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FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Existe uma teoria, chamada Teoria da Comunicação, que diz que toda
mensagem tem uma finalidade predominante. Essa finalidade pode ser a de
transmissão de informação, a de estabelecer, única e puramente, uma
comunicação, a de exprimir emoções entre outras. Ao conjunto dessas
finalidades dá-se o nome de funções da linguagem.
Mas antes de falar sobre as funções, que são seis, vamos relembrar o
que são os elementos da comunicação:
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
FUNÇÃO REFERENCIAL
fazer. Acesse o site, consulte o manual do Instituto Ethos e informe-se sobre como sua
empresa pode participar do combate à fome em nosso país. Alimentar o Brasil é trabalho
para um país inteiro. Mãos à obra.
FUNÇÃO FÁTICA
São exemplos:
Sinal fechado
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
FUNÇÃO EMOTIVA
Exemplos:
Eu preciso de você
Porque tudo que eu pensei
Que pudesse desfrutar da vida
Sem você não sei
Meu amanhecer é lindo
Se você comigo está
Tudo é mais bonito
No sorriso que você me dá
Eu preciso de você
Porque em toda a minha vida
Nem por uma vez amei alguém assim
Você é tudo, é muito mais
Do que sonhei pra mim
E é por isso que eu preciso de você
FUNÇÃO POÉTICA
A função poética pode ser encontrada, além de nos poemas, nos textos
literários e também na fotografia, na música, no teatro, no cinema, na pintura
e em qualquer outra modalidade discursiva em que se perceba ter sido
elaborada de uma maneira diferente do convencional.
Exemplos:
Millôr Fernandes
O exercício da crônica
Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um
cronista; não a prosa de um ficcionista, na qual este é levado meio a tapas
pelas personagens e situações que, azar dele, criou porque quis. Com um
prosador do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se ele diante de sua
máquina, olha através da janela e busca fundo em sua imaginação um fato
qualquer, de preferência colhido no noticiário matutino, ou da véspera, em
que, com as suas artimanhas peculiares, possa injetar um sangue novo. Se
nada houver, resta-lhe o recurso de olhar em torno e esperar que, através de
um processo associativo, surja-lhe de repente a crônica, provinda dos fatos e
feitos de sua vida emocionalmente despertados pela concentração. Ou então,
Desabafo
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje.
Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de
segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite.
Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos.
Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).
[...]
O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.
Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, como óleo de cozinha,
medicamento e tinta, podem ser levados a pontos de coleta especiais, que
darão a destinação final adequada.
MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta
Sustentável, jul.-ago. 2013 (adaptado).
TEXTO I
Seis estados zeram fila de espera para transplante da córnea
TEXTO II
Quadrinho quadrado
Lusofonia
rapariga: s.f., fem. de rapaz: mulher nova; moça; menina;
Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 54
Português p/ ENEM 2017 Aula 09
Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas
(Brasil), meretriz.
Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada
no café, em frente da chávena de café, enquanto
alisa os cabelos com a mão. Mas não posso escrever este
poema sobre essa rapariga porque, no brasil, a palavra
rapariga não quer dizer o que ela diz em Portugal. Então,
terei de escrever a mulher nova do café, a jovem do café,
a menina do café, para que a reputação da pobre rapariga
que alisa os cabelos com a mão, num café de Lisboa, não
fique estragada para sempre quando este poema atravessar o
Atlântico para desembarcar no Rio de Janeiro. E isto tudo
sem pensar em África, porque aí lá terei
de escrever sobre a moça do café, para
evitar o tom demasiado continental da rapariga, que é
uma palavra que já me está a pôr com dores
de cabeça até porque, no fundo, a única coisa que eu
[queria
era escrever um poema sobre a rapariga do
café. A solução, então, é mudar de café, e limitar-me a
escrever um poema sobre aquele café onde nenhuma
rapariga se
pode sentar à mesa porque só servem café ao balcão.
JÚDICE, N. Materia do Poema. Lisboa: D. Quixote, 2008.
O exercício da crônica
Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um
cronista; não a prosa de um ficcionista, na qual este é levado meio a tapas
pelas personagens e situações que, azar dele, criou porque quis. Com um
prosador do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se ele diante de sua
máquina, olha através da janela e busca fundo em sua imaginação um fato
Comentário:
O autor elabora uma crônica falando sobre as dificuldades que encontram,
ele e outros cronistas, para elaborar uma crônica. Trata-se da linguagem sobre
a linguagem, é a função metalinguística.
Gabarito: E
Desabafo
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje.
Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de
segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite.
Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos.
Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).
Comentário:
Uma vez que o texto traz conceitos e informações, observamos aqui a
função referencial da linguagem.
Gabarito: E
• óleo de cozinha;
• ponta de cigarro;
• poeira de varrição de casa;
• fio de cabelo e pelo de animais;
• tinta que não seja à base de água;
• querosene, gasolina, solvente, tiner.
Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, como óleo de cozinha,
medicamento e tinta, podem ser levados a pontos de coleta especiais, que
darão a destinação final adequada.
MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta
Sustentável, jul.-ago. 2013 (adaptado).
Comentário:
TEXTO I
Seis estados zeram fila de espera para transplante da córnea
TEXTO II
Comentário:
O cartaz foi elaborado com a função apelativa da linguagem, atenção para
o uso de verbos no modo imperativo, e tem a função de instruir os leitores a
Comentário:
Esse texto é um outro exemplo de emprego da função apelativa ou
conativa, que visa influenciar o comportamento do leitor ou receptor.
Gabarito: A
Comentário:
Na função referencial, a ênfase é dada sobre o contexto (o referente).
Uma vez que a intenção é informar o leitor, o autor priorizou aspectos mais
objetivos sobre o assunto, como o resultado da pesquisa e a opinião de uma
autoridade no assunto.
Gabarito: B
Comentário:
No trecho “Ah, eu vou voltar pra mim / Seguir sozinho assim / Até me
consumir ou consumir toda essa dor” observamos o uso de primeira pessoa, o
que mostra que o eu lírico intencionou expressar os seus sentimentos.
Gabarito: A
Quadrinho quadrado
Comentário:
Predomina no texto a função metalinguística, em que observamos uma
reflexão do autor a respeito de como se pode definir um livro, baseando-se na
sua forma e em seu conteúdo.
Gabarito: D
Lusofonia
[queria
era escrever um poema sobre a rapariga do
café. A solução, então, é mudar de café, e limitar-me a
escrever um poema sobre aquele café onde nenhuma
rapariga se
pode sentar à mesa porque só servem café ao balcão.
JÚDICE, N. Materia do Poema. Lisboa: D. Quixote, 2008.
Comentário:
Na função metalinguística verificamos a linguagem discursando sobre a
própria linguagem ou sobre o assunto da mensagem. Vemos um exemplo
desse emprego no trecho: “escrevo um poema sobre a rapariga que está
sentada no café...”
Gabarito: D
Comentário:
A função denotativa ou referencial demonstra a intenção do emissor de
falar objetivamente sobre determinado assunto, destacando o seu caráter
informativo. A alternativa que melhor traduz essa intenção do autor é a letra
C, já que o autor expõe dados reais do uso da expressão “perder a
tramontana”.
Gabarito: C
Comentário:
É característica de textos do gênero notícia o uso de verbos na terceira
pessoa, o que demonstra impessoalidade, também é característica a
construção de um texto objetivo. Ambas também são características da função
referencial. A opção correta, portanto, é a letra B.
Gabarito: B
Comentário:
As figuras de linguagem, como vimos, são empregadas na intenção de dar
mais expressividade ao texto. Podemos observar aqui a metáfora e a
aliteração, também vemos um poema estruturado em cinco versos sem
verbos. Esses recursos “representam o uso artístico da linguagem”, como
consta na alternativa E.
Gabarito: E
Comentário:
Pelo fato de o assunto do fragmento discorrer sobre uma palavra e seu
possível significado, temos o emprego da função metalinguística.
Gabarito: A
Comentário:
Dentre os recursos literários utilizados, há a função metalinguística, uma
vez que o assunto é falar sobre escravidão e poesia, e há a ideia de trocadilho,
que pode ser observado no par de vocábulos “escravidão/escrevidão”. Há
também metáfora na aproximação do par “poesia” e “alforria”, significando que
a poesia pode ser uma libertação. No par de vocábulos “alforria” e “servidão”
verificamos um paradoxo, pois um sinônimo de “servidão” é escravidão, ou
seja, uma mesma poesia poderia ser liberdade e escravidão.
Faltou falar sobre polissíndeto, já que ironia e metonímia nós já
conhecemos, que é utilização de várias orações coordenadas ligadas pela
mesma conjunção (por exemplo: Hoje eu sou um ser sem mocidade, sem
amor, sem dinheiro nenhum!), mas isso não ocorre nesse texto, portanto, o
gabarito é letra B.
Gabarito: B
Comentário:
Em propagandas, conforme vimos, a função predominante é a apelativa
ou conativa porque a intenção é persuadir o receptor da mensagem (também
chamado de destinatário). Além disso, podemos observar nesse slogam o uso
de verbos no modo imperativo, que demonstra a intenção de persuasão.
Gabarito: E
Comentário:
Comentário:
O texto I é carregado de recursos expressivos, como metáforas e
metonímia, o que configura o emprego da função poética da linguagem. Já no
texto II, verificamos a predominância da função referencial. Mesmo que
notemos um certo entusiasmo por parte do autor (como pode ser observado
em “esse verdadeiro espetáculo) e algumas metáforas, como em “cortina de
fumaça” e “batalhão de alegria”, o que predomina é a intenção de informar.
Gabarito: C
1) E 8) B 15) E
2) B 9) B 16) B
3) E 10) A 17) B
4) E 11) D 18) E
5) B 12) D 19) C
6) B 13) C 20) C
7) A 14) B
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