam ligados estreita-
mente ao coração, não se deixar abater à
face dos enfermos, mas sim apresentar-
lhes elevação de sentimento e fé, fugindo
a exclamações de pena ou tristeza.
O desespero é fogo invisível.
Discorrer sempre que necessário sobre
o papel relevante da dor em nosso
caminho, sem quaisquer lamentações
infelizes.
A resignação nasce da confiança.
Em nenhuma circunstância, garantir
a cura ou marcar o prazo para o resta-
belecimento completo dos doentes, em
particular dos obsidiados, sob pena de
cair em leviandade.
Antes de tudo vige a Vontade Sábia
do Pai Excelso.
Dar atenção e carinho aos corações
angustiados e sofredores, sem falar ou
agir de modo a humilhá-los em suas
posições e convicções, buscando aten-
der-lhes às necessidades físicas e morais
dentro dos recursos ao nosso alcance.
A melhoria eficaz das almas deita
raízes na solidariedade perfeita.
Procurar com alegria, ao serviço da pró-
pria regeneração, o convívio prolongado
com parentes ou companheiros ataca-
dos pela invalidez, pelo desequilíbrio ou
pelas enfermidades pertinazes.
O antídoto do mal é a perseverança
no bem.
André Luiz
 HOMENAGEM DO MÊS Clara de Assis DICA DE LEITURA

Por Marcus Mazza de Clara que, se por um lado, um lar é um Sexo e Destino
núcleo de amor, abençoado por Deus, Chico Xavier/ Waldo Pereira
Nossa homena- seu destino era abraçar o mundo como André Luiz (espírito)
geada do mês sua família. Tendo muitas mulheres
de Julho é um (Feb)
interessadas em seguir seus passos e
desses espíritos não podendo admiti-las em sua Ordem O livro é ditado por
missionários que para que não ocorressem desvios de con- André Luiz a dois mé-
imbuídos de um dutas por estar seguido por freis, Fran- diuns: Waldo Vieira,
amor incondicio- cisco concita Clara a fundar a Ordem encarregado da pri-
nal pelo seu próximo, não conseguiu das Clarissas e segui-lo naquele trabalho meira parte, e Francis-
se realizar senão pelo trabalho de amor de amor ao próximo. co Cândido Xavier, da
e caridade junto à população pobre de segunda. Valendo-se
Assis e de outras cidades da Itália. Funda assim, Clara, o ramo feminino
da Ordem Franciscana, também co- de uma história real,
Clara de Assis, ou Chiara d’Offreducci nhecido como das Damas Pobres ou o autor espiritual for-
como era seu nome de batismo, nasceu Clarissas. nece alguns conselhos da Espiritualidade
em Assis em 11 de Julho de 1193. Curio- Superior sobre sexo e destino. O sexo
samente seu nome vem de uma inspiração Viveu na prática e no amor da mais como legado divino e o lar como refúgio
dada à sua religiosa mãe, a qual haveria de estrita pobreza. santificante são mostrados, deixando a
ter uma filha que iluminaria o mundo. Conta-se que uma das irmãs de sua idéia clara de que ninguém consegue le-
Pertencia à uma nobre família e era do- Congregação havia saído para pedir es- sar alguém nos seus dotes afetivos sem
tada de grande beleza. Destacou-se desde mola para os pobres que iam ao Mos- que posteriormente passe por dolorosas
cedo pela sua caridade e respeito para teiro. Como não conseguiu quase nada, reparações. A história apresenta o duplo
com os pequenos, tanto que, ao deparar- voltou desanimada e foi consolada por aspecto: culpados incorrendo em conse-
se com a pobreza evangélica vivida por Clara que lhe disse: “Confia em Deus!”. qüências trágicas e, por outro lado, o am-
Francisco de Assis, foi tomada pela irre- Quando Clara se afastou, a outra freira paro para os vencidos que aceitam a luz da
sistível tendência religiosa de segui-lo. foi pegar o embrulho que trouxera e não retificação. Apresenta, ainda, narrativa na
agüentava mais levantá-lo, pois tudo se qual os delinqüentes de ontem, redimidos
Enfrentando a oposição da família, que havia multiplicado. de hoje, recebem as bênçãos tornando-se
pretendia arranjar-lhe um casamento
Essa, a grande companheira de Francisco mensageiros para redimir aqueles que ou-
vantajoso, aos dezoito anos, Clara aban-
de Assis na divina missão que ambos trora foram suas vítimas.
donou seu lar para seguir o Jesus que
tanto amava. abraçaram junto aos pobres. Assim
sendo, só podemos pedir aos Amigos
Francisco de Assis e Clara eram almas Maiores, muita luz no caminho deste
que se votavam mútuo amor. Amavam- CALENDÁRIO DAS
espírito de tão grande elevação.
se incondicionalmente e Clara mesmo, REUNIÕES PÚBLICAS
durante certo tempo nutria esperanças Fica assim nossa singela homenagem, à
com relação à Francisco, todavia, Fran- inesquecível Clara de Assis.
cisco havia optado por um caminho de Paz em Jesus! Quarta-Feira – 20 hs
lutas e sacrifícios e encarece aos olhos 02/07 – O Evangelho Segundo o Espiritismo
Palestrante: Sandra Lemos Azeredo
09/07 – Boa Nova
MINUTO DE SABEDORIA Palestrante: Inês Catarina
16/07 – Nosso Lar (parte 7)
Não deixe que a calúnia o perturbe!
Palestrantes: Sônia Amâncio e Rosângela
Todos nós estamos sujeitos à calúnia. Mariano
Mas saiba superá-la, vivendo de tal maneira que o caluniador não tenha razão. 23/07 – Páginas do Espiritismo Cristão
Palestrante: Marcus Mazza
Não revide um ataque com outro ataque.
30/07 – E a Vida Continua
Não se magoe com o caluniador. Palestrante: Sandra Pereira
Perdoe sempre.
Apenas viva de tal maneira, que jamais o caluniador Sexta-Feira – 15 hs
tenha razão. 04/07 – Brasil, Coração do Mundo
Palestrante: Luis Fernando Paulo
EXPEDIENTE 11/07 – O Perispírito
Informativo do Solar Bezerra de Menezes|Campo de São Cristóvão, 402 | (21) 2580-4445/2580-8478 Palestrante: Ondina Magalhães
Vice-Presidente: Fernando Pires da Silva
Diagramação: Camila Simas
18/07 – O Livro dos Espíritos – Q. 919 a 923
Palestrante: Mariene Airão
Aceitamos contribuições compatíveis com a doutrina espírita
25/07 – Evangelho – Cap 18, itens 18 e 19
Entre em contato, dê sua opinião!|amigo.espirita@yahoo.com.br
Palestrante: Aimar Sobreira Greco